FAMÍLIA CRISTÃ CRIAÇÃO DE DEUS.
Data: 7 de Abriu de 2013 Hinos sugerido 4, 33, 77.
TEXTO
ÁUREO
18 Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem
esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que esteja como diante dele.
VERDADE PRATICA
A família é uma instituição Divina. Ela é a
base da vida social.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Gn 2. 18 Não é bom que o homem viva só
Terça - Sl 68. 6 Deus faz que o solitário viva em
família
Quarta - Sl 119. 105 A
palavra de Deus guia a família
Quinta - Sl 128. 1 O
temor de Deus traz bênçãos para a família
Sexta - Gn 12. 3 A
benção de Deus sobre as famílias
Sábado - Sl 127. 1-5 O
Senhor edificando a família
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
18 E disse o SENHOR
Deus: Não e bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante
dele.
19 Havendo, pois, o SENHOR
Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão,
para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma
vivente, isso foi o seu nome.
20 E Adão pôs os nomes
a todo o gado, e as aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não
se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 Então, o SENHOR Deus
fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas
e cerrou a carne cm seu lugar.
22 E da costela que o
SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta
e agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa,
porquanto do varão foi tomada.
24 Portanto, deixara por
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos
uma ''carne.
INTERAÇÃO
Prezado professor
inicie a primeira aula deste trimestre apresentando o tema geral das lições
Bíblicas e explique que as treze lições analisam a mais importante instituição
criada por Deus na face da terra; a célula mater da sociedade – a família. Fale
também a respeito do comentarista Pastor Elinaldo Renovato de Lima, Líder da
Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, professor universitário, bacharel em
Ciências Econômicas e autor de diversas obras editadas pela CPAD. O
enriquecimento espiritual que lhe advirá do estudo da lição será sentido em seu
próprio lar e nas famílias de seus alunos. Que Deus abençoe nossas famílias.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Compreender a família no plano divino.
Conscientizar-se das consequências da queda para as famílias.
Analisar a constituição familiar ao longo dos anos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor , para
introduzir a lição sugerimos que reproduza conforme as suas possibilidades a
tabela da pagina ao lado.
Inicie a aula com a
seguinte indagação: Quais são os principais desafios da família atual? Ouça os
alunos com atenção. A medida que forem falando, preencha a primeira coluna do
quadro. Em seguida afirme que muitos são os desafios da família e, por isso,
precisamos da sabedoria divina para vencê-las. Logo após faça a segunda
pergunta: Como podemos vencer estes desafios? Ouça as respostas e preencha a
segunda coluna do quadro. Esta atividade incentivará a participação ativa dos
alunos e a sua aprendizagem.
PALAVRA
CHAVE
Família:
Grupo de pessoas ligadas por casamento, filiação ou adoção.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A família é a mais
importante instituição criada por Deus para a sociedade. Neste trimestre teremos
a oportunidade impar de tratar de alguns temas que são extremamente relevantes
para que tenhamos uma vida familiar bem sucedida. Nesta primeira lição
estudaremos a instituição da família no plano divino, bem como a sua
constituição ao longo dos anos. Veremos também as consequências da queda na
vida familiar.
1. A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO
1. O proposito de Deus. Deus criou a família
com desígnios sublimes. O criado não fez o ser humano para viver na solidão.
Quando acabou de formar o homem, o senhor disse: Não é bom que o homem esteja
só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele (Gn 2. 18). Este texto
Bíblico nos mostra o primeiro objetivo de Deus ao criar a família. Fica
evidente que a célula mater da sociedade humana de ter companhia. O proposito
divino era estabelecer uma instituição que pudesse propiciarão ser humano
abrigo e relacionamento.
Atualmente temos
visto e vivido um tempo de escassez na área dos relacionamento. Estamos ficando
cada vez mais superficiais, frios e distantes uns dos outros. Por se
multiplicar a iniquidade o amor de muitos está esfriando (Mt 24. 12). Por isso
precisamos investir em nosso relacionamento familiar.
Podemos dizer que
segundo proposito divino para a criação da família foi fazer dela um núcleo
pelo qual as bênçãos do Senhor seriam espalhadas sobre toda a terra (Gn 1. 28).
2. Um lugar de proteção e sustento. Um Deus perfeito
preparou um lugar excelente para receber a primeira família. O jardim do Éden
era um local especial de acolhimento, proteção e provisão.
Adão e Eva tinham
tudo de que precisavam para usufruir de uma vida saudável e feliz {Gn 1. 29). Eles
desfrutavam da companhia de Deus e nada lhes faltava. O proposito do Senhor era
que ≪ da família tivesse os recursos suficientes para sua subsistência, pois a
escassez e as privações trazem conflitos para as
famílias. Porem, com
a ajuda do Pai Celeste estes conflitos podem Ser sanados, pois o Senhor e o
nosso bom Pastor (Sl 23) Deus deseja que cada família tenha a sua provisão diária
(Mt 6 .1 I). E da mesma forma que Adão tinha a responsabilidade de cuidar do jardim
(Gn 2.3), Deus * deu a você a responsabilidade de zelar por sua família,
3. A primeira Família. Deus formou Adão do pó da terra (Gn 2.7),
Vendo que o homem não poderia viver sozinho, retirou Lima costela de Adão e
criou Eva, sua companheira (Gn 2.22) Isto mostra que diante do
Todo-poderoso homem e mulher são iguais na sua essência. Ambos vieram do pó da terra
e um dia au pó tornarão. Após criar a mulher o Senhor ordenou o casamento,
estabelecendo então a mais importante instituição de urna sociedade: a família
(Gn 2.24).
SINOPSE DO TÓPICO ( I )
Deus criou a família
com desígnios sublimes. O Criador não fez o ser humano para viver na solidão.
II - A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA
1. O ataque do Inimigo. Satanás levou a
mulher a desobedecer a voz de Deus. Talvez, de modo suave e envolvente, ele
tenha falado: HE assim que disse Deus: Mão comereis de toda a arvore do
jardim?”(Gn 3.1)”. Eva confirmou a ordem do Senhor (Gn 3.2,3), mas cedeu a tentações
do Maligno.
Este a iludiu,
seduziu e a fez cair no pecado da desobediência (Gn 3.4,5), e Adão seguiu pelo
mesmo caminho O casal poderia ter recusado a sugestão do Diabo, mas não u
fizeram, e depois de pecarem, caíram na condenação divina.
Isso nos mostra que a
família, desde a sua instituição, foi alvo dos ataques do inimigo Satanás fez
de tudo para que o proposito de Deus para as famílias fosse destruído.
Porem, Deus e soberano e Senhor, e seus
propósitos jamais serão frustrados IIO 42.2). Da semente da mulher
nasceria o Messias, aquele que esmagaria Satanás (Gn 3.15).
O proposito do
Inimigo e matar, roubar e destruir, mas Jesus veio ao mundo para destruir os
intentos do Maligno (Jo 10-10),
2. Os resultados da Queda no relacionamento familiar. Qual e a origem dos
males que atacam a família? O pecado. A vida familiar de Adão e Eva era
perfeita, porem o pecado trouxe a disfunção para o seio da família. Depois da Queda
podemos ver sentimentos como o: medo, a culpa e a vergonha, perturbando a
convivência do casal (Gn 3.8-12). O pecado sempre faz o relacionamento familiar
adoecer.
Ha muitos lares
doentes, onde a Família deixou ha muito tempo de ser um local de acolhimento,
proteção e cuidado devido aos pecados não Confessados e não abandonados.
Essas transgressões
causam culpa e separam as familias da comunhão com Deus.
3. A vida Familiar depois da Queda. O pecado de um único
homem trouxe consequências terríveis para toda a humanidade. Depois da Queda a
vida familiar já não seria mais a mesma. A mulher teria filhos com muita dor
(Gn 3-16) e o seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida a vontade de
seu marido. Adão deveria comer agora seu pão diário com dores, pois u trabalho
de
arar a terra para ter
sua subsistência garantida seria bem difícil (Gn 3. l 7).
A Terra também foi
afetada pelo pecado, produzindo espinhos e tardos (Gn 3-13). A morte física
também e uma consequência da transgressão do homem (Gn 3. 1 9). Deus ama
o pecador, mas nau tolera o pecado.
Como punição pela
desobediência, Adão e Eva, foram expulso; do Jardim do Éden (Gn 30-24). A vida
no Jardim. antes da Queda pode ser comparada a vida eterna que um dia
desfrutaremos no céu. Tudo era bom, pois foi tudo pensado, planejado e criado
por um Deus que preza pela excelência. Se tivessem permanecido na obediência,
Adão e Eva teriam sido felizes para todo o sempre. Todavia, Jesus Cristo veio ao
mundo para resgatar as famílias da maldição do pecado- Cristo se fez pecado por
nos. e na cruz levou as nossas iniquidades sobre si (ls 53.4), Isso nos mostra
o quanto Deus deseja abençoar nossas familiar.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A família, desde a
sua instituição, foi alvo dos ataques do Inimigo, Satanás fez de tudo para que
o proposito de Deus para as famílias fosse destruído.
III - A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO
LONGO DOS SECULOS
1. Família patriarcal. O modelo familiar com o passar dos
tempos esta sujeito a mudanças. Já tivemos a família patriarcal, monogâmica,
consanguínea, etc., todavia isso não altera o valor, a importância da família. A família patriarcal e um
exemplo familiar onde é permitido a ao
homem ter diversas esposas.
Este modelo e visto
em todo Antigo Testamento, mas não era o molde determinado pelo Senhor. Deus o
tolerou, porem esta. nunca foi a sua vontade. No modelo de família patriarcal d
pai (pater) era visto como o senhor da casa e da família. As esposas e os
filhos não tinham liberdade de escolha, pois a palavra final era sempre do
patriarca,
2. A família nuclear (monogâmica). Este foi o modelo idealizado
pelo Senhor: Um homem e uma mulher, unidos pelo matrimonio. A poligamia vai
contra o principio divino do marido e da esposa ser uma só carne (Gn 2.24; Mt I
9.5).
3. A família na atualidade. A família esta
inserida dentro de um contexto social, e portanto, sujeira a mudanças. Porem,
os princípios divinos para as família são e ternos e imutáveis (Mt 24,35).
Os inimigos e
desafios enfrenta dos pelas famílias na atualidade são muitos, todavia queremos
destacar apenas os espirituais Vejamos os principais inimigos da família na
atualidade:
a) A carne. Aqui,
referimo-nos a “carne" como a natureza carnal que se opõe ao Espirito
Santo e volta-se para tudo o que e contrario a vontade de Deus. Sabemos que ha
uma luta constante entre essas duas naturezas: a carnal e a espiritual.
O apostolo Paulo
experimentou tal luta {Rm 7 .1 b. -24). Ela e tão intenda, que pode nos fazer
pensar que não ha como sair vencedor Rm 7.24). Mas Deus. em Cristo Jesus, nos
da a solução. Ele nas livra “do pecado e da morte” (Rm 8.1,2). O apostolo Paulo
nos adverte: Andai em espirito e não cumprireis a concupiscência da carne"
(Gl 5 .1 6), A família crista precisa, na direção do Espirito, combater a
natureza carnal Assim, evitara o adultério, os vícios e todas as mareias que visam
destrui-la.
b) O mundo. Diz-nos
o apostolo do amor: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo ha. Se alguém ama o
mundo, o amor do Pai não esta nele" (1 Jo 2. 15). Quanto a este porto não ha meio-termo: ou amamos a Deus
ou amamos o mundo. Não ha a mínima possibilidade de servimos a dois senhores (ML
6.24). Saiba, pois, que existe vitória para quem escolher amar a Deus. E Ele dará
vitória a nossa família a partir da fé que depositarmos nEle ( l Jo 5.4),
c.) O Diabo. A
Palavra de Deus nos ensina uma úrica forma de vencermos o Maligno:
"Sujeitai-vos, pois, a Deus resisti ao diabo, e ele fugira de vós"
(Tg 4.7), Se a família sujeitar-se a Deus e resistir o Diabo, este Fugira, pois
o segredo da nossa vitória contra Satanás começa com a nossa submissão a Deus,
para que depois, sim, possamos resistir ao Diabo. E quando resistirmos ao adversário.
não nos esqueçamos de usar a “armadura de Deus" (Ef 6.10-17), em especial,
"o escudo da fé, com o qual podemos "apagar todos os dardos
inflamados do maligno" {Ef &.I6), A família crista precisa
verdadeiramente crer naquele que a criou e usar a sua Palavra para direcionar
suas tomadas de decisões e sua vida espiritual.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Os três maiores
desafios espirituais da família são: o mundo, a carne e o Diabo.
CONCLUSÃO
Nunca a família foi tão
desafiada pelas forcas do mal como hoje. Porem, e na presença do Senhor que a família
garantira a vitória sobre os desafios da sociedade atual, Busquemos ao Senhor
juntamente com toda a nossa casa.
EXERCICIOS
1. Qual o proposito de Deus ao criar a família?
R: O proposito divino
era estabelecer uma 'instituição que pudesse propiciar ao ser humano abrigo e
relacionamento.
2. O que o Jardim do Éden era para a primeira família ?
R: Um lugar especial
de acolhimento, proteção e provisão.
3. Qual e a origem dos males que atacam as famílias ?
R: O pecado.
4. Cite as consequências do pecada para a mulher e para a terra.
R: A
mulher teria filhos com muita dor (Gn 3,16) e o seu desejo, ou seja, sua
vontade estaria submetida a vontade de Seu marido. A terra também foi afetada
pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (G n 3,18)
5. De acordo com a lição quais são os
principais inimigos espirituais da família na atualidade?
R: A carne, o mundo e
o Diabo.
BIBLIOGRÁFIA
SUGERIDA
ADFI, Stephen. Seja o Líder que sua
Família Precisa. I .ed. Rio de janeiro: CPAD, 2009.
SOUZA. Estevam Ângelo. ... e fez Deus
a família: O padrão divino para um lar feliz. I ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 1999.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
I
Subsidio Bibliológico
Criado para relacionamentos
[...] A Bíblia começa nos dizendo que Deus em afinidade — Pai, Filho e Espirito
Santo — criou o homem e a mulher para uma vida de relacionamentos mútuos e com Ele
(Gn 1.1 6 ,1 7), Ambos refletem a gloria de Deus. O homem foi criado primeiro
(Gn 2.7), seguido pela mulher, que foi tirada do homem (Gn 2.21-23). A mulher
foi criada, porque Deus declarou: Não e bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
adjutora que esteja como diante dele [ou seja, uma auxiliadora para
satisfazer-lhe as necessidades’ (Gn 2 . 1 8).
Mas que necessidade
tinha Adão e com a qual não podia lidar no utópico Éden com seu ecossistema perfeitamente
equilibrado e a atmosfera livre de substancias toxicas?
Solidão! Solidão foi
a primeira emoção que Adão teve com a qual não podia lidar [...]. Ainda que no
frescor do dia Deus viesse conversar com Adão, este precisava de alguém como
ele mesmo — outro ser humano — . com quem pudesse se comunicar durante o dia. A
mulher não foi criada para ser objeto sexual Antes, foi criada para ser ouvinte
incentivadora e comunicadora dinâmica. Era tão fundamental esse relacionamento,
que o casal recentemente formado foi instruído a ensinar seus filhos a deixar
pai e mãe e apegar-se aos seus respectivos cônjuges (Gn 2.24). {CARLS0N,
Ravmond et al, Pastor Pentecostal: Teologia e Praticas Pastorais, 3.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.35-6).
SAIBA MAIS
Revista Ensinado Cristão CPAD, n" 54, p,36.
Neste trimestre,
trataremos do assunto família, e é importante que, introdutoriamente, tracemos
algumas observações iniciais sobre esse tema.
Primeiro, quando Deus
criou a família, Ele o fez em um ambiente perfeito: o Éden. A família não foi
criada em meio a um ambiente de conflitos, guerras e destraças, ou de doenças e
falta de recursos para provisão.
O plano divino era
que Adão e Eva pudessem frutificar perto da presença de Deus, e não distante
dEle. Segundo, homem e mulher se complementam.
Ambos foram criados
com peculiaridades próprias que, quando estão unidos, suprem suas necessidades de
afeto, reconhecimento e companhia. Essa complementação foi planejada pelo próprio
Deus, por ocasião da criação do casal. Terceiro aspecto: o lar e um ambiente de
proteção e provisão.
Apesar de o mundo
desprezar essa prerrogativa, fazendo com que pais abandonem suas esposas e seus
filhos, deixando-os a sua própria sorte, o homem foi vocacionado por Deus para
ser o provedor da família, e a mulher, para ser a rainha do lar. Isso não
significa que a mulher não possa abraçar uma profissão e ajudar no sustento do
lar, mas, sim, que essa segunda vocação, se for escolhida, precisa ser muito
bem administrada para não gerar insatisfação ou desestruturar a família.
Quarto aspecto: ha um
interesse espiritual tanto na preservação da família quando na desestruturação dela.
Nosso lar e um campo de batalha onde o Espirito de Deus luta contra Satanás, e
nos precisamos ter consciência de que podemos glorificar a Deus com a nossa família.
Isso ocorre quando
apresentamos a fé crista aos nossos filhos, quando oramos com eles e por eles,
quando damos a eles o exemplo correto de paternidade e maternidade, quando
tratamos bem o nosso cônjuge e quando oferecemos um
exemplo correto e bíblico
de adoração ao Senhor.
Por não entenderem
essa realidade muitos pais veem seus filhos se afastando de Deus e cedendo espaço
para o Inimigo.
Quinto aspecto: e possível
ensinar a família a ser submissa a Deus e a resistir ao Diabo. Ninguém consegue
vencer o Diabo sem antes ser submisso a Deus e a Sua Palavra, e não há atalhos
para essa vitória. Uma pessoa que resiste aos mandamentos divinos ou os
despreza e alvo fácil das ciladas malignas, e isso pode ser ainda mais serio na
família do cristão. E um mito imaginar que seremos vitoriosos quando
resistirmos aos ataques do Inimigo se não tivermos o menor interesse de, antes,
sermos submissos a Deus e a Sua Palavra.
SUBSÍDIOS EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
FAMÍLIA
Esboço:
I. Definição
II. As Principais Funções da Família
III. A Origem da Família
I. DEFINIÇÃO
A palavra família. usualmente
refere-se a um grupo de pessoas relacionadas entre si por laços de parentesco
ou de matrimônio, como os pais e seus filhos, que vivem juntos em uma mesma
residência. Um grupo assim usualmente pratica uma economia em comum, havendo um
ou mais membros que contribuem para o sustento de todos. Por extensão, a palavra
também indica algum grupo de pessoas com um mesmo antepassado; ou mesmo um
grupo atualmente vivo, composto por muitas unidades familiares individuais. Metaforicamente,
o vocábulo também é usado para indicar pessoas que não estão biologicamente
relacionadas entre si, como sucede nas fraternidades, nos clubes sociais,
compostos por pessoas que não têm qualquer conexão racial umas com as outras. O
clã, por sua vez, é uma unidade familiar maior. Em certas culturas, os vínculos
que formam um clã são bastante fortes. Embora não com exclusividade, os povos
semitas são os que mais dão valor ao sistema.
II. AS
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA FAMÍLIA
Cinco principais funções da família podem ser
mencionadas, a saber:
1.
Relações sexuais. O ideal da maioria das religiões (que também faz parte
das leis civis de muitos países) é que as atividades sexuais limitem-se ao
âmbito da família. As leis judaicas contra os desvios sexuais, como o
adultério, visavam, principalmente, a proteger a unidade da família.
2.
Reprodução.
É
mister um longo tempo para fazer a prole humana tornar-se madura e
auto-suficiente. A família é a unidade de incubação e treinamento, com esse
propósito. A reprodução fora dessa unidade representa um sério problema pessoal
e social. A herança genética é um dos principais, se não mesmo o principal
fator que determina o sucesso ou não de uma criança, neste mundo.
3.
Questões econômicas. A luta pela sobrevivência econômica, com frequência,
depende da solidariedade da unidade da família, Uma pessoa que ganhe um bom
salário pode sustentar o grupo inteiro; e mais de um sustentador pode prover à
família conforto e prosperidade material. A necessidade de sustentar os membros
da família ê a motivação por detrás do
trabalho e das profissões, que são elementos
básicos em qualquer sociedade.
4.
Educação.
A
maioria das sociedades alicerça-se sobre a educação básica que a família prove
para Os seus membros, começando pela aquisição e aperfeiçoamento do idioma. Uma
criança entra no sistema escolar público com vantagens ou desvantagens,
tudo dependendo da qualidade da educação doméstica com que chega ali. A
educação religiosa também começa no seio da família.
5. Provisões
e proteção.
Não é fácil uma criança ficar só e enfrentar o mundo, contando apenas com suas
próprias forças e recursos. Na escola, uma criança encontra forças no fato de
que mamãe está em casa, disposta a ajudar, e que o papai pode
resolver todos os problemas que a avassalem. Além disso, um irmão maior poderá
protegê-Ia das ameaças de outras crianças. Acresça-se a isso que também há o
orgulho de família. A posição de uma família, no seio da
sociedade, pode Inspirar uma criança a
procurar fazer tudo o melhor possível. Essa questão, todavia, pode ser
exagerada, quando os filhos de certos pais são favorecidos, em vista do
prestigio e poder econômico de certas famílias,
6.
Afeto.
Ninguém
vive bem sem o amor e o apoio de outras pessoas. As relações afetuosas começam
no seio da família.
III. A
ORIGEM DA FAMÍLIA
Os primeiros capítulos do livro de Gênesis mostram que a família foi a primeira das instituições divinas. Os
evolucionistas e antropólogos tem dúvidas a esse respeito, supondo que a família
humana emergiu da ascensão evolutiva do homem, provavelmente por razões
econômicas ou de proteção mútua. A extrema dependência da prole humana, em seus
tenros anos, ensina-nos, pelo menos, que, desde o principio, deve haver mães
que cuidem de seus filhos, o que já constitui uma unidade básica da família. De
outro modo, a raça humana não poderia sobreviver. As evidências arqueológicas
demonstram o fato de que
onde existiu o homem, também existiu a família.
Portanto, qualquer coisa dita em contrário,
não passa de especulação. Mesmo que os primeiros relacionamentos entre os sexos
tivessem sido promíscuos, de tal maneira que não fossem formadas famílias, conforme
atualmente as conhecemos, deve ter havido mães protetoras; e, podemos supor,
pelo menos
ocasionalmente deve ter havido pais
protetores e provedores, que muito devem ter contribuído para a criação dos
filhos. Isso deve ter acontecido mesmo quando os homens tivessem outras
mulheres que, com seus filhos, fossem objeto das atenções deles.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
vol. 2. Editora HAGNOS pag.680.
A palavra FAMÍLIA é de origem latina
(família), é usada para definir um conjunto de pessoas que mantêm um vinculo
doméstico intimo. Ao estabelecer seu projeto de criação, Deus fez tudo perfeito
e numa cadeia sequencial. Por último, criou o homem e a mulher como o arremate,
o ponto final. O livro de Gênesis traz duas narrativas sobre a criação do homem
e da mulher: Uma no capitulo 1, sintética, geral, e outra no capitulo 2, mais detalhada.
O fato é que Deus percebeu que o ser humano precisava da convivência humana. Ao
criar o primeiro casal, deu lhe o potencial reprodutor, de forma que Deus estava
lhe dizendo: “Dou lhes condições de gerar seres para que não estejam sós”.
Deus é um ser comunicativo, e como o ser
humano é a sua imagem e semelhança, herdamos dele esta qualidade. Só há
comunicação quando existe o outro. Por isso Deus fez a família como o primeiro
centro comunicador, facilitando desta forma a saúde completa do indivíduo.
NOGUEIRA. Pr. José Bento. Seminário da Família. pag.1.
A família
é instituição criada por Deus.
Antes de fundar a Igreja, Deus criou o
casamento e, como decorrência deste, instituiu a família. Essas instituições
especiais, fruto da mente do Criador, têm sido terrivelmente atacadas pelas
forças do mal. O espírito do Anticristo tem dominado a mente do homem pós-moderno,
a tal ponto de promover verdadeira subversão dos valores morais, que se
fundamentam na Palavra de Deus. Uniões abomináveis de pessoas do mesmo sexo têm
sido aprovadas por lei, como se fossem famílias, em aberta afronta contra a Lei
de Deus.
Quando Deus criou o homem e a mulher, já
tinha em mente a família (Gn 2.24). No Salmo 128, encontramos o valor da
família no plano de Deus: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos
seus caminhos! A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua
casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa. Eis que
assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!” (SI 128.1,3,4). São promessas
de Deus para a família que nele crê, teme-o e lhe obedece.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 7.
1. A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO
1. O proposito de Deus.
Evitar a solidão: Deus não fez o homem
para viver na solidão (Gn 2.18); Ele tinha em mente a constituição da família,
mas esta não está completa só com o casal. Por isso, o Senhor previu a
procriação (Gn 1.27-28). Fica mais clara a origem da família quando lemos: “Portanto,
deixa rá o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos um a
só carne” (Gn 2.24). “O homem” aí é o filho, nascido de pai e mãe. Deus fez
a família para que o homem não vivesse na solidão (SI 68.6; 113.9).
Bem-estar social: O homem, diz a
sociologia, é um ser gregário por natureza. Ele sente a necessidade de viver em
grupo, de socializar-se. Isso não é fruto da evolução cega, como dizem os
filósofos materialistas, que supõem que o homem surgiu por acaso, oriundo de um
organismo unicelular (ameba), passando por diversos estágios, chegando a ser um
macaco, que se transformou num homem, por acaso! E que passou a viver em bandos
para melhor sobreviver. Isso faz parte do imaginário da fábula evolucionista.
A família foi projeto de Deus para a vivência
do homem na terra. Pai, mãe e filhos são palavras oriundas da mente de Deus (Gn
2.24).
A sociedade é formada de famílias. A igreja
local é formada de famílias. Toda sociedade que desvalorizou a família e buscou
outras formas de relação social substitutivas, como união de pessoas do mesmo sexo,
corrompeu-se e degenerou-se, sucumbindo ao longo da História.
Bem-estar emocional: Marido e mulher
complementam-se em suas necessidades emocionais. Nos momentos alegres,
compartilham seus sentimentos de felicidade. Nos momentos tristes ou difíceis,
ajudam-se mutuamente, impulsionados pelo amor conjugal. Pais e filhos, vivendo
em família, sentem-se mais seguros do que pessoas que vivem solitárias.
A sociedade sem Deus aprisiona muitos em
estilos de vida espúrios e depravados. São presos pelos grilhões do relativismo
e do humanismo frio e anticristão. Mas nada pode substituir a família como
centro de apoio e segurança para o ser humano (SI 68.6). E plano de Deus.
A multiplicação da espécie: E, sendo sua vontade,
Deus propicia essa condição. “Seja bendito o nome do Senhor, desde agora e para
sempre; que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de
filhos Louvai ao Senhor (SI 113.2,9). Notemos a ordem do texto. Primeiro,
“habite em família”; depois, “seja alegre mãe de filhos”. Casais homossexuais
jamais poderiam contribuir para a multiplicação da raça humana. Por isso e por
outras razões, tais uniões são consideradas abominação aos olhos de Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 8 - 9.
2. Um lugar de proteção e sustento.
Jardim do Éden, lugar de proteção e
cuidado. O
Jardim do Éden foi o primeiro “habitat” do homem. “A palavra Jardim é a
tradução da palavra hebraica gan , que designa lugar fechado. A
Septuaginta traduz o hebraico por paraíso’, paradeison, termo persa que
significa um parque. Éden não é traduzido mas transliterado para o nosso
idioma. Basicamente, significa “prazer ou delícia”.2 Os críticos da Bíblia veem
no relato do Gênesis apenas uma alegoria, ou relato mítico. Porém a Palavra de
Deus se impõe como verdade, como martelo de Deus, quebrando as bigornas da
incredulidade.
O ambiente perfeito do Éden. O casal, constituído
nos primeiros habitantes humanos do planeta, se deliciavam nas noites calmas e
amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O medo era
desconhecido. O cenário noturno era tranquilizador. A brisa suave soprava no
arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas silvestres. O
firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes, nas noites escuras,
oferecia um espetáculo de rara beleza. Nas noites de lua, diminuindo o brilho
estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvida,
com maior intensidade, brilhava o astro noturno.
As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma
temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida
em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada canto, se percebia a
beleza da criação nos seus mínimos detalhes. O homem se sentia muito feliz. O
ar era puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, todos os seres da
natureza nenhum mal causavam ao homem: conviviam na mais perfeita harmonia.
O cuidado de Deus. O cuidado de Deus
para com o ser criado foi levado ao extremo na formação do Éden. Não havia
poluição ambiental; o ecossistema era perfeito; o clima, ameno e confortável,
não conhecia diferenças acentuadas
de temperatura, nem calor excessivo, nem frio
perturbador, havia no primeiro lar do ser humano. Os animais faziam parte do
habitat edênico. Adão tinha autoridade espiritual e moral sobre todos os seres
vivos. Ele foi criado para ser dominador e cuidador do planeta. Havia perfeita harmonia
entre os seres racionais e os irracionais.
O cuidado de Deus para com o ser criado foi
levado ao extremo na formação do Éden. Não havia poluição ambiental; o ecossistema
era perfeito; o clima, ameno e confortável, não conhecia diferenças acentuadas de
temperatura, nem calor excessivo, nem frio perturbador, havia no primeiro lar
do ser humano. Os animais faziam parte do habitat edênico. Adão tinha
autoridade espiritual e moral sobre todos os seres vivos. Ele foi criado para
ser dominador e cuidador do planeta. Havia perfeita harmonia entre os seres
racionais e os irracionais.
O trabalho no Éden. Deus não pôs o homem
no Jardim para ficar ocioso, numa atitude contemplativa das belezas edênicas
(Gn 2.15). É interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e do
corpo, desde o princípio, foi dignificado por Deus. Havia trabalho, mas, em
compensação, não havia doenças, nem dor, nem morte. O pranto e a dor eram desconhecidos.
A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e bom.
A presença de Deus no primeiro lar. O mais importante, no
entanto, acontecia todas as tardes: o Criador visitava o Éden (Gn 3.8a),
buscando passar bons momentos em agradável diálogo e conversa com o casal, que
sentia, assim, muita comunhão com o Senhor. A presença do Criador enchia o
primeiro lar de muita paz e de alegria indizível” .3 Como devem ter sido
maravilhosos aqueles momentos em que Deus falava diretamente com o ser criado
por Ele. Hoje, mais do que nunca, é necessidade vital a presença de Deus nos
lares cristãos. Aquele belíssimo lugar foi palco dos acontecimentos que
marcaram a origem dos seres humanos, fruto da criação de Deus. Lamentavelmente,
foi também o cenário, onde começou a rebelião do homem contra o seu Criador.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 9 – 12.
3. A primeira Família.
"No jardim do
Éden, Deus instituiu essa união a partir do primeiro casal humano, a fim de tomar
feliz toda a humanidade. Desde então os seres humanos o têm praticado e, para
dar-lhe consistência, o têm legalizado. Pode-se dizer que o casamento é o
contrato jurídico de uma união espiritual". Essa declaração é confirmada na Bíblia e na História.
As Escrituras Sagradas mostram que o
casamento foi instituído por Deus no jardim do Éden (Gn 2.18-25) e sancionado
pelo Senhor Jesus em sua presença nas bodas de Caná da Galileia (Jo 2.1-11). O
propósito, entre outros, é a felicidade, o companheirismo mútuo do casal e a procriação,
a maneira legítima da multiplicação dos seres humanos sobre a Terra.
SOARES. Esequias. CASAMENTO, DIVÓRCIO E SEXO A LUZ DA BÍBLIA. Editora CPAD. pag. 13 –
14.
II - A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA
1. O ataque do Inimigo.
Lúcifer, o antigo “querubim ungido”, fazendo
uso de sua liberdade, investiu contra o Criador, imaginando poder destronar o
Senhor do Universo. Seu plano foi frustrado. Expulso dos céus, Satanás, a falsa
“estrela da manhã”, investiu contra o primeiro casal, no Jardim do Éden, sugerindo
uma atitude de rebelião contra Deus. E foi bem-sucedido. Depreende-se das
Escrituras que, quando o primeiro casal caiu, ainda não tinha procriado. Se
tivessem filhos, estes não teriam comido do fruto proibido, e até hoje estariam
vivos. Mas as consequências da Queda não só atingiram o casal, mas a todos os
seus descendentes, ao longo dos séculos, até os dias presentes. Todas as
famílias são alcançadas de uma forma ou de outra, pelas consequências da Queda.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 12.
2. Os resultados da Queda no relacionamento familiar.
Antes da Queda, o homem possuía
estrutura espiritual e física excepcionais.
• Tinha o conhecimento profundo de Deus, a
comunhão direta com o Criador;
• Tinha as bênçãos da presença de Deus no
Jardim; a paz, a segurança e a alegria de se relacionar com o Criador sem
intermediários;
• Possuía conhecimento e bem-estar físico
inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais ou físicos; não conheciam o
medo;
• Tinha conhecimento interno e externo em
relação à sua pessoa;
• Conhecia a realidade social; conhecia o
trabalho de modo útil e satisfatório (Gn 2.15).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 12 - 13.
3. A vida Familiar depois da Queda.
Terrível transtorno total na vida dos primeiros
seres criados.
Conheceram que estavam nus, dando a entender que
antes não se constrangiam nessa condição; o conhecimento da sexualidade
exacerbada tem sido causa de inúmeros distúrbios e desvios de conduta que
atingem o ser humano, levando-o a práticas sexuais abomináveis aos olhos de
Deus; famílias inteiras são destruídas pelo adultério, pela fornicação, pela
homossexualidade e por práticas sexuais aberrantes.
Conheceram o medo. Foi a primeira
enfermidade que o homem experimentou. Enfermidade ou distúrbio de ordem
emocional. As chamadas doenças nervosas tiveram origem no rompimento da relação
direta do homem rebelde e seu Criador. Qual a família na terra que não
experimenta algum tipo de problema de ordem emocional?
Perderam a autoridade sobre a criação.
O
homem foi criado para dominar a natureza (Gn 1.26). Hoje, porém, às vezes
famílias perdem um ente querido por serem atingidos por insetos ou agentes microscópicos.
Conheceram a desarmonia. Quando questionado
pelo Criador sobre o seu pecado, Adão pôs a culpa na esposa (Gn 3.12). A mulher
pôs a culpa na serpente. Assim, teve início a tão conhecida “incompatibilidade
de gênio”, que provoca desavenças entre casais, com sérias consequências sobre
a estabilidade familiar. Os filhos sofrem ao verem a desunião entre seus pais.
O homem conheceu a maldição da terra. O trabalho passou a
ser penoso e fatigante; sua missão era lavrar e guardar a terra. Mas não havia
o desgaste físico ou emocional acentuados, que tantos males causa às pessoas.
Além disso, toda a ecologia da terra foi transtornada, causando, inclusive as
chamadas “catástrofes naturais”, como secas, enchentes, altíssimas ou
baixíssimas temperaturas; o surgimento de animais violentos, provavelmente pelo
cruzamento de espécies diversas; vírus, micróbios, bactérias e outros agentes
patogênicos devem ter surgido por causa do desequilíbrio ecológico, causado
pela maldição da terra.
E o pior: perdeu a vida eterna , que lhe era
assegurada, na condição original, e conheceu o aguilhão da morte física (Gn
2.17; Ef 2.5) e da morte espiritual, que é a separação de Deus. As famílias da
terra passaram a experimentar a dor da separação, pela morte de entes queridos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 13 - 14.
III - A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO
LONGO DOS SECULOS
1. Família patriarcal.
Era o tipo de família por excelência, no
princípio da humanidade, quando esta começou a espalhar-se por muitas partes do
globo, após a Queda. Nesse tipo de família, a figura do pai (patet) tinha
um papel bem definido, como sendo o líder do grupo familiar inconteste, em
todos os sentidos. A mulher era considerada cidadã de segunda categoria. Na família
patriarcal, quase sempre não era observado o princípio da monogamia, estabelecido
por Deus no Éden, quando o homem deixaria pai e mãe e se uniria à sua mulher
(Gn 2.24) para formar o lar e a família. Em grande parte, a família patriarcal
era poligâmica. O Antigo Testamento demonstra que todos os primeiros
patriarcas, Abraão, Isaque, Jacó e outros, eram polígamos. A família patriarcal
era típica no contexto histórico e cultural do Antigo Testamento. Além do pai,
da mãe e dos filhos, a família patriarcal incluía as concubinas, das quais
nasciam filhos, que eram parte do grupo familiar, causando, por vezes, muitos
transtornos, com o nascimento de meios-irmãos, que competiam quanto aos direitos
da prole, principalmente no que tangia às questões de herança. Deus tolerou a
poligamia, mas nunca a aprovou, por ser prática estranha ao seu projeto para a
constituição da família. O pai de família não era só o genitor. Era o líder
espiritual, responsável pela prática e o respeito dos ritos da religião que a
família adotava. Abraão, Isaque e Jacó eram líderes de sua parentela. Eram
verdadeiros sacerdotes em seus lares.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 15 – 16.
PATRIARCA. A palavra grega por detrás desse
vocábulo é uma combinação de pater, «pai», e archés, «cabeça.., «chefe".
Os patriarcas bíblicos são aqueles que são considerados os fundadores da raça
humana, Adão e Noé (este último através de seus três filhos. Sem, Cão e Jafé;
ver Gên. 10); ou então aqueles que foram cabeças ou fundadores das doze tribos
de Israel. O vocábulo também é aplicado a Abraão, no Novo Testamento, em Heb.
7:4, por ser ele o fundador (progenitor) da nação hebreia, sendo também o pai dos
homens espirituais, tanto judeus quanto gentios. que sigam com seriedade a
vereda espiritual. Os filhos de Jacó são chamados «patriarcas" em Atos 7:8,9
e Davi é denominado desse modo, em Atos 2:29. O período patriarcal é
aquele período de tempo da formação da nação hebreia, antes da época de Moisés
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 5. Editora HAGNOS pag.112.
Em Genesis 12— 50, e narrada a historia dos
patriarcas de Israel. Os eventos que envolveram os três primeiros patriarcas, Abraão,
Isaque e Jacó (Gn 12— 38), acontecem principalmente em Canaã, embora Abraão
provenha da região da Mesopotâmia (Ur e Hara). Já a historia do patriarca Jose
(Gn 33— 50) se da basicamente no Egito. Patriarca refere-se ao fundador
ou líder de uma tribo, família ou de um clã. Os israelitas tiveram na base de
sua ancestralidade um homem, o patriarca Abraão (Hb 7.4; Is 51.2), e
eles reclamaram Canaã baseados na aliança divina com o primeiro dos três
patriarcas a ter a posse da terra (Dt 1.8). Consequentemente, a expressão os
patriarca se usada como referencia aos doze filhos de Jacó (Atos 7.8,9). As
datas exatas do período em que viveram não puderam ser estabelecidas.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 38.
2. A família nuclear (monogâmica).
Família nuclear também chamada de “família
tradicional”, formada por pai, mãe e filhos, como núcleo familiar (cf. Gn 2.24),
em torno do qual se desenvolvem os descendentes, parentes e outros que a
ela se agregam. É a família ideal, pois tem origem na mente de Deus, o Criador,
e atende a seus propósitos para o desenvolvimento, o bem-estar e estabilidade
social. A bigamia, iniciada por Lameque (Gn 4.18,19), evoluiu e deu lugar à
poligamia.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 16.
Se no Antigo Testamento a poligamia foi
tolerada por Deus, no Novo Testamento a monogamia é a regra doutrinária. Jesus
em nenhum momento avalizou outra forma de relacionamento conjugal que não fosse
a monogamia. Paulo, usado pelo Espírito Santo, doutrinou de forma clara e
cristalina sobre esse tema. Escrevendo à igreja de Corinto, formada por judeus
e gentios convertidos, deixou claro seu ensino a respeito das relações
conjugais (1 Co 7.1,2). Ele não disse: “cada um tenhas suas mulheres, ou cada
uma tenha seus maridos”; ou, pior ainda: “cada um tenha seu homem, ou cada uma
tenha sua mulher”.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 15.
A monogamia foi instituída pelo Criador,
porém a poligamia foi criada pelos homens. O primeiro polígamo da história foi
Lameque (Gn 4.19). A declaração bíblica "e apegar-se-á à sua mulher"
(Gn 2.24) fala da monogamia, isto é, o princípio do casamento de um homem com uma
única mulher e vice-versa. O código de Hammurabi, escrito em acádico na antiga
Caldeia e datado de 1750 a.C., prevê a poligamia nos parágrafos 146 e 148.
Historiadores, sociólogos e arqueólogos são unânimes em afirmar que havia
desvios do casamento monogâmico na Palestina pré-semítica, como a poligamia e a
poliandria (TENNEY, 2008, p. 976). Os patriarcas hebreus viveram nesse contexto
social, e nós encontramos na Bíblia o reflexo da sociedade do antigo Oriente Médio.
O texto de Gênesis 16.1-4, narrando a história de Sara, que deu sua criada Agar
por mulher a Abraão para que esta pudesse gerar filho, parece-nos uma prática
muito estranha à nossa cultura ocidental e, sobretudo, à ética cristã;
entretanto, por mais que nos pareça estranho, isso na época era lei. Está
registrado nos parágrafos 144-147 do Código de Hammurabi, muito tempo antes do
Concerto do Sinai. A mesma coisa fez Raquel, ao conceder sua serva Bila a Jacó
que para que lhe gerasse filhos (Gn 30.3-8). Jacó casou com duas irmãs, Leia e
Raquel, e teve concubinas (Gn 29.28-31; 35.22).
O adultério naquela época se configurava
quando envolvia alguém que fosse casado. Ora, se a lei de Moisés não apresenta
o mesmo conceito de adultério que o cristianismo, logo os heróis do Antigo
Testamento não podem ser reputados adúlteros, pois a lei não condenava essa
prática, e alguns deles viveram antes mesmo da promulgação da lei, no Sinai. Se
a lei não proíbe, não pode ser pecado. Só haverá contravenção ou crime a partir
do momento em que a lei for sancionada e posta em vigor. "Porque até à lei
estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei" (Rm
5.13). Assim, essas práticas do Antigo Testamento, anteriormente mencionadas,
hoje são pecados, pois são condenadas no Novo Testamento. Salomão pecou pelo
fato de não observar Deuteronômio 17.17, que proíbe aos reis de Israel adquirir
para si haréns, como faziam os antigos monarcas do Oriente Médio, e casar com
mulheres estrangeiras (Ne 13.26), o que era proibido pela lei de Moisés (Dt
7.1-4). Salomão agiu dessa forma motivado por alianças políticas, mas pagou
muito caro por isso, pois a poligamia e os casamentos mistos o levaram ao
desvio (lRs 11.1-4), e isso trouxe complicação para Israel durante muito tempo.
No antigo Oriente Médio isso era mais uma questão de ostentar poder (1 Rs
11.1-3). A poligamia nunca foi um mandamento da lei de Moisés, mas estava
implícita em três ocasiões: 1) "Mas, se a desposar com seu filho, fará com
ela conforme o direito das filhas. Se lhe tomar outra, não diminuirá o
mantimento desta, nem a sua veste, nem a sua obrigação marital" (Êx
21.9,10); 2) "Quando um homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra
a quem aborrece, e a amada e a aborrecida lhe derem filhos, e o filho
primogênito for da aborrecida [...]" (Dt 21.15); e 3) na lei do levirato,
pois a lei não prescrevia se o cunhado deveria ser solteiro (Dt 25.5).
Os judeus abandonaram essa prática, mas os
muçulmanos ainda a mantêm. Israel, que ainda está na lei de Moisés, aboliu a
poligamia. Isso ocorreu em 950 d.C., quando o rabino Guershom proclamou a takaná
(regulamento interno da sinagoga), estabelecendo a monogamia de caráter
regional e provisório. Essa takaná vigorou por 400 anos, até 1350. Aos
poucos, as sinagogas de outras jurisdições foram adotando essa prática, de modo
que com o tempo esse princípio se universalizou. Expirado o prazo, ninguém se
preocupou com a renovação. A monogamia, todavia, já se tornara regra sem
exceção e assim perdurou até a atualidade em Israel (MEZAN, vol. III, s/d, p. 149).
O Novo Testamento restabeleceu o princípio monogâmico original da criação
(Mt 19.5; ICO 7.2; lTm 3.2).
SOARES. Esequias. CASAMENTO, DIVÓRCIO E SEXO A LUZ DA BÍBLIA.
Editora CPAD. pag. 14 – 16.
3. A família na atualidade.
Assim como o casamento, a família, na
atualidade, é a instituição mais visada pelos ataques satânicos. A família
nuclear tem sido depreciada pelos intelectuais, por cientistas sociais, todos
adeptos do materialismo.
Mas os maiores influenciadores para a
destruição da família são os que detêm o poder da mídia. Sem sombra de dúvidas,
a mídia secular está a serviço do Diabo, como instrumento poderoso para a
desconstrução ou destruição dos valores tradicionais, emanados da Palavra de
Deus.
A destruição moral de uma sociedade começa
pela destruição da família, que é a sua célula-mãe. Se esta se degenera, e
cresce desordenadamente, surge um câncer moral, que a levará à morte espiritual
e social, como ocorreu com Sodoma e Gomorra.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 16.
CARNE
Palavras Envolvidas
Há três palavras hebraicas e duas palavras
gregas principais, envolvidas neste verbete, a saber:
1. Basar. carne. Palavra hebraica que
ocorre por cerca de duzentas e sessenta vezes, começando em Gên, 2:21 e
terminando em Zac. 14:12.
2. Sheer, ..remanescentes», Palavra hebraica
usada por nove vezes com esse sentido. Por exemplo: Sal. 73:26; 78:20,27; Pro. 11:17;
Jer, 51:35; Miq. 3:2,3.
3. Besar, ..carne... Palavra aramaica
usada por três vezes, sempre no livro de Daniel (2:11; 4:12; 7:5).
4. Kréas, ..carne.. (como alimento). Termo grego
usado por duas vezes: Rom. 14:21 e I Cor. 8:13.
5. Sarks, carne... Vocâbulo grego usado por
cento e trinta e seis vezes: Mat. 16:17; 19:5,6; 24:22; 26:41; Mar. 10:8;
13:20; 14:38; Luc, 3:6; 24:39; João 1:13,14; 3:6; 6:51-56,63; 8:15; 17:2; Atos
2:17,26,31; Rom. 1:3; 2:28; 3:20; 4:1; 6:19; 7:5,18,25; 8:3-9,12, 13; 9:3,5,8;
11:14; 13:14; I Cor. 1:26,29; 5:5; 6:16; 7:28; 10:18; 15:39,50; 11 Cor. 1:17;
4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3; 11:18; 12:7; Gál. 1:16; 2:16,20; 3:3; 4:13,14,23,29;
5:13,16,17,19,24; 6:8,12,13; Efé. 2:3, 11,15; 5:29,31; 6:5,12; Fil. 1:22,24;
3:3,4; Col. 1:22,24; 2:1,5,11,13,18,23; 3:22; I Tim. 3:16; File. 16; Heb. 2:14;
5:7; 9:10,13; 10:20; 12:9; Tia. 5:3; I Ped. 1:24; 3:18,21; 4:1,2,6; 11 Ped.
2:10,18; I João 2:16; 4:2; 11 João 7: Jud. 7,8,23; Apo. 17:16; 19:18,21. (NTI
RO (1952) UN Z)
O
termo carne representa certa complexidade de ideias nas Escrituras Sagradas,
envolvendo sentidos literais, metafóricos e espirituais.
Ideias Básicas:
1. A criação
animal, que inclui o homem e os animais irracionais (Gên, 6:13,17,19;
7:15; Mat. 24:22; I Ped. 1:24).
2 O corpo
vivo, tanto dos homens quanto dos amimais (Gen. 41 :2,19; Jo 33:21; I
Cor. 15:39).
3. O corpo de carne, em distinção à armação
óssea (Luc. 24:39).
4. Os animais usados como alimento, e o
próprio alimento (Êxo. 16:12; Lev. 7:19).
5. O corpo em distinção ao espírito (Jô 14:22; 19:26; Pro.
14:30; Isa. 10:18; João 6:52; I Cor. 5:5; Cal. 2:5; I Ped. 4:6).
6. Carne e sangue indicam a natureza
humana inteira (Gên. 2:23; Mat. 19:5; Efé. 5:25-31).
7. A encarnação
de Cristo (João 1:14; 6:51; Rom, 1:3; Col. 1:22).
8. A geração
física ou natural (Gên. 29:14; 37:27; João 1:13; Rom, 9:8; Heb.
2:11-14).
9. Um outro homem mortal (Isa. 58:7).
10. A natureza
sensual do ser humano, incluindo seus desejos naturais. Isso não precisa
incluir qualquer sugestão de depravação (João 1:13) ou ter tais conotações
(Mat. 26:41; Mar. 14:38).
11. A natureza humana à parte da influência
divina. e, portanto, inclinada ao pecado, mostrando-se contrária a Deus (Rom.
8:3.5,6; II Cor. 7:5; Gál. 5:16).
12. Uma expressão eufêmica para os órgãos
sexuais (Gên. 17:11; Êxo, 28:42; Lev. 15:2,3; 11 Ped. 2:10; Jud. 7).
13. Em combinação com o sangue, ou seja, carne e sangue, dando a entender a
fraqueza e falibilidade humanas, inclinada ao erro (Mat. 16:17; Gál. 1:16; Efé.
6:12).
A Carne
é Fraca
Platão aludiu ao corpo físico como o sepulcro
ou a prisão da alma. O Novo Testamento não compartilha de tão melancólica
atitude. embora valorize muito mais o espírito do que o corpo físico. - O alvo
da carreira cristã é a liberdade em um corpo novo ou espiritual, em que o
antigo veiculo é deixado para trás (I Cor. 15:35 ss). O corpo nos sujeita a
certa variedade de tentações, por causa de sua debilidade (Mat, 26:41). A lei
de Deus envolve maior número de mandamentos do que podemos manusear devidamente
em meio a essa fraqueza (Rom, 8:3). O corpo está sujeito a debilidades que nos
servem de empecilhos (Gál. 4:13), além de ser instrumento fácil do pecado.
conforme se vê no sétimo capitulo da epístola
aos Romanos. O corpo físico é mortal e, portanto. Fraco (11 Cor. 4:11).
Uso Metafórico.
e espirituais
1. Ter nascido somente segundo a carne é estar
perdido (Gál. 4:29).
2. Há a natureza carnal e pecaminosa. em
contraste com a natureza espiritual (Rom. 8:9).
3. A carne é a sede das tentações (Rom.
7:18,25; 8:5,12,13; I João 2:16).
4. A carne é uma natureza carnal que procura perturbar
(Gál. 5:13).
5. A palavra «carnal» aponta para a natureza pecaminosa,
ou então, simplesmente, para o pecado (Jud. 23).
6. Existe uma mente carnal, que é a natureza pecaminosa
do homem que opera através de sua mente e de todo o seu ser (Rom. 8:7; Col.
2:18).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 1. Editora HAGNOS pag. 656 – 657.
MUNDO no grego kosmo, Kosmos Maligno.
A raça humana é uma espécie decida. Isso
significa, por sua vez, que o kosmo igualmente, é apresentado como algo alienado
de Deus, mormente nos escritos de Paulo e João. O primeiro desses apóstolos, na
primeira epistola aos Coríntios. usa uma série inteira de contrastes a fim de
deixar esclarecido. acima de qualquer possibilidade de dúvida, que essa
alienação é uma realidade. A sabedoria deste kosmos (ou aíon) faz
contraste com a sabedoria do Senhor; o espirito do kosmos contrasta com
o Espirito de Deus; o arrependimento do kosmos contrasta com o
arrependimento outorgado por Deus. Na epistola aos Romanos é pintado um quadro
ainda mais negro. Visto que o pecado entrou no kosmos, o cosmos inteiro
tomou-se culpado, e será julgado e condenado por Deus. Ver Rom, 3:6,19; cf. I
Cor. 6:2. A natureza final e definitiva desse pecado manifesta-se no fato de que
foram os governantes deste kosmos que crucificaram ao Senhor da glória.
Como é óbvio, em uma passagem como essa (I Cor. 2:8). o kosmos, obviamente,
indica a raça humana. Não obstante. kosmos é palavra que envolve mais do
que isso, porquanto os poderes angelicais controlam o cosmos pecaminoso
(cf. I Cor. 2:6; Efé. 2:2). E isso explica o motivo pelo qual Deus nunca é chamado,
nas Escrituras. de Senhor do kosmos, E também por que, nas Escrituras,
não haverá nenhum novo kosmos, embora tenha de haver um novo aion, conforme
já vimos acima. Tão completamente o KÓSMOS é identificado com o pecado e com a
queda no pecado, nas páginas do Novo Testamento, que o único destino do kosmos
só pode ser a condenação e a destruição; u11J.a vez julgado por Deus. O kosmos,
pois, representa o mundo pecaminoso e mau. que está em irreconciliável
conflito com o mundo de Deus, o novo aion, que será manifestado por ocasião
do segundo advento de Cristo.
João usou uma linguagem ligeiramente
diferente, embora, materialmente, o pensamento seja idêntico.
Cristo não pertence ao kosmos, porquanto
ele veio da parte de Deus. Esteve no kosmos, mas o kosmos não O
reconheceu (João 1:10). E nem o kosmos confiou Nele (João 7:7). Embora
Jesus tivesse vindo a este mundo a fim de salvar, e não de condenar. A incredulidade
do kosmos sô resulta em sua própria condenação. O príncipe deste kosmos
foi logo o primeiro a ser julgado. «Chegou o momento de ser julgado este mundo,
e agora o seu príncipe será expulso. (João 12:31). A primeira epistola de João
encerra contrastes que fazem lembrar os contrastes feitos por Paulo, a saber:
aquele que está nos crentes e aquele que está no mundo (I João 4:4); aqueles
que são do mundo e aqueles que são de Deus (4:5.6); nós, que pertencemos a
Cristo e o mundo que está na iniquidade e pertence ao maligno (5:19).
Novamente, vê-se ai um conflito sem solução por enquanto, que resultará na condenação
final daqueles que teimam em continuar pertencendo ao kosmos, Este mundo
não escapou ao controle de Deus, embora esteja em estado de revolta contra ele.
Mediante o novo nascimento. Conferido pelo Espirito de Deus (ver João 3:6), o
individuo pode ser salvo. Mas o kosmos, propriamente dito, por ser um kosmos
pecaminoso, não pode ser salvo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 4. Editora HAGNOS pag. 416.
DIABO
O termo grego diabolôs, traduzido em português
por «diabo», encontra-se no Novo Testamento por trinta e seis vezes: Mal
4:1,5,8,11; 13:39; 25:41; Luc, 4:2,3,6,13; 8:12; Joio 6:70; 8:44; 13:2;
Atos 10:38; 13:10; Efé. 3:27; 6:11; I Tim.
3:6,7,11;'11 Tim. 2:26; 3:3; Tito 2:3: Heb. 2:13; Tia. 4:7; I Ped. 5:8; I Joio
3:8,10; Jud. 9; Apo. 2:10; 12:9.12; 20:2,10. Essas ocorrências contam com certa
variedade de traduções, como «diabo, «acusador», etc. A palavra tem os
seguintes usos na Bíblia: 1. Alguém que calunia a outrem com o propósito de prejudicar,
como o individuo que espalha maledicências (I Tim. 3:1; 11
Tim. 3:3; Tito 2:3).
2. Algumas traduções traduzem a palavra sátiro
(que vide), de Levítico 18:7, como «diabo». Provavelmente está ali em foco alguma
forma de demonismo.
Ver também Isaias 13:21 e 34:14.
Acreditava-se- que os espíritos demoníacos habitam nos lugares desérticos, manifestando-se
como criaturas do tipo bode (no hebraico, as´ir, «peludo»). A fim de
contrabalançar a má influência desses espíritos, os antigos ofereciam holocaustos.
Israel trouxe essa superstição do Egito, onde o bode era adorado como um ser divino.
3. Pensava-se que os (dolos contavam com
poderes demoníacos por detrás dos mesmos. Em algumas traduções, essas forças
demoníacas são chamadas «diabos» (isso, porém, nunca ocorre em nossa versão portuguesa).
Ver Deu. 32:17: Salmos 10:6-37 A palavra traduzida por «diabo», nesses trechos,
é o termo hebraico shed, «demônio». O vocábulo grego daimonion, que
ocorre por sessenta vezes no Novo Testamento grego, é traduzido por «diabo», em
algumas traduções. Ver o artigo separado sobre os Demônios.
4. O príncipe dos estritos caldos, Satanás, também
é chamado «diabo. (Mat, 4:8-11; Apo. 12:9). Ele é chamado de acusador dos nossos
irmãos (Apo. 20:10). As Escrituras o descrevem como caluniador dos homens
diante de Deus. Esse assaca acusações hostis contra os crentes. Ele foi
o acusador de Jó (Jó 1:6-11), e é pintado como se vagueasse pela face da terra,
espiando a fraqueza daqueles que procuram a vitória na inquiriç16 espiritual. O
diabo 6 como um leio que destrói sem misericórdia. Em seu ser não a bem algum,
embora ele goste de apresentar-se como um ser bondoso. Provavelmente, esta auto
enganando. De certo ângulo, a própria história humana luta
entre as forças do bem. do mal, em que a lealdade do homem é constantemente
solicitada. E preciso muito tempo para que os homens se convença de que o bem é
melhor do que o mal. Segundo certo aspecto, a redenção é a libertação do homem dos
poderes do Acusador e do pecado que ele inspira. No fim. Os remidos estarão
libertos do domínio satânico. O trecho de I Coríntios 5:5 parece indicar que a Satanás
são dados certos poderes sobre os crentes carnais. A fim de castigá-los, o que
pode envolver até mesmo a morte física, o que é um solene conceito. Há a considerar
a advocacia de Cristo, o qual nos livra desse e de todos os demais aspectos do
mal (I Joio 1:1). Quando começar a Grande Tribulação, o acesso que Satanás tem
a Deus, como nosso acusador chegará ao fim (Apo. 12:7-11). Ele continuará provocando
muita perturbação, mesmo após o milênio. quando fará a tentativa de derrubar o
reino da luz (Apo. 20:3,7,8). Mas então terá de enfrentar o fruto de suas
escolhas e atos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 5. Editora HAGNOS pag. 133 – 134.
ELABORADO: Pb. Alessandro Silva.
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