A Viúva de Sarepta
DATA: 10 de Fevereiro de 2013 HINOS SUGERIDOS 28, 126, 245.
TEXTO AUREO
VERDADE PRATICA
Para socorrer e sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.
LEITURA DIARIA
Segunda -1 Rs 1 7.4 Provisão em Querite
Terça -1 Rs 17.12 Escassez em Sarepta
Quarta -1 Rs 1 7.1 B Deus em primeiro lugar
Quinta -1 Rs 1 7.14 A suficiência divina
Sexta -1 Rs 1 7.19 O poder da oração intercessoria de Elias
Sábado -1 Rs 17.21 O poder da oração perseverante
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
I Reis 17.8-16
8 - Então, veio a e/e a palavra do SENHOR, dizendo:
9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que e de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
10 - Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando a porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peco-te, numa vasilha um pouco de agua que beba.
11 - E, indo ela a busca-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão.
12 - Porem ela disse: Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepara-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.
1 3 - E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porem faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, faras para ti e para teu filho.
14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabara, e o azeite da botija não faltara, ate ao dia em que o SENHOR de chuva sobre a terra.
15 - E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.
16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Elias.
INTERAÇÃO
Professor, hoje estudaremos a respeito do cuidado e da provisão divina para com o profeta Elias. No decorrer da lição, procure enfatizar o cuidado de Deus para com aqueles que se dispõe a fazer sua vontade. O Senhor não mudou, como um pai amo roso Ele continua a cuidar de seus filhos. Elias foi fiel ao Todo-Poderoso ao cumprir sua missão — confrontar a apostasia no reino do Norte. A sua devoção e zelo pela Palavra do Senhor, fez com que ele precisasse de um lugar seguro para refugiar-se.
O próprio Deus escolheu e preparou este lugar, em Sarepta. Ali, uma pobre viúva seria usada como parte do plano de provisão do Senhor. Aprendemos com este episodio que o Pai Celeste e o nosso Provedor. Ele, como o Bom Pastor, supre as nossas necessidades. Confie!
OBJETIVOS
Apos esta aula, o aluno devera estar apto a:
Compreender que Deus e o nosso provedor.
Explicitar o poder da graça de Deus para com os povos gentílicos.
Conscientizar-se do poder da Palavra de Deus e da oração.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição utilize o esquema da pagina seguinte. Reproduza-o conforme as suas possibilidades. Fale que além da viúva de Sarepta, as Sagradas Escrituras falam sobre outras mulheres estrangeiras que o Senhor acolheu através do seu povo. Raabe, Rute e a mulher siro-fenícia comprovam que Deus não pertence a nenhum grupo especifico. Ele e infinito e seu Santo Espirito sopra onde quer.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A visita do profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, e emblemática por algumas razoes. Primeiramente, a historia revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente de Deus para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episodio revela a soberania de Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra paga, Deus escolhe dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servira como instrumento na construção de seu proposito.
I - UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA
1. A fonte de Querite. Logo apos profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe, Elias recebeu a orientação divina: “Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que esta diante do Jordão” (1 Rs 1 7.3). Elias havia se tornado uma persona non grata no reinado de Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a orientação divina, ele refugia-se primeiramente próximo a fonte de Querite. Era
um lugar de sombra e agua fresca, mas não representava o ponto final de sua jornada. Ele não poderia fixar-se naquele local porque ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs 1 7.7). Quem faz de “Querite” seu ponto final terá problemas porque certamente secara!
2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em território fenício (1 Rs 1 7.9). A geografia bíblica informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom, terra da temida jezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece não ter logica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe jamais pensaria em procurar o profeta (1 Rs 18.10).
São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu proposito.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Num momento de crise Elias se afastou do seu povo e de sua terra e refugiou-se em território fenício.
II - UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS
1. A soberania e graça de Deus. Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” (1 Rs 1 7.9). Elias precisava sair da região controlada por Acabe e isso, como vim os, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom, na Fenícia. O texto é bem claro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc 4 .2 5 ,2 6 ). Era uma gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano divino.
2. A providencia de Deus. A providencia divina para com Elias revelou-se naquilo que Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher possuísse algum recurso. Como em toda a historia de Elias, a provisão de Deus logo fica em evidencia. A providencia divina já havia se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de uma viúva pobre.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Pela sua soberania e graça, Deus incluiu uma estrangeira em seu plano.
III - O PODER DA PALAVRA DE DEUS
1. A escassez humana e a suficiência divina. A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepara-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.” (1 Rs 17.12). De fato o que essa mulher possuía como
provisão era algo humanamente insignificante! A proposito, o termo hebraico usado para punhado, da a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!
2. Deus, a prioridade maior. O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe diz: “porem faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, faras para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13). O profeta era um agente de Deus, e atende-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra de Elias” (1 Rs 1 7.1 5). Tivesse ela dado ouvidos a sua razão, e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a benção. O segredo, pois, e colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).
SINOPSE DO TOPICO (3)
Na escassez humana vemos a suficiência divina através do poder da Palavra de Deus.
IV - O PODER DA ORAÇÃO
1. A oração intercessoria. O texto de 1 Reis 17.1 traz a profecia de Elias sobre a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago, porem, destaca que a predição de Elias foi acompanhada de oração: “Elias era homem sujeito as mesmas , paixões que nos e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra" (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se diante de um novo desafio e somente a oração provara a sua eficácia. O filho da viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em seu lugar e clama ao Senhor (1 Rs 1 7.19,20). Deus ouviu e respondeu
ao seu servo.
2. A oração perseverante. Elias orou com insistência (1 Rs17.21). Ele estendeu-se sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor
Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrara parábola do juiz iniquo (Lc 18.1). E com tal perseverança que conseguiremos alcançar nossos objetivos.
SINOPSE DO TÓPICO (4)
O clamor intercessorio e perseverante confirmam o poder da oração.
CONCLUSÃO
A soberania de Deus sobre a historia e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episodio envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não ha limites quando Deus quer revelar a sua graça e tampouco há circunstancia demasiadamente difícil que possa impedi-lo de mostrar o seu poder provedor.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. I .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. Geograficamente falando, onde ficava Quente e Sarepta?
R:Querite ficava do lado oriental do reino do Norte, na fronteira do Jordao e Sarepta ficava a cerca de quinze quilômetros de Sidom.
2. De que forma vemos a ação de Deus se manifestar em Sarepta?
R: Incluindo a viúva em seu plano e provendo o que era necessário para ela e para Elias.
3. Que lições podemos aprender do milagre na casa da viúva?
R: Que quando se coloca Deus como prioridade maior, então haverá garantia para a provisão da escassez humana.
4. No episodio da ressurreição do filho da viúva, quais aspectos da oração podem ser destacados?
R: Os da oração intercessoria e perseverante.
5. Segundo a lição, como devemos alcançar os nossos objetivos?
R: Com perseverança.
AUXILIO BIBLIOGRAFICO I
Subsidio Geográfico Sarepta
Durante os três anos de seca sofridos por Israel nos dias de Acabe, Deus enviou Elias, que havia pronunciado o julgamento de Israel, a cidade fenícia de Sarepta, para que ali fosse sustentado. Nesta cidade, a viúva com a qual o profeta viveu desfrutou um suprimento perene de azeite e farinha, e experimentou a alegria de ter seu filho ressuscitado dos mortos (1 Rs 1 7.8-24). A cidade estava localizada a aproximadamente treze quilômetros ao sul de Sidom, ao longo da costa mediterrânea, na estrada para Tiro. Também e conhecida como Zarefate em algumas versões (Ob 1.20) e como Sarepta no NT (Lc 4.26) e a moderna Sarafand. Sarepta e mencionada em textos ugaríticos do século XIV a.C. e em papiros egípcios do século XIII a.C junto com Biblos, Beirute, Sidom e Tiro como uma das principais cidades da costa (ANET, p. 477). Tanto Senaqueribe como Esar-Hadom reivindicam ter tomado
Sarepta de acordo com as inscrições assírias (ela foi chamada Zaribtu, ANET, p.287)” (Dicionário Bíblico Wydiffe. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1768).
AUXILIO BIBLIOGRAFICO II
Subsidio Devocional
“ 1 Reis 17.8-16 Aqui nos temos um relato de outra proteção que Elias recebeu e de outra provisão que lhe foi feita durante o seu isolamento. Da assolação
e da fome se rira aquele que tem Deus por seu amigo para guarda-lo e mantê-lo. O ribeiro de Querite esta seco, mas o cuidado de Deus por seu povo, e a bondade para com ele, nunca cessam, nunca falham, antes, são os mesmos, e continuam e se prolongam para aqueles que o conhecem (SI 36.10). Quando o ribeiro secou, o Jordao não; por que Deus não o enviou para la? Com certeza porque Ele mostrava que possuía uma variedade de formas de sustentar seu povo e não esta preso a nenhuma.
Deus agora provera para ele onde ter alguma companhia e oportunidade de ser útil, e não ser, como tinha sido enterrado vivo. Observe: [...] O lugar para onde ele e enviado, a Sarepta, uma cidade de Sidom, fora fronteira de Israel (v.9). Nosso Salvador observa esse fato como um sinal antigo do favor de Deus planejado para os pobres gentios, na plenitude dos tempos (Lc 4.25,26). Muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, e é provável que algumas teriam lhe oferecido as boas-vindas em suas casas; mas ele e enviado para honrar e abençoar com a sua presença uma cidade de Sidom, uma cidade gentia, e assim se torna (diz o Dr. Lightfoot) o primeiro profeta dos gentios. Israel tinha se corrompido com as idolatrias das nações e se tornado pior do que elas; justamente por isso a sua queda e a riqueza do mundo. Elias foi odiado e expulso pelos seus compatriotas; por isso, ele vai para os gentios como posteriormente se ordenou aos apóstolos que fizessem (At 18.6). Mas, por que para uma cidade de Sidom? Talvez porque a adoração de Baal, que então era o clamoroso pecado de Israel, tinha vindo recentemente dali com Jezabel, que era de Sidom (16.31); por essa razão, para lá ele devia ir, para que dali pudesse sair o destruidor daquela idolatria: ‘certamente de Sidom eu chamei o meu profeta, o meu reformador’. Jezabel era a maior inimiga de Elias; porem, para mostrar a ela a impotência da sua malicia, Deus encontrara para ele um esconderijo exatamente no pais dela. Cristo jamais esteve entre os gentios, exceto uma vez, quando foi para as partes de Sidom (Mt 1 5.21).
A pessoa designada para hospeda-lo não e nenhum dos ricos mercadores
ou dos grandes homens de Sidom, nem alguém como Obadias, que era mordomo da casa de Acabe e que alimentava os profetas; mas e ordenado a uma pobre viúva (isto e, ela e capacitada e disposta por Deus), desamparada e solitária, que o sustente. E o modo de Deus, e a sua gloria, fazer uso das coisas loucas deste mundo e honra-las. Ele “é, de forma especial, o Deus das viúvas, e as alimenta, e por isso elas devem pensar em como poderão retribuir a Ele” (HENRY, Mattew. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: Josué a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.512).
A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES ESTRANGEIRAS NAS ESCRITURAS
Raabe
Habitante de Jerico na época da invasão de Israel a Canaã. Sua historia e narrada em Josué 2.1 -22; 6.1 7-25. Ha, sobre ela, referencias claras em o Novo Testamento. Aqui, o autor sagrado atribui a salvação de Raabe a sua fé (Tg 2.25; Hb 11.31).
Rute
Uma moabita que casou com dois fazendeiros judeus: Malom (Rt 4.10), um dos filhos de Elimeleque e Noemi (4.3; 1.2), e Boaz, um parente de Elimeleque (4.3).
A mulher Siro-Fenícia
Mulher gentílica, da região de Tiro e Sidom, que pediu a Jesus para curara sua filha (Mc 26; cf. Mt 15.21,22).
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO
Uma cena curiosa aparece na narrativa de Elias: Sua ida a Sarepta, uma cidade de Sidom, e seu encontro com uma mulher viúva. Com todo o cenário de caos em Israel, Deus se preocupa com uma mulher viúva da terra natal de Jezabel a ponto de enviar Elias não apenas para se manter vivo, mas para preservar a mulher e seu filho vivos também.
O perfil da viúva de Sarepta. Aquela era uma mulher que não tinha para si um provedor. O Texto Sagrado não diz há quanto tempo ela ficara viúva, mas diz que era uma mulher que além de viúva, não tinha mais recursos para se manter, a ponto de dizer ao profeta que ela não possuía nada mais que um punhado de azeite e farinha em casa, e que os usaria para fazer a última refeição de sua vida e da vida de seu filho. Foi nesse ambiente que Deus realizou a multiplicação dos únicos bens daquela mulher.
Aquela mulher também demonstrou fé naquilo que Elias disse. Quando surgem momentos de escassez, é comum as pessoas se tornarem mais egoístas. Mas aquela viúva fez o que Elias ordenou, e viu a providência divina em seu lar no período de seca.
A atitude de Elias. Quando o filho daquela viúva morreu, ela não se lembrou, em sua dor, da providência de Deus em seu lar por causa da presença de Elias. Na verdade, ela acusou o profeta de ser o responsável por aquela morte. E Elias precisava responder àquela situação. Ele não discutiu com a mulher. Apenas pediu que ela lhe entregasse o corpo do seu filho. Indo para o seu quarto, Elias roga ao Senhor que traga a vida do menino, e Deus responde á oração de Elias, realizando a primeira ressurreição da Bíblia. E quando devolveu o filho ressuscitado á sua mãe, Elias não discutiu. Em nenhum momento Elias chamou aquela mulher de incrédula, ou de ingrata (afinal, ela e seu filho estavam vivos graças à presença de Elias naquela casa). Ele agiu com mansidão, e Deus o honrou (1o Rs 17.24). Atente para o fato de que Elias agiu de forma mansa com aquela mulher, mas posteriormente agiu de forma impetuosa diante de Acabe e de sua idolatria, mostrando que há momentos certos para se ter atitudes certas diante de problemas diferentes. E por meio de Elias, o testemunho de Deus foi dado em terras estrangeiras por meio de milagres e da providência divina, a ponto de esse caso ser citado séculos depois pelo próprio Jesus
SUBSIDIOS EXTRAS
VIÚVA
'almãnãh : “viúva”. Os cognatos desta palavra aparecem no aramaico, árabe, acadiano. fenício e ugarítico. O hebraico bíblico a atesta 55 vezes e em todos os períodos. A palavra descreve uma mulher que, por causa da morte do seu marido, perdeu a posição social e econômica. A gravidade da situação era aumentada se ela não tivesse filhos. Em tal circunstancia. Ela voltava para casa do pai e era sujeita a lei do levirato. Por meio da qual um parente próximo masculino que sobrevivesse ao mando deveria gerar um filho por ela em nome do marido dela: “Então, disse Judá a Tamar, sua nora: Fica-te viúva na casa de eu pai. ate que Sela, meu filho, seja grande” (Gn 38.11. primeira ocorrência da palavra). Estas palavras constituem uma promessa a Tamar de que a desgraça de estar sem marido e sem filhos seria removida, quando Sela tivesse crescido o suficiente para se casar Mesmo que crianças tivessem nascido antes da morte do marido, a sorte da viúva não era nada feliz (2 Sm 14.5). Israel foi advertido a tratar com justiça as “viúvas” e outras pessoas socialmente em desvantagem, pois o próprio Deus era o protetor delas (Ex 22.21-24).
Às vezes, esposas cujos maridos as confinam longe de si mesmos são chamadas “viúvas”: “Vindo, pois, Davi para sua casa, a Jerusalém, tomou o rei as dez mulheres, suas concubinas, que deixara para guardarem a casa, e as pôs numa casa em guarda, e as sustentava; porem não entrou a elas; e estiveram encerradas ate ao dia da sua morte, vivendo como viúvas'’ (2 Sm 20.3). A Jerusalém destruída e saqueada e chamada “viúva” (Lm 1.1).
VINE. Dicionário. CPAD. pag. 332.
VIÚVA
I. Terminologia
II. Legislação Mosaica
III. Um Grupo Social Distinto: Antigo e Novo Testamento
IV Usos Figurativos
I. Terminologia
Hebraico:
I. almanah (viúva, silenciosa), com 53 ocorrências no Antigo Testamento. Exemplos: Gên, 38.11; Êxo. 22.22,
2. almanuth (viuvez, silêncio): Gên. 38.14, 19; II Sam. 20.3; Isa
24; Lev. 21.14; Núm. 30.9; II Sam. 14.5; I Reis 7.14.. 54.4.
3. almon (viuvez, silêncio): Isa. 47.9.
Grego:
chera (viúva, destituída), com 26 ocorrências no Novo Testamento. Exemplos: Mat. 23.13; Mar. 12.40, 42, 43; Luc. 2.37; Atos 6.1; 9.39; Tia. 1.27; Apo. 18.7.
II. Legislação Mosaica
Nenhuma legislação garantia manutenção para essa classe de mulheres destituídas; não havia fundos de pensão. Como elas haviam sido dependentes de seus maridos, tomavam-se dependentes de seus pais ou famílias, ou das famílias de seus maridos. Contudo, algumas legislações humanitárias aliviavam um pouco a situação:
1. O filho mais velho assumia a família, se tivesse idade.
Ele tinha a parte do leão da herança e, na situação média, era o mais capaz de sustentar sua mãe.
2. Havia um triênio, terceira doação que ajudava essa categoria (Deu. 14.29; 26.12).
3. Essas mulheres tinham ritos de colheita laboriosa e lenta (Deu. 14.29).
4. Elas podiam participar livremente de banquetes (Deu. 16.11, 14).
5. A lei as protegia contra a opressão e contra a fraude (Sal. 94.6; Eze. 22.7; Mal. 3.5), mas tais leis, tão frequentemente, ficavam apenas no papel e não eram colocadas na prática. As viúvas eram facilmente defraudadas (juntamente com os estrangeiros).
6. Lei do levirato (ver o artigo). Essa lei exigia que um irmão (ou possivelmente outro membro da família, do lado do marido) assumisse a viúva como sua mulher e, se ele já fosse casado isso não faria nenhuma diferença, já que a sociedade judaica era polígama (Deu. 25.5, 6; Mat. 22.23-30). Essa lei, contudo, não era absoluta. Havia maneiras pelas quais o homem poderia escapar, e muitos (se não a maioria) o faziam. De fato, todas as leis preparadas para favorecer as viúvas não eram muito respeitadas e isso ocasionou uma "classe destituída". Jó 24.21 fala sobre aqueles que não faziam nada de bom para a viúva como uma classe especial de pecadores. Então havia aqueles que cometiam violências contra elas em roubos ou mesmo assassinatos para conseguir o que tinham de dinheiro e suas propriedades (Sal. 94.6; cf. Isa. 1.23). Tal abuso continuou no Novo Testamento, o que é demonstrado pela denúncia de Jesus daqueles que "devoravam" as casas das viúvas (Mat. 23.14).
III. Um Grupo Social Distinto: Antigo e Novo Testamento
Para esse grupo, era necessária uma legislação especial, pois ele era objeto de perseguição e exploração. A viúva poderia facilmente ser identificada porque de modo geral usava uma vestimenta típica (Gên. 38.14). Pecadores especialmente maus tentavam até conseguir suas roupas como segurança caso ela devesse dinheiro por qualquer motivo, e isso devia ser denunciado por uma lei especial (Deu. 24.17). Simplesmente pronunciar a palavra "viúva" já fazia com que uma pessoa dos tempos bíblicos pensasse em uma classe distinta, sendo que poucas delas eram absorvidas de volta ao seio da sociedade através de novo casamento. Pela lei do levirato, uma mulher participaria da herança da família de seu marido, e esse era um dos motivos pelos quais tantos irmãos de homens mortos não estavam dispostos a assumir a responsabilidade.
As histórias bíblicas de Tamar (a nora de Judá) e do livro de Rute ilustram esse ponto. Na época do Novo Testamento, viúvas judias continuavam a viver precariamente, mas as viúvas da comunidade cristã tinham um status melhor (ver Atos 6.1; 9.39 ss.). Sistemáticas contribuições caridosas faziam parte da politica da igreja primitiva, pelo menos em Jerusalém.
Naquela época as viúvas reuniam-se como um grupo distinto para realizar trabalhos de caridade. Algumas dessas viúvas tomaram-se diaconisas, oficio que parece ter sido ativo na igreja primitiva em contraste com a igreja de hoje. Ver o artigo detalhado sobre Diaconisa, que não era um oficio exclusivo de viúvas. No início parece ter havido um tipo de ordem reconhecida de viúvas (I Tim. 5.9-15). Citações dos pais primitivos da igreja (Inácio, Policarpo e Tertuliano) mostram que esse grupo distinto continuou existindo no segundo século. Depois disso não há registros dele.
IV. Usos Figurativos
1. Usos figurativos modernos da palavra "viúva" de modo geral têm algo que ver com privação. Ser uma "viúva de livro" significa que seu companheiro ou potencial amigo está tão ocupado com livros (escrevendo, lendo etc.) que tem pouco tempo para você. Ser uma "viúva da igreja" significa que seu companheiro está tão envolvido com a igreja que ele (ela) tem pouco tempo para você.
2. Uma pessoa ou país desolados pelo julgamento divino, como foi o caso da "filha da Babilônia", são chamados de viúva, tendo perdido suas posses e seu orgulho, e boa parte de sua população (Isa. 47.1, 7).
3. Jerusalém, oprimida pelo cativeiro babilônico, tomou se como uma viúva (Larn, 1.1), desolada e abandonada.
4. A Babilônia do Apocalipse no Novo Testamento, que em breve cairia, tinha orgulho de ser uma rainha e uma estranha à lamentação, não sabendo que logo seria reduzida à viuvez (Apo. 18.7).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. pag. 682, 683.
INTRODUÇÃO
A botija de alimento que não se esgotava.
Mesmo em Querite não conseguimos ficar livres da provação, e é duro sentar se junto de uma torrente que está secando. Mas Deus sempre provê. Nenhum daqueles que nele confiam passará necessidades. Pouco importa se os agentes visíveis forem corvos, ou uma pobre viúva gentia preste a perecer.
O majestoso (ordenei) de Deus é bastante. Seja ordinário ou extraordinário, natural ou sobrenatural, por meio do judeu ou do gentio, o proposito de Deus não vai tardar.
Então uma viúva deu o que Israel não poderia dar (Lc 4. 25,26) Deus usa as coisas humildes e desprezadas bem como as que não são (1 Co 1, 28). Entretanto havia nobres qualidades nesta mulher. Ela não se queixou, mas foi sem demora buscar água; foi generosa e hospitaleira, e acreditou que Deus supriria suas necessidades. Ela estava longe de imaginar a magnitude de sua recompensa (Mt 10. 41,42)! Mas sua fé era grande. Ela passou no teste de fazer primeiro o bolo de Elias, crendo que, depois, haveria o suficiente para ela e seu filho. Embora não compreendesse bem, tinha dentro de si uma centelha do mesmo fogo que ardia na alma do grande profeta; e, portanto, quando nos levantarmos para receber a nossa poção no fim dos dias (Dn 12.13), a poção dela será como a dos grandes profetas e heróis da fé.
MEYER. F.B. Comentário Bíblico. Editora Betânia. pag.193.
I - UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA
1. A fonte de Querite
Deus nunca nos conduz a um lugar em que Deus não pode nos proteger ou cuidar de nós,
“Em primeiro lutar, Elias se dispôs — ‘Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida” (1 Rs 17.9). Disposição aqui pode ser entendida como sinônimo de atitude. De nada adianta recebermos um chamado divino se não tomarmos uma atitude com relação à mesma. Elias se dispôs e dessa forma criou condições para que o plano de Deus em sua vida se concretizasse. Não vale, portanto, somente as boas intenções, é preciso tomarmos uma atitude em relação ao desafio imposto. Esse fato é percebido na história do filho pródigo, conforme registrado no Evangelho de Lucas: “E, levantando-se, foi para seu pai” (Lc 15.20).
Em segundo lugar, ele soube esperar — “demora-te ali” (17.9). Alguns intérpretes falam que a estadia de Elias na casa da viúva levou cerca de dois anos, mas pode ter sido mais já que a seca durou três anos e meio. O certo mesmo é que Elias obedeceu à ordem divina sabendo esperar. Na nossa cultura fast food, estamos acostumados a querer as coisas rapidamente, mas no reino espiritual as coisas não andam dessa maneira. É preciso saber esperar. Foi Davi quem disse: “Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o Senhor. Ele me escutou e ouviu o meu pedido de socorro” (SI 40.1).
Em terceiro lugar, Elias demonstrou humildade quando pedia a uma mulher, viúva, estrangeira e pobre que lhe desse alimento — “traze-me também um bocado de pão na tua mão” (1 Rs 17.11). Na cultura antiga as mulheres eram desvalorizadas. Não era, portanto, comum um homem se dirigir a uma mulher, muito menos se essa era estrangeira e pobre. Mas Elias seguia a direção divina e não teve dúvidas que aquela era a viúva a qual o Senhor se referira.
Em quarto lugar, Elias demonstrou fé e confiança quando se dirigiu pedindo ajuda à viúva de Sarepta (1 Rs 17.9). Pedir água em tempo de seca e alimento em um período onde imperava a fome é sem dúvida alguma uma clara demonstração de fé do profeta de Tisbe. Elias apenas sabia que o Senhor “havia ordenado a uma viúva” que lhe desse alimento, mas a forma como isso seria feito não lhe fora revelado. A fé no Deus da provisão estava operando na vida do profeta.
Em quinto lugar, Elias foi um profeta de ação — “Então, ele se levantou e se foi”(l Rs 17.10). Já falamos da atitude do profeta e, essa atitude é demonstrada de uma forma objetiva pela prática. Antonio Vieira disse que a “omissão é um pecado que se faz não fazendo”. Omissão é falta de ação! Todos nós somos desafiados todos os dias, mas as respostas dadas a esses desafios é que vão nos distinguir um dos outros. Alguns apenas contemplam, mas não tem coragem de encarar o desafio à sua frente. Com Elias foi diferente — o profeta de Tisbe esperou quando foi preciso esperar e agiu quando foi necessário agir.
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag. 73, 74.
2. Elias em sarepta.
SAREPTA
Em algumas traduções, esse nome também aparece grafado como Zarepta. Houve uma cidade com esse nome, onde Elias residiu durante a última porção da famosa seca de três anos e meio (ver I Reis 17:9, 10). A própria Bíblia, porém, não dá informações suficientes sobre o lugar, permitindo-nos determinar melhor a sua localização. Mas parece ter sido perto de Sidom (e talvez dependente dela). De fato, Josefo (ver Anti. 8: 13,2) afiança-nos que Sarepta não ficava distante de Tiro e Sidom, entre as duas cidades. Ao que parece, ficava localizada à beira-mar, ao norte de Tiro. Em sua obra, Onom, Jerônimo acrescenta a informação de que ela ficava na principal estrada da região. Com base nesses poucos detalhes, alguns a identificam modernamente com Sarafend. Várias antigas ruínas têm sido localizadas ali, como alicerces de edifícios, colunas, lajes etc. Lucas (4:26) apresenta a forma grega do nome, Sarepta. Sarepta, cidade originalmente fenícia, a princípio pertencia a Sidorn; mas, após 722 a.c., passou para a órbita de Tiro, quando as duas cidades entraram em conflito, e esta última se saiu vitoriosa. Senaqueribe, da Assíria, incluiu a cidade na relação de lugares que ele capturara, ao invadir a Fenícia, em 701 a.C. Obadias (vs. 20) profetizou que, no dia do Senhor, os habitantes de Israel, que haviam sido deportados pelo rei Sargão, da Assíria, após a queda de Samaria, possuiriam a Fenícia até Sarepta.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. pag 99.
SAREPTA
Situa-se 13 km ao sul de Sidom, em uma pequena mas agradável planície próxima da praia. Seu nome significa “casas de fundição”, indicando que era um lugar de fornos, um importante centro fenício de fabricação de objetos de cristal. Suas ruínas, tais como colunas quebradas, montes de escória e fragmentos espalhados de edifícios, estendem-se por 1,5 km ou mais ao longo da costa. Deve ter sido uma cidade bastante próspera nos tempos de glória, mas agora está desabitada. Há uma nova aldeia chamada Sarepta 3 km terra adentro, resguardada pelas colinas.
THOMPSON. Bíblia de Estudo. Índice 4471
Sarepta deriva de um verbo hebraico que significa “fundir, refinar”. E interessante perceber que, na forma de substantivo, Sarepta quer dizer “cadinho”. Não sabemos ao certo, mas o nome do lugar pode ter origem na denominação de uma planta hibrida. Todavia, qualquer que seja a origem de seu nome, Sarepta viria a ser realmente um “cadinho” para Elias: um lugar planejado por Deus para refinar ainda mais seu profeta e fazer uma grande diferença para o restante de sua vida.
SWINDOLL. Charles R. Serie Heróis da Fé. Editora Mundo Cristão. Pag.62.
II UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS
1.A soberania e a graça de Deus
A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o teme se revelam de uma forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando a soberania divina quer revelar a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difícil que possa impedir o Senhor de revelar o seu poder provedor. Deus é Deus dentro e fora dos limites que os homens costumam conhecer!
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag.79.
2. A providencia de Deus.
A primeira impressão não poderia ser pior (ele estava em território inimigo, com uma viúva estrangeira, com a dispensa vazia sem esperança de vida, apanhando gravetos, para assar o ultimo bolo para comer e depois morrer).
O homem teve manter os olhos da fé sempre abertos para ver a provisão de Deus ate em meio à seca.
Elias em Sarepta. 17:9-24.
9. Dispõe-te, e vai a Sarepta. Depois que a água do regato esgotou-se, Deus ordenou ao Seu servo Elias que fosse à cidade de Sarepta, onde uma viúva recebera ordens de sustentá-lo. Sarepta (na LXX) era uma pequena aldeia situada junto ao Mar Mediterrâneo entre Tiro e Sidom.
10. Então ele se levantou e se foi. Quando da sua chegada, foi recebido com o quadro de uma viúva preparando sua última refeição 1 Reis para ela própria e seu filho. Seu pedido de água, embora razoável em circunstâncias normais, talvez fosse um teste de fé. Quando a mulher estava para oferecer ao profeta um pouco de água, ele também lhe pediu um pedaço de pão (v. 11).
12. Tão certo como vive o Senhor teu Deus nada tenho cozido. Ela revelou assim que reconhecia o estranho como um profeta de Deus. Ao mesmo tempo ela estava provocando uma maldição divina sobre si mesma, se as palavras que acabara de proferir não fossem verdadeiras, isto é, que ela e seu filho estavam para comer sua última refeição.
13. Elias lhe disse: Não temas; vai, e faze o que disseste. Com sua obediência em alimentar o profeta, a mulher trocou a incerteza pela certeza, a fome pela fartura, a morte pela vida.
14. A farinha da panela não se acabará. As proféticas palavras de certeza proferidas pelo homem de Deus foram o critério da conduta da mulher, que com indiscutível obediência executou as ordens do profeta. Considerando que ela era gentia, sua fé foi incomparável. Encontramos nosso Senhor referindo-se a ela em Lc. 4:26.
16. Da panela a farinha não se acabou. É mais do que inútil tentar atribuir alguma cousa natural para o suprimento inesgotável do azeite e da farinha da mulher. O ministério de Elias foi marcado de milagres. Neste caso Deus interveio sobrenaturalmente para preservar a vida desta mulher, de sua família e do profeta.
MOODY. Comentário Bíblico. 1 Reis pag. 59, 60.
III - O PODER DA PALAVRA DE DEUS
1. A escassez humana e a suficiência divina.
A viúva de Sarepta conheceu a Deus na cozinha. Olhou para a panela e encontrou farinha. Olhou para a botija e viu azeite. Da ultima vez que ela verificara a despensa mal havia mantimentos para uma refeição. Agora, pela manha e a noite, dia apos dia, ela louvava a Deus por sua provisão.
Isso não queria dizer que a mulher e seu filho obtiveram tudo o que desejavam. Mas significa que eles obtiveram tudo de que precisavam. Quando você esgota seus próprios recursos, e Deus diz não a seus desejos e sim a suas necessidades, considere-se mais que satisfeito.
SWINDOLL. Charles R. Serie Heróis da Fé. Editora Mundo Cristão. pag.70
2, Deus a prioridade maior
A casa da viúva é o local onde os milagres acontecem. Milagres na Bíblia são comuns, mas não são naturais já que se tratam de fenômenos sobrenaturais. E é na casa da viúva de Sarepta que conhecemos a dinâmica de um milagre.
1. Primeiramente convém dizer que o milagre acontece a partir do que se tem — “Há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija” (1 Rs 17.12). Deus é poderoso para fazer o existente a partir do inexistente! Todavia o texto bíblico mostra que o normal é o Senhor abençoar-nos a partir do que dispomos! O que temos? Pode ser pouco, mas se Deus puser a sua bênção então fica muito. Já vi isso acontecer em igrejas, ministérios e em comércios que se encontravam raquíticos. Quando o Senhor foi invocado para fazer multiplicar, então houve uma multiplicação.
2. O milagre acontece quando Deus é colocado em primeiro lugar — “Elias lhe disse: Não temas; vai e faze o que disseste; mas primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti mesma e para teu filho” (1 Rs 17.13). O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe diz: “primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti mesma e para teu filho” (1 Rs 17.13). O profeta era um agente de Deus e atendê-lo primeiro significava pôr Deus em primeiro lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra de Elias” (1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão e não obedecido às diretrizes do profeta com certeza teria perdido a bênção. O segredo, portanto, é colocar Deus em primeiro lugar (Mt 6.33). Deus é um Deus de primícias! Atender primeiramente ao profeta era pôr Deus em primeiro lugar. Não podemos inverter a ordem. Quando priorizamos primeiramente nossos projetos pessoais em vez de colocar Deus em primeiro lugar, então começam os problemas. Jesus afirmou que devemos colocar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, então teremos todas as coisas acrescentadas.
3. O milagre acontece quando obedecemos à Palavra de Deus —“Foi ela e fez segundo a palavra de Elias; assim, comeram ele, ela e a sua casa muitos dias” (1 Rs 17.15). A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada: “nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos” (1 Rs 17.12). De fato o que essa mulher possuía como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus se torna muito! Quando Elias desafiou aos profetas de Baal, ele afirmou que “segundo a Palavra de Deus estava fazendo aquelas coisas” (1 Rs 18.36). Da mesma forma a viúva agora fazia “segundo a palavra de Elias”, e a palavra de Elias aqui deve ser entendida como a Palavra de Deus, já que o profeta não falava dele mesmo. Esse é o segredo: agir de acordo com a Palavra de Deus. Ao assim fazermos, o milagre acontece!
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag.75, 76.
IV - O PODER DA ORAÇÃO
1.A oração intercessoria.
O que seria dos líderes de Deus sem a oração? Se fosse retirado o poder de Moisés na oração, precisamente o dom que o fez eminente diante dos pagãos, e se a coroa fosse retirada de sua cabeça, tanto o alimento, quanto o fogo de sua oração se acabariam. Elias, sem a oração, não teria lugar ou registro no legado divino, e sua vida teria sido insípida e covarde, sua energia, destemor e fogo teriam desaparecido. Sem a oração de Elias, o Jordão jamais teria dado espaço ao toque de seu manto (2 Rs 2.6-8).
Paulo, Lutero, Wesley, o que seria destas pessoas escolhidas por Deus sem que fossem distinguidos e controlados pelo advento da oração? Estes eram líderes para Deus porque foram fortes na oração. Ao contrário, não foram líderes por causa de seu pensamento brilhante, ou por conta de seus recursos sem fim, sua cultura magnífica, ou seus dons naturais, mas sim eram líderes porque, mediante o poder da oração, eram capazes de direcionar o poder de Deus. E importante termos em mente que pessoas de oração significa muito mais que “pessoas com hábito de orar”, significa, pois, “pessoas nas quais a oração é força poderosa”, é a energia que move o céu e derrama tesouros incalculáveis de bondade na terra.
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag.77.
2. A oração perseverante.
17. Depois disto adoeceu o filho da mulher. Na antiguidade a doença era considerada como visitação divina para chamar a atenção para algum pecado (v. 18). A atitude de Elias aqui prova que esta doença não foi um juízo por causa de pecado. 20, 21. Tomando a criança morta, o profeta retirou-se para o seu quarto, onde invocou a Deus para restauração da vida.
22. O Senhor atendeu à voz de Elias. A fé confiante de Elias levava em si a certeza de ser ouvida. Este é o primeiro genuíno e indiscutível exemplo de ressurreição dos mortos no V.T. 1 Reis
24. Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus. Todos os sem temores e dúvidas foram dissipados. As reivindicações de Elias como profeta ficaram comprovadas.
MOODY. Comentário Bíblico. 1 Reis pag. 59, 60.
17.23 teu filho vive. Os mitos cananeus contavam que Baal podia ressuscitar os mortos, mas aqui foi o Senhor e não Baal que devolveu a vida ao menino. Isso demonstrou de modo conclusivo que o Senhor era o único e verdadeiro Deus e Elias o seu protela (v. 24).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.465.
A resposta de Elias foi levar o menino para seu quarto no andar de cima da casa, talvez no terraço, e clamar ao Senhor pela vida da criança. O profeta não podia crer que o Senhor proveria alimento miraculosamente para os três e, depois, permitiria que o menino morresse. Não fazia sentido. Elias não se estendeu sobre o corpo morto do menino na esperança de transferir sua vida para a criança, pois sabia que somente Deus pode dar vida aos mortos. Sem dúvida, sua postura indicou uma identificação total com o menino e com sua necessidade, fato importante quando intercedemos por outros. Foi depois de Elias ter se estendido sobre a criança pela terceira vez que o Senhor ressuscitou, uma lembrança de que nosso Salvador ressuscitou no terceiro dia. Porque o Senhor vive, podemos tomar parte na sua vida ao crer nEle (ver 2 Rs 4.34 e At 20.10).
O resultado desse milagre foi a confissão pública da mulher de sua fé no Deus de Israel. Ela sabia, sem sombra de dúvida, que Elias era um verdadeiro servo de Deus, não apenas outro mestre religioso à procura de sustento. Também sabia que a Palavra que ele havia lhe ensinado era, de fato, a Palavra do verdadeiro Deus vivo. Durante o tempo em que ficou hospedado com a viúva e seu filho, Elias mostrou que Deus sustenta a vida (a farinha e o óleo não acabaram) e que Deus dá vida (o menino foi ressurreto).7
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag.78, 79.
ELABORADO: Alessandro Silva
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