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5° LIÇÃO DO 2° TRI DE 2013 CONFLITOS NA FAMÍLIA


CONFLITOS NA FAMÍLIA
5 de Maio de 2013              HINOS SUGERIDOS 235, 254. 318.
TEXTO ÀUREO
"Eu, porem, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvira" (Mq 7.7).
VERDADE PRÁTICA
Se buscarmos a graça de Deus e exercermos o amor que Ele nos concedeu, poderemos resolver todos os conflitos que surgirem em nossa família.
LEITURA DIÁRIA
Segunda       - Pv 31.10                O valor da esposa virtuosa
Terça              - Pv 31.11                A confiança do esposo
Quarta           - Ef 6.4                      Criando os filhos sabiamente
Quinta            - Ef 6. 1                     Respeito aos pais
Sexta             - Ef 6.2                      Filhos honrando os pais
Sábado          -S I 1 19.11              A família observando a Palavra
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE.
Efésios 5. 22-30.
22 Vos. mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, "como ao Senhor;
2' porque o marido ‘e a cabeça da mulher, como também Cristo e a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 De sorte que, assim como a igreja esta sujeita a Cristo, ‘assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25 Vos, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.
26 para a santificar, ‘'purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 para a apresentar "a si mesmo igreja gloriosa, sem macula, nem ruga. nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor a igreja;
30 porque somos membros do seu corpo.
INTERAÇÃO
Foi no Éden que a família vivenciou seu primeiro e maior conflito. A consequência desta desordem e sentida ate hoje em todos os lares - Porem, Deus não foi pego de surpresa com o pecado do homem e já no Éden providenciou a solução para as famílias e para a iniquidade: Jesus Cristo. O Filho de Deus veio ao mando como um bebe e experimentou a vida familiar. Atualmente, em Jesus, as famílias podem resolver seus conflitos- Com o amor verdadeiro no coração, que e resultado da graça divina, poderemos não somente vencer, mas evitar as confusões- Para isto precisamos convidar Jesus a fazer do nosso lar sua morada permanente. Que o Filho de Deus tenha a primazia em nossos lares.
OBJETIVOS
Apos a aula, o aluno devera estar apto a:
Elencar alguns fatores que podem gerar conflitos entre os cônjuges.
Analisar os resultados das atividades profissionais dos pais.
Compreender a importância da fidelidade conjugal no casamento. 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza conforme suas possibilidade, o quadro da pagina seguinte. Inicie a aula com a seguinte indagação: Quais são os principais conflitos vivenciados pela família na atualidade? Ousa os alunos com atenção. A medida que forem falando, vá preenchendo a primeira coluna do quadro. Depois faça a segunda pergunta: Como podemos vencer esses conflitos? Ouça as respostas e preencha a segunda coluna do quadro. Conclua a atividade orando com os alunos e pedindo que Deus dê sabedoria para os conflitos que tentam assolar as famílias sejam sanados com discernimento e prudência.
PALAVRA CHAVE Conflito: Embate, discussão acompanhada de injúrias e ameaças; desavença.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Os conflitos familiares veem de tempos imemoriais. No Éden. antes da Queda, havia um ambiente perfeito: harmónico e amoroso. Mas o casal, ouvindo o tentador. perdeu a doce comunhão com Deus, e a consequência não podia ser outra: o início de sérios conflitos familiares. A boa nova para os nossos dias é saber da possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a família cristã.
I - DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
I. Temperamentos diferente. Dentre os vários motivos existentes para justificarmos desentendimentos entre os cônjuges, a que mais se destaca é o temperamento. Segundo os psicólogos, temperamento "é a combinação de características inatas que herdamos dos nossos pais que. de forma inconsciente, afetam o nosso comportamento de acordo com o conceito popular podemos dizer que o temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25. 27). Mas, pelo amor, podemos (e devemos) vencer todas as nossas diferenças, a fim de que tenhamos um casamento feliz (I Pe 4. 8).
2. Fatores que trazem conflitos. Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no lar alguns deles:
a) Falta de confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na plena confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga com a verdade (l Co 13. 6). Quando há amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou ciúmes (l Co 13. 5b). Há quem pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Ledo engano! É loucura que pode, Inclusive, colocar em risco a estabilidade conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde o Espirito Santo se faz presente há perfeito amor, paz, alegria e longanimidade, que é a paciência para se suportar as falhas alheias (Gl 5.22). Uma das Formas de demonstrarmos o fruto do Espirito é vista na maneira como usamos nossas palavras, pois a palavra branda joga para longe o furor. Mas os conflitos entre os cônjuges suscitam ira, ódio e destruição (Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus tomo uma referência para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é manifesta em obras de mansidão (Tg 3 13).
c) Dívidas. As dividas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até mesmo a terminar um relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em mais nada a não ser nas dividas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a Palavra de Deus e nada dever a ninguém (Rm 13-8). Através de um planejamento eficiente, bom senso e autocontrole podemos fugir das dividas. Faça isso para o bem-estar da sua família (Pv 11.15; 22.7,26)
d) Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem a público inesperadamente (Lc 12.2).
O casamento sofre um duro golpe, os filhos ficam sem direção e a família transtorna-se. É imperativo que os cônjuge evitem, a todo o custo, o envolvimento extra conjugal. Além de ser um grave pecado contra Deus, é uma ofensa contra o cônjuge, filhos e filhas (Ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Falta de confiança, tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar conflitos familiares.
II - ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A mulher no mercado de trabalho. Devido às modernas demandas sociais, a mulher deixou de se dedicar exclusivamente ás funções domésticas, e passou também a exercer funções em empresas e organizações diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em atividades profissionais. Mas essa mudança tem trazido sérias consequências. Há mais de uma década, para cada dez homens que morria de infarto. Apenas uma mulher sofria desse mal.
Hoje, o número de mulheres que morre desse mal subiu para quatro.
2. A ausência dos país prejudica a criação dos filhos. Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas convivem com pessoas que não têm a menor capacitação para educá-las. Por outro lado, algumas crianças ficam o dia todo em frente da baba eletrônica', a televisão, ou com a "mestra eletrônica", a internet. Ali, são "educadas" pelos heróis artificiais, As figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez mais escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os pais podem trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da educação de seus filhes. A educação dos filhos deve ser prioridade.
III - MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1. Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos na admoestação do Senhor (Ef 5.4: Pv 22 .6). Infelizmente, o excesso de ocupação dos pais relegou a educação dos filhos às instituições educacionais. Esperando que tais entidades construam o caráter dos seus filhos, os pais ignoram a família como instituição responsável pela formação espiritual e moral da criança. Muitos não acompanham a rotina escolar dos filhos e sequer a filosofia pedagógica adotada pela instituição de ensino.
2. Quem são os professores? Infelizmente, são graves os prejuízos á nação na área educacional. Os mestres das crianças, hoje, são os artistas e as empresas, de telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados diante da TV, consumindo todo tipo de má educação. Mas é raro vê-los nos cultos de oração e ensino da Palavra. Que a igreja local invista nos professores de Escola Dominical. Que os professores da Escola Dominical se preparem eficazmente para o grande desafio de ensinar a Palavra de Deus num mundo que jaz no maligno (Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o inimigo numero um do lar. É essencial que aqueles que constituem família convidem Jesus, o maior educador de todos os tempos, a estar presente em seu lar. É indispensável que os pais, com a assistência da Igreja, optem por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo {Js 2-4.1 b). Realizemos o culto doméstico e, juntamente com os nossos filhos, estudemos a Bíblia. Não nos esqueçamos: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalhão os que a edificam (Sal 127. 1).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
A ausência de Deus é inimigo numero um do lar. Jesus é o maior educador de todos os tempos, precisa estar em nossos lares.
CONCLUSÃO
Sempre haverá conflitos nas relações familiares, mas a família cristã precisa saber como contornar tais conflitos a luz da palavra de Deus. Com amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer, mas também evitar os conflitos. Basta ter a Jesus como hospede de nosso lar.
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Devocional
"Zelo Bíblica como Relacionamento Nós acreditamos que o companheirismo permanece sendo o propósito primário do casamento. Apesar de todas as coisas maravilhosas que Deus criou no jardim do Éden, elas. eram inadequadas para supriras necessidades de Adão. Nenhum dos animais, esplêndidos como devem Ler sido antes da queda, podiam oferecer uma companhia adequada | para ele. Naquele momento o Senhor criou a primeira família Em Génesis 2.18, Deus disse: Mão é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja diante dele. Aqui está de novo — paternidade segue a parceria. Paternidade depende de fidelidade. O papel estratégico do relacionamento marido/esposa no casamento estabelece um ponto central no alvo familiar. Tudo mais é secundário. Tudo o mais é inferior, porque quando o companheirismo não funciona, a família não pode funcionar.
Nós, pais, permanecemos no pináculo estabelecido por Deus, em nossa unidade familiar, por isso somos ao mesmo tempo gratos, temerosos e esperançosos no que se refere a nossa tarefa de liderança e ao nosso zelo divino (cuidado estabelecido pela aliança) por nossos relacionamentos no casamento” {CANCEL, Kenneth O. & G.ANCEL, Jefrey S. Aprenda a ser Pai com d Pai; Tornando-se o p a i que Deus quer que você seja. l. ed Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.72-3).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio Bibliològico
“Esta passagem [Ef 5.19-21] tem sido deturpada e fica quase irreconhecível em algumas interpretações. Muitas vezes ouço pessoas fazendo malabarismos com essa passagem em favor daquele versículo que diz que as esposas têm que se submeter aos seus maridos — que os homens são o cabeça da casa. Mas pegar esse versículo isolado da passagem anterior destrói o significado da Escritura. Nós podemos ser tentados a controlar os outros, para transformá-los em alguma espécie de imagem que nós formamos. Mas este tipo de intolerância não é o que Paulo está falando. A ideia de Paulo era que maridos e esposas devem submeter-se mutuamente. Eles devem ser sensíveis às necessidades um do outro e fazer o possível para alcançá-las. Eles precisam ver seus cônjuges como distintos, como independentes deles, com necessidades peculiares, e não devem controlar ou dominar o esposo, ou a esposa, ou dizer a eles como devem viver. Também não devem viver inteiramente separados do seu parceiro. Paulo idealizou uma interação íntima e santa entre marido e mulher: 'Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido’ (Ef 5.33)" (HAWKINS, David. 9 Erros Críticos que Todo Casal Comete: Identifique as Armadilhas e Descubra a Ajuda de Deus. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.93).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ADFI, Stephen. Seja o Líder que sua Família Precisa. I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
CANGEI , Kenneth O. & GANCH , Jefieys. Aprenda a ser Pai com o Pai. Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Dentre os motivos dos conflitos familiares, qual se destaca?
R: O temperamento.
2. Cite pelo menos três familiares que trazem conflitos?
R: Falta de confiança, tratamento grosseiro e dividas.
3. O que acontece às crianças quando ficam sem a presença dos pais ?
R Sem a presença dos pais, as crenças ficam desorientadas.:
4. Quem é o principal responsável pela formação espiritual moral da criança?
R: A família.
5. Como poderemos vencer e evitar os conflitos da família?
R: Com o amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer, mas evitar conflitos.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. pag. 38.
A vida em sociedade nunca foi livre de conflitos, e o mesmo se dá no lar. Nenhuma família está isenta de passar por situações em que seus membros não apenas possuem opiniões diferentes, mas apresentam muitas vezes reações emocionais extremas quando contrariados. Independente da existência de conflitos, eles devem ser tratados de forma coerente, bíblica e, acima de tudo, de forma que Deus seja honrado e a unidade da família seja preservada. Dentre as diversas formas de conflitos na família, destacamos: Brigas na família - Cada pessoa na família possui um temperamento diferente. Temperamento é, em síntese, a forma com que reagimos diante de situações e estímulos. Ainda que tenham temperamentos diferentes, somos desafiados a agir não de acordo com nossos temperamentos, mas sim de acordo com a presença de Deus em nossas vidas.
Atividades dos pais - Em nossos dias, temos visto que pais e mães de família têm se dedicado muito ao trabalho, devido aos muitos desafios financeiros e o custo de vida cada vez mais alto. Isso pode prejudicar a família, se os pais não tiverem um tempo adequado para ficar com seus filhos, participar da educação deles, passar-lhes as tradições da família e acima de tudo, repassar-lhes a fé em Deus e no evangelho.
Questões financeiras - Conflitos familiares podem advir de questões financeiras. Um cônjuge que não possui controle de gastos e tem propensões consumistas pode atrapalhar seu casamento, pois coloca em risco a economia de toda a família. Os cônjuges precisam ter um controle correto de seus gastos, aprender a gerir corretamente seus recursos financeiros e evitar desconfortos que atrapalhem a convivência. É preciso aprender a poupar, tentar comprar a vista os bens necessários e abster-se de adquirir coisas que não são necessárias naquele momento. Todo cuidado nessa esfera é importante, a fim de que a família não passe necessidade por culpa de um de seus membros que não possui domínio próprio.
O trato individual - Somos desafiados a tratar de forma digna as pessoas a nossa volta, e com a família não pode ser diferente. É dentro de casa que nossa influência deve ser mais sentida. Tiago nos adverte que a nossa sabedoria deve ser demonstrada em atos de sabedoria: "Quem entre vós é sábio e tem conhecimento? Mostre suas obras pelo seu bom procedimento, em humildade de sabedoria" (Tg 3.13). Para o irmão de Jesus, um cristão sábio mostra sua sabedoria na forma como trata as pessoas.
SUBSIDÍOS EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O conflitos na família podem ser resolvidos com a graça e o amor no coração. O melhor mediador é o Espírito Santo. Os inimigos da instituição familiar tradicional, da família nuclear, formada na união dos pais, dos filhos e seus descendentes, costumam usar argumento falacioso de que, no mundo pós-moderno, não há mais lugar para esse tipo de família.
Os conflitos em família não são incomuns, pelo contrário, desde os tempos primordiais eles existem. São fruto natural da desobediência do ser humano ao seu Criador. No lar edênico, antes da Queda, havia um ambiente perfeito, de paz, harmonia e amor. Não sabemos quanto tempo durou a “lua de mel” entre Adão e Eva. Como se depreende do texto bíblico, o Criador visitava o primeiro casal diariamente, “pela viração do dia” (Gn 3.8), no final das tardes maravilhosas do Paraíso.
Entretanto, o “dia mau” (Ef 6.13) chegou e eles não tinham a armadura de Deus de que as famílias cristãs dispõem. Ouvindo a voz do Tentador, perderam a doce e gloriosa comunhão com Deus. E a tragédia humana começou. Vieram os filhos. O primogênito, Caim, levantou-se contra o seu irmão, Abel, e o matou, por inveja, face a aceitação, pelo Senhor, do sacrifício do seu irmão. Este primeiro conflito entre irmãos de início à terrível saga da morte por homicídio no mundo. A Bíblia, livro espiritual e histórico original da experiência do homem na Terra, conta inúmeros casos de conflitos familiares.
Abraão teve sério conflito com a sua esposa, pelo fato de ter tido um filho com a sua serva. A bigamia trouxe problemas familiares. E o patriarca teve que expulsar a jovem concubina juntamente com seu filho.
Entre os profetas, houve famílias conflituosas. Eli teve filhos trabalhosos, que lhe causaram grandes problemas (1 Sm 2.22). Entre os reis de Israel, não foram poucos os problemas familiares. Normalmente, Eram conflitos no seio de famílias numerosas, descendentes de casamentos poligâmicos. Davi é um caso emblemático. Ele tinha mulheres e concubinas. Seus filhos lhe causaram muitos problemas. Um deles, Amnom, apaixonou-se por sua meia-irmã (2 Sm 13.1). Usando de astúcia, enganou a jovem Tamar e abusou dela sexualmente, violentando-a (2 Sm 13.1-22). Houve revolta na família, e, tempos depois, esse filho foi assassinado pelo irmão da moça, Absalão. O resultado foi uma guerra entre o filho e o rei, com graves consequências para a família. Absalão morreu na batalha, de modo trágico e doloroso para o pai.
Há outros casos igualmente marcantes. Mas os conflitos entre as famílias, entre pais e filhos, entre irmãos, entre parentes, ao longo da história, têm sido comuns. Mesmo entre famílias cristãs, há inúmeros conflitos. A razão é a mesma: o pecado, a desobediência a Deus e a seus princípios, para o relacionamento entre as pessoas. Quando um esposo discute com a esposa ou vice-versa, em tom de desrespeito, é falta de amor a Deus, e de amor ao seu próximo (Mt 22.34-40). A exortação bíblica manda o marido amar sua esposa “como Cristo ama a Igreja” (Ef 5.25). E a esposa deve a submissão no amor a seu esposo, “como a Igreja está sujeita a Cristo” (Ef 5.22). Sem esse relacionamento, baseado no amor a Deus e no amor conjugal verdadeiro, os conflitos são inevitáveis.
Quando pais brigam com seus filhos, faltando-lhes com o respeito, ou, quando filhos faltam com respeito a seus pais, é porque a linha demarcatória do amor foi rompida. A Bíblia diz: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.1-4). Os conflitos podem ser evitados na família cristã, com a presença marcante de Deus no lar.
Além disso, no lado humano, quando há diálogo sincero e amoroso, entre pais e filhos; quando há respeito, afeto e amor; o relacionamento familiar, protegido pela bênção de Deus, torna-se agradável e estimulante.
E possível, sim, evitar ou amenizar conflitos no lar cristão. Podemos todas as coisas “naquele que nos fortalece” (Fp 4.13).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.56-58.
EXISTE FAMÍLIA PERFEITA?
Um dos muitos problemas, quando se trata sobre família, é o conceito no meio evangélico, de que, como crentes, nossa família tem que ser perfeita. Afinal, não temos um Deus, um Salvador, a Bíblia, a garantia de uma vida eterna? Isso é o que alegam os defensores desse conceito. Esquecem-se de que a família é formada por pessoas limitadas, imperfeitas, que carregam traumas emocionais, frustrações, que tiveram problemas de orientação na infância (os pais também não são perfeitos), e tudo isso influencia a vida comunitária íntima da família.
A pregação de que a família deve (ou tem de) ser perfeita leva muitas pessoas à frustrações nessa área, pois elas percebem que este é um alvo impossível de ser alcançado. Como não conseguem alcançá-lo camuflam os problemas, escondendo-os atrás de uma capa de aparência de que "tudo vai", quando na realidade não vai. Estes pregadores estão levando as famílias a uma vida farisaica, o que pode ser um dos motivos dos filhos estarem abandonando a fé. Essa atitude torna-se um peso para as pessoas. Não foi isto que Deus planejou para nós seres humanos. Famílias perfeitas não, mas FAMÍLIAS FELIZES SIM.
SILVA. Josué Gonçalves da. Família Os Segredos do Sucesso de uma família bem ajustada. Editora Mensagem Para Todos.
Imagine isto: noivo e a noiva estão no altar da igreja, vestidos a rigor diante dos convidados. O oficiante conduz a cerimônia. Nas costas de cada um dos noivos, por cima do vestido branco dela e do terno alugado dele, uma grande e pesada mochila.
Dentro da mochila de cada um está todo o seu passado, a bagagem que estão levando para dentro do casamento, cujo conteúdo ambos começarão a descobrir muito em breve: a criação e os ensinamentos que absorveram dos pais, as experiências antigas, os traumas, o medo de rejeição, as inseguranças, as expectativas... Por isso, quem ainda está se preparando para se casar deve agir como segurança de aeroporto: “Abre a mala aí, quero ver o que tem dentro!”
Todo ser humano traz em si sua bagagem, seu conjunto de princípios, valores, experiências, cultura, visão de mundo, opiniões, hábitos, passado, traumas, influências da família/escola/amigos, sonhos, e muito mais.
No relacionamento nós temos que desaprender coisas ruins para então aprender coisas boas. Temos que identificar os maus hábitos, aquilo que não funciona, e eliminá-los do nosso comportamento, desenvolvendo novos e melhores hábitos. Reconhecer isso é muito doloroso, mas imprescindível para a mudança.
CARDOSO. Renato. Cristiane Cardoso. Casamento Blindado. Editora Thomas Nelson Brasil.
“E eles viveram felizes para sempre” é uma das frases mais infelizes da literatura. É infeliz porque é falsa. É um mito que levou gerações a esperar algo impossível do casamento.
Joshua Lievman.
O sucesso de um casamento não depende de encontrarmos a pessoa “certa”, mas da habilidade de cada um dos parceiros de se adaptar à verdadeira pessoa com a qual se casou.
John Fisher.
Mitos mais comuns e prejudiciais do casamento: 1) “Nada mudará quando nos casarmos”; 2) “Tudo que temos de bom em nosso relacionamento ficará ainda melhor”; 3) “Tudo de ruim em nossa vida desaparecerá” e 4) “Meu cônjuge me completará”. Se você se sente desencorajado por ter acreditado nessas histórias, ânimo. Todos casam acreditando nessas mentiras em maior ou menor grau e todo casamento bem-sucedido trabalha pacientemente para desafiar e demolir esses mitos.
Dr Les Parott III e Dra. Leslie Pariott. Casamento. Editora. Vida. pag. 33-34.
I - DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
I. Temperamentos diferente.
Temperamentos diferentes
Os psicólogos que aceitam a teoria dos temperamentos entendem que temperamento “...é a combinação de características inatas que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente, afetam o nosso comportamento”. Numa conceituação livre, podemos dizer que temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam em nossa vida diária.
Segundo a teoria, há quatro temperamentos: sanguíneo e colérico (extrovertidos); melancólico e fleumático (introvertidos). Segundo essa teoria, muito antiga, todas as pessoas têm virtudes (ou qualidades) e defeitos. No caso dos cônjuges cristãos, eles não estão isentos das diferenças de temperamentos ou diferenças pessoais. Tais diferenças têm forte componente genético adquirido dos pais. Se um esposo é colérico, bastante enérgico, decidido, no lado das qualidades; pode ter problemas no relacionamento conjugal, se deixar se dominar pelos seus defeitos de prepotência, impaciência e insensibilidade diante de uma esposa que é muito sensível e minuciosa. O colérico quer fazer tudo à sua maneira e com rapidez em suas decisões. Se a esposa fleumática deixar se levar pelos defeitos de temperamento, com egoísmo e inflexibilidade, poderá haver sérios conflitos no lar.
A mesma análise, confrontando virtudes e defeitos dos demais temperamentos, pode ser aplicada ao relacionamento conjugal. O desejável é que haja compreensão e amor no relacionamento entre cônjuges. O colérico, que deseja tudo com muita rapidez, deve compreender sua esposa fleumática, que gosta de ver as coisas com mais calma e minúcias. Sem amor não é possível um entendimento saudável. Em todos os casos, O que deve prevalecer, no lar, é o entendimento, a harmonia conjugal (SI 133.1). Os casais cristãos são formados por “irmãos” em Cristo. E precisam saber viver com harmonia.
A diferença de temperamento pode ser muito benéfica. É preferível a temperamentos idênticos. Imagine-se um esposo colérico em confronto com uma esposa de mesmo temperamento. E se um esposo é fleumático, que não tem pressa para nada, e uma esposa com a mesma maneira de agir. As decisões podem ser prejudicadas pela falta de diligência de ambos. Mas, quando um quer ser apressado, e o outro procura influenciar em ter mais calma, isso ajuda muito, promovendo equilíbrio nas decisões. O fator de equilíbrio entre os temperamentos diferentes é o amor. Diz a Palavra de Deus que o amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13.7).
Formação familiar diferente
Durante o namoro e até no noivado, é comum o casal aspirante ao casamento não se preocupar muito com a formação familiar de cada um deles. Mas a experiência demonstra que muitos conflitos são provocados por esse fator. A Bíblia exorta que os pais devem criar seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”. Quando a jovem tem uma boa formação cristã, tende a valorizar as coisas espirituais. Se ela se casa com um rapaz que não tem a mesma formação; é convertido, mas não teve em seu lar o zelo pela Palavra de Deus, pela igreja, pela vida espiritual, podem surgir conflitos muitas vezes prejudiciais ao relacionamento conjugal. Daí, porque Paulo aconselhava de modo solene: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2 Co 6.14). Vemos casos em que uma jovem cristã casa-se com um jovem que aceitou a Cristo, mas teve forte influência da família, adepta de outra religião. Com o passar do tempo, o esposo resolve insurgir-se contra a igreja evangélica por considerá-la muito rígida. O resultado são conflitos conjugais.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 58-59.
25.27 Cresceram os meninos. Cada qual foi seguindo sua trilha diferente, apesar de terem ambos o mesmo pai e a mesma mãe. Conforme fora predito no oráculo (vs. 23), assim estava sucedendo a eles. Esaú era homem que vivia ao ar livre, um caçador exímio, um homem do campo. Sua natureza viril agradava a Isaque, que apreciava os pratos deliciosos preparados com a caça que Esaú apanhava. Entrementes, Jacó era homem quieto, que preferia ficar em casa, um homem caseiro, que gostava de cuidar de seus rebanhos de vacas e ovelhas. Rebeca apreciava mais esse estilo de vida, e assim Jacó tornou-se o seu favorito.
“O vigor físico dele [Esaú] não era a sua única virtude. Ele era homem de coração grande, que amava seu pai. Quando Isaque já estava idoso e cego, o rude Esaú sempre se mostrou gentil com seu pai, sempre pronto a atender tudo quanto este desejasse. Se Isaque manifestasse 0 desejo de comer alguma caça especial, Esaú saia atrás dela. Mas se Esaú mostrou-se descuidado quanto às vantagens do direito de primogenitura, não era descuidado quanto à bênção paterna. Portanto, que havia de errado com Esaú? Por que ele não desempenhou um papel decisivo na história espiritual do povo de Deus? Porque era homem que vivia somente para 0 momento imediato” (Walter Russell Bowie, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 175.
25.27-28 A diferença entre os dois filhos manifestou-se em diversas áreas: 1) como progenitores — Esaú de Edom, e Jacó de Israel; 2) na disposição — Esaú era valente e hábil caçador que gostava da vida do campo, e Jacó homem afável e pacato que preferia o conforto da casa; e 3) no favoritismo paterno — Esaú era o preferido do pai e Jacó o preferido da mãe. Estes eram os ingredientes de conflito e dor de cabeça!
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 50.
Tensão interpessoal. Quando duas pessoas se casam, cada uma delas vai para o casamento com cerca de duas décadas ou mais de experiências passadas e maneiras próprias de encarar a vida. Cada um tem pontos de vista diferentes do outro e, às vezes, mesmo quando existe um desejo sincero de fazer concessões ou acomodações, os casais ainda assim têm dificuldade de resolver suas diferenças.
O que acontece se as pessoas não mostram boa vontade para tentar mudar, ou são insensíveis aos pontos de vista do outro, ou então se recusam a reconhecer as diferenças? Muitas vezes, isso gera tensões que, em geral, estão relacionadas com um dos fatores abaixo.
Inflexibilidade. Quando um homem e uma mulher se casam, cada um deles leva para o casamento uma personalidade ímpar. Às vezes, as diferenças de personalidade se complementam e se fundem num relacionamento mutuamente compatível. Verifica-se muitas vezes que os casamentos têm personalidades próprias, cada um deles com pontos fortes e fracos19. No entanto, pode haver dificuldades quando um dos cônjuges (ou ambos) é inflexível, egoísta ou não quer mudar.
Geralmente, o início do casamento é uma época de grande excitação, entusiasmo e idealismo juvenil. À medida que os dois vão ficando mais velhos e os meses se transformam em anos, o casamento também precisa mudar e amadurecer para permanecer saudável. Na opinião do terapeuta cristão H. Norman Wright, os casamentos precisam passar por estágios de desenvolvimento para permanecer estáveis e gratificantes20. Quando os casais são ocupados demais ou inflexíveis demais para investirem na edificação e aperfeiçoamento de seu casamento, é muito provável que os problemas comecem a aparecer.
Necessidades conflitantes e diferenças de personalidade. Durante quase um século, os psicólogos têm debatido as necessidades humanas. A maioria deles concorda que todos nós precisamos de alimento, descanso, ar e de viver sem dor, mas também existem necessidades psicológicas, tais como amor, segurança e contato com outras pessoas. Além disso, parece que a maioria das pessoas tem necessidades pessoais particulares (como a necessidade de dominar, controlar, possuir, atingir objetivos, ou ajudar e socorrer outros indivíduos). Se um  dos cônjuges têm necessidade de dominar, enquanto o outro quer ser controlado, pode haver compatibilidade. Se tanto o marido quanto a mulher têm necessidade de dominar, isso pode gerar conflito. Se os dois buscam o sucesso na profissão, pode haver conflitos, principalmente se um deles quer aceitar uma oportunidade de promoção no trabalho que vai obrigar a família a se mudar, mas o outro resiste.
As diferenças de personalidade também podem gerar tensões. Quando um dos cônjuges é franco (expondo abertamente suas necessidades, frustrações, tentações, atitudes e sentimentos), mas o outro costuma guardar as coisas para si, essas diferenças podem criar problemas.
Numa pesquisa longa, envolvendo várias centenas de casamentos, descobriu-se que características neuróticas, principalmente a impulsividade do marido, frequentemente geravam instabilidade conjugal, sofrimento e divórcio. Muitas vezes, esses traços eram percebidos durante o período do noivado, mas não recebiam a devida atenção. Porém, com o passar dos anos, eles acabavam causando grandes tormentos.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 479-480.
Amor (gr. agape)
(1 Pe 4.8; Rm 5 .5 ,8; 1 Jo 3.1; 4.7,8 ,1 6; Jd 21)
Esta palavra raramente era usada na literatura grega antes do Novo Testamento. E quando isso acontecia, ela era usada para expressar um ato de gentileza aos estrangeiros, oferecer hospitalidade e ser caridoso. No Novo Testamento, a palavra ágape ganhou um sentido muito especial; ela é usada pelos escritores do Novo Testamento para indicar um amor altruísta, diferente do amor puramente emocional. É um amor autos sacrificial, que Deus consegue demonstrar naturalmente, ao contrário dos seres humanos.
4.8 — Tende amor intenso uns para com os outros (ARA). Os cristãos devem fazer o máximo que puderem para manter seu compromisso de fazer o bem uns aos outros, e não devem deixar que coisa alguma os impeça de fazer isso.
O amor cobre multidão de pecados (ARA). O que Pedro está dizendo aqui não é que o amor de um cristão pode expiar os pecados de outros cristãos. Ao contrário, ao citar um provérbio do Antigo Testamento (Pv 10.12), ele nos faz lembrar que o amor nos leva a não pecar. Todos nós
podemos demonstrar amor aos nossos irmãos em Cristo, perdoando-os de coração e não falando abertamente dos seus pecados do passado.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 701.
2. Fatores que trazem conflitos.
a) Falta de confiança.
O ciúme é um sentimento de caráter emocional, mas também resulta de uma influência espiritual. A Bíblia fala de “espírito de ciúmes” (Nm 5.30). Há quem pense que ter ciúme é prova de amor. É engano. Prova de amor é ter zelo pelo cônjuge, é cuidar de sua segurança espiritual, amorosa e conjugal. Mas ter ciúme, no sentido de demonstrar atitudes de insegurança, de profunda insatisfação, ira ou depressão, é sinal de desconfiança, e, sobretudo, de insegurança. Segundo a Psicologia, ciúme pode ser sinal de medo de perder a pessoa ou o objeto amado. E sentir-se inferior a alguém que pode “tomar” o seu parceiro.
As vezes, as desconfianças têm razão de ser. Se um esposo tem determinado comportamento e, depois de algum tempo, começa a demonstrar diferenças acentuadas, no relacionamento com a esposa, é motivo para preocupação. O cônjuge que sente insegurança começa a ver motivos de provável infidelidade em muitos detalhes da vida do outro. E começa a questionar várias coisas. Começa a indagar por que o outro está chegando mais tarde do que de costume; o esposo demonstra insegurança, e diz que estava trabalhando, quando, na verdade, estava em companhia de pessoa estranha; a esposa percebe que o esposo está com odor diferente; que não mais a procura para ter relações, como antes. Não quer mais ir para a igreja. E, assim, dá vários motivos para a desconfiança. Em princípio, vêm as cobranças; depois, vêm as discussões e os conflitos.
Ê sinal de infidelidade quando um cônjuge começa a se irritar e a ficar agressivo, quando é cobrado por mudança de comportamento. Alguém já disse que a mulher, quando desconfia, é porque algo está acontecendo de verdade. Das irritações, o cônjuge infiel passa para a agressão e as ameaças. Isso tem sido comum, em observações, no aconselhamento pastoral. O cônjuge errado ameaça o outro, buscando encobrir sua conduta pecaminosa. Não demora muito, e, como “... nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido” (Lc 12.2), o pecado vem à tona. A infidelidade é descoberta, o casamento é prejudicado e a família é envergonhada. O lar é atacado pelos ventos malignos da traição. Só um milagre de Deus, no coração do traidor pode mudar a situação. E um milagre no coração do cônjuge traído para perdoar e aceitar a restauração do casamento.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 60-61.
13.4-7 — Agora, Paulo deixa de lado a superioridade do fruto do Espírito, a caridade (ou o amor, na ara), e avança para características importantes dele. A caridade é sofredora, ou tolera pessoas de quem é fácil desistir. E benigna, ou seja, trata bem as pessoas que nos trataram mal. A caridade não é invejosa (do grego zeloo), não trata com leviandade, nem se ensoberbece. Promover-se a si mesmo foi uma praga que contaminou Corinto e que nos desafia hoje.
Portar-se com indecência significa agir de um modo injusto ou impróprio, como discutiu Paulo em 1 Coríntios 7.36. Busca (do grego zeteo) os seus interesses. Uma pessoa que ama se dispõe a pôr de lado seus próprios planos ou direitos pelo bem do outro. Não se irrita se refere a não se exasperar nem ser excessivamente melindroso com os outros; quer dizer não irar-se facilmente.
Não suspeita mal. Quando amamos uma pessoa, não imaginamos de imediato nada de mal da parte dela. Além disso, se entendermos suspeitar (logizomai), ou pensar, como um termo que sugere prestar contas, o texto significa que não fazemos um registro nem um relatório das maldades que nos são feitas.
Não folga com a injustiça [...] folga com a verdade. O amor não tem prazer no mal, de forma alguma. Quem ama não se alegra diante da queda de um irmão ou de uma irmã. Pelo contrário, o amor tem prazer em tudo o que expresse o evangelho, tanto em palavras, como em obras. Tudo sofre [...] crê [...] espera [...] suporta. O significado literal da palavra usada para suporta é apoia. O amor é o fundamento de todos os atos que agradam a Deus. O amor crê que todas as coisas nesse amor nunca desistem e nunca perdem a esperança. O amor suporta qualquer dificuldade ou rejeição, revelando sua força superior. Diante da confrontação, o amor simplesmente persiste. Amar é o grande mandamento (compare com Jo 13.34,35) e nenhuma outra força promove mais justiça.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 436-437.
O amor é edificante (vv. 4-7). "O saber ensoberbece, mas o amor edifica" (1 Co 8:1). O propósito dos dons espirituais é a edificação da igreja (1 Co 12:7; 14:3, 5, 12, 17, 26). Isso significa que não devemos pensar em nós mesmos, mas nos outros, o que, por sua vez, exige amor. Quando se reuniam, os coríntios mostravam-se impacientes uns com os outros (1 Co 14:29-32), mas o amor lhes daria longanimidade. Invejavam os dons uns dos outros, mas o amor removeria essa inveja.
Estavam ensoberbecidos (1 Co 4:6, 18, 19; 5:2), mas o amor poderia remover esse orgulho e engrandecimento próprio e, em seu lugar, colocar um desejo de exaltar o outro. "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rm 12:10). Nas "refeições de ágape" e na Ceia do Senhor, os coríntios se comportavam de maneira extremamente indecorosa. Se conhecessem o significado do verdadeiro amor, teriam se comportado de maneira a agradar ao Senhor. Estavam entrando na justiça contra os irmãos! Mas o amor "não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente
do mal" (1 Co 13:5). A expressão não se ressente do mal significa "não guarda um registro das ofensas". Um dos homens mais miseráveis que já conheci era um cristão professo que, literalmente, anotava em um caderninho as ofensas que, a seu ver, outros haviam cometido contra ele. Perdoar significa limpar o registro e não guardar coisa alguma para usar contra as pessoas (Ef 4:26, 32).
O amor não se alegra com a iniquidade, mas os coríntios gabavam-se do pecado em sua igreja (1 Co 5). O "amor cobre multidão de pecados" (1 Pe 4:8). Como os filhos de Noé, devemos procurar cobrir os pecados dos outros e, então, ajudá-los a colocar as coisas em ordem (Gn 9:20-23).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 799-800.
b) Tratamento grosseiro.
O lar deveria ser sempre um ambiente de paz, união e harmonia no relacionamento entre seus integrantes. Mas, infelizmente, há lares que se comparam à praça de guerra, de lutas e desentendimentos. Um dos motivos para a infelicidade, no seio do casamento e da família, é o tratamento indelicado, grosseiro e descortês. Um lar em que a família se trata assim não deve ser chamado de lar cristão. Onde Cristo habita, deve haver amor, compreensão, respeito, diálogo e tratamento cordial. Onde Cristo habita, existe a prática do fruto do Espírito (G1 5.22). Onde o Espírito Santo tem lugar, há amor, há alegria, há paz, há longanimidade, que é a paciência para suportar os defeitos e falhas dos outros; há bondade, há mansidão, há temperança, ou domínio próprio.
Os conflitos podem ser evitados com humildade, com oração, e com atitudes coerentes com pessoas que possuem Jesus em suas vidas. Se um cônjuge trata o outro com indelicadeza, e ouve uma resposta no mesmo tom, é conflito na certa. Mas, se um está irritado, e o outro, em oração, pede a Deus a graça de responder como um nascido de novo, as coisas mudam, pois a “palavra branda desvia o furor” (Pv 15.1). Que Deus nos ajude a praticar as relações humanas, no lar, na igreja, e em toda parte, conforme o manual de Deus para o relacionamento familiar.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 61-62.
As Qualidades Do Amor
1. O amor é o solo onde são cultivadas todas as demais virtudes espirituais—essa é a mensagem deste versículo. O décimo terceiro capítulo de I Coríntios ensina-nos a mesma verdade. O amor é o solo onde todos os dons espirituais são plantados e se desenvolvem. O amor é a fonte de toda a espiritualidade.
2. O amor é a prova mesma da espiritualidade; e tem início na regeneração (ver I João 4: 7,8).
3. O amor é a principal característica da divina família. Governa todas as ações dentro dessa família, passando do Pai para o Filho, daí para os filhos, e dos filhos para outros filhos, dos filhos para o Filho, e, finalmente, deste para o Pai, na ascensão mística da alma. (Ver as notas em João 14:21 e 15:10 quanto a esses princípios).
4. O amor consiste de querer para os outros, aquilo que queremos para nós mesmos. É a dedicação ao próximo. É o dispêndio de tempo e de energias em favor do próximo, da mesma maneira que nós, voluntária e necessariamente, dispendemos tempo e energias conosco mesmos.
5. O amor inspira e vitaliza a fé (ver Gál. 5:6).
CHAMPLIN, Russell Norman, Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 509.
5.22.23 O fruto do Espirito e a obra espontânea do Espírito Santo dentro de nós. O Espirito produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. São os subprodutos de seu controle sobre a nossa vida — não conseguiremos obtê-los se tentarmos alcançá-los sem sua ajuda. Se quisermos que o fruto do Espirito cresça cm nós. devemos unir nossa vida á dEle (ver Jo 15.4.5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo. Como resultado, cumpriremos o propósito da lei — amar a Deus e aos nossos semelhantes. Qual dessas qualidades você
gostaria que o Espirito produzisse em você?
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1640.
15.1 — Muitas vezes não é pelo que dissemos, mas como dissemos, que damos azo às reações mais variadas, de aceitação à ira. (Para conhecer as palavras gentis de Abigail a Davi quando ele estava irado, veja 1 Sm 25.12-34.)
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 965.
15.1 - Você jã tentou discutir sussurrando? É muito difícil discutir com alguém que insiste em responder suavemente. Por outro lado, a voz alta e as palavras ríspidas quase sempre provocam uma resposta irritada. Para afastar-se da ira e buscar a paz, escolha palavras suaves.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 850.
c) Dívidas.
As dívidas, como inimigos do lar, são aquelas efetuadas sem controle, além das possibilidades da renda familiar. Essas, dentre outras coisas, trazem consequências negativas e podem ser causa de conflitos conjugais. Quando um dos cônjuges resolve intervir, reclamando cuidado com as finanças do lar, o outro se aborrece, dizendo que tem o direito de gastar. O outro cônjuge sente-se ferido, por não ser ouvido. E os conflitos aumentam.
Para evitar conflitos por causa de dívidas, alguns conselhos podem ser úteis:
• Se possível, procure comprar à vista.
• Se tiver de comprar a prazo, avalie o quanto vai comprometer do seu orçamento familiar com a prestação assumida. Não é bom comprometer toda a renda.
• Ofereça resistência ao desejo de comprar. O cristão só deve comprar aquilo que é necessário. Às vezes, os vendedores tentam “empurrar” as coisas de qualquer jeito. Só depois, é que o comprador verifica que poderia ter passado sem “aquelas coisas”.
• Jamais faça empréstimos para adquirir coisas supérfluas. É preferível manter-se dentro de um padrão mais modesto de vida, somente com as coisas necessárias, do que tornar-se um endividado por causa dos artigos que são dispensáveis (Pv 22.7).
• Tenha muito cuidado em ser fiador. Ficar por fiador de um companheiro
já não é coisa boa, conforme Provérbios 6.1; e ficar por fiador de um estranho, é pior ainda. Leia Provérbios 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13.
• Faça um orçamento familiar.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 59-60.
Dinheiro. Como a família vai se sustentar? Quem controla o dinheiro? Como ele será gasto? Que coisas são realmente necessárias e quais são apenas desejáveis? É necessário planejar o orçamento? Quanto deve ser dado à igreja? O que fazer quando faltar dinheiro?
As respostas a estas perguntas refletem os valores e atitudes das pessoas em relação ao dinheiro. Quando o marido e a mulher dão respostas diferentes às perguntas acima, pode haver conflitos. Mais uma vez, é difícil determinar se são as tensões na área financeira que causam outros problemas ou o inverso. No entanto, é verdade que a concordância sobre questões financeiras é essencial para a harmonia do casamento.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 481-482.
O equilíbrio financeiro proporciona bem estar na família. Uma das muitas causas dos conflitos no lar é o desequilíbrio financeiro. Preocupar-se com a estabilidade financeira é uma das formas de investimento na saúde relacional da família.
1) SER ANTES DE TER.
Não é pecado desejar ser próspero. O grande pecado que se comete é quando colocamos o desejo de ter antes do desejo de SER.
1.         A prosperidade segundo Deus, começa com a prosperidade do ser, (Mt 5:1-12).
2. Buscando prosperidade, porém tendo sempre ambições superiores, "pelas coisas lá do alto" (Cl 3:1-3).
3.  A prosperidade material somente será benção, se marcada pelas características de 1 Timóteo 6:9-10 .
Plano de economia e investimento.
1. Estabeleça uma ordem cronológica de prioridades. Quatro perguntas que devem ser feitas antes de comprar.
1)        O que comprar? Toda pessoa que administra bem o que ganha, nunca sai para fazer compras sem saber o que vai comprar. É bom que se crie o hábito de marcar no papel o que se vai comprar. Quando saímos para fazer compras, sem saber o que vamos comprar, corremos o risco de comprar muitas coisas desnecessárias, e nos esquecer do essencial. Um conselho para todos: Não vá fazer a compra do mês com fome, porque com fome, somos tentados a comprar muitas coisas que não compraríamos se estivéssemos com a "barriguinha abastecida".
2)        Quando comprar? Fora de época, sempre se compra mais barato. É possível economizar, quando se compra em lojas que estejam fazendo promoções, comprando em grande quantidade, produtos da época. É sugestivo ter em casa, se possível, uma horta, congelar alimentos, comprar diretamente do produtor. Não se esqueça: "Um real economizado, vale muito mais do que um real ganho." Se economiza também quando a família mesma confecciona os presentes de aniversário e de natal. A filosofia "faça você mesmo", contribui muito para o sucesso na economia doméstica. Quando aprendemos a consertar o que quebra em casa, economizamos muito. A criatividade é imprescindível para o bom administrador.
3)        Onde comprar? Onde a oferta é maior do que a procura. Muitas vezes vale a pena andar um pouco mais, procurar e pechinchar. A maioria dos homens bem sucedidos financeiramente, colocaram em prática estes princípios simples, porém básicos de economia doméstica.
4)        Como comprar? Não faça prestações para comprar itens que desvalorizam. Cuidado para não exagerar nas compras e prestações. Muitos ao perder o equilíbrio no comprar à prestação, acabaram se complicando financeiramente, ( Rm 13:8 ).
SILVA. Josué Gonçalves da. Família Os Segredos do Sucesso de uma família bem ajustada. Editora Mensagem Para Todos.
13.8 — Neste contexto, a ninguém devais coisa alguma é uma alusão ao respeito e à honra (v. 7). Não ficar devendo qualquer quantia em dinheiro, sem dúvida, está incluído na orientação, mas essa passagem não proíbe a obtenção de empréstimos (SI 37.21; Mt 5.42).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 398.
13. 8. A ninguém fiqueis devendo cousa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros. O amor é a única dívida que um crente não pode saldar devidamente.
MOODY. Comentário Bíblico. Romanos. pag. 101.
Neste ponto, Paulo volta às exortações quanto às relações mútuas, seguindo o estilo do cap. 12. Acabou de dizer “Pagai a todos o que lhes é devido”, com o que volta ao princípio fundamental de toda ética, a lei do amor. O cristão tem uma dívida, denominada por Bengel «seu débito imortal», Orígenes diz “É nosso dever pagar sempre, e sempre dever, esta dívida do amor”. O amor é a única obrigação que cumpre todas as outras. Realiza o fim de toda a lei (cf. Gl 5.14). Como reforço desta exortação de amar, Paulo lembra a próxima volta de nosso Senhor. A iminência da Parousia é citada como um dos mais fortes motivos da vida cristã.
NOVO. Comentário da Bíblia. Romanos. pag. 70.
d) Infidelidade.
Infidelidade sexual. A infidelidade talvez seja o mais comum e mais devastador fator de desagregação familiar, e a mais universalmente aceita justificativa para um divórcio. Estima-se que a infidelidade ocorra em pelo menos 70% de todos os casamentos, embora a maioria dos casos dure pouco, às vezes apenas um único encontro, um impulso de momento. Mesmo quando a infidelidade é confessada e discutida com o cônjuge, há uma grande probabilidade de que o casamento seja afetado. Como vimos, Jesus citou a infidelidade como uma razão legítima para o divórcio. Embora ambos os cônjuges possam contribuir para o adultério de alguma maneira, geralmente um deles é que se envolve na transgressão propriamente dita. De acordo com um autor evangélico, este adultério “tem o efeito de abortar ou dissolver o laço matrimonial, aos olhos de Deus [...]. Acontecendo isto, o outro cônjuge não é culpado de adultério se pedir o divórcio”.  Embora o divórcio seja biblicamente permitido sob tais circunstâncias, devemos preferir o perdão e a reconciliação. Isto é difícil, porque o cônjuge inocente geralmente se sente traído, rejeitado e ferido, e tem dificuldade de acreditar que vai poder confiar no cônjuge daí para a frente. Muitas vezes, a pessoa fica indignada, assustada e com baixa autoestima. Contudo, a separação e o divórcio podem ser ainda mais dolorosos. O crente sabe que tudo é possível para Deus, até mesmo a restauração e o crescimento de uma relação conjugal que foi rompida por infidelidade.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 534.
A hipocrisia é tola e fútil (vv. 2, 3). Isso porque, na verdade, nada pode ser ocultado. Nesse caso, Jesus está se referindo principalmente a seus ensinamentos, mas o princípio aplica-se a outras áreas da vida. Os doze apóstolos poderiam sentir-se tentados a encobrir a verdade ou a dela abrir mão para que nem as multidões nem os fariseus se ofendessem (ver Lc 8:16-18; 11:33). A verdade de Deus não é como o fermento, mas sim como uma luz que não deve ser escondida. Um dia, as mentiras dos hipócritas serão reveladas, então por que fingir? Deixe sua luz brilhar!
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 285.
Pv. 5. 3-6. O tema é a sabedoria aplicada às relações entre os sexos. Após um apelo inicial, para que se preste atenção (1-2), o mestre prossegue para fazer uma descrição da mulher estranha e suas atrações (3-6), uma injunção para evitá-la (7-8), uma advertência sobre o que sucede às suas vítimas (9-14), um apelo para que se aprecie o santo amor (15-19), e um lembrete que Deus está a observar tudo continuamente (20-23).
Essa mulher estranha é uma figura que frequentemente aparece no livro de Provérbios (cf. 2.16; 6.24; 7.5; 20.16; 23.27; 27.13). Falando em termos gerais, existem quatro pontos de vista diferentes sobre o significado dessa frase: primeiro que ela representa meretrizes ou adúlteras israelitas, que são descritas como "estranhas" porque não têm direito à relação com o povo de Israel; o segundo diz que a mulher é estranha por ser "estrangeira", e que aqui são aludidas mulheres cananeias ou fenícias (sabemos que a prostituição religiosa era praticada na religião dos cananeus); o terceiro é que isso se refere a um culto estrangeiro, talvez de Astarte, a deusa do amor, com forte elemento sexual, e que tinha relações comerciais com países circunvizinhos; o quarto ponto de vista afirma que toda a passagem é alegórica e se refere às seduções da filosofia ou religião grega. Desses, o primeiro é o que apresenta uma explicação mais simples, mais natural, e a que melhor se coaduna com as declarações em 2.17 e 7.19 e segs.
Fim (4), muito naturalmente, se refere ao julgamento daqueles que têm relações com ela.
Absinto (4) é usado no Antigo Testamento como símbolo de sofrimento (ver, por exemplo, Dt 29.18; Jr 9.15).
Inferno (5) representa o Seol, "a sepultura" ou habitação dos depravados. O verso 6 é difícil e obscuro; todavia, recentes descobertas filológicas têm lançado alguma luz sobre ele. Se seguirmos o prof. G. R. Driver, vendo a verdadeira significação da palavra aqui traduzida como pondera, como se fosse "examinar, pesquisar", ou se seguirmos o prof. D. Winton Thomas, em sua demonstração que o termo hebraico yada', usualmente traduzido como "conhece", como nesta versão, algumas vezes tem o sentido de "estar quieto", então poderemos traduzir: "Para que ela não venha a examinar o caminho da vida; seus caminhos são instáveis e ela não sossega". A Septuaginta e outras versões, como esta, entretanto, em lugar de "para que" leem "não", no começo do versículo, o que também torna o sentido mais claro.
NOVO. Comentário da Bíblia. Provérbios. pag. 24-25.
II - ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A mulher no mercado de trabalho.
É um fenômeno característico das últimas décadas. Antigamente, as mulheres desempenhavam um papel puramente doméstico e contentavam- se com isso. Elas eram mães de família, esposas e donas de casa. A cultura dos povos em geral relegava esse papel às mulheres. Mas, nos últimos anos, com o avanço do feminismo, o segmento feminino procurou liberar-se das “amarras” da cultura patriarcal ou machista, e reivindicou os mesmos direitos que são concedidos aos homens. Nesse aspecto, os avanços foram enormes. A inserção das mulheres no mercado de trabalho tem aumentado de modo significativo. A urbanização acelerada, o processo de industrialização e as mudanças culturais, econômicas e sociais têm forçado a participação da mulher em atividades antes próprias dos homens. Por um lado, há um aspecto positivo. Inserida no mercado de trabalho, a mulher sente-se incentivada a demonstrar que não se limita ao papel de mulher doméstica, e comprova que tem capacidade para realizar as mais diferentes ocupações sociais. O nível de estudo das mulheres tem aumentado, e elas concorrem com os homens aos cargos mais importantes da nação. Há queixas quanto à diferença de salário e de natureza dos cargos ocupados pelas mulheres, mas há uma evolução marcante nesse aspecto. Por outro lado, temos que considerar alguns aspectos negativos desse fenômeno.
A mulher submetida à pesada carga d e trabalho. Antes da revolução feminista, as mulheres eram esposas, mães e donas de casa. Depois, com o avanço cultural, ela continua, via de regra, a desempenhar essas funções domésticas, mas desenvolve trabalhos em empresas e organizações diversas, passando a maior parte das horas úteis envolvida nas atividades profissionais. Como profissional, muitas vezes, tem que chegar tarde em casa, e o esposo se ressente de sua ausência. Os filhos sentem falta da mãe. Isso causa conflitos. Pode haver entendimento, mas há inconveniências a serem consideradas.
A primeira e grande tarefa que a esposa tem como adjutora, na edificação do lar é na criação dos filhos ao lado do marido. Isso não é pouca coisa. Diz um provérbio: “Quem educa um homem, educa um cidadão. Quem educa uma mulher, educa uma nação”. E fácil entender. Uma mãe, quando cônscia do seu dever, contribui com parcela ponderável de sua vida na edificação moral e espiritual dos seus filhos que, no futuro, serão cidadãos úteis à nação. Pai e mãe, juntos, devem contribuir para a educação dos filhos.
Não queremos dizer com isso que só a mãe deve preocupar-se com a educação dos filhos. De modo algum. Essa é tarefa do esposo, igualmente. Diz Provérbios: “Filho meu, ouve a instrução de teu pai e não deixes a doutrina de tua mãe” (Pv 1.8). Entretanto, no lar, normalmente, na maioria dos casos, é o esposo que passa a maior parte do tempo fora de casa, durante o dia, no trabalho na fábrica, na repartição etc. A esposa, por outro lado, dedica-se mais às atividades domésticas, diretamente no lar. Isso faz parte da necessária divisão do trabalho, para que haja melhor resultado do esforço comum.
O prejuízo para a mulher. Essa realidade é positiva? Sim. Mas para o lar traz alguns problemas. O acúmulo de papéis, com o tempo, leva ao desgaste emocional e físico. Não se dedicando mais inteiramente ao lar e ao esposo, a mulher se vê pressionada para exercer os múltiplos papéis com eficiência. As cobranças podem gerar conflitos sérios no casamento. A Bíblia diz: “Toda a mulher sábia edifica sua casa, mas a tola derruba-a com as suas mãos” (Pv 14.1). A mulher sábia é a “mulher virtuosa” de que fala Provérbios 31.10. Ela tem capacidade de edificar a sua casa como adjutora do seu esposo ao lado dos filhos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 62-64.
Vivemos numa época em que os papéis tradicionais do homem e da mulher estão sendo reavaliados. Isso gera muitos conflitos sobre as funções que cabem ao marido, e as que competem à mulher. A sociedade não representa muita coisa em termos de orientação e isso se deve ao fato de as opiniões estarem sempre mudando.
Em contrapartida, a Bíblia é muito mais clara,18 mas os cristãos divergem na interpretação dos trechos que delineiam os papéis do homem e da mulher. O resultado são discórdias, às vezes acompanhadas de competição e sensação de ameaça. Quase sempre essa tensão se concentra na natureza e extensão do trabalho da mulher ou em sua vida profissional.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 480.
2. A ausência dos país prejudica a criação dos filhos.
Os filhos sofrem com a ausência da mãe. Com a mãe trabalhando fora de casa, os filhos passam a viver com as empregadas domésticas, que, por melhor que sejam, não substituem a mãe. Não sentem pelas crianças o amor do seio materno. As crianças ficam desorientadas, convivendo muitas vezes com pessoas sem a necessária educação. Por outro lado, ficam o dia todo diante da “babá eletrônica”, a televisão, sendo educadas pelos falsos tipos de heróis artificiais do vídeo. Está crescendo uma geração “biônica”: sem amor, sem afeto, sem carinho... Uma boa creche ainda supre, em parte, a falta da mãe. Mas, quem pode pagar uma boa creche? A nosso ver, sendo possível, é interessante que a mãe de família, obrigada a trabalhar, procure um emprego que ocupe só um expediente, coincidindo com o horário de aula das crianças.
No outro expediente, é fundamental o contato da mãe com os filhos, que já sentem a ausência do pai durante o dia. Em grandes cidades, o pai sai de madrugada. Os filhos ficam dormindo. Quando retorna ao lar, já tarde, os filhos estão dormindo. Como se sentem esses filhos? E se a mãe também se afasta o dia todo? Certamente há grandes prejuízos nesse relacionamento familiar. Por isso, “a mulher sábia edifica sua casa...” Os pais ausentes do lar. Os pais são os líderes do lar de acordo com a Palavra de Deus. Como líderes, devem ser exemplo para os filhos. Mas muitos são apenas genitores. Geram e deixam os filhos crescerem, dão alimento, roupa, calçado, as melhores escolas (quando podem), dão dinheiro e condições para sua independência. Mas, para a maioria, falta dar aos filhos o principal: amor, atenção, presença na sua formação, no seu desenvolvimento.
A ausência da mãe prejudica a formação, a educação. A ausência do pai prejudica a visão que o filho ou a filha deve ter das relações familiares. Muitos pais só dão atenção aos filhos quando eles estão doentes, ou são vítimas de algo trágico, de um acidente, ou ameaça de morte. No mais, passam os anos sem terem diálogo, contato ou aproximação com os filhos. Isso é altamente prejudicial. A presença do pai, no lar, é fundamental para a formação espiritual e emocional dos filhos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 63-64.
Distúrbio do Déficit de Atenção. Estima-se que metade de todas as crianças que chegam às clínicas de saúde mental é levada por causa dos distúrbios do déficit de atenção (DDA). Os sintomas geralmente duram a vida inteira, mas costumam ser detectados quando a criança chega ao ensino fundamental. Entre os sintomas mais comuns estão: baixa concentração ou incapacidade de prestar atenção, facilidade de distração, impulsividade, impaciência, incapacidade de relaxar, hiperatividade, desorganização, oscilações de humor, baixa autoconfiança, dificuldade de relacionamento com os colegas, distúrbios do sono e ansiedade. Essas crianças parecem estar “sempre em movimento”, como se tivessem um “motorzinho”. Professores e pais frustrados vivem mandando a criança sossegar e parar de ser tão “irrequieta”, mas para muitas dessas crianças isso é fisiologicamente impossível. Embora as causas do DDA sejam complexas, os especialistas reconhecem que o problema tem uma origem física e, provavelmente, genética. Uma teoria supõe que o DDA se origina de uma deficiência química no cérebro; em muitos casos, ocorre uma mudança espantosa no comportamento e uma redução da hiperatividade com a administração de dopamina.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 181.
Antigamente a educação vinha do berço, já hoje em dia, vem do microcomputador ou da televisão. Se seu filho fica 5 horas por dia assistindo tevê, 35 na semana e 1800 horas ao ano. (Média estimada) O que ele tanto assiste que possa contribuir para seu crescimento espiritual? Evidentemente as programações são cristãs com valores espirituais e morais! Seu filho provavelmente esta ligado com as escrituras sagradas e com os ensinamentos bíblicos através da televisão! ( Não?...)
Na corrida pela audiência a televisão esbanja baixaria e desrespeito ao telespectador. Com esta total falta de ética quem perde são nossos filhos, ficando para nós até difícil a administração de sua educação. Será que realmente nós precisamos de toda esta violência, ou a indústria da violência é que precisa de nós, ou melhor do nosso dinheiro?
Os programas de televisão ensinam aos nossos filhos que a homossexualidade não é um pecado, ensinam também que não há certo ou errado. ‘ O certo é errado e o errado é certo. Depende do ponto de vista...’ Vemos o mundo através da mente de pessoas seculares sem Deus. Estamos permitindo que elas ponham valores dentro das nossas mentes e corações’’.
01- A televisão tem ensinado o humanismo secular, que diz o que mais importante provê do homem ou do mundo.
02- Ensina que atores de Hollywood, pessoas sem Deus, que zombam das coisas de Deus, são modelos apropriados para os jovens.
03- A visão bíblica do casamento e do divórcio é ultrapassada e deve ser
rejeitada.
04- A homossexualidade não é pecado e é aceita por pessoas racionais, inteligentes e tolerantes.
05- O aborto deve ser aceito, pois não há nada de mais em se matar crianças que ainda não nasceram, pois são realmente animais não nascidos.
06- Pornografia é um entretenimento agradável e aceitável.
07- O prazer deve ser encontrado nas experiências sexuais ilícitas.
08- Fidelidade à esposa não é um requisito importante para um casamento. A fidelidade é considerada uma repressão à liberdade pessoal do homem.
09- Deve se rir dos padrões tradicionais de moralidade.
10- Deus não existe, está ultrapassado e não é importante.
11- Beber bebidas alcoólicas é uma maneira prazerosa de viver socialmente aceita e desejada.
12- Deus é algo que devemos simplesmente ignorar.
13- Ser virgem até o casamento é motivo de vergonha e embaraço.
14- Para a garota ser atraente deve se vestir sem modéstia e com conotação sexual.
15- As crianças aprendem a não ter respeito a ninguém, especialmente aos pais, pastores e autoridades públicas.
16- Na realidade não existe certo ou errado, não há aquilo que chamam de pecado.
17- A mensagem de que Jesus Cristo sofreu e morreu numa cruz por você e por mim, é irrelevante e não importa, nesta era moderna.
RIPARI. Marco Antônio. Baba Eletrônica.
III - MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1. Educação prejudicada.
6.1-4 - Esse trecho tem o belo equilíbrio que esperamos encontrar na Palavra de Deus: os filhos devem obedecer aos pais, e os pais devem tratar os filhos de tal modo que estes se submetam àqueles.
Os filhos devem obedecer aos pais por amor a Cristo, mesmo que os pais não sejam cristãos. Honrar pai e mãe é o único dos Dez Mandamentos que é seguido por uma promessa (Dt 5.16) e respalda essa ideia. Sem dúvida, os filhos cristãos não devem fazer nada imoral, ainda que os pais ordenem que façam. Nesse caso, os filhos devem obedecer a Deus, e não aos homens (At 5.29). Os pais, por sua vez, não devem ser excessivamente severos com os filhos nem ridicularizá-los: não provoqueis.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 513.
22.15 As crianças pequenas frequentemente fazem coisas tolas e perigosas, porque não sabem as consequências de seus atos. A sabedoria e o bom senso não são adquiridos apenas pelo bom exemplo dos pais. Da mesma maneira que Deus nos treina e corrige para sermos melhores, os pais devem disciplinar seus filhos, a fim de ajudá-los a aprender a diferença entre o certo e o errado.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 862.
Pv. 22.5,6 — E prudente evitar as armadilhas e ciladas na beira da estrada da vida. Tolo é aquele que ingressa em lugares perigosos sem necessidade, sem saber ou importar-se com o risco que está correndo.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 977.
Pv. 22. 6. Não eduques as crianças no caminho que quiserem ir, o caminho de seus corações corruptos, e sim no caminho em que devem ir, pelo qual, se os amarmos, desejaremos que andem. Assim que possível, cada criança deve ser guiada ao conhecimento do Salvador.
HENRY. Matthew. Editora CPAD. Provérbios. pag. 44.
22.6 caminho em que deve andar. Há apenas uni caminho certo, o caminho de Deus, o caminha da vicia.Tsse caminho está bem detalhado em Provérbios. í. indiscutível que a instrução precoce produz hábitos para toda a viria, por isso os pais devem insistir nesse caminho, ensinando a Palavra do Deus e reforçando esse ensino com disciplina amorosa e consistente durante todo o desenvolvimento da criança.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 821.
2. Quem são os professores?
Entende-se por má educação o mau comportamento dos filhos no lar ou fora dele. Neste aspecto, não nos referimos à educação formal dos bancos escolares. Os lares estão prejudicados quanto à educação comportamental. Com o excesso de ocupação dos pais, os filhos são entregues a creches, escolas e a outras entidades do sistema educacional. Quem são os professores ou os mestres da maioria das crianças e adolescentes nos dias atuais? Serão os docentes, nas escolas? Serão os professores da ED? Ou serão os pais, dedicados à formação espiritual, moral e ética de seus filhos? Nenhuma das respostas estaria certa. Infelizmente, para nossa tristeza e graves prejuízos para a nação, os “mestres” por excelência dos filhos em geral são os atores, as atrizes e produtores das empresas de telecomunicação. São os produtores de sites da internet. Poderiam ser meios úteis para ajudar na educação das gerações. Mas, na prática, são veículos eficazes para a má educação de gerações inteiras. Adolescentes, no Brasil, seguem muito mais o que lhes é ensinado na novela de adolescentes do que o que lhes é repassado nas salas de aula.
Não é por acaso que, no meio das igrejas, há tanta rebeldia entre adolescentes e jovens. Ê raro ver adolescentes e jovens nos cultos de oração ou de doutrina. Mas é comum vê-los diante da TV, assistindo a algum tipo de “lixo” midiático. A Bíblia, o Livro Sagrado, exorta solenemente os adolescentes e jovens: “Afasta, pois, a ira do teu coração e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade. Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento” (Ec 11.10; 12.1).
Filhos de pais ricos, que estudavam nas melhores escolas da capital do país, atearam fogo num índio, que dormia numa praça, matando o infeliz sem teto que ali estava. Filhos de pais abastados mataram uma jovem, porque pensaram que ela era uma prostituta. Filhos de classe média fazem parte das “torcidas organizadas”, que agridem, esfaqueiam, violentam e matam, nos estádios de futebol. Isso é fruto da má educação.
Mas a Palavra de Deus tem a solução. Diz a Bíblia: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Instruir no caminho quer dizer dar ensinamentos, orientações e advertências para a vida. É educar, no verdadeiro sentido, começando pela parte espiritual. Um menino educado, com base nos princípios bíblicos, não pode ser mal-educado. O conselho sábio de Paulo aos pais é sempre atualizado, mesmo com o passar dos séculos: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 64-65.
Cooperação fiel (vv. 4-8). Cada cristão possui um dom diferente, e Deus concedeu esses dons para que a igreja local possa crescer de maneira equilibrada. Mas cada cristão deve exercitar seu dom pela fé. Talvez não vejamos os resultados de nosso ministério, mas o Senhor vê e abençoa. É interessante observar que a "exortação" (encorajamento) é um ministério espiritual tão válido quanto pregar ou ensinar. Contribuir financeiramente e demonstrar misericórdia também são dons importantes. Para alguns, Deus deu a habilidade de governar ou de administrar as diversas funções da igreja. Qualquer que seja nosso dom, devemos consagrá-lo a Deus e usá-lo para o bem de toda a igreja.
É triste quando apenas um dos dons é enfatizado em uma igreja local em detrimento de todos os outros. "Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos?" (1 Co 12:29, 30). A resposta para todas essas perguntas é "não". Quando o cristão subestima os outros dons e enfatiza o seu próprio, nega o propósito para o qual os dons foram concedidos: o benefício de todo o corpo de Cristo. "A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso" (1 Co 12:7).
Os dons espirituais são instrumentos que devem ser usados para a edificação, não brinquedos para a recreação nem armas de destruição. Em Corinto, os cristãos estavam acabando com o ministério, pois usavam indevidamente os dons espirituais. Exercitavam esses dons como um fim em si mesmo, não como um meio de edificar a igreja. Enfatizavam tanto os dons espirituais que perderam as virtudes espirituais! Tinham os dons do Espírito, mas lhes faltavam os frutos do Espírito: amor, alegria, paz etc. (Gl 5:22, 23).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 725.
3. Falta de estrutura espiritual e moral.
A família tem sido atacada no lado espiritual, com as investida satânicas que propõem a sua destruição. Grande parte das famílias, em todo o mundo, não tem estrutura para enfrentar as mudanças rápidas e desintegradoras das famílias.
O pai e a mãe se unem aos filhos para servirem ao Senhor. Deus é o hóspede invisível, mas real, que domina o ambiente da família. Em cada canto da casa, pode-se sentir Deus. Há harmonia entre todos. Há louvores. Há devoção sincera ao Senhor. As coisas de Deus são colocadas em primeiro lugar e o lar é uma continuação da igreja.
Por outro lado, quando Deus não está no lar, sente-se que o ambiente é carnal, pesado, cheio de manifestações mundanas. As coisas materiais estão em primeiro lugar. Só se pensa em prazeres materiais, riquezas, dinheiro, diversões e coisas mundanas! A casa é uma continuação do mundo. Há famílias denominadas cristãs só porque os pais são cristãos e têm Deus em seus corações, mas que não conseguem ter a presença de Jesus no lar, porque há um verdadeiro conflito em casa. Como combater esse inimigo — a falta de Deus? Não é fácil. O melhor é evitar que ele se manifeste. É interessante que os que vão constituir família convidem Jesus para se fazer presente no seu lar, mesmo antes de se casarem. Esta é uma preocupação abençoada.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 66.
24.14,15 - As palavras de Josué nestes versículos contêm um raro apelo para que Israel escolhesse entre Deus e os muitos falsos substitutos.
Caso o povo não optasse por Deus, escolheria entre os deuses que seus ancestrais serviram ou os deuses dos amorreus (isto é, os cananeus). E claro que tal apelo é retórico. Da perspectiva do Senhor havia apenas uma opção. Com suas palavras famosas, Josué depôs, de forma clara e inequívoca, a favor de Deus. Assim, ele exibiu as perfeitas ações de um líder, estando disposto a seguir em frente e comprometer-se com a verdade apesar das inclinações do povo. O enfático exemplo de Josué, sem dúvida, encorajou muitos a seguirem as afirmações dos versículos 16 a 18.
24.16-18 - Em resposta à declaração de Josué, o povo reconheceu seu débito com o Senhor por causa de todas as benesses recebidas por Ele. Este era um ponto crucial. Somente a partir do momento em que os israelitas se lembrassem do que Deus fizera por eles, inclinar-se-iam a servi-lo. Moisés dissera isso muitos anos antes (Dt 8.11-17).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 399.
24.15 - As pessoas tiveram que decidir se obedeceriam ao Senhor, que provara sua probidade, ou adorariam os deuses locais, que eram ídolos feitos por mãos humanas. É fácil aderir a uma silenciosa revolta — levar a vida a seu próprio modo. Mas chegará o tempo quando você terá que escolher quem ou o que controlará a sua existência. A escolha ó sua. Será Deus sua bússola ou outro substituto qualquer? Após escolher ser controlado pelo Espirito de Deus. reafirme sua decisão diariamente.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 309.
Vv. 15-28. E essencial que o serviço do povo de Deus seja feito voluntariamente, porque o amor é o único princípio genuíno do qual pode ser proveniente todo serviço aceitável a Deus. o Pai busca os adoradores que assim o adorem, em espírito e em verdade, os desígnios da carne são inimizade contra Deus; portanto, o homem carnal é incapaz de dar adoração espiritual. Daí a necessidade de se nascer de novo.
Porém, uma boa quantidade de pessoas fica somente nas formalidades quando as tarefas lhes são impostas. Josué lhes deu a escolha; porém, não como se fosse indiferente que eles servissem ou não a Deus. "Escolhei hoje a quem sirvais" ; agora, as coisas estão bem claras diante dos israelitas. Josué resolve servir a Deus, não importa o que seja que os demais façam, os que resolvem servir a Deus não devem importar-se em ficar sozinhos dali por diante, os que vão ao céu devem estar dispostos a nadar contra a maré. Não devem fazer como a maioria, mas sim como os melhores. Ninguém pode comportar-se corretamente em qualquer situação, sem considerar profundamente os seus deveres religiosos nas relações familiares.
Os israelitas concordaram com Josué, influenciados pelo exemplo do homem que fora uma bênção tão grande para eles; "Também nós serviremos ao Senhor". observe quanto bem fazem os grandes homens por sua influência, se forem zelosos com a religião. Josué os leva a expressar o pleno propósito do coração de serem fiéis ao Senhor. Devem despojar-se de toda confiança em sua própria suficiência ou, caso contrário, os seus propósitos serão vãos. Quando decidiram deliberadamente servir a Deus, Josué os comprometeu mediante um pacto solene e construiu um monumento para memória. Desta maneira emotiva, Josué se despediu deles; se perecerem, o sangue deles seria sobre as suas próprias cabeças. A casa de Deus, a mesa do Senhor, e até os muros e árvores diante dos quais expressamos os nossos propósitos solenes de servi-lo, darão testemunho contra nós se o negarmos; de qualquer maneira, podemos confiar que Ele porá temor em nosso coração, para que não nos apartemos de sua presença. Somente Deus pode dar graça; contudo, abençoa os nossos esforços por fazermos com que os homens se comprometam em seu serviço.
HENRY. Matthew. Editora CPAD. Josué. pag. 33-34.
ELABORADO: Pb. Alessandro Silva.

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