A INFIDELIDADE CONJUGAL
Data 12/04/2013. Hinos sugeridos: 75,
111, 334.
TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
A infidelidade
conjugal traz serias consequências a toda família. Por isso Deus abomina tal
pratica.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Mt 19. 6 Deus
ajuntou - não separe o homem.
Terça - Ef 5. 25-28. Amor
e fidelidade à esposa.
Quarta - Ef 5. 22-24. Submissão
e fidelidade ao esposo.
Quinta - Ef 6. 11. As astutas ciladas do Diabo.
Sexta - Mt 26. 41 Vigiar
e orar.
Sábado - ÊX 20. 14 Não adulterarás.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 5.1-5;
Mateus 5. 27. 28
Provérbios 5.
1 - Filho meu, atende a minha sabedoria; a minha
razão inclina o teu ouvido;
2 - para que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o
conhecimento.
3 - Porque os lábios da mulher estranha destilam
favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite;
4 - mas o seu fim e amargoso como o absinto,
agudo como a espada de dois fios.
5 - Os seus pés descem a morte; os seus passos
firmam-se no inferno.
Mateus 5
2 7 - Ouvires que foi dito aos antigos; Não cometeras adultério.
28 - Eu porem, vos digo que qualquer que atentar
numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela,
INTERAÇÃO
Como vai o seu casamento professor (a)? Como vai a sua família? O adultério
e um pecado de consequências desproporcionais ao bem-estar da família. Sofre o cônjuge
ferido, os filhos e toda a família. Esta certamente, não é vontade divina, por isso, a presente lição, além
de entintar aos alunos a respeito do perigo da infidelidade conjugal, é uma ótima
oportunidade para todos nós fazermos
uma autoanalise. A família é o bem maior que o Senhor nos concedeu. Por isso
vale todo o esforço para aperfeiçoar o
relacionamento conjugal e a profundar o convívio com a família. Pense nisso!
OBJETIVOS
Apos esta aula, o
aluno devera estar apto a:
Reconhecer que o adultério é um grave pecado.
Elencar as consequências
da Infidelidade conjugal.
Pontuar alguns
conselhos preventivos contra a infidelidade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor,
reproduza o esquema da pagina seguinte na Iousa ou tire copias. Peça aos alunos
para escolherem um dos três temas relacionados a fim de discutirem o assunto em
grupo. Na sequencia, pergunte ate que ponto estas situações podem comprometer a
estabilidade de um relacionamento conjugal. Ouça as respostas e finalize a atividade
afirmando que podermos nos relacionar com diversas pessoas, pois, afinal de
contas, vivemos nesse mundo, mas devemos conhecer o nosso limite. Ate onde
podemos ir e não ir. A nossa mente e coração devem estar guardados no Senhor,
pois, a sua Palavra é a nossa bússola.
PALAVRA-CHAVE
Infidelidade: Procedimento de infiel, deslealdade, traição, perfídia.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo carente
de valores éticos e princípios cristãos. Para as pessoas que não seguem os
desígnios divinos, a infidelidade conjugal é vista como prática socialmente
aceitável. Porém, os mandamentos divinos são eternos. De acordo com a Bíblia, o
adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus. Lamentavelmente, muitos
cristãos estão se deixando levar pelas astutas ciladas do Diabo, fazendo da infidelidade
conjugal um hábito.
Nesta lição,
refletiremos a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias.
I - ADULTÉRIO,UM GRAVE PECADO.
1. Conceito e origem da palavra. A palavra adultério
vem do latim adulterium, que significa "dormir em cama alheia".
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), é a relação sexual entre uma
pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Tal ato é um pecado gravíssimo
perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento (Êx.
20.14; Dt. 5.18; Rm. 13.9; Gl 5. 19), E um ato tão grave que no tempo da Lei
Mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv 20.10; Dt. 22.22).
2. É preciso vigiar. A infidelidade conjugal é um processo
maligno que tem início na mente. No começo, são apenas alguns pensamentos que surgem
de “mansinho". Se estes porém, não forem combatidos, acabam por nos
impregnar a alma e o coração, redundando em atos vergonhosos. Tomemos muito
cuidado com o que vemos e pensamos (SI 101.3; Fp 4.3). Enfim, vigiemos e oremos
constantemente para não cairmos nas astutas ciladas do Diabo (Ef 6.1 I). Jesus
exortou-nos a respeito da vigilância e da oração (Mt 25-41). Davi, mesmo sendo
um homem segundo o coração de Deus(l Sm 13.14), não vigiou, ate cometeu um
adultério que o arrastou a um homicídio (2 Sm 11). Por isso, vigie.
3. Buscar a presença de Deus e não desprezar o cônjuge. Sem a presença de
Deus, o casal torna-se vulnerável ás investidas do Maligno. Todavia, a comunhão
diária com o Senhor, por intermédio da oração, da leitura da Bíblia e do jejum,
além de fortalecer-nos, ajuda-nos a ter um bom relacionamento com o cônjuge. A
presença divina auxilia-nos a suportar as crises. Muitos obreiros, por falta de
orientação, acabam dedicando-se excessivamente ao ministério eclesiástico em
detrimento da família. O resultado é que a esposa e os filhos deixam de receber
atenção e carinho. É bom dedicar-se à Obra de Deus. A família, porém, mão pode
ser esquecida, pois ela é o primeiro rebanho do pastor (Tm 3.1-7; 5.8; I Co
7.32-34).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O adultério é um
grave pecado. Por isso, o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e jamais
desprezar o outro.
II - AS CONSEQUÊNCIAS DA
INFIDELIDADE.
1. Afastamento de Deus. A palavra de Deus diz que "os
lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio
do que o azeite" (Pv 5-3), O pecado, a princípio, pode ser até "prazeroso",
mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena; traz sofrimento e muita
dor. A imoralidade sexual e a infidelidade destroem a família. Todos no lar são
afetados de alguma forma. Alguns minutos de prazer ilícito podem levar um
homem, ou uma mulher, para o inferno, para a perdição eterna (1 Co 6.10). Deus
é santo e não aceita o pecado. O adultério divide a família, afasia o cônjuge
da presença de Deus e impede as bênçãos divinas (ls 59-1,2).
2. Morte espiritual. – O adultério leva à morte
espiritual, ás vezes até a morte física. Quando nos afastamos de Deus morremos
espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as pessoas e destrói a alma (Pv
6.32). Davi arrependeu-se, mas pagou um alto preço pelo seu erro. Se o Senhor
não ouve as orações daqueles que tratam mal os cônjuges (I Pe 3,75, imagine
como ele reage à infidelidade conjugal (Ml 2.16),
3. Um lar despedaçado. O adultério aflige toda a família.
Os filhos, independentemente de sua idade, são sempre os maiores prejudicados .
Em geral, ficam decepcionados com os pais e tendem a desconfiar sempre de
todos. Alguns filhos acabam, além de carregarem mágoas de seus pais, levando
ressentimentos e dor para suas futuras famílias. Seus relacionamentos são
afetados. Por isso, Deus abomina a infidelidade, a deslealdade (Ml 2. I5). O
marido deve amar a esposa, assim como a esposa precisa amar o marido (Ef
5.22-33). A falta de amor prejudica o casamento e abre brechas á deslealdade. O
amor entre os cônjuges deve ser incondicional, assim como o de Cristo pela
Igreja. Tal amor é um antidoto contra a deslealdade.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A infidelidade
conjugal afasta a pessoa de Deus, mata a espiritualidade e dilacera o lar.
III - CONSELHOS CONTRA A
INFIDELIDADE.
1. Fuja das tentações. É preciso ser prudente e evitar o mal.
Jesus ensinou os discípulos a terem uma atitude de prudência e sensatez diante
das tentações (Mt 10.16; 26.4 1). Ante o perigo, façamos como José. Ele
preferiu fugir a pecar contra Deus temendo ao Senhor, rejeitou o pecado. E
embora viesse a pagar um alto preço por sua fidelidade, foi honrado por Deus no
devido tempo (Gn 39-41). Diante do pecado fuja (I Ts 4 13).
2. Honre o seu cônjuge. Há maridos que se envergonham de suas
esposas. O profeta Malaquias advertiu o povo de Deus, para que ninguém fosse
"desleal para com a mulher da sua mocidade" {Ml 2. 15). Envelhecer
junto á mulher amada é um privilégio, “também há mulheres que, com o passar do
tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia, porém,
recomenda a esposa a reverenciar o marido (Ef 5,33). Os muitos afazeres levam algumas
mulheres a se esquecerem de seu papel junto ao esposo. Honre seu cônjuge, dando-lhe
o apreço e o respeito necessários.
3. Aprecie seu cônjuge. Você aprecia seu cônjuge? Ter apreço
significa vê-lo como algo valioso. A Palavra de Deus nos diz que "onde
estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração" (Lc 12 34). Se
o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma joia que você protege e zela com
carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua vida. Há esposas e maridos que
cuidam bem da casa, do carro, da conta bancaria, da igreja, mas não tem cuidado
nem interesse pelo seu cônjuge. Valorize-o e alegrem-se juntos no Senhor. Não busque
jamais beber água de outra cisterna (Pv 5.1 -2 3),
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Alguns conselhos
contra a infidelidade no matrimônio fuja das tentações; honre o seu cônjuge e o
aprecie.
CONCLUSÃO
Muitas famílias têm
sido destruídas por causa da infidelidade conjugal. Para que tenhamos vida
conjugal bem sucedida precisamos investir diariamente em nosso relacionamento.
É necessário orar, vigiar demonstrar afeto, apreço e investir no dialogo franco
e não abrir mão do respeito. Temos de nos conscientizar nos de que a família e
o relacionamento conjugal são prioridades. Uma família bem constituída é uma
benção para a obra de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsidia Vida Cristã
"UMA META DE
VIDA [...]
[...] Nossa igreja
evangélica parece uma comunidade de casamentos sãos. É tão boa na superfície — cursos
de extensão, segurança financeira, casas elegantes, igrejas dignas, pessoas
bonitas e terapeutas matrimoniais param quando houver uma lombada na estrada.
Mas como é que Deus mede nosso casamento? Não é por esses padrões. O casamento
de meus pais estava muito longe do maravilhoso pacote evangélico que descrevi. Contudo.
havia autenticidade e beleza nas promessas feitas e mantidas por este casal trabalhador
que enfrentou o que pareciam probabilidades insuperáveis. O resultado foi uma
colheita de graça, e eu sou parte disto.
Kent e eu Somos
casados há trinta e oito anos. Temos quatro filhas adultas e dezesseis netos. Juntos
tentamos vivenciar as diretivas da Palavra de Deus sobre casamento. Nossas
lutas foram muitos diferentes das de meus pais, mas mesmo assim nosso
compromisso se fortaleceu, como o de meus pais, num amor profundo e permanente um
pelo outro. Nosso compromisso mútuo em viver conforme o plano de Deus para
marido e mulher nos capacitou a experimentar uma unidade feliz— algo raro e
admirável neste mundo arruinado. (HLJCHES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã
l. ed. Rio de Janeira: CPAD, 2005, p. 150).
INTERNET
Se
bem usada, a Internet pode ser um a bênção. Ela proporciona um mundo imenso de novas
oportunidades, amizades: e empregos, é um espaço virtual que congrega pessoas
de diversas origens e tipos.
AMIZADE PROFISSIONAL
Quando
trabalhamos numa empresa conhecemos diferentes pessoas. Naturalmente as afinidades
aparecem e estabelecemos permanente comunicação com elas. A amizade profissional
é urna consequência direta do nosso trabalho.
RELACIONAMENTO NA
IGREJA
Na
igreja, local também nos relacionamos com pessoas distintas, No Departamento dos
Jovens, na união feminina e outros.. A igreja local ê uma ótima oportunidade de
estabelecermos, laços fraternos de amizade com pessoas distintas.
BIBLIOGRÁFIA SUGERIDA
HLCHES, R. Kent.
Disciplinas do Homem Cristão. 3.ed. Riu de Janeiro: CPAD, 2004.
HUGHES, Barbara.
Disciplinas da Mulher Cristã. 1. ed. Ria de janeiro; CPAD, 2005.
HUGHES. Kent &
Barbara. Disciplinas da Família Cristã. I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, ZQQ6.
EXERCÍCIOS
1. Defina, de acordo
com a lição, a palavra adultério.
R: É a relação sexual
entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge.
2. Na Lei Mosaica, qual
eira a pena para quem adulterava?
R: O apedrejamento
(Lv 20.10; Dt. 22.22).
3. As consequências
da infidelidade.
R: Afastamento de
Deus, morte espiritual, um lar despedaçado.
4. De acordo com a lição,
quais conselhos podem ajudar a evitar a infidelidade?
R: Fuja das
tentações, honre o seu cônjuge, aprecie seu cônjuge.
5. Que conselho você
daria para alguém que foi infiel para com o seu cônjuge?
R: Resposta pessoal.
Revista Encenador Cristão CPAD, n° 54.
p.39.
A infidelidade
conjugal é, sem dúvida, o fator mais destrutivo da união familiar. É tão séria
que foi a única opção descrita por Jesus como tolerável, em um caso de
divórcio, para que um homem se afastasse de sua mulher para se casar com outra
(a esposa infiel era repudiada pelo esposo e vinha então o divórcio).
A infidelidade
conjugal é prejudicial à família e à relação com Deus. O Antigo Testamento
mostra que a idolatria é comparada a uma infidelidade conjugal. Oséias, profeta
de Deus, demonstrou em sua profecia a similaridade da traição de sua mulher, Gomer,
com as traições de Israel para com Deus, motivo que fez com que Deus se
irritasse muito com Seu próprio povo.
Vigilância dos
crentes - Não são poucos os crentes que utilizam a desculpa da
"espiritualidade" para se desvencilharem de suas obrigações
conjugais. Paulo deixa claro que essa atitude tem uma implicação séria: a tentação
de satanás. "Não vos negueis um ao outro, a não ser de comum acordo por
algum tempo, a fim de vos consagrardes à oração. Depois, uni-vos de novo, para
que Satanás não vos tente por causa da vossa falta de controle" (1Co 7.5).
Paulo deixa claro que a abstinência sexual das pessoas casadas devem seguir
estes princípios: Deve ser de comum acordo, ou seja, o casal deve concordar com
essa abstinência, ou ela não poderá acontecer; deve ser temporário, ou seja,
não pode ser por toda a vida; deve ser para que a pessoa se dedique à oração,
ou seja, um propósito específico e elevado. A consequência de não se respeitar
esses princípios é ser alvo da tentação de Satanás. Imagine a situação: se
andamos com Deus e ainda assim somos tentados, quem dirá se abrirmos a guarda e
dermos motivos para que o tentador nos ataque. Portanto, que isso fique claro: atender
ao nosso cônjuge em suas necessidades sexuais faz parte de nossa obrigação
também diante de Deus, e nos resguarda de tentações satânicas na esfera sexual.
Portanto, fuja desse tipo de tentação, compreendendo seu cônjuge e honrando-o
em suas necessidades afetivas.
Lembremo-nos das duas
consequências funestas da infidelidade conjugal: a destruição do lar e o
afastamento de Deus. É evidente que o preço a se pagar por tal pecado é alto
demais para aqueles que prezam por sua família e pela comunhão com Deus. Uma
família bem estruturada tem seu preço, e da mesma forma uma família
desestruturada. Que isso nos sirva de lição para que nos guardemos dos pecados
sexuais e de suas consequências.
SUBSÍDIOS EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A prática do
adultério tem aumentado no meio evangélico. E sinal do esfriamento do amor e do
aumento da iniquidade. Como vemos no texto bíblico acima, os adúlteros estão na
lista dos tipos de pecadores que não entrarão no Reino de Deus. O adultério é
pecado gravíssimo aos olhos de Deus, o Criador do casamento, do lar e da
família. A sociedade sem Deus, relativista e hedonista, não o vê como algo
pecaminoso, e sim, como tendência natural do ser humano, que, segundo
interpretação da teoria da evolução, o homem é polígamo por natureza, seguindo o
exemplo de certos animais. No entanto, a visão cristã passa pelas lentes fortes
e cristalinas da Palavra de Deus, que considera a infidelidade conjugal como
vergonhosa traição aos princípios sagrados, estabelecidos por Deus para o
casamento.
Quando havia a
poligamia, tolerada por Deus, no Antigo Testamento, só ocorria o adultério
quando um homem ou uma mulher ultrapassavam todos os limites da liberdade concedida
pela lei e pelos costumes daquela época. Era permitido ao homem ter mais de uma
esposa, e era aceitável que, além de suas mulheres, tivesse concubinas, ao seu redor,
para lhes atender às suas alegadas necessidades sexuais. Mas tal permissibilidade
contrariava o plano original do Criador: a união conjugal entre um homem e uma
mulher (como já foi visto em reflexão anterior). Assim, só adulterava, no
Antigo Testamento quem perdia todo o senso de ética, de domínio próprio, e de
santidade.
No Novo Testamento,
percebe-se que Deus mudou o seu tratamento para com a questão da fidelidade
conjugal. Nos Evangelhos, não há uma só referência à poligamia, à bigamia, ou a
qualquer outro tipo de arranjo para o casamento, com aprovação do Senhor Jesus
Cristo.
Quando ele responde
aos fariseus, acerca do divórcio (Mt 19.1-12), o Mestre vai buscar, na origem
de tudo, a base para a união conjugal, reafirmando o plano original do Criador
(Gn 2.24). Uma só carne não é uma união emocional, espiritual, em que com as
orações um santifica o outro. É a relação sexual entre o esposo e a esposa.
Deus vê, no ato conjugal, uma união tão completa, que a define como sendo “uma
só carne”. Através desta é que o cônjuge crente santifica o outro, mesmo que
este não seja um cristão (1 Co 7.14). O texto refere-se à santificação do corpo
apenas.
Em sua doutrina
sobre o divórcio, no mesmo texto, Ele mostra a monogamia, a união
heterossexual, e o valor da fidelidade conjugal: “Eu vos digo, porém, que
qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar
com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério” (Mt 19.9 — grifo nosso). A expressão sublinhada “sua mulher” e casar
“com outra” é a reafirmação de Cristo quanto ao casamento monogâmico. Ele não
diz “suas mulheres”, ou casar com “outras mulheres”, o que reforça a visão
sobre a união conjugal.
Mesmo havendo o
divórcio, Ele confirma que aquele que “casar com outra” comete adultério, se
não for por infidelidade.
Esse texto mostra,
de igual modo, o efeito espiritual, moral, ético e social do adultério. E uma
quebra tão terrível da aliança do casamento, que destrói os laços espirituais e
morais do matrimônio. Quando há infidelidade, quando há adultério, se não
houver o perdão, se não houver o arrependimento sincero do cônjuge infiel, se
não houver condição emocional para a convivência, o casamento acaba; a aliança
é rompida. Só um milagre no coração do cônjuge traído pode fazer com que aceite
a restauração dos laços emocionais e espirituais, estraçalhados por um ato (ou
muitos) de infidelidade por parte do seu cônjuge.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 67-68.
E Se Você Cometeu
Um Erro?
Quando se trata de
sexo, as pessoas cometem erros, tanto pré-nupcial como extraconjugal. Às vezes,
após cometer um erro sexual, as pessoas pensam que, uma vez já cometido o
pecado, pode muito bem continuar a fazer isso. Esta é uma ideia falsa, porque continuar
a praticar sexo antes do casamento ou seguir adulterando perpetua um pecado e
isso pode levar a uma consciência cauterizada e apática. O caminho bíblico para
purificar a consciência é se arrepender—isto é, parar de transgredir a lei de
Deus.
Pelo fato de o sexo
ser prazeroso e ser um vínculo emocional, criado entre duas pessoas através
deste ato, acabar com uma relação sexual ilícita pode ser difícil. Aqui estão
alguns pontos a considerar se você precisa terminar ou já terminou recentemente
um relacionamento pecaminoso: Arrepender-se. O arrependimento significa parar o
que estamos fazendo errado e mudar de direção. E também inclui admitir o nosso
pecado a Deus e pedir Seu perdão. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1
João 1:9). O arrependimento é obrigatório para ser perdoado.
Ter coragem para
fazer o que é certo. Deus respeita as pessoas de coragem, que fazem o que Ele
diz, e Ele nos promete força quando buscamos fazer isso. Salmo 31:24 diz:
“Sejam fortes e corajosos, todos vocês que esperam no Senhor!”. Peça a Deus a
coragem que você precisa para deixar sua conduta errada.
Esforce-se para
fazer o que é certo e peça a ajuda de Deus, porque “qualquer coisa que lhe
pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o
que é agradável à sua vista” (1 João 3:22).
Aceitar o perdão de
Deus. Quando nos arrependemos, Deus não apenas remove os nossos pecados
completamente como também deixa de pensar de nós como pessoas que tenhamos cometido
esses pecados (Salmo 103:12, Hebreus 8:12). Apesar de que as consequências
podem permanecer (perda da virgindade, uma DST ou um coração temporariamente
partido), Deus nos perdoa completamente quando nos arrependemos. Creia em Deus—
não em suas emoções instáveis!
“Não peques mais”.
Isto é o que Cristo disse a um homem e a uma mulher que haviam cometido pecados
(João 5:14; 8:11). Para seguir esta instrução, pode ser necessário mudança de
hábitos e, em alguns casos, até mesmo de amigos. Ser responsável perante Deus através da oração diária e do estudo da
Bíblia, bem como assistir aos cultos todos os sábados são excelentes meios para
cumprir o mandamento de Cristo. Ouvir a Palavra de Deus regularmente nos cultos
do sábado também aumentará sua fé (Romanos 10:17).
Embora seja sempre
difícil deixar a conduta pecaminosa por causa do prazer temporário a ela
associado (Hebreus 11:25), porém, o esforço vale muito a pena. Lembre-se da
promessa de Deus em Provérbios 11:18: “Quem faz o que é direito na certa será recompensado”
(BLH).
Casamento e Família:
A Dimensão Perdida. pag. 34-35.
A
Vulnerabilidade de Homens e Mulheres
Quando se trata das
tentações para fazer sexo, homens e mulheres, em geral, enfrentam desafios
diferentes. A respeito dos homens, Stephen Arterburn e Fred Stoeker, escrevem: “Nós
temos um interruptor de ignição visual quando se trata de ver a anatomia
feminina” (A Batalha de Todo Homem: Vencer a Guerra da Tentação Sexual
Significa Uma Vitória Por Vez, 2000, pág. 57).
A resposta divina
para os homens é controlar o que veem. Ao reconhecer essa característica
masculina, Jesus ensinou que “qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar
já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mateus 5:28).
Para se proteger
contra essa vulnerabilidade, Jó disse: “Fiz acordo com os meus olhos de não
olhar com cobiça para as moças” (Jó 31:1, NVI). Os homens de Deus precisam
evitar a pornografia e nunca olhar para as mulheres com desejo sexual. “Enquanto
a batalha de um homem começa com o que capta através de seus olhos, uma mulher começa
com o seu coração e seus pensamentos.”
Dirigindo-se às
mulheres, Shannon Ethridge explica: “Enquanto a batalha de um homem começa com
o que capta através de seus olhos, uma mulher começa com o seu coração e seus
pensamentos. Um homem deve guardar seus olhos para manter sua integridade
sexual, mas porque Deus fez as mulheres para serem emocional e mentalmente
estimuladas, [nós, mulheres,] temos de guardar estritamente nossos corações e
mentes, assim como nossos corpos se queremos experimentar o plano de Deus para a
satisfação sexual e emocional” (A Batalha de Cada Mulher: Descobrindo o Plano
de Deus Para a Satisfação Sexual e Emocional, 2003, pág. 13).
Continuando,
Ethridge diz que estas diferenças explicam “porque dizem que os homens dão amor
para conseguir sexo e as mulheres dão sexo para conseguir amor”. Provérbios
4:23 diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele
procedem as fontes da vida” (ARA). As mulheres piedosas devem evitar entregar
seus corações até o momento apropriado, ou seja, no casamento.
Casamento e Família:
A Dimensão Perdida. pag. 39.
O ADULTÉRIO E A
DISCIPLINA DA IGREJA
A lei contra o pecado de adultério era
extremamente severa no Antigo Testamento. Esses infratores deviam ser punidos
com a morte (Lv 20.10; Dt 22.22). Alguns princípios da lei de Moisés jamais
foram observados, como, por exemplo, o ano do jubileu (Lv 25.8-55) que, à luz de
2 Crônicas 36.21, o povo havia esquecido. Com relação ao adultério, parece que
nos primeiros séculos da história de Israel essa punição foi-se afrouxando e
aos poucos deixou de ser observada, salvo em casos esporádicos. No livro do
profeta Oseias tem-se a impressão de que essa prática estava abandonada no
reino do Norte, mas o profeta Ezequiel ainda menciona essa sanção da lei mosaica
(16.38-40). No período Inter bíblico, segundo a Enciclopédia
Histórico-Teológica da Igreja Cristã, essa prática deixou de ser observada
(p. 482). O episódio da mulher adúltera, registrado em João 8.1-11, foi uma
anomalia. A lei existia, mas ninguém ousava colocá-la em prática. Os escribas e
fariseus pressionaram a Jesus, com o único objetivo de atingi-lo. A aplicação dessa
lei era algo anormal, e, além disso, eles trouxeram apenas a mulher, ignorando
o seu parceiro, o que também contrariava os princípios legais.
Quando essa disciplina foi totalmente
abandonada, é assunto obscuro. Guy Duty, em sua obra, Divórcio e Novo
Casamento, afirma que procurou descobrir na Biblioteca Pública de Nova
Iorque, na seção judaica, a data exata em que a pena de morte para os adúlteros
foi abolida, e tudo o que conseguiu do bibliotecário foi que o Talmude afirma
que isso ocorreu 40 anos antes da destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C. Essa
afirmação, segundo o próprio Guy Duty, não pode ser consubstanciada em outra
literatura antiga (p. 34). William L. Coleman afirma, em seu livro Manual
dos Tempos e Costumes Bíblicos, que o adultério já não era uma questão de
vida ou morte nos dias de Cristo. Por causa da influência pagã, os judeus não
executavam os adúlteros (p. 119).
No Novo Testamento essa pena foi abolida,
pois predomina a lei do amor: "Vai-te e não peques mais" (Jo 8.11).
Esse princípio é válido para os pecadores que estão na ignorância e precisam de
perdão e de um encontro pessoal com o Senhor Jesus (Jo 6.37). William L.
Coleman apresenta, como alternativa, que o divórcio mencionado em Mateus 5.32
foi uma espécie de válvula de escape, para livrar os culpados desse pecado da
morte (p. 119). O perdão de Jesus, aplicado à mulher adúltera, não isenta da
disciplina os crentes que caem em adultério.
O Senhor Jesus Cristo delegou à Igreja a
autoridade para excluir do rol de membros os que praticam esses e outros tipos
de pecado. Delegou também autoridade para reconciliar com a Igreja os que se
arrependem (Mt 16.19; 18.18). O apóstolo Paulo identifica exclusão como "entregar
a Satanás" (ICo 5.5; lTm 1.20), e Jesus fala de "considerar gentio e
publicano" (Mt 18.17) .O que as autoridades eclesiásticas não devem nem
podem anunciar no púlpito é o pecado de imoralidade sexual, como o adultério de
qualquer membro; isso é crime e pode terminar em processo nos tribunais.
Ninguém tem o direito de tomar pública a intimidade dos outros; isso é violação
de privacidade. Não há necessidade disso para resolver um problema de pecado na
Igreja.
O infrator deve, sim, e precisa ser cortado
da comunhão, mas o Novo Testamento não obriga ninguém a tornar público o seu
pecado.
SOARES. Esequias. CASAMENTO, DIVÓRCIO E SEXO A LUZ DA BÍBLIA.
Editora CPAD. pag. 61-61.
O que podemos,
então, concluir do que discutimos até aqui?
1. O sexo foi criado por Deus e é bom. Este é o ponto de partida para qualquer discussão sobre
sexualidade. Deus criou a espécie humana com corpos de macho e fêmea, com capacidade
de ter intimidade sexual, incluindo o orgasmo. Assim como fez com o restante da
criação, Deus disse que os seres humanos sexuados eram algo “muito bom” e
mandou que nos multiplicássemos. Quando o homem pecou, a criação de Deus foi
desfigurada e o potencial para uma sexualidade errada passou a existir. Adão e
Eva, que antes não tinham vergonha de sua nudez, de repente ficaram
constrangidos com seu corpo.
2. O sexo fora do casamento é um comportamento
pecaminoso. Isso está expresso mais claramente em I Coríntios
6, onde o pecado sexual é descrito como algo que afeta o corpo, a morada do
Espírito Santo. “O corpo não é para a impureza, mas para o Senhor,” lemos na Bíblia.
“Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer, é fora do corpo; mas aquele que pratica
a imoralidade peca contra o próprio corpo.” Portanto, somos exortados com estas
palavras: “Fugi da impureza!” Repetidas vezes, a Bíblia nos adverte contra a
influência escravizam-te do sexo fora do casamento. Não há nem uma sombra de
sugestão de que pessoas sexualmente excitadas estejam livres para praticar atos
sexuais, mesmo que tenham a intenção de se casarem. Se você não consegue se
refrear, escreve o apóstolo Paulo, que se case, porque é melhor casar do que
arder de paixão. Hoje em dia, esse pensamento é amplamente rejeitado, até mesmo
dentro da igreja. Há evidências de que jovens evangélicos são quase tão ativos
sexualmente quanto seus colegas do mundo. Muitas pessoas violam as leis de Deus
sobre o comportamento sexual e não parecem sofrer muito com sua imprudência, de
modo que, aparentemente, não existe nenhuma razão lógica para a abstinência -
principalmente quando todo mundo está “fazendo” e parece estar se dando muito
bem. "Alguns autores argumentam que essa filosofia estimula o surgimento
de grandes problemas sociais, inclusive o colapso da família, o aumento do
número de casos de AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST s), o
aumento do número de famílias de pais solteiros, a explosão dos casos de
adolescentes grávidas, e o grande número de abortos, para citar apenas os mais comuns. O salmo 73 descreve o que
acontece na vida pessoal quando não obedecemos às leis de Deus, e I Coríntios 6
parece sugerir que o sexo imoral impede que se alcance a unidade que pode ser
obtida no casamento. Alan Bloom escreve como educador quando observa que a
liberdade sexual ensina o erotismo, mas, de certa maneira, deixa as pessoas com
a “alma entorpecida” - levando a vida sem imaginação, com poucos ideais, com
medo do isolamento e do afastamento, e sem nenhuma habilidade de assumir
compromissos duradouros.
3. O sexo fora do casamento envolve pensamentos
pecaminosos. Algumas pessoas têm afirmado que não há adultério
enquanto o homem não introduz seu pênis na vagina da mulher. Essa visão
legalista foi contestada por Jesus no Sermão do Monte. “Qualquer que olhar para
uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela”, disse Jesus.
É claro que o adultério, a luxúria e a fornicação podem ocorrer na mente sem
qualquer contato genital. “Luxúria” é um termo difícil de definir com precisão.
Certamente, ele não se refere aos desejos sexuais normais e à atração por
pessoas sexualmente estimulantes, que são sentimentos dados por Deus. Não teria
sentido Deus nos dar necessidades e interesses sexuais e depois condená-los
como luxúria. A palavra luxúria às vezes é traduzida como “desejar
ansiosamente” e aparece com sentidos positivos e sem conotação sexual em outros
trechos da Bíblia. Ao comentar sobre o adultério mental, talvez Jesus estivesse
se referindo não a fantasias, mas ao desejo mental.
Segundo um escritor,
o Senhor poderia ter usado a seguinte frase: “Desejar o que é errado,
sexualmente, é tão ruim quanto fazê-lo.” Num livro polêmico, um autor cristão
defende a ideia de que as fantasias sexuais, a excitação na presença de uma
pessoa sexualmente estimulante e até a visão de imagens ligadas a sexo não
constituem, necessariamente, luxúria, a menos que a excitação nos leve a
imaginar ou planejar um envolvimento sexual com a pessoa em quem estamos
pensando. Nem todos os cristãos concordariam com essa opinião. Fantasias
sexuais obsessivas podem ser nocivas, mesmo que não ocorra um contato físico
subsequente, principalmente quando os pensamentos envolvem fantasias sobre atos
proibidos com pessoas específicas. Algumas vezes, essas fantasias podem se
tornar um substituto para a intimidade, especialmente quando a pessoa que
fantasia é incapaz de se envolver numa comunicação sexual com outra pessoa, ou não
deseja fazê-lo. Praticar sexo antes do casamento prejudica, pelos menos, duas
pessoas. A luxúria mental atinge, principalmente, a pessoa que tem os
pensamentos. De acordo com Jesus, os dois comportamentos são errados.
4. O sexo fora do casamento envolve conversas pecaminosas. A Bíblia condena as conversas livres sobre tema
sexual. Aos cristãos, a Bíblia exorta: “a impudícia, e toda sorte de impurezas,
ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos, nem
conversação torpe, nem palavras vãs, ou chocarrices, cousas essas
inconvenientes...” Linguagem obscena, piadas com conotação sexual, conversas e
comportamentos impróprios — tudo isso pode minar a reputação do crente e
levantar dúvidas sobre sua pureza, mesmo quando não está havendo nada
impróprio. O crente deve evitar até a aparência do mal e procurar manter sua
boa reputação. E esta pode ser rapidamente sabotada pelas conversas pecaminosas
de conteúdo sexual.
5. O sexo fora do casamento pode envolver
masturbação. Ao contrário da fornicação e do adultério, a
masturbação (estimulação dos próprios órgãos genitais até o ponto do orgasmo) nunca é mencionada na Bíblia.
Algumas pessoas têm argumentado que o pecado de Onã, descrito em Gênesis 38, é
uma forma de masturbação, porque ele “deixava o sêmen cair na terra”.
Entretanto, até mesmo uma leitura superficial do texto mostra que o pecado de
Onã era a desobediência a Deus, porque ele não queria engravidar a mulher de
seu irmão falecido. É errado masturbar-se? De acordo com um levantamento feito
entre cristãos evangélicos, as respostas se dividem igualmente entre sim e não.
Alguns sustentam que é errado, mas, nos últimos anos, há cada vez mais líderes
cristãos declarando publicamente que não veem nada de intrinsecamente nocivo
nessa prática.36 Apesar de terem opiniões diferentes sobre o assunto, todos os
crentes concordam que a masturbação geralmente é acompanhada de pensamentos de
luxúria. Como vimos, esses pensamentos são errados, sejam eles acompanhados de
estimulação genital ou não.
6. O sexo fora do casamento restringe a liberdade. Muitas coisas são possíveis, neste mundo, mas nem todas são escolhas
sensatas. Essa conclusão aparece no início de um importante trecho do Novo
Testamento, que trata da imoralidade/ Neste mundo, tudo tem uma destinação e
uma função, e nós vivemos melhor quando respeitamos essas normas. Por exemplo,
um peixe foi feito para nadar no mar e, embora ele seja livre para saltar para
a praia, os resultados disso seriam trágicos. Da mesma forma, a Bíblia
estabelece que o corpo humano foi criado para o sexo dentro do casamento. Nós
nos sentimos mais realizados quando seguimos essa diretriz divina. É claro que
somos livres para praticar a imoralidade, mas isso não seria sensato porque o
resultado final será desastroso. A pessoa que não consegue resistir à tentação
sexual não é livre. Ela está presa nas garras sufocantes dos impulsos
descontrolados e, na maioria dos casos, não consegue se libertar sem a ajuda de
um conselheiro.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora
Vida Nova. pag.
292-294.
I - ADULTÉRIO,UM GRAVE PECADO.
1. Conceito e origem da palavra.
A sociedade sem Deus admite uma “união estável”,
sem o respaldo espiritual e formal de duas pessoas, inclusive de caráter
homossexual. Muitos veem o casamento apenas como um contrato com prazo de
validade. Visão curta e secularista.
Mas, quando uma pessoa se casa, principalmente,
se é cristã, o faz na igreja, perante o ministro oficiante, e declara, perante
Deus, perante a igreja, perante as testemunhas, que representam a comunidade,
faz votos de fidelidade, assumindo o compromisso de ser fiel até que a morte os
separe. Quando há infidelidade, há uma quebra da aliança matrimonial, com
flagrante desrespeito à autoridade de Deus, e a seu plano para a formação do lar
e da família. Que Deus abençoe os lares cristãos, e os casais, unidos, em Nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo, respeitem a aliança firmada diante de
Deus. Se não casa na igreja local, ainda assim, perante Deus, há uma aliança a
ser respeitada, sob pena da reprovação divina.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 69.
ADULTERIO
No A. Testamento.
Contato sexual de uma mulher casada ou comprometida com alguém que não esteja seu
marido ou noivo. Ou de um homem casado com uma
mulher que não fosse sua esposa. Todavia, o concubinato era extremamente comum
no Antigo Testamento, pelo que um homem casado podia ter muitas mulheres,
contanto que não fossem casadas, e se houvesse contratos apropriados, sob forma
escrita, estipulando as condições segundo as quais o relacionamento deveria
ocorrer. Outrossim, a poligamia era uma prática comum. A poliandria (vários maridos
para uma só mulher), todavia, nunca foi reconhecida na lei e nos costumes dos
judeus. Os versículos que proíbem o adultério incluem Exo, 20:14; Lev. 18:20;
Mat. 19:3-12; Gál. 5:19-21. O sétimo mandamento proíbe o adultério. Base
original da monogamia. O trecho de Mat. 19:4-8 registra as declarações de Jesus
em favor da monogamia e contra o divórcio. Ele alicerçou o Seu ensino na
narrativa da criação do homem. Podemos supor, pois, que, apesar da
permissividade do Antigo Testamento em relação ao concubinato e à poligamia (para
os homens somente, como é natural), a monogamia é o ideal espiritual.
Por
que o adultério é proibido? A fim de
preservar a santidade do lar (Êxo, 20:14; Deu. 5:18). Também está envolvida a
questão da herança da família e a preservação da pureza tribal. Finalmente, o
próprio ato era considerado um crime sério, um ato de contaminação (Lev.
18:20). Por esse motivo, era imposta a pena de morte, envolvendo a execução de ambos
os culpados (Êxo, 20:14; Lev. 20:1 ss). Injunções similares podem ser achadas
no código babilônico de Hamurabi (129), e, opcionalmente, na primitiva lei
romana (Dion. Hal. Antiguidades Romanas). A pena de morte mostra que as
sociedades antigas encaravam o adultério não meramente como um ato privado
errado, mas que ameaçava o arcabouço do lar e da sociedade. O fato de que o homem
e a mulher tornam-se uma carne no matrimônio (Gên. 2:24; Efé. 5:31,32) sugere
uma comunicação mística de energias vitais físicas e espirituais, e isso deve
acontecer somente entre duas pessoas. Quanto a notas sobre esse conceito, ver
NTI na referência de Efésios. No adultério, o indivíduo é furtado de sua
identidade, e a união mística de seres é perturbada, talvez assemelhando-se ao
homicídio, embora certamente com menores consequências morais.
Severidade
do Novo Testamento. Jesus transferiu a questão do
adultério ao campo dos pensamentos e emoções. O homem que deseja uma mulher já
se tornou culpado (Mat, 5:28). Portanto, a moralidade estrita envolve as
intenções, as palavras e os pensamentos do indivíduo, e não apenas os seus
atos.
E assim, todos os
homens e mulheres caem sob a condenação, no espirito do sétimo mandamento, e ninguém
pode jactar-se de sua santidade quanto a esse preceito.
Uso metafórico, A idolatria e a infidelidade a Deus, sob qualquer
forma, é adultério espiritual (Jer. 3). Paulo dá a isso um colorido cristão,
pois o homem pode cometer adultério contra Cristo (I Cor. 6:9-20). O Espirito
residente no crente faz de seu corpo um templo. Assim, qualquer polução do
corpo é uma forma de infidelidade contra o Espirito ali residente, uma
execração desse templo. Visto que o Espírito habita no crente, e entre os
crentes como uma coletividade, quando um membro peca, todos os demais membros
são envolvidos quanto ao resultado disso (I Cor. 5:6; 12:27; Efé. 5:28-31). A
união sexual não envolve somente o que o individuo faz afeta a substância
daquilo que ele é (I Cor. 6:16). Todos os pecados sexuais são proibidos no Novo
Testamento, e não apenas o adultério (I Cor. 6:9; GáI. 5:19).
Em outras sociedades, antigas e modernas. O código babilônico de Hamurabi (128) mostra-nos que pelo menos alguns
povos antigos, além dos hebreus, encaravam desaprovadoramente o adultério. Nas sociedades
grega e romana o adultério era tratado com severidade, posto que nem sempre de
forma coerente. Na sociedade grega, um homem não podia ser divorciado de sua
esposa, somente por esse motivo. O sexo antes do casamento era geralmente tolerado,
não sendo reputado um erro grave. Nos ritos de fertilidade entre os egípcios,
babilônios, gregos e romanos praticamente não havia regras, e parece que se
isso fosse feito como parte de crenças e práticas religiosas, muitas coisas que
não eram permissíveis na vida diária comum seriam permitidas. Essas práticas, por
via de Canaã, penetraram na vida israelita (Amós 2:7 ss ; Miq. 1:7; 1 Reis
14:24). O homossexualismo com frequência fazia parte dos cultos antigos.
As religiões de
todos os povos consideram que os atos sexuais praticados entre pessoas não
casadas são errados, exceto nas sociedades onde a poligamia continua sendo
praticada. A maioria dos países europeus, bem como os Estados Unidos da
América, permitem o divórcio em razão de adultério. Nesse último pais, desde
1955, o adultério não está incluído no código criminal, embora continue sendo
motivo comum para o divórcio. Ali ninguém é preso por causa de um romance com
uma mulher que não seja sua esposa.
A lei do amor. O adultério pode ser perdoado por meio de arrependimento. Disse
Jesus: «Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais» (Joio 8:11)
Comentários adicionais,
Considerando I Cor. 6:18.
Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado
que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio
corpo.
Não convém que
enfrentemos frontalmente esse pecado, oferecendo-lhe resistência através da
força da vontade. Nosso plano de batalha, nesse caso, consiste em fugir. E
nessa fuga que fujamos para os braços de Cristo, desenvolvendo Nele as virtudes
morais positivas (ver GáI. 5:22,23), as quais nos protegerão dessa forma de
pecados. A alma remida que permanece em comunhão com Cristo, através de seu Espírito,
mediante a meditação, o estudo das Escrituras, a oração, e, idealmente,
mediante as. experiências místicas reais, perderá seu apetite pelas concupiscências
carnais.
Paulo já havia
declarado algo similar, com o mesmo sentido básico, na passagem de Rom. 13:14:
« •••mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais para a carne, no
tocante às suas concupiscências». Assim sendo. não devemos frequentar aqueles lugares,
ler aquelas coisas, ter contato com aquelas pessoas, que formariam provisões
para as ações sensuais. Pelo contrário, «revistamo-nos do Senhor Jesus Cristo».
Que seja ele o nosso revestimento espiritual. Que ele nos cubra e proteja com o
seu sangue.
Com esses
pensamentos podemos comparar o ensinamento de Jesus Cristo sobre o adultério
visual (ver Mat. 5:28). E também podemos confrontar a admoestação e censura de
Simão Pedro, que diz: «...tendo olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado,
engodando almas inconstantes... » (11 Ped, 2:14). Existem homens que vivem em
estado -permanente de concupiscência, em razão do que vivem procurando sempre
alguém com quem adulterar o Seus olhos percorrem a terra, procurando quem queira
pecar com eles, - e a vitalidade de seus seres é desperdiçada nessa pervertida
atividade. Conforme a tradução inglesa de Williams (aqui vertida para o
português), os olhos dessas pessoas são «insaciáveis pelo pecado». Jamais ficam
satisfeitas, sempre precisando de quem queira compartilhar de sua sensualidade.
Tomaram-se escravos completos do sexo. Tais individuas, em vez de fugirem dessa
forma de pecado, buscam situações favoráveis para o pecado, sempre fazendo
coisas que provocam o seu apetite. Tais homens não passam de escravos. E somente
a ajuda «vinda do alto» poderá salvá-los.
Sófocles, no
diálogo de autoria de Platão, intitulado República (329), ao ser interrogado
sobre como vinha manuseando as questões do «amor", retrucou: «Mui alegremente
tenho 'escapado' do mesmo, e sinto como se tivesse escapado de um senhor louco
e furioso». Sim, o sexo pervertido pode ser uma entidade assim, e feliz é
aquele que consegue escapar do mesmo.
«Pecar 'contra o
corpo' é defraudá-lo da parte que o mesmo tem com Cristo, é cortá-lo de seu
destino eterno. Esse é o efeito da fornicação em um grau sem-par... Aquilo que
o apóstolo Paulo assevera sobre a fornicação, nega a respeito de qualquer outro
pecado». (Robertson e Plummer, in loc.},
« ...fora ... »,
nesse caso, é palavra que significa algo como «sem efeito sobre o destino do
corpo» (novamente falando apenas em sentido relativo). Por essa razão é que
Alford (in loc.) comenta a respeito dessa questão como segue: A assertiva do
apóstolo é estritamente veraz. O alcoolismo e a glutonaria são pecados feitos
no corpo e através do corpo, sendo praticados mediante o abuso do mesmo, porém,
são coisas introduzidas de fora, erradas em seu efeito, cujo efeito é dever de
cada individuo prever e evitar. Mas a fornicação é a 'alienação daquele corpo
que pertence ao Senhor, fazendo do mesmo, corpo de uma prostituta'; não é um
'efeito' sobre o corpo deles, com base na participação de coisas vindas de
fora, mas antes, é uma 'contradição da verdade' do corpo, proveniente 'de
dentro' de si mesmo.
É bem provável que
Paulo concordaria com essa opinião de Alford. O que é inegável é que Paulo não subscreveria
àquela filosofia que afirma que todos os pecados são igualmente maus, não
havendo qualquer gradação de pecado. (AL IB LAN NTI RO)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 1. Editora Candeias. pag. 65-67.
20.14 — O sétimo mandamento e relativo ao adultério.
Deus considerava a santidade do matrimonio como uma responsabilidade sagrada
similar a santidade da vida (v. 13), pois o relacionamento no contexto conjugal
é um símbolo de fidelidade.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 166.
Sétimo Mandamento:
Contra o adultério. No artigo geral, no
Dicionário, intitulado Dez Manda- mentos, ofereço notas detalhadas sobre essa
questão que devem ser lidas em conjunto com as deste versículo. Assim como os
filhos devem honrar seus pais (Êxo. 20.12), e como os pais devem honrar seus
filhos (Efé. 6.4), assim também os cônjuges devem honrar-se mutuamente. Isso
faz parte de uma estrutura social que prospera, pelo que faz parte da segunda
tábua dos Dez Mandamentos. Desse modo fica salvaguardada a solidariedade da
família. A poligamia sempre fez parte da sociedade hebreia, pelo que ter mais
de uma esposa, ou ter uma esposa e várias concubinas não era algo proibido pelo
sétimo mandamento. Antes, 0 que era condenado era a sedução da esposa de outro
homem, ou (em casos mais raros) a sedução, por parte de uma mulher, do marido
de outra mulher. Ver no Dicionário 0 artigo intitulado Poligamia.
O trecho de Mateus 5.27 ss. elabora aquilo
que constituí 0 adultério, mostrando- nos que está envolvido mais do que atos
sexuais ilícitos. Existe aquele adultério da mente, de que nenhum homem ou
mulher escapa. Ver também Heb. 13.4 e Lev. 20.10.
O que está implícito no adultério ou no sétimo
mandamento? O Grande Catecismo de Westminster, respondendo à pergunta 139,
elabora:
“O adultério, a formicação, 0 estupro, 0
incesto, a sodomia, as paixões desnaturais, a imaginação impura, a impureza nos
propósitos e nos afetos, a linguagem Imoral, os olha- res sensuais, 0
comportamento imodesto, as vestes imodestas, os casamentos ilegítimos, a
tolerância de bordéis ou de qualquer tipo de prostituição, 0 indevido adiamento
no casamento, 0 divórcio, a separação ou deserção do cônjuge, a preguiça, a
glutonaria, 0 alcoolismo, as gravuras, as danças, as peças teatrais e qualquer
outra coisa que excita ou promova pensamentos impuros”.
Ό sétimo mandamento trata a família como uma
unidade social. Seu real interesse é a sacralidade do matrimônio. Somente por
implicação envolve a gama inteira da moralidade sexual (J. Edgar Park, in
loc.).
“Esse mandamento adverte contra a ditadura do
copo físico” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.).
O código de Hamurabi (artigo 157) requeria a
pena de morte na fogueira para esse tipo de pecado. O trecho de Levítico 20.10
requeria execução por apedrejamento. Ver no Dicionário o artigo Apedrejamento.
Ver também Deu. 23.22-24.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 393.
APEDREJAMENTO
No hebraico ha duas palavras a serem
consideradas, e no grego também. No hebraico, uma das palavras significa «matar
por apedrejamento.., e a outra ..dar à morte por apedrejamento», No grego temos
lithádzo e katalithãdzo, A primeira significa «apedrejar», e a segunda
«apedrejar até à morte. Todas essas palavras indicavam o ato de apedrejar a alguém
até à morte, como ato de castigo capital.
A forma mais comum de punição capital,
prescrita pela lei bíblica, era o apedrejamento. Geralmente era executado fora
dos muros das cidades (ver Lev. 24:23; Núm. 15:35,36; I Reis 21:13). As
testemunhas de acusação (a lei requeria um mínimo de duas - Deu. 17:6)
colocavam as mãos sobre a cabeça do ofensor (ver Lev. 24:14), transferindo
assim a culpa da comunidade para o ofensor. As testemunhas jogavam as primeiras
pedras, e os demais faziam o resto (ver Deu. 17:7). Tudo era feito com o
intuito de expurgar da- comunidade o mal ou males praticados (ver Deu. 22:21).
Havia dez formas de ofensa punidas por
apedrejamento:
1. a adoração a deuses falsos ou aos astros (Deu.
17:2·7); 2. indução à adoração de deuses falsos (Deu. 13:6-11); 3. blasfêmia
(Lev. 24:14·23; 1 Reis 21:10-15); 4. sacrifício de crianças a Moloque (Lev, 20:2-S);
S. adivinhação por meio de espíritos (Lev. 20:27); 6. quebra do sábado (Núm.
IS:32-36); 7. adultério (Deu. 22:21-24); 8. desobediência filial (Deu.
21:18-21); 9. quebra de pactos públicos (Jos. 7:25; também havia o castigo da
fogueira, em tais casos); 10. homicídio por meio de um boi (Êxo, 21:28-32).
Esse último caso é o único que envolve um animal, embora o trecho de Êxodo
19:13 ameace tanto o homem como o seu animal com apedrejamento, se qualquer um
deles tocasse no monte Sinai. Finalmente, embora o apedrejamento não seja mencionado,
talvez esteja implícito quando a pena de morte é prescrita para o caso de um
profeta que profetize em nome de alguma outra divindade (ver
Deu. 13:1-S).
A grande abundância de pedras na Palestina
fazia do apedrejamento a mais comum das punições capitais. Também era uma
maneira conveniente de exprimir ira ou ódio. O Senhor Jesus foi várias vezes ameaçado
de apredrejamento, com base em trechos bíblicos como Exo. 17:4; Núm. 14:10 e I
Sara. 30:6, o que também aconteceu com Paulo, conforme se vê em João 10:31-33;
11:8; Atos 14:5,19. Algumas vezes, o apedrejamento chegava mesmo a ser
executado, como se deu com Adorão (I Reis 12:18), Zacarias (11 Crô. 24:21) e
Estêvão (Atos 7:S8,59). (ND Z)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 1. Editora Candeias. pag. 207.
2. É preciso vigiar.
E pode começar antes do casamento. Se um
casal de jovens desobedece à Palavra de Deus, no namoro ou no noivado, está
lançando as sementes daninhas que gerarão um casamento infeliz. Durante o
casamento, se o casal não valoriza os princípios de Deus para a família, e
desobedece a sua doutrina, está edificando sua casa sobre a areia (Mt 7.26).
Viver a vida a dois, com amor, dedicação um
ao outro, com fidelidade, parece que não é estimulante. Mas trair, prevaricar,
ter novas experiências amorosas, isso agrada à carne. E terrível saber que a
influência de novelas e seriados tem tanto poder sobre a mente das pessoas, até
mesmo de evangélicos. São inúmeros os casos em que essa influência diabólica
tem sido fator que contribui para a infidelidade. Isso se deve à banalização da
infidelidade, na mídia.
A condenação de Deus ao adultério foi
expressa, solenemente, pelo Senhor, quando Ele chama a atenção dos sacerdotes
para a calamitosa situação espiritual deles próprios e da nação de Judá (Ml
2.13-15).
Numa cerimônia de casamento, em muitas
igrejas, há exemplos de quanto os noivos se preocupam com o cerimonial, com a
ornamentação do templo, com a quantidade de testemunhas de cada lado, do noivo
e da noiva. M as não são raros os casos em que tais casamentos, com tanta pompa,
acabam em divórcio. Não será porque se esqueceram de que Deus foi testemunha de
seu compromisso? E depois esse compromisso foi quebrado, de forma decepcionante,
pelo adultério? È indispensável que os casais cristãos preparem-se melhor para
o casamento, dando mais valor ao lado espiritual de sua união, diante de Deus,
do que ao luxo e à pompa da cerimônia.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 69-70.
VIGIAR
gregoreõ
(ypnyopéw), “vigiar” é encontrado em 1 Ts 5.6.10. e em mais 21 outros lugares
nos quais ocorre no Novo Testamento (por exemplo, em 1 Pe 5.8). Não é usado no
sentido metafórico de “estar vivo”: aqui é posto em contraste com o verbo katheudõ,
“dormir”, que nunca é usado pelo apóstolo Paulo com o significado de
"estar morto” (só tem este significado no caso da filha de Jairo). Por conseguinte,
o significado aqui é a vigilância e a expectativa em contraste com a falta de
firmeza e a indiferença. Todos os crentes viverão juntos com Cristo a partir do
tempo do arrebatamento descrito em 1 Ts 4: todos temos vida espiritual agora,
embora a condição espiritual c a consecução de cada um varie consideravelmente.
Aqueles que são negligentes e falham em estar alertas, sofrerão perda (por exemplo.
1 Co 3.15; 9.27; 2 Co 5.10), mas aqui o apóstolo não está lidando com esse
aspecto do assunto.
O que ele
esclarece é que o arrebatamento dos crentes na segunda vinda dc Cristo
dependerá somente da morte de Cristo por eles, c não da condição espiritual
deles. O arrebatamento não é questão de recompensa, mas de salvação.
W. E. VINE; Merril F. UNGER; Wllliam WHITE Jr. Dicionário
VINE. Editora CPAD. pag. 1059.
101.3
Não porei cousa injusta diante dos meus
olhos. O bondoso rei enfrentaria muitas tentações e muitos maus exemplos. Coisa
alguma que fosse vil seria tolerada diante de seus olhos, para que o fizesse
pecar ou perpetuar alguma forma'de injustiça. Os olhos do rei não contemplariam
maldade alguma. Já um monarca maldoso cobiçaria com os olhos, e, tendo poder de
obter qualquer coisa que lhe agradasse, se apossaria de tudo que o atraísse. O
bom monarca, entretanto, resistiria a tal tentação. Porque tudo que há no mundo,
a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
procede do Pai, mas procede do mundo.
(I João 2.16)
Os que se desviam da fé dão mau exemplo e
encorajam outros a segui-los. O bom rei, entretanto, não se deixaria impressionar
por esses maus exemplos, nem se permitiria tentar por seus feitos. De fato, ele
odiaria as obras dos tais, e mal algum praticado se apegaria a ele. O que eles
fizessem seria como uma doença mortífera. O homem bom mostrar-se-ia imune a
tais enfermidades espirituais.
Coisas como guerras injustas, alianças
profanas, saques, impostos excessivos, luxo exagerado, casas e possessões
extravagantes, cortes suntuosas, nada desse jaez tentaria um bom rei. Antes,
ele odiaria tais obras e as evitaria como se fossem uma enfermidade mortal, o
que elas realmente são para a alma. Cf. Deu. 13.17.
Cousa injusta. Literalmente, temos aqui, no
original hebraico, “coisas de Belial”, ou seja, coisas sem valor, coisas
ímpias. As coisas de Belíal eram os brinquedos dos reis orientais. Mas um bom
rei não brincaria com esses jogos.
O proceder dos que se desviam. Desviam-se do
quê? De Deus e do bem; da moderação e da lei.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 2368.
4.8 Aquilo que colocamos em nossa mente
determina o que falamos e fazemos. Paulo nos aconselha a programar nossa mente com
pensamentos que sejam verdadeiros, honestos, justos, puros, amáveis, de boa
fama, virtuosos e louváveis. Você tem algum problema com pensamentos impuros ou
com devaneios? Examine o que está colocando em sua mente por meio da televisão.
dos livros, das conversas, dos filmes ou das revistas. Substitua toda
informação perniciosa por material de valor. Acima de tudo. leia a Palavra de
Deus e ore. Peça a Deus para ajudá-lo a direcionar sua mente para aquilo que é
bom e puro. Essa atitude requer alguma prática e disciplina, e você certamente
é capaz de fazê-lo.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD. pag. 1668.
4.8 verdadeiro. Tudo o que é verdadeiro se
encontra em Deus (2Tm 2.25), em Cristo (Eí 20.21), no Espírito Santo (Jo 16.13)
e na Palavra de Deus (Jo 17.17). respeitável. O termo grego significa
"digno de respeito". Os cristãos devem meditar cm tudo aquilo que é
digno de respeito e adoração, ou seja, o sagrado em oposição ao profano, justo.
Diz respeito ao que: é certo. O cristão tem
de pensar em harmonia corri o padrão divino de Deus de santidade, puro. O que é
moralmente limpo e imaculado, amável. O termo grego quer dizer "agradável"
ou "afável". Por inferência, os cristãos devem concentrar-se no que é
bom e agradável, boa fama. O que é altamente respeitado ou de boa intenção. Refere-se
ao que é, em geral, bem conceituado no mundo, como a bondade, a cortesia e ao
respeito pelos outros.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do
Brasil. pag. 1623.
26.41 — Os discípulos precisavam ficar
acordados e orar porque em breve seriam provados. A palavra carne aqui se
refere à natureza humana. O contraste entre a natureza dos discípulos e a força
do Senhor é impressionante. Já que a carne é fraca, todo filho de Deus precisa
de poder sobrenatural (Rm 8.3,4).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 79.
Ele lhes deu bons conselhos: “Vigiai e orai,
para que não entreis em tentação” (v. 41). [1] Havia uma hora de tentação se
aproximando, e estava muito perto; as dificuldades de Cristo eram tentações que
poderiam levar os seus seguidores a não crerem nele e a não confiarem nele, a
negá-lo e desertá-lo, e a renunciarem a todo o relacionamento com Ele. [2]
Havia o perigo de os discípulos entrarem em tentação, como em um laço ou
armadilha; o perigo de entrarem em negociações com a tentação, ou passarem a
ter uma boa opinião sobre ela, de serem influenciados por ela, e tenderem a
transigir em relação a ela; este é o primeiro passo para ser vencido por ela.
[3] O Senhor, portanto, os exorta a vigiar e orar: “Vigiai comigo e orai comigo”.
Enquanto eles estavam dormindo, perderam o benefício de se juntarem a Cristo em
oração. “Vigiai vós mesmos, e orai vós mesmos. Vigiai e orai contra esta
tentação presente de sonolência e segurança; orai para que possais vigiar;
rogai a Deus por sua graça para vos manter acordados, agora em que há ocasião”.
Quando estamos sonolentos no culto a Deus, devemos orar, como fez, certa vez,
um bom cristão: “O Senhor me livre deste demônio da sonolência!” Senhor,
vivifica em mim os teus caminhos. Ou: “Vigiai e orai contra outra tentação com
que possais ser atacados; vigiai e orai para que este pecado não prove a
entrada de muitos mais.” Note que quando percebemos que estamos entrando em
alguma tentação, temos a necessidade de vigiar e orar.
HENRY. Matthew.
Editora CPAD. Mateus. pag. 356.
3. Buscar a presença de Deus e não desprezar o cônjuge.
A Palavra de Deus exorta os maridos a amarem
suas esposas (Ef 5.25). Esse amor deve começar pelo relacionamento espiritual,
com o amor de Deus, o amor “ágape”; e ser cultivado, através do amor humano, do
amor conjugal, sincero e dedicado.
Quando o esposo e a esposa cultivam o
relacionamento com Deus, em seu lar, dando tempo para atividades simples, no
aspecto espiritual, a tendência é que o casamento seja fortalecido e sua
família edificada, segundo os princípios de Deus. Para tanto, é indispensável
que haja um ambiente espiritual no lar. E os sacerdotes da família são os pais,
antes mesmo de terem os pastores como seus líderes. A Igreja começa no lar, e este
não substitui a igreja local, nem esta substitui o lar. Mas é no lar que deve
ter início o culto a Deus. Quando o casal cultiva o relacionamento espiritual
com o Senhor, no seio da família, está edificando sua casa sobre a Rocha (Mt
7.24,25).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 70.
II - AS CONSEQUÊNCIAS DA
INFIDELIDADE.
1. Afastamento de Deus.
5.3 - Essa “mulher estranha" é descrita
como uma prostituta. Em Provérbios, há muitas advertências contra o sexo
ilícito por várias razões. O charme de uma prostituta é para tentar o homem levando-o
a cometer erros e/ou a deixar de buscar a sabedoria.
A imoralidade sexual sempre foi extremamente
perigosa, porque destrói a vida familiar; corrói a capacidade de amar; degrada os
seres humanos, transformando-os em meros objetos. A imoralidade sexual pode
levar a enfermidades graves e resultar em filhos não desejados; é contrária às
leis de Deus.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD. pag. 839.
O tema é a sabedoria aplicada às relações
entre os sexos. Após um apelo inicial, para que se preste atenção (1-2), o
mestre prossegue para fazer uma descrição da mulher estranha e suas atrações
(3-6), uma injunção para evitá-la (7-8), uma advertência sobre o que sucede às
suas vítimas (9-14), um apelo para que se aprecie o santo amor (15-19), e um
lembrete que Deus está a observar tudo continuamente (20-23).
Essa mulher estranha é uma figura que frequentemente
aparece no livro de Provérbios (cf. 2.16; 6.24; 7.5; 20.16; 23.27; 27.13).
Falando em termos gerais, existem quatro pontos de vista diferentes sobre o
significado dessa frase: primeiro que ela representa meretrizes ou adúlteras
israelitas, que são descritas como "estranhas" porque não têm direito
à relação com o povo de Israel; o segundo diz que a mulher é estranha por ser
"estrangeira", e que aqui são aludidas mulheres cananéias ou fenícias
(sabemos que a prostituição religiosa era praticada na religião dos cananeus);
o terceiro é que isso se refere a um culto estrangeiro, talvez de Astarte, a
deusa do amor, com forte elemento sexual, e que tinha relações comerciais com
países circunvizinhos; o quarto ponto de vista afirma que toda a passagem é
alegórica e se refere às seduções da filosofia ou religião grega. Desses, o
primeiro é o que apresenta uma explicação mais simples, mais natural, e a que
melhor se coaduna com as declarações em 2.17 e 7.19 e segs.
NOVO.
Comentário da Bíblia. Provérbios. pag. 24.
5.3 lábios... palavras. A sedução começa com
palavras lisonjeiras ardilosas (cf. 2.16). Os lábios de mel devem fazer parte
do amor verdadeiro dentro do casamento (Ct 4.11).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do
Brasil. pag. 801.
59.1-14 - O pecado ofende ao nosso Deus e
separa-nos dEle. Por ser santo. Ele não pode ignorar, relevar ou tolerar nossos
erros como se fosse algo sem importância. O pecado rompe o relacionamento das
pessoas com Deus. erguendo uma parede que isola aqueles a quem Ele ama. Não é
de admirar que essa longa relação de pecados ignóbeis provoque-lhe a ira e
obrigue-o a virar o rosto aos homens. As pessoas que morrem levando consigo uma
vida de pecados náo perdoados ficam eternamente separadas do Criador. Deus
desejaria viver com elas para sempre, mas, ao mesmo tempo, não pode trazê-las à
sua santa presença, porque os seus pecados não foram removidos enquanto viviam
na terra. Você já confessou os seus pecados a Deus e permitiu que Ele os
removesse? O Senhor pode salvar-nos se nos voltarmos a Ele.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD. pag. 949.
O
PECADO SEPARA DO SALVADOR 59.1-3
1 Eis que a mão do SENHOR não está encolhida,
para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Depois
de falar resumidamente de restauração futura, Isaías retorna à situação nos
dias de Manassés. Como em 49.14,15, o problema não está com Deus, mas com o
povo. A capacidade de Deus para “salvar” e “ouvir” as orações do seu povo não
está de qualquer forma limitada. Ele está pronto e esperando.
2 Mas as vossas iniquidades fazem divisão
entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para
que vos não ouça.
De fato, os pecados intencionais estavam
separando o povo do seu Deus. Todos os pecados realmente são contra Deus, que
criou e ama a todas as pessoas. Os seus pecados eram como uma parede que escondia
a face de Deus (separava-os de sua presença) e os impedia de escutar e atender
aos seus pedidos.
HORTON. Staleym. M. Serie Comentário Bíblico Isaias. pag.
489-490.
59.1
Eis que a mão do Senhor não está encolhida,
para que não possa salvar. O Poder Está com Yahweh. Sua mão é salvadora.
Quanto à mão (o instrumento de poder e ação), ver Sal. 81.14. Ver
sobre mão direita em Sal. 20.6, e sobre braço em Sal. 77.15;
89.10 e 98.1. Além disso, Deus tinha o coração aberto ao clamor dos desolados.
Deus esperou por orações de arrependimento em vão. O povo de Israel que estava
na Terra Prometida logo caiu novamente em seus antigos pecados e tornou-se
"cativo do pecado" na Terra Prometida. No entanto, eles não tinham
sabedoria suficiente para ao menos reconhecer sua necessidade. As coisas não
tinham evoluído conforme se esperava, após o retorno da Babilônia. E o profeta
Isaías os informou de que as razões para isso estavam do lado deles, e
não do lado de Deus.
59.2 59.7
Mas as vossas iniqüidades fazem separação
entre vós e o vosso Deus. As iniqüidades do povo de Israel eram, um vez mais, a
raiz dos problemas. Eles desconsideraram a lei e suas demandas. E afundaram-se
em apostasia, levantando uma barreira de separação entre eles e Yahweh.
Fizeram o Senhor ocultar o Seu rosto por trás daquele véu de pecados. Eles O
tornaram surdo para com tantas iniqüidades. Por isso eles agora O achavam
indisposto a responder a seus apelos e às suas orações. Os homens entraram no
santuário para buscar a face de Deus, mas para eles não houve a glória shekinah,
nem a grande nem a pequena. A adoração era uma espécie de busca do rosto de
Yahweh. A presença divina poderia curar, mas a barreira de pecados não permitia
uma operação graciosa. Os pecados incluíam transgressões pesadas como crimes de
sangue (vs. 3) e, conforme podemos estar certos, a idolatria.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 2954-2955.
2. Morte espiritual.
O sábio Salomão, usado por Deus, exortou e
advertiu quanto aos perigos do adultério. Sua palavra era a Palavra de Deus
convocando seus filhos à vigilância contra a infidelidade conjugal. Com um
realismo extraordinário, o Senhor verberou contra a prática pecaminosa,
reconhecendo que “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu
paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3).
A experiência humana demonstra que o sexo
ilícito tende a provocar mais prazer do que o sexo lícito do esposo com a
esposa. Ao longo dos anos, as lutas da vida podem causar desgastes no
relacionamento amoroso entre os cônjuges. Satanás induz ao relacionamento com
pessoas estranhas, na busca de mais prazer. E comum a amante, a prostituta, a
adúltera propiciar ao marido infiel a prática de atos que não são admitidos
pela esposa. E a carnalidade provoca o prazer mais intenso. São “favos de mel”
que, depois, podem transformar-se em “favos de fel”.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 73-74.
6.25-35 - Algumas pessoas argumentam que não
ha problema em infringir a lei de Deus. cometendo pecados de ordem sexual, uma
vez que ninguém se fira. Na verdade, alguém sempre é ferido em uma situação
como esta. No caso de adultério, os cônjuges são feridos e os filhos sofrem.
Ainda que o pecado não resulte em enfermidades ou em uma gravidez indesejada,
os que são por ele afetados podem perder sua habilidade de cumprir compromissos
por causa do desejo sexual; podem confiar e se abrir completamente para outra
pessoa, perdendo a noção de si. As leis de Deus não são arbitrárias. Elas não
proíbem o bem e a diversão saudável; advertem-nos contra a nossa destruição devido
a ações impensadas ou por nos adiantarmos ao tempo estabelecido por Deus.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD. pag. 841.
6.27-35 — Furta para saciar-se, tendo fome.
Este trecho não apoia o roubo. Simplesmente compara o roubo, que poderia ser
uma ação até compreensível se a razão for a fome, com o adultério, que nunca
faz sentido. Jogar fora o compromisso com sua companheira da vida inteira é
loucura. Para os antigos israelitas, fidelidade conjugal era sinal de
fidelidade a Deus. Mas vale ressaltar que naquela época se um homem roubasse
alimento era condenado a restituir sete vezes o valor roubado.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 955.
Vv. 20-35. A Palavra de Deus tem algo para
nos dizer em todas as ocasiões. Que a repreensão fiel nunca nos incomode. Quando
consideramos o quanto este pecado abunda, quão odioso é o adultério em sua
própria natureza, que más consequências o acompanham, e quão certamente destrói
a vida espiritual e a alma, não é de nos assombrar que as advertências contra
ele sejam repetidas tão frequentemente. Observemos os temas deste capítulo.
Lembremo-nos de quem voluntariamente se fez nosso fiador, quando éramos
estranhos e inimigos. E os cristãos, com as perspectivas, motivos e exemplos
que têm, serão preguiçosos e negligentes? Descuidaremos do que agrada a Deus e
do que Ele recompensa bondosamente? Vigiemos sobre cada sentido pelo qual algum
veneno possa entrar em nossas mentes ou afetos.
HENRY. Matthew. Editora
CPAD. C0mentário Matthew Henry. Provérbios. pag. 11.
3.7 — Os maridos cristãos devem cuidar de suas
esposas com o mesmo espírito altruísta que os cristãos cidadãos (1 Pe 2.13' 17), os
cristãos subalternos (1 Pe 2.18-25) e as esposas cristãs (v. 1-6).
Com entendimento. O marido cristão deve ser sensível
às necessidades de sua esposa, a suas forças e fraquezas, e seus objetivos e
desejos. Ele tem de conhecê-la o máximo que puder, para fazer com que ela se
sinta plenamente realizada. Dando honra. O marido cristão tem de honrar sua
esposa porque ela merece ser honrada (v. 1-6).
Vaso mais fraco. Esta fraqueza diz respeito à
física, pois o termo vaso aqui se refere ao corpo humano. Sendo vós seus
co-herdeiros. O relacionamento descrito aqui é entre o marido e a esposa
cristãos, já que todos os cristãos, e somente eles, são os herdeiros da graça
da vida (Rm 8.17). Para que não sejam impedidas as vossas orações. O
relacionamento espiritual do marido cristão com Deus é diretamente influenciado
pelo modo como ele trata sua esposa.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 698.
Dando honra à esposa (7). Se compararmos
2.13,17 com este versículo, veremos que a palavra honra traz em si alguma ideia
de sujeição. Assim deve o marido exercer um pouco de auto subordinação, com
referência à esposa. A mulher é aí chamada parte mais frágil porque é
fisicamente mais débil, em alguns respeitos, que o homem. Não se trata aqui de
inferioridade intelectual ou moral, embora que no mundo antigo fosse isto
admitido. O homem é havido como parte mais forte no sentido de ser mais
musculoso e de arcar com maiores responsabilidades no lar, visto como é ele
quem sustenta a família (cf. 1Ts 4.4). A razão de o marido honrar assim a sua
esposa vem declarada na frase por isso que sois juntamente herdeiros da mesma
graça de vida (7). O sentido pode ser este: visto como são ambos cristãos,
partilham igualmente daquela vida eterna que a aceitação do evangelho traz.
Pensam outros que, pelo fato de Pedro provavelmente se dirigir aqui aos maridos
de esposas pagãs, refere-se ao poder de transmitir vida natural, trazendo
outros seres humanos ao mundo. Por fim mais uma palavra. Falta de compreensão
entre marido e mulher, egoísmo da parte de um ou de outro, ou qualquer coisa
que provoque atritos no lar, certo que se farão sentir na vida espiritual,
estorvando a vida de oração das pessoas em causa.
NOVO.
Comentário da Bíblia. 1 Pedro. pag.
26.
7. Maridos, vós, igualmente. Passando agora
às implicações da santidade no marido, Pedro prescreve que o relacionamento
conjugal deve existir em termos de consideração mútua com discernimento. Eis aí
o oposto do egoísmo. Tendo consideração para com a vossa mulher.
A palavra tendo (gr. aponemo’) indica uma
tarefa deliberada, uma propositada canalização de honra (relacionada com
"precioso") concedida à esposa, que diante da graça de Deus é
co-herdeira. Para que não se interrompam as vossas orações. Ressentimentos que
se originaram da conduta egoísta no lar toma impossível a oração eficaz. A
oração eficaz tem de ser "sem ira" (I Tm. 2:8).
MOODY. Comentário Bíblico. 1
Pedro. pag. 19-20.
3. Um lar despedaçado.
Desestruturação familiar, A família sempre foi considerada a
célula-máter da sociedade. Um país que valoriza a família, certamente tem
alicerces morais e éticos mais fortalecidos. Infelizmente, no Brasil, a família
está sendo atacada de modo impiedoso, tanto do lado espiritual, pelas forças
diabólicas, quanto pelas forças das instituições que, guiadas por filosofias materialistas,
atentam contra a estrutura familiar. Esses são ataques externos à família.
O adultério é um ataque direto à organização
familiar. Quando um cônjuge adultera causa terrível transtorno à sua família.
Em primeiro lugar, atinge ao cônjuge. Em segundo lugar, aos demais membros da família,
principalmente aos filhos, que ficam confusos e perplexos por saber que o pai
ou a mãe foi infiel, traindo a confiança matrimonial e dos filhos. O adultério
mina o edifício da família em sua base, que é a confiança do esposo na esposa,
e dos filhos nos pais. Em quem confiar, se os líderes traem um ao outro? O
resultado dessa quebra de confiança é a tristeza, a decepção e a revolta dos
filhos. Muitos, não tendo estrutura espiritual e emocional, enveredam por
caminhos perigosos, envolvendo se com drogas, bebida e prostituição. Quem
adultera está edificando sua casa sobre a areia (Mt 7.26).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 75-76.
2.16 Porque o Senhor Deus de Israel diz que
odeia o repúdio; e também aquele que cobre de violência as suas vestes. Yahweh-Elohim expressa Seu ódio
pelo divórcio. No entanto algumas pessoas se envolveram nele tão trivialmente ,
como se trocassem de roupa. Um divórcio indevido é um ato de violência. O homem
que se divorcia frivolamente se veste em roupas de violência e perpetua grande
injustiça. Ou, talvez, o significado seja o de que ele cobre a mulher
divorciada com as roupas da violência. A vestimenta pode significar a própria
esposa, e o homem que “arranca a primeira roupa” para “vestir-se com outra
” machuca violentamente aquela que foi desprezada. Alguns intérpretes veem aqui
a ideia de que o homem “cobre seu ato de violência com o fingimento de estar
agindo bem”. O divórcio, fala o profeta, é “negócio sério", portanto,
cuidado! “... não quebre a fé” (NCV);
“não
aja de maneira traidora ” (KJV).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 3709.
16. Odeia o repúdio. Isto é, Deus odeia o
divórcio. Em parte alguma o V.T. aprova o divórcio, embora prescreva o que deve
ser feito sob dadas circunstâncias nas quais o divórcio acontecia (Dt. 24:1-4;
veja também Mt. 19:7, 8). Que cobre de violência. Traduza-se antes, e a
violência cobre suas vestes. As próprias vestes dos israelitas culpados era, à
vista de Deus, manchadas pelo seu pecado hediondo (cons. Zc. 3:3, 4).
MOODY. Comentário Bíblico. Malaquias.
pag. 10.
2.16
— Desleais. Para o Senhor, tratar os votos e obrigações do casamento com
indiferença é a atitude de um traidor.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1415.
O
Senhor... aborrece o repúdio (16). O profeta não deixa dúvida em seus ouvintes,
quanto à atitude do Senhor para com aqueles divórcios, assim justificando seu
apelo que diz: guardai-vos em vosso espírito (15), ou seja, prestai atenção.
Aquele
que encobre a violência com o seu vestido (16), melhor: "que encobre o seu
vestido com violência". Quando um homem tomava uma mulher como esposa,
lançava sobre ela a sua capa (cf. Rt 3.9). Neste versículo, por conseguinte,
"vestido" deve ser compreendido no sentido de "esposa".
NOVO. Comentário da
Bíblia. Malaquias. pag. 9.
2.15.16
- A frase “e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade” significa
estabelecer com o casamento o mesmo compromisso que Deus tem com suas promessas
para o seu povo. Nosso amor conjugal deve ser exclusivamente reservado ao nosso
cônjuge.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD. pag. 1203.
III - CONSELHOS CONTRA A
INFIDELIDADE.
1. Fuja das tentações.
O cristão, por mais que se considere santo,
não está imune às tentações. Jesus em tudo foi tentado, mas não pecou (Hb
4.15). Se Jesus foi tentado, Davi foi tentado (e caiu vergonhosamente), Sansão
foi tentado, Salomão foi tentado; o crente, nos dias presentes, não pode achar
que está livre de cair em tentação. Alguns conselhos práticos podem resguardar
o servo ou a serva de Deus, da vergonha da queda, e da destruição de seu ministério,
do seu casamento, e da sua honra. Como escapar das tentações:
1. Vigiando e orando. A “carne é fraca...”(Mt
26.41). O cristão deve viver em oração, em comunhão permanente com o Senhor. E
isso é possível. Todos os dias, desde o início da jornada, começar com oração. O
cristão deve orar diariamente, passando tempo significativo na presença de
Deus.
2. Resistindo ao Diabo. O inimigo sabe que a
área sexual e sentimental é um ponto sensível (e fraco) para muitas pessoas,
notadamente os jovens. Ele ataca muito nessa área. Mas é possível resistir e
vencer (1 Pe 5.8,9; Tg 4.7). Exemplo notável é o de José na casa de Potifar.
Resistiu e venceu, ainda que tenha pagado um preço terrível. Ao final, Deus o
recompensou de modo glorioso.
3. Fugindo dos desejos ilícitos (2 Tm 2.22. P
v 3.7; 22.3). Os
esposos mais jovens são mais visados pelas tentações do sexo; o Diabo
aproveita-se dos problemas do casal para investir na infidelidade. Todavia, os de
mais idade não estão imunes a pensamentos pecaminosos. A batalha contra as
tentações está na mente, nas emoções, nos sentimentos; é preciso guardar o
coração (a mente — Pv 4.32); o pensamento deve ser levado cativo (2 Co 10.5) e
precisamos renovar o nosso entendimento (Rm 12.1-3).
4. Reconhecendo que Deus é dono do nosso
corpo (1 Co 6.20). Só
devemos usá-lo (seus membros) de acordo com a vontade do Dono. Um dia,
prestaremos contas ao Dono do corpo daquilo que fizemos com sua propriedade.
5. Conscientizando-se d e que o corpo é
templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Ê a dimensão espiritual do corpo. Não
podemos profanar, sujar, manchar ou degradar o templo de Deus; há quem ensine
que, nas quatro paredes do quarto do casal, podem fazer o que quiser. Isso é um
ensino irresponsável, pois só podemos fazer com o corpo o que agrada ao Espírito
Santo. O sexo pode e deve ser desfrutado pelo casal, mas este deve lembrar-se
de que devemos glorificar a Deus em nosso espírito, em nossa alma e no nosso corpo.
6. Buscando a santificação. E o processo
contínuo, diuturno, e constante, pelo qual uma pessoa se torna santa. Sem
santificação, jamais alguém, homem ou mulher, congregado, membro ou obreiro,
verá ao Senhor (Hb 12.14). E a separação da vida e do ser integral, da mente e do
corpo em consagração para Deus (1 Pe. 1.15; 1 Ts 4.3-7).
7. Ocupando a mente com as coisas
espirituais. Alguém já disse que “mente vazia é oficina do Diabo”. Faz
sentido. Quando o cristão procura ocupar sua mente, com a oração, leitura da
Bíblia e de bons livros; quando pratica o jejum, como reforço à oração,
servindo ao Senhor, dificilmente vive pecando. Quando o obreiro cristão se
desenvolve no ministério, preparando estudos, mensagens, sermões para alimentar
a igreja local, envolve-se na evangelização, louvando, participando da obra do
Senhor e ocupa a mente com o padrão requerido por Deus, é mais difícil cair
(ver Fp 4.8,9).
8. Evitando o uso da tecnologia a serviço do
mal. A
televisão é uma invenção extraordinária. Por ela, mensagens edificantes podem
chegar a muitas pessoas. Um pregador pode alcançar milhões de telespectadores. Mas,
por ela, o Diabo pode entrar nos lares e nas mentes de servos e servas de Deus.
Pesquisas mostram que onde chega o sinal de determinadas emissoras, com a
transmissão de novelas, o número de separações de casais aumenta. Não é por
acaso. Certas programações, na TV secular, são fruto do plano do Diabo para
destruir a moral, os bons costumes, o lar e o casamento. Por isso, diz a
Bíblia: “Não porei coisa má diante de meus olhos” (SI 101.3). Pior que a TV é a
internet, quando usada para o pecado. Muitos casais estão prejudicados em seu casamento,
por causa do vício de um cônjuge, que se deixa escravizar pelos contatos
virtuais ilícitos. Há cristãos viciados em sexo virtual, em pornografia e
relacionamentos com pessoas estranhas, o que equivale a adultério, segundo
ensino de Jesus (Mt 5.28). Assim, o cristão deve evitar a TV e a Internet
imorais, as revistas pornográficas, as novelas, cujo enredo é demonismo e sexo
explícito, traição, violência, inversão de valores, desrespeito a Deus.
Pergunta: Será que Jesus está ao lado de uma irmã, ou irmão, quando está
assistindo à novela? Ou quando está diante da internet, acessando sites
pornográficos?
9. Ocupando a mente e o corpo com atividades
lícitas. Quando
o cristão ocupa-se com trabalho (mente desocupada é oficina do Diabo), exercícios
físicos moderados e saudáveis, de acordo com sua idade são muito úteis à saúde
(2Ts 3.10,11; 1 Tm 4.8).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 78-80.
10.16 - A oposição dos fariseus aos
discípulos foi comparada à atitude dos lobos para com as ovelhas: devastadora.
A única esperança dos discípulos era procurar em seu Pastor a proteção.
Nós também podemos enfrentar hostilidade
semelhante. Devemos, como os discípulos de Jesus, adotar uma atitude de
prudência e sensatez. Não devemos nos comportar como fantoches ingênuos nem ser
coniventes com a mentira. Devemos encontrar um ponto de equilíbrio entre a
sabedoria e a adaptabilidade, ao fazermos a obra de Deus.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD. pag. 1238.
Prudentes como as serpentes (16). Cf. Gn 3.1,
a frase revela quão necessária seria a sabedoria, de vez que a serpente era
universalmente considerada a mais prudente de todos os animais. A natureza
daquela virtude seria bem diferente, como a seguinte frase indica. Vê-se o
exemplo desta sabedoria na prática, em 1Co 9.19-23. É sugestivo que estas
qualidades deviam manifestar-se em face da terrível oposição que haviam de
encontrar. Com o vers. 17, cf. Mc 13.9-13; Lc 12.11-12; 21.12-19.
NOVO. Comentário da
Bíblia. Malaquias. pag. 43.
AQUI começa a segunda parte deste discurso de
Jesus (o qual constitui 0 segundo grande bloco de seus ensinos, cm torno dos
quais o evangelho de Mateus foi formado). Ver notas cm Mat. 5:1 e 10:5.
Estes versículos parecem ter aplicação local,
tanto quanto profética. O vs. 23 é visto por alguns como alusão à grande
tribulação, que precederá imediatamente a volta de Cristo, quando os fiéis
propagarão sua mensagem. A expressão *até que venha o Filho do homem· parece
referir-se ao futuro, ao segundo advento de Cristo, e não somente ao término do
·segundo circuito· dos doze pela Galileia. Ver nota no vs. 23 quanto às
diversas explicações sobre essa expressão. Nota-se que certas porções dessa
secção aparecem em diversas conexões, em Marcos e Lucas, fato esse que
demonstra que as palavras devem ter aplicação mais ampla do que simplesmente a
volta dos doze de sua excursão pela Galileia. Provavelmente Jesus mostra aqui
os tipos de oposição que seus discípulos enfrentariam, tanto naquele tempo como
mais tarde. no período da igreja e imediatamente antes de sua segunda vinda.
Assim sendo, as palavras dirigidas aos setenta (antes da terceira viagem à
Galileia). em Luc. 10:1-12, incluem instruções e—ensinos idênticos—aos que
encontramos no décimo capitulo de Mateus. Provavelmente Jesus proferiu palavras
semelhantes por diversas vezes, em circunstâncias diferentes. Outrossim,
segundo o costume do autor deste evangelho, não é improvável que tenhamos,
neste capítulo, palavras proferidas sob circunstâncias diferentes e cm outras
ocasiões, as quais são reunidas neste lugar, constituindo, assim, um dos
grandes blocos de ensinos de Jesus. De modo geral, portanto, o autor mostraria
que Jesus baixou tais instruções aos discípulos, antes de darem início à obra;
mas também pode ser que nem todas essas palavras tivessem sido ditas no mesmo
discurso e na mesma oportunidade. Ver notas sobre os problemas da harmonia dos
evangelhos, em Mat. 6:9-15; 8:1,2; 8:20: 8:25 e na secção final sobre a
historicidade dos evangelhos, quc faz. parte da introdução a este comentário.
Ovelhas para o meio de lobos. Jesus preparou
os discípulos para que enfrentassem duras experiências, que incluiriam a
perseguição. Primeiro mostrou que não deveriam esperar riquezas ou valores,
segundo são reputados pelo mundo. Em seguida, mostrou que alguns rejeitariam
sua missão c sua mensagem. Finalmente, mostrou que a rejeição pode incluir a
perseguição e até mesmo a morte.
Mais uma vez, em seus ensinos, Jesus lança
mão do simbolismo das ovelhas. Ver nota sobre Mat. 10:6. Com esse simbolismo,
Jesus indica divisas coisas: 1. As ovelhas são pessoas sob a direção dc um
pastor; 2. o pastor é 0 responsável pela defesa das ovelhas, porque é claro que
tais pessoas não sabem defender-se; 3. provavelmente também sugere que os
discípulos. em
comparação aos homens dotados de má intenção, são inocentes, fracos, humildes,
mansos, gentis, simples. Na literatura judaica nota-se que, ocasionalmente, 0
povo de Israel era descrito, ao ser considerado no meio das nações gentílicas,
como ovelhas no meio de lobos.
*Lobos·. Termo usado no N.T. para indicar os
perseguidores e seu temperamento malicioso, por serem homens maus, injustos,
destituídos de misericórdia, inclinados à destruição, à voracidade e à
crueldade.
·Sede, portanto, prudentes como as serpentes
e símplices como as pombas». Na literatura judaica. Israel é apresentado como
pombas (devido à sua simplicidade) entre os gentios, que aparecem como
serpentes (devido à sua sagacidade em praticar o mal), fica evidente que tais
provérbios—eram comuns—nos dias de Jesus. Este aplicou ambas as ideias (no bom
sentido) aos seus discípulos. Fara sobreviverem em tempos difíceis e para terem
êxito no seu trabalho, os discípulos, quais ovelhas no meio dos lobos, devem
combinar as qualidades tanto das serpentes como das pombas; devem ter a
sagacidade e a inteligência das serpentes, sem que isso signifique, porém, que
devam ser maus como as serpentes. Jesus usa a serpente no sentido que achamos
em Gên. 3:1 e Sal. 58:5. O primeiro desses trechos diz: «Ora, a serpente era
mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito». Não
está em foco a questão da natureza da serpente; tal simbolismo seria facilmente
compreendido pelos discípulos. Estes deveriam exercitar a sabedoria que vem do
alto. E com essa sabedoria deveriam combinar a simplicidade das pombas.
TALVEZ a pomba seja o símbolo da pureza da
alma que busca a Deus, sem almejar outra coisa além de conhecer a cie c aos
seus caminhos, sem qualquer sombra de egoísmo e soberba. A pomba representa a
alma simples, preservada das complicações c pecados do mundo. Quando Jesus viu
a Natanael, disse: ·Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!» (João
1:47). Esse é o espírito das pombas. Ê rara a combinação de sabedoria e
simplicidade. Alguns têm sabedoria, mas não simplicidade; outros possuem
simplicidade, mas falta-lhes a sabedoria. O notável que Paulo tenha descrito
suas ações e atitudes, entre os crentes de Corinto. em termos como estes:
«Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com
santidade e sinceridade de Deus. não com sabedoria humana, mas na graça divina,
temos vivido no mundo, e mais especialmente para convosco» (II Cor. 1:2). Não é
provável que Paulo tenha pensado nas palavras de Jesus (estas, que aqui
encontramos, e que tratam da sabedoria) ao escrever essas palavras; e isso
destaca o fato que o espirito de sabedoria da serpente e o espírito de
simplicidade da pomba estavam combinados na personalidade dos apóstolos, e que
ele tivesse expressado sua atitude nesses termos. Observa-se que Paulo deu a
razão desse êxito em sua vida espiritual—a graça divina.
CHAMPLIN, Russell Norman, Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 363.
26.40 — Nem uma hora pudeste vigiar comigo? Jesus estava falando com
todos os discípulos, embora a pergunta tenha sido dirigida a Pedro. Um pouco
antes, Pedro havia dito que jamais abandonaria Jesus e até morreria por Ele (Mt
26.35); entretanto, nem conseguiu ficar acordado para orar com Jesus quando Ele
mais precisava.
26.41 — Os discípulos precisavam ficar acordados e orar porque em breve
seriam provados. A palavra carne aqui se refere à natureza humana. O contraste
entre a natureza dos discípulos e a força do Senhor é impressionante. Já que a
carne é fraca, todo filho de Deus precisa de poder sobrenatural (Rm 8.3,4).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 79.
...discípulos...dormindo...> principio
talvez—seja difícil—compreendermos como poderiam dormir em momentos como
aqueles; mas é óbvio que não entenderam a crise que Jesus enfrentava. Sabiam
que ele passara por muitos problemas com as autoridades. Sabiam que ele
predissera um desastre iminente; mas não podiam aceitar isso como uma
possibilidade imediata. Sabiam que tinha havido diversos planos para eliminar a
Jesus; mas Jesus se saíra vitorioso cm muitas lutas, porque possuía estranhos c
altos poderes. Simplesmente não estavam mentalmente preparados para a crise, e
naquele momento nada lhes parecia mais importante do que o sono.
A noite estivera ocupada com as festividades;
não haviam compreendido a conversa referente a Judas Iscariotes, e não
percebiam que naquele exato instante Judas estava reunindo autoridades e
soldados para virem prender a Jesus. Os três apóstolos tornaram-se exemplo para
a igreja de todos os séculos, ilustrando aqueles que. sendo íntimos dc Jesus e
possuindo todas as vantagens, não possuem a graça suficiente para vencerem
tempos de provação, ou mesmo de reconhecer a ameaça das crises. Quantos de nós se
podem a dormir, quando outros lutam pela sua sobrevivência, mental ou
espiritualmente! Quantos de nós pouco se preocupam quando outros atravessam a
noite escura da alma! O texto descreve também a grande solidão da inquirição
espiritual. Jesus ansiava pela lealdade humana. Seria um crime serio o fato de
um soldado ou sentinela se pôr a dormir em seu posto. Os sacerdotes no templo,
que tinham a responsabilidade de ficar despertos e de observar as vigílias da
noite, seriam considerados culpados de um crime grave. se. quando nomeados a
vigia na casa de Deus, ao invés disso se pusessem a dormir. Este texto ensina a
necessidade de integridade, fidelidade c companheirismo. Jesus estava
«assustado e abalado até à noite» (expressão do evangelho de Marcos). Estava
entristecido de uma maneira que ninguém pode medir. No entanto, os seus
discípulos dormiam como se as circunstâncias fossem normais.
-nem uma hora pudestes vós vigiar...· Pedro,
que se vangloriara tanto de sua coragem, porquanto dissera que até morreria com
Jesus, agora nem ao menos pôde manter-se acordado juntamente com ele. Nesta
altura, Pedro mostrava somente a coragem das palavras. Espiritualmente
mostrava-se insensível. Uma grande provação ameaçava a todos eles, mas ele não
elevou a voz cm oração; pelo contrário, seus olhas eram dominados pelo sono.
Jesus, pois, repetiu a advertência que se lê
no vs. 38. mas adicionou a ela a necessidade de orar. Jesus tinha confiança na
oração como o agente que toca no poder de Deus. Pedro também enfrentou uma
provação ou tentação, tentação essa que haveria de conduzi-lo à ação mais
vergonhosa de sua vida—a negação ao Senhor—, uma ação que o mundo jamais pode
olvidar, que ficou gravada nas páginas do Novo Testamento para todos
contemplarem. Quão frequentemente Pedro deve ter desejado poder apagar aquelas
horríveis palavras do registro! Quão frequentemente ele mesmo deve tê-las
mencionado, quando ensinava a outros sobre o verdadeiro disciplinado! A
provação dc Jesus também era a de Pedro, mas Pedro deixou-se vencer pelo sono.
Dessa maneira. Pedro tornou-se exemplo daqueles que se ufanam, mas que o fazem
apenas dos lábios para fora. porquanto não possuem o desenvolvimento espiritual
necessário para pôr em ação suas palavras tão altissonantes.
E como se Jesus tivesse dito a Pedro e aos
outros apóstolos:
«Conservai-vos acordados e buscai o poder de
Deus». «Sem essa sabedoria os homens ficam cegos com relação às circunstâncias
do momento, como os discípulos sonolentos ficaram cegos para a hora dc Cristo.
Sem esse alerta os homens mostram-se desleais a Cristo, c o conduzem a algum
novo Calvário. Sem essa vigilância os homens ficam sem defesa: 0 espirito pode
estar
bem-disposto, mas a carne é fraca. Contudo, há um recurso. Nossa própria
atitude de alerta não seria suficiente; e, por semelhante modo, a própria
oração falharia. Mas Deus á o nosso recurso». (Buttrick, in loc.). No livro de
Bunyan, A Guerra Santa, o mau personagem Diábolus jactou-se de que tudo que
tinha a fazer para obter a vitória era pôr um pé na ·Cidade da Alma do Homem».
Satanás pusera o pé na alma dos discípulos, naquela noite. Destruiu a Judas
Iscariotes completamente, deixando-o uma massa tremeluzente de carne. Desejou
fazer Pedro passar pela peneira, como que para provar que seu trigo era apenas
palha. Uma vez que Judas Iscariotes já estava destruído, embora seu próprio ser
estivesse sendo ameaçado, Pedro deixou-se vencer pelo sono.
·...o espirito, na verdade, está pronto
Trata-se de uma declaração geral tal como encontramos em Romanos 7. 22-25. Isso
se aplica a toda humanidade, tanto aos convertidos como aos não convertidos. No
caso dos não-convertidos, a prontidão do espirito jaz dormente, amarrada,
embora algumas vezes encontre expressão, tal como no caso da vida de Saulo de
Tarso, antes de sua conversão. Instintivamente ele odiava o mal e amava o bem,
porque essa parece ser a tendência da alma humana, embora muito se tenha
afastado de Deus. Essas intenções, entretanto, não são consideradas como
evidências de retidão genuína, conforme nos ensina o terceiro capitulo da
epístola aos Romanos. No entanto, o homem conhece instintivamente o bem e lhe
dá preferência; mas a alma está agrilhoada na prisão do pecado. O principio da
carne, que no caso dos não-convertidos está não somente enfraquecido mas também
mostra-se positivamente inclinada para o mal, serve de grande fator que bloqueia
o caminho do homem de volta para Deus. No caso do crente, o espírito foi
vivificado e transformado em força poderosa; mas mesmo assim 0 poder da carne
pode ser tão grande que derrote aquela. Nesse caso, a carne pode ser o mau
princípio (como na última porção do sétimo capitulo da epístola aos Romanos),
ou pode ser simplesmente uma referência geral à fraqueza humana, por estarem os
homens na «carne», sendo criaturas mortais, não passando de pó, um vapor que
passa, uma flor que se resseca. Nesse sentido, o termo ·a carne é fraca» também
é usado aqui, e esse é o sentido principal que encontramos neste texto do
evangelho de Mateus. Jesus não desejou ensinar que os seus discípulos eram
malignos, que o mau princípio da carne os ameaçava (embora isso fosse verdade);
mas simplesmente referiu-se à debilidade humana, que é tão evidente no. caso
daqueles que não se preparam de alguma maneira especial, no espírito, para
enfrentarem as provações. Alford diz aqui, corretamente, que a principal
referência, neste texto, é à natureza humana, e não ao próprio mal; c que a
carne é simplesmente reputada como débil, e isso inerentemente. Nesse sentido,
até o próprio Jesus estava incluído em suas palavras (conforme diz Alford, in
loc.), pois nessas palavras do Senhor não há qualquer alusão ao pecado, mas tão-
somente à debilidade de homens mortais. Mas naquilo que Jesus venceu pelo
exercício espiritual, pela vigilância e pela oração, os discípulos foram
derrotados por causa de sua preguiça e negligência espirituais. A necessidade de
atitude espiritual alerta tem entrado no vocabulário do cristianismo até mesmo
nos nomes próprios que damos aos nossos filhos. «Gregório» é a palavra grega
que significa «vigia», como «Vigilius» ou ·Vigilantius» o é em latim.
CHAMPLIN, Russell Norman, Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 601-602.
2. Honre o seu cônjuge.
Este é um dos mais obscuros versículos de
todo o Antigo Testamento, e qualquer tradução é mera conjectura. A NCV dá um
sentido bonito, mas não necessariamente correto: “O Senhor os fez um, na came e
no espirito são dele. Porque ele estava procurando uma descendência piedosa”. A
Atualizada traz: “Ninguém com um pouco de bom senso o faria. Mas o que fez um
patriarca? Buscava a descendência prometida por Deus. Portanto, cuidai de vós
mesmos, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade”. Estas
duas traduções, tão diferentes, são suficientes para mostrar como o versículo,
no hebraico, provoca hipóteses e não traduções. Os eruditos “desmaiam” à frente
do hebraico aqui, e seria uma tolice multiplicar conjecturas.
“A ideia principal parece ser a de que o
propósito do casamento é fortificar o povo escolhido por Deus, pela
descendência que resultará dos casamentos (que preservará as tradições
antigas), propósito derrubado quando as esposas e mães de Israel são filhas de
deuses estrangeiros (vs. 11)" (Robert C. Dentan, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 3709.
2.15 — Fez ele somente um. O profeta aqui traz
à memória as palavras de Génesis 2.24: uma só carne.
Sobejando-lhe espírito. Essa frase um pouco difícil
de entender pode estar referindo-se à obra do Espírito Santo de Deus na vida de
um casal.
Deus uniu os cônjuges e trabalha para
fortalecê-los por meio do Espírito Santo. Uma semente de piedosos. Deus busca
filhos piedosos assim como verdadeiros adoradores (Jo 4.23,24). Guardai-vos em
vosso Espírito. Temos de controlar nossas atitudes para que elas estejam de acordo
com as do Espírito de Deus.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1415.
15. Ninguém com um resto de bom senso o
faria. O tópico examinado é o da validade da monogamia prescrita por Deus.
Jesus, tratando do mesmo assunto, ensinou que Deus, na criação, juntou
indissoluvelmente o homem e a mulher como "uma só carne" (Marcos
10:2-9). Do mesmo modo, Malaquias parece dizer: "E Deus na criação não fez
um par para viver junto como se fosse um apesar do fato de Seu controle sobre o
espírito da vida pudesse ter ordenado de um modo diferente? E porque Ele fez o
homem e a mulher como uma só carne? Foi com o fim de assegurar Seus propósitos
para uma descendência piedosa, um povo dirigido por uma aliança com uma
religião pura". O divórcio
só viria prejudicar os propósitos criativos de Deus. Ninguém seja infiel. O
chamado ao arrependimento é óbvio.
MOODY. Comentário Bíblico. Malaquias.
pag. 9-10.
2.15 Malaquias chama a atenção para a
instituição original do casamento (G 2.24), por meio do qual Deus torna duas
pessoas uma só carne e lembra o povo que Deus criou apenas uma mulher para o homem.
Apesar de ter o poder vivificador do Espírito e a capacidade de criar várias
esposas para Adão, Deus fez apenas uma companheira para o primeiro homem a fim
de gerar a "descendência que prometera". A poligamia, o divórcio c o
casamento com mulheres idólatras eram práticas destrutivas para a geração de um
remanescente fiel na linhagem do Messias prometido. A segurança que serve de
base para a vida piedosa dos filhos só pode ser encontrada no lar em que pai e
mãe são fiéis aos votos matrimoniais. Tendo em vista as ameaças à instituição
divina fundamental do casamento, Malaquias insiste para que nenhum marido seja
infiel à sua esposa.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do
Brasil. pag. 1183.
5.33 - Homens precisam de respeito; a mulher que
humilha o marido, principalmente em público, destrói sua união íntima com ele.
O mesmo vale para o marido. O homem que trata a esposa de um modo insensível ou
indelicado também está pondo a felicidade conjugal em risco.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 513.
Maridos, amem sua esposa (w. 25-33).
Paulo tem mais coisas a dizer aos maridos cristãos
do que às esposas. O padrão que determina para eles é extremamente elevado: amem
sua esposa "como também Cristo amou a igreja". Paulo exalta o amor conjugal
ao nível mais alto possível, pois vê no lar cristão uma imagem do
relacionamento entre Cristo e a Igreja. Deus instituiu o casamento por vários
motivos. Dentre outras coisas, o casamento supre as necessidades emocionais do
ser humano. "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2:18). O casamento também
tem o propósito social de gerar filhos para dar continuidade à raça humana (Gn
1:28). Paulo fala de um propósito físico do casamento: ajudar o homem e a
mulher a satisfazerem os desejos naturais que Deus lhes deu (1 Co 7:1-3). Mas
em Efésios 5, Paulo fala de um propósito espiritual do casamento, à medida que
o marido e a esposa experimentam, um em relação ao outro, a submissão e o amor
de Cristo (Ef 5:22, 23).
Se o marido tomar o amor de Cristo pela Igreja
como padrão para o amor por sua esposa, ele a amará de modo sacrificial (Ef 5:25).
Cristo entregou-se pela Igreja; da mesma forma, o marido entrega-se, por amor,
à esposa. Jacó amava tanto a Raquel que se sacrificou catorze anos trabalhando
para obtê-la como esposa. O verdadeiro amor cristão "não procura os seus
interesses" (1 Co 13:5) - não é egoísta. Se um marido é submisso a Cristo
e cheio do Espírito Santo, seu amor sacrificial pagará de bom grado o preço necessário
para que sua esposa possa servir e glorificar a Cristo no lar.
O amor do marido também será santificador (Ef
5:26, 27). O termo santificar significa "separar". Na cerimônia de
casamento, o marido é separado para a esposa, e esta é separada para o marido.
Qualquer interferência nesse arranjo feito por Deus é pecaminosa.
Nos dias de hoje, Cristo está purificando sua
Igreja pelo ministério de sua Palavra (Jo 15:3; 1 7:1 7). O amor do marido pela
esposa deve ser purificador para ela (e para ele), de modo que ambos possam se
tornar cada vez mais semelhantes a Cristo. Até mesmo seu relacionamento físico
deve estar sob o controle de Deus, a fim de ser um canal para o enriquecimento
espiritual e para o prazer pessoal (1 Co 7:3-5). O marido não deve "usar"
a esposa para seu prazer; antes, deve demonstrar um amor bondoso, mutuamente gratificante
e santificador. O casamento é uma experiência de crescimento constante quando
Cristo é o Senhor do lar. O amor sempre cresce e enriquece, enquanto o egoísmo faz
justamente o contrário.
A Igreja de hoje não é perfeita; tem máculas e
rugas. As máculas são causadas pela contaminação exterior, enquanto as rugas vêm
da deterioração interior. Uma vez que a Igreja é contaminada pelo mundo,
precisa ser sempre purificada, e o agente dessa purificação é a Palavra de
Deus. "E a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo" (Tg 1:27).
Estritamente falando, não deve haver rugas na Igreja, pois elas são evidência
de envelhecimento e de deterioração interior.
A medida que a Igreja é nutrida pela Palavra,
essas rugas devem desaparecer. Como uma linda noiva, a Igreja deve ser pura e jovem,
o que é possível por meio do Espírito de Deus aplicando a Palavra de Deus. Um dia,
quando Cristo voltar, a Igreja será apresentada no céu como uma noiva imaculada
(Jd 24).
O amor do marido pela esposa deve ser sacrificial
e santificador, mas também deve ser gratificante (Ef 5:28-30). No
relacionamento conjugal, o marido e a esposa tornam-se "uma só
carne". Portanto, tudo o que um faz ao outro, faz a si mesmo. Trata-se de uma
experiência mutuamente gratificante. O homem que ama a esposa está, na verdade,
amando o próprio corpo, uma vez que ele e a esposa são uma só carne. Ao amá-la,
ele também a nutre. Assim como o amor é o sistema circulatório do corpo de
Cristo (Ef 4:16), também é o alimento do lar. Não são poucas as pessoas que
confessam ter "fome de amor". No lar cristão, ninguém deve carecer de
amor, pois marido e esposa devem amar um ao outro de modo a suprir suas necessidades
físicas, emocionais e espirituais.
Se ambos se sujeitarem a Cristo, viverão um
relacionamento tão gratificante que não serão tentados a buscar qualquer coisa fora
do casamento. O lar cristão deve ser uma ilustração da relação de Cristo com
sua Igreja. Cada cristão é um membro do corpo de Cristo e deve ajudar a nutrir
o corpo em amor (Ef 4:16).
Somos um em Cristo. A Igreja é seu corpo e sua
noiva, e o lar cristão é uma imagem divinamente instituída desse
relacionamento.
Sem dúvida, isso torna o casamento um assunto
extremamente sério.
Paulo refere-se à criação de Eva e à
constituição do primeiro lar (Gn 2:18-24). Adão teve de dar uma parte de si
mesmo para receber sua noiva, mas Cristo entregou-se inteiramente para comprar
sua noiva na cruz. Deus abriu o lado de Adão, mas o ser humano perverso
traspassou o lado de Cristo. A união entre marido e esposa é tamanha que se
tornam "uma só carne", uma união ainda mais íntima do que a existente
entre pais e filhos. A união do cristão com Cristo é mais íntima ainda e, ao
contrário do casamento humano, permanecerá pela eternidade. Paulo encerra com
uma admoestação final para que o marido ame a esposa e para que a esposa
reverencie (respeite) o marido, e tudo isso requer o poder do Espírito Santo.
Se a esposa e o marido cristãos têm o poder do
Espírito para capacitá-los e o exemplo de Cristo para incentivá-los, por que tantos
casamentos cristãos não dão certo? Alguém está fora da vontade de Deus. Só porque
dois cristãos se conhecem e se dão bem, isso não significa que são feitos um
para o outro. Na verdade, nem todos os cristãos devem se casar. Por vezes, é da
vontade de Deus que um cristão permaneça solteiro (Mt 19:12; 1 Co 7:7-9). É
errado um cristão se casar com um incrédulo, mas também é errado dois cristãos
se casarem fora da vontade de Deus.
Mesmo que dois cristãos se casem dentro da
vontade de Deus, devem permanecer dentro dela, a fim de que seu lar seja a expressão
criativa da comunhão planejada por Deus. "Mas o fruto do Espírito é:
amor" (Gl 5:22), e, a menos que marido e esposa estejam andando no Espírito,
não poderão compartilhar o amor de Cristo, cuja descrição tão bela encontra-se
em 1 Coríntios 13. A maioria dos problemas conjugais tem origem no pecado, e
todo o pecado tem origem no egoísmo. A submissão a Cristo e um ao outro é a
única maneira de vencer o egoísmo, pois quando nos sujeitamos, o Espírito Santo
nos enche e nos torna capazes de amar um ao outro de maneira sacrificial, santificadora
e gratificante: da maneira como Cristo ama a Igreja.
A fim de experimentar a plenitude do Espírito
uma pessoa deve, antes, ter o Espírito em sua vida, ou seja, ser cristã. Em
seguida, deve haver um desejo sincero de glorificar a Cristo, uma vez que esse
é o motivo pelo qual o Espírito Santo foi concedido (Jo 16:14). Não usamos o
Espírito Santo; antes, somos usados por ele. Deve haver um anseio profundo pela
plenitude de Deus, uma confissão de que não podemos fazer a vontade dele sem
seu poder. Devemos nos apropriar da promessa de João 7:37-39: "Se alguém
tem sede, venha a mim e beba". Devemos nos entregar a Cristo pela fé e,
pela fé, pedir-lhe a plenitude do Espírito e recebê-la.
Quando nos virmos alegres, agradecidos e
submissos, saberemos que Deus respondeu à nossa oração. Há mais um fator
importante a ser considerado. O Espírito de Deus usa a Palavra de Deus para
operar em nossa vida. Ao ler Colossenses 3:16 - 4:1, podemos observar um
paralelo com essa passagem de Efésios.
Também podemos observar que receber a plenitude
da Palavra de Deus produz alegria, gratidão e submissão. Em outras palavras, quando
somos controlados pela Palavra de Deus, somos cheios do Espírito de Deus. Não
apenas maridos e esposas, mas todo cristão precisa dedicar tempo diário à
Palavra de Cristo, deixando que esta habite nele ricamente, pois só então o
Espírito de Deus poderá operar na vida de modo a tornar a pessoa alegre,
agradecida e submissa. É isso o que significa transformar o lar - ou qualquer outro
lugar onde Deus nos coloque - em um pedaço do céu.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol.
II. Editora Central Gospel. pag. 65-67.
3. Aprecie seu cônjuge.
12.34 — Quando uma pessoa considera algo valioso,
ela direciona seu poder para esta finalidade. Conhecer Deus e investir em Seus
propósitos deve ser nosso objetivo, nosso tesouro.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 182.
12:34: Porque, onde estiver ο vosso tesouro,
aí estará também o vosso coração.
12:34 - O paralelo fica em Mat. 6:21. As
notas expositivas se encontram nessa referência de Mateus. A fonte informativa
é Q.·
A VERSÃO DE LUCAS desta declaração é quase
idêntica à de Mateus. Há pequeno variação no ordem de palavras, e «vós», em
lugar de «tu», ou seja. o plural em lugar do singular.
«Riquezas entesouradas neste mundo têm muitos
inimigos,- aquilo que é entesourado nos céus está seguro contra tudo...A razão
por que tesouros devem ser omeolhodos nos céus é que os coroações daqueles que assim
fazem se elevam paro os céus». (Plummer, in loc.).
ALEXANDRE, 0 GRANDE, obfirmava possuir o
mundo. Paulo foi mais ousado ״Tudo é vosso», disse ele em I Cor. 3:21,22 Assim
é porque somos de Deus por meio de Jesus Cristo, e ele é o grande Proprietário
A falácia de andar ã cota de riquezas é que, finalmente, não os possuímos, elas
é que nos possuem. E a experiência humana demonstro isso mui claramente. Porém,
o alvo é sermos possuídos por Deus, e assim chegamos a renunciar às vantagens terrenos;
e. dedicando-nos 0 Cristo, entramos no vereda do renúncia.
CONTA-SE a história de—um ricaço, com muito
ouro a todo à cintura, que se atirou no mar. quando o navio em que viajava estava
sossobrando. Não permitiu que o seu ouro desaparecesse nas profundezas do mor,
e assim morreu afogado El· possuto suas riquezas, ou «Ias é que o possuíam?
Qual é o grande e IMPERECÍVEL TESOURO? É a
salvação E do que consiste a salvação? De virmos a participar da próprio natureza
de Cristo, e, portanto, do sua herança. Consiste da transformação segundo 0
imagem de Cristo (ver II Cor. 3:18) e da participação na ״ natureza divino»
(ver II Ped. 1:4). Todos os demais valores, se
é que são valores, são secundários. Como
estamos seguindo a vereda que levo a essas vastíssimas riquezas? Tomando a cruz
e seguindo a Cristo, isto é, mediante o sacrifício pessoal em favor de outros,
através do «outorga da alma» a Cristo, mediante a «fé» (ver Heb. 11:1; ver Heb.
2:3 quanto à noto de sumário sobre a «salvação»)
CHAMPLIN, Russell Norman, Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. Vol. 2. pag. 130.
5.1-6 — O capítulo 5 volta ao tema da mulher estranha
(Pv 2.16-19). Este trecho fala veementemente a favor da fidelidade conjugal. Se
você quer conservar a discrição, ouça estas palavras, senão seus pés desce
[rão] à morte.
5.7-14 — A Bíblia ensina em várias partes que
a tentação como um todo é inevitável, mas algumas devem ser evitadas a qualquer
preço. A pessoa ajuizada sabe disso e não se aproxima da mulher estranha
[imoral]. As instruções do apóstolo Paulo a Timóteo para fugir dos desejos da mocidade
(2 Tm 2.22) ensinam o mesmo tema. Envolver-se com tal pecado desonra e consome aqueles
que tombam nele.
5.15 — Em um país árido como Israel, um poço era
um bem valioso e um privilégio a ser resguardado. O cônjuge também era (e é). A
expressão bebe a água é uma referência oblíqua à conjunção sexual (Pv 9.17), e
da tua cisterna é um claro apelo à fidelidade conjugal — um homem e uma mulher
juntos pelo matrimónio. Os autores da Bíblia às vezes falam da salvação como
uma fonte (Is 12.3); chamar o cônjuge de fonte d’água era um gesto afetivo (Ct
4.15).
5 .16,17 — Nestes dois versículos, há uma pequena
“virada de mesa”. Como seria, pergunta o professor, se sua própria esposa se
tornasse a mulher estranha de outros homens? Por acaso sua “fonte d 'água”
deveria correr pelas mas? Ou “sua água” estar em praça pública? “N ão!”, diz o
professor. Faça com que estas águas sejam só suas, e não algo que partilha com
estranhos (v. 17).
5.18-20 — As palavras alegra-te com a mulher da
tua mocidade compreendem uma ordem e um estímulo para se achar alegria na
felicidade mútua do casamento. De fato, ter prazer no leito conjugal é bendito
por Deus (Cantares; Hb 13.4).
5.21-23 — Na expressão os olhos do Senhor reside
um ponto decisivo: o que se faz em secreto não passa despercebido aos olhos de
Deus, que tudo vê. Nisto, incluem-se também as práticas de adultério, que só
leva à ruína. Uma vida insensata termina em morte amarga. O caminho secreto do
perverso é um escândalo às claras no céu; termina com a solidão de um inferno particular.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 953-954.
ELABORADO: Pb. Alessandro Silva.
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