Data: 10 de Março de 2013. HINOS SUGERIDOS: 1, 4, 58.
TEXTO ÁUREO
“Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e eleita o azeite em todos aqueles vasos, e põe a parte o que estiver cheio” (2 Rs 4.4).
VERDADE PRATICA
A historia da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor e soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos.
LEITURA DIARIA
Segunda - 2 Rs 4.2 As carências humanas
Terça -SI 116.5A A compaixão divina
Quarta - Tg 2.7 A fé obediente
Quinta - 2 Rs 7.1 O braço divino
Sexta - Mc 1.40-42 O sofrimento humano
Sábado - At 3.8 A gloria manifestada
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 4.1 7
1 - E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que e o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 - Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 - Então, entra, e fecha a i porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe a parte o que estiver cheio.
5 - Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 - E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porem ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
7- Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua divida; e tu e teus filhos vivei do resto.
INTERAÇÃO
Professor, você crê em milagres? Então, não terá dificuldades no preparo desta lição, pois estudaremos a respeito de um dos milagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa da viúva. Esta e uma das mais surpreendentes passagens bíblicas para aqueles que creem que para o Senhor não ha causa impossível. Este milagre nos ensina que o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundancia. O Deus de Eliseu e o nosso Deus. Ele e imutável, e mediante sua graça continua a alcançarmos corações daqueles que estão desesperados por um milagre.
No decorrer da lição, enfatize que o Pai Celeste realiza milagres não porque merecemos. Não somos merecedores de nada, sua graça nos basta, mas os milagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina. Deus e bom!
OBJETIVOS
Apos esta aula, o aluno devera estar apto a:
Atentar para a real motivação de um milagre.
Identificar os instrumentos de um milagre.
Especificar os reais objetivos de um milagre.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie a lição fazendo a seguinte indagação: “Mesmo em meio a escassez, você crê que Deus e poderoso para suprir suas necessidades?” Ouça os alunos com atenção. Explique que muitas vezes Deus permite um período de escassez para que venhamos nos humilhar perante Ele e reconhecer a nossa dependência dEle. Enfatize o fato do quanto a fé daquela viúva e dos seus filhos foi fortalecida depois de experimentarem da provisão divina. Conclua lendo com a classe Tiago 4.10 e Mateus 5.4.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7). Não ha duvidas de que esta e uma das mais surpreendentes passagens bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar-se muito; a escassez converter-se em abundancia e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os corações desesperados. Este texto, portanto, e bem claro em revelar que os milagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e, apos, em resposta a uma fé obediente.
I - A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE
1. A necessidade humana. As bênçãos de Deus vem em resposta a uma necessidade humana. O milagre ocorrido na casa da viúva de um dos discípulos dos profetas confirma esse fato (2 Rs 4.1-7). O texto expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma divida.
Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua divida através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4.1b ). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que al daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v. 1). A Escritura mostra que o Senhor socorre o necessitado (SI 40.1 7; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13).
2. A misericórdia divina. O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças a compaixão divina.
Não foi apenas por ser pobre que a viúva foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela “clamou” ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra e tsa 'aq, que possui o sentido de clamar por ajuda, chorar em voz alta. O profeta ficou sensibilizado; Deus compadeceu-se daquela mulher sofredora. O Senhor e compassivo, misericordioso e longânime (Ex 34.6; 2 Cr 30.9; SI 1 16.5).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana e como resultado da compaixão divina.
II - A DINÂMICA DO MILAGRE
1. Um pouco de azeite. Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu pergunto-lhe: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que e o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, se não uma botija de azeite” (2 Rs 4.2).
Duas coisas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lugar, o milagre acontece na esfera familiar: “o que tens em casa”. O lar e a família são importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a benção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o possuía.
No entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que possuímos pode ser bem pouco, mas e suficiente para Deus operar os seus propósitos.
2. Uma fé obediente. A instrução dada pelo profeta Eliseu para solucionar o problema da viúva e bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher a ação: “Vai, pede para ti vasos emprestados”. A fé e demonstrada pela ação (Tg 2.1 7). Jesus também viu a fé do paralitico e dos homens que o conduziram em Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas fechadas: “Fecha a porta”, disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o azeite começou a fluir. E, assim, pode ela salvar os filhos, pagar as dividas e viver dignamente.
E possível que uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os homens gostam de notoriedade. Gostam de aparecer e vangloriar-se (Lc 12.15). Deixam a porta aberta para serem vistos!
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a benção de Deus.
III - OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE
1. O instrumento humano. Por varias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu e chamado de “Homem de Deus” (2 Rs I 4.7,9,16; 6.9). Sem duvida esses 1 textos demonstram que Eliseu era um instrumento de Deus; para a operação de milagres. Deus usa homens! Esse e um fato fartamente demonstrado na Bíblia. Para formar uma nação e através dela revelar seu plano de salvação a humanidade, o Senhor chamou Abraão (Cn 12). Para tirar os israelitas do Egito, Deus usou Moises (Ex 4.1-17). Para levar a mensagem do Evangelho aos gentios, o Senhor usou a Pedro (At 10 — 11). Deus tambem chamou a Paulo para ser “um instrumento ; escolhido" para levar seu nome perante os nobres (At 9.1 5). Para salvar-nos, Deus humanizou-se na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 1.1,18; Fp 2.1-11).
E para sua obra missionaria, Ele conta com você! (Mt 28.1 9).
2. O instrumento divino. Quando uma grande fome assolava Samaria, o profeta Eliseu profetizou abundancia de alimentos: “Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanha, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, a porta de Samaria” (2 Rs 7.1).
O cumprimento dessa profecia parecia pouco provável naqueles dias, a ponto de o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, haver ironizado: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer 5 isso?" (2 Rs 7.2). Mas a profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito (2 Rs 7.16-20). O texto põe a Palavra do Senhor como agente causador do milagre. O cronista observa que esses fatos ocorreram segundo a palavra do Senhor (2 Rs 7.16). O que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra.
SINOPSE DO TOPICO (3)
A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra.
IV - O OBJETIVO DO MILAGRE
1. Uma resposta ao sofrimento. Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2 Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7).
O Novo Testamento mostra-nos que o Senhor Jesus libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano (Lc 1 3.1 0-1 7; Mc 1.40-45).
2. Glorificar a Deus. Os milagres, portanto, são uma resposta de Deus ao sofrimento humano. Todavia, eles não se centralizam no homem, mas em Deus. Os milagres narrados nas Escrituras objetivam a gloria de Deus. Em nenhum momento, encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si através dos milagres que realizavam nem tirar proveitos deles. Quem tentou fazer isso e beneficiar-se de forma indevida foi Geazi, o servo de Eliseu. Entretanto, quando assim procedeu foi severamente punido (2 Rs 5.20-27).
Em o Novo Testamento, observamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato e mostrando que Deus, e não os homens, e quem deve ser glorificado (At 3.8,12; 14.14,1 5).
SINOPSE DO TÓPICO (4)
Todos os milagres realizados por Eliseu ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento.
CONCLUSÃO
O milagre da multiplicação do azeite e um testemunho do poder de Deus, que se compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O foco, portanto, dessa bela historia não e a viúva nem tampouco o profeta Eliseu, mas o Senhor que através da instrumentalidade do seu servo abençoa essa pobre mulher. A historia faz-nos lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele foi, é e sempre será a resposta a todo , sofrimento humano.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Devocional “ Feche a poria para a duvida Um fator muito importante na historia deste milagre e o que aconteceu apos a viúva ter tomado emprestadas as vasilhas vazias de seus vizinhos curiosos. Eliseu lhe disse: ‘Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos...’ Sempre haverá muitas pessoas para dizer ao contrario. Ha os que replicam: ‘Os antecedentes são contra isso. Tentamos antes e falhamos’. Ha também os que se queixam: ‘Não podemos suportar isso’. Eliseu simplesmente insistiu para que ela deixasse de fora os incrédulos, e fechasse os ouvidos para a duvida.
Os vizinhos que estavam cientes de sua situação talvez fossem levados a pensar que as atitudes eram excêntricas e, com certeza, a ridicularizariam. Tachariam-na de tola por acreditar em algo tão impossível como que lhe propusera o profeta.
Jesus advertiu: ‘Atentai no que ouvis’ (Mc 4.24). Ele sabia que agimos e reagimos de acordo com aquilo que ouvimos daqueles que estão a nossa volta. Eliseu também sabia quão rapidamente as sementes de duvida crescem no solo do desespero e da perversidade humana. Dessa maneira, recomendou a viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta da duvida. Assim como Maria, mãe de nosso Senhor, devemos considerar alguns sonhos em nossos corações, ao invés de vê-los assassinados numa conversa casual (Mt 7.6)” (BARNETT, Tommy. Ha um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 36).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BARNETT, Tommy. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2009.
EXERCÍCIO
1. Segundo a lição, o que motivou a operação do milagre da multiplicação do azeite?
R: A necessidade da viúva e a misericórdia divina.
2. Como a viúva reagiu às instruções dadas pelo profeta Eliseu?
R: Agiu com fé e obediência.
3. Com qual expressão o cronista identifica o profeta Eliseu em seu relato?
R: “Homem de Deus”.
4. Cite um dos objetivos envolvidos na operação de um milagre.
R: Uma resposta ao sofrimento humano ou glorificar a Deus.
5. Como Pedro e Paulo destacam a relação dos milagres com o homem e Deus?
R: Eles mostram que e Deus, e não o homem, quem deve ser glorificado nos milagres.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO
Da mesma forma que Deus usa Eliseu para informar da abundância de alimentos aos habitantes de Samaria, Deus usa Eliseu para tratar de uma situação igualmente importante: socorrer uma viúva e seus dois filhos. Deste tema, devemos nos lembrar de pelo menos três lições:
Problemas atingem a todos, inclusive pessoas tementes a Deus. A viúva do profeta foi consultar o homem de Deus para resolver um grave problema: além de viúva, herdou do marido uma dívida tão constrangedora que o credor levaria seus filhos como escravos. A Bíblia não fala do montante da dívida nem do motivo que levou um homem de Deus a contraí-la, mas deixa claro que havia um credor batendo na porta da viúva para receber seu dinheiro. Não bastasse a dor da perda do esposo, perderia também seus filhos. Mas aquela mulher tinha um referencial: Eliseu, o profeta do Senhor. Servos de Deus não estão isentos de passar por adversidades, mas devem lembrar-se de que têm um Deus a quem recorrer em todos os momentos.
Deus pode agir de forma sobrenatural por meio de coisas simples. O azeite era um produto de baixo valor agregado, em que pese ser essencial em todas as casas dos israelitas. E foi por meio desse líquido comum que Deus fez prover a casa daquela mulher. A estratégia de Eliseu foi seguida, e a mulher viu a multiplicação do pouco em muito. Obedecer a voz do profeta fez a diferença para aquela mulher.
Deus espera que sigamos suas orientações sempre. Não basta saber qual é a vontade de Deus para nossas vidas. É preciso obedecer ao Senhor quando a vontade dEle é revelada. Em certos casos, mesmo tendo a providência de Deus, é preciso sabedoria para tratar dos problemas. Aquela viúva viu o milagre em sua casa, mas parece que ainda não tivera ideia de como agir com toda aquela bênção. Ela retornou ao profeta Eliseu para lhe dar a nova, e ouviu do profeta (2° Rs 4.7). O que pode nos parecer óbvio (vender o azeite para pagar a dívida) pode não o ser para a pessoa que está passando pela situação. De forma sábia, Eliseu trouxe a orientação para a viúva. Em momentos como esse, devemos ter paciência com as pessoas aflitas, pois cada orientação é de suma importância, tendo em vista que nos momentos de aflição, nem sempre contemplamos o livramento do Senhor por causa de nossas preocupações. Por isso, tenhamos paciência com aqueles que passam por aflições, e Deus os abençoará.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
1-7. Eliseu aumenta o óleo da viúva. A seção 4.1-8.6 rompe a historia sincronizada dos reinados dos soberanos de Judá e Israel, e forma um interlúdio que trata do ministério milagroso de Eliseu.
UNGER. Merrill Frederick. Manual Bíblico Unger. Editora Vida Nova. pag.181.
I - A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE
1. A necessidade humana.
4.1 - As pessoas pobres e devedoras era permitido pagar seus débitos mediante a venda de si mesmas ou de seus filhos como escravos. Deus ordenou que os ricos e os credores em geral não se aproveitassem da situação destas pessoas durante os tempos de extrema necessidade (para uma explicação destas praticas veja Dt 15.1-18). O credor desta mulher não agia de acordo com o espirito da lei de Deus. A bondosa decisão de Eliseu demonstra que o Senhor deseja que ultrapassemos o simples ato de guardar a lei. Devemos também ser compassivos.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo. CPAD pag. 513.
Warren W. Wiersbe põe em evidência esse fato quando comenta: “De acordo com a lei hebraica, um credor poderia tomar um devedor e seus filhos como servos, mas não deveriam tratá-los como escravos (Ex 21.1-11; Lv 25.29-31; Dt 15.1-11). Seria uma grande tristeza para essa mulher perder o marido para a morte e os dois filhos para a servidão, mas Deus é aquele que “faz justiça ao órfão e à viúva” (Dt 10.18; SI 68.5; 146.9) e enviou Eliseu para ajudá-la.”
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, Editora CPAD. pag. 118, 119.
ESCRAVO ESCRAVIDÃO
No hebraico. ebed, termo que figura por mais de setecentas e cinquenta vezes, desde Gên, 9:25 até Mal. 4:4. No grego, doãlos, palavra que figura por cento e vinte e uma vezes, desde Mat. 8:9 até Apo. 22:6.
A escravidão é o domínio de uma pessoa por parte de outrem, de tal modo que um escravo é visto muito mais como uma propriedade do que como uma pessoa. A escravidão era um aspecto profundamente arraigado da estrutura social e econômica do antigo Oriente Próximo e do mundo greco-romano.
Esboço:
I. A Escravidão no Antigo Testamento
A. Fontes Literárias
B. Terminologia
C. Aquisição de Escravos
1. Cativos de Guerra
2. Por Compra
3. Por Insolvência
4. Como Presente
5. Como Herança
6. Por Nascimento
I. A Escravidão no Antigo Testamento.
A escravidão era uma prática generalizada no Oriente, nos dias do Antigo Testamento. Porém, o número de escravos em Israel provavelmente nunca foi tão elevado como nos tempos clássicos. Em Israel saia mais barato contratar empregados assalariados, para fazerem trabalhos pesados, do que conservar escravos. O uso de escravos parece ter-se confinado principalmente aos deveres domésticos e ao trabalho nos campos, juntamente com o chefe da família e seus familiares.
A. Fontes literária
A legislação do Antigo Testamento aparece em Êxodo 21, Levitico 25 e Deuteronômio 15. Há numerosas referências a escravos, por todo o Antigo Testamento. Mas os informes extra bíblicos sobre a escravidão entre os judeus limitam-se aos papiros Elefantinos, provenientes da colônia judaica no Egito, do século V A.C. Os documentos públicos e privados do antigo Oriente próximo, do terceiro milênio A.C., e daí até os dias do Novo Testamento, estão repletos de alusões à prática da escravidão nas culturas contemporâneas.
B. Terminologia
Um total de três vocábulos era usado, no Antigo Testamento, para indicar «escravo", a saber: escravo ebed e dois outros para indicar o escravo masculino, e a escrava feminina. Também eram usadas expressões, como «jovem", ..pessoa" e «alguém comprado a dinheiro". Nos códigos bíblicos aparecem com frequência termos e expressões como ..hebreu», ..teu irmão hebreus e ..tua irmã hebreia". O Talmude sugere que esses códigos aplicam-se aos escravos hebreus quando aparecem essas designações; em caso contrário, estariam em foco escravos não-hebreus.
Entretanto, tal interpretação apresenta dificuldades quando começamos a interpretar os textos onde essas designações aparecem.
C. Aquisição de escravos
1. Cativos de Guerra. O mais antigo método de aquisição de escravos, no Oriente próximo, era a conquista militar. Milhares de homens, mulheres e crianças foram assim reduzidos à servidão. A selvageria da época pode ser julgada pelo fato de que isso era considerado um melhoramento humanitário, pois a prática ainda mais antiga consistia em executar todos os prisioneiros de guerra (Núm. 31:7-35; Deu. 20:10-18; I Reis 20:39; 11Crô. 28:8-15). Os códigos do Antigo Testamento procuravam limitar os excessos dos castigos brutais que os cativos recebiam. Se um soldado israelita visse uma bela mulher entre os cativos e se casasse com ela, teria de tratá-la, dali por diante, como uma pessoa livre (Deu. 21:10-14}. E não podia vendê-Ia como escrava, se viesse a desistir dela. No entanto, muitos povos estrangeiros, como os fenícios, os filisteus, os sírios, os egípcios e os romanos, escravizavam judeus em grandes números.
2. Por Compra. O Antigo Testamento estipulava que estrangeiros podiam ser comprados e vendidos como escravos, sendo então considerados mera propriedade (Lev. 25:44-46). Há alusões frequentes a escravos que haviam sido importados para a Palestina (I Crô. 2:34,35). Mas os hebreus também eram vendidos como escravos em outras terras. Isso explica a pena de morte imposta sobre os que sequestrassem pessoas livres (Exo. 21:16; Deu. 24:7). O Antigo Testamento cita casos incríveis como um pai que vendeu sua filha como escrava (Exo. 21:7; Nee. 5:5); uma viúva que vendeu seus filhos para pagar a divida de seu marido falecido (11 Reis 4:1), ou homens ou mulheres que se vendiam como escravos (Lev. 25:39,47; Deu. 15:12-17). O preço dos escravos variava muito. Ver Êxo, 21:32 e Lev. 27:3-7. Havendo desacordo quanto ao preço, podia apelar para um sacerdote (Lev. 27:8). Nos tempos Inter testamentais, quarenta siclos era o preço médio que se pagava por um escravo (11 Macabeus 8:11). Um dos piores costumes era a venda de crianças à servidão. Os casos mais comuns eram de donzelas ainda adolescentes e solteiras. Todavia, havia estipulações que procuravam impedir que essas jovens escravas fossem reduzidas à prostituição (Exo. 21:11).
Há algumas evidências de que os hebreus faziam comércio escravagista, uma prática bastante comum no Oriente Próximo. Uma escrava egípcia é mencionada em 11 Crô. 2:34. Havia dois preceitos legais que abordavam a questão da escravatura: Exo. 21:16 e Deu. 24:7. Ambos os trechos proibiam a prática do sequestro para vender as pessoas como escravas. A pena contra esse crime era a execução. No entanto, José foi tratado desse modo por seus próprios irmãos (Gên. 37:28). Uma segunda lei (Deu. 23:15,16) proibia a extradição dos escravos fugitivos, talvez devamos pensar em algum hebreu que tivesse escapado de seu proprietário, em um pais estrangeiro.
Uma prática comum, entre os israelitas, era a de se venderem como escravos. A lei do Êxodo (21:5,6) e a lei de Deuteronômio(l5:16,17) estipulavam condições. Ambas as passagens aludem ao homem que recusasse a liberdade, apôs ter servido como escravo por certo período de anos. O trecho de Levítico 25 descreve como se deveria tratar ao israelita que se vendesse voluntariamente como escravo. Havia os jubileu. que ocorria de cinquenta e cinquenta anos. O valor de um escravo era calculado segundo o número de anos que ainda lhe restavam, até o ano de jubileu.
3. Por Insolvência. Na Palestina, um dos mais constantes motivos de escravização era o das dívidas que as pessoas não conseguiam saldar. As leis dos livros de Êxodo (21:2-4) e de Deuteronômio (15:12) tratam desse caso. O princípio da servidão por motivo de insolvência fica claro nos termos de Exo. 22:2. A lei também provia que os ladrões deveriam ser vendidos como escravos, não por haver furtado alguma coisa, mas por serem incapazes de recompensar o proprietário - pela perda de sua propriedade.
Muitos seguidores de Davi, quando ele andava fugindo de Saul, eram homens endividados (I Sam 22:2). Os trechos de 11 Reis 4:1 e Neemias 5:1-5 aludem a crianças escravizadas para satisfazer certos credores. Isaias referiu-se a essa horrível prática quando escreveu estas palavras, vindas de Deus: Assim diz o Senhor: Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? ou quem é o meu credor, a quem eu vos tenha vendido? Eis que por causa das vossas iniquidades é que fostes vendidos, e por causa das vossas transgressões vossa mãe foi repudiada» (Isa, 50:1).
Uma das razões da insolvência eram as altas taxas de juros que se cobravam no mundo antigo. A legislação dos livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio protegia os israelitas de coisas assim, pelo menos em teoria, pois essa legislação proibia a exploração de israelitas por seus próprios compatriotas.
4. Como Presente. Escravos não-hebreus podiam ser adquiridos como um presente. Foi assim que Lia recebeu Zilpa como sua escrava (Gên. 29:24).
5. Como Herança. Escravos não-hebreus podiam ser passados de uma geração para a outra. O trecho de Lev. 25:46 provia a servidão perpétua dos habitantes de Canaã, por esse intermédio.
6. Por Nascimento. Os filhos de escravos, nascidos na casa de seu proprietário, tornavam-se propriedades do senhor, mesmo que o pai desses filhos mais tarde viesse a tornar-se um homem livre (Êxo, 21:4; Lev. 25:54). seu próprio pecúlio.
D. Posição Legal e Direitos dos Escravos.
1. Alforria. A lei veterotestamentária sobre a alforria de escravos aparece em três passagens diferentes: E.xo, 21:1-11; Lev. 2S:39-55; Deu. 15:12-18. A primeira delas dizia que um escravo um hebreu podia ser libertado após ter servido por seis anos. Se ele tivesse casado antes de ter sido escravizado, sua esposa sairia livre juntamente com ele; mas, se ele tivesse recebido esposa, por parte de seu senhor, quando já escravo, ele mesmo sairia forro mas sua esposa e seus filhos continuariam escravos. Uma escrava já era tratada de modo bem diferente pela lei. Diante da lei ela passava a ser concubina ou esposa do proprietário ou de um de seus filhos. Por isso mesmo, só sob condições extraordinárias uma escrava recebia alforria. Todavia, havia três motivos pelos quais uma escrava era libertada: a. Se seu proprietário ficasse desgostoso com ela; b. se ela fosse prometida a um dos filhos do proprietário, então tinha de ser tratada como filha; c. se o proprietário tomasse outra mulher como esposa, ainda assim tinha o dever de prover o necessário para sua concubina.
Havia leis da soltura em Êxodo 20-23; Deuteronômio 15 e Levítico 25:39-55, que o leitor deve examinar atentamente. No entanto, não podemos dizer que os judeus observavam seus próprios preceitos quanto a esse particular. Antes; Jeremias repreendeu os príncipes de Judá, que haviam desobedecido o decreto de Zedequias (Jer, 34:8-17).
2. Direitos Religiosos. Um escravo era considerado parte da família do proprietário. Portanto, compartilhava da vida religiosa dessa família. As leis (Exo 20:10; 23:12) garantiam-lhe o direito do descanso sabático. O livro de Deuteronômio (12:12; 16:11,14) concedia aos escravos a participação nas festas religiosas judaicas. Um estrangeiro não podia participar dessas festas, por ser incircunciso; mas um escravo, por fazer parte da família, (Êxo, 12:43-45). Até mesmo a esposa de um sacerdote, se se tivesse casado com um estrangeiro, não circuncidado, não podia participar das ofertas(Lev. 22:1()..12).
. 3. Direitos Civis. Os escravos eram muito protegidos de tratamentos desumanos. Assim, o assassinato de um escravo era punido com a execução capital (Exo. 21:12). Se um escravo espancado morresse, seu proprietário deveria ser castigado, embora não houvesse certeza sobre o tipo de castigo (Êxo. 21:20,21). Se um proprietário aleijasse a um seu escravo, este tinha de ser posto em liberdade (Exo. 21:26). Uma escrava era libertada se o espancamento resultasse ao menos na perda de um dente (Exo. 21:27). Também havia preceitos atinentes à. venda de pessoas à escravidão e à. devolução de escravos fugidos.
4. Matrimônio. Os escravos hebreus tinham permissão de casar-se. Mas, ao receber a liberdade, não podiam levar consigo sua esposa e seus filhos. Por muitas vezes, isso foi causa de servidão perpétua (Êxo, 21:5,6).
5. Pecúlio, Desde os tempos mais remotos, os escravos tinham o direito de juntar propriedades. O pecúlio podia ser de qualquer natureza, incluindo até mesmo escravos (11 Sam. 9:10). Esse direito era reconhecido desde o c6digo de Hamurabi, da antiga Babilônia. O Antigo Testamento (Lev. 25:47-55) provia que um homem que se tivesse vendido como escravo podia ser remido por seu parente mais chegado, e também que ....se lograr meios, se resgatará a si mesmos (vs. 49), provavelmente como Fala.. Os escravos hebreus eram especialmente beneficiados pela legislação de Deuteronômio 15:13-15. O escravo liberto em ano sabático recebia presentes dentre as riquezas aumentadas de seu senhor, como em lembrete do fato de que todos os hebreus haviam sido libertados da servidão no Egito.
6. Asilo e Extradição. É difícil interpretar a provisão legal sobre esse aspecto, em Deu. 23:15,16: «Não entregarás ao seu senhor o escravo que, tendo, fugido dele, se acolher a ti. Contigo ficará, no meio de ti, no lugar que escolher, em alguma de tuas cidades onde lhe agradar; mas o oprimirás, Isso pode significar que todo escravo fugido de Israel tinha que receber asilo. E talvez incluísse escravos fugidos de outros países para Israel, o que significa que não deveriam ser extraditados. Há paralelos quanto a esse tipo de provisão em outros antigos códigos do Oriente Próximo. Naturalmente; as modernas leis de extradição dizem respeito aos criminosos. Portanto, a situação é inteiramente diferente em um e em outro caso.
7. Marca de Identificação do Escravo. Visto que um escravo era considerado uma propriedade, havia várias maneiras; no Oriente, para indicar essa condição. No Egito, os escravos eram marcados com o nome do seu proprietário, além do que os seus cabelos eram cortados de uma maneira toda especial. Na Babilônia, além desses métodos, os escravos também eram obrigados a usar pulseiras de identificação, no pulso, no tornozelo ou mesmo em torno do pescoço.
Entre os israelitas, o escravo que quisesse permanecer como escravo, após seis anos, tinha uma das orelhas. furada com a ajuda de uma sovela (Êxo, 21:6; Deu. 15 17)
E. Escravos publicamente possuídos. A servidão pública existia desde os dias mais remotos, no Oriente Próximo. As primeiras menções a era circuncidado esse costume aparecem em Josué 16:10 e Juízes 1:28. Isso se tornou ainda mais generalizado e mais viável, economicamente falando, quando foi estabelecido o governo davídíco em Israel. Quanto a todo o povo que restou dos amorreus, heteus, ferezeus, heveus e jebuseus, e que não eram dos filhos de Israel, .. a esses fez Salomão trabalhadores forçados, até hoje» (I Reis 9:20,21). Em Esdras 2:55-58 e Neemias 7:57-60, esses foram combinados com os servos do templo, quando do recenseamento e o número dos mesmos aparece como um total de trezentos e noventa e dois.
Escravos do templo eram comuns nos dias do Antigo Testamento, por todo o Oriente Próximo. Todavia, na Biblia não há menção a eles antes dos tempos pós-exílios, Foram trazidos para a Palestina por Zorobabel e Esdras, provenientes da Babilônia (Esd. 2:43-54; Nee. 7:46-56). Esdras 7:20 fala sobre duzentos e vinte dos tais. Aparentemente viviam em aposentos contíguos ao templo e trabalhavam sob supervisores (Nee 3:31; 11:21). Antes mesmo disso, certos cativos midianitas foram forçados a servir aos israelitas. no tabernáculo (Núm. 31:28-30,40) e os gibeonitas foram forçados a tomar-se lenhadores e carregadores de água (Jos, 9:23) porém, é duvidoso que eles tenham servido como escravos no templo de Jerusalém.
F. A Importância da Escravidão
Os c6digos legais definem os limites do tratamento que um homem deve dar a seus semelhantes; mas todos eles dizem bem pouco o que significava ser um escravo no antigo Oriente. Quanto a isso temos de examinar o Antigo Testamento, nas narrativas onde os escravos foram figuras importantes. Já notamos que os escravos tomavam-se virtuais membros da família, - agrupados juntamente com as mulheres e crianças (Exo, 20:17). As crianças. tal como os escravos, podiam ser compradas e vendidas. Era difícil distinguir entre uma esposa legitima e uma mera concubina. Conforme Paulo sugeriu em Gál. 4:1, em Israel. uma criança "...em nada difere de escravo... », pois ambos podiam ser açoitados (Éxo. 21:20-27; Provo 13:24), mas eram os escravos que eram protegidos de receber injúrias permanentes e não as crianças.
Geralmente, em Israel, as famílias não tinham escravos em grandes números, conforme se viu nos Estados Unidos da América ou no Brasil. no tempo da escravidão negra. Antes, ali os escravos eram usualmente domésticos de famílias abastadas. Não sendo usados no trabalho braçal agrícola. Um grande afeto também se instaurava entre os proprietários e os seus escravos. De fato, os códigos bíblicos proviam para os escravos que preferissem tornar-se escravos permanentes de seus senhores. Tal relação deve ter existido entre Abraão e Eliezer, tanto assim que houve tempo em que este último chegou a ser considerado o herdeiro de Abraão (Gên, 15:1-4). E, algum tempo depois, Eliezer foi incumbido da difícil tarefa de conseguir esposa. de um lugar distante, para Isaque, filho de seu senhor. Por semelhante modo. um escravo de Saul (I Sam. 9:5; 16:22). que nossa versão portuguesa chama de «moço de SauI», tornou-se o confidente e o conselheiro de seu senhor. O mesmo se deu no caso de Geazi, que servia a Eliseu (11 Reis 4:12 e 8:4). Jará, um escravo egípcio, recebeu como esposa a própria filha de seu senhor (I Crô. 2:35). Por conseguinte, entre os proprietários e os seus escravos havia um clima de afeição mútua e não aquelas atitudes odiosas e racistas que caracterizaram a escravidão negra. que se prolongou até às décadas finais do século XIX. no Novo Mundo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora HAGNOS. Vol. 2. pag.457, 460.
2. A misericórdia divina.
MISERICÓRDIA (MISERICORDIOSO)
Esboço:
I. Palavras Envolvidas
II. Definições
I. Palavras Envolvidas
A palavra portuguesa misericórdia vem do latim merces, mercedis, «pagamento';, «recompensa», que veio a ser associada às recompensas divinas, ou já, aos atos de compaixão celeste. No Antigo Testamento temos três palavras que devem ser consideradas:
1. Hesed, que aponta para a ideia da sede física da compaixão, e que leva o individuo a sentir e exprimir compaixão. Ver Sal. 23:5; Jos, 2:12-14; Jer, 3:13, para exemplificar. Essa sede da compaixão eram as entranhas (modernamente atribuímos isso ao «coração ») ou o ventre (ver Gên. 43:30; I Reis 3:26). :E: dai que se originam o amor e a misericórdia naturais, que se podem achar nos membros de uma mesma família, uns pelos outros, e que o homem espiritual é capaz de ampliar, envolvendo seus parentes distantes e outras pessoas. Deus estende a sua misericórdia a todas as criaturas vivas, sendo esse o alvo mesmo da espiritualidade, no tocante a esse aspecto. Uma mãe sente compaixão por seu bebê (ver Isa. 49: 15); um pai por seu filho (ver Jer. 31:20); um amante por seu objeto amado (ver Osê, 2:19); um irmão por seu irmão (ver Amós 1:11).
2. Rhm, uma raiz hebraica que descreve as atitudes de Deus em relação à miséria e desgraça de seu povo, ou seja, a compaixão que isso provoca nele. O vinculo que une Deus às suas criaturas, leva-o a expressar MlSAEL compaixão para com todos os seres vivos. Até mesmo aqueles que nada merecem da parte dele recebem misericórdia (ver Isa. 13:18; Jer. 6:23; 21:7; 42:12; I'Reis 8:50). - Um aumentativo plural dessa raiz, rachamim, fala sobre a piedade, a compaixão, o amor e as emoções associadas (ver Sal. 103:4).hesed e rachamim são sinônimos virtuais.
3. A raiz hebraica chnn é usada para indicar a exibição a favor e misericórdia, de alguém mostrar-se gracioso para com outrem. Ver Deu. 7:2; Sal. 57: 1; 123:2,3. A forma substantivada dessa raiz é chen, «favor», «sucesso», «aceitação», «fortuna». Essa compaixão, de poupar à pessoa favorecida, de não aplicar nenhum castigo a ela. O trecho de Deu. 7:2 diz Israel não deveria poupar seus adversários; não obstante, Deus poupa a todos nós, pois os resultados da aplicação de sua justiça seriam desastrosos para com todos nós. Ver Lam, 3:22.
No Novo Testamento também precisamos consideram três vocábulos, a saber:
1. Êleos, «misericórdia», «compaixão». Essa palavra Daniel a encontrar a solução para o sonho esquecido grega ocorre por vinte e sete vezes: Mat. 9: 13 (citando Osê. 6:6); 12:7; 28:23; Luc. 1:50,54,58,72,78; 10:37; 2:17. Rom, 9:23; 11:31; 15:9; GAl. 6:16; Efé. 2:4; I Tim, 1:2; 11 Tim. 1:2,16,18; Tito 3:5; Heb. 4:16; Tia. 2:13; 3.17; I Ped. 1:3; 11 Joio 3; Jud. 2,21. A forma eleemosúne aparece por treze vezes: Mat. 6:2-4: Luc, 11:41; 12:33; Atos 3:2,3,10; 9:36; 10:2,4,31; 24:17. O verbo, eleéo, figura por vinte e nove vezes: Mat. 5:7; 9:27; 15:22; 17:15; 18:33; 20:30,31; Mar. 5:19; 10:47,48; Luc. 16:24; 17:13; 18:38,39; Rom. 9:15 (citando Êxo, 33:19); 9:16,18; 11:30-32; 12:8; I Cor.7:25: 11 Cor. 4:1; Fil. 2:27; I Tim. 1:13,16; I Ped. 2:10; Jud. 22,23. O adjetivo leémon ocorre por duas vezes: Mat. 5:7 e Heb. 2:17. A ideia de misericórdia está sempre relacionada à ideia de «graça» (no grego, cháris).
2. Oiktirmôs, «simpatia, «compaixão. Essa palavra grega, que se refere às simpatias e interesses coletivos de Deus pelos homens, aparece por cinco vezes: Rom. 12:1; 11 Cor. 1:3; Fil. 2:1; Col. 3:12; Heb. 10:28. Sua forma djetivada, oiktlrmon, foi usada por duas vezes: Luc, 6:36 e Tia. 5:11. O verbo, oikteiro, aparece só por duas vezes: Rom. 9:15 (estando Êxo. 33:19). 3. SplágchnQ, «entranhas», está metaforicamente envolvida à ideia de misericórdia. Essa palavra grega aparece por onze vezes: Luc. 1:78; Atos 1:18: II Cor. 6:12; 7:15; Fil. 1:8; 2:1; Col. 3:12; File. 7,12,20; I João 3:-17. O verbo, splQgchnlzomCli, aparece por doze vezes: Mat. 9:36; 14:14; 15:32; 18:27; 20:34; Mar. 1:41; 6:34; 8:2; 9:22; Luc, 7:13; 10:33; 15:20.
II. Definições
A misericórdia é o ato de tratar um ofensor com menor rigor do que ele merece. Trata-se do ato de não aplicar um castigo merecido, mas também envolve a ideia de dar a alguém algo que não merece. Pode referir-se a atos de caridade ou de cura. Também aponta para o ato de aliviar o sofrimento, inteiramente à parte da questão de mérito pessoal. Quando chega à ideia de favor desmerecido, então, já se toma um sinônimo da palavra «graça». Alguém já declarou que a misericórdia retém o julgamento que um homem merece; que a graça outorga alguma bênção .que esse homem não merece. De fato, algumas vezes pode ser feita essa distinção, mas, na maior parte dos casos, os dois conceitos justapõem-se. Por conseguinte, a misericórdia pode indicar benevolência, benignidade, bênção, clemência, compaixão e favor.
A misericórdia é uma «atitude de compaixão e de beneficência ativa e graciosa expressa mediante o perdão calorosamente conferido a um malfeitor Apesar de ser uma atitude apropriada somente a um superior ético, nio denota condescendência, e, sim, amor, desejando restaurar o ofensor e mitigar, se não
mesmo omitir, o castigo que esse ofensor merece. Na Bíblia, a misericórdia de Deus é oferecida gratuitamente, uma expressão não-constrangida de amor, sem qualquer mácula de preconceito, aberta a todos os homens, dignos e indignos igualmente. A teologia cristã não considera a misericórdia divina como incompatível com os seus justos julgamentos, mas considera ambas as coisas como expressões vivas de seu amor, conforme o mesmo é revelado em Cristo,
cuja morte expiatória reconcilia as exigências da justiça divina com as misericórdias divinas»(E). É « evidente que a misericórdia combina um fone elemento emocional, usualmente identificado com a compaixão, a piedade ou o amor, com alguma demonstração prática de gentileza ou bondade, em resposta à condição ou As necessidades do objeto da misericórdia. (Z)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora HAGNOS. Vol. 4. pag.298, 299.
II - A DINÂMICA DO MILAGRE
1. Um pouco de azeite.
AZEITE (ÓLEOS)
Consideremos os seguintes pontos:
1. Termos. No hebraico temos shemen, «graxa.. ou «unguento"; yishar, «brilhante.. e «azeite claro». Está em foco o azeite de oliveira. (Ver Núm. 18:12 e Deu. 7:13). No aramaico temos meshak; «unguento» (ver Esd. 6:9 e 7:22). No grego temos elaion, «azeite de oliveira.
2. Produtores de azeite. Várias animais, peixes e plantas; mais especificamente ainda, as azeitonas. Há doze tipos diferentes de óleos vegetais, entre os quais citamos a oliveira, o rícino, o babaçu, a amêndoa, etc.
3. História do uso do azeite. A origem do uso de azeite perde-se nas brumas da antiguidade. Há óleos mencionados nos registros históricos de todos os povos. Os egípcios tinham muitos tipos de óleos, de muitos produtos diferentes. Na Grécia o azeite de oliveira remonta até onde os registros recuam. Também eram usadas gorduras animais, embora o azeite de oliveira fosse o principal óleo dos antigos. Sabemos sobre o culto da oliveira em Creta, desde 2500 A.C. O cultivo da oliveira e o uso de seu azeite, com vistas a muitos propósitos, inclusive para cozinhar, era comum nas terras que margeavam o Mediterrâneo oriental, tendo chegado a Roma desde 580 A.C. Moisés chamou a Palestina de «terra de oliveiras" (ver Deu. 8:8), o que significa que quando o povo de Israel ali chegou, já encontrou essa espécie vegetal.
4. Manufatura. As azeitonas eram espremidas à mão, pisadas, ou esmagadas em moinhos (ver Êxo, 27:20; 29:40; Lev. 24:2; Núm. 28:2). Ver o artigo sobre Moinhos, quanto a detalhes. Uma boa oliveira pode produzir nada menos de 60 litros de azeite, anualmente. As azeitonas precisavam ser esmagadas com cuidado, para que o caroço não fosse partido, o que liberaria um líquido indesejável. Para que o fruto produzisse bom óleo, a polpa devia ser ensopada em água quente, e então ser espremida uma segunda vez. Sê-o processo fosse repetido, haveria mais algum azeite, embora de qualidade inferior. Então deixava se o liquido em repouso, em uma jarra ou gamela, para que as impurezas se juntassem no fundo, por decantação. Havia prensas comerciais de grandes dimensões, como aquelas que foram encontradas em Debir e Bete-Semes, em Judá, datadas dos séculos X e VI A.C.
5. Usos do azeite. a. Como alimento (ver I Reis17:12; 11 Reis 4:2). O azeite era misturado com a farinha de trigo, para o fabrico de pão (ver I Reis 17:12), ou para o fabrico de bolos (ver Lev. 2:1,4-7).
Os gregos faziam a maza, uma espécie de mingau, do qual participava o azeite de oliveira. As azeitonas, sem qualquer preparação prévia, serviam de alimento para os antigos. Para os israelitas, a azeitona e seu azeite revestiam-se de primária importância (ver Sir. 39:31; ler. 31:12; 41:8; Luc. 16:6 ss.). Sua abundância era considerada um sinal de prosperidade (ver IoeI2:19). b. Como cosmético, para ungir a pele do corpo, os cabelos, etc., ou simplesmente para efeito de beleza. (Ver Deu. 28;40; 11 Sam, 12:20; 14:2 e Rute 3:3). c. Para ungir os mortos. d. Como medicamento. O azeite era esfregado no corpo quando a pessoa estava febril, ou era usado em, banhos e na unção de ferimentos (ver Isa, 1:6 e Luc. 10:34). Josefo fala no uso de azeite quente, em banhos, para a cura de certas enfermidades (ver Guerras xxxiiL5). O azeite de oliveira era usado como um rito, na unção dos enfermos, no aguardo da prometida intervenção divina (ver Tia. 5:14). e. Como sinal de hospitalidade. Pés e mãos eram lavados e ungidos com azeite, como sinal de cortesia prestada aos visitantes (ver Sal. 23:5). A negligência quanto a esses cuidados era considerada uma descortesia (ver Luc, 7:46). Esse azeite usualmente era propositalmente perfumado. f. Para efeito de iluminação. O azeite era o combustível usado nas antigas lâmpadas, que usavam pavios de pano torcido, de algodão ou de palha (ver Mat. 25:1-8 e Luc. 12:35).
6. Usos religiosos. O azeite de oliveira é usado com propósitos religiosos desde a remota antiguidade. No papiro Petersburg, à deusa-cobra são prometidos nove azeites santos, para ungir a sua estátua. Na Bíblia, o azeite da unção era uma cerimônia que envolvia reis (ver I Sam. 10:1), sacerdotes (ver Lev. 8:30), profetas (ver Isa. 61:1) e até o escudo dos guerreiros (ver 11 Sam. 1:21 e 15a. 21:5). O tabernáculo e seus móveis foram ungidos (ver Êxo. 30:22,23). O azeite era usado como combustível que permitia que o candeeiro permanecesse perpetuamente aceso no santuário (ver Êxo, 27:20). Era oferecido juntamente com o cereal (ver Lev. 2:4-6), e fazia parte do dizimo (ver Deu. 12:17). Também era oferecido aos ídolos (ver Isa. 57:9). O uso do azeite, nos sacrifícios, indicava a alegria e o júbilo, ao passo que a ausência de azeite indicava necessidade e humilhação (ver Isa. 61:3 e Joel 2:19).
7. Valor comercial do azeite. O azeite figurava entre os principais artigos do comércio, juntamente com os cereais e o vinho (ver Núm. 18:12; Deu. 7:13). Era largamente negociado (ver Eze. 27:17; Luc, 16:6). As riquezas de uma pessoa eram parcialmente calculadas em termos de azeite. Óleo batido (que era o melhor azeite) formava parte do pagamento anual de Salomão a Rirão, de Tiro (ver I Reis 5:11). O azeite era um produto de valor suficiente para que Eliseu aconselhasse à viúva a pagar sua divida mediante a venda de azeite (ver 11 Reis 4:7). Era guardado nos tesouros reais juntamente com ouro, prata e especiarias (ver 11Reis 20: 13), e também era usado no pagamento do tributo (ver Osê. 12:1). Ismael poupou as vidas de dez peregrinos vindos de Siquém, quando eles lhe ofereceram azeite, juntamente com trigo e cevada. Ostraca dos dias de Jeroboão 11, encontradas em Samaria, dão testemunho do comércio do azeite. Em Apocalipse 18:12,13, o azeite é alistado entre os produtos preciosos, juntamente com o marfim, os cavalos, as especiarias, o vinho e os escravos. Havia negociantes especializados no comércio do azeite (ver Mat. 25:8).
8. Usos figurados. a. como símbolo de abundância (ver Pro. 21:17); b. de alegria (ver Sal. 45:7); c. a ausência de azeite era evidência do desprazer divino (ver loel1:10); d, a sua abundância representava as bênçãos divinas (ver Joel 2:24). e. As palavras enganosas são comparadas ao azeite (ver Sal. 55:21). f. O Espirito Santo e Sua unção são representados pelo azeite (ver Lev. 8:13; I Sam, 10:1; Isa. 61:1 e Mat. 25:1,8,9). g. As palavras da mulher sedutora são comparadas ao azeite (ver Pro. 5:3). h. As consolações do evangelho assemelham-se ao azeite (ver Isa. 61:3 e Heb. 1:9). L O azeite simbolizava a unção aprovadora de reis, profetas, e do próprio Messias (ver Heb. 1:9).
9. Modernos usos religiosos. O bispo católico romano consagra três óleos santos na Terça-feira Santa: 1. o óleo dos catecúmenos, derivado da prática do uso do óleo da unção, por ocasião do batismo, o qual é usado nos atos de batismo, consagração de igrejas, altares, ordenação de sacerdotes e coroação de monarcas católicos romanos. 2. Na crisma é usado o azeite de oliveira misturado com bálsamo, para unção no batismo, na confirmação, nas Santas Ordens, nas igrejas, nos altares, nos cálices, nos sinos e nas águas do batismo. 3. O óleo da extrema-unção, usado nos moribundos. (E ID UN Z)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol.1, Editora HAGNOS. pag.412, 413.
Donald J. Wiseman (2008, pp.177,178) destaca que “a botija (' sûk) de azeite” (AV; NVI um pouco) é, aqui, um exemplo singular, provavelmente referindo-se a um pequeno frasco de óleo. O socorro sempre começa a fluir com o pouco que temos em mãos. Eliseu evoca ação e fé com perguntas e palavras (“não poucas”) de encorajamento. A quantidade de azeite foi limitada apenas por conta da falta de fé da mulher ao não conseguir mais vasilhas vazias (AV “vasilhas”, kelim) — uma palavra genérica para utensílios, independente do tipo ou tamanho.
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag.119, 120.
2. Uma fé obediente.
4.6 A mulher e seus filhos recolheram vasos de seus vizinhos e despejaram óleo vegetal neles a partir de um único frasco. O azeite era usado para cozinhar, para as lâmpadas e como combustível. O óleo só parou de fluir quando não havia mais vasilhas. O numero de jarras que juntaram foi uma indicação de sua fé. A provisão de Deus foi tão grande quanto sua fé e disposição para obedecer. Cuidemo-nos para que não venhamos a limitar as bênçãos de Deus por falta de fé e obediência. O Senhor e poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos (Ef 3.20).
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo. Editora CPAD pag.514.
3. Vai, pede emprestadas vasilhas. Para a abundante provisão que estava para ser efetuada.
4. Fecha a porta . . . deita o teu azeite. Para excluir a interrupção durante o processo, o qual devia ser feito na presença de Deus.
6. E o azeite parou. A provisão divina atende exatamente a nossa capacidade e necessidade.
7. Fez saber ao homem de Deus. Pediu instruções adicionais. Vende e paga a tua dívida. A dívida agora podia ser paga sem a perda dos filhos. O resto. Para o sustento deles até que os rapazes encontrassem trabalho.
NOVO. Comentário da Bíblia. 2 Reis. pag.15, 16.
PROSSEGUIR VAZIO (2Rs 4.1-7)
Você sabia que a vacuidade pode ser um dom maravilhoso? Essa é a lição que uma mulher desprovida aprendeu do profeta Eliseu.
Certo dia, Eliseu encontrou uma mulher que nada possuía: nem marido, nem salário, nem comida, nem perspectiva. O profeta lhe diz para juntar o que possui, e ela volta com uma botija de azeite e algumas vasilhas vazias emprestadas de vizinhos. Eliseu começou a derramar azeite nas vasilhas vazias e continuou derramando até que as vasilhas ficassem cheias. Somente então o azeite da primeira vasilha acabou. Surpreendentemente, a mulher ganhou tanto azeite, que encheu todas as vasilhas que possuía.
Há algo sobre o "nada" que move a mão de Deus. Ele gosta de nos levar a lugares vazios, onde em nada podemos confiar, exceto na sua providência. Se não estamos experimentando a presença e a providência de Deus, será que estamos suficientemente vazios? Não estaríamos demais distraídos e dependentes de nós mesmos? Essa história nos ensina que:
1. Vacuidade é um dom do Senhor;
2. Vacuidade nos diz que temos uma necessidade;
3. É possível que não estejamos o suficientemente vazios;
4. Temos de admitir a nossa vacuidade;
5. Somente Deus pode nos encher verdadeiramente.
MAXWELl. John C. Bíblia Da Liderança Cristã. Editora Sociedade Bíblica do Brasil. 2 Reis 4. 1-7.
III - OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE
1. O instrumento humano.
2 Reis 1.9 Homem de Deus. Titulo técnico para o homem que falava em nome de Deus. Ver as notas em Dt 33.1; 1 Rs 12.22; 1Tmb.11.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 45.
2 Reis 4.9 homens de Deus. Veja nota em 1.9. A mulher reconheceu Eliseu como um profeta separado exclusivamente para Deus.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 480.
2 Reis 4 21 Homem de Deus Eliseu era conhecido pelo povo de todas as camadas como o homem de Deus. O mais alto tributo que se pode prestar a um pastor é ser ele conhecido como um Homem de Deus. Seguem se cinco características desse Homem de Deus.
1 Mantinha comunhão intima e constante com Deus. Conhecia a Deus e era conhecido por Ele.
2 Era um homem santo, totalmente separado da lassidão religiosa e moral dos seus dias e dedicado ao senhor Deus de Israel.
3 Sentia, como Deus, os pecados do povo do conserto e se opunha à maré de idolatria e de apostasia em Israel.
4 O Espírito do Senhor estava sobre ele e o capacitava a falar com autoridade espiritual, como representante de Deus e a proclamar com fidelidade a palavra do Senhor.
5 Como profeta de grande estatura espiritual e de muitos dons, seu ministério foi confirmado por Deus com milagres e poderosos sinais.
PENTECOSTAL. Bíblia de Estudo. Editora CPAD. pag. 578.
2. O instrumento divino.
2 Reis 7
7:1. Ouvi a palavra do Senhor. Diante do arrependimento do rei (6:33), Eliseu deu pronta resposta de que no dia seguinte haveria libertação, com abundância de alimento a preços baixos.
2. Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu. O capitão (lit., terceiro oficial. Veja Thiele, Mysterious Numbers, pág. 114. Cons. v. 11) expressou sua incredulidade e zombou de tal possibilidade.
16. Um alqueire . . . por um siclo. A previsão de Eliseu quanto à fartura tinha se cumprido.
MOODY. Comentário Bíblico. 2 Reis pag.24, 25.
IV - O OBJETIVO DO MILAGRE
1. Uma resposta ao sofrimento.
ELISEU
1. O rio Jordao e dividido 2 Reis 2.13,14 Água
2. Fonte purificada em Jerico 2 Reis 2.19-22 Água
3. 0 azeite da viúva e multiplicado 2 Reis 4.1-7 Azeite
4. Um menino morto e ressuscitado 2 Reis 4.18-37 A vida de uma criança
5. Um guisado envenenado e purificado 2 Reis 4.38-41 Farinha
6. A comida dos profetas e multiplicada 2 Reis 4.42-44 Pão e grãos
7. Naama e curado de lepra 2 Reis 5.1-14 Água
8. Geazi torna-se leproso 2 Reis 5.15-27 Somente palavras
9. 0 ferro de um machado flutua 2 Reis 6.1-7 Água
10. O exercito sírio torna-se cego 2 Reis 6.8-23 Oração de Eliseu
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo. Editora CPAD pag.513.
2. Glorificar a Deus.
Larry Richards vê o propósito desse milagre da seguinte forma: “Novamente, esse foi um evento extraordinário claramente causado por Deus. Mas qual foi o propósito religioso desse milagre? Por um lado, ele testificou o amor compassivo de Deus e a preocupação do seu profeta. Porém, mais que isso, revelou nitidamente que a fé ainda é um recurso para os desamparados. O Deus que podia derrotar exércitos, também pode suprir as necessidades dos fracos que confiam nEle.”11
O milagre da multiplicação do azeite é um testemunho do poder da graça de Deus que se compadece dos sofredores que a ele buscam. O foco, portanto, dessa bela história não é a viúva nem tampouco o profeta Eliseu, mas o Senhor que através da instrumentalidade do seu servo abençoa a essa pobre mulher. A história nos faz lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele, sim foi o verdadeiro pão que desceu do céu: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente” (Jo 6.51). Ele foi, é e sempre será a resposta para todo sofrimento humano.
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, Editora CPAD 2012 pag. 121, 122.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
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