Data: 16/05/2013. Hinos sugeridos: 151,
259, 327.
TEXTO ÁUREO
“Ajunta o povo,
homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas
portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham
cuidado de fazer todas as palavras desta lei” (Dt 31. 12).
VERDADE PRÁTICA
A Escola Dominical contribui decisivamente para a formação espiritual,
moral, cultural e social da família.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Pv 22. 6. Ensinando
às crianças.
Terça - At 8. 30-31. O
ensino da palavra de Deus.
Quarta - Rm 12. 7. O
ensino requer dedicação.
Quinta - Sl 119. 105. A
palavra de Deus é vital.
Sexta - Jr 32. 33. O
desprezo com o ensino.
Sábado - I Co 4. 17. Ensinando em cada igreja.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Neemias
8.1 -7.
1
- E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo
o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e
disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o Senhor
tinha ordenado a Israel.
2
- E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de homens
como de mulheres e de todos os sábios para ouvirem, no primeiro dia do sétimo
mês.
3.
- E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva
até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e sábios; e os ouvidos de todo o
povo estavam atentos ao livro da Lei.
4
- E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para
aquele fim- e estavam em pé junto a ele, à sua mão direita. Matitias, e Sema, e
Anaias, e Urias, e Hilquias, e Maaseias; e ã sua mão esquerda, Pedaias, e Misael,
e Malquias, e Hasum, e Hasbadana, e Zacarias, e Mesulão.
5
- E Esdras abriu O livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima
de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pê.
6
- E Esdras louvou o Senhor, o grande [teus; e todo o povo respondeu; Amém!
Amém!, levantando as mãos: e inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em
terra.
7
- E Jesua, e Bani, e Serebias, e jamim, e Acube. e Sabetai, e Hodias, e Maaseias,
e Quelita, e Azarias, e Jozabade, e Hanã„ e Pelaías, e os levitas ensinavam ao
povo na Lei; e o povo estava no seu posto.
INITERAÇÃO
Professor,
o que o Escola Dominica! significa para você? Nas palavras do pastor Antônio
Gilberto 'a Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da Igreja, que
evangeliza enquanto ensina, conjugando assim os dois lados da comissão de Jesus
à Igreja conforme Mateus 28. 20 e Marcos 16. 15. “Ela não é uma parte da Igreja;
é a própria Igreja ministrando ensino bíblico metódico”. Milhões e milhões de
vidas são discipuladas nos bancos da Escola Dominical. É, sem dúvida, a maior
agência de serviço voluntário em todo território nacional- E você, prezado
professor, deve se orgulhar por fazer parte desta seleta equipe.
OBJETIVOS
Apos a aula, o aluno devera estar apto a:
Conhecer a origem
da Escola Dominical.
Apreender as finalidades da Escola
Dominical.
Compreender o quanto a Escola Dominical
fortalece a família.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
sugerimos a reprodução do esquema da página seguinte para lhe auxiliar na
ministração do primeiro tópico da lição. É importante analisar a metodologia
que Raikes usou para popularizar a Escola Dominical – Acompanhamento do
desenvolvimento do trabalho e divulgação dos resultados. Bem como conhecer o
forte compromisso social que ele tinha com as crianças. Explique á classe que a
Escola Dominical, como a conhecemos, nasceu com crianças. Com esse trabalho
apesar de existir instituições de ensino em outras regiões, o modelo de Escola
Dominical foi propalado e popularizado por Robert Raikes. Boa aula.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A
Escola Dominical é a maior e mais acessível agência de educação religiosa da
igreja. O seu principal objetivo é levar as crianças, adolescentes, Jovens e adultos
a aprender e a praticar a Palavra de Deus. Por isso, ela é um fator
determinante na formação espiritual, moral, social e cultural das famílias.
A
Escola Dominical, quando bem estruturada, torna-se um dos meios mais eficazes
de evangelização. É notório que missionários, pastores e demais obreiros e obreiras,
passaram pela Escola Dominical e continuam a frequentá-la zelosamente. pois
nela o caráter cristão é desenvolvido segundo a Bíblia Sagrada.
I - A
ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL
1. Raízes bíblicas da
Escola Dominical.
Conforme ensina-nos o pastor Antônio Gilberto em seu Manual da Escola Dominical,
esse educandário tem as suas raízes desde o Antigo Testamento, passando por
Moisés (Dt 6.7; 11.18,19; 31,12,13), pela época dos sacerdote, reis e profetas
de Israel (Dt 24,8; I Sm 12.23; Jr 18.18; 2 Cr 15 .3; 17. 7-9), durante e após
o cativeiro babilónico (Ne 3), chegando aos dias de Jesus, sendo Ele o Mestre
dos mestre (Mc 2.1 ,2 ; 6. 2,6,34; 12.35: Lc 5.17; 24 .27) e da igreja do
primeiro século até os nossos dias (Mc 6.30; At 5.21 ,4 I ,42).
2. A origem da Escola
Dominical.
A fase moderna da Escola Dominical, assim como a conhecemos, teve início em um
domingo de 1780. O jornalista britânico, Robert Raikes, desejava escrever um
editorial sobre a melhoria do sistema carcerário de sua cidade. Ao perceber que
muitas crianças ficavam na rua falando palavrões e brigando, mudou de ideia e
escreveu sobre como levar aqueles meninos à igreja, visando alfabetizá-los e
evangelizá-los. A maioria das crianças não sabia ler nem escrever, pois durante
a semana eram forçadas a trabalhar em fábricas; algo bem comum durante a
Revolução Industrial. E, no domingo, perambulavam pelas ruas.
a)
O projeto.
Raikes divulgou o projeto de alfabetizar as crianças, ensinando lhes gramática,
matemática e a Bíblia. Apelou às pessoas a fim de que, voluntariamente, ajudassem-no
a tirar as crianças das ruas, educando-as nos lares e na igreja.
b)
Semeando lições de vida. As professoras voluntárias, além de alfabetizá-las, exumavam-lhes
noções de ética, moral e histórias bíblicas. Era uma verdadeira educação
integral. Quatro anos depois, após espalhar-se por várias cidades, a Escola
Dominical já contava com 250 mil alunos.
No
Brasil ela foi fundada em 19 de agosto de 1855 pelo casal de missionários
escoceses. Robert e Sarah Kalley.
3. O que é Escola
Dominical. É
uma escola que ministra o ensino da Palavra de Deus de forma acessível a todos
os alunos — desde o berçário aos adultos — contemplando todas as faixas etárias.
A Escola Dominical é gratuita e conta com o apoio de homens e mulheres que, voluntariamente,
lecionam a Palavra de Deus. É o maior trabalho que se pode realizar na Igreja.
Os seus professores e organizadores não têm qualquer retorno Financeiro a não ser
a alegria de saber que são instrumentos de Deus para abençoar vidas através do
ensino da Bíblia Sagrada. Os que exercem este ministério sabem que esta é a
maior recompensa.
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
A
Escola Dominical ministra o ensino da Palavra de Deus de forma acessível a
todos os alunos contemplando as respectivas faixas etárias — do berçário aos adultos.
II -
FINALIDADES DA ESCOLA DOMINICAL
1. Auxiliar no ensino
das Escrituras.
O ensino bíblico sistemático, é por faixas etárias, é de grande significado espiritual
e moral para toda a família. Por Isso, tem de ser ministrado por pessoas
maduras que amem comunicar a Palavra de Deus, pois; como instrui-nos o apóstolo
Paulo, se o nosso ministério “é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.
7). A família é beneficiada quando o ensino alcança os objetivos propostos na formação
cristã de todos os seus membros. Não há dúvidas de que a Escola Dominical é o melhor
lugar para isso.
2. Auxiliar na
evangelização. É
desejável que a Escola Dominical resgate este supremo objetivo: evangelizar (Mc
15,15). Uma classe: pode incumbir-se de levar convites aos descrentes para virem
à Igreja no domingo seguinte ou para o culto vespertino. Uma gincana pode ser
realizada, concedendo pontos às classes que Trouxerem mais visitantes não convertidos
á Escola Dominical. Tal iniciativa é uma ótima forma de apresentarmos o
Evangelho aos que ainda não receberam a Cristo.
3. Auxiliar no
discipulado. Jesus
mandou fazer discípulos e não prioritariamente membros e congregados (Mt
20.19). Por esse motivo, os que aceitam a Cristo devem ser eficazmente
discipulados. Nesse sentido, a Escola Dominical desempenha um importante e
insubstituível papel. Portanto, que haja classes de discipulado para as
crianças, adolescentes, jovens e adultos. Mas acima de tudo, não nos esqueçamos
de que, como discípulos de Cristo a nossa a vida é um permanente discipulado (2
Co 3 .18).
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
Auxiliar
no ensino das Escrituras, na evangelização e no discipulado, são algumas das finalidades
da Escola Dominical.
III - A
ESCOLA DOMINICAL FORTALECE A FAMÍLIA
1. As Crianças são
bem instruídas.
Dizemos estudiosos que a personalidade humana é definida até aos sete anos. O
que aprendemos nessa fase, refletirá decisivamente em nosso desenvolvimento
psíquico, emocional, afetivo e social, influenciando-nos por toda a vida. Nesse
aspecto, advertem-nos as Sagradas Escrituras: "Instrui o menino no caminho
em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele" (Pv
22.6), Por conseguinte, a Escola Dominical ajuda, e muito, no desenvolvimento
da personalidade infantil, pois encaminha cada criança no aprendizado cristão.
2. A juventude é
prevenida contra o pecado. A juventude é vitima de muitas brutalidades sociais:
álcool, drogas, sexo ilícito, delinquência, etc.
Por
isso mesmo, nossos jovens devem frequentar assiduamente a Escola Dominical,
pois aqui são alertados contra todos esses males tão característicos de uma sociedade
sem Deus, O salmista oferece um caminho seguro para que o jovem previna-se
contra os males desse tempo; "Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o
conforme a tua palavra" (SI 119.9).
3. Os adultos
frutificam. Por
aceitar a Cristo na idade adulta e não haver recebido uma sólida formação
espiritual e moral durante a infância e juventude, há crentes que acabam não formando
uma consciência clara e madura da vida cristã. A Escola Dominical, todavia,
está apta a ajudá-los a formar o seu caráter cristão e estimulando-os à leitura
da Bíblia Sagrada e á prática da vida cristã em seu dia a dia (Jo 5. 39).
Assim, os adultos tornam-se aptos a dar muitos frutos na obra do Senhor (Jo 15.
1,-16).
SINOPSE
DO TO P IC O (3)
Na
Escola Dominical as crianças são instruídas, a juventude é prevenida contra o
pecado e os adultos são incentivados a frutificarem na obra do Senhor.
CONCLUSÃO
Nenhuma
instituição de ensino tem efeito tão benéfico sobre a família como a Escola
Dominical. Nos
países onde ela é valorizada, sempre há testemunhos de pessoas que se tornaram uteis
a sociedade e
ao mundo. Portanto, a igreja precisa valorizar a Escola Dominical: a maior
escola de formação crista do mundo. Os que são assíduos na Escola Dominical
absorvem o ensino
da Bíblia, e passam a ter uma conduta pautada nos princípios elevados da Palavra de
Deus.
ALGUNS
FATOS HISTÓRICOS
Primeira
ação da Escola Dominical 20/ 07/1780
Robert Raikes estabeleceu os seguintes
compromissos: Experimentar por três anos o trabalho em andamento: Em seguida,
ele divulgaria, ao mundo os frutos da Escola Dominical.
Publicação
em Jornal do impacto do movo trabalho na vida das crianças 03/11/1783.
As igrejas passaram a dar apoio ao
trabalho de Raikes. A Escola Dominical passou das casas particulares para os
Templos, os quais enchiam-se de crianças. A data de 3 de Novembro de 1783 é
então considerada o dia natalício da Escola Dominical.
Antes
de Raikes já havia reunião semelhantes a da Escola Dominical.
No entanto, quem popularizou e
dinamizou o movimento foi Robert Raikes. E o atual sistema de escola pública inspirou-se
no movimento da Escola Dominical.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Educação
Cristã
DIRETIVAS BÍBLICAS [O
ensino às crianças]
A
revelação de Deus exige uma resposta pessoal de cada um dos Seus filhos. O que
as Escrituras nos mandam fazer em nosso ministério com crianças? MATEUS
28.19,20: O imperativo nesta passagem é claro: “Fazei discípulos” (ARA). Quando
formos, temos de ensinar a Palavra de Deus a todas as pessoas — inclusive
crianças. As implicações contidas neste texto são (a) evangelizar (falar do
Evangelho a todas as pessoas) e (b) discipular (ajudar cada crente a crescer em
Cristo para ser um fazedor de discípulos). Isto pode ser feito eficientemente
com crianças se estas forem educadas da maneira correta.
DEUTERONÔMIO
6.4-9: Moisés ordenou os pais (a) a ensinar a Palavra de Deus diligentemente
aos filhos, (b) de modo muito casual e natural, (c) usando o estilo de vida
deles como o método principal. Esta conversação orientada ajudará a educar cada
criança como também a apresentar um modelo de vida adulta santo.
PROVÉRBIOS
22.6: Este provérbio ou truísmo dá-nos breve introspecção sobre como ensinar
crianças. Os professores de crianças têm de desejar (a) “instruir” — criar um
gosto ou desejo na criança pelas coisas de Deus —; (b) “no caminho” — conforme
o passo dela. A instrução deve levar em conta a individualidade e o
desenvolvimento mental e físico da criança, (c) Ela “não se desviará” — se a criança
for educada corretamente nas coisas de Deus, o desejo eventual dela será
manter-se firme ao que aprendeu. Uma versão ampliada deste provérbio seria:
“Dedique-se ao Senhor e crie na criança o gosto pelas coisas do Senhor, de
acordo com a faixa etária dela; e mesmo quando ela ficar adulta não se afastará
do treinamento espiritual que recebeu”. ATOS 2.41-47: Este é um relato resumido
sobre a descida do Espírito Santo e o início da Igreja. Podemos ver os
resultados do Pentecostes atuantes em quatro fatores principais na vida daquela
comunidade neotestamentária: (a) Adoração — os crentes oravam, partiam o pão, cantavam
e adoravam juntos ao Senhor, (b) Instrução — os crentes dedicavam-se ao ensino
dos apóstolos, (c) Comunhão — os crentes tinham comunhão uns com os outros com
a finalidade de disseminar a mensagem do Evangelho, (d) Expressão — os crentes se
expressavam ao Corpo de Cristo mediante edificação e encorajamento, e ao mundo,
através do evangelismo. Estes quatro ingredientes devem estar incluídos no
ministério com crianças.
EFÉSIOS
4.11-16; 1 CORÍNTIOS 12; ROMANOS 12: Estas três referências revelam os métodos
de Deus implementar o ministério com crianças — pelos dons do Espírito Santo.
Em
Efésios 4.11-16, aprendemos que Jesus deu à Igreja aqueles que ensinam,
evangelizam e pastoreiam. Ele os concedeu com o propósito de dar unidade aos
crentes, maturidade ao corpo e conformidade a Ele. Estes líderes equipam os
santos para fazer a obra do ministério — inclusive o ensino às crianças em
casa, na igreja e na escola! Primeira Coríntios 12 e Romanos 12 mostram-nos que
não é suficiente buscar e achar os perdidos. Eles também devem ser cuidados, alimentados
e guiados para se tornarem cristãos maduros. Onde obtemos os recursos? Estas
duas passagens concedem-nos as respostas. O Espírito Santo capacita o povo de
Deus a ministrar — ajudar os crentes a se desenvolver segundo a semelhança de
Cristo.
2
TIMÓTEO 2.2: Paulo descreve o ministério da multiplicação que tem de acontecer
ao longo de toda geração para que a fé cristã seja ensinada até que Jesus
venha. Os líderes cristãos precisam equipar os professores e pais em cada
faceta do ministério com crianças, de forma que o ensino correto aconteça ao
nível de cada aluno. Assim, o ciclo de evangelismo estará completo — agora o
discípulo torna-se fazedor de discípulo.
(GANGEL.
Kenneth O. & HENDRICKS. Howard G. Manual
de ensino para o educador cristão. Compreendendo a natureza, as bases e o
alcance do verdadeiro ensino cristão. I ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp
119-120).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio
Histórico
A ESCOLA DOMINICAL NO
BRASIL
A
Escola Dominical teve seu início entre nós em 19 de agosto de 1855 na cidade de
Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o Missionário Robert
Kalley e sua esposa Da Sarah Poulton Kalley, da igreja Congregacional. Eram
escoceses. Ele fora um médico ateu. Depois foi salvo sob circunstancia
especiais, e chamado por Deus, entregou-se à obra missionária. Na primeira
reunião, na data acima, a frequência foi de cinco crianças... Essa mesma Escola
Dominical deu origem a igreja Congregacional no Brasil. Desde então, o
crescimento da Escola Dominical tem ido maravilhoso.
A.
Remontando ao passado, as primeiras reuniões de instrução bíblica no Brasil, do
ponto de vista evangélico, ocorreram durante a permanência aqui, dos crentes
calvinistas que desembarcaram na Guanabara em 1557. Nessa ocasião realizaram o
primeiro culto evangélico em terras do continente americano, em 10 de março do
mesmo ano.
B.
A segunda fase de tais reuniões deu-se durante domínio Holandês no Nordeste, a
partir de 1630, por crentes da igreja Reformada Holandesa, quando vários
núcleos evangélicos foram estabelecidos naquela região. Na mesma época foram
realizados cultos na Bahia, por ocasião da primeira invasão holandesa. Tudo
isso cessou com o fim dos mencionados domínios e a feroz campanha de extinção
movida pela igreja Romana de então.
C.
Mas em 1855, a Escola Dominical veio para ficar. E ficou E avançou como fogo em
campo aberto, impelida pelo zelo de milhares de seus obreiros, inflamados pelo
Espirito Santo!
Sim,
desde então, vem a Escola Dominical crescendo sempre entre todas as
denominações, e onde quer estas cheguem, a Escola Dominical é logo implantada
produzindo sem demora seus excelentes resultados na vida dos alunos, na igreja, no lar, na comunidade,
e refletindo tudo isso na nação inteira.
Foi
assim o começo da Escola Dominical-começo de um dos mais poderosos avivamentos
da história da igreja (GILBERTO. Antônio. Manual
da Escola Dominical. 40 ed, Rio de Janeiro; CPAD, 2011, pp. 135-136).
EXERCÍCIOS
1.
Cite versículos que apontam para as raízes bíblicas da Escola Dominical?
R:
Moisés (Dt 6. 7; 11. 18,19; 31. 12, 13); sacerdote, reis e profetas de Israel
(Dt 24,8; I Sm 12.23; Jr 18.18; 2 Cr 15 .3; 17. 7-9); etc.
2
O que é a Escola Dominical?
R:
É uma escola que ministra o ensino da Palavra de Deus de forma acessível a
todos os alunos — desde o berçário aos adultos — contemplando todas as faixas
etárias.
3
Quais, são às finalidades da Escola Dominical?
R:
Auxiliar no ensino das Escrituras, na evangelização e no discipulado.
4
Por que o jovem cristão de frequentar a Escola Dominical?
R:
Pois na Escola Dominical, são alertados contra todos esses males tão
característicos de uma sociedade sem Deus.
5
O que a Escola Dominical esta apta a fazer?
R:
formar o caráter cristão, estimulando-os à leitura da Bíblia Sagrada e á
prática da vida cristã em seu dia a dia.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GANGEL Kenneth O.
& HENDRICKS. Howard G. Manual de
Ensino para o educador cristão Compreendendo a natureza, as bases e o
alcance do verdadeiro ensino cristão I. ed. Rio de
Janeiro; CPAD, 1999.
GILBERTO.
Antônio. Manual da Escola Dominical. 40
ed, Rio de Janeiro; CPAD, 2011.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 54, p.41.
A
Escola Dominical é inegavelmente a maior agencia de ensino cristão do mundo. É
na ED que os alunos podem fazer perguntas ao professor (algo não permitido em
um culto, por ocasião da exposição da Palavra de Deus), apresentar suas idéias,
aplicar o que está sendo ensinado à sua vida e desenvolver talentos em prol do
Reino de Deus.
Entre
os muitos motivos para se frequentar a Escola Dominical, temos:
1)
Na Escola Dominical você tem acesso ao estudo sistemático da Palavra de Deus e
de assuntos atuais, que podem ser analisados à luz das Escrituras. Todos temos
a necessidade de um ensino correto e sadio, que pode ser oferecido de forma
metódica, clara e progressiva na Escola Dominical.
2)
Na Escola Dominical, o crente tem na Palavra de Deus o crescimento adequado na
vida cristã e na comunhão com o próprio Deus.
3)
Na Escola Dominical, você tem comunhão com outros irmãos alunos da mesma
Escola, desenvolvendo laços mais estreitos, partilhando experiências e orando
uns pelos outros.
4)
Para a Escola Dominical você pode levar sua família para que todos tenham a
oportunidade de aprender a Palavra de Deus, pois lá cada faixa etária terá seu
professor e aprenderá lições da Palavra de Deus de forma sistemática e
apropriada.
5)
À Escola dominical você pode trazer pessoas para serem evangelizadas e
ensinadas sobre o Evangelho.
As
aulas não são apenas para alunos crentes, mas abertas àqueles que ainda não
aceitaram a Jesus como seu Senhor e Salvador.
6)
Na ED, você pode trazer seus questionamentos relacionados com a Bíblia Sagrada
e a vida cristã, que podem ser expostos de acordo com a lição da semana, e
certamente o professor trará as respostas relacionadas à Palavra de Deus.
7)
Na ED, você pode servir ao Senhor com seus talentos, seja na esfera musical,
seja na esfera do ensino. Lembre-se de que em qualquer área de trabalho na igreja
é necessário que haja dedicação, e não apenas talento. Talento sem dedicação
não traz frutos, nem no âmbito secular nem no espiritual.
8)
A ED é uma fonte de avivamento para toda a igreja, pois nela o ensino da
Palavra vivifica os alunos. Há diversos outros motivos para que frequentemos a
Escola Dominical. E mais do que citar motivos para que sejamos assíduos a ela,
é imprescindível que assumamos o compromisso de estar presentes nela. Essa presença
fará toda a diferença em nosso crescimento espiritual e no de nossa família.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÁO
Escola Dominical
contribui para a formação espiritual, moral e social, em todas as faixas
etárias. A Igreja do Senhor Jesus deve dar a maior importância à família. A
igreja local é formada por famílias, que se reúnem para adorar a Deus. E essa
adoração deve ter o respaldo e a base fundamental na Palavra de Deus. Esta, por
sua vez, só pode ser apreendida, através do estudo e do ensino, da doutrina, e
do discipulado.
Na ED, principalmente
nos moldes tradicionais, tem-se uma oportunidade rica de se edificar vidas e
famílias, através do ensino ministrado nas diversas classes, distribuídas por
faixas etárias. Há alguns anos, vi, numa igreja, uma placa afixada na entrada
do templo: Não mande seus filhos à Escola Dominical: Venha com eles. O ensino
cuidadoso na ED tem grande valia para a formação espiritual, moral e social das
famílias, principalmente, quando seus componentes, pai, mãe e filhos, são
assíduos frequentadores das classes dominicais.
Em anos passados,
havia Escola Dominical em praticamente todas as denominações. Nas Assembleias
de Deus, tanto de influência dos missionários europeus como norte-americanos,
havia uma grande valorização da ED. Podemos afirmar que a maioria dos líderes,
pastores, evangelistas, missionários, professores; bem como mulheres que têm
liderança nas igrejas locais, como dirigentes de Círculo de Oração, professoras,
esposas de obreiros, a maioria passou pela ED. Os maiores beneficiados foram as
famílias, as igrejas e as nações.
Em alguns países, a
ED perdeu espaço. Deixou de ser realizada por vários fatores. Na América do
Norte, em muitos estados, não se realiza mais a ED. Em seu lugar, é realizado
um culto dominical, quase sempre o único do primeiro dia da semana. Tivemos
oportunidade de verificar esse fato quando ministramos em alguns lugares.
Chamou-nos a atenção.
Indagando o porquê
dessa mudança, fomos informados de que, no domingo, para grande parte das
pessoas é dia de lazer, de descanso. A igreja não pode “atrapalhar” o programa
da família.
Na Europa, a situação
é mais complicada. A ED foi sepultada em muitos lugares depois que o
materialismo ateu, ensinado nas escolas, nos colégios e nas faculdades,
influenciou gerações e mais gerações a afastar-se de Deus, e assimilando a
falsa teoria da evolução. Em muitas igrejas, os adolescentes e jovens não
quiseram mais ir aos cultos, por não verem mais sentido. Restaram os idosos
que, ao longo dos anos, por doença ou velhice, tiveram que ficar em casa.
Igrejas fecharam. Sem culto, sem reuniões, sem contribuições, o caminho foi o
fechamento dos templos.
Muitos foram vendidos
e transformados em mesquitas, em cinemas, ou em estabelecimentos comerciais.
Triste fim espiritual
para um continente que foi berço de grandes avivamentos cristãos! Pesquisas
indicam, com razoável segurança, que, dentro de poucas décadas, a Europa será
um continente islâmico. Os muçulmanos ensinam o Alcorão cuidadosamente a seus
filhos desde crianças. Os cristãos, infelizmente, em grande parte, preferem ir
à praia, ao lazer, ou deixar os filhos diante da televisão ou do computador, na
internet, sendo “educados” com programação nada edificante para suas vidas. A
maioria dos pais cristãos não vai à ED. E não têm autoridade para influenciar
seus filhos a amarem a Escola Dominical.
Mas a derrocada
espiritual desses países, chamados de Primeiro Mundo, começou, quando os pais
não tiveram mais coragem e firmeza para ensinarem a Palavra de Deus em seus
lares; quando as igrejas evangélicas capitularam e se deram por vencidas pelo
materialismo diabólico; quando os filhos deixaram de ir para as reuniões, para
os cultos, para a ED. A Bíblia diz: “Instrui o menino no caminho em que deve
andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
Em nosso Brasil, está
acontecendo algo semelhante. Em diversas igrejas, não se realiza mais a ED. A
exemplo do que ocorreu na outra América, estão sendo realizados cultos
dominicais, pela manhã, e mais nenhuma outra reunião. Isso para que as famílias
tenham mais tempo para o lazer. E sintoma de desvalorização do ensino da
Palavra de Deus.
Há ensinadores e
teólogos que dizem que a ED, nos moldes que conhecemos, com o ensino por faixas
etárias, está ultrapassada. É retrógrada.
Em lugares onde a
Palavra de Deus é desprezada, fecham-se Escolas Dominicais, fecham-se igrejas.
E abrem-se motéis, bares, e prisões de
segurança máxima.
Já ouvimos até de
pastores da Assembleia de Deus dizerem que a ED não está na Bíblia. Verdadeira
ignorância. Se o etíope, mordomo da Etiópia, tivesse frequentado a ED, não
teria ficado anos sem entender a Palavra de Deus. “E, correndo Filipe, ouviu
que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como
poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com
ele se assentasse” (At 8.30,31). O alto representante etíope só entendeu a
Palavra, quando Filipe lhe explicou. E sua explicação foi tão eficaz que o
homem pediu para ser batizado em águas. Na ED, nas classes específicas, por
faixas etárias, muitas questões podem ser explicadas e respondidas a contento.
Diz a Palavra de
Deus: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21).
Examinando a origem,
o desenvolvimento e os efeitos da ED na vida de homens e mulheres de Deus, ao
longo da História, constatamos que tem sido grande o benefício para a igreja do
Senhor Jesus. Nem todos podem frequentar um curso teológico, que propicia
melhor aprofundamento no conhecimento bíblico. Mas todos podem frequentar uma
ED, que é a maior escola bíblica do mundo. Ainda hoje, em pleno século XXI, a família
pode ser altamente beneficiada pelo ensino bíblico na ED.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
128-130.
I - A
ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL
1. Raízes bíblicas da
Escola Dominical.
O ENSINO DA PALAVRA
DE DEUS NOS TEMPOS BÍBLICOS
Embora seja uma
instituição relativamente moderna, as origens da Escola Dominical remontam aos
tempos bíblicos. Haveremos de descortiná-la nos dias de Moisés, nos tempos dos
reis, dos sacerdotes e dos profetas, na época de Esdras, no ministério terreno
do Senhor Jesus e na Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos,
não teríamos hoje a Escola Dominical.
1. Nos dias de
Moisés. Além de promover o ensino nacional e congregacional de Israel, Moisés
ligou muita importância à instrução doméstica. Aos pais, exorta-os a atuarem
como professores de seus filhos: "E estas palavras, que hoje te ordeno,
estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado
em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te" (Dt
6.7).
As reuniões públicas
recebiam igual incentivo: "Congregai o povo, homens, mulheres e
pequeninos, e os estrangeiros que estão dentro das vossas portas, para que
ouçam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de cumprir
todas as palavras desta lei; e que seus filhos que não a souberem ouçam, e
aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra
a qual estais passando o Jordão para possuir" (Dt 31.12,13).
2. No tempo dos reis,
profetas e sacerdotes. Vários reis de Judá, estimulados pelos profetas,
restauraram o ensino da Palavra de Deus, encarregando desse mister os levitas.
Eis o exemplo de Josafá: "No terceiro ano do seu reinado enviou ele os
seus príncipes, Bene-Hail, Obadias, Zacarias, Netanel e Micaías, para ensinarem
nas cidades de Judá; e com eles os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael,
Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobadonias e, com estes levitas, os
sacerdotes Elisama e Jeorão. E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da
lei do Senhor; foram por todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo"
(2 Cr 17.7-9).
O bom rei Josafá
incumbiu vários príncipes do ensino da Lei de Deus. Que iniciativa maravilhosa!
Príncipes a serviço da educação! Se os governantes de hoje lhe seguissem o
exemplo, tenho certeza de que o mundo haveria de vencer todas as suas
dificuldades. Infelizmente, os poderosos não desejam que seus filhos tenham as
luzes do saber divino. Aos pastores, todavia, cabe-nos promover a educação da
Palavra de Deus a fim de que, brevemente, possamos mudar os destinos desta
nação.
3. Na época de
Esdras. Foi Esdras um dos maiores personagens da história hebréia. Entre as
suas realizações, acham-se o estabelecimento das sinagogas em Babilônia, o
ensino sistemático e popularizado da Palavra de Deus na Judéia e, de acordo com
a tradição, o estabelecimento do cânon do Antigo Testamento. Provavelmente foi
ele também o autor dos livros de crônicas, Neemias e da porção sagrada que lhe
leva o nome.
Nascido em Babilônia
durante o exílio, viria a destacar-se como escriba e doutor da Lei (Ed 7.6). No
sétimo ano de Artaxerxes Longímano (458 a.C.), recebe ele a autorização para
transferir-se à terra de seus antepassados. Acompanham-no grande número de
voluntários, que, consigo, trazem dinheiro e material para reerguer o templo e
restabelecer o culto sagrado.
Segundo a tradição
judaica, a sinagoga foi estabelecida por Esdras durante o exílio babilônico.
Como estivessem os judeus longe de sua terra, distantes do Santo Templo e
afastados de todos os rituais do culto levítico, Esdras, juntamente com outros
escribas e eruditos, resolvem fundar a sinagoga. Funcionava esta não somente
como local de culto como também servia de escola às crianças. Foi justamente no
âmbito da sinagoga que a religião hebréia pôde manter-se incontaminada numa
terra que era a mesma idolatria.
A Escola Dominical,
como hoje a conhecemos, tem muito da antiga sinagoga. Dedicam-se ambas ao
ensino relevante e popularizado da Palavra de Deus.
Já na Terra de
Promissões, Esdras continuou a ensinar a Palavra de Deus aos seus
contemporâneos. Em Neemias capítulo oito, deparamo-nos com uma grande reunião
ao ar livre:
Então todo o povo se
ajuntou como um só homem, na praça diante da porta das águas; e disseram a
Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha
ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação,
tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com
entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
E leu nela diante da
praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na
presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de
todo o povo estavam atentos ao livro da lei.
"Esdras, o
escriba, ficava em pé sobre um estrado de madeira, que fizeram para esse fim e
estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Ananías, Urias,
Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum,
Hasbadana, Zacarias e Mesulão. E Esdras abriu o livro à vista de todo o povo
(pois estava acima de todo o povo); e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
Então Esdras bendisse ao Senhor, o grande Deus; e todo povo, levantando as
mãos, respondeu: Amém! amém! E, inclinando-se, adoraram ao Senhor, com os
rostos em terra.
"Também Jesuá,
Bani, Serebias, Jamim, Acube; Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias,
Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas explicavam ao povo a lei; e o povo estava
em pé no seu lugar. Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e
deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura".
Como seria
maravilhoso se as igrejas, hoje, se reunissem ao ar livre para ler e explicar a
Palavra de Deus! Creio que muitos de nossos problemas seriam definitivamente
solucionados, e já estaríamos a viver um grande avivamento.
4. No período do
ministério terreno do Senhor Jesus. Foi o Senhor Jesus, durante o seu
ministério terreno, o Mestre por excelência. Afinal, Ele era e é a própria
sabedoria. Nele residem todos os tesouros do conhecimento (Cl 2.3).
Clemente de
Alexandria considerava Jesus o Educador por excelência: "O guia celestial,
o Verbo, uma vez que começa a chamar os homens à salvação... cura e aconselha,
tudo ao mesmo tempo. Devemos chamá-lo, então, como um único título: Educador
dos humildes. Como ousaremos tomar para nós mesmos, como indivíduos e como
Igreja, o título que corresponde somente a ele?"
Era o Senhor admirado
por todos, porque a todos ensinava como quem tem autoridade e não como os
escribas e fariseus (Mt 7.29). Em pelo menos 60 ocasiões, é o Senhor Jesus
chamado de Mestre nos evangelhos. Pode haver maior distinção que esta? Isto,
contudo, era insuportável aos doutores da Lei, escribas e rabinos, pois não
tinham condição de competir com o Filho de Deus.
Jesus não se limitava
a ensinar nas sinagogas. Ei-lo nas casas, nas mais esquecidas aldeias, à beira
mar, num monte e até mesmo no Santo Templo em Jerusalém. Ele não perdia tempo;
sempre encontrava ocasião para espalhar as boas novas do Reino de Deus.
Ele curava os
enfermos e realizava sinais e maravilhas. Mas, por maiores que fossem suas
obras, jamais comprometia Ele o ministério do ensino. Antes de ascender aos
céus, onde se acha à destra de Deus a interceder por todos nós, deixou com os
apóstolos estas instruções mais que explícitas: "Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos" (Mt 28.19.20).
5. Na Igreja
Primitiva. Do que Lucas registrou em Atos dos Apóstolos, é fácil concluir: os
discípulos seguiram rigorosamente as ordens do Senhor Jesus Cristo. Ensinaram
Jerusalém, doutrinaram toda a Judéia, evangelizaram Samaria, percorreram as
regiões vizinhas à Terra Santa. E, em menos de 30 anos, já estavam a falar do
Senhor Jesus Cristo na capital do Império Romano "sem impedimento
algum" (At 28.31). Se a Igreja cresceu, cresceu ensinando a Palavra de
Deus a toda a criatura; se expandiu, expandiu-se evangelizando e discipulando.
Sem o magistério do Evangelho, inexistiria a Igreja de Cristo.
O ENSINO DA PALAVRA
DE DEUS NO PERÍODO POSTERIOR AO NOVO TESTAMENTO
Antes de sumariarmos
a história da Escola Dominical, faz-se mister evocar os grandes vultos do
período pós-apostólico que muito contribuíram para o ensino e divulgação da
Palavra de Deus.
Como esquecer os chamados
pais da Igreja e quantos lhes seguiram o exemplo? Lembremo-nos de Orígenes,
Clemente de Alexandria, Justino o Mártir, Gregório Nazianzeno, Agostinho e
outros doutores igualmente ilustres. Todos eles magnos discipuladores.
Agostinho, aliás, tinha uma exata concepção da tarefa educativa da Igreja:
"Não se pode prestar melhor serviço a um homem do que conduzi-lo à fé em
Cristo; em consequência, nada há mais agradável a Deus do que ensinar a
doutrina cristã".
E o que dizer do Dr.
Lutero? O grande reformador do século XVI, apesar de seus grandes e inadiáveis
compromissos, ainda encontrava tempo para ensinar as crianças. Haja vista o
catecismo que lhes escreveu. Calvino e Ulrico Zwinglio também se destacaram por
sua obra educadora.
Foram esses piedosos
servos de Cristo abrindo caminho até que a Escola Dominical adquirisse os
atuais contornos.
ANDRADE.
Claudionor Corrêa de. Manual Do
Superintendente Da Escola Dominical. Editora CPAD. pag.16-20.
Dt 6.7 Tu as
inculcarás a teus filhos. As crenças religiosas que têm mostrado interesse em
cumprir este mandamento organizam escolas, cursos e catecismos, que são coisas
boas, mas por muitas vezes acabam falhando. A letra sempre ameaça o espírito.
Os melhores mestres das crianças são os pais que praticam o que eles ensinam a
seus filhos. Há três coisas que um pai ou mãe devem a seus filhos: exemplo,
exemplo e exemplo. Sem isso, muitos anos de instrução religiosa formal redundam
em fracasso.
O profeta Baha Ullah
disse, com toda a verdade, que o pior erro que um pai pode cometer é conhecer
algum ensinamento, mas não transmiti-lo a seus filhos. Existe tal coisa como um
“crente-casulo”, ou seja, um crente que foi criado e educado somente na igreja,
tal como a larva de um inseto é guardada em seu casulo fechado. Trata-se de uma
espécie de “virtude infantil enclausurada”. Uma vez que a larva emerge do
casulo, um mundo hostil logo a consome. E também há aquelas corrupções internas
que nenhum acúmulo de educação formal é capaz de eliminar. Isso posto, a
educação de uma criança precisa ser multifacetada, envolvendo instrução formal,
exemplo vivo e muita oração.
Um Ensino Completo. A
instrução deve ser levada a efeito no lar; quando caminhamos ou viajamos;
quando nos deitamos para dormir; quando nos levantamos para começar um novo dia,
conforme nos diz o texto. Eu mesmo ensinei disciplinas seculares, por algum
tempo, em uma escola judaica. Essa escola (em Chicago) dedicava três horas a
estudar disciplinas seculares, pela manhã, e três horas para estudos
religiosos, à tarde. Mas quero informar a meu leitor que aquele foi um dos
grupos de crianças mais difíceis de controlar que já conheci. Elas “colavam”
nas provas, e eram mais difíceis de controlar do que os grupos gentios para
quem já ensinei. No entanto, o filho do rabino, um de meus alunos, era um
modelo de comportamento, além de destacar-se como líder intelectual. Na
verdade, ele era um estudante modelo em todas as coisas, dotado de mui poderoso
intelecto. A espiritualidade não se origina somente nos bancos escolares. Na
verdade, é uma inquirição que dura a vida inteira. E nessa inquirição a escola
desempenha somente um papel parcial.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 786.
6.7 — E as intimarás
a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te,
e levantando-te. A revelação de Deus seria uma coisa tão importante para uma
família dedicada ao Senhor que os mais velhos poderiam falar naturalmente do
Criador enquanto estivessem desempenhando outras atividades.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 323-324.
Dt 11.18. Os vss.
18-20 repetem, com leves variações, o texto de Deu. 6.6-9, cujas notas devem
ser consultadas. Total atenção era necessária para desviar a ira de Yahweh.
Meios físicos eram usados como lembretes. Havia os filactérios usados entre os
olhos, com porções das Escrituras dentro deles. As palavras de Yahweh eram
assim vinculadas ao coração e à alma, para que não fossem esquecidas, mas
cumpridas com o máximo de precisão. O trecho de Deu. 6.8 fala em como essas
palavras eram atadas às mãos e às frontes dos filhos de Israel, como sinais.
Notas completas são dadas no texto paralelo. E adiciona que os filhos seriam
objetos especiais desse ensino. Um israelita crescia saturado com a lei, e a
sua disposição seria continuar, na idade adulta, os padrões firmados na meninice
e na adolescência.
Os comentadores
judeus, em sua tristeza, ao considerarem a história de Israel, observaram que
Israel, quando estava cativo, na ocasião lembrava-se de tudo quanto Moisés lhes
orientava fazer. Os desastres serviam como meios eficazes de lembrança.
Somente quando
permitiam que Yahweh saturasse a mente e a alma deles, entrando em todas as
áreas de sua vida, podia Israel escapar de poderes sedutores, externos e
internos, os quais, de outra sorte, os levariam à ruína. A antevisão é prenhe
de dúvidas e de rebeldia, mas a visão acerca do passado é precisa.
Dt 11.19 Este
versículo é paralelo do trecho de Deu. 6.7. O ensino devia começar cedo; as
crianças deviam ser condicionadas a obedecer. A educação secular começava, por
exigência da lei, quando uma criança estava com cinco anos de idade. Mas muitos
pais nunca dão início à educação espiritual de uma criança. Não admira, pois,
que entre nós haja tanta gente carnal, tanta corrupção, tantas bobagens e
desvios entre a população adulta. Nossos filhos, a nossa mais preciosa
possessão, não podem ser negligencia- dos. A pior parte de qualquer caso de
negligência é 0 aspecto espiritual, porque, afinal, um ser humano é uma alma
eterna. Seu corpo é apenas um veículo.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 804.
Ponde... no vosso
coração (18). Outra vez Moisés a falar do coração e ao coração. Por quê? Porque
só com o coração devemos procurar (4.29), amar (6.5) e servir a Deus (10.2).
Circuncide-se, pois, o coração (10.16), já que dele procedem os maus
pensamentos (9.4; 15.9. Cf. Mt 15.18). Mas recorde-se também que é no coração
que reside a Palavra do Senhor (30.14). Testeiras (18). Cf. 6.8 nota.
Ensinai-as a vossos
filhos (19). Cf. 4.9; 6.7; 11.2. Moisés não se dirige diretamente aos filhos,
mas tem sempre presente a responsabilidade dos pais a quem incumbe transmitir
aos filhos a Palavra de Deus.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Deuteronômio. pag. 44.
Dt 31.12. Para que
ouçam e aprendam. A leitura das Escrituras tinha um propósito didático, o de
infundir o temor e a decisão de observar, em todos os cidadãos de Israel,
incluindo as mulheres e as crianças. Era mister que temessem a Yahweh, o
outorgador da lei mosaica, e então a observassem. Quanto ao temor a Deus, ver
Deu. 10.12 e 28.58. Ver sobre as qualidades e os deveres espirituais do amor,
da obediência e do apego, em Deu. 30.20; e acerca do temor, do andar, do amor,
do serviço e da observância, em Deu. 10.12,13. Notemos como, dessa forma, as
crianças ficavam sujeitas a essa influência benéfica. Além disso, os
estrangeiros residentes no país também eram instruídos. O Targum de Jonathan
diz que todos tinham o dever de amar e honrar a lei, exaltando-a e renunciando
à idolatria. Encontramos aqui a expressão "Senhor vosso Deus". Por
conseguinte, o Eterno Todo-poderoso é que tinha estabelecido as exigências aqui
referidas. Ver no Dicionário 0 artigo chamado Deus, Nomes Bíblicos de.
Dt 31.13. Aprendam a
temer ao Senhor vosso Deus. Este versículo reitera as ideias do versículo
anterior, embora salientando que era necessário que as crianças também
recebessem a Palavra. O coração dos filhos deveria ser conquistado desde bem
cedo, e o memorial especial do pacto seria uma excelente maneira de alcançar
esse alvo. Ver no Dicionário o verbete chamado Educação no Antigo Testamento.
Os filhos, “que não a soubessem” (isto é, que não tivessem ainda conhecimento
da lei), conforme diz o texto sagrado, mostrar-se-iam especialmente receptivos,
porquanto não teriam de desfazer as falsidades e os absurdos da idolatria e de
outros elementos deletérios do paganismo. Chegaria assim o dia em que os filhos
herdariam a Terra Prometida de seus pais, e assim a continuidade da ocupação da
Terra Prometida estaria garantida, mediante uma educação religiosa dada desde
tenra idade.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 874-875.
31.10-13 — Lerás esta
lei. De forma específica, os sacerdotes receberam a responsabilidade de ler a
Lei e instruir as pessoas (Ne 8.1-6; Ml 2.4-9). Todos deveriam ouvir a Palavra
de Deus — homens, e mulheres, e meninos, e os estrangeiros.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 353.
Dt 24.8,9. Temos aqui
a décima dentre as vinte leis apresentadas na seção de Deu. 23.15-25.19. Ver
uma breve introdução a essa seção em Deu. 23.15. Havia uma elaborada legislação
referente às doenças cutâneas, que as traduções e versões, erroneamente,
traduziram por lepra, seguindo o exemplo equivocado da Septuaginta. As leis
concernentes à sara’at sem dúvida detectavam, aqui e ali, algum verdadeiro caso
de lepra, pois os sintomas oferecidos descrevem uma grande variedade de
enfermidades cutâneas. Ofereci notas expositivas completas sobre a questão nos
capítulos 13 e 14 de Levítico. Ver principalmente adúltera te a introdução ao
capítulo 13, onde alisto as possíveis enfermidades cobertas por aquela
legislação. A legislação mosaica era inadequada tanto quanto à compreensão dos
problemas médicos quanto à compreensão espiritual. Muitas pessoas foram assim
isoladas por causa de doenças genericamente chamadas de sara'at, e tinham de
sair do acampamento de Israel (ver Lev. 13.46), embora não apresentassem
nenhuma ameaça a outras pessoas, pois tinham afecções não-infecciosas, e não a
lepra. Mas avanço tanto da medicina
quanto da teologia tem ajudado a anular as inadequações da legislação mosaica,
nos planos material e espiritual.
Este texto não repete
a legislação, mas tão-somente exorta 0 povo de Israel a obedecer a tudo quanto
foi ordenado acerca das enfermidades em pauta. Então o vs. 9 é uma ameaça, pois
assevera que todos quantos negligenciassem essa legislação terminariam sendo
julgados com a própria sara'at, tal como acontecera com Miriã, irmã de Moisés.
Este versículo faz-nos lembrar da história registrada em Núm. 12.10-15.0 fato
de que a própria irmã de Moisés foi castigada com essa afecção serviu de
advertência de que ninguém estava isento da regra do isola- mento. Um homem
rico não poderia subornar oficiais e continuar habitando no acampamento, embora
tivesse apanhado a sara’at.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 844-845.
I Sm 12.23. Quanto a mim. Israel representava
um caso difícil para Samuel, 0 profeta- juiz. Sua continua rebeldia e fracasso,
do ponto de vista natural, tê-lo-iam inspira- do a abandoná-los ao julgamento
de Deus. No entanto, Samuel continuou a orar por eles, porque era seu dever e
privilégio, como profeta, ajudar os outros com seu poder especial diante de
Deus. Essa circunstância inspirou 0 autor a oferecer- nos este versículo, um
dos mais conhecidos de todo 0 primeiro livro de Samuel. Este versículo, pois,
ensina-nos a lição de que, entre os nossos muitos pecados, ainda há esse de não
orarmos 0 bastante por outras pessoas. Na verdade, criticamos os outros muito
mais que oramos por eles, e isso é um tremendo pecado, tanto de comissão como
de omissão.
“Deus opera através das orações dos homens,
tanto quanto através de suas ações. Israel foi perdoado porque Moisés orou pelo
povo (ver Núm. 14.20). A oração de Jesus foi a coisa mais importante que Ele
fez em favor de Pedro (ver Luc. 22.32)” (George B. Caird, in loc.).
Aquele que ora com diligência por outrem está
fazendo algo acima do que seus atos poderiam produzir, ou seja, convencer 0
poder divino a exercer seus efeitos sobre a vida daquela pessoa. Os poderes de
Samuel diminuíam, pois ele estava envelhecendo. Seus atos estavam ficando cada
vez mais raros, mas, em meio à fraqueza, ele continuava poderoso em suas
orações.
Ensino. Além de suas orações, Samuel
continuava exercendo seu ofício de mestre, orientando Israel de maneira que
seguisse corretamente a vereda da obediência à legislação mosaica, suas leis e
cerimônias e suas exigências morais. O caminho correto aqui contrasta com as
coisas vãs (a idolatria) do vs. 21, que representam 0 caminho errado. Ver na
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia 0 artigo intitulado Ensino. O caminho
correto levava à prosperidade e à vida longa (ver Deu. 4.1; 5.33; 6.2; Eze.
20.11). O caminho errado, pelo contrário, levava à oposição, à tribulação, às
necessidades e à morte.
“Embora Samuel tivesse deixado de ser juiz e
principal magistrado entre eles, nunca abandonou a função de profeta, por meio
de suas orações e de suas instruções” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1166.
18.18 — Semelhante à situação em 11.18-23, o
povo elaborou projetos para rechaçar as palavras de Jeremias. Todos afirmavam
que, por terem seus próprios sacerdotes, sábios e profetas em Jerusalém, não
precisavam dar ouvidos a Jeremias.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1148.
Jeremias 18.18. Então disseram: Vinde, e
forjemos projetos contra Jeremias. Já vimos uma conspiração para assassinar o
profeta, instigada pelo povo de sua própria cidade natal, Anatote. Cf. Jer.
15.15-21. Este versículo, porém, deixa claro que a nova conspiração foi obra
dos líderes de Jerusalém, incluindo os líderes religiosos. Jeremias, o
destruidor, segundo a estimativa deles, tinha de ser destruído. Horrorizado
pelo que estava acontecendo, o profeta proferiu sua quarta lamentação pessoal.
Ele defendeu sua inocência e orou para que Yahweh interviesse. O profeta buscou
a vingança divina contra os líderes, visando sua destruição completa, incluindo
o fim de suas famílias. Jeremias foi o profeta das lamentações. Cf. Jer. 11.18:
12.6; 15.10,21; 7.14; 18.18-23; 20.7-13,14-18.
Firamo-lo com a língua, e não atendamos a
nenhuma das suas palavras.
Note o leitor a hierarquia religiosa através
destes pontos:
1. Os sacerdotes que ensinavam
(presumivelmente a Torá — Lei), mas que na realidade eram ministros de um
sincretismo doentio segundo o qual Yahweh era um dos deuses do panteão.
2. Os sábios, que davam conselhos e
provavelmente eram os homens de mais idade, possuindo a reputação de sábios.
3. Os profetas, aos quais Jeremias
classificava como falsos, espalhavam mentiras e diziam que coisa alguma
aconteceria contra Jerusalém (ver Jer. 6.14; 8.11; 14.14). Jeremias já havia
expressado sua opinião totalmente negativa a respeito deles. Ver Jer. 2.8;
8.8-9; 14.13-16; 23.9-40 e 26.1-14.
Vemos, pois, que líderes religiosos de todas
as variedades se tinham unido contra Jeremias, anelavam por vê-lo morto e até
tomavam medidas para que isso se concretizasse. Eles instigaram uma campanha
verbal contra o profeta. As calúnias tinham por propósito provocar o
assassinato de Jeremias. Isso lhe fecharia a boca, fazendo cessar o jorro de
profecias de condenação e denúncias contra a falsa liderança que dominava a
nação. O vs. 23 deste capítulo mostra que o assassinato era o objeto real da
conspiração, e não simplesmente a difamação. Ver no Dicionário o verbete
intitulado Linguagem, Uso Apropriado da.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3047.
Jr 18. 18.Não escutemos nenhuma das suas
palavras (18). Isto implica que os conspiradores e homicidas tencionam votar ao
desprezo as predições e exortações de Jeremias. A versão dos Setenta, porém,
omite a negativa, dando um
sentido melhor, a saber, a conveniência de prestar toda a atenção às mensagens
do profeta e colher nas próprias palavras pronunciadas pela sua boca provas de
traição contra ele.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Jeremias. pag. 47-48.
2 Cr 15. 3. Israel esteve ... sem o
verdadeiro Deus. Provavelmente se referindo aos caóticos dias dos juízes (cons.
Jz. 21: 25). Sem sacerdote que o ensinasse. Uma das principais funções
sacerdotais era ensinar a Lei (Lv. 10:11).
MOODY.
Comentário Bíblico Moody. 2
Crônicas. pag. 30.
2 Cr 17.3-8 — Josafá foi o primeiro rei
depois de Davi que andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai. Ele obedecia
aos mandamentos de Deus e se deleitava nos caminhos do Senhor.
2 Cr 17.9 — O livro da Lei refere-se aos
cinco livros de Moisés, o Pentateuco. Quando Moisés passou a liderança de
Israel para Josué, instruiu seu sucessor a nunca deixar que o livro da Lei se
apartasse da sua boca (Os 1.8). Infelizmente, a iniciativa de Josafá em enviar
professores para instruírem a nação sobre as leis de Deus não era a norma (2 Cr
15.3).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 692.
2 Cr 17.7-9. No terceiro ano do seu minado.
Isto é, depois que começou a reinar sozinho, ou em 866* A.C. Uma comparação com
II Reis 3:1 e 8:16 indica que o reinado total de Josafá de vinte e cinco anos
(II Cr. 20:31) deve ter começado três anos antes da morte do seu pai, ou seja,
em 872*. Uma co-regência foi, talvez, necessária por causa da doença de Asa,
que se tornou cada vez mais seria no ano seguinte (16:12, observação). Enviou
... Bene-Hail, etc. Esses eram os nomes dos príncipes. Para ensinarem. Josafá
compreendeu que ensinar a Palavra de Deus (v. 9) é tarefa de todos os líderes
que são da fé (cons. Mt. 28:20), não apenas os levitas e sacerdotes
profissionais (Dt. 33:10; Lv. 10:11).
2 Cr 17. 9. Percorriam todas as cidades, como
os exortadores e evangelistas itinerantes do N.T.
MOODY.
Comentário Bíblico Moody. 2
Crônicas. pag. 35.
A Leitura e Obediência à Lei de Deus. 8:1-18.
No primeiro dia do sétimo mês, Esdras leu a Lei para o povo. O povo chorou por
causa do pecado, mas seus líderes fizeram-no se lembrar do caráter alegre desse
dia. No dia seguinte os lideres descobriram na Lei que todos os judeus deviam celebrar a Festa dos
Tabernáculos; por isso essa festa foi celebrada por todos e com grande
solenidade.
1. O capítulo deveria começar com a última
sentença de 7:73: "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel
nas suas cidades". Esdras 3:1 começa da mesma maneira, depois da lista
daqueles que retomaram da Babilônia; mas a ocasião, é claro que é absolutamente
outra. Na praça, diante da Porta das Águas. A praça ficava perto da extremidade
sudeste do templo junto à Fonte de Giom no Vale do Cedrom. E disseram a Esdras,
o escriba. Possivelmente Esdras estivera na Babilônia durante o período da
construção do muro. Mas ele era a pessoa mais indicada para ler a Lei de Deus
nesta ocasião, uma vez que Neemias era leigo.
2. Em o primeiro dia do sétimo mês. Esta era
a Festa das Trombetas, a qual em 444 A.C. ocorreu a 27 de setembro. Só uma
semana antes, o muro fora terminado (6:15). A Festa das Trombetas era a mais
sagrada das luas novas, e começava no último mês dos festivais religiosos (Lv.
23:23-25; Nm. 29:1-6).
3. Desde a alva até ao meio-dia. Deveria ser
cerca de seis horas, com a leitura da Lei feita por Esdras, alternando-se com
apresentações instrutivas sobre a Lei feitas pelos levitas (vs. 7, 8).
4. Esdras, o escriba, estava num púlpito de
madeira. Esta é a primeira menção de um púlpito na Bíblia. Por trás dele
estavam seis (sacerdotes?) à sua direita e sete à sua esquerda (compare com o
v. 7, onde treze levitas são mencionados participando).
8. Leram . . . claramente (em hebraico,
meporosh) sugere não apenas uma exposição da Lei, mas também, possivelmente,
uma tradução dela para o aramaico (cons. Ed. 4:18).
9. Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus
... não pranteeis, nem choreis. A clara exposição da Palavra de Deus (provavelmente
porções do Deuteronômio) poderosamente convenceu o povo do pecado e provocou
lágrimas de arrependimento. Mas o único dia do ano que Deus tinha
especificamente designado para lágrimas e tristeza era o Dia da Expiação (o décimo dia do sétimo mês).
Portanto, a força deles se encontrava na alegria do Senhor (v. 10).
12. A regozijar-se grandemente. Observe a
súbita mudança de emoções de 8:9 para 8:12! Também cons. Et. 9:19.
13-18. O estudo detalhado da Lei de Deus
levou muitos dos líderes a procurarem Esdras no dia seguinte para maiores
detalhes, especialmente no que se referia à devida guarda da Festa dos
Tabernáculos (décimo quinto ao vigésimo segundo dia do sétimo mês). Os judeus
tinham comemorado esta festa durante séculos (I Reis 8:65; II Cr. 7:9; Ed.
3:4); mas agora percebiam, devido a um exame mais cuidadoso de Lv. 23:42, que
todos os filhos de Israel deviam habitar em cabanas. Ao que parece, nos séculos
passados, este ponto fora negligenciado; por isso, agora, pela primeira vez,
desde os dias de Josué, filho de Num, todos da congregarão . . . fizeram
cabanas e nelas habitaram (v. 17). Provavelmente os habitantes da cidade
construíam suas cabanas em seus próprios lares, os sacerdotes e levitas nos
átrios do templo, e os leigos que não residiam na cidade, nas praças (v.16).
MOODY.
Comentário Bíblico Moody. Neemias.
pag. 16-18.
8.1 — A frase todo o povo indica a reunião de
todas as cidades e da zona rural de Judá. A praça, provavelmente, localizava-se
entre a área sudeste do templo e o muro oriental. O líder — nesse caso, o
escritor — era Esdras. Essa é a primeira vez que o escriba é mencionado no
livro de Neemias. O povo instruiu Esdras a pegar o Livro da Lei, o qual ele
havia levado para Jerusalém 13 anos antes. O que era restrito ao estudo particular
entre homens instruídos tornou-se público para todos.
8.2 — N as Escrituras, geralmente as mulheres
estão implicitamente presentes nas reuniões de grupos; aqui, elas são
mencionadas explicitamente. Todos os sábios para ouvirem. Crianças com mais idade,
assim como adultos, reuniram-se no primeiro dia do sétimo mês. O muro havia
sido concluído no vigésimo quinto dia do sexto mês (Ne 6.15); então, esse
evento aconteceu apenas poucos dias após a conclusão da obra.
8.3 — Desde a alva até ao meio-dia. Um período
de cerca de seis horas.
8.4 — Aparentemente, os homens descritos nesse
versículo estavam ao lado de Esdras para ajudá-lo durante o longo período que
durou a leitura.
8.5 — Quando Esdras abriu o livro, todo o
povo se pôs em pé, representando sua reverência pela Palavra. Esse gesto,
tempos depois, tornou-se característico dos judeus nas cerimónias realizadas nas
sinagogas.
8.6,7 — Antes de ler o Livro da Lei, Esdras
guiou o povo em oração. Louvou significa que Esdras identificou Deus como fonte
de bênçãos para o povo (SI 103.1). O povo respondeu amém e levantou as mãos,
indicando participação com Esdras na oração. Então, os judeus inclinaram a
cabeça e adoraram o Senhor com o rosto em terra, um ato de submissão voluntária
ao seu Senhor e Criador.
8.8 — Eles leram, declarando. Os levitas
explicaram completamente o significado da Lei de Deus. Explicando o sentido. Os
levitas explicaram a Lei de forma que o povo depreendesse o sentido e obtivesse
o discernimento do que estava sendo lido.
8.9-11 — Uma vez que o povo compreendeu a
Palavra de Deus, chorou. Ouvindo os altos padrões da Lei e reconhecendo sua
baixa posição diante do Senhor, os judeus se converteram. Neemias, Esdras e os
levitas estavam, sem dúvida, alegres em ver a convicção do povo. Mas, mesmo assim,
encorajaram-no a parar de chorar e lembraram que aquele dia era consagrado ao
Senhor. No primeiro dia do sétimo mês (v.2), era realizada a Festa das
Trombetas. Não era tempo de chorar, mas de celebrar. O povo foi instruído a celebrar
a festa comendo, bebendo e compartilhando. A alegria do Senhor podia referir-se
à alegria que Deus tem, mas o contexto indica que é algo que o povo
experimentou. Esse é o sentimento que brota em nosso coração por meio de nosso
relacionamento com o Altíssimo. E um contentamento dado por Deus, sentido
apenas quando estamos em comunhão com Ele. Quando nosso objetivo é conhecer
mais acerca do Senhor, o que obtemos é a Sua alegria. Força significa lugar de
segurança, refúgio ou proteção. O lugar seguro do povo era o Todo-poderoso. Os
judeus tinham construído um muro e carregado lanças e espadas, mas Deus era a
sua proteção.
8.12 — O povo foi às suas casas para comer e beber,
compartilhar e regozijar-se, porque levava no coração as palavras de Neemias,
Esdras e dos levitas (v. 1-9). Ele obedeceu à Palavra do Senhor e celebrou a
Festa das Trombetas.
8.13 — Os cabeças dos pais de todo o povo, os
sacerdotes e os levitas voltaram no dia seguinte para ouvirem mais ensinamentos
da Palavra de Deus. Atentarem. Até mesmo os líderes se reuniram para entender o
sentido das Escrituras e saber como deveriam agir.
8.14,15 — Agora, a leitura da Lei havia
avançado para Levítico 23. Os ouvintes descobriram que deviam observar a Festa
dos Tabernáculos do décimo quinto ao vigésimo segundo dia do sétimo mês.
Durante esse tempo, o povo viveria em cabanas feitas de galhos novos de árvores
frutíferas e palmeiras. Essas habitações seriam espalhadas nos pátios, nas
ruas, nas praças públicas e nos terraços das casas. Nenhum trabalho secular
seria realizado durante essa celebração. Essa festa era observada em memória
dos ancestrais que viveram em cabanas — tendas — depois do êxodo (Lv 23.40). A
cabana não era um símbolo de miséria, mas de proteção, preservação e abrigo.
8.16 — O povo observou a Festa dos Tabernáculos
de acordo com a Lei. Aqueles que viviam na cidade fizeram cabanas nos terraços
de suas casas ou em seus pátios. Os sacerdotes e os levitas montaram suas
tendas nos átrios da Casa de Deus. O povo da zona rural fez suas cabanas na rua
diante da Porta das Aguas e da Porta de Efraim.
8.17 — Nunca fizeram assim os filhos de
Israel, desde os dias de Josué. Aqui, faz-se uma referência à construção das
cabanas. O povo de Israel, certamente, havia celebrado a Festa dos Tabernáculos
desde a época de Josué. De fato, aqueles que tinham retornado com Esdras
observaram a festa no primeiro ano de
seu retorno (1 Rs 8.65; 2 Cr 7.9; especialmente Ed 3.4).
8.18 — A leitura da Lei era exigida durante a
celebração da Festa dos Tabernáculos, que ocorria no Ano Sabático (Dt
31.10,11).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 756-758.
Tendo passado algum
tempo pregando no campo, aqui Cristo retorna a Cafarnaum, à sua sede, com a
esperança de que, a essa altura, o falatório e a multidão pudessem ter
diminuído, de alguma maneira. Agora observe: IO grande afluxo de gente que o
procurava. Embora Ele estivesse “em casa”, na pequena casa de Pedro, ou em
algum alojamento que tivesse conseguido, ainda assim as pessoas vieram até Ele
assim que se soube de sua presença em casa. Eles não esperaram até que Ele aparecesse
na sinagoga, embora pudessem estar certos de que Ele faria isso no sábado, mas
imediatamente muitos se ajuntaram a Ele. Onde estiver o rei, ali estará a corte;
onde estiver Siló, ali se “congregarão os povos”.
Ao procurar
oportunidades para as nossas almas, nós devemos nos preocupar em não perder
tempo. Um convidava o outro (venha, vamos ver Jesus), de modo que a casa em que
Jesus estava não comportava os seus visitantes.
Não havia espaço para
recebê-los, “nem ainda nos lugares junto à porta eles cabiam”, por serem tão
numerosos. Que visão abençoada, ver as pessoas correndo “como nuvens” até a
casa de Cristo, embora fosse apenas uma casa pobre, e “como pombas às suas
janelas” !
A maneira como Cristo
os recebia. Ele lhes dava o melhor que havia na sua casa, e melhor do que qualquer
outra pessoa. Ele “anunciava-lhes a palavra” (v. 2). Muitos deles, talvez,
viessem somente pelas curas, e muitos, talvez, somente por curiosidade, para
conseguir vê-lo; mas quando Ele os tinha ali, reunidos, Ele pregava a eles.
Embora a porta da sinagoga estivesse aberta para Ele, em horários adequados,
Ele não julgava errado pregar em uma casa, em um dia de semana, embora alguns
pudessem julgar o lugar inadequado e a hora, imprópria. “Bem-aventurados vós,
que semeais sobre todas as águas” (Is 32.20).
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
Mateus a marcos. pag. 411.
III. A cura de um
paralítico (5:17-26). A história fascinante da cura do paralítico que foi
descido pelo eirado está em todos os três Sinóticos.
Jesus enfrenta a
objeção feita contra o perdão dos pecados que pronunciara, operando um milagre
expressamente “para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade
para perdoar pecados (24)”. E o povo reagiu como quem está na própria presença
de Deus.
17. Mais uma vez,
Lucas não localiza o incidente (Marcos nos diz que era em Cafarnaum). Até esta
altura, Jesus já tinha uma reputação considerável, pois fariseus vieram até
mesmo da Judéia e de Jerusalém, bem como de localidades próximas. Os fariseus
levavam sua religião muito a sério. Eram tão ansiosos para não quebrar os
mandamentos de Deus que “colocavam uma cerca em derredor da lei.” Por exemplo,
quando a lei dizia: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” iam além, ao
recusar-se a pronunciar o nome de modo algum. Esta cerca de todas as
estipulações da lei (“as tradições dos anciões”) tinha o resultado infeliz de
externalizar a religião. Os homens dedicavam muito esforço à parte exterior sem
necessariamente chegar a amar a Deus com seu coração.
Os fariseus não eram
numerosos (Josefo coloca a cifra um pouco além de 6.000, Antiguidades xvii,
42), mas tinham muita influência. Eram os líderes religiosos não-oficiais
daqueles dias, e lideravam a oposição a Jesus. Lucas nos informa, ainda, que o
poder do Senhor (i.é, Deus) estava com ele para curar.
Leon
L. Morris, M.Sc., M.Th., Ph.D. O
Evangelho De Lucas Introdução E Comentário. Editora Vida Nova. pag. 110-111.
Lc 24. 27. Jesus
começou um estudo bíblico sistemático. Moisés e todos os profetas formaram o
ponto de partida, mas Ele também passou para as coisas que se referiam a Ele em
todas as Escrituras. O retrato que recebemos é aquele do Antigo Testamento que,
em todas as suas partes, aponta para Jesus. Lucas não dá indicação alguma de
quais passagens o Senhor escolheu, mas toma claro que a totalidade do Antigo
Testamento era envolvida. Talvez devamos entender isto, não como a seleção de
um certo número de textos de prova, mas, sim, como uma demonstração de que, no
decurso de todo o Antigo Testamento, um propósito divino consistente é
desenvolvido, propósito este que, no fim envolvia, e devia envolver, a cruz. A
qualidade terrível do pecado é achada em todas as partes do Antigo Testamento,
mas assim também se acha o amor profundíssimo de Deus. No fim, esta combinação
tomou inevitável o Calvário. Os dois tinham ideias erradas daquilo que o Antigo
Testamento ensinava, e, portanto, tinham ideias erradas acerca da cruz.
Leon
L. Morris, M.Sc., M.Th., Ph.D. O
Evangelho De Lucas Introdução E Comentário. Editora Vida Nova. pag. 318.
2. A origem da Escola
Dominical.
Foi num domingo de
1890, quando o jornalista inglês, Robert Raikes, crente metodista, estava em
sua escrivaninha, buscando escrever um editorial sobre a melhoria do sistema
carcerário de sua cidade.
Naquele momento ele
foi interrompido pelo barulho de crianças que brincavam na rua, dizendo
palavrões, e brigando o tempo todo. Ali, ficou pensativo, imaginando o que seria
daquelas crianças, crescendo sem amor, e sem educação. Era o período da
Revolução Industrial. O trabalho infantil era comum. As crianças trabalhavam,
ao lado de seus pais, para ajudar na renda familiar.
Aos domingos, os pais
descansavam, e as crianças ficavam nas ruas, brincando e brigando. Qual seria o
futuro daqueles meninos? Pensava Raikes. Não havia escolas públicas na
Inglaterra. Só os mais abastados podiam matricular os filhos nas escolas
particulares.
Profundamente tocado,
ele deixou de lado o editorial sobre a reforma dos presídios e passou a
escrever outro artigo sobre as crianças pobres, que cresciam sem estudar.
Quando o jornal saiu, o artigo de Raikes chamou a atenção da comunidade. Uns,
ficaram solidários com ele. Outros o criticavam, dizendo que não deveria estar
preocupado com crianças, filhas de operários, quando “havia assuntos mais
importantes” para se tratar.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 131.
a)
O projeto.
Raikes, “no próximo
editorial, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem,
gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de
domingo. Fez um apelo através do jornal, para mulheres com preparo intelectual
e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias
depois, um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o
trabalho”. Foi um apelo à solidariedade.
“As histórias e
lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo.
Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de
moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã”. As
crianças, a princípio, estranhavam por estar trocando as brincadeiras pelos
estudos.
Mas, logo, viram a
grande bênção de Deus em suas vida, pois passaram a aprender a ler, escrever,
e, o mais importante, a conhecer a Cristo como seu Salvador, nas aulas
dominicais. Além disso, Raikes proporcionou um trabalho de ação social em prol
das crianças pobres, conseguindo alimento e agasalho para elas, pois sofriam
muito na época de frio. Os professores da Escola Dominical eram voluntários.
Alguns recebiam
pequena ajuda. Outros gastavam do próprio bolso para atender à ED.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
b)
Semeando lições de vida.
Como em todo trabalho
de quem sonha para ajudar os outros, Raikes teve forte oposição de quem menos
se esperava, ou seja, dos pastores de algumas igrejas. Eles reclamavam porque
não gostavam de ver as igrejas, recebendo crianças “mal comportadas” e sujas! A
semente da ED foi uma “boa semente”. Quatro anos depois, em 1784, após
espalhar-se por várias cidades, já contava com 250 mil alunos.
Em 1811, quando
Raikes faleceu, a escola já matriculava 400 mil alunos, sendo, de longe, a
escola que mais alunos tinha no país. Logo, os pais verificaram a mudança no
comportamento das crianças, e passaram a dar apoio à iniciativa oportuna e
louvável do jornalista Raikes. As famílias foram as maiores beneficiadas no
seio da comunidade.
No Brasil, a ED foi
fundada em 1855, pelo missionário Kalley, iniciando com o ensino a jovens e
adultos. Depois, foram admitidas crianças e adolescentes. “Hoje, a Escola
Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500
mil igrejas protestantes no mundo.”
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 132.
A FUNDAÇÃO DA ESCOLA
DOMINICAL
A Escola Dominical
nasceu da visão de um homem que, compadecido pelas crianças de sua cidade, quis
dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação
daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de
Gloucester? Nesta cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinquência
infantil era um problema que parecia insolúvel.
Aqueles menores
roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores
delitos.
É nesse momento tão
difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44
anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se
reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o
ensino religioso, ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática,
história e a língua materna - o inglês.
Não demorou muito, e
a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a
chegar. Muitos eram os que o acusavam de estar quebrantando o domingo. Onde já
se viu comprometer o dia do Senhor com esses moleques? Será que o Sr. Raikes
não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus?
Robert Raikes sabia-o
muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através de nosso trabalho
amoroso e incondicional.
Embora haja começado
a trabalhar em 1780, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações
e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra
pioneira.
No dia três de
novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e
continuava a operar na vida daqueles meninos de Gloucester. Eis porque a data
foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.
Mui apropriadamente,
escreve o pastor Antonio Gilberto: "Mal sabia Raikes que estava lançando
os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e abarcaria o
globo, chegando até nós, a ponto de ter hoje dezenas de milhões de alunos e
professores, sendo a maior e mais poderosa agência de ensino da Palavra de Deus
de que a Igreja dispõe".
Além de Robert
Raikes, muitos foram os evangelistas que se preocuparam com o ensino
sistemático da Palavra de Deus às crianças. Eis o que declarou o príncipe dos
pregadores, Charles Spurgeon: "Uma criança de cinco anos, se ensinada
adequadamente, pode crer para a salvação tanto quanto um adulto. Estou
convencido de que os convertidos de nossa igreja que se decidiram quando
crianças são os melhores crentes. Julgo que são mais numerosos e genuínos do
que qualquer outro grupo, são mais constantes, e, ao longo da vida, os mais
firmes".
Assim reafirmou Moody
o seu apoio ao ensino cristão: "Há muita desconfiança na igreja de hoje
quanto à conversão de crianças. Poucos crêem que elas podem ser salvas; mas,
louvado seja o Senhor, esta mentalidade já está modificando -uma luz começa a
brilhar".
Expressando o mesmo
sentimento que levou Robert Raikes a fundar a Escola Dominical, pondera o
pastor Artur A. M. Conçalves, reitor da Faculdade Teológica Batista de São
Paulo: "As maiores vítimas dos males da nossa sociedade estão sendo as
crianças. E é das crianças que vêm os mais angustiantes apelos. Para
construirmos um mundo melhor, concentremos nossos esforços nas crianças. Para
expandirmos o Reino de Deus, demos prioridade à evangelização das
crianças".
ANDRADE.
Claudionor Corrêa de. Manual Do
Superintendente Da Escola Dominical. Editora CPAD. pag. 20-21.
3. O que é Escola
Dominical.
É a Escola Dominical
o departamento mais importante da igreja, porque evangeliza enquanto ensina,
cumprindo assim, de forma cabal, as duas principais demandas da Grande
Comissão, que nos entregou o Senhor Jesus (Mt 28.19-20).
A Escola Dominical é
também um ministério interpessoal, cujo objetivo básico é alcançar, através da
Palavra de Deus, as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos, a
família, a igreja e toda a comunidade.
Por conseguinte, é a
Escola Dominical a única agência de educação popular de que dispõe a igreja, a
fim de divulgar, de maneira devocional, sistemática e pedagógica, a Palavra de
Deus.
O ilustradíssimo pastor
Antônio Gilberto assim a descreve: "A Escola Dominical, devidamente
funcionando, é o povo do Senhor, no dia do Senhor, estudando a Palavra do
Senhor, na casa do Senhor".
ANDRADE.
Claudionor Corrêa de. Manual Do
Superintendente Da Escola Dominical. Editora CPAD. pag. 13-14.
II -
FINALIDADES DA ESCOLA DOMINICAL
Quatro são os
objetivos primaciais da Escola Dominical: ganhar almas, educar o ser humano na
Palavra de Deus, desenvolver o caráter cristão e treinar obreiros.
1. Ganhar almas. Ganhar almas significa
convencer o pecador impenitente, através do Evangelho de Cristo, quanto à
premente necessidade de arrepender-se de seus pecados, e aceitar o Filho de
Deus como o seu Único e Suficiente Salvador.
Evangelizar, ou
ganhar almas, é o primordial objetivo da Escola Dominical. Pois antes de ser a
principal agência educadora da Igreja, é a E.D. uma agência evangelizadora e
evangelística.
• Evangelizadora.
proclama o Evangelho de Cristo enquanto ensina.
• Evangelística.
prepara obreiros para a sublime missão de ganhar almas.
Dessa forma, cumpre a
Escola Dominical a principal reivindicação da Grande Comissão que nos deixou o
Senhor Jesus (Mt 28.18-20). A E. D. que não evangeliza não é digna de ostentar
tão significativo título.
2. Educar o ser
humano na Palavra de Deus. Em linhas gerais, educar significa desenvolver a
capacidade física, intelectual, moral e espiritual do ser humano, tendo em
vista o seu pleno desenvolvimento.
No âmbito da Escola
Dominical, educar implica em formar o caráter humano, consoante às demandas da
Bíblia Sagrada, a fim de que ele (o ser humano) seja um perfeito reflexo dos
atributos morais e comunicáveis do Criador.
As Sagradas
Escrituras têm como um de seus mais sublimados objetivos justamente a educação
do homem. Prestemos atenção a estas palavras de Paulo: "Toda Escritura é
divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para
corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente preparado para toda boa obra" (2 Tm 3.16,17).
O Dr. Clay Risley
achava-se bem ciente quanto a essa missão da Escola Dominical: "Um jovem
educado na Escola Dominical raramente é levado às barras dos tribunais".
3. Desenvolver o
caráter cristão.
Também é missão da Escola Dominical a formação de homens, mulheres e crianças
piedosos. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo é irreplicável:
"Exercita-te a ti mesmo na piedade" (1 Tm 4.7).
A piedade não se
adquire de forma instantânea. Advém-nos ela de exercícios e práticas
espirituais que nos levam a alcançar a estatura de perfeitos varões. Lembro-me,
aqui, das apropriadíssimas palavras de Alan Redpath: "A conversão de uma
alma é o milagre de um momento; a formação de um santo é a tarefa de uma vida
inteira".
Só nos resta afirmar
ser a Escola Dominical uma oficina de santos. Ela ensina a estes como se
adestrarem na piedade até que venham a ficar, em todas as coisas, semelhantes
ao Senhor Jesus. Assim era Sadu Sundar Singh - o homem que se parecia com o
Salvador. O que dizer de Thomas à Kempis? Em sua Imitação de Cristo, exorta-nos
a celebrar diariamente a piedade para que alcancemos o ideal do Novo
Testamento: a parecença do homem com o seu Criador. No cumprimento desse ideal
tão sublime, como prescindir da Escola Dominical?
4. Treinar obreiros. Embora não seja um
seminário, nem possua uma impressionante grade curricular, é a Escola Dominical
uma eficientíssima oficina de obreiros. De suas classes é que saem os diáconos,
os presbíteros, os evangelistas, os pastores, os missionários e teólogos.
A pesquisa efetuada
pelo Dr. C. H. Benson referenda o que está sendo dito: "Um cálculo muito
modesto assinala que 75% dos membros de todas as denominações, 85% dos obreiros
e 95% dos pastores e missionários foram, em algum tempo, alunos da Escola
Bíblica Dominical".
Como discordar de
Benson? Se hoje escrevo este livro é porque, quando ainda tenro, meus pais
preocuparam-se em levar-me a este bendito educandário. Lembro-me das
recomendações que o saudoso José Gomes Moreno, pastor na cidade paulista de São
Bernardo do Campo, fazia aos nossos pais: "Não mande seus filhos à Escola
Dominical. Venha com eles".
Dos obreiros,
professores e doutores na Palavra que hoje conheço, todos tiveram uma herança
espiritual comum: a Escola Dominical, cuja história, como veremos a seguir,
remonta aos tempos bíblicos.
ANDRADE.
Claudionor Corrêa de. Manual Do
Superintendente Da Escola Dominical. Editora CPAD. pag. 14-16.
1. Auxiliar no ensino
das Escrituras.
Rm 12.7,8 —
Ministério. Ou seja, serviço. Esse é um dom que está em contraste com os dons
relacionados ao falar, ou anunciar, algo (1 Pe 4.11). A Bíblia lista cinco dons
relacionados com a pregação: profecia, ensino, encorajamento, palavra de
sabedoria e palavra de conhecimento. Além disso, são nomeados sete dons de
serviço: socorro, misericórdia, fé, discernimento de espíritos, liderança,
administração e mordomia.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 394.
Rm 12. 7. A palavra
diakonia, que foi traduzida para ministério, pode ser traduzida para serviço se
for tomada no sentido geral. Se o tomarmos no sentido particular, refere-se ao
ofício de um diácono. A ênfase aqui é na necessidade de se usar esses dons.
Aqueles que têm os dons de ensinar e exortar devem exercitá-los.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Romanos. pag.98.
Cooperação fiel (vv.
4-8). Cada cristão possui um dom diferente, e Deus concedeu esses dons para que
a igreja local possa crescer de maneira equilibrada. Mas cada cristão deve
exercitar seu dom pela fé. Talvez não vejamos os resultados de nosso
ministério, mas o Senhor vê e abençoa. É interessante observar que a
"exortação" (encorajamento) é um ministério espiritual tão válido
quanto pregar ou ensinar. Contribuir financeiramente e demonstrar misericórdia
também são dons importantes. Para alguns, Deus deu a habilidade de governar ou
de administrar as diversas funções da igreja. Qualquer que seja nosso dom,
devemos consagrá-lo a Deus e usá-lo para o bem de toda a igreja.
É triste quando
apenas um dos dons é enfatizado em uma igreja local em detrimento de todos os
outros. "Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres?
Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas?
Interpretam-nas todos?" (1 Co 12:29, 30). A resposta para todas essas
perguntas é não". Quando o cristão subestima os outros dons e enfatiza o
seu próprio, nega o propósito para o qual os dons foram concedidos: o benefício
de todo o corpo de Cristo. NA manifestação do Espírito é concedida a cada um
visando a um fim proveitoso" (1 Co 12:7).
Os dons espirituais
são instrumentos que devem ser usados para a edificação, não brinquedos para a
recreação nem armas de destruição. Em Corinto, os cristãos estavam acabando com
o ministério, pois usavam indevidamente os dons espirituais. Exercitavam esses
dons como um fim em si mesmo, não como um meio de edificar a igreja.
Enfatizavam tanto os dons espirituais que perderam as virtudes espirituais!
Tinham os dons do Espírito, mas lhes faltavam os frutos do Espírito: amor,
alegria, paz etc. (GI 5:22, 23).
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo.
N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 725.
2. Auxiliar na
evangelização.
Mc 16.15. Paul
Beasley-Murray comentando esse passo bíblico faz algumas considerações oportunas
que vamos considerar.
Em primeiro lugar, a
boa nova é o próprio Jesus (16.15). As boas-novas (euangelion) é uma das
palavras favoritas de Marcos. Ele a usa sete vezes (1.1,14,15; 8.35; 10.29;
13.10; 14.9). Para Marcos, a história de Jesus é a boa nova a ser proclamada. O
evangelho é a mensagem de que Deus está agindo por meio de Jesus, seu Filho,
trazendo libertação ao cativo, quebrando o poder do diabo, do pecado e da
morte. Pelo evangelho proclamamos que em Jesus o curso da História tem sido
mudado. Jesus pela sua morte e ressurreição estabeleceu o seu Reino. Isso é a
grande boa nova do evangelho, diz Paul Beasley-Murray.
Em segundo lugar, a
boa nova de Jesus precisa ser pregada (16.15). O verbo pregar é outra palavra
favorita de Marcos. Ela é encontrada quatorze vezes nesse evangelho, enquanto
só aparece nove vezes em Mateus e Lucas. Marcos enfatiza que Cristo veio
pregando (1.14). Marcos sabe que Jesus é mais do que um pregador, por isso,
relata vários dos seus milagres, porém destaca a primazia do ministério de
pregação de Jesus (1.38). Embora Jesus tenha se ocupado em atender as necessidades
físicas das pessoas, Ele focou primordialmente as necessidades espirituais.
Jesus chamou seus discípulos para pregar (3.14) e os enviou a pregar (6.12).
Agora, Jesus ordena seus discípulos a pregar em todo o mundo. Dewey Mulholland
diz que estar calado é um perigo maior que perseguição e morte. O evangelho só
é boas-novas se for compartilhado.
O propósito de Deus é
o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo, a todas as criaturas. O
evangelho deve ser pregado a todas as nações (13.10), em todo o mundo, a toda
criatura (16.15). A Igreja precisa ser uma agência missionária. Ela precisa ser
luz para as nações. Uma igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada. A
igreja é um corpo missionário ou um campo missionário.
A evangelização é uma
tarefa imperativa, intransferível e impostergável. O mundo precisa do evangelho
e a salvação do evangelho precisa ser oferecida livremente a toda a humanidade,
diz John Charles Ryle.
Em terceiro lugar, a
boa nova de Jesus precisa ser recebida (16.16). O evangelho somente é
experimentado como boas-novas quando é recebido e crido. A Palavra de Deus é como
espada de dois gumes, ao mesmo tempo em que traz vida, também sentencia com a
morte. A Igreja é perfume de vida e também de morte, pois ninguém pode ficar
neutro diante da mensagem do evangelho que ela proclama. Aos que recebem a
mensagem, a Igreja é cheiro de vida para a vida, porém, àqueles que rejeitam as
boas-novas, ela é cheiro de morte para a morte.
Aquele que crê deve
ser batizado e introduzido na comunhão da igreja. A fé, porém, precede ao
batismo. O batismo não faz o cristão, mas demonstra-o. Uma pessoa pode ser
salva sem o batismo, como o foi o ladrão que se arrependeu na cruz, mas jamais
alguém pode ser salvo sem crer em Jesus. É a descrença e não a ausência do
batismo a razão da condenação (16.16). John Charles Ryle corretamente afirma
que milhares de pessoas são lavadas em águas sacramentais, mas jamais foram
lavadas no sangue de Cristo. Isso, contudo, não significa que o batismo deve
ser desprezado ou negligenciado.
Certamente, Jesus não
está dizendo que o batismo é necessário para a salvação, mas a pessoa que é
salva deve ser batizada. É a rejeição de Cristo que traz a condenação eterna.
Jesus foi claro, quando disse: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna;
o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). Adolf Pohl diz que o vínculo direto entre
os termos não é “batismo e salvação”, mas “fé e salvação”, ou “incredulidade e
condenação”.
Em quarto lugar, a
boa nova de Jesus precisa ser confirmada (16.17,18). Adolf Pohl corretamente
afirma que os sinais não estão vinculados a cargos, mas em primeiro lugar à fé
que deixa Deus ser Deus (5.36; 9.23; 11.22). Em segundo lugar, eles fazem parte
do contexto missionário, pois o fato de eles “acompanharem” pressupõe que os
discípulos estão a caminho para difundir o evangelho.
Paul Beasley-Murray
diz que o que temos aqui é descritivo e não prescritivo. O que temos aqui é um
sumário da vida da Igreja primitiva. Os cristãos primitivos expulsaram demônios
em nome de Jesus (3.15; 6.7,13; At 8.7,16,18; 19.12). Eles falaram em línguas
(At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.10,28; 14.2-40). Paulo foi picado por uma víbora
sem sofrer o dano de seu veneno letal (At 28.3-6). Eles impuseram as mãos sobre
os enfermos para curá-los (At 28.8). Não há, porém, nenhuma alusão no Novo
Testamento sobre a ingestão de veneno. O único registro que temos na história é
de Eusébio, historiador da Igreja, que fala sobre Justus Barsabas, um cristão
que, forçado a beber veneno, pela graça de Deus não morreu.
LOPES.
Hernandes Dias. Marcos: o evangelho dos
milagres. Editora Hagnos.
16.15 — A Grande
Comissão é encontrada aqui e nos outros três Evangelhos (Mt 28.19,20; Lc 24.47;
Jo 20.21).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 138.
Lc 16. 15 A narrativa
se torna mais detalhada e passa para o discurso direto. E disse-lhes: Ide por
todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Jesus descreve nossa palavra
“missões”, para a qual ainda falta ao NT o termo correspondente, com “ir e
pregar”. Esta proclamação também poderia estar circulando incansável entre os
crentes mais antigos. Mas este círculo foi rompido definitivamente pela
Sexta-feira da Paixão e pela Páscoa. O crucificado estabeleceu uma relação de
Deus com os “muitos”, e o ressuscitado com “todo o mundo”. Ele agora recebeu
uma autoridade que excede à do Jesus terreno (Mt 28.18; At 2.36; Fp 2.9ss). Ela
faz os discípulos se mexer e falar diante de pessoas estranhas.
Falta em tudo isto
qualquer indício de vingança. “Evangelho” é boa notícia, não mensagem de ameaça
(cf. 1.1). O Jesus terreno já era a mão de paz de Deus estendida. Ela foi ferida
e recusada. Porém o ressuscitado agora é a mão de reconciliação, cheia de
cicatrizes, que Deus novamente estende para a sua criação desviada. Ele não a
recolhe nunca e em nenhum lugar, “até à consumação do século” (Mt 28.20). De
acordo com Rm 10.21, ele a estende “todo o dia”, ou seja, durante todo o tempo
da salvação. O mundo cativado por Satanás ficará sabendo que recebeu um Senhor
incrivelmente bondoso, e é capacitado as submeter-se a ele, invocando o seu
nome (At 2.21).
POHL.
Adolf. Evangelho de Marcos Comentário Esperança.
Editora Evangélica Esperança.
3. Auxiliar no
discipulado.
TODAS AS NAÇÕES
Jesus enviou Seus
servos para fazer discípulos em todas as nações ( ethne, povos; M t 28 .19).
Essa ordenança pode parecer óbvia para nós hoje em dia; afinal de contas, vivem
os numa era cristã que já dura mais de dois mil anos. O cristianismo hoje é uma
religião praticamente gentílica que representa aproximadamente um terço da
população mundial. E, com a tecnologia moderna, a obra de anunciar o evangelho
nos quatro cantos da terra parece uma tarefa relativamente muito simples.
No entanto, em certas
áreas estamos como os primeiros discípulos de Jesus. Eles queriam um herói
local, um Messias apenas para Israel, alguém que seguisse seus costumes e
ratificasse seus preconceitos. Foi por isso que, sem dúvida algum a, ficaram estarrecidos
com a visão transcultural proposta por Jesus de ultrapassar todas as fronteiras
e levar a todos a mensagem da salvação pela cruz. Ele estava demonstrando ser
muito mais do que o Rei dos judeus; Ele é o Cristo mundial, o Salvador do mundo
inteiro.
Na verdade, Jesus
vinha mostrando-lhes isso desde o início de Seu ministério. M ateus deixou
registrada Sua obra entre os gentios (M t 8.10; 15.24) e citou Isaías 42 .1 -4
para afirmar que Jesus anunciaria aos gentios [as nações] ojuízoe que, no seu nome,
os gentios esperarão (M t 12 .14-21). Todavia, os discípulos levaram muito tempo para acreditar
nisso. Será que seu Senhor poderia estar mesmo interessado em “todas as
nações”? Eles mesmos não estavam. Seria fácil aceitar a ideia de Jesus se importar
com todo o mundo. Mas não seria mais fácil ainda seguir um Cristo que se
adequasse apenas à cultura deles? Cultura, afinal, é a chave de tudo. Jesus
mandou Seus servos galileus “fazer discípulos”, e eles fizeram — discípulos
judeus.
M as eles tiveram um
grande choque cultural quando o Espírito Santo trouxe um novo grupo à com
unhão, inclusive discípulos helenistas, samaritanos e, enfim, gentios de todos
os tipos (A t 6.1-7; 8 .4 -2 5 ; 10.1— 11.18; 15.1-21).
Hoje, a maior parte
dos discípulos não é de origem caucasiana nem oriental [é semítica]. E não é de
estranhar que eles tenham trazido à Igreja uma visão cultural diferente. Por
essa razão, um dos maiores desafios que os cristãos enfrentarão nos próximos anos
é o mesmo que os discípulos enfrentaram no início de seu movimento: não som
ente crer em Jesus, mas também reconhecer que Ele de fato veio para todas as
nações. Deus nos mandou fazer discípulos em todo o mundo porque isso faz parte
de Seu grande propósito de, a longo prazo, tornar Seu nome conhecido em todas
as nações (M l 1.11).
28.19,20 — Esse
versículo geralmente é interpretado como se contivesse três mandamentos, ou
seja: ir, batizar, fazer discípulos ou ensinar. Mas, na verdade, a Grande
Comissão gira em torno do mais imperativo deles: fazer discípulos. Fazer
discípulos envolve três passos: ir, batizar e ensinar, principalmente os dois
últimos. O batismo aponta para a decisão de crer em Cristo.
Quando uma pessoa
cria em Cristo, ela deveria ser batizada; não há nenhum cristão no Novo Testamento
que não tivesse sido batizado.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 87-88.
Mt 28. 19.Atividade
(w. 79, 20a). O verbo grego traduzido por ide na verdade não é uma ordem, mas sim
um gerúndio (indo). O único mandamento de toda a grande comissão é "fazei
discípulos" ("de todas as nações"). Jesus disse: "Enquanto
estiverem indo, façam discípulos em todas as nações". Não importa onde
estamos, devemos testemunhar sobre Jesus Cristo e procurar ganhar outros para
ele (At 11:19-21).
O termo
"discípulos" era o nome mais comum para os cristãos primitivos. Ser
um discípulo significa mais do que ser um convertido ou um membro da igreja.
Aprendiz talvez seja um bom termo equivalente. Um discípulo apega-se a seu
mestre, identificasse com ele, aprende e vive com ele. Aprende não apenas
ouvindo, mas também praticando.
Jesus chamou doze
discípulos e os ensinou de modo que fossem capazes de ensinar a outros (Mc
3:13ss).
Assim, um discípulo é
alguém que crê em Jesus Cristo, expressa essa fé ao ser batizado e permanece em
comunhão com os irmãos a fim de aprender as verdades da fé (At 2:41-47) e então
ser capaz de ir e ensinar a outros. Esse era o padrão da Igreja do Novo
Testamento (2 Tm 2:1, 2).
Em vários aspectos,
desviamo-nos desse padrão. Na maioria das igrejas, a congregação paga o pastor
para pregar, ganhar o perdido e ajudar o salvo, enquanto os membros da igreja
atuam apenas como torcedores (se estiverem animados), ou então, como meros espectadores.
Os "convertidos" são ganhos, batizados e aceitos como membros, para
depois se juntarem aos espectadores.
Nossas igrejas
cresceriam muito mais rapidamente, e os cristãos seriam muito mais fortes e
felizes, se discipulassem uns aos outros. A única forma de uma igreja local "crescer
e se multiplicar" (em vez de crescer por "acréscimo") é por meio
de um programa sistemático de discipulado. Trata-se de uma responsabilidade de
todo cristão, não apenas de um pequeno grupo "chamado para ir".
Jesus abriu a mente
de seus discípulos para que entendessem as Escrituras (Lc 24:44,45).
Descobriram o que Jesus desejava que ensinassem aos convertidos. Não basta
ganhar pessoas para o Senhor. Também é preciso ensinar a Palavra de Deus a elas,
pois isso faz parte da grande comissão.
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo.
N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 140.
2 Co 3. 18. Mudados
(18); a ARA tem “Mas todos nós, com o rosto desvendado, contemplando como por
espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, como na
sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Isto ensina que o homem que
se voltou para Cristo e O reflete em sua vida, é transformado mais e mais em
glória, por Cristo, que é o Espírito. A lei contém a mente do Espírito.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. 2 Coríntios. pag. 20.
III - A
ESCOLA DOMINICAL FORTALECE A FAMÍLIA
1. As Crianças são
bem instruídas.
As Escrituras contêm
o mandato de ensinar as crianças de Deus. As de hoje serão os pais de amanhã e
os líderes da Igreja do século XXI. Considere as palavras de três educadores
que sentem forte inclinação ao ministério com crianças. Ler o que eles têm a
dizer desafia-nos e incentiva-nos enquanto nos preparamos para ensinar
crianças.
À medida que nos
adentramos no século XXI, vejo um maior destaque concedido à importância das
crianças e de sua educação por líderes seculares e cristãos. Os pais exigem o
que é melhor para os filhos na igreja e na escola. Também vejo uma grande importância
no fortalecimento do lar, a unidade básica para a educação cristã. Em nossa
igreja sentimos que é muito melhor “construir” uma criança corretamente do que
“reformar” um homem mais tarde.
Li estatística publicada
pela Campus Crusade for Christ que mostra que 85% de todos os crentes aceitaram
Jesus Cristo antes de completarem 18 anos. Em nossa igreja, a meta é treinar
crianças a se tornar parte do Corpo de Cristo. Nosso desejo é ver cada uma delas
aceitar Jesus Cristo como Salvador e Senhor e crescer nEle, dando fruto que a
leve a ensinar outros (2 Tm 2.2).
A Bíblia dá aos pais
a responsabilidade de ensinar aos filhos (Dt 6.4-9; SI 78).A Igreja tem de
ajudar nesta tarefa treinando os pais no que fazer e no como fazê-lo.
Colocá-las na classe da Escola Dominical é excelente maneira de equipá-las para
o ministério no lar. Achamos que os pais darão seu tempo, talentos e finanças para
programas esportivos, creches e atividades de lazer. Estarão eles dispostos a
investir esses mesmos recursos em sua família?
É uma grande chamada!
Ao refletir sobre o
mandato bíblico e nossas três entrevistas pastorais, surge a pergunta: “Como
posso ser eficiente em ensinar crianças de um modo que agrade a Deus?” Há um
plano que pode auxiliar professores e pais a realizar esta tarefa.
DIRETIVAS BÍBLICAS
A revelação de Deus
exige uma resposta pessoal de cada um dos Seus filhos. O que as Escrituras nos
mandam fazer em nosso ministério com crianças? MATEUS 28.19,20: O imperativo
nesta passagem é claro: “Fazei discípulos” (ARA). Quando formos, temos de
ensinar a Palavra de Deus a todas as pessoas — inclusive crianças. As
implicações contidas neste texto são (a) evangelizar (falar do Evangelho a
todas as pessoas) e (b) discipular (ajudar cada crente a crescer em Cristo para
ser um fazedor de discípulos). Isto pode ser feito eficientemente com crianças
se estas forem educadas da maneira correta.
DEUTERONÔMIO 6.4-9:
Moisés ordenou os pais (a) a ensinar a Palavra de Deus diligentemente aos
filhos, (b) de modo muito casual e natural, (c) usando o estilo de vida deles
como o método principal. Esta conversação orientada ajudará a educar cada
criança como também a apresentar um modelo de vida adulta santo.
PROVÉRBIOS 22.6: Este
provérbio ou truísmo dá-nos breve introspecção sobre como ensinar crianças. Os
professores de crianças têm de desejar (a) “instruir” — criar um gosto ou
desejo na criança pelas coisas de Deus —; (b) “no caminho” — conforme o passo dela.
A instrução deve levar em conta a individualidade e o desenvolvimento mental e
físico da criança, (c) Ela “não se desviará” — se a criança for educada
corretamente nas coisas de Deus, o desejo eventual dela será manter-se firme ao
que aprendeu. Uma versão ampliada deste provérbio seria: “Dedique-se ao Senhor
e crie na criança o gosto pelas coisas do Senhor, de acordo com a faixa etária
dela; e mesmo quando ela ficar adulta não se afastará do treinamento espiritual
que recebeu”.
ATOS 2.41-47: Este é
um relato resumido sobre a descida do Espírito Santo e o início da Igreja.
Podemos ver os resultados do Pentecostes atuantes em quatro fatores principais
na vida daquela comunidade neotestamentária: (a) Adoração — os crentes oravam,
partiam o pão, cantavam e adoravam juntos ao Senhor, (b) Instrução — os crentes
dedicavam-se ao ensino dos apóstolos, (c) Comunhão — os crentes tinham comunhão
uns com os outros com a finalidade de disseminar a mensagem do Evangelho, (d)
Expressão — os crentes se expressavam ao Corpo de Cristo mediante edificação e
encorajamento, e ao mundo, através do evangelismo. Estes quatro ingredientes
devem estar incluídos no ministério com crianças.
EFÉSIOS 4.11-16; 1
CORÍNTIOS 12; ROMANOS 12: Estas três referências revelam os métodos de Deus
implementar o ministério com crianças — pelos dons do Espírito Santo.
Em Efésios 4.11-16,
aprendemos que Jesus deu à Igreja aqueles que ensinam, evangelizam e
pastoreiam. Ele os concedeu com o propósito de dar unidade aos crentes,
maturidade ao corpo e conformidade a Ele. Estes líderes equipam os santos para
fazer a obra do ministério — inclusive o ensino às crianças em casa, na igreja
e na escola! Primeira Coríntios 12 e Romanos 12 mostram-nos que não é suficiente
buscar e achar os perdidos. Eles também devem ser cuidados, alimentados e
guiados para se tornarem cristãos maduros. Onde obtemos os recursos? Estas duas
passagens concedem-nos as respostas. O Espírito Santo capacita o povo de Deus a
ministrar — ajudar os crentes a se desenvolver segundo a semelhança de Cristo.
2 TIMÓTEO 2.2: Paulo
descreve o ministério da multiplicação que tem de acontecer ao longo de toda
geração para que a fé cristã seja ensinada até que Jesus venha. Os líderes
cristãos precisam equipar os professores e pais em cada faceta do ministério
com crianças, de forma que o ensino correto aconteça ao nível de cada aluno.
Assim, o ciclo de evangelismo estará completo — agora o discípulo torna-se
fazedor de discípulo.
CARACTERÍSTICAS E
NECESSIDADES POR FAIXA ETÁRIA
Como Deus projetou a
criança?
O ministério com
crianças demanda um entendimento das características e necessidades por faixa
etária. Como Deus projetou a criança?
Como são nossas
crianças? Lucas 2.52 revela que Jesus crescia em sabedoria (intelectualmente);
em estatura (fisicamente); em graça para com Deus (espiritualmente); e em graça
para com os homens (social e emocionalmente). As características apresentadas a
seguir descrevem a infância nos anos pré-escolares (zero a cinco anos) e nos
anos de ensino elementar (primeira à sexta séries). Tenha em mente que esta
classificação p o r faixa etária representa características e necessidades
típicas. As crianças desenvolvem-se a diferentes graus cie velocidade em áreas
diversas e sempre devem ser tratadas como indivíduos.
Além dessas
características e necessidades muito específicas, as crianças têm seis
necessidades muito gerais. Estas também devem ser consideradas quando se ensina
a Palavra de Deus.
Uma criança precisa
de amor.
Seja agradável. Chame
a criança pelo nome.
Toque, abrace, afague
para transmitir amor.
Ouça quando a criança
falar.
Fique ao nível dos
olhos da criança.
Com frequência faça
elogios ou dê incentivos especificamente.
Uma criança precisa
se sentir segura.
Seja positivo.
Seja coerente na
disciplina.
Empregue atividades
conhecidas pela criança.
Direcione a conversa
ao constante cuidado de Deus.
Uma criança precisa
se sentir aceita.
Permita que as
crianças escolham as atividades.
Aceite as crianças
mesmo que elas tenham sentimentos negativos.
Aceite a criança
mesmo que você não consiga aceitar o comportamento dela.
Direcione a conversa
ao amor de Deus pela criança.
Uma criança precisa
de disciplina (autocontrole).
Seja realista e
coerente nas expectativas em classe ou no lar.
Elogie e incentive
com coerência e especificidade.
Seja o modelo do
comportamento que você espera de suas crianças.
Permita que as
crianças experimentem as consequências lógicas do mau comportamento (as
consequências devem estar de acordo com o mau comportamento).
Uma criança precisa
de independência.
Disponha várias
atividades de aprendizagem à escolha.
Coloque todos os
materiais e equipamentos no nível do alcance delas,
Não faça o que a
criança pode fazer.
Faça perguntas,
direcione a conversa para ajudar a criança a fazer as coisas sozinha.
Uma criança precisa
do reconhecimento do seu valor.
Fale com a criança
diretamente, à altura do olhar dela.
Não dê apelidos à
criança.
Seja educado com cada
criança (“por favor”; “obrigado”).
Lide com um problema
de mau comportamento em particular, e nunca na frente do grupo inteiro.
Estimule as relações
adequadas entre professor e aluno para garantir o passa tempo com cada criança.
Ao satisfazer essas
necessidades, os professores e pais não apenas o falam sobre a Palavra de Deus,
mas também servem de modelo do que ela diz, e ser exemplo é método muito
importante para ensinar às crianças a verdade de Deus.
METAS E OBJETIVOS
Como devemos
satisfazer as necessidades da criança?
Como satisfazemos
essas necessidades em nosso ministério de ensino na igreja, em casa e na
escola? Para facilitar o ensino, nossas metas para o ministério com crianças
caem em duas categorias: (1) Metas para a criança e (2) metas para a
instituição (igreja, casa ou escola).
Um modo empolgante de
desenvolver metas é reunir num final de semana os líderes da igreja e
principais professores para planejar.
Sugira, em livre
debate, metas e objetivos para cada área (espiritual, mental, emocional, social
e física) e para cada nível de idade/escolar. Essas metas darão aos líderes e
professores a direção a seguir no ano seguinte. Também fornecerão base para
avaliação de desempenho do professor e desenvolvimento dos alunos ao final do
ano.
Aqui estão doze metas
para a escola, igreja ou casa.
1. Apresente cada
criança à Bíblia como a santa Palavra de Deus.
2. Lance os
fundamentos para as principais doutrinas bíblicas
no nível mental e
espiritual da criança.
3. Leve cada criança
a Jesus Cristo.
4. Forneça um
programa equilibrado de adoração, instrução,
comunhão e expressão.
5. Dê oportunidades
para o ensino de qualidade da Palavra de Deus — conteúdo e aplicação.
6. Saiba e entenda as
características e necessidades das crianças de todas as faixas de idade.
7. Forneça um
programa de treinamento contínuo para todos os professores e pais.
8. Proporcione uma
equipe de professores nas relações adequadas: berçário: 1:3; dois a cinco anos:
1:6; da primeira à sexta séries: 1:8-10.
9. Providencie
instalações e equipamentos adequados.
10. Incentive a
diversidade na seleção e uso de métodos e materiais criativos em todos os
ministérios com crianças.
11. Mantenha registros
para o acompanhamento de visitantes e ausentes.
12. Estimule os
líderes, professores e pais a avaliarem seus ministérios, reparando nos pontos
fortes e fracos com metas específicas para melhoramentos.
GANGEL.
Kenneth O. HENDRICKS. Howard G. Manual
de Ensino para educadores cristãos. Compreendendo a natureza, as bases e o
alcance do verdadeiro ensino cristão. Editora CPAD. pag.117 -120;131-133.
APROFUNDE-SE INSTRUIR
A CRIANÇA
Sem dúvidas, Provérbio
22.6 é um dos versículos deste livro citado com mais frequência. Há três
questões que ainda suscitam debates em sua interpretação: (1) o significado do
verbo instruir, (2) a intenção da expressão no caminho em que deve andar e (3)
o sentido do verbo não se desviará, na segunda metade do versículo.
Em primeiro lugar, a
palavra instruir (hb. hanak) é um termo ligado ao nome do familiar festival de
Chanucá, que vem da palavra hebraica para dedicação. A palavra hanakestá ligada
a uma separação para uso especial, uma dedicação da criança ao Senhor ou ao
caminho de Deus em sua vida. Inclui o estímulo a respostas adequadas (talvez
até mesmo no ato de criar o gosto por algo) e da orientação (inicial) para o
caminho correto. Esta é a principal tarefa reservada aos pais: receber os
filhos como uma incumbência do Senhor, que devem, posteriormente, ser
encaminhados ao caminho de Deus. Desta forma, o versículo apresenta o princípio
educacional da prontidão, como Paulo faz em 1 Coríntios 3.1-3 (Hb 5.12).
Em segundo lugar,
alguns professores bíblicos alegam que a expressão no caminho, neste provérbio,
refere-se ao caminho natural da criança, seu dom e seus interesses. A expressão
em que deve andar é reformulada por estes professores como deixá-lo seguir sua
inclinação natural. Há muito valor neste bom conselho aos pais segundo o senso
comum, mas em matéria de exegese não é muito convincente. A expressão no
caminho, nos provérbios, refere-se à moralidade correta aos olhos de Yahweh (Pv
15.10). Sem definição prévia, a pessoa dificilmente diria que a expressão no
caminhou refere a seguir a inclinação natural da criança. O caminho, nos
Provérbios, é o caminho de Deus. Provavelmente, o caminho recomendado à criança
é o caminho de Deus e Sua Palavra.
Outra interpretação é
sugerir que o caminho da criança é sua inclinação natural à devassidão.
Poderíamos reformular assim:
“deixe a criança
seguir seu caminho natural, e quando ela tiver envelhecido, estará confirmado o
seu desregramento". Por esta leitura, o tom do versículo é um tanto
negativo. Esta abordagem pode ser justificada baseando-se em o caminho, mas não
se o leitor prestar atenção ao verbo hanak [instruir].
Em terceiro e mais
importante lugar, a força da expressão não se desviará é posta em questão. Muita
gente lê Provérbios sem muita noção do gênero que está lendo. Assim, torna o
sentido deste versículo absoluto, apresentando-o como uma espécie de promessa
saída da boca de Deus. A ideia é parafraseada assim: “Quando o pai ou a mãe fez
seu trabalho direito, Deus fica obrigado, por meio de Sua promessa, a poupar o
filho deste pai ou mãe por toda a eternidade”.
0 problema, claro, é
que não se faz esta garantia nas Escrituras — nem neste versículo, nem em
nenhum outro. Estes versículos são princípios, e não promessas. Um pai temente
a Deus não tem garantia divina de filhos cristãos. Cada geração é responsável por
sua relação com Deus. Em suma: este versículo é um provérbio; e não uma
promessa. O verbo deste versículo é imperfeito (no sentido atual). Esta forma
verbal significa que a cada momento a pessoa tem de observar o andamento do processo
e ter consciência dele.
0 objetivo de
Provérbio 22.6, portanto, é apresentar o cuidado dos pais na criação de filhos
como um equilíbrio divino. Os pais fazem sua parte, e Deus faz a Sua. Não há
mágica; não há garantia. Mas há pelo menos um senso de participação, de
excitação e de realização.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 980.
Pv. 22.6. Ensina a
criança no caminho em que deve andar. Existem vários versículos sobre a criação
de crianças no livro de Provérbios, e este provavelmente é o mais conhecido.
Ver também Pro. 13.24; 19.18; 23.13,14; 29.17. Ofereço notas expositivas
completas em Pro. 13.24, as quais não repito aqui. Neste versículo temos uma
regra nova e brava, e esperamos que, de modo geral, um bom treinamento
significa uma boa criança que se tornou um bom adulto e segue a vereda da
retidão por toda a vida. A experiência mostra-nos, contudo, que as coisas nem
sempre acontecem dessa maneira, e podemos concluir que existem outros fatores
envolvidos nessa questão, e não apenas um ensino e exemplos apropriados.
Afirmamos que um pai deve três coisas a seu filho: exemplo, exemplo e exemplo,
o que repito várias vezes neste comentário. Mas nem mesmo isso é sempre o
bastante. Em Pro. 13.24 explorei os porquês dos fracassos quando um homem faz
tudo quanto pode e, ainda assim, não atinge o sucesso.
Seja como for, os
fracassos não devem anular o ensino que temos à nossa frente. Os pais têm o
dever e o privilégio de treinar a criança. Baha Ullah declarou que a pior coisa
que um homem pode fazer é conhecer os ensinos e não transmiti-los a seu filho.
Sobre bases veterotestamentárías, o manual de treinamento é a lei de Moisés.
Por meio da lei o homem obtém sabedoria e vida (ver Pro. 4.13). A lei é o guia,
segundo se vê em Deu. 6.4 ss.
Sinônimo. Um jovem
bem treinado continuará no caminho quando se tornar adulto pleno. A fé de seu
pai tornar-se-á a sua fé, e ele a seguirá até o fim. Terá uma vida longa e
próspera, tanto material quanto espiritualmente.
“Este versículo exprime
um dos prontos fortes do sábios hebreus, a saber, a insistência no treinamento
moral de uma criança por parte de seus pais. Esse treinamento deve começar bem
cedo, quando a mente da criança ainda estiver bastante impressionável. O uso da
vara é encorajado como parte do processo educacional (ver Pro. 13.24; 19.18 e
23.13,14). A grande alegria que os pais podem ter é um filho sábio (ver Pro.
23.15,16,24). A tristeza mais trágica é ter um filho insensato (ver Pro.
17.21,25). Treinar (no hebraico, hanakh, que significa “dedicar”). Cf. o nome
da festividade dos hebreus, Hanukkah, que celebra a rededicação do templo de
Jerusalém, no tempo dos macabeus, em 165 A. C. (ver Pro. 4.52 ss.). Aqui a
palavra significa treinar" (Charles Fritsch, in Ioc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2648.
2. A juventude é
prevenida contra o pecado.
Os adolescentes e
jovens podem ser fortalecidos em sua personalidade.
Os adolescentes estão
na fase, em que buscam a sua identidade, preocupam-se muito consigo mesmos,
reorganizando sua personalidade; “quem sou eu?”, “Por que sou assim?”, “Qual o
meu futuro?”, “Meus pais não me entendem”; muitos desviam-se das igrejas nessa
fase. É necessário muita atenção por parte dos pais, e da igreja, na
contribuição para a formação da personalidade deles.
Os jovens,
enfrentando as turbulências da adolescência, acabam, de uma forma ou de outra,
conscientizando-se de seu papel na sociedade.
Pensam seriamente nas
escolhas: escola, faculdade, profissão, namoro, noivado, casamento, vida
espiritual etc. “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a
tua palavra” (SI 119.9); “Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça,
a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2
Tm 2.22).
A juventude cristã,
que frequenta a ED tem sido instruída e alertada contra esses males próprios de
uma sociedade sem Deus, materialista e hedonista.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 134.
Sl 119.9. O jovem.
Como podem os jovens, cheios das chamas da juventude e sempre tentados a
experimentar coisas novas, com frequência pecaminosas, manter- se puros? Até o
piedoso e inocente Jó, que não possuía pecado que causasse seus horrendos
sofrimentos, cometera pecados em sua juventude (ver Jó 13.26). “O interesse
pelo bem-estar dos jovens é uma das grandes características do escritores da
Literatura de Sabedoria. Ver Pro. 1.4,8,10,15; 2.1; 3.1; Ecl. 11.9 e 12.1”
(William R. Taylor, in loc.). Ver no Dicionário o artigo chamado Sabedoria,
seção III, quanto a esse tipo de literatura na composição hebraica. Os salmos,
aqui e acolá, e certas porções deste salmo, participam desse fenômeno. Cerca de
treze salmos são essencialmente dessa natureza. Ver as classes dos salmos
exibidas no gráfico no início do comentário, o qual atua como uma espécie de
frontispício do saltério. Dou ali dezessete classes e listo os salmos
pertencentes a cada uma delas. Entre essas classes, estão os salmos de
sabedoria.
O salmista encontrou
a resposta para o seu problema na lei, chamada aqui de dabar, a segunda dentre
as dez palavras usadas para indicar a lei, conforme notas no vs. 1.
Compreende-se que um jovem que estude a lei não somente saiba o que é melhor,
mas também receba o poder de Yahweh, Autor da lei, possivelmente através do
poder do Espírito Santo. Muitos jovens não são pecadores endurecidos, mas
tradicionalmente enfrentam problemas de pureza da vida, porquanto se inclinam a
fazer experiências, em parte movidos pela curiosidade, em parte por suas
corrupções interiores, que já possuem bem desenvolvidas e que são facilmente
despertadas. Contudo, não é suficiente a um jovem ser pessoalmente puro. Um
homem deve fazer o bem em favor do próximo, através de obras de amor.
Ninguém despreze a
tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no
procedimento, no amor, na fé, na pureza.
(I Timóteo 4.12)
“As concupiscências
dos jovens são naturalmente fortes e inclinam por contaminar a alma (Pro. 1.4;
20.11)” (Fausset, in loc.).
Dá o teu melhor ao
Mestre,
Dá da força de tua
mocidade;
Lança o ardor intenso
e fresco de tua alma,
Na batalha pela
verdade.
(Sra. Charles Barnard)
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2433.
Sl 9-16. O Caminho da
Purificação. De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? A pergunta
e a resposta estão de acordo com a ênfase dos escritores da Sabedoria. A
resposta dos problemas da mocidade em qualquer período da história é dar
atenção à Palavra de Deus, meditando nela (v. 15), memorizando-a (v. 11) e
dando o seu testemunho aos outros (v. 13).
MOODY.
Comentário Bíblico Moody. Salmos.
pag. 126.
3. Os adultos
frutificam.
A E D FORTALECE A
PERSONALIDADE CRISTÃ
1. O que é personalidade:
Personalidade é definida como “O que determina a individualidade duma pessoa
moral. O elemento estável da conduta de uma pessoa; sua maneira habitual de
ser; aquilo que a distingue de outra” {Aurélio). “A personalidade é formada
durante as etapas do desenvolvimento psico-afetivo pelas quais a criança passa
desde a gestação. Para a sua formação incluem tanto os elementos geneticamente
herdados (temperamento) como também os adquiridos do meio ambiente no qual a
criança está inserida.” A personalidade, portanto, é construída.
Pode-se dizer que
personalidade é: “A organização dinâmica dos traços no interior do eu, formados
a partir dos genes particulares que herdamos, das existências singulares que
suportamos e das percepções individuais que temos do mundo, capazes de tornar
cada indivíduo único em sua maneira de ser e de desempenhar o seu papel social
(BALLONE, 2003).
A formação da
personalidade começa na infância. Dizem estudiosos que a personalidade de uma
pessoa está definida até aos sete anos de idade. O que ela aprender e
apreender, até esta fase, comprometerá todo o seu desenvolvimento psíquico,
emocional, afetivo, social etc. Daí, podemos ver como é importante o papel da
Escola Dominical na formação da personalidade das crianças. Certamente, é o que
a palavra de Deus adverte: “Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até
quando envelhecer, não se esquecerá dele” (Pv 22.6, ARA — grifo nosso).
Essas definições, de
caráter científico, mostram que a personalidade tem componentes genéticos,
educacionais, familiares, e psicossociais, em que o indivíduo vai se tornando
“único em sua maneira de ser e de desempenhar seu papel social”. Em outras
palavras, na formação da personalidade entram em ação fatores hereditários
(herança genética dos pais: cor da pele, dos olhos, estatura etc), e ambientais
(formação familiar, escolar, cultural, moral, ética, espiritual etc.).
Desse modo, é grande
é a importância da ED na igreja, para a formação da personalidade dos alunos.
Os fatores ambientais podem ser grandemente influenciados pelos princípios
elevados do ensino bíblico.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 133.
ED e os adultos
Os adultos são
fortalecidos em sua vida, podendo contribuir para a formação dos mais jovens:
“Os passos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR, e ele deleita-se no seu
caminho” (SI 37.23). Há adultos que não têm consciência da vida cristã por
terem uma formação espiritual deficiente, ou por só terem aceito a Cristo na
idade adulta. A ED precisa ajudar a lapidar o caráter dessa pessoa.
A ED é uma escola de
discipulado por excelência. Em cada classe, havendo professores bem preparados,
os alunos podem ser formados para serem bons discípulos de Jesus, e não apenas
membros ou congregados das congregações e igrejas. Jesus mandou fazer
discípulos, ensinando todas as coisas que Ele havia mandado.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 134.
Examinais as
Escrituras (39). Estudaram as Escrituras, pensando que a obediência mecânica
aos preceitos da lei lhes daria o galardão da vida eterna. Não estavam errados
em estudar as Escrituras na esperança de encontrar a vida eterna, mas sua
interpretação delas estava totalmente errada, e não podiam encontrar o Cristo,
que é o centro das Escrituras.
MOODY.
Comentário Bíblico Moody. João. pag.
34.
Examinais tanto pode
ser indicativo como imperativo, neste exemplo, mas o sentido da passagem
favorece o indicativo. Os judeus tinham o hábito de examinar as Escrituras
porque reconheciam que elas continham o segredo da vida eterna. Conhecimento da
Lei era o alvo da piedade judia; assim, a Palavra escrita tendia a se tornar um
fim em si mesma. Mas as Escrituras testificam de uma pessoa! A tragédia era que
aquela mesma
Pessoa estava agora presente, e os homens religiosos não vinham a ela buscar a
vida que buscaram em vão na letra da Palavra (v. 40).
MOODY.
Comentário Bíblico Moody. João. pag.33-34.
CONCLUSÃO
Tão imprescindível
tornou-se a Escola Dominical, que já não podemos conceber uma igreja sem ela.
Haja vista que, no dia universalmente consagrado à adoração cristã, nossa
primeira atividade é justamente ir a esse prestimoso educandário da Palavra de
Deus. É aqui onde aprendemos os rudimentos da fé e o valor de uma vida
inteiramente consagrada ao serviço do Mestre.
A. S. London afirmou,
certa vez, mui acertada-mente: "Extinga a Escola Bíblica Dominical, e
dentro de 15 anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros".
Quem haverá de negar a gravidade de London? As igrejas que ousaram prescindir
da Escola Dominical jazem exangues e prestes a morrer.
Já que você acaba de
assumir a superintendência da Escola Dominical, dedique este capítulo a
recordar a natureza, a origem e o estabelecimento dessa grande agência de
ensino da Igreja.
ANDRADE.
Claudionor Corrêa de. Manual Do
Superintendente Da Escola Dominical. Editora CPAD. pag. 22.
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