Seguidores do Blog

3° LIÇÃO 1° TRI 2013 A longa seca sobre Israel


A longa seca sobre Israel

Data: 20 de Janeiro de 2013        HINOS SUGERIDOS         236, 360, 523.

TEXTO ÁUREO

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).

VERDADE PRÁTICA

A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Rs 18.21        O que motivou a estiagem

Terça - 1 Rs 18.2                 As consequências da estiagem

Quarta - 1 Rs 18.39            As lições deixadas pela estiagem

Quinta - 1 Rs 17.4; 18.13   As provisões de Deus durante a estiagem

Sexta - 1 Rs 17.1; 18.1       O lugar da profecia na estiagem

Sábado - Tg 5.17,18           A soberania de Deus na estiagem

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 18.1-8.

1 - E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.

2 - E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.

3 - E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR,

4 - porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água).

5 - E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.

6 - E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à parte por outro caminho.

7 - Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias?

8 - E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.

INTERAÇÃO

“Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as torrentes no Neguebe — ARA]”. Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em escombros, por isso clamaram: “Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR”. A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o ano ficava em sequidão. Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam brotar flores. O deserto tornava-se pastos verdejantes. Então, o povo pede em canção: Restaura-nos “como as torrentes no Neguebe” (ARA). Professor, Deus pode mudar a nossa sorte e transformar o nosso “deserto” em jardim florido.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar o porquê da longa estiagem.

Relatar as consequências e lições deixadas pela seca.

Conscientizar-se de que Deus é soberano.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o fenômeno da estiagem ou seca. Reproduza na lousa o seguinte esquema: (1) conceito; (2) diferença: (1) Explique que a seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um período bem longo. No entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de tempo, já a seca é permanente.

COMENTÁRIO

Introdução

Palavra Chave Seca: Tempo seco; falta ou cessação de chuva.
A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.

I. O PORQUÊ DA SECA

1. Disciplinar a nação. O culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica as’iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).

2. Revelar a divindade verdadeira. Quando Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal divindade não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).

Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são convencidas pelas evidências.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Havia dois motivos majoritários para o porquê da seca: disciplinar a nação e revelar o Deus verdadeiro.

II. OS EFEITOS DA SECA

1. Escassez e fome. A Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!

2. Endurecimento ou arrependimento. É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Rs 18.17). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!

Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Rs 18.39). O Novo Testamento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7,8).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Numa esfera material a seca provocou escassez e fome. Mas, do ponto de vista espiritual, arrependimento para o povo e endurecimento para os nobres.

III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA

1. Provisão pessoal. Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite” (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!

2. Provisão coletiva. Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus servos: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Rs 19.18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes prove o pão diário.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Deus mandou provisão para os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.

IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA

1. A majestade divina. Há lguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).

2. O pecado tem o seu custo. Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

A estiagem em Israel deixou duas grandes lições: a primeira é que Deus é majestoso e soberano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra a sua conta.

CONCLUSÃO

A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado.
A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.

VOCABULÁRIO

Climático: Relativo a clima; condições meteorológicas (temperatura, pressão eventos) característica do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.
Topografia: Descrição minuciosa de uma localidade.
Torrencial: Em grande quantidade, abundante.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

AHARONI, Y.; AVI-YONAH, A. F. (et al) Atlas Bíblico. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.

MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, como a seca contribuiu para a execução do plano de Deus?
R. Disciplinando a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.

2. Cite duas consequências imediatas advindas com a seca.
R. Fome e escassez.

3. De que forma a provisão divina se manifestou durante a estiagem?
R. Trazendo provisão pessoal, isto é, ao profeta Elias e também de forma coletiva aos cem profetas escondidos por Obadias.

4. O que o profeta afirma relativo a tudo o que ocorrera em Israel?
R. Que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado.

5. Quais lições se podem aprender através da seca em Israel?
R. Resposta pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Geográfico

Regiões geográficas da Palestina

O terreno da Terra Santa é bastante variado, principalmente devido aos fortes contrastes climáticos de região para região. A principal característica do relevo da Terra Santa e da Síria é a grande fenda que se estende desde o norte da Síria, atravessando o vale do Líbano, o vale do Jordão, o Arabá e o golfo de Elate, até a costa sudeste da África. Esta fissura divide a Palestina em ocidental — Cisjordânia — e a oriental — a Transjordânia. Há enormes diferenças de altitude em curtas distâncias. A distância entre o Hebrom e as montanhas de Moabe, em linha reta, não passa de 58 quilômetros, embora ao atravessá-la seja necessária uma descida de mais de 915 metros, Esses contrastes formam o árido Arabá, na extremidade do deserto da Judeia, com suas escarpas irregulares, e, do lado oposto, os planaltos férteis e irrigados da Transjordânia. Essas variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente diversos de povoados na Palestina, que resultaram em divisões políticas correspondentes na maioria dos períodos.

“Em várias ocasiões, as regiões mais distintas da Terra Santa são claramente definidas e listadas na Bíblia segundo a topografia e o clima (Dt 1.7; Js 10.40; 11.16; Jz 1.9 etc.)” (AHARONI, Y.; AVI-YONAH, A. F. (et al) Atlas Bíblico. 1 ed., RJ: CPAD, 1999, p.14).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Histórico

Acabe de Israel

O ímpeto de Josafá de envolver-se em tantas confusões procedia da influência do reino do Norte, começando com Acabe. Depois de suceder Onri em 874, Acabe governou os próximos vinte anos com prosperidade e influência internacional — graças à severa política de seu pai — mas este período também caracterizou-se pela decadência moral e espiritual. Como não bastasse a apostasia entre o povo para com Yahweh, Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, de Sidom, a qual inseriu seu deus Baal e a adoração a Aserá em Samaria. Pela primeira vez o culto a Yahweh foi oficialmente substituído pelo paganismo, não havendo sequer permissão para que ambos coexistissem na mesma região.

O ministério de Elias

Ao invés de riscar seu povo da terra, o Senhor levantou um dos mais fascinantes e misteriosos personagens bíblicos — Elias, o profeta — para confrontar-se com os habitantes de Israel, pregando contra seus pecados e anunciando o julgamento divino. Um dia Elias apareceu subitamente diante de Acabe, e profetizou que Israel passaria por alguns anos de seca, em consequência do afastamento de Yahweh e da associação com Baal (1 Rs 17.1). Três anos mais tarde (1 Rs 18.1), Elias reapareceu e confrontou-se com os profetas de Baal e Aserá no monte Carmelo, que era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal. O resultado do conflito foi um total descrédito dos profetas pagãos e seus deuses. Após todos eles serem mortos, Elias anunciou a Acabe o fim próximo da seca. Baal, o suposto deus do trovão, do raio e da fertilidade, teve de retirar-se em total humilhação diante de Yahweh, o único e verdadeiro Deus, que provou ser a única fonte de vida e bênçãos.

As invasões de Ben-Hadade

A razão para Ben-Hadade atacar Samaria não está declarada, mas pode-se deduzir que este rei não se agradava da amizade crescente entre Israel e Sidom, cuja evidência achava-se na união matrimonial entre Acabe e Jezabel. Ben-Hadade certamente viu a aliança entre as duas nações como um obstáculo ao seu livre acesso ao mar e às principais rotas comerciais da costa. Além disso, caso a cronologia aqui defendida esteja correta, Salmaneser III da Assíria já estaria, por esse tempo, em seu programa de expansão internacional para o oeste, atingindo a Aram e a Palestina, forçando consequentemente o rei Ben-Hadade a colocar-se em posição defensiva. O historiador bíblico indica que Ben-Hadade estava acompanhado de outros trinta e dois reis, um indício de que ele também havia feito outras alianças para tratar com a futura ameaça da Assíria. “Pode ser, é claro, que ele tenha pedido ajuda, cujo recuo fez Ben-Hadade tentar a coalização à força” (MERRIL. E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.366-68).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A longa seca em Israel

Após a profecia de Elias sobre a seca que se abateria em Israel, o profeta sai de cena, indo primeiramente para Querite, e depois para Sarepta, em Sidom, terra de Jezabel. Enquanto Elias passava por um momento prolongado de retiro com Deus, tendo sua vida preservada, o povo de Israel começava a experimentar a estiagem que traria um período de fome e desespero.

A importância do evento profético. A meteorologia moderna pode prever mudanças climáticas com base em estudos apoiados pela crescente tecnologia. É possível ter uma previsão do tempo com até duas semanas de antecedência com base em cálculos e estimativas matemáticas, mas serão apenas previsões. Meteorologistas não podem controlar o tempo, e portanto, podem errar em suas previsões. Fazer um prognóstico que abranja três anos de exatidão relacionados a extremos como períodos de chuvas e de secas é arriscado. Mas foi o que Elias fez, e Deus se encarregou de fazer cumprir o que predissera o profeta, trazendo uma seca sem precedentes para Israel. Essa foi a mostra de que Deus estava com Elias.

Motivos da estiagem. Não há dúvidas de que a idolatria generalizada em Israel foi uma forma de Deus julgar o povo do Norte e seu rei. Ambos tinham voltado as costas para Deus e deixaram de seguir ao Senhor, dando crédito da prosperidade que tinham a Baal, um “deus”, como criam, responsável pela fertilidade e pela chuva.

Outro motivo para a seca era o desafio de Deus contra as divindades sidônias Baal e Astarote. Essas “divindades” já eram conhecidas dos israelitas, mas foram importadas e oficializadas por Jezabel, esposa de Acabe. Para os habitantes do Reino de Israel, que haviam se esquecido do Senhor, essas divindades “davam” a chuva e a colheita no tempo devido. Agora Deus mostraria seu poder retendo a chuva e permitindo que a fome fizesse os israelitas pensarem melhor na pessoa a quem sua fé era direcionada.

Um terceiro motivo para a seca foi preparar o cenário geral para que Elias realizasse milagres que trariam a glória de Deus a Israel e desmascarariam os deuses estranhos. Deus conduziu Elias para Querite, onde havia um ribeiro, que se secou depois de um tempo também por causa da seca. Não raro, precisamos estar preparados para ser provados por Deus naquilo que nós mesmos falamos. A seguir, Elias multiplicou o alimento de uma viúva pobre e depois ressuscitou o filho dela. E finalmente, por ordem divina, retornou a Israel e fez descer fogo do céu com sua oração.

SUBSÍDIOS EXTRAS

Guiado pelo Espirito, o profeta Elias se apresenta ao rei Acabe proferindo poucas palavras, carregadas de fé, poder, autoridade profética e julgamento de DEUS. Ser um profeta hoje esta ate na moda, muitos se dizem profetas, mas não vivem como profeta, distanciado do mundo, comprometido com a palavra, sendo fiel a DEUS, ora pois um verdadeiro profeta de DEUS deve anuncia a verdade, deve denuncia o pecado, que não escolhe o que fala nem o quem fala, mas antes dever ser dirigido por DEUS a quem e o que ira falar.

Os pesquisadores da meteorologia dos nossos dias informam que a muitos fenômenos climáticos, dentre eles a seca do qual não se pode prever com precisão quando, onde ira ocorrer seu inicio ou seu fim. 


Baal e Astarote. Na mitologia dos cananeus, Baal (“que significa “mestre” ou dono”) era o deus da tempestade e da chuva. Assim, ele controlava a fertilidade da terra e foi amplamente adorado no antigo Oriente Próximo. Pensavam que Baal ficasse excitado pela violência e pelo sexo e, dessa maneira, rituais em sua honra frequentemente apresentavam atos para estimular suas emoções. O que o conduziria a atos semelhantes nos céus e o que, imaginavam, traria chuvas para a terra. Assim, no tempo de Elias, os sacerdotes de Baal cortavam-se, esperando que o cheiro do sangue o despertaria e chamaria a sua atenção. Prostitutas cultuais e orgias eram elementos do culto cananeu.     Astarote era a esposa de Baal, também conhecida pelos nomes de Astarre, lchtar (na Babilônia), e Anate (em Ugarit, no norte da Siria). Eia era a deusa da guerra e da fertilidade, e era o complemento feminino de Baal nos rituais da religião cananeia erotica. Em vez de exterminar essa degradante religião, os israelitas a adotaram e/ou muitas das suas partes, quebrando assim seu compromisso com Deus e atraindo Sua ira.

LAWRENCE, O. RichardsGuia do leitor da Bíblia, CPAD pag 162.


            Elias faz saber a Acabe:

1. Que Jehová, a quem ele havia abandonado, era o Deus de Israel.

2. Que era um Deus vivo, não como os deuses que Acabe adorava, que eram ídolos mudos e mortos.

3. Que o mesmo (Elias) era um servo de Deus em missão, um mensageiro enviado por Ele.

4. Que, apesar da atual prosperidade e paz do reino de Israel, Deus estava enjoado com eles por causa de sua idolatria e ia castigar-lhes com a falta de chuva, com que se lhe mostraria a impotência deles e a insensatez de quem havia deixado o Deus vivente para prestar serviço de adoração a deuses que não podiam fazer nem bem nem mal.

5. Fazer saber a Acabe o poder que Deus pôs na palavra do próprio Elias: “não haverá chuva... senão por minha palavra”.

GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag 38


DEUS tem suas maneiras e formas de tratar o pecado com o pecador, uma delas era a escassez de chuva, embora nem toda falta de chuva venha ser por causa do pecado individual ou coletivo. No livro do principio (Gênesis) vemos três grandes fomes, vivida por toda a terra e por Abraão Gn 12.10, Isaque Gn 26.1, José  Gn 41.27.

Existem algumas narrações bíblicas advertindo o povo sobre este método de disciplina-los.

“Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão: [...] Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o SENHOR te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído” (Dt 28:15,23-24).

“Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7:13-14).


A economia girava em torno basicamente da agricultura, logo com a falta de chuva a crise economia seria visível na mesa e no bolso.

A grande importância da chuva para os habitantes de uma região onde chove pouco torna-se clara pela variedade de palavras hebraicas que a descrevem. O hebraico distingue a chuva do chuvisco (este último em Deu. 32:2). E também registra a ocorrência das chuvas próprias das estações do ano (ver abaixo). As taxas anuais de chuva, em várias regiões da Palestina. Mas as taxas médias geralmente enganam, visto que os totais variam muito de ano para ano. Por exemplo, em Jerusalém, a média a longo prazo é de 66,3 cm anuais. Mas o máximo recebido em um ano foi de 1,01 m e o mínimo de 30,5 cm. Havendo flutuações dessa grandeza, o impacto sobre a sociedade que depende das chuvas para sobreviver facilmente pode ser imaginado.

Distribuição das chuvas durante o ano. Essa distribuição é muito desigual, realmente. Nenhuma chuva cai durante os quatro meses mais quentes do ano, de Junho a setembro. Isso é equilibrado por um inverno fresco e chuvoso; mas, do ponto de vista do agricultor, os dois períodos criticas são o começo e o fim da estação chuvosa, quando as temperaturas são altas o bastante para promover o crescimento das plantações, e o solo ainda está bastante úmido para o cultivo. Portanto, as atividades dos agricultores prendem-se diretamente ao regime das chuvas, dependendo de seu início. As chuvas começam em outubro, geralmente com uma série de temporais, e a aragem e a semeadura podem então começar no solo compactado. Se o começo da estação chuvosa se adia, a produção anual sofre; e se o adiamento é muito grande, pode nem haver colheita. Portanto, essas "primeiras» chuvas são importantíssimas. Na outra extremidade do inverno, as chuvas continuam até abril e maio, quando as temperaturas são elevadas, sendo mais valiosas do que as chuvas de janeiro e fevereiro, quando as temperaturas são mais baixas; aquelas chuvas aumentam a produção por cada dia que elas se prolongam. Por isso é que os agricultores esperam ansiosos pelas "últimas- chuvas. Essa combinação de primeiras e últimas chuvas é frequentemente aludida na Bíblia (por exemplo, Deu. 11:14; Jer. 5:24; Osé, 6:3; JoeI2:23; Tia. 5:7). Muito temida é a ausência de chuvas, pois isso importa em fome, um evento que nunca se distancia muito dos pensamentos dos habitantes da Palestina, desde os dias de Abraão até os nossos próprios dias. A agricultura é mais bem servida com chuvas oportunas-tanto as primeiras, no hebraico, yoreh ou moreh : como as últimas, no hebraico, malkos-do que com chuvas pesadas.

A grosso modo, podemos falar em duas estações a cada ano: o inverno, que é chuvoso e úmido (de novembro a abril); e o verão, que é quente e sem chuvas (de maio a outubro).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. pag 721.


Acabe estava tão distanciado de DEUS ao ponto de não enxergar os seus erros e os feitos do senhor, ao invés de se quebrantar se endureceu; quantas pessoas estão vivendo da mesma forma? Quantos estão em meio a miséria do pecado, mas não se arrependem. Pv 28 13 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.

Assim como foi o julgamento no Egito com a morte dos primogenitos trasendo julgamento só para os que eram réus, assim foi para os israelitas que deixaram o Senhor para adorar a Baal, estes colheram o que plantaram (juizo).Já os servos não sáo desanparados, esquecidos ou abandonados, são supridos, amparados.  

            Ouvindo a palavra (17.2)

O texto diz: “Veio-lhe a palavra do Senhor (1 Rs 17.2). Essa é a primeira lição que aprendemos com o profeta de Tisbe: ouça a palavra de Deus e seja orientado por ela. O aparecimento do profeta Elias está condicionado à Palavra de Deus bem como todas as suas ações. Ele não se movia fora da esfera da Palavra de Deus.

a)    Fugindo

O Senhor também disse ao profeta: “Esconde-te” (1 Rs 17.3). Houve a hora de aparecer, agora era hora de se esconder! Há momentos de publicidade, mas há momentos nos quais devemos estar sozinhos. Elias foi um profeta solitário, as suas aparições são repentinas e sem glamour. Talvez essa seja a principal característica que diferencia o profeta de Tisbe dos “profetas” modernos. Enquanto aquele procurava se esconder para cumprir o desígnio de Deus, estes procuram os holofotes para serem notados. Eles gostam da mídia e fazem de tudo para permanecerem em evidência.

c)D ependendo de Deus

O Senhor falou ao profeta: “Beberás da torrente; ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem” (1 Rs 17.4). Elias precisava de pão e água e o Senhor proveu isso para ele. Os corvos eram animais imundos (Dt 14.11-14), mas a comida que traziam para o profeta era santa. Se até o mal cumpre os propósitos de Deus (1 Sm 16.14; 19.9), quem somos nós para questionar? Elias, sem dúvida, possuía mais conhecimento teológico do que muitos eruditos, pois se alimentou da carne trazida pelos corvos sem fazer questionamentos. Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos abençoados porque construímos “muros teológicos” e passamos a acreditar que o Senhor, para operar, necessita trabalhar dentro de seus limites!

d) Obedecendo

“Foi, pois, e fez segundo a palavra do Senhor” (1 Rs 17.5). O manual já existe e está aí à nossa disposição — A Palavra de Deus. Elias fez segundo o manual do fabricante e foi abençoado. Se seguirmos a orientação do manual, a Bíblia Sagrada, com certeza seremos bem-sucedidos.

GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag 44, 45.


Lawrence Richards põe em destaque essa ação de Obadias como sendo um canal de Deus no auxílio coletivo aos profetas: “Como podia Obadias ser um adorador de Deus e ainda servir à corrupta casa real de Acabe? Não deveria ele ter tomado uma posição contra as mortes dos profetas de Deus por Jezabel, mesmo se isso lhe custasse sua própria vida? Alguns pensam assim.Contudo, Obadias foi capaz de usar sua posição para salvar vidas de centenas de profetas! É fácil criticar aquele que têm decisões morais difíceis para tomar. Mas cada indivíduo deve ser guiado pelo senso próprio da liderança de Deus. “O que pode nos parecer ser “comprometimento” pode, em vez disso, ser uma corajosa decisão em seguir um caminho difícil e perigoso”.

GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag 45, 46.


Se prestarmos atenção aos detalhes dessa passagem (1 Rs 17), descobriremos que três dos principais atributos de Deus são revelados na narrativa da predição da grande seca sobre Israel.

Nota se em 1 reis 17 quando Elias revela a palavra do Senhor prevendo a grande seca, revela os três atributos de DEUS que são:

Ele é Onipotente! Tem a capacidade o poder de controlar a natureza.

Ele é Onisciente! Nada esta oculto ao Senhor Ele tem o conhecimento de todas as coisas, encima no céu, embaixo na terra, no mundo material (físico) e no espiritual.

Ele é Onipresente! Os seres criados por DEUS estão condicionados ao tempo e ao espaço, mas Senhor não. O próprio Jesus afirmou: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).


Acabe sentiu a seca a escassez, viu a pobreza da terra, ao ponto de dizer que Elias era quem estava perturbando Israel. Elias mostra a ele que tudo que estava acontecendo era consequência dos erros que a casa de seu pai e a sua haviam cometido contra o DEUS de Israel (desobediência, idolatria, apostasia, etc).

ELABORADO: Alessandro Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário