A FAMÍLIA SOB ATAQUE
Data: 28-04-2013 Hinos
sugeridos: 4, 58, 219
TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de toda
a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do
diabo” (Ef 6. 11).
VERDADE PRÁTICA
Nestes últimos dias somente
a família que obedece a palavra de Deus conseguira triunfar sobre as investidas
de Satanás.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Sal 119. 105. Palavra de Deus; luz para a família.
Terça - Ef 6. 10-12. Fortalece
a família.
Quarta - Pv. 23. 13-14. A disciplina na família.
Quinta - 1 Co 6. 18-19 A família fugindo da prostituição.
Sexta - Mt. 26. 41. A
família vigiando e orando.
Sábado - Hb. 12. 14. A família apaziguada e santa.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.1-6
1 - Sede, pois, Imita dores de Deus, como filhos
amados;
2 -
e andai em amor, como também Cristo
vos amou e se entregou a si mesmo
por nos, em oferta e sacrifício a
Deus, em cheiro suave.
3 - Mas a prostituição e toda impureza ou
avareza nem ainda se nomeiem entre vós, como convém a santos;
4 - nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convém: mas,
antes, ações de graças.
5 - Porque bem sabeis isto: que nenhum
fornicador, ou impuro, ou
avarento, o qual e idolatra tem herança no Reino de Cristo e de Deus.
6 - Ninguém ™s engane com palavras vãs: porque p o r essas coisas vem a ira de Deus
sobre os filhos da desobediência
INTERAÇÃO
Professor, na lição de hoje estudaremos a respeito de alguns ataques
que as famílias vêm enfrentando na atualidade. Tais investidas são lançadas por Satanás, o arqui-inimigo da família. O
Diabo tem como intento matar, roubar e destruir e ele tem conseguido realizar
os seus propósitos. Como "sal" e. "luz" deste mundo
precisamos anunciar a Cristo, aquele que possui todo poder para destruir as
obras do Maligno. A Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e firmeza da
verdade" (1 Tm 3.1 5), deve lutar para que os princípios éticos
fundamentais da família sejam preservados, pois somente assim não pereceremos
sob os ataques do mal, antes,
glorificaremos a Deus.
OBJETIVOS
Apos a aula, o aluno devera estar apto a:
Analisar a posição do Estado na educação dos filhos.
Acautelar-se das propostas sociais para destruirá
família.
Saber como podemos vencer a filosofia mundana que e
imposta sobre a família.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para
introduzir a lição sugerimos que você promova um debate em classe. Proponha as
classe as seguintes Questões: "O Estado deve intervir nas
questões familiares?
Qual deve ser a posição do cristão diante de leis que vão contra os princípios bíblicos.
O debate é um valioso método de aprendizagens, pois favorece a participação dos
alunos, tornando a aula mais dinâmica e Interativa. Ele também ajuda a descobrir
qual é o conhecimento prévio do aluno a respeito de determinado tema. Ouça os
alunos Com atenção e faça as considerações que achar necessárias. Conclua lendo
a verdade' prática da lição.
PALAVRA CHAVE
Ataque:
Nesta lição significa as muitas estratégias e investidas do Diabo
contra as famílias.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Sabemos que Satanás
tem mobilizado os sistemas deste mundo para desestruturar a vida familiar. No
entanto, a Igreja de Cristo, como sal e luz da terra, deve confrontar, por intermédio
da Palavra de Deus, os ataques do Maligno. Não podemos nos esquecer de que
estamos lutando contra principados e potestades {Ef 6 . 1 2).
Se desejamos uma vida
familiar vitoriosa, precisamos viver em total dependência do Senhor. Carecemos
da armadura de Deus para que possamos enfrentar ás lutas e desafios do nosso
tempo.
I - OS ATAQUES DO INIMIGO
1. Ataque às crianças. Atualmente, em muitas escolas, tanto
da rede publica como privada, o ensino
materialista esta sendo valorizado e repassado de modo continuo as crianças. A educação
que nossos filhos recebem e totalmente influenciada pelo materialismo e o ateísmo.
Os currículos, que reúnem os conteúdos programáticos, a serem transmitidas nas
salas de aula, são fundamentados na filosofia evolucionista, tudo começa com a explicação
sobre a origem da matéria, da vida, do homem, e de tudo que existe no universo.
Os pais não podem negligenciara educação de seus filhos, e devem leva-los aos pês
do Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão, oferecendo
uma educação religiosa de qualidade as crianças.
2. Ataque à disciplina no lar. Em nossos dias
existem questionamentos relacionados à aplicação da disciplina aos filhos. Mas,
segundo a Palavra de Deus, aplicada com sabedoria, à disciplina livra a criança
da morte (Pv 23.13,14). Disciplina e toda ação instrutiva e discipuladora, pois
a palavra disciplina tem a mesma raiz da palavra discípular. De fato, uma
pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem educada, bem discipulada. Que os pais
eduquem seus filhos no temor e na admoestação do Senhor e que os Filhos honrem
e obedeça aos pais conforme ordena a Palavra de Deus. Devemos nos lembrar também
de que devemos ser prudentes na aplicação da disciplina aos nossos filhos, para
mostrar-lhes, acima de tudo, a forma correta de proceder em toda a sua existência.
3. Falsos Ensinos. Ha, em nossos dias, diversas novas teologias
que agridem diretamente a mensagem bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil.
"as portas do inferno" valem-se da teologia para atacara Igreja e
consequentemente as famílias. Satanás tem investido e disseminado muitos
ensinos deturpados, que utilizam-se ate de partes das escrituras, utilizadas sem
a devida e correta Interpretação, para confundir e afastar do Senhor as famílias,
que tem sede de salvação, do caminho, da verdade, e da vida, que e o próprio Jesus
Cristo {Jo 14.6). inspirados por teologias liberais, ha famílias que não mais
veem a Bíblia, como a inspirada, onerante e infalível Palavra de Deus. Todavia,
a Bíblia é e continuara sendo a única regra de fé e pratica do cristão. Alguns
chegam a ensinar que a Bíblia limita-se a conter a Palavra de Deus. Cuidado' A
Bíblia é, de falo, a Palavra de Deus. Leia com atenção 2 Timóteo 3.16. É indispensável,
que as famílias cristas estudem e obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras, Mossas
famílias precisam estar preparadas para enfrentarem as muitas teologias antibíblicas
que tem se levantado no nosso tempo, pois não podemos deixar brecha alguma ao adversário.
Quer na igreja, quer em casa, vigiemos e oremos.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O alvo do Diabo e
minar as famílias através dos falsos ensinos as crianças, da distorção da Palavra
de Deus e da ausência de disciplina no lar.
II - ATITUDES MUNDANAS PARA
DESTRUIR A FAMÍLIA
1. O Abandono aos Filhos. Não é incomum vermos
em nossa sociedade pais que abandonam seus filhos, não raro, estes ainda bebes,
essa é uma forma monstruosa de desrespeito para com a vida. Como pais, precisamos
entender que os filhos são herança do Senhor para que nos possamos cuidar, educar
e conduzir ao Senhor. Como pais. somos responsáveis por vestir nossos filhos, alimenta-los,
proporcionar-lhes uma educação de qualidade, inclusive para que estejam prontos
para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, mas acima de tudo, e
igualmente nossa obrigação transmitir a fé que uma vez nos foi dada para que as
próximas gerações tenham sua própria experiência com Deus. Portanto, sejamos
exemplo para este mundo, zelando por nossos filhos e conduzindo-os a Cristo.
2. Desrespeito aos pais. O ato de honrar os
pais sempre foi apreciado por Deus. Quando Ele deu a sua Lei aos filhos de
Israel, antes de entrarem na terra prometida, dentre os mandamentos constava a
ordem de honrar pai e mãe para que os filhos pudessem entrar na nova terra
sabendo que entre suas responsabilidades para com Deus estava o respeito para
com aqueles que, por meio de um ato de amor, lhe trouxeram a vida. Séculos
depois, Jesus reafirmou esse mandamento (Mt 19.19: Lc 18 .20), e Paulo acrescentou
que honrar pai e mãe foi o primeiro mandamento com promessa (Ef 6. 2). Infelizmente, não são raros os casos de filhos que não
apenas desonram seus pais desobedecendo-lhes. mas também esquecem deles na sua
velhice, época em que mais precisam de ajuda. Que esse pensamento mundano jamais
prospere entre servos de Deus.
3 - O secularismo. Segundo o Dicionário Teológica {CPAD) o Secularíssimo é a "doutrina que ignora os princípios
espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularista, o homem, é
somente o homem, e a medida de todas as coisas". Quando a família se
seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores
humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com
o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos
ser santos em toda a nossa maneira de viver (I Pe 1.15,16). Multas famílias estão
sendo influenciadas, pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista e
hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser "sal da
terra" e "Luz do mundo" (Mt 5-15,14).
Como sal. precisamos
ter uma vida familiar de tal forma, que os que nos veem ou nos ouvem, sintam a
nossa família fazer diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como
luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissiparas trevas do
pecado em nossa volta.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O crente como sai e
luz do mundo, representante do reino divino, não pode permitir que atitudes mundanas
destruam a família.
III - O CUIDADO CONTRA A
FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA
Para a filosofia de
vida mundana, não ha limites para o homem desfrutar do prazer carnal- A internet,
que tem sido usada como um grande m d o de comunicação, facilitou também a
propaganda e o estilo de vida miserável e sujo, com a pornografia. Como reagir a
esse desafio?
1. Observar a Palavra de Deus. A Bíblia diz que o
jovem só pode ter pureza em seu caminho quando observar a Palavra de Deus (Sl 119.9-11).
Como não há idade para o pecado, este principio aplica-se a qualquer cristão independente
de sua faixa-etária E indispensável que o adolescente, o jovem, ou o adulto, conheçam
profundam em Le a Palavra de Deus. Assim, estaremos preparados para enfrentar
os ardis de Satanás (Ef 6.1 0 20).
2. Templo do Espirito Santo. Não e incomum
sofrermos tentações em todas as esferas da vida, principalmente na sexual por
causa da pornografia, tão comum em nossos dias. Porem, devemos nos lembrar de que
o nosso corpo é o templo do Espirito Santo e o objeto de glorificação ao Altíssimo
(I Co 6 18-20). E devemos buscar a santificação para vencer desafio; como a
oferta de sexo imoral e sem compromisso, que desfigura a santidade e desagrada
a Deus. (Hb 12.14; 1 Pe 1-15).
3. "Não porei Coisa, má diante dos meus olhos"
(SI 101.3).
"Coisa má" é tudo aquilo que, aos olhos de Deus, é reprovável. A
pornografia e uma atitude pecaminosa contra a santidade do corpo e contra o próprio
Deus. Portanto, os pais devem ser os tutores dos seus filhos, orientando os quanto
ao que pode ser visto, ouvido e assistido. Não podemos descuidar da educação
dos nossos filhos. Zele por sua descendência.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Só poderemos vencer a
filosofia de vida mundana se atentarmos para a Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
Alguns dos mais terríveis
golpes contra a família são manipulados pelas autoridades publicas., ou seja,
justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento da constituição da
família tradicional (Rm 13.4).
Ha urna onda do
materialismo e do liberalismo social, ambos a serviço do Diabo, predominando nas
politicas publicas. Todavia, a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a "coluna e
firmeza da verdade" (I Tm 3.15), cerraram as fileiras de guardiã dos princípios
éticos fundamentais da família. Assim, não pereceremos sob os ataques contra a família,
mas glorificaremos a Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRAFICO
Subsidio Teológico
“ O NT não desafia
diretamente as escrituras sociais existentes. Em lugar disso,[...] o NT fala
diretamente as pessoas cristãs, e as convoca para viverem uma vida de amor
dentro das estrutura da sociedade. Desta forma, embora a esposa deve
submeter-se ao seu marido, ele é exortado a amar sua mulher o suficiente para
colocar suas necessidade em primeiro lugar no seu relacionamento(Ef. 5. 23-33).
Embora os filhos devam obedecer aos vossos pais, os pais não devem provocar a
ira de vossos filhos (6. 1-4). E embora os escravos devam obedecer aos seus
senhores na terra, os senhores cristãos devem tratar bem seus escravos e com
respeito (6. 5-9). Em ultima analise, a vida de amor a qual os cristãos são
convocados devem romper todas as barreiras artificiais erigidas pela sociedade.
Inicialmente, a vida de amor capacitaria o povo de Deus a unir-se no que Paulo
mostrou que nós somos - um corpo, uma pátria no Senhor” (RICHARDS, Lawrece O. Comentário Histórico Cultural do Novo
Testamento. I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. pag. 427).
BIBLIOGRÁFIA
SUGERIDA
LIMA. Elinaldo
Renovato de. Ética Cristã: Confrontando
as questões morais do nosso tempo I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
YONG. Ed. Os dez mandamentos do
casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a
vida.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
EXERCÍCIOS
1. Cite alguns ataques enfrentadas pelas
famílias na atualidade.
R: Ataque
às crianças, Ataque à disciplina no lar, Falsos Ensinos.
2 . o que e disciplina?
R: É toda a ação instrutiva e discipuladora.
3, Cite algumas atitudes mundanas para destruir a família.
R: O
Abandono aos Filhos, Desrespeito aos pais, O secularismo.
4. O que e sectarismo?
R: Doutrina que ignora
os princípios espirituais na condução dos negócios humanos.
5. O que a sua família tem feito para vencer os
ataques do Maligno?
R: Resposta pessoal.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. CPAD. pag. 38.
Sendo uma instituição
criada por Deus, a família e alvo de ataques por parte do mundo e do Diabo. Por
isso, e preciso entender de que forma Deus trata a família e como ela pode se
proteger dos seus oponentes.
Crianças sob ataque -
As crianças sempre foram alvo de ataques do inimigo. Não e a toa que em Êxodo, faraó
tenta impedir que as crianças saiam do Egito para cultuar ao Senhor (Ex
10.8-11). Ele sabia que se as crianças permanecessem no Egito, uma geração
inteira permaneceria como escrava, ao passo que os adultos sairiam livres para
adorar o Senhor.
Esse era o plano do
inimigo, mas não o de Deus. O Senhor pesou Sua mão sobre o Egito e livrou
adultos e crianças da opressão de faraó e da escravidão. Mas, esse exemplo bíblico
nos mostra como o inimigo pensa em relação as crianças: ele as quer presas no sistema
do mundo, afastadas de Deus e do culto, sem acesso a educação crista e a
Palavra. Cabe aos pais apresentar a Bíblia as crianças, ensinando-as a guardar
seus ensinos. No Antigo Testamento, os pais israelitas tinham a obrigação de
ensinar aos filhos, desde a mais tenra idade, os testemunhos do Senhor, que
deveriam ser passados de geração a geração. E da mesma forma que os pais devem
priorizar seus filhos, cabe também aos filhos respeitarem seus pais.
Ha uma promessa de
Deus aos filhos que tratam seus pais com dignidade: uma vida longa nesta terra.
A unidade familiar sob ataque - Um dos maiores problemas de nossos dias em relação
a família e o abandono desta por parte do pai, aquele que foi instituído por
Deus como protetor e provedor. A figura paterna tem sido cada vez mais
esquecida, pois homens sem o devido senso de responsabilidade abandonam o lar
que constituíram, deixando a criação e a provisão dos filhos para a mulher. E há
os casos dos homens que não assumem seus atos, deixando vir ao mundo filhos de relações
que depois não reconhecem por não quererem ter compromisso com a mulher com que
se relacionaram sexualmente.
Filhos crescem sem a
referencia paterna, e não raro reproduzem o que viram em sua criação, sem a
devida responsabilidade para com a família. Para essa realidade, Deus se
apresenta como Pai, como aquele que prove, protege, orienta e cuida de Seus
filhos. Deus e sem duvida o exemplo de paternidade. Por isso, serve de modelo
as famílias cuja imagem paterna não esteve presente por qualquer motivo. Quando
Jesus orava, referia-se a Deus como Seu Pai, dando-nos o exemplo necessário em
todos os aspectos.
SUBSIDÍOS
EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No século XXI, a família está sob ataque das forças
do inferno de maneira sistemática e insidiosa. Em todos os tempos, esse ataque
tem sido real. Mas nunca como nos dias presentes. Satanás tem conseguido mobilizar
governos, sistemas judiciários, escolas e faculdades, para minar as bases da
instituição familiar. Só em Cristo a família pode resistir às investidas
satânicas.
Formadores de opinião trabalham para a
destruição da entidade familiar, tal como Deus a criou, pela união de um homem
e de uma mulher, através do casamento. A sociedade sem Deus admite outros
“arranjos” de família.
O Supremo Tribunal Federal do Brasil aprovou
lei que considera a união homossexual “união estável”, ou, o que é pior,
“entidade familiar”, torcendo e distorcendo o sentido de família, de acordo com
a Constituição do País. O que significa isso? Total desprezo à Palavra de Deus,
que considera tais uniões “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 20.13).
É tão terrível o ataque à família na área da
sexualidade, que um líder gay declarou, anos atrás, que os filhos dos
conservadores, nos Estados Unidos, seriam alvo da sodomia. O Reverendo Louis
Sheldon, Presidente da “Coalizão dos Valores Tradicionais” naquele país,
registrou o discurso de um representante do segmento homossexual, com a
desfaçatez e a arrogância própria da maioria desse grupo social, no jornal Gay
Community News, escrito pelo ativista Michael Swift: Vamos sodomizar seus
filhos, símbolo de sua frágil masculinidade, de seus sonhos superficiais e
mentiras vulgares. Vamos seduzi-los em suas escolas, em suas repúblicas, em seus
ginásios, em seus vestiários, em suas arenas de esportes, em seus seminários,
em seus grupos de jovens, nos banheiros de seus cinemas, nos alojamentos de seu
exército, nas paradas de seus caminhões, em todos os seus clubes masculinos, em
todas as suas sessões plenárias, em todos os lugares onde homens estejam juntos
com outros homens. Seus filhos se tornarão nossos subordinados e farão tudo
o que dissermos. Serão remodelados à nossa imagem. Eles suplicarão por nós e
nos adorarão" (grifo nosso).
As declarações desse líder homossexual
revelam de modo cristalino a estratégia diabólica para dominar a sociedade. Os
homossexuais não querem apenas o respeito a seus direitos. Eles têm um projeto
de poder, de dominação, principalmente das crianças e dos jovens, para
comprometer o futuro das nações, submetendo-as às suas ordens. Vejam bem os
leitores o que o representante do Diabo disse: “Seus filhos se tornarão nossos
subordinados e farão tudo o que dissermos”. Dá para duvidar da natureza maligna
de uma declaração como essa?
São as “portas do inferno”, batalhando para
destruir a família e os princípios defendidos pela Igreja do Senhor Jesus. Mas
essas portas satânicas não prevalecerão. É uma questão de tempo. O Supremo Juiz
do Universo não dorme nem cochila. Seu sistema divino de controle, de acompanhamento
da História e das ações de todos os homens é o mais
perfeito do universo. Nada escapa ao seu
olhar. Ele a tudo vê. Mas só age, e agirá, no seu tempo, no seu “kairós tempo
que só a Ele pertence.
Aparentemente, Deus não está agindo. Mas
está. A seu modo, no seu tempo.
A Igreja do Senhor Jesus Cristo é a porta-voz
de Deus. Ela tem uma missão proclamadora do evangelho, mas também de denúncia
contra a pecaminosidade que destrói a sociedade, como um câncer enganoso, que aparenta
inofensivo, mas está causando metástase em todo o tecido social. A família está
sendo destruída. A prostituição, as drogas e a violência são vivenciadas em
todos os lugares. Antes, só nas grandes metrópoles que esses males eram mais
sentidos. Hoje, porém, com a influência dos meios de comunicação, os costumes
têm mudado drasticamente, alcançando todos os rincões do país. Seja nas grandes
capitais, seja nos menores distritos, vilas e povoados, a influência nefanda
desse falso “progresso” tem chegado, dominando as mentes e as consciências. Infelizmente,
os governos estão alinhados com o espírito do Anticristo.
Quase sem exceção, todos estão de acordo com
as mudanças perniciosas que se voltam contra a família. Até porque, com a “nova
visão de mundo”, a família tradicional é considerada ultrapassada. O casamento monogâmico
e heterossexual é retrógrado e precisa dar lugar a “novas configurações de
família”. Uma ministra do atual governo declarou à imprensa que “essa família,
composta de papai, mamãe e filhos” está ultrapassada. Novos “arranjos
familiares” se imporão.
Tal declaração identifica mais uma agente do
Anticristo. Desgraçadamente, esses agentes ocupam cargos importantes em todas
as esferas de direção do país. E eles têm poder político para aprovarem seus
intentos afrontosos contra a Palavra do Senhor. Assim, a igreja de Jesus, formada
de famílias cristãs, não pode ficar silente, omissa e acovardada. Tem que
demonstrar que tem poder espiritual e moral para fazer frente à onda satânica
que tomou conta da maioria dos governos e instituições do mundo. Somente com a
mensagem poderosa do evangelho de Cristo, é possível salvar a família da
destruição total, preconizada pelo Diabo e seus agentes humanos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 40-42.
O uso do pronome pessoal nós é notável
no começo do verso 12, que distingue entre este conflito em que os cristãos se
empenham e o da mera violência física. Paulo tem por certo que a vida cristã é
compreendida por seus leitores como uma vida de conflitos; seu objetivo é
explicar que não se trata de uma luta física, mas espiritual. Os inimigos da
alma não são forças terrenas, nem seres iguais ao homem, mas são os líderes das
forças espirituais do mal neste universo. Este é um pensamento que deve
despertar o crente, levando-o aos máximos esforços. Temos sido advertidos; mas
são muito poucos os que prestam atenção. Esta é realmente a situação; e se a
alma humana e os interesses da humanidade estão expostos a estes assaltos sutis
e violentos, não admira então que o mundo se agite em tormentos; pois,
relativamente poucos se têm preparado para resistir aos assaltos do demônio.
NOVO. Comentário da
Bíblia. Efésios. pag. 43-44.
12 O versículo subsequente justifica por que a luta
(originalmente: luta livre) dos cristãos não pode ser conduzida com recursos
humanos. Na medida em que os crentes se defrontam com as artimanhas do diabo, o
confronto não acontece com “carne e sangue”. A formulação “carne e sangue”
como descrição do ser humano ocorre também em outras passagens do NT.
Contrapondo-se à fragilidade de “carne e sangue”, descortina-se um cenário
realmente apavorante da esfera de influência do diabo: “principados” e “potestades”
(cf. Ef 1.21), “dominadores do mundo das trevas”, “entes espirituais
do mal nos céus”.
As diferentes definições provavelmente
não se tratam de instâncias rigorosamente delimitáveis, mas tão somente de uma
listagem do exercício diabólico do poder: “principados” e “potestades”
referem-se a diversas “esferas de influência”, que podem estar subdivididas
“segundo os diferentes setores da vida”. O termo “dominador do mundo”,
cuja natureza recebe uma inequívoca conotação negativa pelo adendo “destas
trevas”, aparece na literatura astrológica para designar planetas que
dominam o universo e assim também exercem influência sobre as pessoas. No
entanto é incerto se esse significado já existia na época pré-cristã: “Esses
poderes são chamados de dominadores do mundo porque a seriedade de sua situação
deve ser evidenciada na terrível magnitude de sua influência e em seus planos
abrangentes.
No fim eles são descritos como “entes
espirituais malignos” que atuam na região inferior do céu, i. é, na área
situada mais próxima do ambiente humano.
Enquanto o ser humano sem Cristo
constata que é refém indefeso desses poderes, a descrição possui um significado
completamente diferente para a igreja de Jesus Cristo: por meio dela a
seriedade da luta e a necessidade da armadura correspondente e da intercessão
mútua são destacadas. No entanto, desde o começo a igreja se encontra do lado
do Senhor do universo, que tirou o poder de todos os supostos dominadores do
mundo.
Excurso sobre Ef 6.12
Considerando que Ef 6.12 atualmente
assume uma posição-chave para um grupo cada vez maior de cristãos, cumpre fazer
ao menos uma análise rudimentar da questão. Falamos dos representantes da
“guerra espiritual” (spiritual warfare), que consideram, ao contrário do
nosso comentário, que os poderes aqui relacionados formam os contornos de uma
estrutura hierárquica do senhorio diabólico.
P. Wagner, destacado representante
dessa concepção, defende que por princípio Satanás persegue dois objetivos: a)
as pessoas perdidas não devem ser salvas por Cristo; b) as pessoas e as nações
devem sofrer um volume máximo de desgraças.
Mas como o diabo não é onipresente,
ele precisa de colaboradores na luta. “Ele estabeleceu uma hierarquia de
poderes demoníacos que executam seus planos e objetivos.” O “indício mais
claro” disso está em Ef 6.12. Ele diferencia: “1) principados, 2) potestades,
3) dominadores deste mundo sombrio e 4) maus espíritos da esfera celestial.” Na
verdade essas categorias não seriam tão nítidas como escalões militares. “Mas
transparece que os diversos termos descrevem diferentes tipos de entes demoníacos,
cuja tarefa consiste em executar as „investidas do diabo‟” (Ef 6.11).
Considerando que cada um dos senhores demoníacos dominaria determinada região,
seria tarefa da evangelização localizar o espírito responsável por determinada
área, destronando-o e finalmente banindo ou expulsando-o. Somente então o
trabalho missionário frutífero se tornaria viável (cf. op. cit., p. 111ss).
O erro básico dessa concepção esquematizada
consiste em que ela transmite a impressão de que existiria uma tática passível
de ser aprendida para expulsar o mal de uma região geográfica. Enquanto
estrategistas cristãos escorregam para o papel de generais espirituais, Ef
6.10ss apresenta o lutador cristão em armadura defensiva, cuja existência é
baseada unicamente “no poder de sua força (i. é, na força do Senhor)”. A
concepção também ignora que uma das “artimanhas” do diabo é disfarçar-se de
“anjo da luz” (2Co 11.14), uma artimanha que é justamente o contrário de
equiparar-se às concepções vigentes do agir diabólico.
HAHN. Eberhard. COMENTÁRIO
ESPERANÇA. Editora Esperança.
Efésios.
12. Porque a nossa luta não é. O motivo porque precisamos de toda a
armadura de Deus. Contra o sangue e a carne. Os israelitas sob o comando
de Josué tiveram de lutar contra a carne e o sangue a fim de conquistar a terra
de Canaã. A nossa guerra é espiritual e não física. E, sim, contra os
principados. Não uma comparação, mas uma negação absoluta. Nas hostes de
Satanás encontramos diferentes categorias. Não é possível fazer separações
distintas entre os diversos tipos de inimigos aqui mencionados. Contra os
dominadores deste mundo tenebroso. Literalmente, os príncipes do mundo
destas trevas. Contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes. Esta é a última das cinco vezes em que en tois epouraniois,
"nas regiões celestiais", ocorre na epístola.
MOODY.
Comentário Bíblico. Efésios. pag.
39.
5.10-14 E importante evitar as obras
infrutuosas das trevas* (qualquer prazer ou atividade que resultem em pecado).
Mas devemos ir além. Paulo nos ensina a expor essas obras, porque nosso
silencio pode ser interpretado como aprovação Deus precisa de pessoas que
defendam o que e correto, e os cristãos devem afirmar, com convicção e bondade,
tudo aquilo que e verdadeiro e justo.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD pag.1653.
I - OS ATAQUES DO INIMIGO
1. Ataque às crianças.
As crianças são o alvo mais visado O estado materialista
e ateu sabe que é importante controlar as escolas. Hitler sabia o valor da
educação doutrinária às crianças. Em discurso, proferido em 6 de novembro de
1933, disse: “Quando um oponente declara: ‘Eu não passarei para o seu lado’, eu
calmamente digo: seu filho já pertence a nós... O que é você? Você passará.
Seus descendentes, contudo, encontram-se agora no novo acampamento. Em breve,
eles não conhecerão outra coisa além da sua comunidade.
O Diabo, mais do que o ditador alemão, sabe
muito mais quanto é importante ter o controle do sistema educacional. Para
tanto, procura promover educadores materialistas, dando-lhes, através da política,
ou do sistema, diretores que não creem em Deus; professores materialistas,
que rejeitem a Bíblia, e escarneçam da fé
cristã. Não raro, os professores materialistas perseguem os alunos cristãos,
rebaixando suas notas, e criando dificuldades para que os mesmos sejam
reprovados. Nos países do antigo e fracassado “bloco socialista”, o Estado
totalitário e ateu, decretou que a educação das crianças e dos filhos em geral ficaria
a cargo do “todo-poderoso” regime socialista. Para quê? Para que os pais não tivessem
a autoridade de educá-los segundo suas crenças e tradições. O objetivo do poder
comunista era incutir, na mente das gerações, as ideias e os ideais de Karl
Marx, de Engels e de Stalin, os famigerados líderes de uma revolução
fracassada, que fazia parte da rebelião do homem contra Deus. Stalin chegou a
declarar: “Se Deus existe, eu irei lá, e o destruirei”. A História registrou
que seu fim foi deprimente. Até sua estátua, que se erguia solene na Praça
Vermelha, em Moscou, foi derrubada por um guindaste, e as pessoas pulavam sobre ela.
Mas tudo foi feito, e com significativo
êxito, para eliminar Deus da mente das crianças. A doutrinação marxista, anos
após anos, conseguiu em grande parte seus intentos diabólicos. Nas salas de
aula, os alunos aprendiam que Deus não existe; que o homem veio de um organismo
celular, que surgiu por acaso, evoluiu, por acaso, e chegou a ser um ser humano,
por acaso. Era o materialismo endeusado nas escolas estatais. Professores
materialistas usavam seu poder para ministrar o ateísmo. E gerações e mais
gerações nunca ouviram falar de Deus, a não ser em sentido crítico e deturpado.
Em nosso país, está acontecendo fenômeno semelhante. O Estado não chega, ainda,
a dominar o ensino, de forma ditatorial, como no comunismo. Mas está adotando
medidas e práticas com o mesmo objetivo, de eliminar as ideias cristãs,
fundadas na Bíblia, a Palavra de Deus, da mente dos alunos, com evidente
interferência do Estado na educação da família.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 42-43.
DEFINIÇÃO BASÍCA.
Materialismo. Consideremos as
citações abaixo:
A doutrina de que os fatos da experiência
podem ser todos explicados mediante referência à realidade, às atividades e às
leis da física ou da substância material.(WA).
A teoria que diz que o universo, em sua
totalidade, incluindo toda vida e mente, pode ser reduzido e explicado em
termos de matéria em movimento. Isso pode ser aplicado, igualmente, aos
sistemas que, embora considerem que a consciência não pode ser reduzida a
termos de energia física, ainda assim consideram-na dependente da matéria
quanto à sua existência, e pensam que seus processos 56 podem ser explicados
quando correlacionados aos processos fisiológicos, estando assim sujeitos às leis
que governam o movimento e a energia físicos. (MM). A segunda parte dessa
definição pode ser ilustrada pelo pensamento de Aristóteles, que concebeu a
substância «alma.. distinta do corpo, embora capaz de sobreviver à morte do
corpo, não dependendo do mesmo quanto à sua existência, portanto.
O materialismo é aquela doutrina filosófica
que diz que as únicas coisas que existem são substâncias materiais. Os
fenômenos mentais, a consciência, as sensações e os sentimentos são explicados
como modificações da substância material-sem a introdução de substâncias
mentais ou espirituais distintivas (C).
Naturalismo. Esse é apenas um
outro nome para a forma mais radical de materialismo. Todas as coisas são constituídas
de matéria, e nada existe que não seja apenas átomos em movimento. O que existe
é a matéria.
O que sucede é apenas matéria em movimento.
Portanto, a existência consiste nos átomos em movimento. Naturalismo
Critico. Esse sistema procura evitar o sobrenaturalismo, afirmando que a
verdade pode ser que não podemos reduzir tudo ao principio material. Assim, temos de considerar a possibilidade da
existência de coisas como a mente e alguma ta substância imaterial. Mas, se tal
substância existe, então ela deve ser concebida como algo natural, e não
sobrenatural, como parte integral do nosso próprio mundo, e não algo fora do
mundo. Essa posição nega o substancialismo, uma ideia fundamental do
problema corpo-mente, O substancialismo assevera que a alma é uma substância
que não pertence à ordem natural das coisas, antes, ela teria vindo de longe,
e, finalmente, volta para longe, para o mundo de luz. Segundo esse ponto de
vista, o homem é um ser transcendental, embora cativo por algum tempo
(principalmente por razões morais), a um corpo físico.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Editora Hagnos. Vol. 4. pag. 157-158.
ATEÍSMO
É impossível dar uma
definição simples de um termo como ateísmo, pelo que expomos as várias formas
por ele assumidas: A palavra vem do grego a, «não», e theos, <<Deus>>.
Ê a descrença na existência de um deus, Deus ou deuses específicos, a descrença
em conceitos que os homens têm de deus, Deus ou deuses. Ou então, é a negação de
qualquer realidade sobrenatural.
1. Descrença nos deuses populares. Sócrates, que pendia
para o monoteísmo, era um ateu (ou talvez, um agnóstico), no tocante à multidão
de deuses da sociedade ateniense. Outro tanto se dava com Platão. Os pagãos
chamavam os primeiros cristãos de ateus.
2. De modo geral, a descrença no tipo
de deus, Deus ou deuses que os homens imaginam. Assim, alguém pode declarar-se
ateu em relação ao Deus das batalhas, apresentado em alguns trechos do Antigo Testamento,
mas não um ateu que não creia na existência de Deus, em alguma apresentação
refinada.
3. A rejeição dos deuses da superstição, incluindo
o Deus do Antigo e do Novo Testamentos, quando se pensa estar Ele em foco. Xenófanes,
Heráclito e outros, nos tempos antigos, assim diziam, sem incluírem o Deus da Bíblia.
Freud achava que a origem da religião é a neurose das massas, e outros têm
visto na religião um instrumento para controle das massas. Tais individuas, é
óbvio, não têm conceito de um Deus vivo. Pode-se incluir o marxismo dentro
dessa classificação geral.
4. No positivismo lógico. É tolice falar sobre a existência de Deus, de
modo positivo ou negativo. Não temos percepção, e portanto, não temos
conhecimento de Deus. Ele pode existir ou não, mas não é. Um objeto de nosso
conhecimento, pelo que é um desperdício de tempo participar da controvérsia do
teísmo contra o ateísmo. Ambos afirmam-se conhece dores de informes que não
possuem. O ateísmo diz que o conhecimento sobre Deus existe, mas é negativo.
Portanto, Deus não existe. O teísmo, por sua vez, afirma que tal conhecimento
existe, e é positivo. Portanto, Deus existe. O positivismo lógico diz que ambos
estio equivocados, pois o conhecimento de Deus não é disponível. No positivismo
temos um ateísmo prático, mas não te6rico. Deus não teria sentido para a
vida, não sendo um fator que determina as ações, e assim sendo, para-todos os efeitos
práticos, pode ser considerado inexistente.
5. Ateísmo prático-moral. Admite-se a
existência teórica de Deus, um postulado necessário para explicar causa,
desígnio, etc. Mas a existência de Deus não exerce qualquer influência sobre a
vida, não sendo um fator determinante na escolha e na ação.
Deus não é uma força moral. As decisões são tomadas
sobre outras bases. Até mesmo alguns cristãos professas são ateus práticos.
6. Ateísmo panteísta: Deus é a alma do
universo e o universo é o corpo de Deus. Tudo é Deus. Do ponto de vista
judaico-cristão, o panteísmo é uma forma de ateísmo,
7. Deus como o Espírito Absoluto, como
dizia Hegel. Deus é um tipo de força cósmica, que une em tomo de si todas as
coisas, sendo a fonte de todas as coisas, embora não seja uma pessoa, em
qualquer sentido. Muito menos é uma pessoa em três: Pai, Filho e Espirito
Santo. Essa forma de filosofia segue o ateísmo, a julgar pelos padrões
cristãos, porquanto não reconhece o tipo de Deus que tem sentido para os cristãos.
Porém, isso não nega que há discernimentos quanto à natureza de Deus, nessas
especulações.
8. Ateísmo naturalista. Não há tal coisa como
algo fora da natureza, e na natureza não encontramos deus, Deus ou deuses. Não
há o sobrenatural, pelo que não há Deus, em termos convencionais.
9. Ateísmo politeísta, Se há uma multidão de
deuses, então não há um verdadeiro Deus em contraste com deuses falsos. Pois,
para nós, Deus indica um ser distinto de todos os outros seres, muito mais
elevado. O politeísmo destrói o caráter distinto de Deus, pelo que é uma forma
de ateísmo.
10. Ateísmo absoluto. Deus não existe, sob
qualquer definição. Não há deus (ou Deus) na terminologia sofisticada da
teologia ou da filosofia. Toda ideia de Deus é vã. Não há deus (ou Deus) conforme
insistem que há tanto o judaísmo como o cristianismo, em suas respectivas
doutrinas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 363.
2. Ataque à disciplina no lar.
Punição aos pais que aplicarem medidas
corretivas. Há
projeto de lei, aprovado no Congresso Brasileiro, prevendo punição e até a
perda da guarda dos filhos, para pais que aplicarem medidas corretivas aos
filhos. A chamada “lei da palmada”, o Projeto de Lei 7.672/2010, pretende
incorporar ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que qualquer “castigo
físico”, de natureza disciplinar, aplicado pelos pais a filhos desobedientes ou
rebeldes, devem ser passíveis de punições, inclusive a perda do poder sobre os
filhos, que poderão ser recolhidos a instituições governamentais, para serem
educados por agentes do governo.
Concordamos que nenhum pai tem o direito de
espancar seus filhos. Isso é crime. Mas aplicar uma medida corretiva, sem
violência, com o objetivo de inibir a prática de atos de rebeldia, é saudável e
educativo. Mas essa é uma demonstração de que o Estado brasileiro quer retirar
dos pais a autoridade de corrigir seus filhos.
De acordo com a Palavra de Deus, os pais
devem ser os educadores por excelência de seus filhos. No Antigo Testamento, o ensino
aos filhos era determinação divina: “Instrui o menino no caminho em que deve
andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Essa
exortação solene tem tido seus efeitos comprovados, ao longo dos séculos.
Quando os pais educam seus filhos, conforme os princípios sagrados da Palavra
de Deus, os efeitos sobre sua formação espiritual, emocional e intelectual são
benéficos e duradouros. No Novo Testamento, o texto de Efésios 6.1-4 nos mostra
que a Palavra de Deus é muito mais avançada que as propostas de lei para educação
dos filhos, e do relacionamento dos pais com eles. A legislação humana, baseada
nos “direitos humanos”, não é clara quanto aos deveres dos filhos para com seus
pais. Mas é pródiga em explicitar os direitos dos filhos e os deveres dos pais.
A Bíblia incentiva o relacionamento respeitoso entre os filhos e os pais,
exortando-os a serem “obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo”,
e manda honrar o pai e a mãe, por ser o “primeiro mandamento com promessa”,
para que os filhos vivam bem, e vivam muito tempo sobre a terra. Para os pais a
determinação bíblica é solene: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos
filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. Percebe-se que
grande sentido e alcance esse tipo de exortação tem sobre a educação familiar. De
um lado, os pais, criando seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”, ou
seja, segundo os elevados princípios de Deus, de amor, respeito, santidade, e
autoridade paternal. E sem excessos, sem provocar a ira ou a revolta nos
filhos. Para tanto, os pais dispõem do ensino da Palavra de Deus, do recurso
maravilhoso da oração e do jejum por seus filhos, do saudável costume da
prática do culto doméstico, onde os pais podem e devem repassar os sagrados
ensinos à família, e desenvolver o diálogo amoroso com eles. De outro lado,
vemos que o Espírito Santo registra que os filhos devem ser obedientes e
saberem honrar seus pais, para serem bem-sucedidos em suas vidas. A história
revela que os filhos que sabem honrar seus pais, geralmente são homens e
mulheres de bem.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 43-45.
A disciplina corretiva na Bíblia. O livro de Provérbios
é rico em ensinos sobre a disciplina, seus objetivos e resultados na formação
da personalidade e do caráter dos filhos. Diz a Bíblia: “Não retires a
disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá.
Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” (Pv 23.13,14). Ao
ler um texto como esse, os educadores materialistas, inspirados no liberalismo
social, torcem o nariz, e criticam acidamente a Palavra de Deus, dizendo que
tais conselhos são retrógrados, arcaicos, superados e obscurantistas,
aplicáveis na Idade Média. O escritor dos Provérbios inspirados por Deus mostra
que é necessária à disciplina aplicada à criança. Ele se refere à “vara”, que
pode ser utilizada como meio de dissuasão ou inibição contra atos de rebeldia. Evidentemente
que essa palavra “vara” pode ser entendida de maneira radical, literal, ou
conotativa. Entendemos que castigar a criança desobediente, rebelde, que não
aceita os limites definidos por seus pais, pode (e deve) sofrer algum tipo de
reprimenda, que pode ser desde uma repreensão verbal severa, uma ordem incisiva
para corrigir o malfeito, ou um castigo com a privação de algum direito que a
criança, ou o adolescente possa ter.
Se uma criança, que já entende o que é certo
e o que é errado, insiste em praticar o errado, causando prejuízo a si, à sua
família ou à sociedade, precisa ser corrigida. Os pais podem privá-la de um
passeio de bicicleta; de ir à casa de um colega para brincar; podem cortar a
mesada da semana; podem proibir que assista televisão, ou acesse à internet,
durante alguns dias; não levá-la ao parque de diversão, etc. Tudo isso pode ser
entendido como “vara” da correção.
Em alguns casos, o uso da “vara” pode ser uma
palmada numa criança de poucos anos para que ela entenda que a desobediência
tem um preço a pagar; para que ela entenda que quem governa a casa são seus
pais, e não ela própria; para que ela aprenda, por um meio doloroso, que a
desobediência não compensa; quando se trata de pré-adolescentes ou
adolescentes, os pais não devem usar castigos físicos, como palmadas, chineladas,
ou coisas semelhantes. A privação de passeios e de outros direitos tem mais
efeito. Se forem jovens, a partir dos 18 anos, somente o diálogo com firmeza e
a repreensão firme com autoridade podem ter resultados benéficos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 45-46.
13. Não retires...a disciplina. Sobre o uso da vara, veja exegese de
13:24.
14. Livrarás a sua alma do inferno. A palavra alma muito
frequentemente significa simplesmente a pessoa (cons. Sl. 107:9 e muitos outros
exemplos em concordâncias). A palavra Sheol pode significar e geralmente
significa simplesmente a sepultura (veja Gn. 42 : 38 ; Is. 14: 11 ; e
comentário sobre Pv. 1:12; 2:18). A expressão paralela de 23:13 é "ela não
morrerá". O versículo provavelmente não significa que o bater salvará a
alma da criança (Greenstone), mas que lhe será espiritualmente benéfico e a
salvará de morte prematura (Delitzsch e Toy). Oesterley faz a interessantíssima
observação de que este provérbio tem um paralelo nos provérbios de Ahikar. Mas
quanto à forma, o provérbio é mais parecido com 23:14 na cópia ele mantina de Ahikar
do que nas outras cópias, que presumivelmente criaram os originais
babilônios. Ele conclui que os judeus no Egito moldaram o seu Ahikar por
este versículo dos Provérbios. Esta seção dos Provérbios retrocede, portanto,
além do século quinto (cons. Introdução, Provérbios e Outras Obras da
Literatura da Sabedoria).
MOODY. Comentário Bíblico. Provérbios. pag.60-61..
23.13,14 O tom severo da disciplina aqui e
compensado pelo afeto expresso no v. 15. Porem, muitos pais relutam em corrigir
seus filhos. Alguns temem que seu relacionamento seja prejudicado, que seus
filhos se ressintam ou que venham a sufocar o desenvolvimento de seus filhos.
Mas a correção não matara as crianças; evitara que cometam tolices.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD pag. 863.
Vv. 12-16. Aqui ha um pai que instrui o seu
filho, a que este entregue a sua mente as Escrituras. Eis aqui um pai que corrige
o seu filho: acompanhado de oração e abençoado por Deus, evitara a sua destruição.
Eis aqui um pai que exorta o seu filho, a fim de dizer-lhe algo que será para o
seu próprio bem. E que consolo será se, daqui em diante, ele corresponder a sua
expectativa!
HENRY. Matthew.
Editora CPAD. Provérbios. pag. 46.
3. Falsos Ensinos.
Mas os educadores materialistas debocham e
desdenham da educação com base na Palavra de Deus. Em seus discursos acadêmicos
demagógicos, dizem que mesmo a palmada corretiva não deve ser aplicada, pois a
criança aprende a bater nos outros. A prática demonstra o contrário. Os
marginais, os bandidos, os violentos que estupram, assaltam e matam, via de
regra, são oriundos de lares onde não há disciplina corretiva; de lares onde os
pais não tiveram ou não têm autoridade sobre os filhos. Essa é a realidade. Se
for feita uma pesquisa na Fundação Casa, certamente essa afirmação poderá ser
confirmada. Disciplinar, adequadamente, de acordo com a idade do filho, é um ato
de amor. Provérbios 13.24 ensina que pais lenientes, que não disciplinam seus
filhos, na verdade não os amam. O que ama seus filhos os disciplina “a seu
tempo”, ou seja, de acordo com a faixa etária e a idade mental deles.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 46.
Todos os sistemas modernos, seja de educação,
de economia, da vida social, dos divertimentos, do lazer, da informática, da
internet, tendem a desviar os adolescentes e jovens dos princípios emanados da
Palavra de Deus.
“Respondendo aos discípulos sobre quem seria
sua pessoa, Jesus disse: Eu “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Todos os ensinos materialistas fazem
parte do arsenal diabólico das “portas do inferno”, levantadas acirradamente
contra a Igreja do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, elas têm combatido
fortemente os arraiais dos cristãos, mas não prevalecerão”.
Jamais devemos nos deixar dominar por
pensamentos de derrota, que nos levam a crer que o mal prevalecerá sobre nós.
De modo algum. Doutrinando aos romanos, Paulo escreveu o verdadeiro “cântico de
vitória” do cristão, mostrando que nem a perseguição, nem a angústia, nem a
espada, são suficientes para nos derrotar (Rm 8.37-39).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 48.
3.16 A Bíblia não e uma coleção de historias,
fabulas, mitos ou ideias meramente humanas a respeito de Deus. Não e um livro humano.
A Bíblia e a Palavra de Deus. Através do Espirito Santo, Deus revelou sua
pessoa e seu plano para certos crentes, os quais escreveram sua mensagem para o
seu povo (2 Pe 1.20, 21). Este processo e conhecido como inspiração divina. Os
autores escreveram levando em conta seus próprios contextos pessoais,
históricos e culturais. Embora tivessem usado suas próprias mentes, talentos,
linguagem e estilo, eles escreveram o que Deus queria que escrevessem. A
Escritura e completamente fidedigna porque Deus estava no controle do que
estava sendo escrito. Suas palavras tem toda a autoridade sobre nossa vida e fé.
A Bíblia foi escrita sob completa orientação e inspiração de Deus. Leia e use
os ensinos dela para guiar sua conduta.
3.16.17 - A Bíblia inteira e a Palavra
inspirada de Deus. Por ser inspirada e fidedigna, devemos lê-la e aplica-la a
nossa vida. A Bíblia e o nosso padrão para testar tudo o que e declarado como sendo
verdade. E a proteção contra os falsos ensinos e a fonte de direção para o nosso
modo de viver E a nossa única fonte de conhecimento sobre como podemos ser salvos.
Deus quer lhe mostrar o que e verdadeiro e lhe capacitar a viver para Ele. Quanto
tempo você dedica ao estudo da Palavra de Deus? Leia-a regularmente para
descobrir a verdade de Deus e se tornar confiante em sua vida e em sua fé.
Dedique-se a ler a Bíblia inteira, não apenas as passagens que você já conhece.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD pag. 1716.
3. Permanece na Palavra de Deus
(2 Tm 3 : 13 - 17).
A única maneira de derrotar as mentiras de Satanás
e por meio da verdade de Deus. "Assim diz o Senhor!" e a resposta
conclusiva a todas as controvérsias. Os homens perversos e os enganadores se tornarão
cada vez piores. Enganarão cada vez mais, pois estão sendo enganados por Satanás.
Nos últimos dias, haverá mais dissimulação e imitação, e o cristão só poderá
discernir entre o verdadeiro e o falso por meio da Palavra de Deus. Timóteo
havia aprendido a Palavra de Deus desde a infância. A tendência de algumas pessoas
e pensar que precisavam da Bíblia quando eram mais jovens, mas que, depois de
adquirirem certa maturidade, são capazes de viver sem ela. Que grande engano! Os
adultos precisam muito mais da orientação da Palavra do que as crianças, pois
os adultos enfrentam muito mais tentações e tomam mais decisões. A avó e a mãe de
Timóteo lhe ensinaram fielmente as Escrituras do Antigo Testamento (o pronome "quem",
em 2 Tm 3:14, e plural, referindo-se a essas duas mulheres; ver 2 Tm 1:5). Timóteo
deveria permanecer no que havia sido ensinado. Não devemos nos considerar maduros
demais para precisar da Palavra de Deus.
Esta e uma boa ocasião para admoestar os pais
cristãos a ensinar a Bíblia a seus filhos. Para minha esposa e eu, sempre foi
uma grande alegria ver nossos filhos mais velhos e alfabetizados compartilhando
as historias da Bíblia de livros infantis com os irmãos mais novos e
esclarecendo suas duvidas. Aos poucos, passaram a ler sozinhos livros mais
complexos e a própria Bíblia. Felizmente, nossa escola dominical oferecia um
programa de memorização da Bíblia. Assim que nossos filhos nasciam, nos os cercávamos
com a Palavra de Deus e de orações. Depois que os filhos crescem não temos mais
esse tipo de oportunidade. Neste paragrafo, Paulo faz algumas declarações importantes
acerca das Escrituras:
As Escrituras são sagradas (v. 15a). A expressão
"As sagradas letras" e uma tradução literal. Fica subentendido que Timóteo
aprendeu o alfabeto hebraico por meio das Escrituras do Antigo Testamento. O
termo "sagrado" significa "dedicado para uso santificado".
A Bíblia e diferente de todos os outros
livros - inclusive dos livros sobre a
Bíblia -, pois foi separada por Deus para um uso
sagrado especial. A Bíblia e um livro extraordinário e deve ser tratada como
tal. A maneira de tratarmos a Bíblia mostra aos outros quanto a respeitamos ou não.
Não quero parecer esquisito, mas devo
confessar que detesto ver uma Bíblia jogada no chão. Quando estamos carregando
a Bíblia com outros livros, ela deve ficar em cima dos demais. Ha uma diferença
entre marcar a Bíblia de modo apropriado, enquanto a estudamos, e borra-la com
marcas descuidadas. Vi pessoas usarem a Bíblia como apoio para uma xicara de café!
Paulo mostra a atitude correta em relação a Palavra de Deus (1 Ts 2:13).
As Escrituras nos conduzem a salvação (v.
15b). Não somos salvos por crer na Bíblia (ver Jo 5:39), mas sim pela fé no
Cristo que e revelado na Bíblia. Satanás conhece a Bíblia, mas não e salvo. Timóteo
foi educado
nas Sagradas Escrituras em um lar piedoso. No
entanto, só foi salvo quando Paulo o levou a Cristo. Qual e a relação entre a Bíblia
e a salvação? Em primeiro lugar, a Bíblia revela a necessidade de salvação. E
um espelho que mostra como somos imundos aos olhos de Deus. A bíblia explica
que todo pecador perdido e condenado agora (Jo 3:18-21) e precisa de um
Salvador agora. Também deixa claro que o pecador não pode salvar a si mesmo. Mas
a Bíblia também revela o plano maravilhoso de Deus para a salvação: Cristo morreu
por nossos pecados! Se crermos nele, ele nos salvara (Jo 3:16-18). A bíblia também
ajuda a ter a certeza da salvação (ver 1 Jo 5:9-13). Assim, ela se torna o
alimento espiritual que nutre nossa vida, a fim de crescermos na graça e de
servirmos a Cristo. E nossa espada na luta contra Satanás e na vitória contra a
tentação. As Escrituras são verdadeiras e confiáveis (v. 16a). "Toda a
Escritura e inspirada por Deus." A doutrina da inspiração das Escrituras e
de importância vital e também e uma doutrina que Satanás tem atacado desde o
principio ("E assim que Deus disse...?" [Gn 3:1]). E inconcebível que
Deus desse a seu povo um livro no qual não pudessem confiar. Ele e o Deus da
verdade (Dt 32:4); Jesus Cristo e "a verdade" (Jo 14:6); e "o Espirito
e a verdade" (1 Jo 5:6). Jesus afirmou acerca das Escrituras: "a tua
palavra e a verdade" (Jo 17:17).
O Espirito Santo de Deus usou homens de Deus
para escrever a Palavra de Deus (2 Pe 1:20, 21). O Espirito não apagou as características
naturais dos escritores. Antes, em sua providencia, Deus preparou escritores para
a tarefa de redigir as Escrituras. Cada um deles tem seu estilo e vocabulário próprios.
Cada livro da Bíblia originou-se de um conjunto especifico de circunstancias.
Ao preparar os homens, ao conduzir a historia e ao operar por meio do Espirito,
Deus realizou o milagre das Escrituras. Não se deve pensar no termo "inspiração"
da forma que o mundo o entende hoje, quando diz: "sem duvida, Shakespeare
foi um escritor inspirado". A inspiração bíblica refere-se a influencia
sobrenatural do Espirito Santo sobre os escritores, garantindo que as palavras
que escreveram seriam precisas e fidedignas. A revelação e a comunicação da
verdade ao ser humano por Deus; a inspiração e relacionada ao registro dessa comunicação
de maneira confiável. Tudo o que a Bíblia afirma a respeito de si mesma, do ser
humano, de Deus, da vida, da morte, da historia, da ciência e de qualquer outro
assunto e verdade. Isso não significa que todas as declarações encontradas na bíblia
sejam verdadeiras, pois ela registra as mentiras dos homens e de Satanás. Mas o
registro e verdadeiro.
As Escrituras são uteis (v. 16b). São uteis
para o ensino (aquilo que e certo), para a repreensão (aquilo que e errado),
para a correção (como fazer o que e certo) e para a educação na justiça (como
permanecer no caminho certo). O cristão que estuda a Bíblia e que aplica o que
aprende cresce em santidade e evita muitas ciladas deste mundo.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol.
II. Editora Central Gospel. pag. 237-238.
Divinamente inspirada ( gr. theopneustos ). (2 Tm 3.16)
A palavra grega theopneustos significa
soprada por Deus — de theos (Deus) epneo (soprar). Embora seja difícil
recriar plenamente a ideia contida nessa palavra, e certo que Paulo quisesse
dizer que toda a Escritura e inspirada por Deus. E este o principal sentido:
Deus não somente inspirou os autores que escreveram as palavras da Bíblia, mas
também ilumina aqueles que a leem com o coração cheio de fé.
3.16 — Paulo enfatiza a preeminência de toda a
Escritura. Inspirada por Deus. O Senhor se envolveu ativamente na revelação de
Sua verdade aos apóstolos e profetas que a escreveram. O Autor da Bíblia e o
próprio Deus. Portanto, as Escrituras são verdadeiras em tudo o que afirmam e
totalmente fidedignas (1 Pe 1.20,21). O estudo da Bíblia e proveitoso em, pelo
menos, quatro formas diferentes. Ensinar, ou seja, doutrinar. Paulo enfatiza em
primeiro lugar o ensino correto; em Atos, Lucas também enfatiza o compromisso
da igreja de Jerusalém com a doutrina (At 2.42). Redarguir, no caso, e não
apenas argumentar, mas argumentar com convicção uma verdade incontestável.
Corrigir e disciplinar, endireitar (2 Tm 2.15). Instruir refere-se a ensinar a
um novato ou uma criança. Note-se que somente um destes termos esta voltado
simplesmente para a informação — ensinar (1 Pe 2.2); os demais implicam mudança
de vida. O conhecimento completo que não promova mudança de vida de uma pessoa
e inútil. Por outro lado, viver sem entendimento de quem e Deus e do que espera
de nos e arriscado e perigoso.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 614.
II - ATITUDES MUNDANAS PARA
DESTRUIR A FAMÍLIA
1. O Abandono aos Filhos.
Falar de relações de afetividade não é
necessariamente o discurso mais agradável de se desenvolver, especialmente se
nos extremos de relações como esta estão pai e filho, em meio a um mar de
omissões, descasos e irrefutável desprezo. Trata-se de um delicado tema, que
envolve não somente direitos e deveres, mas questões morais e éticas, que
habitam (ou deveriam habitar) o consciente e o inconsciente de cada ser humano,
sem que, para isto, houvesse a necessidade de provocação da parte sucumbente,
qual seja, a prole.
Os pais possuem, em relação aos filhos, o
dever de sustento, de cuidado, de zelo, preservados pela Constituição Federal
de 1988, através do art. 227. Não obstante a existência dos mencionados deveres
objetivos e subjetivos de cuidado é verídica a informação de que muitos lares são
compostos de famílias monoparentais, situação que impulsiona um dever de
provimento das mais básicas subsistências às diversas necessidades de crianças
e adolescentes, muitas vezes suportadas por apenas um dos pais, geralmente o
que detém a guarda.
Não subjugando a questão do apoio material,
até mesmo porque não se discute apoio financeiro em abandono afetivo, sabe-se
que, com o instituto criado em 1976 – o divórcio – muitos ex-casais têm o
entendimento de que esta ruptura familiar enseja também o rompimento dos laços
com a prole, principalmente com a implementação de guarda exclusiva, onde o
parente desprovido de guarda ignora o fato de um dia ter gerado um filho. Pais
que decidem pôr termo ao relacionamento, muitas vezes põem termo também ao
vínculo com os filhos, podendo lhes causar um incontestável trauma de abandono.
Ser criado sem pai pode não ser necessariamente um trauma, especificamente no
contexto da necessidade material – e muitas vezes não é, pois o responsável que
detém a guarda daquela criança ou daquele adolescente (geralmente a mãe) muitas
vezes pode suprir toda e qualquer ausência; a questão é ter a consciência de
que o pai existe, está vivo e exerce a rejeição por livre escolha, muitas vezes
de maneira vil e ardilosa.
A Constituição Federal determina o dever de
sustento, mas também o dever de preservação da saúde, o que inclui o equilíbrio
psicológico que se espera normalmente de uma pessoa que tenha estabilidade das
relações afetivas. Criança abandonada não é somente criança de rua e esse
rótulo deve ser extirpado, para que os tribunais comecem a enxergar o tamanho
do prejuízo causado pelo abandono moral do pai ausente.
O STJ, no REsp 757.411-MG, Rel. Min. Fernando
Gonçalves, julgado em 29/11/2005, entendeu de forma contrária, publicando sua
decisão que, a seguir, se resume: "Entendeu que escapa ao arbítrio do
Judiciário obrigar alguém a amar ou a manter um relacionamento afetivo, que
nenhuma finalidade positiva seria alcançada com a indenização pleiteada."
Somos obrigados a concordar com o relator e dizer que, realmente, não há
decisão judiciária no mundo que faça alguém sentir amor. Não se trata de uma
obrigação de fazer, ou pior, de sentir. Respeita-se, neste diapasão, a posição
manifestada pelo Ministro. A decisão favorável à indenização, no entanto,
abriria um grande precedente aos pais que geram e não cuidam, às crianças que
sentam horas em frente ao portão de casa à espera do pai, que não chega no
domingo, às crianças que não sabem o que é desenhar, pintar, montar presentes
para o dia dos pais e efetivamente entregá-los ao destinatário. Essas crianças
precisam de apoio psicológico, de acompanhamento, pois fazem parte da secção
anormal da criação no mundo, onde sabem que nasceram de ambos os genitores, mas
apenas um lhes dá ciência do que é ser família. Não perderam o pai, mas o pai
preferiu se perder deles, por espontânea escolha. Todas as escolhas na vida têm
prós e contras, e um pai ausente deveria suportar o ônus financeiro de seu
livre arbítrio, para que a Constituição Federal fosse respeitada na
literalidade de seus princípios.
Se há formas de se atribuir esta responsabilidade,
então que ele sinta o peso da mão da justiça dos homens sobre si, impondo-lhe o
ressarcimento devido. De alguma maneira, está-se colocando em discussão não uma
decisão ou um mandamento constitucional apenas, como se isso já não fosse
suficiente, mas direitos de crianças e adolescentes que um dia estarão nestes
Tribunais, utilizando seus conhecimentos e sua experiência de vida para a
construção de um mundo melhor. Ou não.
Fonte.http://jus.com.br/revista/texto/12159/abandonoafetivoparental#ixzz2PPPJ5VUO
49.14,15 - O povo de Israel pensava que Deus os
tivesse abandonado na Babilônia; porem Isaias frisou que. da mesma forma que
uma mãe amorosa jamais se esquece de seus filhos. Deus nunca os esqueceria. Ao
pensarmos que Deus nos abandonou, devemos perguntar se não fomos nos que o
esquecemos e abandonamos
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD pag.942.
49.15Acaso pode uma mulher esquecer-se do
filho que ainda mama...? O poderoso instinto maternal não permitirá que uma mãe se
esqueça de seu filhinho que ainda mama; sim, talvez uma mãe possa fazer isso,
pois podemos mencionar alguns poucos casos de tão terrível negligência maternal.
Mas os desejos de Yahweh para com Israel (Judá) eram mais fortes que os de uma
mãe por seu bebê, de modo que o "filho", Judá, podia ser
punido pelo mal praticado, mas jamais abandonado. O amor divino é mais profundo
do que qualquer forma de amor humano. O amor de Yahweh é a própria fonte
da vida e da consolação de Judá. Cf. Isa. 43.4; 44.21; 46.3,4. Cf.
especialmente Jer. 31.20. Ver também Mat. 23.37. Quanto ao exemplo contrário,
ver Lam. 4. 3,4,10; Deu. 28.57.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 2928-2929.
14 Mas Siao diz: Já me desamparou o SENHOR; o
Senhor se esqueceu de mim .
Em resposta a esta profecia, Sião
(personificada, representando o povo de Jerusalém nos dias de Isaias) protesta
que o SENHOR (o Yahweh que guarda a aliança) a tem abandonado e que o SENHOR (
o Mestre Soberano) a esqueceu. Eles estavam insinuando que o Senhor não estava
vivendo a altura do seu nome e natureza. Eles tinham esquecido e abandonado a
chamada deles para proclamarem as boas novas (40.9). Eles não puderam entender
o Evangelho, as boas novas que Isaias estava proclamando.
15 Pode um a mulher esquecer-se tanto do
filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda
que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti. Sião não tinha
nenhuma razão para ter autocomiseração (pena de si mesma). Deus poderia
abandona-los “por um pequeno momento”, mas a sua “grande misericórdia” sempre
estaria lá para eles (54.7).
Ele responde que ainda que as mães pudessem
se esquecer dos seus bebes, Deus não se esquecera de Sião. O seu amor e maior
que o amor de mãe, maior que o amor que ocupa o primeiro lugar entre todos na
terra.
16 Eis que, na palma das minhas mãos; te tenho
gravado; os teus muros estão continuamente perante mim.
Sião esta gravada “na palma das mãos” de
Deus, significando que esta estava sempre diante dos seus olhos e debaixo da
sua proteção. Ele sempre a veria e cuidaria dela. As muralhas da cidade ainda estavam
de pé nos dias de Isaias, e Deus também as protegeria. O cumprimento final,
contudo, será na Nova Jerusalém (c f 62.6; Ap 21.12-19).
STANLEYM. Horton. Comentário Bíblico: Isaías. Editora
CPAD. pag. 428-429.
Lamentações 4.3 — Chacais eram cães do deserto,
animais desprezíveis, mas ate mesmo eles cuidavam de suas crias. Os avestruzes,
ao contrario, não pareciam se importar muito com os filhotes. 4 .4 — A língua
do que mama. O tema das crianças passando fome e sede e mencionado novamente
(Lm 2.11-13).
2. Desrespeito aos pais.
20.12. Este é o primeiro mandamento que vem
acompanhado de uma promessa. Para viver em paz por muitas gerações na Terra Prometida,
os israelitas precisavam respeitar a autoridade e construir famílias fortes.
Mas o que significa “honrar” os pais? Em parte, ó falar bem deles e tratá-los
de forma atenciosa; é mostrar-lhes cortesia e respeito (mas não se deve
obedecer-lhes caso isto signifique desobediência a Deus). Também é seguir o seu
ensino e exemplo de pôr Deus em primeiro lugar. Os pais têm um lugar especial na
visão de Deus. Mesmo os filhos com dificuldades no relacionamento com os pais
são exortados a honrá-los.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia
de estudo. Editora CPAD pag. 112.
20.12. Honra teu pai e tua mãe. A chave para
a estabilidade social é reverência e respeito aos pais e à autoridade deles. A
promessa anexa relacionava primariamente o mandamento à vida na Terra Prometida
e lembrava os israelitas do programa que Deus havia estabelecido para si e para
seu povo. Dentro dos limites do território dos israelitas, Deus esperava que
eles não tolerassem delinquência juvenil, que, no fundo, é manifesto
desrespeito aos pais e à autoridade deles. Severas consequências, a saber, pena
capital, podiam ser aplicadas (cf. Dt 21.18-21). Uma das causas do exílio
babilônico foi à falta de honra aos pais (Ez 22.7/15).
O apóstolo Paulo individualizou essa promessa
nacional quando aplicou a verdade a crentes na sua época (cf. Mt 15.4; Mc 7.10;
Ef 6.1 -3).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do
Brasil. pag.119.
“Quais [mandamentos]" (vv. 18, 19).
Será que o jovem estava sendo evasivo? Creio
que não, mas estava cometendo um erro, pois uma parte da lei de Deus não pode ser
separada da outra. Classificar a lei de Deus em "menor" ou
"maior" é interpretar incorretamente todo o propósito da lei.
"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna
culpado de todos" (Tg 2:10). A lei representa a autoridade de Deus, e
desobedecer ao que pensamos ser uma lei menor é, ainda assim, rebelar-se contra
a autoridade do Senhor. Por certo, o jovem estava pensando somente na
obediência exterior, pois se esqueceu das atitudes do coração. Jesus havia ensinado
no Sermão do Monte que odiar era o equivalente moral de cometer assassinato, e
que a lascívia correspondia moralmente ao adultério. Era muito bom o jovem ter
bons costumes e uma moral elevada, mas, infelizmente, não percebeu seu pecado
nem se arrependeu e creu em Cristo. Jesus não citou o mandamento que se aplicava
especificamente ao jovem: "Não cobiçarás" (~x 20: 17). O rapaz
deveria ter refletido a respeito de todos os mandamentos e não apenas daqueles
que Jesus citou. Será que estava procurando um discipulado fácil? Ou talvez
sendo desonesto consigo mesmo? Acredito que, a seu próprio ver, seu testemunho
foi sincero. No entanto, ele não permitiu que a luz da Palavra penetrasse mais a
fundo. Jesus sentiu um amor repentino pelo jovem (Mc 10:21), de modo que
continuou tentando ajudá-lo.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I.
Editora Central Gospel. pag. 94-95.
A obediência é ordenada (v. 2a). Aqui, Paulo
cita o quinto mandamento (Êx 20:12; Dt 5:16) e o aplica ao cristão do Novo
Testamento. Isso não significa que o cristão viva "sob a Lei", pois
Cristo nos libertou tanto da maldição quanto do jugo de escravidão da Lei (Gl
3:13; 5:1). Mas a justiça da Lei ainda revela a santidade de Deus, e o Espírito
Santo nos capacita a que pratiquemos essa justiça em nossa vida diária (Rm
8:1-4). Nove dos Dez Mandamentos são repetidos nas epístolas do Novo
Testamento, a fim de serem observados pelos cristãos, com exceção de
"Lembra-te do dia de sábado, para o santificar". É tão errado um
cristão desonrar aos pais quanto o era para um judeu do Antigo Testamento.
"Honrar" os pais significa muito
mais do que simplesmente obedecer a eles. Significa mostrar respeito e amor por
eles, cuidar deles enquanto precisarem de nós e procurar honrá-los pela maneira
como vivemos. Um rapaz e uma moça vieram me procurar, pois estavam querendo se
casar. Perguntei-lhes se os pais dos dois haviam concordado com o casamento.
Eles trocaram um olhar envergonhado e confessaram:
Tínhamos esperança de que o senhor não fizesse
essa pergunta... Passei uma hora tentando convencê-los de que era um direito
dos pais deles se regozijarem com esse acontecimento e que a exclusão deles
causaria mágoas profundas, as quais talvez nunca fossem curadas.
- Mesmo que eles não sejam cristãos - expliquei
são seus pais, e vocês lhes devem amor e respeito.
Por fim, eles concordaram, e os planos que
fizemos juntos agradaram a ambas as famílias. Se tivéssemos seguido o primeiro plano
do casai, os dois teriam perdido a credibilidade para testemunhar a seus
familiares.
Em vez disso, puderam dar um bom testemunho
de Jesus Cristo.
A obediência traz bênçãos (w . 2b-3). O
quinto mandamento é acompanhado de uma promessa: "para que se prolonguem
os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá" (Êx 20:12). A
princípio, essa promessa foi feita ao povo de Israel, quando este entrou em
Canaã, mas Paulo aplica-a aos cristãos de hoje, dizendo que o filho cristão que
honrar ao pai pode esperar duas bênçãos. As coisas irão bem para ele e ele terá
vida longa na Terra. Isso não significa que todas as pessoas que morreram
jovens desonraram os pais. O apóstolo está declarando um princípio: quando os
filhos obedecem aos pais no Senhor, evitam muitos pecados e perigos e, desse
modo, muitas coisas que poderiam ameaçar ou encurtar sua vida. Todavia, a vida
não é medida apenas pela extensão de tempo, mas também pela qualidade da
experiência. Deus enriquece a vida do filho obediente, a despeito de quanto dure
aqui na Terra. O pecado sempre empobrece; a obediência sempre enriquece.
Assim, o filho deve aprender a obedecer ao
pai e à mãe, não apenas porque são seus pais, mas porque Deus assim o ordenou.
A desobediência aos pais é uma forma de rebelião contra Deus. A situação triste
dos lares de hoje é resultante da rejeição à Palavra de Deus (Rm 1:28-30; 2 Tm
3:1-5). A criança é, por natureza, egoísta, mas, pelo poder do Espírito Santo,
pode aprender a obedecerão pais e glorificar a Deus.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. II.
Editora Central Gospel. pag. 68-69.
3 - O secularismo.
SECULAR, SECULARISMO
Esboço:
I. Definições e Caracterização Geral
2. A Secularização da Igreja Cristã
3. União Entre o Secular e o Sagrado
1. Definições e Caracteriza-lo Geral. Essa palavra vem do
latim, saeculum, "pertencente a uma era". Nos círculos religiosos
recebe o sentido de "aquilo que pertence ao mundo de nosso tempo", e
que não faz parte do que é sagrado ou espiritual. Definindo melhor, secular é
aquilo pertencente à maneira de viver deste mundo, e não à maneira de viver do
mundo vindouro; é algo que não comunga com os interesses e as entidades espirituais.
Por essa razão, com frequência essa palavra é contrastada com os adjetivos
"religioso" ou "espiritual". As palavras
"secular", "secularismo" e "secularização" adquirem
seus significados da distinção medieval entre aquilo que ficava sob jurisdição
eclesiástica ou monástica e aquilo que não ficava, por serem de competência exclusivamente
do Estado.
Até o século XIX, o termo
"secularismo" normalmente referia-se à teoria que propugnava a
separação entre a autoridade civil e a autoridade eclesiástica. Foi G.H. Holyoake
(1818-1906) quem primeiro usou essa palavra ao referir-se ao tipo de atitude
anti-religiosa; e daí a palavra veio a tornar-se um sinônimo da negação das
realidades sobrenaturais, ou da recusa de reconhecer a autoridade da Igreja.
Nesse caso, "secular" tornou-se o oposto de "sagrado".
O secularismo veio a ser uma espécie de
movimento tipo humanista. O secularismo procurava aprimorar as condições
humanas, sem fazer qualquer alusão à religião ou às reivindicações da igreja.
Antes, utilizava-se da pura razão, da ciência e das organizações sociais
(não-religiosas) humanas. Destarte, se a caridade era apanágio exclusivo da
Igreja, passou a tomar-se também um dos deveres do Estado. A Renascença (vide)
deu grande impulso e idealismo a esse movimento.
2. A Secularização da Igreja Cristã. Uma das aplicações
do termo que ora estudamos é a referência ao confisco de propriedades da Igreja
por parte do Estado, geralmente com propósitos egoístas e indignos. Após o
século IV d.C., alguns segmentos da Igreja conseguiram amealhar consideráveis
riquezas sob a forma de propriedades. E isso tomou-se uma tentação para alguns governantes
civis, como Carlos Martelo, rei da França, no século VIII d.C. Ele apoderou-se
de propriedades eclesiásticas em proveito próprio.
Outra forma de secularização foi efetuada
pelos reformadores protestantes, os quais suprimiram o monasticismo, fecharam
mosteiros e passaram a usar seus edifícios com outros propósitos. Nos tempos
modernos, a secularização tem ocorrido dentro e fora da Igreja, como resultado
da separação entre Igreja e Estado, devido a que todos os departamentos de atividade
humana-ciências, artes, filosofia, educação e economia-foram livres do controle
eclesiástico, embora não necessariamente da cooperação da Igreja. Muitas dessas
funções, antes empreendimentos quase exclusivos da classe religiosa, como obras
de caridade e escolas, foram largamente secularizadas.
A secularização de ideias também faz parte
desse processo. A visão sobre naturalista, do mundo foi substituída por ideias
seculares e mesmo profanas, e até as próprias escolas religiosas têm encontrado
dificuldades em impor cursos de religião aos seus alunos. Outro fenômeno dessa
área tem sido o uso de ideias bíblicas, mas de maneiras abertamente seculares,
divorciadas da metafísica envolvida. Um notável exemplo disso é como o
movimento comunista usa textos de prova da Bíblia em defesa de suas teorias
econômicas e sociais, sem envolver qualquer coisa de espiritual, na aplicação
de trechos escriturísticos. Mas a aplicação mais ridícula de todas é aquela que
reduz Jesus a um líder político e militar, ignorando totalmente seus declarados
propósitos espirituais. O brilhante autor Bonhoeffer, embora homem impelido por
fortes propósitos espirituais, em seu livro, Letters and Papersfrom Prison,
apresentou uma interpretação não-religiosa de conceitos bíblicos que, segundo
ele sentia, a nossa época precisa levar em conta; porém, em nenhum sentido ele
promoveu a ideia de uma Igreja secularizada, embora alguns tenham procurado
fazê-lo encaixar-se nesse molde. Paulo van Buren publicou um volume intitulado
The Secular Meaning ofthe Gospel, que proveu munição para a versão secularizada
de conceitos bíblicos e ideais cristãos. O que ele asseverou é que o cristão
moderno deve ser um homem também voltado para atividades seculares, dedicado a
causas humanistas, dotado de uma visão secular da existência. Arend van Leeuwen
(Christianity in World History) e Harvey Cox (The Secular City) chegaram ao
extremo de sugerir que o processo de secularização é resultado direto e correto
da fé bíblica, como se o amadurecimento espiritual levasse o indivíduo de uma
base espiritual para uma base profana. Na mente de muitas pessoas, foi o que
bastou para que ideias acerca de um cristianismo secular, de um Cristo secular,
de uma conversão secular, de uma salvação secular e de missões evangélicas seculares
substituíssem as antigas noções espirituais ensinadas nas Escrituras Sagradas.
Naturalmente, esse tipo de pensamento mescla-se admiravelmente bem com a
filosofia do Deus Morto (vide).
Entrementes, não há nenhum sinal do
esmaecimento da fé religiosa, que faz parte das ideias visionárias desse movimento.
O que tem acontecido é que os indivíduos profanos têm-se tornado ainda mais
profanos, fazendo de suas profanações a sua religião. Porém, isso não quer dizer
que eles não sejam humanitários, de modo positivo, e pelo que podem ser
elogiados; mas nem por isso escapam à condenação em face dos absurdos que têm promovido.
3. União Entre o Secular e o Sagrado. Fazendo contraste com
essa secularização indevida da Igreja, temos a atitude correta de alguns
cristãos, que afirmam que não se deve estabelecer distinção entre o que é
secular e o que é sagrado. O homem espiritual não compartimentaliza a sua vida
segundo esse critério. Qualquer atividade ou trabalho, se for honroso, embora possa
ser chamado de secular, não será tal, se isso fizer parte da vontade de Deus
para aquela vida. Nesse sentido, todas as coisas são sagradas. Jesus aceitou
tomar uma refeição na casa do fariseu, mas não deixou do lado de fora a sua
influência espiritual. Ele trabalhou durante muitos anos como carpinteiro, mas
essa foi a vontade do Pai quanto àquele período de sua vida. Sim, todas as ocupações
dignas podem ser meios de servirmos ao próximo, permitindo-nos assim cumprir a
lei do amor. E não deveríamos ser tentados a chamar isso de secular. Os crentes
devem interessar-se por obras de caridade, por serviços sociais, por todas as
formas de atividades humanitárias. Esse interesse injeta o sagrado no que é profano.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Editora Hagnos. Vol. 6. pag.123-124.
III - O CUIDADO CONTRA A
FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA
PORNOGRAFIA
Breve Histórico da Pornografia
A representação gráfica da nudez humana, bem
como das relações sexuais, é algo bem antigo na história do homem. A
arqueologia revelou que em muitas das paredes dos templos pagãos cananitas, que
foram destruídos pelos israelitas quando conquistaram a terra por volta de
1.300 anos antes de Cristo (Lv 26.1; Nm 33.52), havia desenhos de órgãos
sexuais masculinos e femininos. Essas são as formas mais antigas de pornografia
que conhecemos. Os cananitas aparentemente representavam os órgãos genitais nas
paredes para excitar os adoradores e estimulá-los à prática da prostituição
sagrada. Os israelitas, em contraste, tinham uma atitude totalmente diferente
quanto à exposição dos órgãos sexuais. Em suas Escrituras Sagradas estava escrito
que Deus cuidou em cobrir a nudez do primeiro casal após a Queda (Gn 2.25; 3.7-10).
Havia uma preocupação em que as vestimentas cobrissem os órgãos genitais (Ex
28.42-43), a ponto de existir uma determinação na lei de Moisés de que o sacerdote
deveria ter cuidado para não subir as escadas do altar de forma a deixar que
seus órgãos genitais ficassem expostos (Ex 20.26). Cão, o filho de Noé, foi condenado
por ter visto a nudez de seu pai. A própria Bíblia se refere à genitália de forma
reservada, usando às vezes eufemismos como “nudez” (Lv 18), “pele nua” (Ex 28.42),
“membro viril” (Dt 23.1), “entre os pés” (Dt 28.57) e “parte indecorosa” (1Co 12.23),
só para citar alguns exemplos.
Os gregos antigos usavam temas pornográficos
em canções empregadas nos festivais em honra ao deus Dionísio, séculos antes de
Cristo. Nas ruínas romanas de Pompéia, destruída na erupção do Vesúvio em 79
d.C., há pinturas pornográficas nas paredes de algumas edificações
representando órgãos sexuais masculinos e propaganda de
serviços de prostituição.
A pornografia também era usada em algumas
culturas orientais antigas como Índia, Japão e China. Bastante antiga e
amplamente divulgada é a obra Kama Sutra, escrita na Índia por volta do
ano 2500 a.C., um manual contendo gravuras das mais grotescas formas de relação
sexual. Na Europa medieval, o Decamerão (1353) do italiano Giovanni
Boccaccio, obra abertamente pornográfica, tinha grande circulação.
Com o advento da mídia eletrônica em décadas
recentes, a pornografia passou a ser um problema social de grandes proporções.
O cinema, a televisão, o vídeo e a TV a cabo se tornaram canais poderosos pelos
quais todos os tipos de pornografia se tornaram amplamente disponíveis ao
grande público. A partir daí a indústria pornográfica cresceu de forma massiva,
pois as pessoas passaram a consumir pornografia em suas próprias casas, sem
precisar ir ao cinema ou à banca de revistas.
Surgiram também jogos pornográficos de
computador. E mais tarde, com o advento da Internet, a disponibilidade e a
facilidade de acesso à pornografia multiplicou-se de forma inimaginável. Devido
ao acesso internacional e ao custo zero de copiar e baixar imagens na Internet,
a cyber-pornografia tornou-se a forma mais popular de pornografia hoje.
Os Diversos Tipos de Pornografia
Os estudiosos do assunto, bem como os
legisladores, fazem geralmente uma distinção entre diferentes tipos de
pornografia, para fins de estudo e compreensão:
1. Softcore – Refere-se a material
pornográfico que apresenta imagens de nudez e cenas que apenas sugerem a
relação sexual.
2. Hardcore – Contém representação
explícita dos órgãos genitais em cópula e de relações sexuais de toda a sorte.
3. Snuff – Fala-se ainda de vídeos snuff,
onde pessoas praticam atos sexuais e depois são assassinadas. Entretanto, não
se conhece nenhum exemplar destes vídeos que tenha sido distribuído
comercialmente.
4. Pornografia infantil – É a
representação, sob qualquer forma, de criança em ato sexual implícito ou
explícito, simulado ou real, ou qualquer representação dos órgãos sexuais da
criança para fins sexuais. 5. Erótica – Algumas feministas fazem uma
distinção entre pornografia, que é a sujeição e degradação sexual da
mulher através de imagens que representam o homem dominando e humilhando a
mulher sexualmente, e a erótica, que é a representação sexual de homem e
mulher em posição de igualdade e respeito mútuo.
Estas distinções podem nos ajudar a entender
melhor o assunto e a perceber como diferentes pessoas entendem a pornografia.
Entretanto, todas as diferentes formas de pornografia têm em comum a exposição
pública da nudez e das relações sexuais humanas, com vistas ao despertamento
sexual indiscriminado. Por este motivo, os cristãos não devem se deixar
iludir por estas distinções, como se alguma forma de pornografia fosse menos
errada do que outras.
LOPES. Dr. Augustus Nicodemus. Pornografia: Realidade, Perigos e
Libertação. pag. 3-5.
Essa palavra portuguesa vem do grego pórne,
«prostituta», + graphei, «escrever». A referência primária é a obras escritas
sobre prostitutas, embora seja palavra largamente usada para indicar publica.
filmes e fotografias cuja mensagem básica são questões sexuais lúdicas, com a
exploração da imagem do corpo feminino para propósitos sensuais. A pornografia,
pois, pode consistir em arte, em filmes, em fotografias ou em literatura
licenciosa. Originalmente, a palavra era usada para indicar alguma descrição
das prostitutas e o relacionamento delas para com a saúde pública. Porém, de
uns tempos para cá, seu uso se tomou mais especializado.
1. Excitação Sexual. Como é bem
conhecido, a excitação sexual do varão pode tomar-se muito forte somente pela
vista, fato esse que tem sido explorado a um ponto em que vastas indústrias de
publicações, fotografias e filmes têm sido organizadas para alimentar esse apetite.
Costumava-se pensar que a mulher não se deixava arrebatar muito por tais
coisas; mas, aqueles que se ocupam com a indústria pornográfica têm ficado
surpresos diante da receptividade desse tipo de coisa entre as mulheres. Assim,
as «revistas para homens» já são tradicionais; mas as «revistas para mulheres»,
que mostram homens despidos, são uma criação pornográfica bastante recente. A
revista Play-Girl é uma delas; e os publicadores admiram-se do quanto
essa revista é vendida. Naturalmente, é verdade que os homossexuais masculinos
são os principais compradores sexuais masculinos são os principais compradores
donas-de-casa que ocultam tais revistas sob o travesseiro ou em suas gavetas de
armário.
2. Classificações da Pornografia. O
tipo mais «inocente» de pornografia é a chamada «suave», com exibição de nudez
humana, mas sem retratar o ato sexual propriamente dito. A pornografia
atrevida, porém, exibe o ato sexual não somente entre seres humanos, mas até a
bestialidade (sexo com animais), acompanhado por toda espécie de ilustração
pervertida e descrição verbal. Cenas de estupro e assassinato são ali
demonstradas; e, presumivelmente, algumas dessas cenas não são teatrais, mas
reais. Talvez o pior aspecto dessa pornografia explícita seja o envolvimento de
crianças. o que é contrário ao bom senso e às leis de toda ordem.
3. A Pornografia e a Liberdade. Os estados totalitários
têm tido menos dificuldades com a questão devido ao fato de que as publicações pornográficas
são simplesmente proibidas. Embora elas existam como parte de um «mercado
negro», As sociedades livres. por sua vez, têm procurado censurar e controlar a
pornografia. embora não eliminá-la. Mas basta um olhar a qualquer banca de jornais
e revistas para revelar que. para todos os efeitos práticos, atualmente não há
mais censura. Os advogados da liberdade. de modo geral. afirmam que a
pornografia deve ser tolerada como parte da livre expressão dos cidadãos. Essa
tolerância amplia-se a todos os campos do pensamento e do empreendimento
humano. Mas as sociedades totalitárias que proíbem a pornografia também proíbem
a livre expressão religiosa. Ali. uma pessoa pode ser detida na rua. se estiver
distribuindo literatura religiosa; e na Albânía, até a publicação da Bíblia é
proibida. Isso posto, muitos opinam que a liberdade é melhor. ainda que dai
resultem abusos. Nesse último caso, fica ao encargo da espiritualidade de cada
individuo estabelecer um fator regulador. É óbvio que a
pornografia é prejudicial para o ser humano. porquanto avilta o sexo. que deve
ser mantido em santidade por todos aqueles que temem ao Senhor. Mas precisamos
reconhecer que há outras coisas prejudiciais. resultantes da liberdade de
expressão; e essa liberdade não pode ser sacrificada. Assim. parece que a
indústria pornográfica é algo que veio para ficar, nos países livres. A
sociedade em geral é munda na, secular, e quer mesmo consumir coisas desse
jaez. Quanto a cada crente , que evite a pornografia como uma praga. Deus
haverá de julgar aos imorais (ver Heb. 13:4).
4. A Pornografia e seus Malefícios. Ocasionalmente,
ouve-se falar em um assalto sexual ou estupro com morte. realizado por maníacos
sexuais mais pirados por alguma revista ou filme pornográfico. Os psiquiatras
costumam salientar que os maníacos encontram sua inspiração não
obrigatoriamente nesse tipo de pornografia, e que as pessoas normais usualmente
não praticam tais violências devido a alguma excitação visual. Nos Estados
Unidos da América, o ex-presidente Lyndon Johnson fez um estudo de dois anos
sobre a questão pornográfica, e chegou à conclusão de que ela não é prejudicial
à moral. recomendando que todas as leis antipornográficas fossem repelidas. Mas
o presidente Nixon repudiou a conclusão, e recusou-se a seguir suas sugestões
quanto a provisões legais. Naquele pais do norte, a regra básica da legislação
escrita é que o material pornográfico deve ter algum valor social remidor (se
isso é possível), não visando apenas à excitação sexual. Porém. essa legislação
não está sendo observada ali. Na verdade, não há coisa alguma que justifique ou
redima a pornografia. A pornografia glorifica práticas sexuais erradas. não
tendo qualquer valor didático autêntico. Os únicos que tachariam a pornografia
de um «bem.. são os seus exploradores: os vendedores-pois com ela ganham dinheiro
5. A Pornografia e o Cristão. Por uma parte, tem-se argumentado que
a maioria dos crentes adultos são heterossexuais praticantes, e que, na:
verdade, não têm muito a aprender sobre o sexo. Dai concluem que há poucos
males a esperar da parte da excitação sexual por meio de livros. revistas e
filmes. Por outra parte, tem-se argumentado que essa questão envolve, antes
de tudo, uma questão de ênfase. O crente deve estar seguindo ideais
elevados, conducentes ao desenvolvimento espiritual; mas a pornografia em nada
contribui para esse desenvolvimento, mas bem ao contrário. :E: muito importante
como e com o quê um crente está alimentando a sua mente. A pornografia é
altamente indigesta para a pureza mental. Em segundo lugar, é óbvio que a maior
parte das publicações pornográficas apela para as perversões sexuais. para os
exageros, para o adultério, para o incesto, para nada dizermos acerca do
homossexualismo masculino e feminino. Ora, nenhuma dessas distorções é
compatível com a visão cristã da vida diária. Falando pelo lado positivo, Paulo
mostra-nos o que deve merecer a nossa atenção e ocupar os nossos pensamentos: «...tudo
o que é verdadeiro. tudo o que é respeitável tudo o que é justo. tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvor existe. seja isso o que ocupe o vosso pensamento.. (Fil. 4:8; o
itálico é nosso).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Editora Hagnos. pag. 327-328.
Você sabe qual é o negócio que mais cresce no
mundo, com um faturamento maior do que os de empresas como Google, Apple,
Amazon, Netflix, eBay, Microsoft e Yahoo — juntas? Chama-se pornografia. Em
2006, as rendas desta indústria foram de 97 bilhões de dólares. Mais filmes
pornográficos são feitos no mundo do que de qualquer outro gênero, de longe.
São em média 37 filmes por dia, ou mais de 13.500 por ano. O Brasil é o segundo
maior produtor desses filmes, atrás dos EUA. Um estudo reportou que sete em
cada dez homens de dezoito a 34 anos visitam sites pornográficos na internet.
As mulheres também, outrora mais constrangidas com esse tipo de atividade, têm
buscado cada vez mais a pornografia, muitas para tentar agradar o parceiro.
“Ah, mas graças a Deus somos cristãos e isso
não nos afeta.” Não se precipite. Uma pesquisa entre cristãos nos EUA revelou
que 50% dos homens e 20% das mulheres na igreja eram viciados em pornografia.
Outra pesquisa somente entre pastores revelou que 54% deles tinham visto
pornografia nos últimos doze meses e 30% nos últimos trinta dias.
Quem está imune?
CARDOSO. Renato.
Cristiane Cardoso. Casamento Blindado.
Editora Thomas Nelson Brasil.
Pornografia ensina que o sexo é tudo, menos
íntima relação de pessoa para pessoa,
contato entre corpo e alma dos cônjuges desejosos. E, como se costuma dizer, a
vida logo imita a “arte”. Jovens contraem matrimônio com suas mentes cheias de
imagens pornográficas e os seus corações cheios do desejo de realizar fantasias
pornográficas.
Pornografia é inerentemente violenta, intrinsecamente
desamor. É uma perversão da sexualidade, não uma verdadeira forma dela, e algo
que ensina a violência e degradação em detrimento do prazer mútuo e intimidade.
É sobre conquistas. É o oposto da intenção de Deus para o sexo. A pornografia
desvincula o amor do sexo, deixando o sexo como a satisfação imediata dos
desejos mais básicos. Ela vive além das regras e da ética e da moralidade. Ela
existe muito além do amor. E ainda inúmeros jovens, mesmo jovens cristãos,
estão vindo para o casamento trazendo consigo toda essa bagagem pornográfica.
Depois de ter visto milhares de atos sexuais num cenário pornográfico, eles
pesam sobre suas esposas a expectativa de ter uma atriz pornô. O jovem marido
supõe ou demanda que sua mulher esteja disposta a fazer qualquer coisa, e que
ela vai fazer tudo isso com a devida alegria e encorajamento, e que ela será
tão disposta e desejosa e qualificada como as mulheres que ele viu numa tela.
Minha grande preocupação com os jovens de
hoje (que é realmente mais uma preocupação para as mulheres que serão em breve
as suas jovens esposas) é que talvez inadvertidamente, ou talvez intencionalmente,
pornifiquem o leito conjugal.
Eles podem trazer impureza ao puro, egoísmo ao
altruísmo. Tendo-se entregue à pornografia, tiveram toda a sua percepção da sexualidade
alterada, moldada por pornografia profissional. Eles poderão em breve impor
sobre suas jovens noivas a expectativa impossível de uma estrela pornô. Com a
grande maioria dos jovens tendo sido expostos à pornografia (pelo menos 90% de acordo
com estudos recentes), e com uma grande percentagem deles tendo sido viciados
nela, e com muitos a apreciá-la mesmo depois que entram no casamento, eles
precisam ter sua compreensão e suas expectativas redefinidas de acordo com Aquele
que criou o sexo.
Quando uma pessoa se torna viciada em drogas,
ela tem que passar por um processo chamado de desintoxicação. No
processo de desintoxicação o corpo da pessoa é limpo da droga de que se tornou
dependente. É um processo difícil em que se abandona as velhas realidades e se
abraça um novo padrão.
CHALLIES. Tim Desintoxicação
Sexual. pag.6-7.
1. Observar a Palavra de Deus.
O valor da observância da palavra Diz a Bíblia: “Como
purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo
ao meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi
a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (SI 119.9-11). Como
o adolescente ou o jovem pode ter um caminho puro diante de Deus, em meio a uma
onda avassaladora de materialismo e pecado? O texto transcrito dá a orientação
divina: “Observando-o conforme a tua palavra”. É indispensável que o
adolescente e o jovem cristão conheçam a Palavra de Deus. Do contrário, como
poderá observar, ou seja, vivenciar suas experiências, seu comportamento, suas
atitudes “conforme” a Palavra de Deus? Hoje, em muitas igrejas, é comum haver
adolescentes completamente alheios às coisas de Deus; há muitos que não têm
qualquer compromisso com o Senhor Jesus Cristo; estão nas igrejas porque acham
que é bom, mas não querem fazer nada que “atrapalhe” seus sentimentos, seus
desejos, ou suas inclinações, mesmo que estas contrariem a Palavra do Senhor.
Isso é trágico, pois, se os adolescentes os
jovens de hoje não tiverem uma boa formação espiritual, como o serão, em poucos
anos, quando alcançarem a fase adulta? E esta vem rápido. Daí, a importância de
as igrejas locais terem um programa de ensino para essas faixas etárias, tanto
na Escola Dominical quanto em outras ocasiões. Eles gostam de desafio. E
precisam ser desafiados a buscar a Deus, a ler a Bíblia, numa programação que
os atraia para os caminhos do Senhor. Gincanas bíblicas, competições
interessantes, maratonas de conhecimento bíblico, e outros eventos, podem
despertar o interesse dos adolescentes. Com sabedoria e graça de Deus, é
possível tornar a ministração da Palavra aos adolescentes agradável e
interessante para sua idade.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 47.
De que maneira poderá o jovem guardar puro o
seu caminho? Temos aqui a segunda estrofe, com outras oito linhas que
glorificam a lei. Ver na introdução a este salmo a seção chamada Salmos
Acrósticos, quanto a explicações sobre o estilo literário deste salmo.
O jovem. Como podem os jovens, cheios das
chamas da juventude e sempre tentados a experimentar coisas novas, com
frequência pecaminosas, manter- se puros? Até o piedoso e inocente Jó, que não
possuía pecado que causasse seus horrendos sofrimentos, cometera pecados em sua
juventude (ver Jó 13.26). “O interesse pelo bem-estar dos jovens é uma das
grandes características do escritores da Literatura de Sabedoria. Ver Pro.
1.4,8,10,15; 2.1; 3.1; Ecl. 11.9 e 12.1” (William R. Taylor, in ioc.). Ver no
Dicionário o artigo chamado Sabedoria, seção III, quanto a esse tipo de
literatura na composição hebraica. Os salmos, aqui e acolá, e certas porções
deste salmo, participam desse fenômeno. Cerca de treze salmos são
essencialmente dessa natureza. Ver as classes dos salmos exibidas no gráfico no
início do comentário, o qual atua como uma espécie de frontispício do saltério.
Dou ali dezessete classes e listo os salmos pertencentes a cada uma delas.
Entre essas classes, estão os salmos de sabedoria.
O salmista encontrou a resposta para o seu
problema na lei, chamada aqui de dabar, a segunda dentre as dez palavras usadas
para indicar a lei, conforme notas no vs. 1. Compreende-se que um jovem que
estude a lei não somente saiba o que é melhor, mas também receba o poder de
Yahweh, Autor da lei, possivelmente através do poder do Espírito Santo. Muitos
jovens não são pecadores endurecidos, mas tradicionalmente enfrentam problemas
de pureza da vida, porquanto se inclinam a fazer experiências, em parte movidos
pela curiosidade, em parte por suas corrupções interiores, que já possuem bem
desenvolvidas e que são facilmente despertadas. Contudo, não é suficiente a um
jovem ser pessoalmente puro. Um homem deve fazer o bem em favor do próximo,
através de obras de amor.
Ninguém despreze a tua mocidade; pelo
contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na
fé, na pureza.
(I Timóteo 4.12)
“As concupiscências dos jovens são
naturalmente fortes e inclinam por contaminar a alma (Pro. 1.4; 20.11)”
(Fausset, in Ioc.).
Dá o teu melhor ao Mestre,
Dá da força de tua mocidade;
Lança o ardor intenso e fresco de tua alma,
Na batalha pela verdade.
(Sra. Charles Barnard)
119.10 De todo o coração te busquei.
Encontramos aqui uma excelente espiritualidade, que não depende exclusivamente
da guarda da lei. Existem corações dedicados a Yahweh, que temem desviar-se da
vereda reta e pedem proteção divina contra esse desvio. Uma espiritualidade
verdadeira deve ser generosa, pronta a servir o próximo, vivendo a lei do amor.
Dá-me teu coração, diz o Pai, lá no alto, Nenhum
presente é tão precioso quanto o dom do teu amor. Deste mundo tenebroso ele nos
quer desviar, Falando com tanta ternura: Dá-me o teu coração.
(Eliza E. Hewitt)
O poeta sagrado havia internalizado a lei de
Deus, e o produto disso foi o amor. Ver Rom. 13.9 ss., onde o amor aparece como
o cumprimento da lei toda. Cf. Deu. 6.5, quanto ao amor de todo o coração,
mente e alma. A primeira cláusula do versículo é provada como genuína pela
segunda, que exibe a desconfiança consigo mesmo. O alvo é muito elevado, e o homem
duvidava de si mesmo, conforme se vê em certa passagem do Novo Testamento: “Eu
creio, ajuda- me na minha falta de fé” (Mar. 9.24). Para que houvesse busca ao
Senhor, de todo o coração, o autor sagrado não podia desviar seu coração dos
mandamentos de Deus; doutra sorte haveria um novo objetivo em seu amor. Ver o
vs. 176, quanto a uma declaração similar. Ver também I Crô. 15.12,15 e Isa.
63.17.
119.11. Guardo no coração as tuas palavras.
Qualquer criança que frequente a escola dominical conhece este versículo e
qualquer crente adulto também o conhece, mas porventura nós o observamos? Este
versículo é largamente usado para falar sobre a sabedoria da memorização da
Bíblia e, embora provavelmente
não seja esse o sentido pretendido, é uma boa
aplicação. Não precisamos ser como os fanáticos que decoram todo o saltério e o
citam diariamente. Eu mesmo memorizei as epístolas paulinas (além da epístola
aos Hebreus, que não é paulina) em minha juventude, pelo que agi como um
fanático. É possível que as pessoas que colocam em prática esses prodígios
mentais se ocupem da Bibliolatria (ver a respeito no Dicionário). Além disso,
talvez eles façam viagens pelo próprio “eu”, gabando- se de quantas Escrituras
conseguem memorizar. Por outra parte, os abusos não anulam o bem, e a
memorização é um modo digno de estudar a Bíblia.
Naturalmente, este versículo fala sobre a
lei, empregando a terceira das dez palavras listadas no vs. 1.
Guardo. Isto é, “escondo” (conforme diz a
Revised Standard Version), aludindo à metáfora de um tesouro escondido. O homem
que tem o tesouro escondido em seu coração tem menor inclinação a ceder à
tentação. “A palavra de Cristo deve habitar nele ricamente. Caso contrário, em
breve ele pode ser surpreendido por algum pecado teimoso” (Adam Clarke, in Ioc.).
Habite ricamente em vós a palavra de Cristo,
instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus,
com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações.
(Colossenses 3.16)
“Escondei... como os orientais escondem seus
tesouros. Cf. Mat. 13.44” (Ellicott, in Ioc.). Ver II Cor. 7.1 e
Tito 2.11,12, que contêm passagens neotestamentárias similares. Ver o vs. 14,
quanto a ideias sobre riquezas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. Pag. 2432-2433.
Vv. 9-16. Todos temos acrescentado nossos
pecados a maldade do coração humano. Os jovens se arruinarão se viverem sem lei
alguma, ou se escolherem falsas doutrinas; para que sejam felizes, deverão
andar conforme as regras das Escrituras. Duvidar de nossa própria sabedoria e
forcas, e depender de Deus, prova que o proposito da santidade e sincero. A
Palavra de Deus e um tesouro digno de ser guardado, e não há onde guarda-lo com
segurança se não for em nossos corações, para que possamos colocar os preceitos
de Deus em oposição ao domínio do
pecado, as promessas de Deus em oposição a
sedução do pecado, e as suas ameaças em oposição a violência do pecado. Que a
nossa oração seja para Ele nos ensinar os seus estatutos, a fim de que,
participando de sua santidade, possamos igualmente ser integrantes de sua
bem-aventurança. E os que alimentam o seu coração com o Pão da vida devem
alimentar a muitos com as palavras de seus lábios.
No caminho dos mandamentos de Deus estão as inescrutáveis
riquezas do Senhor Jesus Cristo. Porem, não pensaremos nos preceitos de Deus
para um bom proposito, se os nossos bons pensamentos não produzirem boas obras.
ao somente meditarei nos teus estatutos;
porem, os cumprirei com gozo. E bom será provarmos a sinceridade de nossa
obediência, quando destacamos a sua fonte: a realidade de nosso autor pelo gozo
nos deveres que nos são atribuídos.
HENRY. Matthew.
Editora CPAD. Salmos. pag. 171-172.
2. Templo do Espirito Santo.
Na visão cristã, o corpo não é apenas formado
de “cabeça, tronco e membros”, externamente, e um conjunto de órgãos internos
vitais para a vida ativa e consciente. O corpo é “templo do Espírito Santo”.
Diz Paulo: Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do
corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis
que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente
de Deus, e que não sois de vós mesmos? “Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem
a Deus” (1 Co 6.18-20).
Uma das coisas que mais contribui para a
prostituição é o interesse pela pornografia. Milhões de pessoas, incluindo
cristãos, são vítimas da pressão da pornografia. Até homens de Deus têm sido
envolvidos pelas teias dessa rede carnal da pornografia. Por quê? Certamente,
pela falta de oração e da vigilância (Mt 26.41); falta de um exercício diário e
contínuo, do processo da santificação. É impossível vencer os tentáculos da pornografia,
sem a santificação diária. Diz a Bíblia: “Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A família tem sido
atingida pela pornografia de maneira destruidora.
No aconselhamento pastoral, temos recebido
esposas que com amargura no rosto, dizem ter descoberto que seus maridos são
viciados em pornografia. Homens que deixam suas esposas de lado, e se voltam
para a internet, para a prática do chamado “sexo virtual”, que é a expressão sofisticada
da pornografia. Casamentos têm acabado por causa desse mal que se espalha por
toda a parte, como uma praga “que assola ao meio dia”.
A Bíblia aconselha o recurso maravilhoso para
vencer a tentação da pornografia, que tem sido muito aceita pela sociedade sem
Deus, materialista e hedonista. Diz Paulo: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que
é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo
o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum
louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). Se um jovem ou um adulto se interessa por
imagens pornográficas é porque sua mente está impressionada com esse tipo de
divulgação. À luz do texto de Paulo aos filipenses, ver pornografia não passa
no teste da ética cristã. Não é verdadeiro, não é honesto, não é justo, não é
puro, não é amável, não é de boa fama, nem há qualquer virtude na pornografia,
nem tampouco algum louvor, para que mereça a valorização do servo ou da serva
de Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 50.
Templo ( g r . naos)
(1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; Ef 2.21; Ap
21.22)
O termo naos foi mais usado para referir-se
ao edifício templo em si do que a hieron, o qual era usado para
indicar todo o complexo do templo. Paulo disse aos cristãos que o corpo de cada
um deles era um naos, um santuário de Deus (1 Co 6.19). 0 apostolo também
declarou que a Igreja, como Corpo de Cristo, e um templo espiritual do Altíssimo
(1 Co 3.16,17; 2 Co 6.16; Ef 2.21).
Ser amorada espiritual de Deus, tanto
individual [o cristão] como coletivamente [a Igreja], e um privilegio especial.
A gloria do Senhor enchia o tabernáculo (Ex 40.34) e o templo (1 Rs 8.10,11).
Agora, a gloria de Deus na pessoa do Espirito Santo habita dentro de cada cristão
(Jo 14.16,17) e, consequentemente, habita em toda a Igreja, como Corpo espiritual
de Cristo. Na Nova Jerusalém, não haverá necessidade de um templo físico,
porque Deus e o Cordeiro serão o templo eterno (Ap 21.22).
6.18 — Todo pecado que o homem comete e fora do
corpo era outro lema usado pelos coríntios para justificar sua imoralidade (1
Co 6.12,13). Paulo mostrou que o contrario e verdadeiro: o pecado sexual e
cometido contra o corpo, não fora dele. Fugi. Paulo exortou os coríntios a
fugirem de qualquer tentação de ceder ao pecado sexual (Gn 39.1-12).
6.19 — O templo (1 Co 3.16,17) era a congregação
de cristãos, reconhecido como a habitação sagrada de Deus. A gloria (shekinah)
do Senhor encheu o tabernáculo (Ex 40.34) e o templo (1 Rs 8.10,11). Agora, a
gloria de Deus, por intermédio do Espirito Santo, habita em cada cristão (Jo 14-16,17)
e, consequentemente, em toda a igreja.
Os sacerdotes do Antigo Testamento não
poupavam esforços para manter o santuário puro para a presença de Deus. Todo
cristão também deveria cuidar com diligencia de seu corpo, o templo do Espirito
Santo, para honrar o Senhor e a Igreja. 6.20 — Comprados por bom preço se
refere a alguém que esta comprando um escravo em um leilão. Com Sua morte,
Jesus Cristo pagou o preço para nos resgatar da escravidão do pecado (Ef 1.7; 1
Pe 1.18,19). Embora seja verdade que essa obra se aplique a todas as pessoas,
mesmo aquelas que negam o Senhor (2 Pe 2.1), isso tem um significado muito
singular e especial para o cristão (compare com 1 Pe 2.9; 1 Tm 4.10).
Paulo conclui com o imperativo glorificai,
pois, a Deus no vosso corpo. Em outras palavras, use seu corpo para que outras
pessoas possam ver que você pertence a Deus.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 421-422.
1 Coríntios 6:12-20
Nesta passagem Paulo enfrenta uma
série de problemas. Termina com uma ordem: "Glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo" (v. 20, RC). É o grito de batalha de Paulo na passagem. Os
gregos sempre desprezaram seus corpos. Havia um provérbio que dizia: "O
corpo é uma tumba". Epicteto dizia "Sou uma pobre alma encadeada a um
cadáver." O que importava era a alma, o espírito do homem; o corpo não
interessava. Isto dava como resultado duas atitudes. Ou dava origem ao mais
rigoroso ascetismo no qual tudo se realizava para dominar e humilhar os desejos
e instintos do corpo. Ou — e em Corinto prevalecia a segunda atitude —
significava que visto que o corpo não importava, podia-se fazer o que se
quisesse com ele: podia-se deixá-lo saciar e satisfazer os seus apetites. Não
interessava absolutamente. Se o que interessa é a alma, diziam, então não tem
importância o que o homem faça com seu corpo.
O que complicava isto era a
doutrina da liberdade cristã que Paulo pregava. Se o homem cristão era o mais
livre de todos, não está livre para fazer o que desejar, especialmente com esse
corpo tão insignificante que lhe pertence? De modo que — argumentavam os
coríntios — de uma maneira que consideravam muito sábia, era preciso deixar que
o corpo fizesse o que quisesse. Mas o que é o que o corpo quer? O estômago foi
criado para a comida e a comida para o estômago, diziam os coríntios. Comida e
estômago inevitável e naturalmente vão lado a lado. Precisamente da mesma
maneira — diziam — o corpo estava feito para seus instintos, está feito para o
ato sexual e este está feito para ele; portanto era preciso deixar que os
desejos do corpo seguissem seu caminho.
A resposta de Paulo é clara. O
estômago e a comida são coisas passageiras; chegará o dia em que ambos
passarão. Mas o corpo, a personalidade, o homem como uma totalidade não
perecerá, foi criado para unir-se com Cristo neste mundo e estreitar esta união
no além. Cristo e todo o homem estão inevitavelmente relacionados. O que acontece
então se o homem fornicar? Entrega seu corpo a uma rameira, pois as Escrituras
dizem que o ato sexual faz com que duas pessoas sejam uma só carne. Esta é uma
citação de Gênesis 2:24. O que quer dizer que o corpo que pertence a Cristo foi
literalmente prostituído
Lembremos que Paulo não está
escrevendo um tratado sistemático, está pregando, rogando com um coração fogoso
e com uma língua que está disposta a utilizar todos os argumentos que possa.
Diz que de todos os pecados, a fornicação é aquele que afeta ao corpo do homem
e o ofende. Agora, isto não é estritamente certo — o alcoolismo pode fazer o
mesmo. Mas Paulo não escreve para satisfazer a um examinador, está suplicando
para que os coríntios se salvem em corpo e em alma, de modo que aduz que os outros
pecados são externos ao homem, enquanto que neste está pecando contra seu
próprio corpo, aquele que está destinado a unir-se a Cristo.
E finalmente realiza um último
chamado. Devido ao fato de que o espírito de Deus habita em nós, convertemo-nos
em templos de Deus; e se isto é assim nossos corpos são sagrados. E o que é
mais — Cristo morreu não para salvar uma parte do homem, mas sim a sua
totalidade, salvá-lo em corpo e espírito. Cristo deu sua vida para outorgar ao
homem uma alma redimiu a e um corpo puro. E devido a isto o corpo do homem não
é sua propriedade com a qual pode fazer o que deseja, pertence a Cristo, e o
homem deve utilizar esse corpo não para satisfazer seus próprios apetites, mas
sim para a glória do Salvador.
Há dois
grandes pensamentos nisto.
(1) Paulo insiste em que, apesar
de estar livre para fazer o que deseja, não deixará que nada o domine. Uma das
grandezas da fé cristã é que não liberta o homem para pecar, mas sim para que
não o faça. É muito fácil deixar que hábitos, práticas e formas de vida nos
dominem, mas a força cristã nos permite dominá-los. Quando um homem experimenta
realmente o poder cristão se converte, não em um escravo de seu corpo, de seus
instintos e de seus desejos, mas sim em amo dos mesmos. Muitas vezes o homem
diz "Farei o que me agrada", quando em realidade quer dizer que
acessará o hábito ou a paixão que o domina; só quando o homem tem a força de
Cristo nele pode dizer real e verdadeiramente: "Farei o que quiser",
e não, "Satisfarei as coisas que me dominam."
(2) Paulo insiste em que não nos
pertencemos. Não existe no mundo um homem que se criou a si mesmo. Não podemos
fazer nada que só nos faça sofrer. O cristão não pensa em seus direitos, mas
sim em seus deveres. Nunca pode fazer o que lhe agrada devido ao fato de que
não se pertence a si mesmo, deve fazer sempre o que Cristo deseja, devido ao
fato de que ele o comprou com sua vida.
BARCLAY. William. Comentário do Novo Testamento William Barclay. 1. Coríntios. pag. 61-63.
6.18 Qualquer... pecado... e fora. H
a um sentido no qual o pecado sexual destrói uma pessoa como nenhum outro
porque se trata de algo tão intimo e tão entrelaçado que corrompe o nível mais
profundo do ser humano. Todavia, Paulo esta provavelmente aludindo a doença
venérea, predominante e devastadora em seus dias e hoje. Nenhum pecado tem
tamanho p o d e r para destruir o corpo, algo que cristão tem que evitar por
causa da realidade presente nos vs. 19-20.
6 .19 não sois de vos mesmos. O corpo
do cristão pertence ao Senhor (v. 13), e um membro de Cristo (v. 15) e templo
do Espirito Santo. Veja notas em Rm '2.1-2. todo ato de
formicação , adultério ou qualquer outro pecado e cometido pelo cristão no
santuário, o Santo dos Santos, onde Deus habita. N o AT, o sumo sacerdote entrava
lá apenas uma vez por ano, e somente apo s uma extensiva limpeza, caso
contrario ele seria morto (Lv 16).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do
Brasil. pag. 1535.
3. "Não porei Coisa, má diante dos meus olhos"
(SI 101.3).
Maravilhoso instrumento, dado por Deus ao ser
humano, o corpo é visto, na Palavra de Deus, em sua dimensão espiritual de
grande significado. Os olhos, como
“janelas da alma”, são maravilhas do Criador, que permitem à alma comunicar-se
com o exterior, absorvendo imagens dos objetos em sua volta. Mas os olhos do
cristão, assim como todas as partes do seu corpo, devem ser utilizados como
instrumentos para a glória de Deus. Por isso, o salmista exorta: “Não porei
coisa má diante de meus olhos”. “Coisa má” é tudo aquilo que atrai o sentido da
visão, e tem a reprovação de Deus. Fixar o olhar em pornografia, sem dúvida
alguma, não glorifica a Deus. Valorizar a pornografia é desonrar a visão, que
foi dada para ser bênção e não maldição. Fixar o olhar em cenas de sexo
ilícito, de adultério, de pedofilia, de homossexualismo, de lesbianismo é
atitude pecaminosa contra a santidade do corpo.
Pornografia é a
representação, por quaisquer meios, de cenas ou objetos obscenos, destinados a
serem apresentados a um público e também expor práticas sexuais diversas, com o
intuito de despertar desejo sexual no observador. O termo deriva do grego pórne,
“prostituta”, grafé, representação. Em décadas passadas, representações pornográficas
se limitavam a revistas, vendidas de modo discreto, em livrarias ou pequenos
estabelecimentos que distribuem material de divulgação.
Mas, com o advento da internet, a pornografia
tomou proporções mundiais e fora de qualquer controle. O que só seria possível
ver em filmes, chamados “pornô”, em sessões de cinema para adultos, está à
disposição de crianças, adolescentes e jovens, na tela dos computadores. As imagens
pornográficas em filmes e DVD’s são engodos, ou iscas para adolescentes, jovens
e adultos, que se deixam dominar pelos instintos carnais descontrolados. E
muitos se tornam viciados, a tal ponto de haver clínicas especializadas em
tratar pacientes com esse distúrbio. As famílias que servem a Deus têm
fundamentos sólidos para vencer essa onda maligna de pornografia, que tem
destruído casamentos e lares cristãos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A
família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 49.
Uma resolução pessoal em relação
à santidade de vida (1-4)
A vida particular do salmista
deve ser caracterizada por uma inflexível estima pelo caráter do governo de
Deus (a misericórdia e o juízo). Ele desejava governar de modo
semelhante, mas percebia a necessidade da presença divina e do poder de Deus
para que estivesse capaz de assim fazer. Cousa má. (3). Lit.,
"cousa de Belial". Em sua vida em família ele escolheria a integridade,
e não a tolerância, e a retidão em lugar de alvos baixos ou indignos. As coisas
erradas ou infiéis ele aborreceria e somente propósitos retos e verdadeiros ele
conservaria em seu coração. O homem mau não poderia afirmar que o conhecia (4;
cf. Fp 4.8).
NOVO.
Comentário da Bíblia. Salmos. pag.
219.
101.3,4 — A expressão hebraica traduzida por
coisa má deixa implícita absoluta falta de valor. A palavra aborreço indica
total rejeição (Sl 5.5). Davi detestava o que Deus abominava e amava o que a
Deus agradava.
Não conhecerei. O verbo hebraico traduzido por
conhecerei contem a ideia de experiência ou relação intima com algo ou alguém.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House. O
Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 910.
Não
porei cousa injusta diante dos meus olhos. O bondoso rei enfrentaria muitas
tentações e muitos maus exemplos. Coisa alguma que fosse vil seria tolerada
diante de seus olhos, para que o fizesse pecar ou perpetuar alguma forma de
injustiça. Os olhos do rei não contemplariam maldade alguma. Já um monarca
maldoso cobiçaria com os olhos, e, tendo poder de obter qualquer coisa que lhe
agradasse, se apossaria de tudo que o atraísse. O bom monarca, entretanto,
resistiria a tal tentação.
Porque tudo que há no mundo, a concupiscência
da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai,
mas procede do mundo.
(I João 2.16). Os que se desviam da fé dão
mau exemplo e encorajam outros a segui-los. O bom rei, entretanto, não se
deixaria impressionar por esses maus exemplos, nem se permitiria tentar por
seus feitos. De fato, ele odiaria as obras dos tais, e mal algum praticado se
apegaria a ele. O que eles fizessem seria como uma doença mortífera. O homem
bom mostrar-se-ia imune a tais enfermidades espirituais.
Coisas como guerras injustas, alianças
profanas, saques, impostos excessivos, luxo exagerado, casas e possessões
extravagantes, cortes suntuosas, nada desse jaez tentaria um bom rei. Antes,
ele odiaria tais obras e as evitaria como se fossem uma enfermidade mortal, o
que elas realmente são para a alma. Cf. Deu. 13.17.
Cousa injusta. Literalmente, temos aqui, no
original hebraico, “coisas de Belial”, ou seja, coisas sem valor, coisas
ímpias. As coisas de Belíal eram os brinquedos dos reis orientais. Mas um bom
rei não brincaria com esses jogos.
Aborreço. Cf. Sal. 97.10. As notas
expositivas ali também se aplicam aqui. O proceder dos que se desviam.
Desviam-se do quê? De Deus e do bem; da moderação e da lei.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. Pag. 2368.
ELABORADO:
Pb. Alessandro Silva.
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