Elias e os profetas de Baal
Data: 27 de Janeiro de 2013 HINOS SUGERIDOS 124, 342, 454.
TEXTO ÁUREO
“Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada” (1 Rs 18.21).
VERDADE PRÁTICA
O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 1.2,3 Rejeitando os falsos deuses
Terça - 1 Rs 18.19 Rejeitando os falsos profetas
Quarta - 2 Rs 10.11 Rejeitando os falsos sacerdotes
Quinta - Êx 12.38 Rejeitando o sincretismo religioso
Sexta - 1 Rs 18.21 Rejeitando a falsa adoração
Sábado - 1 Rs 18.24 Promovendo a verdadeira adoração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.36-40.
36 - Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de lsaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
37 - Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu, SENHOR, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.
38 - Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39 - O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!
40 - E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.
INTERAÇÃO
Não são poucos os falsos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus. O pior é que estes em geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para determinar-lhes a “vontade divina”. Prezado professor, não são poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso, oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos profetas. A ordem de Jesus para nós em relação a estes enganadores é: “Acautelai-vos”.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.
· Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.
· Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo de acordo com as suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave Falso: Contrário a realidade; fingimento, dissimulação, dolo.
O confronto de Elias com os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da história bíblica. Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel como povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com a humanidade.
Nesta lição, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.
I. CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES
1. Conhecendo o falso deus Baal. Baal era uma divindade cananeia (1 Rs 16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente esse falso deus, e assim entender porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa proprietário, marido ou senhor.
Os estudiosos observam que esse nome traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também sobre as pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (1 Rs 21.25,26).
2. Identificando a falsa divindade Aserá. A crença cananeia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O texto bíblico de 1 Reis 18.17-19, faz referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do termo hebraico `ashera ou Aserá, e mantém o significado de bosque para adoração de ídolos. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa entre o povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1 Rs 11.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A crença popular cananita dizia que El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe.
II. CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS
1. Profetizavam sob encomenda. Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma verdade: nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O texto de 1 Reis 18.19 destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar comprometidos com qualquer esquema religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1 Rs 22.13,14).
2. Eram mais numerosos. Acabe e sua esposa, Jezabel, haviam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1 Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda.
III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO
1. Em que ela imita a verdadeira. O relato do capítulo 18 de 1 Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifícios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jamais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo!
Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 18.26-29). Uma das marcas do culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 18.38)!
2. No que ela se diferencia da verdadeira. A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1 Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, verdadeira adoração distingue-se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: “E que eu sou teu servo” (1 Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores (Jo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida pelo Senhor (Êx 19.5). Elias invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em terceiro lugar, ela diferencia-se pela Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 18.36).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.
IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL
1. O perigo do sincretismo religioso. O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretismo como “a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais”. Essa definição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da “mistura” do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Êx 12.38; Ne 13.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica não pode se misturar com outras crenças!
2. A resposta divina ao sincretismo. O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Rs 18.38), o profeta de Tisbe deu instrução ao povo: “Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou” (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 13.12-18; 20.12-13).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.
CONCLUSÃO
O desafio do profeta Elias contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto, merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza.
A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, T.; HINDSON, E. (Eds.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008.
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, quais as duas divindades pagãs principais no reino do Norte?
R. El e Aserá.
2. Explique como alguém pode deixar de ser uma voz profética.
R. Quando por conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do sistema vigente.
3. Como a verdadeira adoração se diferencia da falsa?
R. A adoração verdadeira se firma na revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto; pela Palavra de Deus.
4. Defina “sincretismo”.
R. Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais.
5. Por que o desafio entre Elias e os profetas de Baal foi muito além de uma guerra entre o bem e o mal?
R. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“O fruto é discernido espiritualmente
Jesus deixa claro que devemos julgar os profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos instruíram a ‘provar’ ou ‘julgar’ os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco sentidos naturais, nem é identificado de modo intelectual — deve ser discernido espiritualmente. Paulo escreveu: ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais’ (1 Co 2.15,13). Quando nos arrependemos e limpamos os nossos corações de quaisquer motivos ímpios e aceitamos a verdade de Deus, ficamos então em condição de sermos suscetíveis ao direcionamento do Espírito Santo [...]
Nos dias de Jesus existiam ministros que ‘exteriormente pareciam justos aos homens’ (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)” (BEVERE, J. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.166).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Elias e os profetas de Baal
Da mesma forma que Deus tem homens e mulheres que de forma comprometida se deixam ser usados por Ele, Satanás também tem os seus.
Observemos alguns aspectos da narrativa que trata do desafio de Elias contra os profetas de Baal e o resultado desse desafio. Os profetas de Baal gozavam da confiança de Jezabel e Acabe. Eles comiam da mesa do rei em um período de escassez em Israel, privilégio que outros grupos não tinham. Por sua vez, Elias não contava com o favor ou a simpatia real, e depois de sua profecia contra Acabe, foi caçado em diversos lugares. Obadias, um homem de Deus que servia a Acabe no palácio e que guardou em vida cem profetas do Senhor, mesmo com o risco de ser descoberto e morto, disse a Elias quando o encontrou: “Vive o SENHOR, teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então, ajuramentava os reinos e as nações, se eles te não tinham achado” (1 Rs 18.10). A ausência de chuvas em Israel deixou Elias no topo da lista de pessoas procuradas pelo rei. Para o rei, Elias era uma persona non grata em Israel. Aqui cabe uma advertência a todos os que estão em posição de liderança: Elias foi usado como profeta contra um rei que abandonou o Senhor. É evidente que se Acabe meditasse nas palavras de Elias e mudasse de atitude, Deus certamente seria com ele.
FONTE:Estudante da Bíblia.
FONTE:Estudante da Bíblia.
SUBSÍDIOS EXTRAS
Nada foi tão marcante na historia das religiões, como fora este episodio, que deixou marcas, da existência de um único e verdadeiro DEUS YAHWEH, que saíra campeão da competição publica, que o próprio povo teve de reconhecer que O senhor é Deus! O Senhor é Deus!
O monte Carmelo era um território disputado por Israel e pela Fenícia sendo sagrado e centro de culto aos deuses cananeus.
Não foi uma vitoria de homens, nem de deuses, foi uma vitoria do DEUS vivo contra Satanas, que esta com suas artimanhas tragando muitos para o caminho da apostasia, da idolatria, da feitiçaria como fez Saul 1 Samuel 28.7 Então disse Saul aos seus servos: Buscai-me uma necromante, para que eu vá a ela e a consulte.
BAAL (BAALISMO)
A palavra e seu uso ..Essa é a palavra hebraica que significa «p proprietário», «senhor» ou «marido». E: usada em I Cro. 5:5; 8:30 e 9:36 como um nome pessoal; e, de modo geral, designa a divindade Cananéia desse nome. As identificações incluem aquelas com restrições a algum mero lugar de adoração, como Baal-Peor (Núm. 25:3), Baal-Gade (Jos, 11:17), Baal-Hermom (Jui. 3:3), etc. Algumas vezes, tais combinações indicam uma característica da divindade, e não algum lugar com o qual estaria associada, como Baal-Berite (Baal do pacto, em Jui. 8:33); Baal-Zebube, talvez uma corruptela de Baal-Zebul (que significa -príncipe.., em I[ Reis 1:2).
O próprio termo sugere que a divindade era considerada proprietária de um determinado lugar, pelo que exerceria controle ali, no tocante a certos aspectos da vida humana, mas, sobretudo, no tocante à fertilidade.
Baalismo, A adoração a Baal era, essencialmente uma religião da natureza, cuja ênfase principal era a fertilidade. O Oriente Próximo exibiu várias formas de religião da fertilidade, e essa religião dos cananeus era a mais desenvolvida entre elas, quanto a esse aspecto. Israel deixou-se arrastar pela influência do baalismo por meio de sincretismo (os hebreus incorporaram-no, ou ao menos aspectos seus, à sua fé), tendo havido uma reação profética (os profetas que reagiram contra esses elementos corruptores). Fontes informativas. O A.T., os tabletes de Ras Shamra (ver o artigo) e Filo Bíblia.
Ideia. El seria o pai dos deuses, mas não teria muito contato com os homens. Aserá era a deusa-mãe. Um filho (ou neto) de destaque deles seria Baal. Sua consorte, Astarte (que no A.T. aparece como Astarote ou Astorete), era a deusa da fertilidade (ver o artigo sobre ela). Nos tabletes de Ras Shamra,
Anate aparece como a consorte de Baal. Seu maior inimigo era Mote (a morte). O clima da Siria e da Palestina contribuía para a elaboração dessa religião.
As chuvas cessam em março-abril. Só começa a chover novamente em outubro-novembro' e durante o intervalo, pouca vegetação pode crescer. 'A menos que as chuvas voltem, a fome é inevitável. Assim os cananeus personificaram as forças que faziam a vegetação voltar à vida. A razão pela qual as chuvas cessariam é que Baal seria morto em uma luta feroz contra Mote. E as chuvas retornariam porque os amigos de Baal (como o Sol - Shapsh ou Shemesh) e Astarte (fertilidade), devolver-lhe-iam a vida (principio da ressurreição). A terra floresceria novamente porque Baal e Astarte copulavam. Assim, temos nisso uma forma de religião que é, essencialmente, a adoração à natureza. Quando os homens perturbaram os deuses ou deixam de agradá-los, há perturbações nas condições atmosféricas, ou nas vidas das famílias e das tribos.
Festividades A fim de promover o sentimento religioso do povo e honrar os deuses, foram instituídas festas que apelavam ao impulso. Procriado e a licenciosidade, incluindo a prostituição masculina e feminina, que se tornou um acompanhamento indispensável nesses cultos de fertilidade. Isso prosseguia durante os periodos de festividade e fora dos mesmos.
Influência sobre Israel.. Essa religião exerceu grande influência sobre Israel, especialmente no norte (Israel em contraste com Judá), onde as ideias e as culturas pagãs tomaram-se parte, mais rapidamente, da perspectiva religiosa dos israelitas. Isso provocou os protestos dos profetas. Sob tais circunstâncias foi que Elias e seus sucessores postularam a pergunta se o Deus de Israel era Yahweh ou Baal (ver I Reis 18). Os símbolos dessa adoração foram condenados pelos profetas, incluindo a árvore ou bosque sagrado, a coluna e os terafins (imagens, que incluíam figuras da deusa da fertilidade, que se tomaram populares e numerosas entre os israelitas). O protesto levantado pelos profetas contra esse tipo de religião pode ter sido um dos fatores que raramente permitia que Deus fosse chamado de Pai; e o A.T. não tem palavra que corresponda a deusa. Além disso, a expressão? Filho de Deus, aplicada ao homem, é rara no A. T. Tais termos poderiam ser erroneamente entendidos, em termos pagãos. No judaísmo havia o cuidado de se evitar a terminologia sexual no seio da família, porquanto ISSO era por demais comuns nas religiões politeístas e de fertilidade, entre os vizinhos de Israel.
Fatores do vigor da religião de fertilidade.
1. Israel não expulsou os cananeus de suas terras, mas antes, misturou-se com eles em casamento.
2. Aqueles que tinham acabado de entrar na Terra Prometida tinham acabado de sair das experiências no deserto. Formas religiosas que fomentavam festividades e os prazeres sensuais eram alternativas tentadoras. Ou, pelo menos, elementos tomados por empréstimo dessas atividades que sem dúvida eram muito atrativos.
3. A lei de Israel era austera. Sempre será mais fácil seguir o curso de menor resistência. Assim, persistia por um lado a fé em Yahweh, e esta ia-se misturando com elementos cananeus. Esse processo sincretista é ilustrado em passagens como Jul, 2:1-5; 2:11-13,17, 19; 3:5-7; 6:25. A mesma coisa se dava corpo combinações de palavras, como Jerubaal (ver Jui, 7:1) Beeliada (ver I Crô. 14:7), Es-Baal e Merlbe-Baal (ver I Crô, 8:33,34), que surgiram de outros nomes próprios. As ostraca de Samaria (cerca de 780 A.C.) demonstram que para cada dois nomes que envolviam o nome de Yahweh, um era uma forma qualquer composta de Baal. O trecho de I Reis 18 mostra-nos que o baalismo tomou-se tão forte em Israel que somente sete mil deles permaneceram fiéis à antiga fé. Elias conseguiu evitar o colapso total da fé judaica. Embora continuassem havendo reformas e o protesto dos profetas (ver Osé. 2: 16 17), parece que foi necessário o cativeiro para impor a purificação necessária.
Dois grandes mitos de Baal. Os textos de Ras Shamra contêm esses mitos, a saber:
1. O conflito com o Príncipe do Mar e Juiz do Rio (o deus das águas obtém a ascendência e, arrogantemente, intimida os outros deuses). Baal, com a ajuda de alguns outros deuses, é capaz de derrotá-lo, confiando-o à sua devida esfera de atividade. Talvez essa luta seja simbolizada pelo leviatã da Bíblia, que poderia ser o mesmo lotan, a serpente enroscada. E que possivelmente seja idêntica ao Príncipe do Mar.(Alguns supõem que o Dia do Senhor segundo originalmente concebido no judaísmo) poderia referir-se à vitória de Yahweh sobre as forças do caos. E esse conceito poderia depender do mito cananeu, acima descrito,
2. Outrossim, havia o deus que morria e ressuscitava; Baal, morto por Mote, era então ressuscita do pelo deus Sol e por Astarte. Tal suposta ressurreição era acompanhada por grandes festividades de sensualismo. Apesar de que o judaísmo como ê óbvio, nunca desenvolvesse qualquer coisa similar, excetuando casos de empréstimos diretos extraídos. Das religiões de seus vizinhos pagãos, alguns estudiosos supõem que o próprio conceito de ressurreição pode ter sido provocado, pelo menos em parte, por essa antiga crença. Não há como determinar até que ponto isso pode ter sido verdade. Mas a verdade do conceito da ressurreição em nada é prejudicada ainda que os povos pagãos, de maneira crua, tivesse antecipado e expressado essa ideia à sua maneira ímpia. (E ID SMIT Z)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. pag 416, 417.
ASERÁ Uma divindade cuja o nome é mal traduzido na versão KJS em Inclês, que segue de perto a LXX. Em uma inscrição suméria de Hamurabi ela é chamada de “noiva de Anu” (paraiso). Era a principal deusa de Tiro em aproximadamente 1500 a. C. No panteão de Ugarite é chamada de “Athiratu-Yammi’ (Aquela que caminha sobre o mar). Era a consorte ou esposa de El, e a mãe de 70 deuses inclusive Baal. Sacreficios de animais eram oferecidos a ela. Ela também tinha o titulo de “Santidade”, inscrição de uma figura egípcia em que ela aparece nua.
Nos registro da Babilonia Ashratum era conhecida como uma divindade. Esta deusa não deve ser confundida com Astarte conhecida no Antigo Testamento, cuja forma plural era Astarote. No Antigo Testamento a adoração a Aserá esta associada a Baal.
WYCLIFF. Dicionario Bíblico. 2010. Pag 765.
Os profetas de Baal e Aserá recebiam influência direta de Jezabel, “comiam da mesa da Rainha”. Ainda hoje o espírito de Jezabel esta atuando, com a mesma força, com o mesmo proposito que fora nos dias de Elias, levar o povo de DEUS a confusão, a apostasia, e a idolatria.
FALSOS PROFETAS
I João 4:1: Amados, não creiais a todo espirito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.
Três tipos de profeta que existem:
1 Fala guiado pelo Espirito Santo.
2 Fala guiado pela carne.
3 Fala guiado pelos espirito das trevas. No caso dos profetas de Baal.
Os profetas de Baal e Aserá eram:
Corruptos, sem santidade, possuíam altar quebrado, e sem inspiração divina. Nada mais eram do que trabalhadores que tinha medo de perder seu salario, que seguiam a risca os mandos de Jezabel.
Qualquer profeta que se comprometa com um esquema, para tirar vantagem, de um grupo ou igreja, estará trazendo para si maldição, analise a vida de Balaão Num 22; 23.
A quantidade de profetas não representa qualidade em seu conteúdo! Aprendemos com Paulo que diz: não desprezeis as profecias. Examinai tudo retende o bem. Os profetas de Baal e Aserá estavam espalhados como erva daninha, não havia lugar para tantos. Mas não tinha palavra de vida, nem unção, ou autoridade havia só números.
Ao lermos 1 Reis 18 veremos seus aspectos:
1. Profetas falsos realizam culto falso com liturgia, mas nenhuma adoração.
(1 Rs 18.26) E, tomando o novilho que se lhes dera, prepararam-no, e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até o meio-dia, dizendo: Ah Baal, responde-nos! Porém não houve voz; ninguém respondeu. E saltavam em volta do altar que tinham feito.
2. Profetas falsos grito muito, mas não há eco.
“Ah! Baal, responde-nos! Porém não havia uma voz que respondesse” (1 Rs 18.26). Havia voz, grito, mas não havia eco! Não havia quem lhes respondessem.
No livro de minha autoria: Rastros de Fogo: o que diferencia o pentecostes bíblico do neopente-costalismo atual, escrevi:
“O Pentecostes bíblico possui voz, — “Veio do céu um som” (At 2.2). Na verdade a palavra som traduz o termo grego echos, de onde provém o nosso vocábulo português eco. O Pentecostes bíblico não apenas produz som, mas possui eco! Mas isso não é exatamente o que diferencia o Pentecostes bíblico do moderno? O Pentecostes bíblico possui uma voz que ecoa enquanto o de hoje faz apenas barulho! O Pentecostes contemporâneo é zua-dento! Ninguém mais aguenta esses pregadores “pentecostais” fazendo barulho para se manterem no ar! Como a Televisão é um veículo de comunicação extremamente caro, eles estão migrando para a internet. Estão criando blogs a todo instante! Fazem de tudo para serem notados! Foi Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, quem refez a famosa frase de René Descartes: Penso, logo existo para: Falam de mim, logo existo,6 Sim, um grande número de pregadores pentecostais está gritando a pleno pulmões para serem notados. Fazem barulho, mas suas vozes não conseguem produzir um eco positivo na sociedade.” Quando a adoração deixa de produzir eco, então ela transforma-se em uma falsa adoração.
GONÇALVES, José. Porção Dobrada, CPAD 2012 pag 54, 55.
3. Profetas falsos utilizam sangue, mas é um sangue remido como o de Cristo Jesus, mas sangue impuro, profano.
(1 Reis 18 28) E eles clamavam em altas vozes e, conforme o seu costume, se retalhavam com facas e com lancetas, até correr o sangue sobre eles
4. Profetas falsos não tem inspiração!
Havia ali muitas profecias, mas a inspiração que as tornava validas não havia uma se quer em meio a 850 profetas. “A inspiração vem através do Espírito Santo” (2 Pe 1.20,21).
Havia ali Sacerdotes, Profetas,
Sincretismo religioso trás um grande perigo para o povo de DEUS. Ao observar os planos do Senhor e a posse da terra prometida, vemos a ordem de eliminação das nações cananeias para que não houvesse a mistura dos povos e sincretismo religioso trazendo confusão, abandono, apostasia do povo de DEUS. É interessante observar que em muitas religiões a o acumulo de deuses sem restrição aos mesmos, já o DEUS de Abraão, Isaque e Israel pede exclusividade, não devemos servir a dois senhores.
Em Josué 24 14-17.
14 Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; deitai fora os deuses a que serviram vossos pais dalém do Rio, e no Egito, e servi ao Senhor.
15 Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
16 Então respondeu o povo, e disse: Longe esteja de nós o abandonarmos ao Senhor para servirmos a outros deuses:
17 porque o Senhor é o nosso Deus; ele é quem nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, e quem fez estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos preservou por todo o caminho em que andamos, e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos.
A resposta do senhor aqueles que são idolatras, que levam o povo a cometer pecados com suas profecias falsas seria, caso houvesse a confirmação de sua culpa a sentença era clara a morte, certamente ferirás ao fio da espada
Filhos de Belial (13). Literalmente: "filhos inúteis". A eles se faz alusão em Jz 19.22; 20.23 a propósito do caso de Gibeá.
Então inquirirás e informar-te-ás (14). Que grande princípio de justiça vem aqui enunciado! Tal como hoje sucede com as leis de muitos países, é necessário proceder-se a investigações antes que seja aplicada qualquer pena a um delinquente.
Anátema (17). A história de Acã narrada em Js 7 vem documentar a aplicação desta lei, para mostrar como o Senhor Se apartou do ardor da sua ira (17; cf. Js 7.26).
COMENTÁRIO. Novo, da Bíblia. Deuteronômio pag 47.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
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