Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves
Data: 6 de Janeiro de 2013 HINOS SUGERIDOS 75, 212, 305.
TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se encurvou diante dele” (1 Rs 16.31).
VERDADE PRÁTICA
A apostasia na história do povo de Deus é um perigo real e não uma mera abstração. Por isso, vigiemos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 6.4-6 A apostasia como um perigo real
Terça - 1 Tm 4.1 A A apostasia possui seus agentes
Quarta - 2 Ts 2.3,12 A apostasia está sujeita ao juízo divino
Quinta - Hb 3.12 A apostasia afasta o homem de Deus
Sexta - At 1.25 A apostasia exemplificada
Sábado - Hb 6.11,12 A apostasia pode ser evitada
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 16.29-34.
29 - E Acabe, filho de Onri, começou a reinar sobre Israel no ano trigésimo oitavo de Asa, rei de Judá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel em Samaria, vinte e dois anos.
30 - E fez Acabe, filho de Onri, o que era mal aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele.
31 - E sucedeu que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se encurvou diante dele.
32 - E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria.
33 - Também Acabe fez um bosque, de maneira que Acabe fez muito mais para irritar ao SENHOR, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele.
34 - Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; morrendo Abirão, seu primogênito, a fundou; e, morrendo Segube, seu último, pôs as suas portas; conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num.
INTERAÇÃO
Caro professor, o pastor José Gonçalves — professor de Teologia, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB — é o comentarista das Lições Bíblicas deste trimestre. O tema que será abordado é “Elias e Eliseu: um ministério de poder para toda a Igreja”. Estudaremos a vida desses profetas e veremos que ela é um divisor de águas no ministério e na historiografia judaica. Elias e Eliseu deixaram um legado de poder, ousadia, santidade e abnegação à sua posteridade. A partir de seus ministérios, podemos ver florescer Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e outros santos homens que honraram o caminho daqueles autênticos profetas do Senhor.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Identificar as causas e os agentes da apostasia em Israel.
· Conscientizar-se sobre os perigos da apostasia.
· Compreender quais foram as consequências da apostasia para Israel.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a primeira aula deste trimestre, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo. Utilize-o para apresentar aos alunos um panorama geral da vida de Elias e Eliseu. Inicie a aula traçando as principais características desses profetas bíblicos. Diga à classe, que mesmo diante de uma sociedade apóstata, Elias e Eliseu obedeceram ao Senhor. Eles porfiaram por realizar a vontade de Deus contra quaisquer prejuízos.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave Apostasia: Abandono ou deserção da fé.
Podemos afirmar, com segurança, que um dos períodos mais sombrios na história do reino do Norte, também denominado “Israel”, ocorreu durante o reinado de Acabe, filho de Onri. Acabe governou entre os anos 874 e 853 a.C, e o seu reinado foi marcado pela tentativa de conciliar os elementos do culto cananeu com a adoração israelita.
Uma primeira leitura dos capítulos 16.29 — 22.40 do livro de 1 Reis, revela que essa mistura foi desastrosa para o povo de Deus. Na prática, o culto ao Deus verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso Baal, trazendo como consequência uma apostasia sem precedentes e pondo em risco até mesmo a verdadeira adoração a Deus.
I. AS CAUSAS DA APOSTASIA
1. Casamento misto. O texto bíblico põe o casamento misto de Acabe com Jezabel, filha de Etbaal rei dos sidônios, como uma das causas da apostasia no reino do Norte. O relato bíblico destaca que Acabe “tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou” (1 Rs 16.31).
Foi em decorrência desse casamento pagão que a idolatria entrou com força em Israel. Embora se fale de um casamento político, as consequências dele foram na verdade espirituais. A mistura sempre foi um perigo constante na história do povo de Deus. Os crentes devem tomar todo o cuidado para evitar as uniões mistas. A Escritura, tanto no Antigo como em o Novo Testamento, condena esse tipo de união (Dt 7.3; 2 Co 6.14,15).
2. Institucionalização da idolatria. A união de Acabe com Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe “levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria” (1 Rs 16.32). A institucionalização da idolatria em Israel fica evidente quando o autor sagrado destaca que também Acabe “fez um poste-ídolo, de maneira que cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele” (1 Rs 16.33). Não há dúvida de que o culto a Baal estava suplantando o verdadeiro culto a Deus. Havia uma idolatria financiada pelo Estado.
Vez por outra temos visto Satanás tentando se valer do poder estatal para financiar práticas que são contrárias aos princípios cristãos. Por isso devemos orar pela nação para que ela seja um canal de bênção e não de maldição.
SINOPSE DO TÓPICO (I) Tanto no Antigo como em o Novo Testamento as Escrituras condenam o casamento misto.
II. OS AGENTES DA APOSTASIA
1. Acabe. Onri, pai de Acabe e rei de Israel que reinou entre os anos 885 e 874 a.C, foi um grande administrador, tanto na política interna como na externa de Israel. Mas foi um desastre como líder espiritual do povo de Deus (1 Rs 16.25,26). O pecado de Acabe foi andar nos caminhos idólatras de seu pai, que foi um seguidor de Jeroboão, filho de Nebate (1 Rs 16.26) e também ter aderido aos maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa, Jezabel (1 Rs 16.31). Esse fato fez com que Acabe se tornasse um instrumento muito eficaz na propagação do culto idólatra a Baal. Devemos ser imitadores do que é bom e não daquilo que é mau.
2. Jezabel. De acordo com o relato de 1 Reis 18.19, Jezabel trouxe para Israel seus deuses falsos e também seus falsos profetas. Teve uma verdadeira obstinação na implantação da adoração a Baal em território israelita. Foi sem dúvida alguma uma agente do mal na tentativa de suprimir ou acabar de vez com o verdadeiro culto a Deus. Não fosse a intervenção do Senhor através dos profetas, em especial Elias, ela teria conseguido o seu intento. O Senhor sempre conta com alguém a quem Ele levanta em tempos de crise.
SINOPSE DO TÓPICO (II) Em Israel, Acabe e Jezabel foram os agentes mais eficazes da apostasia.
III. AS CONSEQUÊNCIAS DA APOSTASIA
1. A perda da identidade nacional e espiritual. As palavras de Elias: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” (1 Rs 18.21), revela a crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a Baal havia sido fomentada com tanta força pela casa real que o povo estava totalmente dividido em sua adoração. Quem deveria ser adorado, Baal ou o Senhor? Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa à adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade.
2. O julgamento divino. É nesse cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (1 Rs 17.1; 18.1). A fim de que a nação não viesse a perder de vez a sua identidade espiritual e até mesmo deixar de ser vista como povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à nação. Julgamento semelhante ocorre durante o reino de Jeorão, filho de Josafá e genro de Acabe, que recebe uma carta do profeta Elias. Nela é anunciado o juízo divino sobre a sua vida e reinado (2 Cr 21.12-15). O Senhor mostrou claramente que a causa do julgamento estava associada ao abandono da verdadeira fé em Deus. Tempos depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da necessidade de nos corrigirmos diante do Senhor (1 Co 11.31,32).
SINOPSE DO TÓPICO (III) As consequências da apostasia à nação de Israel foram duas: a perda da identidade nacional (e espiritual) e o julgamento divino.
IV. APOSTASIA
1. Um perigo real. A apostasia era algo bem real no reino do Norte. Estava espalhada por toda parte. Na verdade a palavra apostasia significa, segundo os léxicos, abandonar a fé ou mudar de religião. Foi exatamente isso que os israelitas estavam fazendo, estavam abandonando a adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.
Em o Novo Testamento observamos que os cristãos são advertidos sobre o perigo da apostasia! Na Epístola aos Hebreus o autor coloca a apostasia como um perigo real e não apenas como uma mera suposição (Hb 6.1-6). Se o cristão não mantiver a vigilância é possível sim que ele venha a naufragar na fé.
2. Um mal evitável. Já observamos que Acabe foi um rei mau (1 Rs 16.30). Em vez de seguir os bons exemplos, como os de Davi, esse monarca do reino do Norte preferiu seguir os maus exemplos. O cronista destaca que “ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o instigava” (1 Rs 21.25), Ainda de acordo com esse mesmo capítulo, Acabe se contristou quando foi repreendido pelo profeta, mas parece que foi um arrependimento tardio (1 Rs 21.17-29). Tivesse ele tomado essa atitude antes, o seu reinado teria sido diferente.
Por que não seguir os bons exemplos e assim evitar o amargor de um arrependimento tardio?
SINOPSE DO TÓPICO (IV) A apostasia é um perigo real, mas também é um mal evitável através da vigilância do crente.
CONCLUSÃO
Ficou perceptível nessa lição que a apostasia no reino do Norte pôs em perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com Jezabel demonstrou ser nociva não somente para Acabe, que teve o seu reino destroçado, mas também para o povo de Deus, que por muitos anos ficou dividido entre dois pensamentos em relação ao verdadeiro culto.
As lições deixadas são bastante claras para nós: não podemos fazer aliança com o paganismo mesmo que isso traga algumas vantagens políticas ou sociais; a verdadeira adoração a Deus deve prevalecer sobre toda e qualquer oferta que nos seja feita. Mesmo que essas ofertas tragam grandes ganhos no presente. Todavia nada significam quando mensuradas pela régua da eternidade.
VOCABULÁRIO
Abjuração: Renúncia solene a fé; a doutrina; a opinião.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
MERRIL E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
MERRIL E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, quais foram as causas da apostasia?
R. O casamento misto e a institucionalização da idolatria.
2. De que forma Acabe e Jezabel se tornaram agentes da apostasia em Israel?
R. Promovendo a adoração ao falso deus Baal e procurando suplantar o verdadeiro culto a Deus.
3. A apostasia trouxe como consequência a perda da identidade nacional e o julgamento divino. De que forma Deus usou Elias para atuar nesse processo?
R. Deus usou o profeta para predizer um período de grande fome e dessa forma fazer o povo refletir sobre o seu pecado.
4. Sobre o rei Acabe, o que o cronista destaca?
R. Que “ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o instigava” (1 Rs 21.25).
5. Faça um breve comentário sobre os perigos da apostasia.
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Lexicográfico
“Apostasia
[Do gr. apostásis, afastamento] Abandono premeditado e consciente da fé cristã. No Antigo Testamento, não foram poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em Juízes, há sete desvios ou abjuração da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, a apostasia constitui-se num adultério espiritual. Se a congregação hebreia era tida como a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos.
Jeremias e Ezequiel foram os profetas que mais enfocaram a apostasia israelita sob o prisma das relações matrimoniais.
No Primitivo Cristianismo, as apostasias não eram desconhecidas. Muitos crentes de origem israelita, por exemplo, sentindo-se isolados da comunidade judaica, deixavam a fé cristã, e voltavam aos rudimentos da Lei de Moisés e ao pomposo cerimonial levítico.
Há que se estabelecer, aqui, a diferença entre apostasia e heresia. “A primeira é o abandono premeditado e completo da fé; a segunda, é a abjuração parcial dessa mesma fé” (ANDRADE, C. C. Dicionário Teológico. 13 ed., RJ: CPAD, 2004, pp.56,57).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Biográfico
“ELIAS
Elias foi chamado para servir como porta-voz de Deus na ocasião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte posição econômica e política desde a separação feita pelo governo davídico em Jerusalém.
[...] Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de uma seca iminente, lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele havia ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.10-12). Em seguida, Elias isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente fornecidos pelos corvos. É possível que esse ‘ribeiro’ (nahal) seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente instruído a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das chuvas fosse restaurada à terra. A identidade de Elias como profeta ou homem de Deus foi confirmada pela divina manifestação quando o filho da viúva foi restaurado à vida” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, pp.628-29).
“ELISEU
[...] Seu ministério profético cobriu toda a última metade do século IX a.C, atravessando os reinados de Jorão, Jeú, Jeoacaz, e Joás, do reino do Norte. Sua influência estendia-se desde uma viúva endividada (2 Rs 4.1) até um homem rico e proeminente (4.8) e mesmo até dentro do próprio palácio de Israel (5.8; 6.9; 12, 21, 22; 6.32 — 7.2; 8.4; 13.14-19). Além disso, outros reis (Josafá de Judá, 2 Reis 3.11-19, Ben-Hadade da Síria, 8.7-9) e altos funcionários do exército sírio (5.1,9-19) procuravam sua ajuda.
Diferentemente de Elias que tinha uma tendência ao ascetismo, e a se afastar dos olhos do público, Eliseu viveu próximo às pessoas que servia, e gostava da vida social. Tinha uma casa em Samaria, a capital (2 Rs 6.32), mas viajava constantemente pelo país, tal como Samuel havia feito antes dele. Frequentemente parava para visitar seus amigos em Suném. Exatamente como Jesus fez, mais tarde, muitas vezes com Maria e Marta. Eliseu chorou quando falou com Hazael, pois conhecia muito bem o cruel sofrimento que este causaria a Israel (2 Rs 8.11,12). [...] É evidente que muitos aspectos da pessoa e da obra de Eliseu são capazes de reproduzir em muitos aspectos o caráter e o ministério de nosso Senhor” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.633).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A apostasia no Reino de Israel
Neste trimestre estudaremos relatos relacionados aos profetas Elias e Eliseu.
Para que não incorramos em erros de interpretação, é prudente situar historicamente o texto desta aula e das demais. A nação de Israel, depois do reinado de Salomão, dividiu-se em dois reinos independentes: Judá, ao Sul, e Israel, ao Norte. Cada nação teve sua cota de profetas enviados por Deus para tratar de questões como justiça social, afastamento do pecado e de uma aproximação sincera para com Deus.
A figura dos profetas era essencial nos dois reinos. Deus havia instituído o sacerdócio para conduzir o culto a Ele, e também permitiu a instauração da monarquia como uma forma de governo administrativo. Ambos deveriam funcionar de maneira coerente, e quando isso não ocorria, Ele enviava seus profetas. Elias viveu em Israel, um reino que se tornou conhecido por sua liderança ímpia, com diversos reis que se desviaram dos caminhos do Senhor e levaram o povo pelas mesmas práticas.
Aqui é necessário fazer algumas observações sobre a liderança e seu poder.
A primeira refere-se à capacidade de um líder de conduzir um povo a Deus ou não. O rei de Israel nos dias de Elias era Acabe, um homem que não havia inclinado seu coração para o Senhor, e que se casou com uma mulher ímpia, Jezabel. Esse casal não apenas adorou outros deuses, mas também matou os profetas de Jeová, além de cometer graves injustiças sociais. Basta dizer, por exemplo, que um homem chamado Nabote, que possuía uma vinha ao lado do palácio, por não desejar vender sua propriedade ao rei de Israel, foi morto sob acusação de ter blasfemado contra o Senhor. É curioso ver que Jezabel amava a Baal e o adorava, e matou muitos profetas do Senhor, mas quando lhe pareceu conveniente, usou o nome do Senhor para matar um desafeto. Líderes que perdem o temor do Senhor tendem a desviar pessoas com seu mau exemplo. Temos que ter cuidado para não julgar pessoas que nos são desafetas utilizando o nome do Senhor como uma forma de esconder nossa ira por trás de um motivo “santo”.
A segunda observação refere-se ao cuidado com casamentos mistos, e o quanto eles podem ser perniciosos. Acabe era um israelita, mas não se preocupou em obedecer a lei de Deus no tocante ao casamento, e casou com uma mulher má. Um casamento fora da vontade de Deus pode nos conduzir para longe dEle.
SUBSÍDIOS EXTRAS
MAPA DOS REINOS JUDIACOS E SEUS REIS E PROFETAS
(120 anos) - 1102 – 982 a.C.
Saul (40) Davi (40) Salomão (40) | |||
Reinos Hebraicos Divididos (260 anos)
| |||
Reino de Judá
|
Reino de Israel
| ||
Roboão (17)
|
Profetas do V. T.
|
Jerobão (22)
| |
Abias (3)
|
Judá
|
Israel
|
Nadabe (2)
|
Asa (41)
|
Baasa (24)
| ||
Josafá (25)
|
Elá (2)
| ||
Josafá (8)
|
Zinri (7 dias)
| ||
Acazias (1)
|
Onri (12)
| ||
Atalia (6)
|
Elias
|
Acabe (22)
| |
Joás (40)
|
Eliseu
|
Acazias (2)
| |
Amazias (29)
|
Obadias
|
Josafá (12)
| |
Uzias (52)
|
Isaías
|
Jeú (28)
| |
Jotão (16)
|
Miquéias
|
Jeoacaz (17)
| |
Acaz (16)
|
Jonas
|
Joás (16)
| |
Ezequias (29)
|
Oséias
|
Jeroboão II (41)
| |
Judá Só (135 anos)
|
Amós
|
Zacarias (6 meses)
| |
Manassés (55)
|
Salum (1 mês)
| ||
Amom (2)
|
Menaém (10)
| ||
Josias (31)
|
Pecaías (2)
| ||
Jeocaz (3 meses)
|
Peca (20)
| ||
Jeoaquim (11)
|
Jeremias
|
Oséias (9)
| |
Zoaquim (3 meses)
|
Naum
|
Cativeiro Assírio 722 a.C.
| |
Zedequeias (11)
|
Sofonias Habacuque
| ||
Cativeiro Babilônico
587 a.C. (49 anos) | |||
Jerusalém Destruída
|
Daniel e Ezequiel
| ||
Restauração (147 anos)
| |||
Zorobabel
| |||
Esdras
| |||
Neemias
| |||
Ageu
| |||
Zacarias
| |||
Malaquias
| |||
Entre Os Testamentos
(386 anos) | |||
Nascimento de Cristo 4 a.C.
| |||
Crucificação de Cristo 30 d.C.
|
Luiz Carlos; David Alfred Zuhars (Introdução ao Antigo Testamento pag 188).
No Antigo Testamento a apostasia era considerado adultério espiritual.
Quando tudo começou?
“O reinado de Salomão foi um período de riqueza e grandiosidade sem paralelo em Israel. Foi também um período áureo na literatura. Associamos os salmos a Davi. Mas Salomão e sua época estão relacionados com os Provérbios. De acordo com a tradição, ele escreveu também Eclesiastes e o Cântico dos Cânticos”. Salomão, portanto, se fortaleceu graças a sua extraordinária capacidade administrativa e diplomática. Esse fato ficou demonstrado quando ele fez alianças com outras nações visando o fortalecimento político e econômico. Salomão fez alianças com as nações vizinhas e fortaleceu também o comércio com a África, Arábia e índia, mas este fortalecimento trouxe prejuízos espirituais para o povo de Israel.
Para alianças serem aceitas havia casamentos mistos, Salomão trouxe suas esposas que trouxeram seus deuses, eram a soma de 700 esposas e 300 concubinas. Sendo além da filha de faraó, moabitas amonitas, edomitas sidonias hetéias (1 reis 11.1) (deusa astarote deusa da fertilidade que não só tinha ritos sexuais, mas também envolvia se com astrologia). (culto a MILCOM e MOLOQUE que envolvia sacrifícios humanos em especial de criança). (QUEMOS que entra área da astrologia).
Sabe-se que a história da apostasia nesse reino começo na época de Jeroboão I, filho de Nebate, logo em seguida à cisão da nação de Israel (doze tribos) em duas partes: reino de Judá (reino do Sul - duas tribos: Judá e Benjamim) e reino de Israel (reino do Norte - 10 tribos). Ainda que sua raízes nasceram com o reino de Salomão.
Mas, o período mais crítico e perigoso para Israel (reino do norte) ocorreu no reinado de Acabe, filho de Onri (fundador de Samaria).
Jeroboão reconstruiu Siquem como centro de adoração (1 Rs 12.25) como também Peniel, onde Jacó lutara com o anjo. Também adotou o antigo culto do bezerro de ouro, colocando um bezerro em Betel (outro antigo centro religioso) e outro em Da, onde os danitas tinham montado um sistema religioso próprio nos dias dos juízes com um descendente de Moises como sacerdote (Jz 18.30,31)
A instituição do culto ao bezerro de ouro foi um evidente abando do ideal de Moisés e tinha como objetivo apelar para as pessoas que já estavam familiarizados com a adoração dos cananeus ao touro como símbolo de reprodução. O antigo culto ao touro de Menfis, que teve as suas raízes no período do antigo reino egípcio, que exerceu uma poderosa influencia sobre os egípcios e os hebreus, e a probabilidade que jeroboão tenha tido alguma experiência e trouxe para israel.
O ímpio Acabe (sig Hebraico IRMÃO DO PAI) diz o texto sagrado que ele não só cometeu os pecados de Jeroboão, como também se casou com Jezabel e instituiu o culto a Baal (1Rs 18:18), tornando essa adoração como religião oficial em Israel. Era como se o Deus de Israel passasse a ser Baal e não Jeová. Sua mulher por outro lado matava os profetas de Deus (1Rs 18:13).
Baal (Baal significa “senhor” ou “marido”. Era um deus da tempestade, uma divindade dominante da religião Cananéia. Segundo os seus adoradores, ele era considerado providencial por enviar chuvas e fertilidade a terra, semeando a vida).
Nós vemos a capacidade de um líder conduzir um povo a Deus ou aos deuses, agradando a DEUS ou ao Diabo.
Reis, Sacerdotes, profetas, Pastores possuíam responsabilidades semelhantes. Os lideres tem uma responsabilidade maior por levar o povo de DEUS a caminhos de VIDA ou de MORTE.
Jezabel (cujo nome significa onde está o Príncipe? ou ainda o príncipe existe?). Eram 450 de BAAL E 400 de ASERA. Jezabel sustentava estes profetas.
As 6 doutrinas ministradas aqui (Hb 6.1-6). São os princípios fundamentais da vida espiritual Os fundamentos não devem ser lançados, mas aperfeiçoados. A linguagem mostra que eles experimentaram a graça salvadora e uma negação completa do Cristo antes aceito.
Bíblia de estudo Pentecostal pag 1287
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