Data: 23/06/2013. Hinos sugeridos: 429,
507, 517.
TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
A Igreja local é o melhor local para as famílias se reunirem e
prestarem culto ao Senhor.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 6.2 A
família temendo ao Senhor
Terça - Dt 6.2 A família guardando a Palavra de Deus
Quarta - Dt 6.4 Há um único Deus na família
Quinta - Dt 6 .7,8 A família atentando para a
Palavra
Sexta - Dt 6 .18 A família fazendo o que é reto ao Senhor
Sábado - Salmos 122.1 A família se alegra na Casa de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos
16. 1-5, 7,10,11. 13, 15, 24.
1
- Recomendo-vos, pois, Febe nosso irmã, a qual serve na igreja que está em
Cencreia,
2
- para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em
qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também
a mim mesmo.
3
- Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4
- os quais pela minha vida expuseram a sua cabeça: o que não só eu lhes
agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
5
- Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epéneto, meu amado que
é as primícias da Ásia em Cristo.
7
- Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os
quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo.
10
- Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo.
11
- Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso, os que
estão no Senhor.
13.
- Saudai a Rufo, efeito no Senhor, e a sua mãe e minha.
1
5- - Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos
os santos que com eles estão.
2
4 - A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.
INTERAÇÃO
A
família e a igreja local são instituições que se confundem, ambas foram criadas
por Deus. A família tem a finalidade de preservar e desenvolver social, moral e
eticamente todo ser humano. A igreja local visa educar espiritualmente o homem
segundo a proclamação e absorção do Evangelho bem como as outras esferas da
vida. Família e igreja local são inseparáveis.
Uma
depende da outra, um a é a extensão da outra. Não se excluem jamais. Ao
contrário, se completam e caminham juntas.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar
a família como elemento básico da funcionalidade da igreja local.
Fazer
da igreja um local de acolhimento das famílias.
Compreender
que a família deve se envolver com a Igreja local.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Presado
professor, para concluir a aula desta semana peça aos alunos, para descreverem
o que eles pensaram sobre o relacionamento da própria família com a Igreja
local. Como se da e o que se poderia mudar neste relacionamento, Reproduza algumas,
respostas na lousa. Explique que a família é um elemento indispensável ao bem
estar da igreja local, e que falar da igreja sem priorizar a família é ignorar
o óbvio. Desafie os a viverem em família, a pensar como é uma benção servir a
Deus numa igreja local juntamente com toda a família. Boa aula!
PALAVRA-CHAVE: Relacionamento: Capacidade, em maior ou menor grau,
de relacionar se, conviver ou comunicar-se com seus semelhantes.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÁO
Num
mundo de intensas mudanças e incertezas a igreja é a única instituição em que o
cristão e sua família podem contar.
Lares
sofrem terríveis ataques do inimigo, e muitas famílias não têm resistido, sucumbindo
moral e espiritualmente ás investidas malignas. Por isso a Igreja do Senhor,
representada pela comunidade local, é o ponto de apoio espiritual e moral para
a família. Ali se aperfeiçoam os relacionamentos entre os cônjuges, pais e
filhos, avós e netos. A família cristã se desenvolve no dia a dia da igreja
local.
I -
FAMÍLIA: O ELEMENTO BÁSICO DA IGREJA
1 Sem a família a
igreja não funciona.
Não podemos ignorar a importância da igreja local junto ã família, pois a saúde
da igreja está diretamente ligada ao bem estar espiritual e moral da família. Uma
igreja cujas famílias estão arruinadas espiritual e moralmente não terá
condições de acolher os não crentes, nem terá autoridade para atuar junto à
outras famílias na comunidade em que está inserida.
A
família fortalecida na igreja é tão importante que o apóstolo Paulo aconselhou
o pastor Timóteo a respeito da qualidade de um candidato ao episcopado. O
apóstolo destaca a relação do aspirante com a própria família: "Convém,
pois, que o bispo [...] governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria
casa, terá cuidado da igreja de Deus?) (1 Tm 3. 2,4,5). Aqui, ele expressa o
impacto do relacionamento familiar com a funcionalidade da igreja local.
Famílias desgovernadas, inevitavelmente, geram uma Igreja sem direção.
2 A família como extensão
da igreja.
Além de a família ser o elemento básico da funcionalidade da igreja local, ela
é a própria extensão desta. Descrevendo a respeito do culto doméstico, o
saudoso pastor Estevam Ângelo disse: “Se a família quiser assistir a sete cultos
a mais por semana, fazendo o culto doméstico, terá uma Igreja em casa". É
verdade' Além de cultuar a Deus, a família representará o reino divino na
vizinhança, no bairro e no mundo. O próprio .Jesus falou: Porque onde estiverem
dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mt 1 S.20).
Portanto,
podemos fazer de nossa família uma extensão da Igreja de Cristo e representar
seu Reino neste mundo.
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
A
família é o elemento básico para a boa funcionalidade da igreja locai.
II - A
IGREJA ACOLHENDO AS FAMÍLIAS
1. A natureza humana
da igreja.
A etimologia da palavra igreja remonta a natureza humana do Corpo de Cristo.
Mateus 18. 17 e Atos 15. 4 expressam ekklêsia (igreja) como reunião de pessoas,
povo ou assembleia em nome do Senhor Jesus. É uma instituição composta de seres
humanos dotados de sentimentos, desejos e volição. Nesse caso, a igreja é
"humana" em sua constituição e composição.
2 A dimensão
relacional da igreja.
Onde há pessoas, há relacionamentos, A Santíssima Trindade nos mostra um Deus
relacional. As trinas pessoas relacionam-se comunitária, intensa e
espontaneamente. (Mc 1. 9-13; Jo 5.17,19-28). Assim, a igreja expressa a
dimensão relacional da Santíssima Trindade entre os seus membros. É ai, que a
família cristã está habilitada a relacionar-se como Igreja de Cristo, tanto com
o Pai (Mc 12. 30) como com o próximo (Mc 12.31). Assim, a igreja está pronta
para acolher as famílias e suas idiossincrasias.
3. O relacionamento
familiar na igreja.
Não há dúvidas de que servir a Deus numa igreja local juntamente com toda a
família é uma bênção. No entanto, para que este relacionamento continue a abençoar
vidas é preciso zelar pelos seguintes princípios: (l) Na igreja local, a família
não deve se fechar em si mesma: (2) Não deve haver motivações que desrespeitem
a liderança constituída ou a qualquer outra pessoa; (3) A família deve investir
tempo para se relacionar com outras famílias também.
4. A família do
obreiro.
O exercício do ministério não dispensa o obreiro de sua responsabilidade como
esposo e pai Infelizmente, em algumas igrejas locais, é comum cobrarem da
família do pastor um padrão de perfeição que nem o Evangelho preceitua.
Prevenção ao pecado e vida de retidão na presença de Deus e diante da sociedade
são atributos peculiares a toda família cristã. Porém, é preciso reafirmar que
a família do pastor é igual à de qualquer outra pessoa A esposa do pastor tem
nome, e os filhos também, e precisam dos mesmos cuidados que as demais famílias
da igreja precisam.
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
A
igreja local é uma instituição Composta de distintos seres humanos. Aqui está a
dimensão humana da Igreja.
III - A
FAMÍLIA NA IGREJA LOCAL
1. A comunhão da
família. No
Salmo 133.1 lemos: "Oh! Quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em
união!". Apesar de alguns pregadores interpretarem este texto de maneira,
alegórica, dando a ele uma simbologia espiritual, neste versículo o salmista
Davi se refere á família de irmãos de sangue em crise, ou, de acordo com
Matthew Henry, o homem segundo o coração de Deus escreve "esse salmo por
ocasião da união entre as tribos quando todas elas se uniram unânimes para
fazè-lo rei' Logo, o Salmo davídico pronuncia a benção para uma família que
anda em comunhão: Irmãos e irmãs que vivem em paz no lar e fora dele são tão
valiosos quanto o óleo que ungiu Arão, o sumo sacerdote. Numa casa pacifica e unida,
as bênçãos do Senhor se manifestam.
2. Envolvendo-se com
o Corpo de Cristo.
A leitura bíblica em classe, particularmente os versículos 7, 11, 12, 13 e 15, destaca
o exemplo de familiares unidos pela causa do Evangelho. O apóstolo Paulo muito
se contentou com o esforço empregado em cada família na causa do Reino de Deus.
Quando a família sente-se alegre em ir à igreja para adorar a Deus é uma grande
bênção (Sl 122. 1). Ela participa ativamente do culto e não se porta como mera
assistente. São momentos preciosos que influenciarão a família por toda a vida.
3. Toda a família na
casa de Deus.
A igreja local é o espaço religioso onde adoramos a Deus e proclamamos o
Evangelho. Nada pode impedir este ideário cristão. Por isso, a família chamada
por Deus é convocada a depositar o seu talento na causa do Evangelho. No ensino
na pregação, na música ou qualquer outra atividade que vise pregar o evangelho
e edificar a Igreja de Cristo. a família cristã deve estar lá. Não deixe de ir
aos cultos, à Escola Dominical e aos encontros da sua Igreja. Esta rotina
glorificará a Deus, e edificará você e a sua família.
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
Toda
a família deve se envolver com as atividades da igreja. Ali, é o espaço
religioso onde adorados a Deus e proclamamos o Evangelho de Jesus.
CONCLUSÃO
Na
lição desta semana vimos que a família é o elemento básico da igreja local.
Esta, por sua vez, deve ser uma comunidade acolhedora de famílias carentes. E a
família chamada por Deus, tem o privilégio de servir ao Altíssimo juntamente
com outras famílias numa igreja local. Aqui, somos ensinados, edificados e exortados
a representar o Reino de Deus neste mundo moderno.
Portanto,
não perca tempo: envolva-se com a sua igreja local, pois esta precisa de você e
toda a Sua família.
AUXÍLIO BIBLIOGRAFICO
I
Subsidio
Vida Crista
"Em
plena época do Cristianismo, à luz das ricas revelações bíblicas, fatos que
ocorreram há milhares de anos tornam a se repetir. Os desígnios de Deus se
chocam com as atitudes dos homens, que não somente vivem no chamado 'século das
luzes', mas também dizem ser iluminados pelo Espírito Santo de Deus. Reportemo-nos
aos exemplos das boas relações entre Jovens e velhos, de um período de 1500 a.
C, com Moisés e Josué, até aos dias de Paulo e Timóteo, ocasião em que a luz
dos conhecimento quer seculares, quer espirituais, era incompativelmente mais
fraca e as revelações de Deus esporádicas. Se pela vontade e orientação de
Deus, esses homens da Antiguidade foram capazes de evidenciar um relacionamento
exemplar, por que entre os cristãos de hoje, constata-se a realidade dos
abismos de gerações? Por que há tanta divergência até entre pais e filhos que
têm em mãos a infalível Palavra de Deus? Por que muitos pais, ao nascerem os
filhos, recebem-nos com desgosto? Por que tanta insubmissão aos velhos? Por que
há filhos que se sentem tão independentes dos pais, mesmo quando dependem deles
para tudo?” (SOUZA, Estevam Ângelo. ...e fez Deu s a família: O padrão divino
para um lar feliz. 1 .ed Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.251-252).
AUXÍLIO BIBLIOGRAFICO II
Subsídio
Teológico Pastoral
“A Família do Pastor
Um
recente best-seller sobre o ministério pastoral contém um capítulo intitulado
‘Alerta: O ministério Pode Ser uma ameaça para Sua Família’. Por mais chocante
que seja, o titulo reflete com precisão a realidade do ministério pastoral
hoje. Uma pesquisa pastoral realizada em 1992, puplicada em um importante
jornal, descobriu as seguintes dificuldades significativas que produzem
problemas conjugais nas famílias dos pastores:
81%
tempo insuficiente em conjunto
71%
uso do dinheiro
70%
nível de renda
64%
dificuldade de comunicação
63%
expectativas da congregação
57%
quanto ao lazer
53%
dificuldades na criação dos filhos
46%
problemas sexuais
41%
rancor do pastor com relação a esposa
35%
diferenças quanto a carreira ministerial
Hoje
em nossos dias, ninguém questiona o fato óbvio de que a maioria dos pastores e
suas famílias estão sofrendo pressões cada vez maiores por causa do ambiente em
que estão ministrando. Isso não é de surpreender quando se reflete sobre a
natureza do ministério. Considere estas pressões envolvidas no pastorado:
1.
O pastor envolve-se com o humanamente impossível – lida com o pecado na vida
das pessoas.
2.
O pastor cumpre um papel que nunca se completa – resolve problemas que vão se
multiplicando.
3.
O pastor serve sob uma credibilidade cada vez mais questionada aos olhos da
sociedade.
[...]
8. O pastor e a sua família parecem viver em um aquário que todos podem
observar.
[...]
10. Como figura pública, o pastor pode receber as mais dura críticas tanto da
comunidade como da congregação.
Ninguém
que reflita um pouco pode negar que o ministério é potencialmente perigoso para
o casamento e a família do pastor. Mas seria isso mesmo? Ou melhor, é
necessário que seja assim? Ou mais importante, Deus quer que seja assim?
(MACARTHUR, John JR. (Ed.). Ministério pastoral: Alcançando a excelência no
ministério cristão. 7. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 163-164).
VOCABULÁRIO
Volição:
Ato pelo qual a vontade se determina a alguma coisa. Idiossincrasias: Maneira
de ver, sentir, reagir própria de cada pessoa.
EXERCÍCIOS
1.
De acordo com a lição, que importância não pode ignorar em relação a família?
R:
A funcionalidade da igreja local junto a família.
2.
Além de ser a elemento básico da funcionalidade da igreja, a que é a família?
R:
É a extensão da igreja local.
3.
Descreva a natureza humana da igreja?
R:
A igreja é uma instituição composta de seres humanos dotados de sentimentos,
desejos e volição.
4. Que
bênção o salmo davidico pronuncia?
R:
Irmãos e irmãs vivendo em paz é como a preciosidade do óleo que ungiu o sumo
sacerdote Arão.
5- Você
e o sua família se envolvem com a sua igreja local?
R: Resposta
pessoal.
BIBLIOGRÁFIA SUGERIDA
LIMA,
Elinaldo Renovato der Ética. Cristã: Confrontando os Questões Morais do Nosso
Tempo. I. ed - Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
SOUZA,
Estevam Ângelo. fez Deus a família: o padrão divino para um lar feliz. 1. ed. R.io
de Janeiro; CPAD, I 999.
HUGHES,
Barbara; Kent, Disciplinas da Família Crista. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2006.
Revista Ensinador Cristão CPAD.
n° 54, p.42.
A
família tem importante participação na igreja. Pelo que se entende do Livro de
Atos, a igreja cresceu muito nos lares, pois, por causa da perseguição, as reuniões
começaram a ser feitas em residências familiares. Quando Pedro foi aprisionado
por Herodes na época da páscoa, a igreja estava em contínua oração pelo
apóstolo a Deus na casa de João Marcos, até que ele foi solto. O Espírito Santo
de Deus desceu em uma reunião na casa de um centurião chamado Cornélio,
enchendo a todos de forma que falaram em línguas da mesma forma que os
seguidores de Cristo em Jerusalém falaram. Portanto, não devemos nos
surpreender com a interação entre igreja e família descrita na Palavra de Deus.
A
igreja é formada por famílias. A unidade familiar é preponderante para a
formação da igreja local. Temos ciência de que há diversas pessoas que congregam
em nossas igrejas sem que suas famílias (pais, irmãos, avós, cônjuges ou
filhos) pertençam à fé evangélica, mas isso não diminui a qualidade daquela
pessoa, pois ali existe uma representação familiar. Aquela pessoa ora a Deus
por seus familiares.
A
igreja fortalece a família. Se por um lado a igreja deve ser composta de
famílias, é certo que a igreja fortalece os relacionamentos familiares e a
comunhão entre irmãos congregados. Na igreja, a família é fortalecida por meio
do ensino cristão sistemático, respeitadas as devidas faixas etárias com suas
necessidades próprias. Na igreja a família aprende a ter comunhão com outras
pessoas e famílias, aprende a contribuir para o sustento do templo, a
desenvolver seus talentos e o poder da oração.
A
família do obreiro - Nossos ministros precisam de nossas orações não apenas por
eles mesmos, mas também por suas famílias. Não raro, há obreiros \ que são
atacados indiretamente por Satanás, que atingindo a família deles, os atinge
também. É triste ver um filho de pastor fora dos caminhos do Senhor, mas é
ainda mais triste ver que na congregação há pessoas que murmuram e acusam o
ministro por essa situação. Ao invés de orarem por seu pastor e pela família
que ele tem, falam mal do obreiro, mas quando um dos seus precisa de oração, é
ao pastor que recorrem pedindo oração e até visitas! Aprendamos a interceder
por nossos ministros e por suas famílias, pois são alvo dos ataques do Inimigo.
Demonstremos amor por nossos líderes apresentando seu lar ao Senhor, para que
toda a família possa estar diante de Cristo, pois um dia nós mesmos podemos precisar
dessas orações.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÁO
A igreja local tem
grande valor para a formação espiritual das famílias cristãs.
E a única instituição
em que o cristão e sua família podem apoiar-se, neste mundo de mudanças e
incertezas, sendo abençoado por Deus em todas as áreas da sua vida. Os lares em
geral estão sofrendo terríveis ataques das intempéries espirituais que combatem
contra a família, e muitos não têm resistido e sucumbido espiritualmente. A
escola é uma instituição prejudicada pelas falsas visões de mundo, sendo
dominadas pelo materialismo. Só resta a igreja, fundamentada na Palavra de Deus
como ponto de apoio espiritual e moral para a família.
I - CONCEITOS
IMPORTANTES
1. A Igreja no
sentido universal.
Nesse aspecto, Ela é
chamada de o “Corpo de Cristo”, ou a “Noiva do Cordeiro”. Essa é formada por
todos os crentes, salvos, vivos (ou mortos), santos e fiéis. Só pode ser vista,
ao mesmo tempo, por Deus, que, do seu trono, vê todas as pessoas, e todas as
coisas, num “eterno agora”, no dizer de um grande teólogo. Como tal, a Igreja é
um organismo espiritual, tendo Cristo como a Cabeça (Cl 1.18) e os crentes como
seu Corpo. A Igreja, nesse aspecto, tem a administração espiritual, sobrenatural,
sob a direção do Espírito Santo (Jo 14.26). Só precisamos colocar-nos sob sua
dependência e tudo funciona bem.
É a essa Igreja que
se refere o escritor do livro de Hebreus (Hb 12.22,23). Nessa Igreja (com “i”
maiúsculo), só os salvos de verdade estão incluídos, tantos vivos, como os que
já morreram, desde a fundação do mundo.
2. A igreja no
sentido local.
No âmbito da igreja
local, Ela é formada por pessoas que se unem, e se reúnem, para adorar e servir
a Deus, em um determinado lugar (bairro, região, país, etc.), e é formada pelos
crentes, salvos (ou não), e pode ser vista por Deus, e, também, pelas pessoas
em geral. No meio dessa igreja (local), estão “o trigo” e “o joio”, ou seja, os
crentes fiéis, e, ao mesmo tempo, aqueles que não são fiéis, ou santos.
Como organização, a
igreja precisa de direção, de atividades, normas, de estatutos, e de ações
humanas. É a igreja local o ambiente especial, consagrado para Deus, a fim de
que as famílias e as pessoas em geral se reúnam para a adoração, para a
pregação, o ensino, o discipulado e a assistência espiritual, moral ou social
de que necessitem.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
136-137.
Igreja.
A Igreja foi
instituída muitos anos depois, devido ao fato de a família e o governo terem fracassado
na função de proteger o homem de si mesmo e do próximo.
O pecado básico do
egoísmo ou da vontade própria, que dominava o coração do homem, havia levado a
sociedade a uma condição terrível, de tal forma que a maioria dos seres humanos
eram escravos de outros. E foi a esse ambiente pecaminoso que Deus enviou seu
Filho, Jesus Cristo, para morrer pelos pecados do homem, a fim de que este
pudesse "renascer" e obter uma nova natureza.
Essa natureza o
capacitaria a obedecer aos princípios, provados pelo tempo, e que o fariam chegar
à felicidade e à realização pessoal: os princípios revelados na Palavra de
Deus. E foi para ensiná-los aos homens que Ele fundou a Igreja.
O objetivo básico da
Igreja que Jesus Cristo prometeu fundar era ensinar o Evangelho e os mandamentos
de Deus (Mt 28.18-20).
Sempre que uma Igreja
realiza sua obra de maneira positiva, ela fortalece as famílias que a compõem,
e elas atuam como fator de estabilidade da sociedade, dando como resultado
liberdade e oportunidades, que ainda não foram igualadas pelas culturas pagãs
existentes no mundo. Quando a Igreja falha em sua função de ensinar, tanto a
família como a sociedade sofrem as consequências disso.
Os melhores
casamentos e famílias que há hoje em dia são os de lares cristãos, cujos
membros frequentam assiduamente uma igreja que ensina os princípios bíblicos
para o viver cristão. Os jovens que saem desses lares são a esperança do mundo,
para a liderança do futuro.
O lar e a Igreja não
são instituições situadas em campos opostos, mas, sim, instituições que se sustentam
mutuamente. Na verdade, se não fosse pela Igreja, os humanistas de nossos dias
- com suas doutrinas de que não existem valores absolutos e de que cada
indivíduo deve fazer o que tem vontade – já teriam destruído nossa cultura.
Dando pouco ou nenhum
valor ao lar, eles já o teriam abolido se pudessem, passando ao governo a tarefa
de criar os filhos menores. Isso poderia dar certo no que diz respeito ao
controle da mente, mas certamente destruiria a liberdade do homem, sua felicidade
e realização pessoal. Qualquer coisa que for nociva ao lar é inimiga da
sociedade, e o humanismo se tornou o maior fator de destruição da família em
nossa cultura.
IBADEP.
Família Cristã. pag. 28-29.
I -
FAMÍLIA: O ELEMENTO BÁSICO DA IGREJA
1 - Sem a família a igreja não funciona.
O pastor (1 Tm 3:1-7)
De acordo com o Novo
Testamento, os termos "bispo", "pastor" e
"presbítero" são sinônimos. A palavra bispo significa
"supervisor", e os presbíteros têm a responsabilidade de
supervisionar o trabalho da igreja (At 20:17, 28; 1 Pe 5:1-3).
"Presbítero" é a tradução do termo grego presbutes, que significa "um
ancião". Paulo usa o termo presbitério em 1 Timóteo 4:14, referindo-se não
a uma denominação, mas ao conjunto de presbíteros da assembleia que ordenaram Timóteo.
Os presbíteros e bispos (dois nomes para o mesmo cargo, Tt 1:5, 7) eram pessoas
maduras, com sabedoria espiritual e experiência espiritual. Por fim, o termo "pastor"
também tem o sentido de "pastor de ovelhas", aquele que conduz e
cuida do rebanho de Deus.
Quando comparamos as
qualificações apresentadas nesta passagem para os bispos com aquelas
apresentadas para os presbíteros em Tito 1:5-9, vemos que, na verdade, todas se
referem ao mesmo cargo. No período apostólico, a organização da igreja era
bastante simples: havia os pastores (bispos, presbíteros) e os diáconos (Fp
1:1). Ao que parece, vários presbíteros supervisionavam o trabalho de cada
igreja, alguns deles encarregados de "presidir" (trabalhar com a
organização e o governo), outros, de ensinar (1 Tm 5:1 7).
Mas era necessário
que esses homens fossem qualificados. É bom um cristão que está crescendo na fé
aspirar ao cargo de presbítero, mas a melhor maneira de alcançá-lo e de
desenvolver o caráter cristão é preencher os requisitos discutidos a seguir.
Tornar-se
presbítero/bispo é uma decisão séria, que não era tratada levianamente na Igreja
primitiva. Paulo apresenta dezesseis qualificações que deveriam estar presentes
no homem que desejava servir como presbítero/bispo/pastor.
Irrepreensível (v.
2a).
Esse termo significa, literalmente, "sem ter por onde pegar", ou
seja, não deve haver em sua vida qualquer coisa que Satanás ou um incrédulo possa
usar como um motivo para criticar ou atacar a igreja. Nenhum homem é impecável,
mas devemos nos esforçar para ser irrepreensíveis e não merecer qualquer
censura.
Esposo de uma só mulher
(v. 2b).
Todos as qualificações desta passagem são masculinas.
Apesar de haver amplo
espaço para o ministério feminino na congregação local, o cargo de presbítero
não está aberto a mulheres. No entanto, a vida do pastor em casa é importante,
especialmente no que diz respeito a sua situação conjugal (o mesmo requisito aplica-se
aos diáconos, de acordo com 1 Tm 3:12). Significa que um pastor não deve ser
divorciado e casado pela segunda vez. Sem dúvida, Paulo não está se referindo à
poligamia, pois nenhum membro da igreja, muito menos um pastor, seria aceito se
tivesse mais de uma esposa. Também não está se referindo ao segundo casamento
de viúvos, pois, tendo em vista Gênesis 2:18 e 1 Timóteo 4:3, por que um pastor
nessa situação seria proibido de se casar novamente?
Por certo, os membros
da igreja que haviam perdido o cônjuge poderiam se casar de novo, então por que
impor tal exigência ao pastor?
É evidente que a
capacidade de um homem em conduzir o próprio casamento e lar indica sua
capacidade de administrar a igreja local (1 Tm 3:4, 5). O pastor que se divorcia
expõe a si mesmo e à igreja às críticas de pessoas de fora e, dificilmente, membros
da congregação que passam por problemas no casamento se aconselharão com um
pastor que não conseguiu manter a integridade do próprio casamento. Não vejo
motivo algum que impeça cristãos consagrados que tenham se divorciado e casado novamente
de servir em outros cargos da igreja, mas são desqualificados para os cargos de
presbítero e de diácono.
Temperante (v. 2c). Significa
"sóbrio".
"Que demonstra
temperança em todas as coisas" (2 Tm 4:5, tradução literal) ou "que mantém
a cabeça no lugar em todas as situações".
O pastor precisa
exercitar o julgamento sóbrio e sensato em todas as coisas.
Sóbrio (v. 2d). Deve ter seriedade
em sua atitude e em seu trabalho. Isso não significa que não possa ter senso de
humor ou que deva ser sempre taciturno e solene. Antes, indica que ele sabe o
valor das coisas e não vulgariza o ministério nem a mensagem do evangelho com
um comportamento tolo.
Modesto (v. 2e). Uma boa tradução
para esse termo é "ordeiro". O pastor deve ser organizado em sua
forma de pensar e de viver, bem como no ensino e na pregação.
Trata-se do mesmo
termo grego usado em 1 Timóteo 2:9 ("modéstia") com referência aos
trajes das mulheres.
Hospitaleiro (v, 2f). Literalmente,
"que ama o forasteiro". Esse era um ministério importante da Igreja
primitiva, quando os cristãos que viajavam precisavam de um lugar para se
hospedar (Rm 12:13; Hb 13:2; 3 Jo 5-8). Mas mesmo nos dias de hoje, o pastor e
a esposa que demonstram hospitalidade são de grande ajuda para a comunhão da igreja
local.
Apto para ensinar (v.
2g).
O ensinamento da Palavra de Deus é um dos principais ministérios do presbítero.
Na verdade, muitos estudiosos acreditam que "pastores e mestres", em
Efésios 4:11, se refere a uma só pessoa com duas funções. Um pastor é, automaticamente,
um mestre (2 Tm 2:2, 24).
Phillips Brooks,
famoso bispo norte-americano do século XIX, disse: "A aptidão para ensinar
não é algo que se obtém por acidente nem por um irrompimento de zelo
ardente".
O pastor deve ser um
estudioso dedicado da Palavra de Deus e de tudo o que o ajude a conhecer e a
ensinar a Palavra. O pastor que tem preguiça de estudar é uma calamidade no
púlpito.
Não dado ao vinho (v.
3a).
O termo no original descreve uma pessoa que passa um longo tempo com uma taça
de vinho na mão e, portanto, bebe em excesso. O fato de Paulo aconselhar
Timóteo a usar vinho com fins medicinais (1 Tm 5:23) indica que não se exigia a
abstinência total dos cristãos. Infelizmente, alguns dos membros da igreja de Corinto
embebedavam-se até nas refeições de comunhão que acompanhavam a Ceia do Senhor
(1 Co 11:21). Os judeus diluíam o vinho com água para que não ficasse forte demais.
Naquele tempo, sabia-se que a água não era pura, de modo que seria mais saudável
beber com moderação o vinho diluído.
Existem, porém,
diferenças enormes entre o uso cultural do vinho nos tempos bíblicos e o
subsídio da indústria do álcool hoje. A admoestação e exemplo de Paulo, em Romanos
14 (especialmente Rm 14:21), se aplica, de modo especial, a nosso tempo.
Um pastor piedoso
certamente deseja dar o melhor exemplo possível e não ser uma desculpa para o
pecado na vida de alguns irmãos mais fracos.
Não violento (v. 3b). "Que não seja contencioso
nem procure briga." Charles Spurgeon dizia aos alunos do seminário: "Não
andem pelo mundo afora com os punhos fechados, prontos para lutar e carregando um
revolver teológico na perna das calças".
Cordato (v. 3c). Uma tradução mais
apropriada seria "amável". O pastor deve ouvir as pessoas e ser capaz
de aceitar críticas sem reagir. Deve permitir que outros sirvam a Deus na
igreja sem fazer imposições.
Inimigo de contendas
(v. 3d).
Os pastores devem sempre ser pacificadores, não agitadores. Isso não significa
fazer concessões indevidas em questões de fé, mas discordar sem ser
desagradáveis. Quem tem pavio curto, normalmente, não tem um ministério longo.
Não avarento (v. 3e). Paulo fala mais
sobre o dinheiro em 1 Timóteo 6:3ss. Os que não têm consciência nem integridade
podem usar o ministério como um modo fácil de ganhar dinheiro. (O que não
significa que os pastores ganhem tão bem na maioria das igrejas!) Os pastores
cobiçosos sempre têm "negócios" paralelos, e tais atividades
corrompem seu caráter e servem de empecilho a seu ministério. Os pastores não
devem trabalhar "por sórdida ganância" (1 Pe 5:2).
E possível cobiçar
muitas coisas além de dinheiro: popularidade, um ministério grandioso que lhe
dê projeção, cargos mais elevados dentro da dominação.
Uma família temente a
Deus (w. 4, 5).
Isso não significa que o pastor deva ser casado ou, se for casado, que deva ter
filhos. No entanto, é provável que o casamento e a família façam parte da
vontade de Deus para a maioria dos pastores. Se os próprios filhos de um
indivíduo não lhe obedecem nem o respeitam, dificilmente sua igreja lhe obedecerá
e respeitará sua liderança. Para os cristãos, a igreja e o lar são uma coisa
só.
Devemos administrar
ambos com amor, verdade e disciplina. O pastor não pode ser uma pessoa em casa
e outra na igreja. Se isso acontecer, seus filhos perceberão, e haverá problemas.
Os termos "governe" e "governar", em 1 Timóteo 3:4, 5,
significam "presidir sobre algo, dirigir", e indicam que é o pastor
quem dirige os negócios da igreja (não como um ditador, obviamente, mas como um
pastor amoroso cuidando de seu rebanho - 1 Pe 5:3). O termo traduzido por "cuidar",
em 1 Timóteo 3:5, indica um ministério pessoal às necessidades da igreja. É usado
na parábola do bom samaritano para descrever o cuidado deste para com o homem ferido
(Lc 10:34, 35).
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo.
N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 285-287.
1 Tm 3.1-13 A palavra
bispo (ou ancião) pode se referir a um pastor, a um líder da grega. ou ao
pastor presidente. £ louvável desejar ser um líder espiritual, mas os padrões
exigidos são altos Paulo enumera algumas das qualificações aqui. Você |á ocupa
uma posição de liderança espiritual, ou gostaria de ser líder algum dia?
Compare sua vida aos padrões de excelência de Paulo. Aqueles quo têm grandes
responsabilidades devem satisfazer a altas expectativas.
1 Tm 3.1-13 As listas
de qualificações para a liderança da igreja mostram que, viver uma vida
irrepreensível e pura exige esforço e autodisciplina. Todos os crentes, ainda
que nunca planejem ser líderes da igreja, devem se esforçar para seguir estas
diretrizes porque são compatíveis com o que Deus diz ser verdadeiro e correto.
A torça para viver de acordo com a vontade de Deus vem de Cristo.
1 Tm 3.2 - Ao dizer
que todo bispo deveria ser fiel à sua esposa. Paulo esta proibindo tanto a
poligamia como a promiscuidade. Isto não impede que um jovem solteiro se torne
bispo, nem que um ancião viúvo se case novamente.
1 Tm 3.4,5 Os
trabalhadores e voluntários cristãos às vezes cometem o erro de pensar que seu
trabalho é tão importante que eles o usam como justificativa para ignorar suas
famílias. A liderança espiritual, porém, deve começar em casa. Se um homem não está
disposto a cuidar, disciplinar, e ensinar seus filhos, não está qualificado
para liderar a igreja. Não permita que suas atividades voluntárias diminuam
suas responsabilidades familiares.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag.
1704.
Bispo ( gr.
episkopos)
(1 Tm 3.2; At 20.28;
Fp 1.1; Tt 1.7)
O termo grego
episkopos significa aquele que supervisiona.
No Novo Testamento, o
bispo ou ancião é aquele que supervisiona uma congregação. Em Atos 20.17,28, os
anciãos, os bispos, da igreja em Éfeso são chamados a cuidar do rebanho. Tais
presbíteros eram responsáveis pelas questões internas da igreja; e, ao que
parece, havia vários deles em posição de tal responsabilidade em toda igreja local
(At 14.23; Tt 1.5-7). Após a época inicial do Novo Testamento, tornou-se
costume, então, designar um presbítero especificamente como dirigente e dar-lhe
o título próprio de bispo.
1 Tm 3.1-16 — Na
discussão sobre como se portar na casa de Deus, Paulo se volta agora para o
líder. Há dois oficiais na igreja, segundo as Escrituras: o bispo (gr.
episkopos), pastor, ministro ou presbítero e o diácono (gr. diakonos). O pastor
ou pregador do evangelho deve viver para o evangelho e do evangelho (1 Co
9.14). É este o seu chamado.
O diácono serve na
igreja local, mas não vive somente para esse fim nem desse serviço; nenhuma passagem
diz que seja chamado para isso, inclusive como forma de sustento. Não há
padrões duplos de vida cristã. O que deve se aplicar a todo cristão tem de se aplicar
aos líderes na casa de Deus. E muito adequado que haja padrões de conduta para
os líderes em uma igreja local. Aqui está uma boa lista como referência.
1 Tm 3.1 —
Episcopado. Esta palavra grega se refere a uma pessoa que se encontra na
posição de supervisionar uma congregação cristã. Em muitas passagens do Novo
Testamento, as palavras gregas para bispo e presbítero são usadas de forma
alternada como referência ao mesmo cargo (Tt 1.5-7).
1 Tm 3.2 —
Irrepreensível significa alguém não sujeito a punição ou repreensão. A ideia
não é que um bispo ou ministro não cometa mais pecado, mas, sim, que mostre uma
conduta cristã madura e consistente que não dá margem para vir a ser acusado de
algum erro grave. O sentido literal de marido de uma mulher é o tipo de homem
de uma só mulher. Essa expressão tem sido interpretada como uma forma de
excluir do cargo todos os que sejam imorais ou polígamos, ou como referência
específica àqueles que se casem novamente após uma separação ou divórcio. É uma
qualificação também para os diáconos (v. 12). Sóbrio significa sem bebida, lúcido;
significa ter controle do próprio corpo e da mente. E um estado de espírito de
equilíbrio, resultante de autocontrole. Honesto significa sincero e
disciplinado. Hospitaleiro significa que recebe bem os estranhos. A casa de um
ministro cristão deve estar aberta aos propósitos do ministério.
Apto para ensinar
também poderia ser traduzido por qualificado para ensinar ou que se dispõe a
ensinar. Uma vez que tem a ver com caráter, parece melhor entender essa
qualificação como de alguém que se ispõe
a ensinar, como uma necessidade para o homem de Deus (1 Timóteo 5.17; 2 Timóteo
2.24; Tito 1.9 mostram a exigência de o presbítero ser capaz de ensinar).
1 Tm 3.3 — Não dado
ao vinho significa não viciado em bebida alcoólica. Não espancador tem sido
traduzido também por não violento. O bispo ou presbítero não deve ser propenso
a briga, a violência e a querer agredir fisicamente as pessoas.
Não cobiçoso de torpe
ganância. Não deve ter uma atitude egoísta em relação ao dinheiro ou aos bens.
Isso é também uma advertência para os líderes de igrejas quanto à devida
administração das finanças da casa de Deus.
Não contencioso
significa que não discute, não cria problemas; é a qualidade do homem pacífico.
O bispo ou presbítero
deve contender pela fé, sem ser contencioso. Não avarento significa
literalmente que não ama a prata (1 Tm 6.9). Observe que essa é a segunda
advertência aqui sobre dinheiro.
Alguns presbíteros em
Éfeso estavam recebendo ajuda financeira para o ministério (1 Tm 5.17,18).
Paulo os exorta para que não deixem que o desejo de obter seu ganho se tome sua
maior prioridade.
1 Tm 3.4 — Governe
significa que se coloque diante de, ou administre.
A sua própria casa. O
presbítero deve administrar bem sua própria família. Seus filhos devem
submeter-se à sua liderança com modéstia e respeito.
1 Tm 3.5 — Se um
ministro for incapaz de governar a própria família, não terá cuidado
devidamente de sua igreja. Ao passar de governar para ter cuidado, Paulo
enfatiza o carinho do presbítero em sua função de apascentar a igreja local.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
2 - A família como extensão da igreja.
Podemos dizer que o
lar deve ser uma extensão da igreja, e a igreja, uma extensão do lar. A família
de Deus deve viver e conviver no ambiente do lar, de tal forma que a presença
de Deus possa ser sentida, no seu seio, não apenas quando seus membros reúnem-se
na igreja local.
Quando uma família
serve a Deus, e os pais cultivam o saudável costume de realizar o culto
doméstico, os filhos valorizam o lugar onde se adora ao Senhor coletivamente.
Para que a família,
ou o lar, seja uma extensão da igreja local, é da maior importância que, no
lar, haja um ambiente espiritual, que valorize a adoração a Deus. Se
adolescentes e jovens, além de viverem plugados na internet, passam horas
diante da televisão secular, assistindo novelas e outros programas alienantes,
será muito difícil alcançar-se esse objetivo de ver a família integrada na
igreja. A solução para possibilitar essa integração família-igreja e vice-versa
é a realização do culto doméstico.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 137.
Através do CULTO
DOMÉSTICO,SI 100.O segredo de se conseguir uma boa vida em família é simplesmente
promover o relacionamento da família com Jesus Cristo. O culto doméstico é uma
das formas de promover este relacionamento com Jesus, e trazer Deus para a
família.
Apesar de o culto
doméstico tomar muito pouco do nosso tempo, a maioria sempre tem alguma
desculpa para não realizá-lo. Vejamos alguns motivos apresentados para não se
realizar o culto doméstico: Nem todos almoçam ou jantam à mesma hora.
Atividades extracurriculares.
Não sabemos como
fazê-lo. Não temos tempo. Não recebemos instruções neste sentido. Acho que não
saberíamos conduzir as coisas. Não sei orar. Nunca oramos em voz alta. Não
sabemos orar tão bem como os outros. Não saberíamos começar. Minha esposa pode
tomar a iniciativa. Eu ficaria meio acanhado e as crianças também. Essa
objeções nada mais são do que meras desculpas. Se uma família não sabe orar em
conjunto, na certa é uma família que também não "conversa".
1) Como Realizar O
Culto Doméstico. A Oração às refeições. Sugerindo um plano de oração:
♦ Segunda feira: a "oração da
fé". Cada um escolhe um motivo de oração.
♦ Terça feira: oração pelos membros da
família, próximos e distantes.
♦ Quarta feira: a oração do Pai Nosso.
♦ Quinta feira: oração pelos
missionários.
♦ Sexta feira: oração de confissão. Cada
pessoa confessa um pecado seu que está perturbando a paz da família.
♦ Sábado: oração pela igreja.
♦ Aos domingos: nosso culto é o da
igreja. Louvor, hinos, corinhos, etc. Leitura de um texto das Escrituras. Uma
Palavra sobre o que foi lido, do Pai, da Mãe ou de um dos filhos. Todos devem
participar da oração, do cântico e da leitura da Bíblia.
Apresentando os
filhos para Deus. (I 1 Ts 1.7; Jó 1.5; Hb7.25).
1. A oração
sacerdotal dos pais. Feliz é o filho que, vez por outra, encontra o pai ou a
mãe de joelhos, ou os vê levantarem cedo, ou dirigem-se a um lugar à parte em
busca da comunhão do Senhor.
A oração não é um
mero exercício espiritual. É uma transação que se realiza com Deus. Em uma casa
onde o altar da oração está de pé, ali o diabo não terá vez para armar a sua
tenda, pois só Jesus reinará como Senhor.
2. Apresentando
através da benção, Mc 10.6; Ex. Abraão, Jacó e Jesus, Hb 11.20: Gn 48.15
SILVA. Josué Gonçalves da. Família Os segredos do
sucesso de uma família bem ajustada. Editora Mensagem Para
Todos.
II - A
IGREJA ACOLHENDO AS FAMÍLIAS
1. A natureza humana da igreja.
A
IGREJA ACOLHENDO AS FAMÍLIAS
A maior parte das
famílias, no mundo atual, está desorientada, sem rumo e sem segurança, em
direção à eternidade. O espírito do anticristo trabalha diuturnamente para
destruir a instituição familiar. A Igreja do Senhor Jesus Cristo é a única
entidade, no mundo, que se preocupa com o futuro espiritual da família. E no
ambiente da igreja local, que a comunidade em sua volta pode descobrir que
existe uma proposta relevante para o fortalecimento do casamento, do lar e da
família.
Em todos os lugares
onde há pessoas, há problemas de relacionamento humano. A igreja, no seu
aspecto local., não poderia ser diferente.
Ela não é formada por
anjos, ou por espíritos, mas por pessoas, de carne e osso, com suas virtudes e
defeitos. Só a igreja no seu sentido universal, como noiva do Cordeiro, é que
não tem problemas ou defeitos. As lideranças cristãs devem atentar bem para a
realidade humana, na igreja local.
Não há mais lugar,
nos tempos presentes, para governos autocráticos e prepotentes, que dirigiam a
igreja como se fossem seus donos ou seus capatazes, com poderes absolutos sobre
as vidas das pessoas e de suas famílias.
Esse estilo foi
causador de muitas divisões e descontentamentos, e matou muitas pessoas,
excluídas por motivos banais, sem fundamento bíblico. Esse tempo passou.
Por outro lado, não
se deve admitir que a igreja local é espaço para o governo democrático, no
sentido sociológico da palavra, como “governo do povo, pelo povo e para o
povo”. Esse estilo também mata.
Conduz o povo ao
liberalismo e ao relativismo, que ignora os ditames da Palavra de Deus. Mas é
possível, com sabedoria e graça de Deus, desenvolver-se uma liderança
participativa. Primeiro, com a participação de Deus, através do Espírito Santo,
governando o lado espiritual.
Em segundo lugar, com
a participação da liderança, em harmonia e integração com os liderados, nas
decisões de ordem humana ou administrativas.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 138.
IGREJA
a. O vocábulo grego
ekklesia significa, basicamente, «os chamados para fora». dando a entender um
grupo distinto. selecionado e tirado para fora de algo. Ê verdade que essa
palavra nem sempre se refere a um grupo religioso, pois no grego clássico era empregada
para indicar assembleia», «reunião convocada pelo arauto», «assembleia
legislativa». Em Atenas, essas assembleias governantes eram eleitas pelos seus
concidadãos por determinado período de tempo. Portanto. a «assembleia» pode ser
legislativa, política, social ou religiosa. (Ver Josefo, Antiq. 12.164; 19.332
e Atos 19:39).
b. Tal palavra pode
significar apenas «reunião», «ajuntamento» (ver I Macabeus 3.13; Atos
19:32,40).
c. Referia-se à
congregação judaica, especialmente quando reunida com finalidades religiosas,
para observância dos ritos religiosos, (ver Deut. 31:30; Ju1. 20:2; Josefo,
Antiq, 4.309 e Atos 7:38).
d. Ê usada para
indicar a igreja cristã. um culto cristão, mas nunca o mero edificio das
reuniões ou templo. (ver I Cor. 11:18; 14:4,9,28,35).
e. A «congregação»
considerada como a totalidade dos crentes que vivem em um determinado lugar.
Uma igreja local, que nos primeiros tempos se reunia em moradias comuns, (ver
Mat. 18:17; Atos 5:11; I Cor. 4:17; 16:19; Rom. 16:5).
f. A igreja
universal, mística, composta de todos os crentes de todos os tempos e de todos
os lugares. Os quais aceitam Cristo como cabeça. Essa igreja é considerada como
um organismo espiritual que tem Cristo por centro; e a união mística da igreja
com Cristo se dá através do seu Espirito, e não devido a alguma organização.
Portanto. transcende a denominações evangélicas. que defendem determinadas crenças
ou governos eclesiásticos, (ver Mat. 16:18; Atos 9:31; I Cor. 6:4; Efé. 1:22;
3:10,21; 5:23 e ss, 5:27,29,32; Col. 1:18,24; Fil. 3:6; I Tim. 5:16). Quando
está em foco a «igreja universal». São utilizadas expressões como «a igreja de
Deus» ou «a igreja de Cristo», ver I Cor. 1:2; 10:32; 11:16.22; 15:9; 11Cor.
1:1; Gál. 1:13 quanto à expressão «igreja de Deus»; e Rom, 16:16 e I Tes. 1:1
quanto à expressão «igreja de Cristo». Outros nomes empregados são «igreja dos
santos» (ver I Cor. 14:33); «igreja dos primogênitos» (ver Heb. 12:23); e
«igreja primeira e espiritual» (ver 11 Clemente 14:1). O vocábulo grego figura
nas páginas do N.T. por cento e quinze vezes.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 3. Editora Candeias. pag. 210.
O ministério da
igreja.
Esse ministério é ao
mesmo tempo interno e externo cobrindo os campos da auto-edificação e da evangelização
daqueles que ainda não vieram a Cristo. Os dons do Espirito Santo (ver I Cor.
12 - 14) têm por finalidade precípua a edificação da igreja; mas os
«evangelistas», dados à igreja como dotes, são especialmente preparados pelo
Espirito para aumentar o número dos crentes. (Ver Efé. 4:13).
O ministério da
igreja é, essencialmente, a continuação do mistério do próprio Cristo Jesus, e
isso segundo a inspiração dada por seu alter ego, o Espirito Santo. O Senhor
Jesus foi por toda a parte, «fazendo o bem», pois ele sempre se mostrou humanitário,
amoroso e gentil. Cristo foi o mestre supremo e o supremo evangelista, como
também foi o supremo pastor e o supremo inquiridor pela verdade e por Deus,
além de ser o supremo achador de ovelhas perdidas. Cristo nomeou os «sub pastores»,
para que o imitassem. Estes têm o privilégio de fazer suas obras, e maiores
ainda, contanto que tenham a fé para tanto (ver João 14:12). Aos sub pastores
cabe pregar a Cristo como Senhor, e a eles mesmos como servos dos outros, por
amor a Cristo (ver 11 Cor. 4:5). Esse ministério tem um aspecto social e outro
individual, tal como se deu no caso do ministério de Cristo; mas a igreja jamais
deve olvidar-se da responsabilidade de buscar o eterno bem-estar da alma humana
individual. A igreja, em sua unidade composta de judeus e gentios, serve de
divina ilustração sobre como Deus haverá de unir finalmente todas as coisas em
Jesus Cristo, dentro de uma grandiosa restauração, que é o tema do «mistério da
vontade de Deus», tal como se vê em Efé. 1:10. Assim pois, até mesmo ante os
mais elevados poderes
angelicais, a igreja é o teatro de Deus onde ele demonstra como está operando
no cosmos; pelo que, de forma indireta, o ministério da igreja envolve até mesmo
os poderes super-humanos. Bastaria isso para mostrar-nos a magnitude e a
importância do ministério da igreja.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 3. Editora Candeias. pag. 214-215.
2 - A dimensão relacional da igreja.
As necessidades das
pessoas.
A igreja não pode
atender a todas as necessidades pessoais, mas pode usar os recursos concedidos
por Deus para atendê-las da melhor maneira possível, com a graça, a sabedoria e
a unção de Deus. Podemos resumir as necessidades das pessoas e de suas
famílias, como se segue:
Necessidades
espirituais
São as necessidades
mais prementes do espírito humano. As pessoas, quando aceitam a Cristo como
Salvador, vêm do mundo sentindo suas grandes necessidades espirituais. Elas
necessitam de salvação, graça, conhecimento de Deus, amor de Deus, e de paz com
Deus (Rm 5.1); suas almas anelam ter alegria espiritual (Lc 1.47); paz de
espírito (Fp 4.6).
É Deus, através do
Espírito Santo, quem satisfaz plenamente a essas necessidades. Mas é a igreja
local que torna essa assistência concreta na vida das pessoas, evangelizando,
congregando, cultuando, ensinando, discipulando, com amor e compreensão, e
levando os crentes à dimensão espiritual mais elevada. Famílias bem
discipuladas podem contribuir para o crescimento na graça e conhecimento do
Senhor Jesus Cristo (cf. 2 Pe 3.18).
Necessidades emocionais
São necessidades da
alma. O salmista expressou esse tipo de necessidade, quando exclamou: “A minha
alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a
face de Deus?” (SI 42.2).
As pessoas procuram a
igreja porque esperam obter nela a satisfação dessas necessidades intangíveis,
que os bens materiais não podem satisfazer. Através da adoração, da comunhão
fraternal e do bom relacionamento humano; de momentos de confraternização, de
atenção, empatia, dedicação ao relacionamento interpessoal, de aconselhamento, nos
momentos de necessidade, bem como de momentos de sadia confraternização social,
a igreja local torna-se acolhedora e relevante para a maioria dos que a ela se
dirigem.
É fato que a igreja
jamais poderá satisfazer às expectativas de todas as pessoas. Sempre haverá
alguém insatisfeito. Nem Jesus Cristo satisfez a todos. Quando a liderança da
igreja entende que as pessoas não têm só necessidades espirituais, mas
emocionais e até físicas, ele pode ser bem-sucedido no seu ministério.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
138-139.
Mc 1.9 — O batismo de
Jesus foi algo único, pois Ele não tinha pecado algum do que se arrepender. Isso
mostrou que Ele se identificava com a obra de João e com o pecador por quem
morreria. Também apontava para a morte, o sepultamento e a ressurreição de
Cristo, para salvar os pecadores.
Mc 1.10 — Logo
aparece 41 vezes no Evangelho de Marcos para indicar a atitude imediata exigida
de um servo (v. 10,12,18,20,21). Deus levou Cristo a um confronto com Satanás
logo no início do Seu ministério. O Espírito Santo veio para capacitar Cristo e
dar-lhe poder para exercer Sua futura obra. Essa passagem (Mc 1.10,11) fala
também da Trindade — um Deus que existe em três Pessoas distintas ao mesmo tempo:
o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A fórmula do batismo em Mateus 28.19 e em muitos
outros textos nos ensina tal doutrina (2 Co 13.14; 1 Pe 1.2).
Mc 1.11 — Por três
vezes durante o ministério terreno de Cristo, ouviu-se uma voz dos céus. Era a
confirmação do Pai de que Cristo era Seu Filho unigénito. As outras vezes
aconteceram na transfiguração (Mc 9.7) e no dia da entrada triunfal de Cristo
em Jerusalém (Jo 12.28).
Mc 1.12 — Marcos
afirma que o Espírito o impeliu [Cristo] para o deserto. O verbo impelir também
é usado para descrever Cristo expulsando demónios, e aparece mais duas vezes
neste capítulo (v.34,39).
Mc 1.13 — Marcos
descreve uma situação de conflito para chamar a atenção dos seus leitores. Ser
tentado por Satanás é algo que acontece com todos os cristãos, mas Jesus
triunfou completamente sobre Seu inimigo. Somente Marcos menciona os anjos que
serviram a Cristo por 40 dias. Ele, talvez, tenha mencionado as feras para se dirigir
especificamente aos cristãos de Roma que viam coisas terríveis no Coliseu.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 93.
O Batismo de Jesus vv.
9-13
Aqui temos uma breve
narrativa do batismo e da tentação de Cristo, narrados mais detalhadamente em Mateus,
capítulos 3 e 4.
I Seu batismo foi a
sua primeira aparição pública, depois de viver muito tempo desconhecido em
“Nazaré”.
Quanto valor oculto
existe, neste mundo que está perdido na poeira do desprezo, e não pode ser
conhecido, ou envolto no véu da humildade, e não será conhecido! Porém mais
cedo ou mais tarde, será conhecido, assim como o valor de Jesus Cristo o foi.
1. Veja com que
humildade Ele confessou a Deus Pai, ao vir para ser “batizado por João”, pois
lhe era conveniente “cumprir toda a justiça”. Assim Ele assumiu a “semelhança
da carne do pecado”, para que, embora Ele fosse perfeitamente puro e imaculado,
ainda assim fosse lavado, como se tivesse sido contaminado; e por nós Ele se
santificou, para que nós também pudéssemos ser santificados, e batizados com
Ele (Jo 17.19).
2. Observe com que
honra Deus o confessou, quando Ele se submeteu ao batismo de João. O Senhor
honrou todos aqueles que o justificaram através da aceitação do batismo de João
(Lc 7.29,30).
(1) Ele “viu os céus
abertos”. Assim Ele foi reconhecido como sendo o Senhor do céu, e teve um
relance da glória e do gozo que lhe estavam propostos, e assegurados a Ele,
como recompensa pela sua missão. Mateus disse: “Eis que se lhe abriram os céus”
(Mt 3.16). Marcos disse que Ele “viu os céus abertos”. Muitos têm os céus
abertos para recebê-los, mas eles não os veem. Jesus Cristo não somente tinha
uma clara presciência dos seus sofrimentos, mas também da sua glória.
(2) Ele viu “o
Espírito, que, como pomba, descia sobre ele”. Observe que quando pudermos ver o
céu aberto para nós, então perceberemos o Espírito descendo e trabalhando em
nós. A boa obra de Deus em nós é a evidência mais segura da sua boa vontade
para conosco, e daquilo que Ele prepara para nós. Justino Mártir disse que quando
Jesus foi batizado, um fogo se acendeu no Jordão e há uma tradição antiga de
que uma grande luz brilhou ao redor do lugar. O Espírito traz luz e também
calor.
(3) Ele ouviu uma voz
cujo objetivo era incentivá-lo a prosseguir em sua missão, e por isso aqui se
diz que ela se dirigia a Ele: “Tu és o meu Filho amado”. Deus Pai faz com que
Ele saiba: [1] Que Ele não o amou menos por essa condição humilde e pobre à
qual Ele tinha se humilhado.
Em outras palavras:
“Embora destituído e sem reputação,
Ele ainda é o meu Filho amado”. [2] Que Ele o amou ainda mais por ter se
comprometido com essa missão generosa e gloriosa. Deus se compraz em Jesus, que
seria o Mediador de todas as questões controversas entre Ele e o homem. Ele se
compraz nele para comprazer-se conosco, nele.
A sua tentação. O bom
Espírito que desceu sobre Ele, “o impeliu para o deserto” (v. 12). Paulo
menciona isso como uma prova de que ele recebeu a sua doutrina de Deus, e não
dos homens. Assim que foi chamado, não se dirigiu a Jerusalém, mas partiu para
a Arábia (Gl 1.17). O afastamento do mundo é uma oportunidade de conversa mais
livre com Deus, e por isso deve, às vezes, ser escolhido, por algum tempo,
mesmo por aqueles que são convocados para grandes tarefas. Marcos observa essa
circunstância de Cristo estar no deserto, dizendo que Ele “vivia entre as
feras”. O fato de Jesus não ter sido destroçado pelos animais foi um exemplo do
cuidado que o Pai tinha por Ele. Assim, Jesus foi encorajado, entendendo que
Deus Pai proveria os alimentos necessários quando Ele tivesse fome. Proteções
especiais são sinais de que seremos abastecidos, quando precisarmos.
Da mesma maneira,
isso indicava a falta de humanidade dos homens daquela geração, em cujo meio
Jesus deveria viver. Eles não eram melhores do que os animais no deserto; na
verdade, eram muito piores. Nesse deserto:
1. Os espíritos
malignos se ocuparam dele. Ele foi “tentado por Satanás” . Não por quaisquer
influências internas (o príncipe deste mundo não tinha nele nada em que pudesse
se prender), mas por solicitações externas.
A solidão sempre
oferece vantagem ao tentador, por isso, “melhor é serem dois do que um”. O
próprio Cristo foi tentado, não somente para nos ensinar que ser tentado não é
pecado, mas para nos orientar para onde ir, em busca de auxílio, quando formos
tentados. Devemos recorrer Àquele que sofreu, sendo tentado. Ele pode nos socorrer
perfeitamente quando somos tentados, porque experimentou o sofrimento
pessoalmente.
2. Os bons seres
celestiais trabalhavam para Ele:
“Os anjos o serviam”,
fornecendo-lhe tudo aquilo que Ele necessitava, e ajudando-o obedientemente.
Observe que o ministério dos anjos bons a nosso favor é uma questão de grande
consolo, em contraste com os maldosos desígnios dos anjos maus contra nós -
entretanto, o que mais nos favorece é termos o precioso Espírito Santo morando
nos nossos corações. Aqueles que o possuem são nascidos de Deus, e enquanto
assim estiverem o mal não os tocará, muito menos triunfará sobre eles.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo
Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 405-406.
Mc 12.30,31 — O
primeiro mandamento resume os quatro primeiros dos Dez Mandamentos. O segundo é
a base dos mandamentos que vão do quinto ao décimo e referem-se à maneira como lidamos
com nosso semelhante. Alguns estudiosos tentaram encontrar um terceiro
mandamento: “ame a si mesmo”. No entanto, isso não é um mandamento, mas algo
óbvio. Nós nos amamos mesmo. E por isso que corremos para pegar a caixinha de
primeiros socorros quando nos machucamos.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 123-124.
Mc 12.29-31 - As leis
de Deus não são difíceis de serem cumpridas: podem ser resumidas em dois
princípios muito simples: amar a Deus e ao próximo. Estes mandamentos estão no
AT (Dt 6.5: Lv 19.18). Quando vocè ama a Deus completamente e cuida do próximo
como de si mesmo, está cumprindo os Dez Manda mentos e outras leis do AT. De
acordo com Jesus, esses dois mandamentos resumem todas as leis de Deus. Deixe
que elas governem seus pensamentos, suas decisões e ações. Quando não tiver
certeza do que deve fazer, pergunte a si mesmo o que demonstrará melhor seu
amor por Deus e pelo próximo.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag.
1320.
3. O relacionamento familiar na igreja.
Laços psicológicos entre
as pessoas
No relacionamento
interpessoal, na igreja, observam-se as reações que normalmente afetam todas as
pessoas, sejam crentes ou não. O ser humano não se livra de seus sentimentos
positivou ou negativos pelo fato de aceitaram a Cristo. Seus temperamentos
continuam com suas virtudes e defeitos. E precisam ser orientadas a cultivar as
virtudes e evitar a expressão de suas fraquezas. Há mensagens abundantes na
Palavra de Deus que orientam o bom relacionamento humano.
Antipatia Pode
parecer estranho, mas há pessoas que sentem antipatia por outras.
E, quando esse
fenômeno é acentuado, a igreja pode sofrer desgaste e suas ações podem não ser
bem-sucedidas, nas diversas atividades. Se as pessoas não têm simpatia uma com
a outra, o trabalho não produz. Na igreja, infelizmente, isso pode ser
observado. O Diabo tem procurado cirandar muito, jogando uns contra os outros,
provocando dissenção entre irmãos.
Simpatia
Quando há simpatia,
há colaboração, há cooperação, e o trabalho da igreja rende mais. Paulo elogiou
o trabalho de Tito e de companheiros que o ajudavam em seu ministério,
identificando-se com ele (2 Co 8.22,23).
As igrejas precisam
de pessoas com esse caráter; as famílias precisam desenvolver laços de amizade
entre seus membros, para que possam levar esses sentimentos à igreja local.
Entre o líder e os membros da igreja podem manifestar-se esses sentimentos, bem
como entre o líder e seus colegas de ministério. É preciso vigiar as emoções.
Deus não admite que aborreçamos um irmão. É perigoso e pode comprometer a
salvação.
Quem aborrece a seu
irmão é considerado assassino (1 Jo 3.15,16).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
139-140.
A Bíblia registra uma
longa história de problemas interpessoais e quebras na comunicação, envolvendo
a espécie humana. Adão e Eva, o primeiro casal, teve um desentendimento a
respeito das razões que os levaram a pecar, no jardim do Éden. Seus dois
primeiros filhos tiveram um conflito que acabou em homicídio. Depois disso, com
a multiplicação da população, a terra se encheu de violência. Alguns anos após
o dilúvio, os pastores de Abraão e Ló começaram a brigar, então houve rixas
familiares e toda uma sucessão de guerras, que se estenderam por todo o Velho
Testamento.
As coisas não eram
muito melhores na época do Novo Testamento. Os discípulos de Jesus discutiam
entre si sobre quem seria o maior, quando chegassem no céu. Na igreja primitiva,
Ananias e Safira mentiram aos outros crentes, os judeus e gregos não se
entendiam, e havia disputas doutrinárias. Muitas vezes, em suas cartas, o
apóstolo Paulo comentou a desunião na igreja e rogou pela paz. Em suas próprias
atividades missionárias, ele se envolveu em discussões, e em certa ocasião
escreveu aos coríntios, expressando o temor de que, quando fosse visitá-los,
encontrasse “contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho,”
desordem e outras demonstrações de tensões interpessoais e pecado."
Embora a Bíblia
registre muitos exemplos de discórdias, ela não faz vista grossa, nem deixa
passar as contendas interpessoais, como se não fossem nada. Ao contrário, a
contenda é decididamente proibida e os princípios para um bom relacionamento
interpessoal são mencionados frequentemente. O livro de Provérbios, por
exemplo, nos ensina a refrear a nossa língua e não caluniar, dizer a verdade,
falar com educação, pensar antes de falar, ouvir atentamente, resistir à
tentação dos mexericos, a evitar a lisonja e a confiar em Deus. A ira
incontida, as palavras ásperas, o orgulho, a desonestidade, a inveja, a luta pelas
riquezas e muitas outras características prejudiciais são citadas como fontes
de tensão.
Não há nenhum outro
livro na Bíblia que contenha tantos ensinamentos claros sobre as relações entre
as pessoas quanto o livro de Provérbios.
Entretanto, outros
trechos da Bíblia ensinam sobre isso. Grande parte do Sermão do Monte diz
respeito às relações interpessoais. No período final de seu ministério, Jesus
ensinou sobre a resolução de conflitos e interveio em diversas disputas. Paulo
advertiu Timóteo a não ficar discutindo com as pessoas, principalmente sobre
assuntos sem importância. Outras passagens bíblicas ensinam a viver em
harmonia, a demonstrar amor e a trocar a amargura e a ira pela bondade, o
perdão e a mansidão. Depois de alertar sobre as pessoas que causam contusão
porque não controlam a língua, Tiago diz que as brigas e contendas são fruto da
cobiça e da inveja. Então, em meio a uma excitante lista de regras práticas de
comportamento, lemos a recomendação de Paulo para evitar as represálias - “não
torneis a ninguém mal por mal’ — e fazer o possível para viver em paz com
todos." Jesus e os escritores da Bíblia eram pacificadores que, através de
seu exemplo e exortação, esperavam que os crentes de hoje também fossem
pacificadores.
Quando meditamos a
respeito das várias afirmações bíblicas sobre as relações interpessoais, podemos
identificar vários temas.
1. Boas relações
interpessoais começam com Jesus Cristo. A cada Natal, os cânticos e os cartões
nos lembram que Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. Durante seu ministério, ele
previu que haveria tensão entre os seus seguidores e os parentes e amigos
incrédulos, mas a Bíblia diz que ele é “a nossa paz” e pode derrubar as
barreiras interpessoais e as muralhas de hostilidade que separam as pessoas.
Os seguidores de
Jesus receberam a promessa de uma paz interior sobrenatural que proporciona
estabilidade interna, até mesmo em períodos conturbados e com muitas tensões interpessoais.
A paz com Deus vem quando confessamos nossos pecados, pedimos a ele que assuma
o controle da nossa vida e esperamos que ele nos dê a paz que a Palavra de Deus
nos promete. Essa paz, por sua vez, deveria nos acalmar nos momentos de tensão
interpessoal.
Por que, então, os
cristãos parecem estar constantemente em conflito uns com os outros e com os
incrédulos? Por que tantos de nós não conseguem viver bem com os outros?
2. As boas relações
interpessoais dependem das características individuais. Não há nada errado em
promover negociações entre pessoas em conflito, facções políticas, partes
envolvidas em questões trabalhistas ou nações. Esses esforços para obter a paz
geralmente são úteis, mas a Bíblia dá maior ênfase às atitudes e
características das pessoas envolvidas nas disputas.
Em sua primeira carta
aos coríntios, Paulo parece dividir as pessoas em três categorias.'
A primeira delas é
composta dos homens naturais claro que existem diferenças individuais, mas esse
grupo de pessoas é caracterizado por imoralidade sexual, corrupção,
envolvimento com o ocultismo, ódio, discórdias, ciúme, raiva descontrolada,
ambição egoísta, dissensões, facções, inveja e várias falhas no autocontrole.
Essas pessoas podem desejar e até lutar pela paz, mas sua fundamental alienação
de Deus faz com que lhes seja impossível atingir tanto a paz interior, quanto a
paz com o semelhante. O segundo grupo, conhecido como homens carnais,
entregaram sua vida a Cristo, mas nunca cresceram espiritualmente. Eles se
comportam como incrédulos e se envolvem quase sempre em ciúmes e contendas.
Como muitos membros das igrejas parecem fazer parte desse grupo, assistimos ao
triste espetáculo de crentes que brigam entre si e com o próximo, às vezes
violentamente. Alguns desses crentes carnais leem a Bíblia regularmente e têm
bons conhecimentos teológicos, mas suas crenças são, em sua maioria,
intelectuais e parecem ter pouca influência em sua vida e nas suas relações
interpessoais.
Em contraste com
estes, está o terceiro grupo, o dos espirituais. Estes são cristãos que se
entregaram ao controle de Deus e procuram pensar e viver como Cristo. Algumas
vezes, essas pessoas erram, fazendo algo que é da velha natureza, mas na maior
parte do tempo sua vida mostra evidências cada vez maiores do “fruto do
Espírito”: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, domínio próprio.
Quando as pessoas
passam por uma transformação interior, tem início um lento processo de
transformação exterior. Com o tempo, isso permite que elas se relacionem melhor
com as pessoas. Os conselheiros cristãos podem lembrar um princípio importante:
para que possamos ter verdadeira paz interior e com os outros, é necessário ter
primeiro paz com Deus. Essa paz vem quando as pessoas entregam sua vida a
Cristo, se dedicam a adorar, orar e meditar na Palavra de Deus regularmente e
mudam seus pensamentos e ações.
3. Boas relações
interpessoais exigem determinação, esforço e habilidade. Um bom relacionamento
interpessoal nem sempre acontece automaticamente, mesmo entre crentes sinceros.
A Bíblia e a psicologia concordam que um bom relacionamento depende de um aprendizado
constante e da aplicação de técnicas tais como: ouvir atentamente, observar, entender
a si mesmo e aos outros, evitar os comentários desagradáveis e as explosões de
temperamento, e se comunicar bem. Tudo isso se aprende; tudo isso pode ser
ensinado por um conselheiro com discernimento.
COLLINS.
Gary R. Aconselhamento cristão edição século
21 pag.
270-272.
4. A família do obreiro.
A FAMÍLIA DO MINISTRO
DA IGREJA
As atividades do
ministério, quando se avolumam, tendem a causar dificuldades no relacionamento
entre o obreiro, sua esposa e seus filhos.
Mas, segundo a
Palavra de Deus, a família deve ter prioridade na vida do homem de Deus, sob
pena de surgirem brechas que podem ser usadas pelo Inimigo para prejudicar a
vida cristã. Neste estudo, abordamos alguns aspectos considerados importantes
para que o relacionamento entre o obreiro e a família seja saudável e
proveitoso. De todas as famílias que há, nas igrejas, a família do ministro, do
líder, é a mais observada.
O obreiro precisa ser
exemplo do rebanho (1 Pe 5.3) e exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12).
1. A vida conjugal do
obreiro. O ministério não dispensa o obreiro dos deveres de esposo. Como tal,
ele deve agir da melhor maneira possível. Nenhuma outra atividade exige da
família identificação com o trabalho do esposo como a atividade de obreiro. O
obreiro pode (e deve) comportar-se como esposo exemplar para as famílias da
igreja.
2. Amando a esposa (E
f5.25-29). Isso exige demonstrações práticas de carinho, de afeto. (Pv 31.29;
Ct 4.1; 1.16), através de palavras, gestos (cf. 1 Jo 3.18). Para muitos, as
expressões “eu te amo”, “gosto de você” e outras são coisas do passado. Sem essas
pequenas coisas, o casamento do obreiro torna-se azedo, sem graça, e pode abrir
brecha para a ação do inimigo. O exemplo do obreiro, no amor à sua esposa é
referência para os casais e famílias sob seu pastoreio.
3. Comunicando-se com
a esposa. A falta de comunicação entre obreiro e sua esposa tem sido uma das
principais causas eficientes para o desgaste em seu matrimônio; o corre-corre
do dia, os estresses do pastorado, os excessos de atividades ministeriais, com
administração, viagens, compromissos diversos, atendimento pastoral, visitas
pastorais, muitas vezes, não deixam tempo para o obreiro dedicar-se à esposa. O
resultado, muitas vezes, é o esfriamento do amor conjugal. Há estudos que
comprovam que a falta de diálogo, de conversa a dois, de atenção um ao outro,
contribui mais para o adultério do que a atração ou sedução sexual.
Assim, é
indispensável o obreiro refletir sobre sua agenda, e reservar tempo para
comunicar-se com sua esposa. Davi tinha várias mulheres e concubinas. Mas, com
o tempo, sofreu o desgaste do relacionamento com suas esposas, e acabou caindo
em adultério, de modo gratuito e perigoso. O obreiro deve alimentar o melhor
relacionamento com sua esposa, para que os impulsos carnais não sejam meios
para a destruição do casamento e do seu ministério. As pessoas ouvem as pregações,
mas observam a vida do obreiro.
4. Zelando pela
esposa (Ef 5.29). Há obreiros que só querem zelo para si; não cuidam de suas
esposas, na parte espiritual, emocional e física; muitos até envergonham-se da
esposa, pela sua aparência física. Esse zelo expressa-se na honra à esposa (1
Pe 3.7). Há obreiros que se envergonham de suas esposas. Às vezes, por causa
das marcas do tempo em suas mulheres, quando perdem a graça da juventude, há
obreiros que deixam de se interessar por suas esposas; isso é brecha para o
adversário penetrar no relacionamento.
Honrar a esposa,
dando-lhe o apreço e o respeito necessário, é fator decisivo para uma vida
conjugal ajustada e gratificante. E exemplo para as famílias da igreja que o
obreiro dirige.
5. Zelando pelo
casamento. O obreiro deve ter certos cuidados, no zelo pelo seu matrimônio.
Deve usar sempre sua aliança; no gabinete pastoral, ter coisas que lembrem sua esposa
e filhos (fotos); evitar envolvimento com pessoas da igreja, que possa causar
prejuízo ao ministério e ao casamento; no aconselhamento, ter muito cuidado
para não envolver-se com mulheres que estão em dificuldade matrimonial. Sabemos
de diversos casos, em que o conselheiro caiu em pecado com a pessoa
aconselhada, porque não orou nem vigiou acerca dos sentimentos, e envolveu-se
no pecado do adultério, perdendo a reputação, a honra e o ministério. O diabo
trabalha 24 horas por dia para destruir ministérios.
Ele não se
impressiona com sermões bonitos, nem com operação de milagres. Ele foge do
obreiro que anda de joelhos, na unção de Deus.
6. União com a esposa
(1 Co 1.10). Essa união deve ser, não só espiritual, mas amorosa, afetiva; o
obreiro deve, não só amar sua esposa, mas saber demonstrar esse amor, através de:
Afeto, carinho, palavras (Ct 4.1,0; Pv 31.29); investir na intimidade com a
esposa; gestos, abraços, carícias (1 Jo 3.18; 1 Pe 3.8); é preciso manter o
namoro no casamento; zelando e fazendo o possível em favor do cônjuge (Ef
5.25,29). O amor deve ser o elo principal no relacionamento entre o obreiro e
sua esposa. Se não houver amor, tudo pode desabar. Esse amor deve ser dominado
pelo amor “ágape” (cf. 1 Co 13).
7. Cuidar da parte
sexual (1 Co 7.3,5). E importante para o equilíbrio espiritual, emocional e
físico do obreiro e sua esposa. Quando o casal não vive bem nessa parte, o
Diabo procura prejudicar o relacionamento, a fim de destruir o ministério e a
família. O Diabo tem trabalhado de modo constante para levar o obreiro a pecar
nessa área. Ministérios têm sido destruídos por causa da infidelidade conjugal
de muitos ministros pelo mundo afora.
8. Fugir das
tentações. O obreiro, por mais que se considere santo, não está imune às
tentações. Jesus em tudo foi tentado, mas não pecou (Hb 4.15). Se Jesus foi tentado;
Davi foi tentado (e caiu vergonhosamente); Sansão foi tentado; Salomão foi
tentado. O obreiro, nos dias presentes, não pode achar que está livre de cair
em tentação. Alguns conselhos práticos podem resguardar o obreiro da vergonha
da queda, e da destruição de seu ministério, do seu casamento, e da sua honra.
O OBREIRO E SEUS
FILHOS
1. O relacionamento
do líder da igreja loca com seus filhos. Tem grande importância para as
famílias cristãs. Dentre as qualificações exigidas para o bispo (pastor,
presbítero), destaca-se a capacidade de governar bem a sua casa, especialmente
os seus filhos (1 Tm 3.4,5).
2. Os ataques à
família do pastor. As famílias dos pastores de igreja são muito atacadas pelo
Inimigo. O alvo principal é o seu líder. Muitas vezes, o comportamento dúbio do
pai leva ao descrédito por parte da igreja: na igreja, é um santo; em casa, neurastênico,
violento, sem amor. Isso destrói o lar. Mais devastador, ainda, são os
escândalos na vida do obreiro: assassina a confiança dos filhos; destrói a
confiança dos crentes e de suas famílias.
3. Cuidados no
relacionamento com os filhos. Devem ser os mesmos que todo pai cristão precisa
ter com seus filhos. Há pastores que são tão ausentes na vida dos filhos por
dedicarem-se demasiadamente às tarefas ministeriais. Para eles, colocar o Reino
de Deus e sua justiça em primeiro lugar significa deixar de lado tudo,
inclusive a família. E um grande equívoco. Um velho pastor, que implantou quase
100 igrejas, me disse: “Ganhei tantas pessoas para Jesus. Mas perdi quase todos
os meus filhos... porque não soube dar atenção a eles. Estão quase todos
desviados. Se pudesse recomeçar, faria diferente. Cuidaria da igreja, sem
deixar meus filhos em último plano”. Pastores não podem deixar de ser pais de
verdade. São indispensáveis, na vida dos pastores, alguns cuidados com seus
filhos: afeto, cuidados espirituais, comunicação e disciplina.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
140-143.
Vida Conjugal do
Pastor
Método básico de
apresentar o Evangelho de Jesus Cristo ao mundo é através da vida conjugal do
pastor. Paulo nos diz, em Efésios 5.32, que o casamento cristão foi projetado
por Deus para revelar ao mundo o mistério do relacionamento entre Cristo e a
Igreja. Nenhum relacionamento conjugal na congregação é mais importante que o
do pastor em comunicar essa mensagem — não apenas aos crentes, mas aos descrentes
também. Em fins de 1994, havia 31.300 ministros credenciados das Assembleias de
Deus nos Estados Unidos. Desse número, 84,8 por cento eram homens, e 15,2 por cento,
mulheres. Pastores veteranos e membros credenciados do corpo de assistentes da
igreja eram responsáveis por 53,2 por cento das designações ministeriais.
Desses ministros credenciados, 89,2 por cento eram casados, 5,9 por cento
compunham-se de solteiros (sem nunca haverem casado), 4,1 por cento
constituíam-se de viúvos e 0,9 por cento eram divorciados sem se casarem outra
vez. Por essa época, havia 11.144 pastores e 341 pastoras veteranos.
Raymond
T. Brock. Manual do Pastor pentecostal.
Editora CPAD. pag. 35.
III - A
FAMÍLIA NA IGREJA LOCAL
1. A comunhão da família.
A Bem-aventurança do
Amor e da Unidade Fraternal (133.1-3)
Sl 133.1 Oh! Como é
bom e agradável viverem unidos os irmãos! Estão em foco os hebreus, agora
sujeitados a fatores universalizadores após o retorno do cativeiro babilônico,
aprendendo os caminhos do mundo helenista. Conforme diz um cântico popular,
isso ocorreu no fim da Segunda Guerra Mundial: “Como você pode mantê-los agora
nas fazendas, depois que viram Paris?”. Agora que Israel se expandia para fora,
enquanto seus vizinhos se expandiam internamente, seria possível conservar os
hebreus dentro de seu contexto distintivo, que fora criado por serem eles o
povo da lei (ver Deu. 4.4-8)? O autor desta pequena porção da literatura de sabedoria
esperava que suas palavras ajudassem Israel a reter sua fraternidade especial.
Naturalmente, essas palavras aplicam-se a indivíduos, e não somente a
comunidades nacionais, mas podemos estar seguros de que a inspiração da paz era
uma preocupação que dizia respeito a laços nacionalistas na nação restaurada de
Israel.
Uma Ilustração
Cristã. F. A. Iremonger era filho de um arcebispo da comunidade anglicana.
Poder-se-ia esperar que ele saísse apenas um homem daqueles que diziam “somente
nós, os anglicanos”. Mas se ele era um fiel denominacionalista que galgara a
elevada posição de arcebispo de Canterbury, estava sempre olhando por cima das
muralhas de sua denominação e espiando os acampamentos das denominações
“rivais”. Ele queria saber o que de bom haveria “do outro lado” do muro e
desejava compartilhar do bem que eles tinham em sua própria comunidade. Ele
cultivava uma paixão pela unidade cristã que ultrapassava em muito as
conveniências das organizações unificadas. Em um discurso feito na cidade de
Nova Iorque, ele declarou que “não era principalmente um representante da
Inglaterra, nem do ramo inglês da Igreja Católica, mas um ministro do evangelho
universal e da própria Igreja Católica:, termo que usou sem o sentido “romano”.
Contraste-se isso com
a posição assumida por muitos homens da igreja, que pensam ser uma virtude a
crítica, a desunião e a intolerância. Tais homens nunca olharam para fora de
suas muralhas denominacionais, exceto para ver como apontar seus mísseis contra
os acampamentos inimigos.
Bendito seja o iaço
que ata Nossos corações em amor cristão:
A comunhão de mentes
aparentadas Assemelha-se à comunhão lá de cima. (John Fawcett)
A unidade e a
comunhão dependem da maior virtude espiritual de todas: o amor (ver a respeito
no Dicionário, quanto a ideias completas que podem ser usadas para ilustrar
este versículo).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2479.
O Salmo 133 é um dos
quatro Cânticos dos Degraus atribuídos a Davi (Sl 122; 124; 131).
Com ênfase sobre a
unidade dos crentes, prenuncia a oração de Jesus em João 17. A estrutura do
salmo é a
seguinte: (1) retrato da beleza e da unidade (v. 1); (2) bênção da unidade (v.
2,3).
133.1,2 — Oh! Quão
bom e quão suave pode ser reformulado para que grande deleite ou que agradável
prazer. Há uma impressão de admiração serena nestas palavras, que descrevem a
unidade do povo de Deus.
E como o óleo
precioso. Os sacerdotes eram ungidos com azeite fragrante, como símbolo da bênção
de Deus sobre seu cargo sagrado (Ex 30.22-33). O salmista imagina azeite em tal
quantidade que fluísse da cabeça à barba e à veste de Arão, que representava os
sacerdotes de Deus.
Quando o povo de Deus
vive em união e harmonia, é abençoado por Deus.
133.3 — Como o orvalho
de Hermom. Esta grande montanha ao norte de Israel recebia tanta água que
parecia fornecer umidade às terras em sua base. Da mesma forma, fluem as
bênçãos de Deus para o Seu povo.
A bênção. O intuito
de Deus é fazer o bem para o Seu povo, nesta e na próxima vida. O povo de Israel
raramente conseguia se unir e obter a bênção que o poema descreve. Em última
análise, trata-se de um retrato do reino de Deus. Um dia, haverá a união
espiritual do povo de Deus de que o poema trata.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 933-934.
133.1-3 - Davi
declarou que a união é agradável e preciosa. Infelizmente. a união que deveria
ser encontrada na igreja nem sempre o é. As pessoas discordam e causam divisões
por causa de assuntos sem importância. Alguns sentem prazer em causar tensão,
depreciando e desacreditando outros. Mas a união é importante porque: (1) faz
da Igreja um exemplo para o mundo e ajuda a aproximar as pessoas do Senhor; (2)
ajuda-nos a cooperar conforme a vontade de Deus. antecipando um pouco do gozo
que teremos no céu; (3) renova e revigora o ministério, porque existe menos
tensão para extrair a nossa energia. Viver em união não significa que concordaremos
em tudo; haverá muitas opiniões, da mesma maneira que existem muitas notas em
um acorde musical. Mas devemos concordar em nosso propósito na vida: trabalhar
|untos para Deus. A união reflete a nossa concordância de propósitos.
133.2 - Um óleo caro
foi usado por Moisés para ungir Arão como o primeiro sumo sacerdote de Israel
(Êx 29.7) e para dedicar todos os sacerdotes ao serviço de Deus. A união
fraternal, assim como o óleo da unção. indica que somos sinceramente dedicados ao
serviço de Deus.
133.3 O monte Hermom
é a montanha mais alta da Palestina, localizada a nordeste cio mar da Galileia.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag.
822.
2. Envolvendo-se com o Corpo de Cristo.
Rm 16.7 — Os quais se
distinguiram entre os apóstolos.
Essa frase pode
significar que eles eram bem conhecidos dos apóstolos, ou que eles eram
apóstolos. E provável que eles sejam conhecidos dos apóstolos porque não há
qualquer menção deles nos Evangelhos ou em Atos como apóstolos de Jesus.
Rm 16.8-10—
Amplíato... Urbano... Estáquis... Apeles. Parecem nomes de escravos comuns.
Esses mesmos nomes foram achados em listas de escravos que serviram na casa
imperial. Aristóbulo era um nome grego bem familiar. E bem verdade que esse nome
foi usado pelos descendentes de Herodes, o Grande. Alguns sugeriram que esse
Aristóbulo fosse o neto de Herodes, o Grande, e o irmão de Agripa.
Rm 16.11 — Herodião,
meu parente. Esse era provavelmente alguém de origem judaica, como Paulo.
Sugere-se que esse homem chamado Narciso era o mesmo liberto famoso que foi
condenado à morte por Agripa logo após Nero ascender ao trono de Roma.
Rm 16.12 — Saudai a
Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Trifena (graciosa) e Trifosa
(delicada) provavelmente eram irmãs, possivelmente gémeas. Era uma prática
comum nomear os gémeos com nomes advindos da mesma raiz. Ambos os nomes estão
relacionados ao termo grego tryphaõ que significa viver luxuosamente, viver vida
fácil, ou ainda, viver voluptuosamente.
E provável que o
apóstolo tenha feito um jogo de palavras aqui, querendo dizer que essas
mulheres não viviam de acordo com o significado de seus nomes. Embora esses
nomes tenham origem pagã, de raiz anatólia, Paulo associa tais nomes ao labor
no Senhor.
Saudai à amada
Pérside. Esse nome significa mulher Persa. Diz-se que ela é amada; Paulo, porém,
tem o cuidado de não chamá-la de minha amada. O nome dela surge em inscrições
gregas e latinas atribuído a escravas e a mulheres livres.
Rm 16.13 — Rufo é um
nome comum. O Rufo aqui citado é geralmente identificado como o de Mc 15.21.
Eleito no Senhor.
Essa expressão é considerada verdadeira para todos os cristãos, podendo
significar, nesse caso específico, excelente ou eminente, significados, estes,
atribuídos por muitos intérpretes.
Mas é possível que, da
mesma maneira que alguns cristãos demonstram o amor de Deus e outros refletem a
justiça divina, Rufo tenha demonstrado de forma especial a eleição de Deus.
Rm 16.14 — Saudai a
Asíncrito, a Flegonte, a Hermas, a Pátrobas, a Hermes. Pouco se sabe desses cristãos,
exceto que eles formavam um grupo à parte (o que se sugere pela expressão e aos
irmãos que estão com eles) e que eram todos homens.
Hermas é uma
abreviação de alguns nomes como Hermógenes ou Hermodoro, sendo um nome ou abreviatura
muito comum (Compare O pastor de Hermas da literatura apócrifa). Pátrobas é um apelido
de Patróbio. Hermes é o nome do deus grego da sorte e tornou-se também um nome
dado comumente aos escravos.
Rm 16.15 — Saudai a
Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas. Filólogo e Júlia talvez fossem
casados. Ambos os nomes surgem várias vezes quando analisados os nomes usados
com frequência pela casa imperial de Roma. Nereu, de acordo com uma tradição
que remonta ao quarto século, é associado com Flávia Domitila, uma mulher
cristã que foi banida para a ilha de Pandatéria por Domiciano, imperador de
Roma e seu tio, por volta do ano 95 d.C. Ela foi libertada no ano seguinte à
morte desse governante. Olimpas é a abreviação do nome Olimpiodoro. Esses nomes
parecem ser de membros da comunidade de fé.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 404.
Rm 16.7 Andrônico e
Júnias. Talvez marido e mulher, já que "Júnias" deve ser um nome de
mulher, companheiros de prisão; Provavelmente uma referência, na verdade, a
terem compartilhado uma mesma cela ou celas adjacentes em algum momento,
notáveis entre os apóstolos. O ministério deles com Paulo, e talvez como Pedro
e alguns outros apóstolos em Jerusalém antes da conversão de Paulo, era bem
conhecido e apreciado pelos apóstolos.
Rm 16.8 Amplíato. Um
nome comum entre os escravos da família do imperador desse tempo. Ele deve ter
sido um daqueles "da casa de César" (Fp 4.22):
Rm 16.9 Estáquis. Um
nome grego incomum que significa "espiga de milho". Obviamente, ele
era próximo de Paulo; no entanto, os detalhes são desconhecidos.
Rm 16.10 Aristóbulo.
Uma vez que Paulo não o cumprimentou pessoalmente, ele provavelmente não era um
cristão, embora alguns parentes e servos da casa aparentemente o fossem. Um
renomado estudioso da Bíblia acredita que ele era irmão de Herodes Agripa I e
neto de Herodes, o Grande.
Rm 16.11 Herodião.
Relacionado à família de Herodes e, por isso, talvez associado com a família de
Aristóbulo. meu parente. Talvez um dos parentes judeus de Paulo. Narciso.
Alguns estudiosos acreditam que ele secretário do Imperador Cláudio. Em caso
afirmativo, duas famílias no palácio tinham cristãos (cf. Fp 4.22).
Rm 16.12 Trifena e
Trifosa. Possivelmente irmãs gêmeas, cujos no mês significam
"graciosa" e "delicada". Pérside. Recebeu esse nome em
homenagem à Pérsia, onde havia nascido. Já que suas obras são mencionadas no
passado, ela provavelmente era mais velha dos que as outras duas mulheres desse
versículo.
Rm 16.13 Rufo. De
maneira geral, os estudiosos da Bíblia Concordam que ele era um dos filhos de
Simão Cireneu, o homem que foi obrigado a carregar a cruí de Jesus (cf. Mc
15.21) e foi salvo, provavelmente, pelo contato que teve com Cristo. Marcos
escreveu o seu Evangelho em Roma, talvez após a carta, a Roma ter sido escrita
e circulado;
Paulo não teria mencionado Rufo seresso nome não fosse bem conhecido pela
igreja de Roma. eleito no Senhor. Eleito para a salvação. Algumas traduções
usam "eleito" como "escolhido", indicando que ele era muito
conhecido como um cristão extraordinário por causa de seu amor e serviço, mãe
para mim. Rufo não era irmão legítimo de Paulo. Antes, a mãe de Rufo, esposa de
Simão Cireneu, em algum momento cuidou de Paulo durante uma de suas viagens missionárias.
Rm 16.14-15 “Irmãos",
nesse contexto, provavelmente, diz respeito tanto a homens como a mulheres,
indicando que esses nomes representam os líderes proeminentes de duas das
congregações de Roma.
MAC
ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade
Bíblica do Brasil. pag.1523-1524.
Alguns amigos para
saudar (vv. 1-16).
O apóstolo começa com
Febe, membro da igreja de Cencréia, que entregou a carta aos irmãos de Roma.
Nunca uma mensageira levou consigo carta mais importante! Cencréia era o porto
de Corinto, de modo que Febe provavelmente conheceu a Cristo durante o ano e
meio em que Paulo ministrou em Corinto. No original, o termo traduzido pelo
verbo "servindo" é o feminino de diácono, e alguns estudiosos
acreditam que Febe era "diaconisa" da igreja. Trata-se de algo
possível, uma vez que havia na Igreja primitiva mulheres que serviam visitando
os enfermos, auxiliando as mulheres mais jovens e ajudando os pobres. Paulo
reconhece que Febe foi uma "protetora" tanto para ele quanto para
outros cristãos e estimula a igreja a cuidar dela.
Como seria bom se
tivéssemos mais detalhes sobre as histórias por trás de cada um desses nomes!
Vimos Priscila e Áqüila no Livro de Atos (18:1-3,18,19,26). Não sabemos, porém,
como e quando arriscaram a vida por Paulo, mas sem dúvida apreciamos o que
fizeram! (ver também 1 Co 16:19; 2 Tm 4:19). Na ocasião em que a carta foi escrita,
Priscila e Áqüila estavam em Roma e havia uma igreja se reunindo na casa deles.
Neste capítulo, Paulo
saúda várias congregações desse tipo (Rm 16:10, 11, 14, 15). O apóstolo
expressa sua estima especial por quatro pessoas, usando as designações "querido"
para Epêneto (Rm 16:5), "dileto" para Amplíato (Rm 16:8),
"amado" para Estáquis (Rm 16:9) e "estimada" para Pérside
(Rm 16:12). Paulo se lembrava particularmente de Epêneto, pois havia sido o
primeiro convertido na Ásia. Ao que parece, pertencia à casa de Estéfanas, pois
as pessoas de 1
Coríntios 16:15 são chamadas de "primícias da Acaia".
Andrônico e Iúnias
são chamados de "parentes", o que pode indicar que eram parentes de
sangue do apóstolo ou, apenas, que também eram judeus, possivelmente da tribo de
Benjamim, como Paulo. Em alguma ocasião, haviam ficado presos com Paulo.
O termo
"apóstolos", nesse caso, não indica que tinham a mesma posição que
Paulo, mas apenas que eram "mensageiros" do Senhor. Esse termo pode
ter um significado mais restrito e outro mais amplo.
É possível que o Rufo
mencionado em Romanos 16:13 seja o mesmo citado em Marcos 15:21, mas não há
como ter certeza.
Se esse é o caso,
então a experiência de Simeão junto ao Calvário resultou em sua conversão e
também na de sua família. Paulo e Rufo não eram parentes. "Igualmente a
sua mãe, que também tem sido mãe para mim" significa apenas que a mãe de
Rufo havia sido como uma mãe para Paulo (ver Me 10:30).
Essa lista mostra o
papel que as pessoas desempenharam no ministério de Paulo e no ministério das
igrejas. Febe foi "protetora" de muitos. Priscila e Áqüila foram
"cooperadores" e "arriscaram a própria cabeça" por Paulo. A
conversão de Epêneto levou à salvação de outros na Ásia. Maria "muito
trabalhou por vós". Andrônico e Iúnias foram para a prisão com Paulo. Não
resta outra coisa a fazer senão dar graças por esses cristãos dedicados que
cumpriram seus ministérios para a glória de Deus. Que muitos possam seguir seu
exemplo!
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo.
N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 738-739.
3. Toda a família na casa de Deus.
A família,
participando do corpo de Cristo, de maneira ativa e comprometida.
a) Adorando a Deus. É
uma grande bênção, quando a família sente-se alegre em ir à igreja para adorar
a Deus, participando ativamente do culto e não apenas como meros assistentes
(SI 122.1).
b) A família servindo
a Deus. Os pais devem dar o exemplo, engajando-se no serviço a Deus,
estimulando seus filhos a fazerem o mesmo.
Quando os filhos
participam de atividades, na igreja local, cantando, tocando, participando da
evangelização; quando são alunos da ED, ao lado de seus pais, dificilmente o
maligno consegue afastá-los dos caminhos do Senhor. Envolvidos na obra do
Senhor, os filhos se afastam do mundo.
c) A família
contribuindo. Desde cedo, a família deve ser ensinada sobre o valor da
contribuição para a casa do Senhor. Os filhos precisam conscientizar-se de que
entregar o dízimo, fielmente, e contribuir com ofertas voluntárias, é também
forma de adoração a Deus, através dos rendimentos familiares. Sabemos de filhos
que, recebendo pequena mesada de seus pais, retiram o dízimo e entregam ao
tesouro da igreja. Isso é educação cristã. E é motivo para receber bênçãos da
parte de Deus (Ml 3.10-12).
O que deve ser evitado
na igreja
A família deve ser
educada a saber comportar-se no ambiente da igreja local.
a) Mau testemunho.
Quando membros da igreja dão mau testemunho, contribuem para o desgaste e o
descrédito da igreja local. Conhecemos o caso de um obreiro que, na igreja, era
um santo. Em casa, era um monstro. Terminou, destruindo seu casamento por causa
de seu mau testemunho.
b) Referências negativas
no lar. Há pais que vivem criticando a igreja local, falam mal dos pastores e
líderes. Isso tem efeito muito prejudicial na família (Tg 4.11).
c) Mau comportamento
nos cultos. Há pessoas que se comportam muito mal nas igrejas, conversando, sem
reverência. Muitos nem esperam pelo final do culto e saem correndo, antes do
apelo ou da bênção apostólica. Há crianças que se comportam como se estivessem
num parque de diversão na hora do culto. Isso é falta de educação doméstica. O obreiro
e sua família devem ser exemplo dos demais irmãos (Ec 5.1).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
143-144.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
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