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12° LIÇÃO DO 2° TRI DE 2013 A FAMÍLIA E A IGREJA

A FAMÍLIA E A IGREJA
Data: 23/06/2013.                           Hinos sugeridos: 429, 507, 517.
TEXTO ÁUREO
‘Alegrei-me quando me disseram vamos à casa do Senhor’ (121.1).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja local é o melhor local para as famílias se reunirem e prestarem culto ao Senhor.
LEITURA DIÁRIA
Segunda       - Dt 6.2                      A família temendo ao Senhor
Terça              - Dt 6.2                      A família guardando a Palavra de Deus
Quarta           - Dt 6.4                      Há um único Deus na família
Quinta                       - Dt 6 .7,8                 A família atentando para a Palavra
Sexta             - Dt 6 .18                  A família fazendo o que é reto ao Senhor
Sábado          - Salmos 122.1        A família se alegra na Casa de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 16. 1-5, 7,10,11. 13, 15, 24.
1 - Recomendo-vos, pois, Febe nosso irmã, a qual serve na igreja que está em Cencreia,
2 - para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
3 - Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4 - os quais pela minha vida expuseram a sua cabeça: o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
5 - Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epéneto, meu amado que é as primícias da Ásia em Cristo.
7 - Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo.
10 - Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo.
11 - Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso, os que estão no Senhor.
13. - Saudai a Rufo, efeito no Senhor, e a sua mãe e minha.
1 5- - Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão.
2 4 - A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.
INTERAÇÃO
A família e a igreja local são instituições que se confundem, ambas foram criadas por Deus. A família tem a finalidade de preservar e desenvolver social, moral e eticamente todo ser humano. A igreja local visa educar espiritualmente o homem segundo a proclamação e absorção do Evangelho bem como as outras esferas da vida. Família e igreja local são inseparáveis.
Uma depende da outra, um a é a extensão da outra. Não se excluem jamais. Ao contrário, se completam e caminham juntas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar a família como elemento básico da funcionalidade da igreja local.
Fazer da igreja um local de acolhimento das famílias.
Compreender que a família deve se envolver com a Igreja local.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Presado professor, para concluir a aula desta semana peça aos alunos, para descreverem o que eles pensaram sobre o relacionamento da própria família com a Igreja local. Como se da e o que se poderia mudar neste relacionamento, Reproduza algumas, respostas na lousa. Explique que a família é um elemento indispensável ao bem estar da igreja local, e que falar da igreja sem priorizar a família é ignorar o óbvio. Desafie os a viverem em família, a pensar como é uma benção servir a Deus numa igreja local juntamente com toda a família. Boa aula!
PALAVRA-CHAVE: Relacionamento: Capacidade, em maior ou menor grau, de relacionar se, conviver ou comunicar-se com seus semelhantes.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÁO
Num mundo de intensas mudanças e incertezas a igreja é a única instituição em que o cristão e sua família podem contar.
Lares sofrem terríveis ataques do inimigo, e muitas famílias não têm resistido, sucumbindo moral e espiritualmente ás investidas malignas. Por isso a Igreja do Senhor, representada pela comunidade local, é o ponto de apoio espiritual e moral para a família. Ali se aperfeiçoam os relacionamentos entre os cônjuges, pais e filhos, avós e netos. A família cristã se desenvolve no dia a dia da igreja local.
I - FAMÍLIA: O ELEMENTO BÁSICO DA IGREJA
1 Sem a família a igreja não funciona. Não podemos ignorar a importância da igreja local junto ã família, pois a saúde da igreja está diretamente ligada ao bem estar espiritual e moral da família. Uma igreja cujas famílias estão arruinadas espiritual e moralmente não terá condições de acolher os não crentes, nem terá autoridade para atuar junto à outras famílias na comunidade em que está inserida.
A família fortalecida na igreja é tão importante que o apóstolo Paulo aconselhou o pastor Timóteo a respeito da qualidade de um candidato ao episcopado. O apóstolo destaca a relação do aspirante com a própria família: "Convém, pois, que o bispo [...] governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?) (1 Tm 3. 2,4,5). Aqui, ele expressa o impacto do relacionamento familiar com a funcionalidade da igreja local. Famílias desgovernadas, inevitavelmente, geram uma Igreja sem direção.
2 A família como extensão da igreja. Além de a família ser o elemento básico da funcionalidade da igreja local, ela é a própria extensão desta. Descrevendo a respeito do culto doméstico, o saudoso pastor Estevam Ângelo disse: “Se a família quiser assistir a sete cultos a mais por semana, fazendo o culto doméstico, terá uma Igreja em casa". É verdade' Além de cultuar a Deus, a família representará o reino divino na vizinhança, no bairro e no mundo. O próprio .Jesus falou: Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mt 1 S.20).
Portanto, podemos fazer de nossa família uma extensão da Igreja de Cristo e representar seu Reino neste mundo.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A família é o elemento básico para a boa funcionalidade da igreja locai.
II - A IGREJA ACOLHENDO AS FAMÍLIAS
1. A natureza humana da igreja. A etimologia da palavra igreja remonta a natureza humana do Corpo de Cristo. Mateus 18. 17 e Atos 15. 4 expressam ekklêsia (igreja) como reunião de pessoas, povo ou assembleia em nome do Senhor Jesus. É uma instituição composta de seres humanos dotados de sentimentos, desejos e volição. Nesse caso, a igreja é "humana" em sua constituição e composição.
2 A dimensão relacional da igreja. Onde há pessoas, há relacionamentos, A Santíssima Trindade nos mostra um Deus relacional. As trinas pessoas relacionam-se comunitária, intensa e espontaneamente. (Mc 1. 9-13; Jo 5.17,19-28). Assim, a igreja expressa a dimensão relacional da Santíssima Trindade entre os seus membros. É ai, que a família cristã está habilitada a relacionar-se como Igreja de Cristo, tanto com o Pai (Mc 12. 30) como com o próximo (Mc 12.31). Assim, a igreja está pronta para acolher as famílias e suas idiossincrasias.
3. O relacionamento familiar na igreja. Não há dúvidas de que servir a Deus numa igreja local juntamente com toda a família é uma bênção. No entanto, para que este relacionamento continue a abençoar vidas é preciso zelar pelos seguintes princípios: (l) Na igreja local, a família não deve se fechar em si mesma: (2) Não deve haver motivações que desrespeitem a liderança constituída ou a qualquer outra pessoa; (3) A família deve investir tempo para se relacionar com outras famílias também.
4. A família do obreiro. O exercício do ministério não dispensa o obreiro de sua responsabilidade como esposo e pai Infelizmente, em algumas igrejas locais, é comum cobrarem da família do pastor um padrão de perfeição que nem o Evangelho preceitua. Prevenção ao pecado e vida de retidão na presença de Deus e diante da sociedade são atributos peculiares a toda família cristã. Porém, é preciso reafirmar que a família do pastor é igual à de qualquer outra pessoa A esposa do pastor tem nome, e os filhos também, e precisam dos mesmos cuidados que as demais famílias da igreja precisam.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A igreja local é uma instituição Composta de distintos seres humanos. Aqui está a dimensão humana da Igreja.
III - A FAMÍLIA NA IGREJA LOCAL
1. A comunhão da família. No Salmo 133.1 lemos: "Oh! Quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em união!". Apesar de alguns pregadores interpretarem este texto de maneira, alegórica, dando a ele uma simbologia espiritual, neste versículo o salmista Davi se refere á família de irmãos de sangue em crise, ou, de acordo com Matthew Henry, o homem segundo o coração de Deus escreve "esse salmo por ocasião da união entre as tribos quando todas elas se uniram unânimes para fazè-lo rei' Logo, o Salmo davídico pronuncia a benção para uma família que anda em comunhão: Irmãos e irmãs que vivem em paz no lar e fora dele são tão valiosos quanto o óleo que ungiu Arão, o sumo sacerdote. Numa casa pacifica e unida, as bênçãos do Senhor se manifestam.
2. Envolvendo-se com o Corpo de Cristo. A leitura bíblica em classe, particularmente os versículos 7, 11, 12, 13 e 15, destaca o exemplo de familiares unidos pela causa do Evangelho. O apóstolo Paulo muito se contentou com o esforço empregado em cada família na causa do Reino de Deus. Quando a família sente-se alegre em ir à igreja para adorar a Deus é uma grande bênção (Sl 122. 1). Ela participa ativamente do culto e não se porta como mera assistente. São momentos preciosos que influenciarão a família por toda a vida.
3. Toda a família na casa de Deus. A igreja local é o espaço religioso onde adoramos a Deus e proclamamos o Evangelho. Nada pode impedir este ideário cristão. Por isso, a família chamada por Deus é convocada a depositar o seu talento na causa do Evangelho. No ensino na pregação, na música ou qualquer outra atividade que vise pregar o evangelho e edificar a Igreja de Cristo. a família cristã deve estar lá. Não deixe de ir aos cultos, à Escola Dominical e aos encontros da sua Igreja. Esta rotina glorificará a Deus, e edificará você e a sua família.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Toda a família deve se envolver com as atividades da igreja. Ali, é o espaço religioso onde adorados a Deus e proclamamos o Evangelho de Jesus.
CONCLUSÃO
Na lição desta semana vimos que a família é o elemento básico da igreja local. Esta, por sua vez, deve ser uma comunidade acolhedora de famílias carentes. E a família chamada por Deus, tem o privilégio de servir ao Altíssimo juntamente com outras famílias numa igreja local. Aqui, somos ensinados, edificados e exortados a representar o Reino de Deus neste mundo moderno.
Portanto, não perca tempo: envolva-se com a sua igreja local, pois esta precisa de você e toda a Sua família.
AUXÍLIO BIBLIOGRAFICO I
Subsidio Vida Crista
"Em plena época do Cristianismo, à luz das ricas revelações bíblicas, fatos que ocorreram há milhares de anos tornam a se repetir. Os desígnios de Deus se chocam com as atitudes dos homens, que não somente vivem no chamado 'século das luzes', mas também dizem ser iluminados pelo Espírito Santo de Deus. Reportemo-nos aos exemplos das boas relações entre Jovens e velhos, de um período de 1500 a. C, com Moisés e Josué, até aos dias de Paulo e Timóteo, ocasião em que a luz dos conhecimento quer seculares, quer espirituais, era incompativelmente mais fraca e as revelações de Deus esporádicas. Se pela vontade e orientação de Deus, esses homens da Antiguidade foram capazes de evidenciar um relacionamento exemplar, por que entre os cristãos de hoje, constata-se a realidade dos abismos de gerações? Por que há tanta divergência até entre pais e filhos que têm em mãos a infalível Palavra de Deus? Por que muitos pais, ao nascerem os filhos, recebem-nos com desgosto? Por que tanta insubmissão aos velhos? Por que há filhos que se sentem tão independentes dos pais, mesmo quando dependem deles para tudo?” (SOUZA, Estevam Ângelo. ...e fez Deu s a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 .ed Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.251-252).
AUXÍLIO BIBLIOGRAFICO II
Subsídio Teológico Pastoral
A Família do Pastor
Um recente best-seller sobre o ministério pastoral contém um capítulo intitulado ‘Alerta: O ministério Pode Ser uma ameaça para Sua Família’. Por mais chocante que seja, o titulo reflete com precisão a realidade do ministério pastoral hoje. Uma pesquisa pastoral realizada em 1992, puplicada em um importante jornal, descobriu as seguintes dificuldades significativas que produzem problemas conjugais nas famílias dos pastores:
81% tempo insuficiente em conjunto
71% uso do dinheiro
70% nível de renda
64% dificuldade de comunicação
63% expectativas da congregação
57% quanto ao lazer
53% dificuldades na criação dos filhos
46% problemas sexuais
41% rancor do pastor com relação a esposa
35% diferenças quanto a carreira ministerial
Hoje em nossos dias, ninguém questiona o fato óbvio de que a maioria dos pastores e suas famílias estão sofrendo pressões cada vez maiores por causa do ambiente em que estão ministrando. Isso não é de surpreender quando se reflete sobre a natureza do ministério. Considere estas pressões envolvidas no pastorado:
1. O pastor envolve-se com o humanamente impossível – lida com o pecado na vida das pessoas.
2. O pastor cumpre um papel que nunca se completa – resolve problemas que vão se multiplicando.
3. O pastor serve sob uma credibilidade cada vez mais questionada aos olhos da sociedade.
[...] 8. O pastor e a sua família parecem viver em um aquário que todos podem observar.
[...] 10. Como figura pública, o pastor pode receber as mais dura críticas tanto da comunidade como da congregação.
Ninguém que reflita um pouco pode negar que o ministério é potencialmente perigoso para o casamento e a família do pastor. Mas seria isso mesmo? Ou melhor, é necessário que seja assim? Ou mais importante, Deus quer que seja assim? (MACARTHUR, John JR. (Ed.). Ministério pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 7. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 163-164).
VOCABULÁRIO
Volição: Ato pelo qual a vontade se determina a alguma coisa. Idiossincrasias: Maneira de ver, sentir, reagir própria de cada pessoa.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, que importância não pode ignorar em relação a família?
R: A funcionalidade da igreja local junto a família.
2. Além de ser a elemento básico da funcionalidade da igreja, a que é a família?
R: É a extensão da igreja local.
3. Descreva a natureza humana da igreja?
R: A igreja é uma instituição composta de seres humanos dotados de sentimentos, desejos e volição.
4. Que bênção o salmo davidico pronuncia?
R: Irmãos e irmãs vivendo em paz é como a preciosidade do óleo que ungiu o sumo sacerdote Arão.
5- Você e o sua família se envolvem com a sua igreja local?
R: Resposta pessoal.
BIBLIOGRÁFIA SUGERIDA
LIMA, Elinaldo Renovato der Ética. Cristã: Confrontando os Questões Morais do Nosso Tempo. I. ed - Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
SOUZA, Estevam Ângelo. fez Deus a família: o padrão divino para um lar feliz. 1. ed. R.io de Janeiro; CPAD, I 999.
HUGHES, Barbara; Kent, Disciplinas da Família Crista. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
Revista Ensinador Cristão CPAD. n° 54, p.42.
A família tem importante participação na igreja. Pelo que se entende do Livro de Atos, a igreja cresceu muito nos lares, pois, por causa da perseguição, as reuniões começaram a ser feitas em residências familiares. Quando Pedro foi aprisionado por Herodes na época da páscoa, a igreja estava em contínua oração pelo apóstolo a Deus na casa de João Marcos, até que ele foi solto. O Espírito Santo de Deus desceu em uma reunião na casa de um centurião chamado Cornélio, enchendo a todos de forma que falaram em línguas da mesma forma que os seguidores de Cristo em Jerusalém falaram. Portanto, não devemos nos surpreender com a interação entre igreja e família descrita na Palavra de Deus.
A igreja é formada por famílias. A unidade familiar é preponderante para a formação da igreja local. Temos ciência de que há diversas pessoas que congregam em nossas igrejas sem que suas famílias (pais, irmãos, avós, cônjuges ou filhos) pertençam à fé evangélica, mas isso não diminui a qualidade daquela pessoa, pois ali existe uma representação familiar. Aquela pessoa ora a Deus por seus familiares.
A igreja fortalece a família. Se por um lado a igreja deve ser composta de famílias, é certo que a igreja fortalece os relacionamentos familiares e a comunhão entre irmãos congregados. Na igreja, a família é fortalecida por meio do ensino cristão sistemático, respeitadas as devidas faixas etárias com suas necessidades próprias. Na igreja a família aprende a ter comunhão com outras pessoas e famílias, aprende a contribuir para o sustento do templo, a desenvolver seus talentos e o poder da oração.
A família do obreiro - Nossos ministros precisam de nossas orações não apenas por eles mesmos, mas também por suas famílias. Não raro, há obreiros \ que são atacados indiretamente por Satanás, que atingindo a família deles, os atinge também. É triste ver um filho de pastor fora dos caminhos do Senhor, mas é ainda mais triste ver que na congregação há pessoas que murmuram e acusam o ministro por essa situação. Ao invés de orarem por seu pastor e pela família que ele tem, falam mal do obreiro, mas quando um dos seus precisa de oração, é ao pastor que recorrem pedindo oração e até visitas! Aprendamos a interceder por nossos ministros e por suas famílias, pois são alvo dos ataques do Inimigo. Demonstremos amor por nossos líderes apresentando seu lar ao Senhor, para que toda a família possa estar diante de Cristo, pois um dia nós mesmos podemos precisar dessas orações.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÁO
A igreja local tem grande valor para a formação espiritual das famílias cristãs.
E a única instituição em que o cristão e sua família podem apoiar-se, neste mundo de mudanças e incertezas, sendo abençoado por Deus em todas as áreas da sua vida. Os lares em geral estão sofrendo terríveis ataques das intempéries espirituais que combatem contra a família, e muitos não têm resistido e sucumbido espiritualmente. A escola é uma instituição prejudicada pelas falsas visões de mundo, sendo dominadas pelo materialismo. Só resta a igreja, fundamentada na Palavra de Deus como ponto de apoio espiritual e moral para a família.
I - CONCEITOS IMPORTANTES
1. A Igreja no sentido universal.
Nesse aspecto, Ela é chamada de o “Corpo de Cristo”, ou a “Noiva do Cordeiro”. Essa é formada por todos os crentes, salvos, vivos (ou mortos), santos e fiéis. Só pode ser vista, ao mesmo tempo, por Deus, que, do seu trono, vê todas as pessoas, e todas as coisas, num “eterno agora”, no dizer de um grande teólogo. Como tal, a Igreja é um organismo espiritual, tendo Cristo como a Cabeça (Cl 1.18) e os crentes como seu Corpo. A Igreja, nesse aspecto, tem a administração espiritual, sobrenatural, sob a direção do Espírito Santo (Jo 14.26). Só precisamos colocar-nos sob sua dependência e tudo funciona bem.
É a essa Igreja que se refere o escritor do livro de Hebreus (Hb 12.22,23). Nessa Igreja (com “i” maiúsculo), só os salvos de verdade estão incluídos, tantos vivos, como os que já morreram, desde a fundação do mundo.
2. A igreja no sentido local.
No âmbito da igreja local, Ela é formada por pessoas que se unem, e se reúnem, para adorar e servir a Deus, em um determinado lugar (bairro, região, país, etc.), e é formada pelos crentes, salvos (ou não), e pode ser vista por Deus, e, também, pelas pessoas em geral. No meio dessa igreja (local), estão “o trigo” e “o joio”, ou seja, os crentes fiéis, e, ao mesmo tempo, aqueles que não são fiéis, ou santos.
Como organização, a igreja precisa de direção, de atividades, normas, de estatutos, e de ações humanas. É a igreja local o ambiente especial, consagrado para Deus, a fim de que as famílias e as pessoas em geral se reúnam para a adoração, para a pregação, o ensino, o discipulado e a assistência espiritual, moral ou social de que necessitem.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 136-137.
Igreja.
A Igreja foi instituída muitos anos depois, devido ao fato de a família e o governo terem fracassado na função de proteger o homem de si mesmo e do próximo.
O pecado básico do egoísmo ou da vontade própria, que dominava o coração do homem, havia levado a sociedade a uma condição terrível, de tal forma que a maioria dos seres humanos eram escravos de outros. E foi a esse ambiente pecaminoso que Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para morrer pelos pecados do homem, a fim de que este pudesse "renascer" e obter uma nova natureza.
Essa natureza o capacitaria a obedecer aos princípios, provados pelo tempo, e que o fariam chegar à felicidade e à realização pessoal: os princípios revelados na Palavra de Deus. E foi para ensiná-los aos homens que Ele fundou a Igreja.
O objetivo básico da Igreja que Jesus Cristo prometeu fundar era ensinar o Evangelho e os mandamentos de Deus (Mt 28.18-20).
Sempre que uma Igreja realiza sua obra de maneira positiva, ela fortalece as famílias que a compõem, e elas atuam como fator de estabilidade da sociedade, dando como resultado liberdade e oportunidades, que ainda não foram igualadas pelas culturas pagãs existentes no mundo. Quando a Igreja falha em sua função de ensinar, tanto a família como a sociedade sofrem as consequências disso.
Os melhores casamentos e famílias que há hoje em dia são os de lares cristãos, cujos membros frequentam assiduamente uma igreja que ensina os princípios bíblicos para o viver cristão. Os jovens que saem desses lares são a esperança do mundo, para a liderança do futuro.
O lar e a Igreja não são instituições situadas em campos opostos, mas, sim, instituições que se sustentam mutuamente. Na verdade, se não fosse pela Igreja, os humanistas de nossos dias - com suas doutrinas de que não existem valores absolutos e de que cada indivíduo deve fazer o que tem vontade – já teriam destruído nossa cultura.
Dando pouco ou nenhum valor ao lar, eles já o teriam abolido se pudessem, passando ao governo a tarefa de criar os filhos menores. Isso poderia dar certo no que diz respeito ao controle da mente, mas certamente destruiria a liberdade do homem, sua felicidade e realização pessoal. Qualquer coisa que for nociva ao lar é inimiga da sociedade, e o humanismo se tornou o maior fator de destruição da família em nossa cultura.
IBADEP. Família Cristã. pag. 28-29.
I - FAMÍLIA: O ELEMENTO BÁSICO DA IGREJA
1 - Sem a família a igreja não funciona.
O pastor (1 Tm 3:1-7)
De acordo com o Novo Testamento, os termos "bispo", "pastor" e "presbítero" são sinônimos. A palavra bispo significa "supervisor", e os presbíteros têm a responsabilidade de supervisionar o trabalho da igreja (At 20:17, 28; 1 Pe 5:1-3). "Presbítero" é a tradução do termo grego presbutes, que significa "um ancião". Paulo usa o termo presbitério em 1 Timóteo 4:14, referindo-se não a uma denominação, mas ao conjunto de presbíteros da assembleia que ordenaram Timóteo. Os presbíteros e bispos (dois nomes para o mesmo cargo, Tt 1:5, 7) eram pessoas maduras, com sabedoria espiritual e experiência espiritual. Por fim, o termo "pastor" também tem o sentido de "pastor de ovelhas", aquele que conduz e cuida do rebanho de Deus.
Quando comparamos as qualificações apresentadas nesta passagem para os bispos com aquelas apresentadas para os presbíteros em Tito 1:5-9, vemos que, na verdade, todas se referem ao mesmo cargo. No período apostólico, a organização da igreja era bastante simples: havia os pastores (bispos, presbíteros) e os diáconos (Fp 1:1). Ao que parece, vários presbíteros supervisionavam o trabalho de cada igreja, alguns deles encarregados de "presidir" (trabalhar com a organização e o governo), outros, de ensinar (1 Tm 5:1 7).
Mas era necessário que esses homens fossem qualificados. É bom um cristão que está crescendo na fé aspirar ao cargo de presbítero, mas a melhor maneira de alcançá-lo e de desenvolver o caráter cristão é preencher os requisitos discutidos a seguir.
Tornar-se presbítero/bispo é uma decisão séria, que não era tratada levianamente na Igreja primitiva. Paulo apresenta dezesseis qualificações que deveriam estar presentes no homem que desejava servir como presbítero/bispo/pastor.
Irrepreensível (v. 2a). Esse termo significa, literalmente, "sem ter por onde pegar", ou seja, não deve haver em sua vida qualquer coisa que Satanás ou um incrédulo possa usar como um motivo para criticar ou atacar a igreja. Nenhum homem é impecável, mas devemos nos esforçar para ser irrepreensíveis e não merecer qualquer censura.
Esposo de uma só mulher (v. 2b). Todos as qualificações desta passagem são masculinas.
Apesar de haver amplo espaço para o ministério feminino na congregação local, o cargo de presbítero não está aberto a mulheres. No entanto, a vida do pastor em casa é importante, especialmente no que diz respeito a sua situação conjugal (o mesmo requisito aplica-se aos diáconos, de acordo com 1 Tm 3:12). Significa que um pastor não deve ser divorciado e casado pela segunda vez. Sem dúvida, Paulo não está se referindo à poligamia, pois nenhum membro da igreja, muito menos um pastor, seria aceito se tivesse mais de uma esposa. Também não está se referindo ao segundo casamento de viúvos, pois, tendo em vista Gênesis 2:18 e 1 Timóteo 4:3, por que um pastor nessa situação seria proibido de se casar novamente?
Por certo, os membros da igreja que haviam perdido o cônjuge poderiam se casar de novo, então por que impor tal exigência ao pastor?
É evidente que a capacidade de um homem em conduzir o próprio casamento e lar indica sua capacidade de administrar a igreja local (1 Tm 3:4, 5). O pastor que se divorcia expõe a si mesmo e à igreja às críticas de pessoas de fora e, dificilmente, membros da congregação que passam por problemas no casamento se aconselharão com um pastor que não conseguiu manter a integridade do próprio casamento. Não vejo motivo algum que impeça cristãos consagrados que tenham se divorciado e casado novamente de servir em outros cargos da igreja, mas são desqualificados para os cargos de presbítero e de diácono.
Temperante (v. 2c). Significa "sóbrio".
"Que demonstra temperança em todas as coisas" (2 Tm 4:5, tradução literal) ou "que mantém a cabeça no lugar em todas as situações".
O pastor precisa exercitar o julgamento sóbrio e sensato em todas as coisas.
Sóbrio (v. 2d). Deve ter seriedade em sua atitude e em seu trabalho. Isso não significa que não possa ter senso de humor ou que deva ser sempre taciturno e solene. Antes, indica que ele sabe o valor das coisas e não vulgariza o ministério nem a mensagem do evangelho com um comportamento tolo.
Modesto (v. 2e). Uma boa tradução para esse termo é "ordeiro". O pastor deve ser organizado em sua forma de pensar e de viver, bem como no ensino e na pregação.
Trata-se do mesmo termo grego usado em 1 Timóteo 2:9 ("modéstia") com referência aos trajes das mulheres.
Hospitaleiro (v, 2f). Literalmente, "que ama o forasteiro". Esse era um ministério importante da Igreja primitiva, quando os cristãos que viajavam precisavam de um lugar para se hospedar (Rm 12:13; Hb 13:2; 3 Jo 5-8). Mas mesmo nos dias de hoje, o pastor e a esposa que demonstram hospitalidade são de grande ajuda para a comunhão da igreja local.
Apto para ensinar (v. 2g). O ensinamento da Palavra de Deus é um dos principais ministérios do presbítero. Na verdade, muitos estudiosos acreditam que "pastores e mestres", em Efésios 4:11, se refere a uma só pessoa com duas funções. Um pastor é, automaticamente, um mestre (2 Tm 2:2, 24).
Phillips Brooks, famoso bispo norte-americano do século XIX, disse: "A aptidão para ensinar não é algo que se obtém por acidente nem por um irrompimento de zelo ardente".
O pastor deve ser um estudioso dedicado da Palavra de Deus e de tudo o que o ajude a conhecer e a ensinar a Palavra. O pastor que tem preguiça de estudar é uma calamidade no púlpito.
Não dado ao vinho (v. 3a). O termo no original descreve uma pessoa que passa um longo tempo com uma taça de vinho na mão e, portanto, bebe em excesso. O fato de Paulo aconselhar Timóteo a usar vinho com fins medicinais (1 Tm 5:23) indica que não se exigia a abstinência total dos cristãos. Infelizmente, alguns dos membros da igreja de Corinto embebedavam-se até nas refeições de comunhão que acompanhavam a Ceia do Senhor (1 Co 11:21). Os judeus diluíam o vinho com água para que não ficasse forte demais. Naquele tempo, sabia-se que a água não era pura, de modo que seria mais saudável beber com moderação o vinho diluído.
Existem, porém, diferenças enormes entre o uso cultural do vinho nos tempos bíblicos e o subsídio da indústria do álcool hoje. A admoestação e exemplo de Paulo, em Romanos 14 (especialmente Rm 14:21), se aplica, de modo especial, a nosso tempo.
Um pastor piedoso certamente deseja dar o melhor exemplo possível e não ser uma desculpa para o pecado na vida de alguns irmãos mais fracos.
Não violento (v. 3b). "Que não seja contencioso nem procure briga." Charles Spurgeon dizia aos alunos do seminário: "Não andem pelo mundo afora com os punhos fechados, prontos para lutar e carregando um revolver teológico na perna das calças".
Cordato (v. 3c). Uma tradução mais apropriada seria "amável". O pastor deve ouvir as pessoas e ser capaz de aceitar críticas sem reagir. Deve permitir que outros sirvam a Deus na igreja sem fazer imposições.
Inimigo de contendas (v. 3d). Os pastores devem sempre ser pacificadores, não agitadores. Isso não significa fazer concessões indevidas em questões de fé, mas discordar sem ser desagradáveis. Quem tem pavio curto, normalmente, não tem um ministério longo.
Não avarento (v. 3e). Paulo fala mais sobre o dinheiro em 1 Timóteo 6:3ss. Os que não têm consciência nem integridade podem usar o ministério como um modo fácil de ganhar dinheiro. (O que não significa que os pastores ganhem tão bem na maioria das igrejas!) Os pastores cobiçosos sempre têm "negócios" paralelos, e tais atividades corrompem seu caráter e servem de empecilho a seu ministério. Os pastores não devem trabalhar "por sórdida ganância" (1 Pe 5:2).
E possível cobiçar muitas coisas além de dinheiro: popularidade, um ministério grandioso que lhe dê projeção, cargos mais elevados dentro da dominação.
Uma família temente a Deus (w. 4, 5). Isso não significa que o pastor deva ser casado ou, se for casado, que deva ter filhos. No entanto, é provável que o casamento e a família façam parte da vontade de Deus para a maioria dos pastores. Se os próprios filhos de um indivíduo não lhe obedecem nem o respeitam, dificilmente sua igreja lhe obedecerá e respeitará sua liderança. Para os cristãos, a igreja e o lar são uma coisa só.
Devemos administrar ambos com amor, verdade e disciplina. O pastor não pode ser uma pessoa em casa e outra na igreja. Se isso acontecer, seus filhos perceberão, e haverá problemas. Os termos "governe" e "governar", em 1 Timóteo 3:4, 5, significam "presidir sobre algo, dirigir", e indicam que é o pastor quem dirige os negócios da igreja (não como um ditador, obviamente, mas como um pastor amoroso cuidando de seu rebanho - 1 Pe 5:3). O termo traduzido por "cuidar", em 1 Timóteo 3:5, indica um ministério pessoal às necessidades da igreja. É usado na parábola do bom samaritano para descrever o cuidado deste para com o homem ferido (Lc 10:34, 35).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 285-287.
1 Tm 3.1-13 A palavra bispo (ou ancião) pode se referir a um pastor, a um líder da grega. ou ao pastor presidente. £ louvável desejar ser um líder espiritual, mas os padrões exigidos são altos Paulo enumera algumas das qualificações aqui. Você |á ocupa uma posição de liderança espiritual, ou gostaria de ser líder algum dia? Compare sua vida aos padrões de excelência de Paulo. Aqueles quo têm grandes responsabilidades devem satisfazer a altas expectativas.
1 Tm 3.1-13 As listas de qualificações para a liderança da igreja mostram que, viver uma vida irrepreensível e pura exige esforço e autodisciplina. Todos os crentes, ainda que nunca planejem ser líderes da igreja, devem se esforçar para seguir estas diretrizes porque são compatíveis com o que Deus diz ser verdadeiro e correto. A torça para viver de acordo com a vontade de Deus vem de Cristo.
1 Tm 3.2 - Ao dizer que todo bispo deveria ser fiel à sua esposa. Paulo esta proibindo tanto a poligamia como a promiscuidade. Isto não impede que um jovem solteiro se torne bispo, nem que um ancião viúvo se case novamente.
1 Tm 3.4,5 Os trabalhadores e voluntários cristãos às vezes cometem o erro de pensar que seu trabalho é tão importante que eles o usam como justificativa para ignorar suas famílias. A liderança espiritual, porém, deve começar em casa. Se um homem não está disposto a cuidar, disciplinar, e ensinar seus filhos, não está qualificado para liderar a igreja. Não permita que suas atividades voluntárias diminuam suas responsabilidades familiares.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1704.
Bispo ( gr. episkopos)
(1 Tm 3.2; At 20.28; Fp 1.1; Tt 1.7)
O termo grego episkopos significa aquele que supervisiona.
No Novo Testamento, o bispo ou ancião é aquele que supervisiona uma congregação. Em Atos 20.17,28, os anciãos, os bispos, da igreja em Éfeso são chamados a cuidar do rebanho. Tais presbíteros eram responsáveis pelas questões internas da igreja; e, ao que parece, havia vários deles em posição de tal responsabilidade em toda igreja local (At 14.23; Tt 1.5-7). Após a época inicial do Novo Testamento, tornou-se costume, então, designar um presbítero especificamente como dirigente e dar-lhe o título próprio de bispo.
1 Tm 3.1-16 — Na discussão sobre como se portar na casa de Deus, Paulo se volta agora para o líder. Há dois oficiais na igreja, segundo as Escrituras: o bispo (gr. episkopos), pastor, ministro ou presbítero e o diácono (gr. diakonos). O pastor ou pregador do evangelho deve viver para o evangelho e do evangelho (1 Co 9.14). É este o seu chamado.
O diácono serve na igreja local, mas não vive somente para esse fim nem desse serviço; nenhuma passagem diz que seja chamado para isso, inclusive como forma de sustento. Não há padrões duplos de vida cristã. O que deve se aplicar a todo cristão tem de se aplicar aos líderes na casa de Deus. E muito adequado que haja padrões de conduta para os líderes em uma igreja local. Aqui está uma boa lista como referência.
1 Tm 3.1 — Episcopado. Esta palavra grega se refere a uma pessoa que se encontra na posição de supervisionar uma congregação cristã. Em muitas passagens do Novo Testamento, as palavras gregas para bispo e presbítero são usadas de forma alternada como referência ao mesmo cargo (Tt 1.5-7).
1 Tm 3.2 — Irrepreensível significa alguém não sujeito a punição ou repreensão. A ideia não é que um bispo ou ministro não cometa mais pecado, mas, sim, que mostre uma conduta cristã madura e consistente que não dá margem para vir a ser acusado de algum erro grave. O sentido literal de marido de uma mulher é o tipo de homem de uma só mulher. Essa expressão tem sido interpretada como uma forma de excluir do cargo todos os que sejam imorais ou polígamos, ou como referência específica àqueles que se casem novamente após uma separação ou divórcio. É uma qualificação também para os diáconos (v. 12). Sóbrio significa sem bebida, lúcido; significa ter controle do próprio corpo e da mente. E um estado de espírito de equilíbrio, resultante de autocontrole. Honesto significa sincero e disciplinado. Hospitaleiro significa que recebe bem os estranhos. A casa de um ministro cristão deve estar aberta aos propósitos do ministério.
Apto para ensinar também poderia ser traduzido por qualificado para ensinar ou que se dispõe a ensinar. Uma vez que tem a ver com caráter, parece melhor entender essa qualificação como de alguém que se  ispõe a ensinar, como uma necessidade para o homem de Deus (1 Timóteo 5.17; 2 Timóteo 2.24; Tito 1.9 mostram a exigência de o presbítero ser capaz de ensinar).
1 Tm 3.3 — Não dado ao vinho significa não viciado em bebida alcoólica. Não espancador tem sido traduzido também por não violento. O bispo ou presbítero não deve ser propenso a briga, a violência e a querer agredir fisicamente as pessoas.
Não cobiçoso de torpe ganância. Não deve ter uma atitude egoísta em relação ao dinheiro ou aos bens. Isso é também uma advertência para os líderes de igrejas quanto à devida administração das finanças da casa de Deus.
Não contencioso significa que não discute, não cria problemas; é a qualidade do homem pacífico.
O bispo ou presbítero deve contender pela fé, sem ser contencioso. Não avarento significa literalmente que não ama a prata (1 Tm 6.9). Observe que essa é a segunda advertência aqui sobre dinheiro.
Alguns presbíteros em Éfeso estavam recebendo ajuda financeira para o ministério (1 Tm 5.17,18). Paulo os exorta para que não deixem que o desejo de obter seu ganho se tome sua maior prioridade.
1 Tm 3.4 — Governe significa que se coloque diante de, ou administre.
A sua própria casa. O presbítero deve administrar bem sua própria família. Seus filhos devem submeter-se à sua liderança com modéstia e respeito.
1 Tm 3.5 — Se um ministro for incapaz de governar a própria família, não terá cuidado devidamente de sua igreja. Ao passar de governar para ter cuidado, Paulo enfatiza o carinho do presbítero em sua função de apascentar a igreja local.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
2 - A família como extensão da igreja.
Podemos dizer que o lar deve ser uma extensão da igreja, e a igreja, uma extensão do lar. A família de Deus deve viver e conviver no ambiente do lar, de tal forma que a presença de Deus possa ser sentida, no seu seio, não apenas quando seus membros reúnem-se na igreja local.
Quando uma família serve a Deus, e os pais cultivam o saudável costume de realizar o culto doméstico, os filhos valorizam o lugar onde se adora ao Senhor coletivamente.
Para que a família, ou o lar, seja uma extensão da igreja local, é da maior importância que, no lar, haja um ambiente espiritual, que valorize a adoração a Deus. Se adolescentes e jovens, além de viverem plugados na internet, passam horas diante da televisão secular, assistindo novelas e outros programas alienantes, será muito difícil alcançar-se esse objetivo de ver a família integrada na igreja. A solução para possibilitar essa integração família-igreja e vice-versa é a realização do culto doméstico.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 137.
Através do CULTO DOMÉSTICO,SI 100.O segredo de se conseguir uma boa vida em família é simplesmente promover o relacionamento da família com Jesus Cristo. O culto doméstico é uma das formas de promover este relacionamento com Jesus, e trazer Deus para a família.
Apesar de o culto doméstico tomar muito pouco do nosso tempo, a maioria sempre tem alguma desculpa para não realizá-lo. Vejamos alguns motivos apresentados para não se realizar o culto doméstico: Nem todos almoçam ou jantam à mesma hora. Atividades extracurriculares.
Não sabemos como fazê-lo. Não temos tempo. Não recebemos instruções neste sentido. Acho que não saberíamos conduzir as coisas. Não sei orar. Nunca oramos em voz alta. Não sabemos orar tão bem como os outros. Não saberíamos começar. Minha esposa pode tomar a iniciativa. Eu ficaria meio acanhado e as crianças também. Essa objeções nada mais são do que meras desculpas. Se uma família não sabe orar em conjunto, na certa é uma família que também não "conversa".
1) Como Realizar O Culto Doméstico. A Oração às refeições. Sugerindo um plano de oração:
♦          Segunda feira: a "oração da fé". Cada um escolhe um motivo de oração.
♦          Terça feira: oração pelos membros da família, próximos e distantes.
♦          Quarta feira: a oração do Pai Nosso.
♦          Quinta feira: oração pelos missionários.
♦          Sexta feira: oração de confissão. Cada pessoa confessa um pecado seu que está perturbando a paz da família.
♦          Sábado: oração pela igreja.
♦          Aos domingos: nosso culto é o da igreja. Louvor, hinos, corinhos, etc. Leitura de um texto das Escrituras. Uma Palavra sobre o que foi lido, do Pai, da Mãe ou de um dos filhos. Todos devem participar da oração, do cântico e da leitura da Bíblia.
Apresentando os filhos para Deus. (I 1 Ts 1.7; Jó 1.5; Hb7.25).
1. A oração sacerdotal dos pais. Feliz é o filho que, vez por outra, encontra o pai ou a mãe de joelhos, ou os vê levantarem cedo, ou dirigem-se a um lugar à parte em busca da comunhão do Senhor.
A oração não é um mero exercício espiritual. É uma transação que se realiza com Deus. Em uma casa onde o altar da oração está de pé, ali o diabo não terá vez para armar a sua tenda, pois só Jesus reinará como Senhor.
2. Apresentando através da benção, Mc 10.6; Ex. Abraão, Jacó e Jesus, Hb 11.20: Gn 48.15
SILVA. Josué Gonçalves da. Família Os segredos do sucesso de uma família bem ajustada. Editora Mensagem Para Todos.
II - A IGREJA ACOLHENDO AS FAMÍLIAS
1. A natureza humana da igreja.
A IGREJA ACOLHENDO AS FAMÍLIAS
A maior parte das famílias, no mundo atual, está desorientada, sem rumo e sem segurança, em direção à eternidade. O espírito do anticristo trabalha diuturnamente para destruir a instituição familiar. A Igreja do Senhor Jesus Cristo é a única entidade, no mundo, que se preocupa com o futuro espiritual da família. E no ambiente da igreja local, que a comunidade em sua volta pode descobrir que existe uma proposta relevante para o fortalecimento do casamento, do lar e da família.
Em todos os lugares onde há pessoas, há problemas de relacionamento humano. A igreja, no seu aspecto local., não poderia ser diferente.
Ela não é formada por anjos, ou por espíritos, mas por pessoas, de carne e osso, com suas virtudes e defeitos. Só a igreja no seu sentido universal, como noiva do Cordeiro, é que não tem problemas ou defeitos. As lideranças cristãs devem atentar bem para a realidade humana, na igreja local.
Não há mais lugar, nos tempos presentes, para governos autocráticos e prepotentes, que dirigiam a igreja como se fossem seus donos ou seus capatazes, com poderes absolutos sobre as vidas das pessoas e de suas famílias.
Esse estilo foi causador de muitas divisões e descontentamentos, e matou muitas pessoas, excluídas por motivos banais, sem fundamento bíblico. Esse tempo passou.
Por outro lado, não se deve admitir que a igreja local é espaço para o governo democrático, no sentido sociológico da palavra, como “governo do povo, pelo povo e para o povo”. Esse estilo também mata.
Conduz o povo ao liberalismo e ao relativismo, que ignora os ditames da Palavra de Deus. Mas é possível, com sabedoria e graça de Deus, desenvolver-se uma liderança participativa. Primeiro, com a participação de Deus, através do Espírito Santo, governando o lado espiritual.
Em segundo lugar, com a participação da liderança, em harmonia e integração com os liderados, nas decisões de ordem humana ou administrativas.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 138.
            IGREJA
a. O vocábulo grego ekklesia significa, basicamente, «os chamados para fora». dando a entender um grupo distinto. selecionado e tirado para fora de algo. Ê verdade que essa palavra nem sempre se refere a um grupo religioso, pois no grego clássico era empregada para indicar assembleia», «reunião convocada pelo arauto», «assembleia legislativa». Em Atenas, essas assembleias governantes eram eleitas pelos seus concidadãos por determinado período de tempo. Portanto. a «assembleia» pode ser legislativa, política, social ou religiosa. (Ver Josefo, Antiq. 12.164; 19.332 e Atos 19:39).
b. Tal palavra pode significar apenas «reunião», «ajuntamento» (ver I Macabeus 3.13; Atos 19:32,40).
c. Referia-se à congregação judaica, especialmente quando reunida com finalidades religiosas, para observância dos ritos religiosos, (ver Deut. 31:30; Ju1. 20:2; Josefo, Antiq, 4.309 e Atos 7:38).
d. Ê usada para indicar a igreja cristã. um culto cristão, mas nunca o mero edificio das reuniões ou templo. (ver I Cor. 11:18; 14:4,9,28,35).
e. A «congregação» considerada como a totalidade dos crentes que vivem em um determinado lugar. Uma igreja local, que nos primeiros tempos se reunia em moradias comuns, (ver Mat. 18:17; Atos 5:11; I Cor. 4:17; 16:19; Rom. 16:5).
f. A igreja universal, mística, composta de todos os crentes de todos os tempos e de todos os lugares. Os quais aceitam Cristo como cabeça. Essa igreja é considerada como um organismo espiritual que tem Cristo por centro; e a união mística da igreja com Cristo se dá através do seu Espirito, e não devido a alguma organização. Portanto. transcende a denominações evangélicas. que defendem determinadas crenças ou governos eclesiásticos, (ver Mat. 16:18; Atos 9:31; I Cor. 6:4; Efé. 1:22; 3:10,21; 5:23 e ss, 5:27,29,32; Col. 1:18,24; Fil. 3:6; I Tim. 5:16). Quando está em foco a «igreja universal». São utilizadas expressões como «a igreja de Deus» ou «a igreja de Cristo», ver I Cor. 1:2; 10:32; 11:16.22; 15:9; 11Cor. 1:1; Gál. 1:13 quanto à expressão «igreja de Deus»; e Rom, 16:16 e I Tes. 1:1 quanto à expressão «igreja de Cristo». Outros nomes empregados são «igreja dos santos» (ver I Cor. 14:33); «igreja dos primogênitos» (ver Heb. 12:23); e «igreja primeira e espiritual» (ver 11 Clemente 14:1). O vocábulo grego figura nas páginas do N.T. por cento e quinze vezes.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Candeias. pag. 210.
O ministério da igreja.
Esse ministério é ao mesmo tempo interno e externo cobrindo os campos da auto-edificação e da evangelização daqueles que ainda não vieram a Cristo. Os dons do Espirito Santo (ver I Cor. 12 - 14) têm por finalidade precípua a edificação da igreja; mas os «evangelistas», dados à igreja como dotes, são especialmente preparados pelo Espirito para aumentar o número dos crentes. (Ver Efé. 4:13).
O ministério da igreja é, essencialmente, a continuação do mistério do próprio Cristo Jesus, e isso segundo a inspiração dada por seu alter ego, o Espirito Santo. O Senhor Jesus foi por toda a parte, «fazendo o bem», pois ele sempre se mostrou humanitário, amoroso e gentil. Cristo foi o mestre supremo e o supremo evangelista, como também foi o supremo pastor e o supremo inquiridor pela verdade e por Deus, além de ser o supremo achador de ovelhas perdidas. Cristo nomeou os «sub pastores», para que o imitassem. Estes têm o privilégio de fazer suas obras, e maiores ainda, contanto que tenham a fé para tanto (ver João 14:12). Aos sub pastores cabe pregar a Cristo como Senhor, e a eles mesmos como servos dos outros, por amor a Cristo (ver 11 Cor. 4:5). Esse ministério tem um aspecto social e outro individual, tal como se deu no caso do ministério de Cristo; mas a igreja jamais deve olvidar-se da responsabilidade de buscar o eterno bem-estar da alma humana individual. A igreja, em sua unidade composta de judeus e gentios, serve de divina ilustração sobre como Deus haverá de unir finalmente todas as coisas em Jesus Cristo, dentro de uma grandiosa restauração, que é o tema do «mistério da vontade de Deus», tal como se vê em Efé. 1:10. Assim pois, até mesmo ante os mais elevados poderes angelicais, a igreja é o teatro de Deus onde ele demonstra como está operando no cosmos; pelo que, de forma indireta, o ministério da igreja envolve até mesmo os poderes super-humanos. Bastaria isso para mostrar-nos a magnitude e a importância do ministério da igreja.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Candeias. pag. 214-215.
2 - A dimensão relacional da igreja.
As necessidades das pessoas.
A igreja não pode atender a todas as necessidades pessoais, mas pode usar os recursos concedidos por Deus para atendê-las da melhor maneira possível, com a graça, a sabedoria e a unção de Deus. Podemos resumir as necessidades das pessoas e de suas famílias, como se segue:
Necessidades espirituais
São as necessidades mais prementes do espírito humano. As pessoas, quando aceitam a Cristo como Salvador, vêm do mundo sentindo suas grandes necessidades espirituais. Elas necessitam de salvação, graça, conhecimento de Deus, amor de Deus, e de paz com Deus (Rm 5.1); suas almas anelam ter alegria espiritual (Lc 1.47); paz de espírito (Fp 4.6).
É Deus, através do Espírito Santo, quem satisfaz plenamente a essas necessidades. Mas é a igreja local que torna essa assistência concreta na vida das pessoas, evangelizando, congregando, cultuando, ensinando, discipulando, com amor e compreensão, e levando os crentes à dimensão espiritual mais elevada. Famílias bem discipuladas podem contribuir para o crescimento na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo (cf. 2 Pe 3.18).
Necessidades emocionais
São necessidades da alma. O salmista expressou esse tipo de necessidade, quando exclamou: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (SI 42.2).
As pessoas procuram a igreja porque esperam obter nela a satisfação dessas necessidades intangíveis, que os bens materiais não podem satisfazer. Através da adoração, da comunhão fraternal e do bom relacionamento humano; de momentos de confraternização, de atenção, empatia, dedicação ao relacionamento interpessoal, de aconselhamento, nos momentos de necessidade, bem como de momentos de sadia confraternização social, a igreja local torna-se acolhedora e relevante para a maioria dos que a ela se dirigem.
É fato que a igreja jamais poderá satisfazer às expectativas de todas as pessoas. Sempre haverá alguém insatisfeito. Nem Jesus Cristo satisfez a todos. Quando a liderança da igreja entende que as pessoas não têm só necessidades espirituais, mas emocionais e até físicas, ele pode ser bem-sucedido no seu ministério.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 138-139.
Mc 1.9 — O batismo de Jesus foi algo único, pois Ele não tinha pecado algum do que se arrepender. Isso mostrou que Ele se identificava com a obra de João e com o pecador por quem morreria. Também apontava para a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, para salvar os pecadores.
Mc 1.10 — Logo aparece 41 vezes no Evangelho de Marcos para indicar a atitude imediata exigida de um servo (v. 10,12,18,20,21). Deus levou Cristo a um confronto com Satanás logo no início do Seu ministério. O Espírito Santo veio para capacitar Cristo e dar-lhe poder para exercer Sua futura obra. Essa passagem (Mc 1.10,11) fala também da Trindade — um Deus que existe em três Pessoas distintas ao mesmo tempo: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A fórmula do batismo em Mateus 28.19 e em muitos outros textos nos ensina tal doutrina (2 Co 13.14; 1 Pe 1.2).
Mc 1.11 — Por três vezes durante o ministério terreno de Cristo, ouviu-se uma voz dos céus. Era a confirmação do Pai de que Cristo era Seu Filho unigénito. As outras vezes aconteceram na transfiguração (Mc 9.7) e no dia da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém (Jo 12.28).
Mc 1.12 — Marcos afirma que o Espírito o impeliu [Cristo] para o deserto. O verbo impelir também é usado para descrever Cristo expulsando demónios, e aparece mais duas vezes neste capítulo (v.34,39).
Mc 1.13 — Marcos descreve uma situação de conflito para chamar a atenção dos seus leitores. Ser tentado por Satanás é algo que acontece com todos os cristãos, mas Jesus triunfou completamente sobre Seu inimigo. Somente Marcos menciona os anjos que serviram a Cristo por 40 dias. Ele, talvez, tenha mencionado as feras para se dirigir especificamente aos cristãos de Roma que viam coisas terríveis no Coliseu.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 93.
O Batismo de Jesus vv. 9-13
Aqui temos uma breve narrativa do batismo e da tentação de Cristo, narrados mais detalhadamente em Mateus, capítulos 3 e 4.
I Seu batismo foi a sua primeira aparição pública, depois de viver muito tempo desconhecido em “Nazaré”.
Quanto valor oculto existe, neste mundo que está perdido na poeira do desprezo, e não pode ser conhecido, ou envolto no véu da humildade, e não será conhecido! Porém mais cedo ou mais tarde, será conhecido, assim como o valor de Jesus Cristo o foi.
1. Veja com que humildade Ele confessou a Deus Pai, ao vir para ser “batizado por João”, pois lhe era conveniente “cumprir toda a justiça”. Assim Ele assumiu a “semelhança da carne do pecado”, para que, embora Ele fosse perfeitamente puro e imaculado, ainda assim fosse lavado, como se tivesse sido contaminado; e por nós Ele se santificou, para que nós também pudéssemos ser santificados, e batizados com Ele (Jo 17.19).
2. Observe com que honra Deus o confessou, quando Ele se submeteu ao batismo de João. O Senhor honrou todos aqueles que o justificaram através da aceitação do batismo de João (Lc 7.29,30).
(1) Ele “viu os céus abertos”. Assim Ele foi reconhecido como sendo o Senhor do céu, e teve um relance da glória e do gozo que lhe estavam propostos, e assegurados a Ele, como recompensa pela sua missão. Mateus disse: “Eis que se lhe abriram os céus” (Mt 3.16). Marcos disse que Ele “viu os céus abertos”. Muitos têm os céus abertos para recebê-los, mas eles não os veem. Jesus Cristo não somente tinha uma clara presciência dos seus sofrimentos, mas também da sua glória.
(2) Ele viu “o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele”. Observe que quando pudermos ver o céu aberto para nós, então perceberemos o Espírito descendo e trabalhando em nós. A boa obra de Deus em nós é a evidência mais segura da sua boa vontade para conosco, e daquilo que Ele prepara para nós. Justino Mártir disse que quando Jesus foi batizado, um fogo se acendeu no Jordão e há uma tradição antiga de que uma grande luz brilhou ao redor do lugar. O Espírito traz luz e também calor.
(3) Ele ouviu uma voz cujo objetivo era incentivá-lo a prosseguir em sua missão, e por isso aqui se diz que ela se dirigia a Ele: “Tu és o meu Filho amado”. Deus Pai faz com que Ele saiba: [1] Que Ele não o amou menos por essa condição humilde e pobre à qual Ele tinha se humilhado.
Em outras palavras: “Embora destituído e sem reputação, Ele ainda é o meu Filho amado”. [2] Que Ele o amou ainda mais por ter se comprometido com essa missão generosa e gloriosa. Deus se compraz em Jesus, que seria o Mediador de todas as questões controversas entre Ele e o homem. Ele se compraz nele para comprazer-se conosco, nele.
A sua tentação. O bom Espírito que desceu sobre Ele, “o impeliu para o deserto” (v. 12). Paulo menciona isso como uma prova de que ele recebeu a sua doutrina de Deus, e não dos homens. Assim que foi chamado, não se dirigiu a Jerusalém, mas partiu para a Arábia (Gl 1.17). O afastamento do mundo é uma oportunidade de conversa mais livre com Deus, e por isso deve, às vezes, ser escolhido, por algum tempo, mesmo por aqueles que são convocados para grandes tarefas. Marcos observa essa circunstância de Cristo estar no deserto, dizendo que Ele “vivia entre as feras”. O fato de Jesus não ter sido destroçado pelos animais foi um exemplo do cuidado que o Pai tinha por Ele. Assim, Jesus foi encorajado, entendendo que Deus Pai proveria os alimentos necessários quando Ele tivesse fome. Proteções especiais são sinais de que seremos abastecidos, quando precisarmos.
Da mesma maneira, isso indicava a falta de humanidade dos homens daquela geração, em cujo meio Jesus deveria viver. Eles não eram melhores do que os animais no deserto; na verdade, eram muito piores. Nesse deserto:
1. Os espíritos malignos se ocuparam dele. Ele foi “tentado por Satanás” . Não por quaisquer influências internas (o príncipe deste mundo não tinha nele nada em que pudesse se prender), mas por solicitações externas.
A solidão sempre oferece vantagem ao tentador, por isso, “melhor é serem dois do que um”. O próprio Cristo foi tentado, não somente para nos ensinar que ser tentado não é pecado, mas para nos orientar para onde ir, em busca de auxílio, quando formos tentados. Devemos recorrer Àquele que sofreu, sendo tentado. Ele pode nos socorrer perfeitamente quando somos tentados, porque experimentou o sofrimento pessoalmente.
2. Os bons seres celestiais trabalhavam para Ele:
“Os anjos o serviam”, fornecendo-lhe tudo aquilo que Ele necessitava, e ajudando-o obedientemente. Observe que o ministério dos anjos bons a nosso favor é uma questão de grande consolo, em contraste com os maldosos desígnios dos anjos maus contra nós - entretanto, o que mais nos favorece é termos o precioso Espírito Santo morando nos nossos corações. Aqueles que o possuem são nascidos de Deus, e enquanto assim estiverem o mal não os tocará, muito menos triunfará sobre eles.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 405-406.
Mc 12.30,31 — O primeiro mandamento resume os quatro primeiros dos Dez Mandamentos. O segundo é a base dos mandamentos que vão do quinto ao décimo e referem-se à maneira como lidamos com nosso semelhante. Alguns estudiosos tentaram encontrar um terceiro mandamento: “ame a si mesmo”. No entanto, isso não é um mandamento, mas algo óbvio. Nós nos amamos mesmo. E por isso que corremos para pegar a caixinha de primeiros socorros quando nos machucamos.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 123-124.
Mc 12.29-31 - As leis de Deus não são difíceis de serem cumpridas: podem ser resumidas em dois princípios muito simples: amar a Deus e ao próximo. Estes mandamentos estão no AT (Dt 6.5: Lv 19.18). Quando vocè ama a Deus completamente e cuida do próximo como de si mesmo, está cumprindo os Dez Manda mentos e outras leis do AT. De acordo com Jesus, esses dois mandamentos resumem todas as leis de Deus. Deixe que elas governem seus pensamentos, suas decisões e ações. Quando não tiver certeza do que deve fazer, pergunte a si mesmo o que demonstrará melhor seu amor por Deus e pelo próximo.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1320.
3. O relacionamento familiar na igreja.
Laços psicológicos entre as pessoas
No relacionamento interpessoal, na igreja, observam-se as reações que normalmente afetam todas as pessoas, sejam crentes ou não. O ser humano não se livra de seus sentimentos positivou ou negativos pelo fato de aceitaram a Cristo. Seus temperamentos continuam com suas virtudes e defeitos. E precisam ser orientadas a cultivar as virtudes e evitar a expressão de suas fraquezas. Há mensagens abundantes na Palavra de Deus que orientam o bom relacionamento humano.
Antipatia Pode parecer estranho, mas há pessoas que sentem antipatia por outras.
E, quando esse fenômeno é acentuado, a igreja pode sofrer desgaste e suas ações podem não ser bem-sucedidas, nas diversas atividades. Se as pessoas não têm simpatia uma com a outra, o trabalho não produz. Na igreja, infelizmente, isso pode ser observado. O Diabo tem procurado cirandar muito, jogando uns contra os outros, provocando dissenção entre irmãos.
Simpatia
Quando há simpatia, há colaboração, há cooperação, e o trabalho da igreja rende mais. Paulo elogiou o trabalho de Tito e de companheiros que o ajudavam em seu ministério, identificando-se com ele (2 Co 8.22,23).
As igrejas precisam de pessoas com esse caráter; as famílias precisam desenvolver laços de amizade entre seus membros, para que possam levar esses sentimentos à igreja local. Entre o líder e os membros da igreja podem manifestar-se esses sentimentos, bem como entre o líder e seus colegas de ministério. É preciso vigiar as emoções. Deus não admite que aborreçamos um irmão. É perigoso e pode comprometer a salvação.
Quem aborrece a seu irmão é considerado assassino (1 Jo 3.15,16).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 139-140.
A Bíblia registra uma longa história de problemas interpessoais e quebras na comunicação, envolvendo a espécie humana. Adão e Eva, o primeiro casal, teve um desentendimento a respeito das razões que os levaram a pecar, no jardim do Éden. Seus dois primeiros filhos tiveram um conflito que acabou em homicídio. Depois disso, com a multiplicação da população, a terra se encheu de violência. Alguns anos após o dilúvio, os pastores de Abraão e Ló começaram a brigar, então houve rixas familiares e toda uma sucessão de guerras, que se estenderam por todo o Velho Testamento.
As coisas não eram muito melhores na época do Novo Testamento. Os discípulos de Jesus discutiam entre si sobre quem seria o maior, quando chegassem no céu. Na igreja primitiva, Ananias e Safira mentiram aos outros crentes, os judeus e gregos não se entendiam, e havia disputas doutrinárias. Muitas vezes, em suas cartas, o apóstolo Paulo comentou a desunião na igreja e rogou pela paz. Em suas próprias atividades missionárias, ele se envolveu em discussões, e em certa ocasião escreveu aos coríntios, expressando o temor de que, quando fosse visitá-los, encontrasse “contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho,” desordem e outras demonstrações de tensões interpessoais e pecado."
Embora a Bíblia registre muitos exemplos de discórdias, ela não faz vista grossa, nem deixa passar as contendas interpessoais, como se não fossem nada. Ao contrário, a contenda é decididamente proibida e os princípios para um bom relacionamento interpessoal são mencionados frequentemente. O livro de Provérbios, por exemplo, nos ensina a refrear a nossa língua e não caluniar, dizer a verdade, falar com educação, pensar antes de falar, ouvir atentamente, resistir à tentação dos mexericos, a evitar a lisonja e a confiar em Deus. A ira incontida, as palavras ásperas, o orgulho, a desonestidade, a inveja, a luta pelas riquezas e muitas outras características prejudiciais são citadas como fontes de tensão.
Não há nenhum outro livro na Bíblia que contenha tantos ensinamentos claros sobre as relações entre as pessoas quanto o livro de Provérbios.
Entretanto, outros trechos da Bíblia ensinam sobre isso. Grande parte do Sermão do Monte diz respeito às relações interpessoais. No período final de seu ministério, Jesus ensinou sobre a resolução de conflitos e interveio em diversas disputas. Paulo advertiu Timóteo a não ficar discutindo com as pessoas, principalmente sobre assuntos sem importância. Outras passagens bíblicas ensinam a viver em harmonia, a demonstrar amor e a trocar a amargura e a ira pela bondade, o perdão e a mansidão. Depois de alertar sobre as pessoas que causam contusão porque não controlam a língua, Tiago diz que as brigas e contendas são fruto da cobiça e da inveja. Então, em meio a uma excitante lista de regras práticas de comportamento, lemos a recomendação de Paulo para evitar as represálias - “não torneis a ninguém mal por mal’ — e fazer o possível para viver em paz com todos." Jesus e os escritores da Bíblia eram pacificadores que, através de seu exemplo e exortação, esperavam que os crentes de hoje também fossem pacificadores.
Quando meditamos a respeito das várias afirmações bíblicas sobre as relações interpessoais, podemos identificar vários temas.
1. Boas relações interpessoais começam com Jesus Cristo. A cada Natal, os cânticos e os cartões nos lembram que Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. Durante seu ministério, ele previu que haveria tensão entre os seus seguidores e os parentes e amigos incrédulos, mas a Bíblia diz que ele é “a nossa paz” e pode derrubar as barreiras interpessoais e as muralhas de hostilidade que separam as pessoas.
Os seguidores de Jesus receberam a promessa de uma paz interior sobrenatural que proporciona estabilidade interna, até mesmo em períodos conturbados e com muitas tensões interpessoais. A paz com Deus vem quando confessamos nossos pecados, pedimos a ele que assuma o controle da nossa vida e esperamos que ele nos dê a paz que a Palavra de Deus nos promete. Essa paz, por sua vez, deveria nos acalmar nos momentos de tensão interpessoal.
Por que, então, os cristãos parecem estar constantemente em conflito uns com os outros e com os incrédulos? Por que tantos de nós não conseguem viver bem com os outros?
2. As boas relações interpessoais dependem das características individuais. Não há nada errado em promover negociações entre pessoas em conflito, facções políticas, partes envolvidas em questões trabalhistas ou nações. Esses esforços para obter a paz geralmente são úteis, mas a Bíblia dá maior ênfase às atitudes e características das pessoas envolvidas nas disputas.
Em sua primeira carta aos coríntios, Paulo parece dividir as pessoas em três categorias.'
A primeira delas é composta dos homens naturais claro que existem diferenças individuais, mas esse grupo de pessoas é caracterizado por imoralidade sexual, corrupção, envolvimento com o ocultismo, ódio, discórdias, ciúme, raiva descontrolada, ambição egoísta, dissensões, facções, inveja e várias falhas no autocontrole. Essas pessoas podem desejar e até lutar pela paz, mas sua fundamental alienação de Deus faz com que lhes seja impossível atingir tanto a paz interior, quanto a paz com o semelhante. O segundo grupo, conhecido como homens carnais, entregaram sua vida a Cristo, mas nunca cresceram espiritualmente. Eles se comportam como incrédulos e se envolvem quase sempre em ciúmes e contendas. Como muitos membros das igrejas parecem fazer parte desse grupo, assistimos ao triste espetáculo de crentes que brigam entre si e com o próximo, às vezes violentamente. Alguns desses crentes carnais leem a Bíblia regularmente e têm bons conhecimentos teológicos, mas suas crenças são, em sua maioria, intelectuais e parecem ter pouca influência em sua vida e nas suas relações interpessoais.
Em contraste com estes, está o terceiro grupo, o dos espirituais. Estes são cristãos que se entregaram ao controle de Deus e procuram pensar e viver como Cristo. Algumas vezes, essas pessoas erram, fazendo algo que é da velha natureza, mas na maior parte do tempo sua vida mostra evidências cada vez maiores do “fruto do Espírito”: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Quando as pessoas passam por uma transformação interior, tem início um lento processo de transformação exterior. Com o tempo, isso permite que elas se relacionem melhor com as pessoas. Os conselheiros cristãos podem lembrar um princípio importante: para que possamos ter verdadeira paz interior e com os outros, é necessário ter primeiro paz com Deus. Essa paz vem quando as pessoas entregam sua vida a Cristo, se dedicam a adorar, orar e meditar na Palavra de Deus regularmente e mudam seus pensamentos e ações.
3. Boas relações interpessoais exigem determinação, esforço e habilidade. Um bom relacionamento interpessoal nem sempre acontece automaticamente, mesmo entre crentes sinceros. A Bíblia e a psicologia concordam que um bom relacionamento depende de um aprendizado constante e da aplicação de técnicas tais como: ouvir atentamente, observar, entender a si mesmo e aos outros, evitar os comentários desagradáveis e as explosões de temperamento, e se comunicar bem. Tudo isso se aprende; tudo isso pode ser ensinado por um conselheiro com discernimento.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento cristão edição século 21 pag. 270-272.
4. A família do obreiro.
A FAMÍLIA DO MINISTRO DA IGREJA
As atividades do ministério, quando se avolumam, tendem a causar dificuldades no relacionamento entre o obreiro, sua esposa e seus filhos.
Mas, segundo a Palavra de Deus, a família deve ter prioridade na vida do homem de Deus, sob pena de surgirem brechas que podem ser usadas pelo Inimigo para prejudicar a vida cristã. Neste estudo, abordamos alguns aspectos considerados importantes para que o relacionamento entre o obreiro e a família seja saudável e proveitoso. De todas as famílias que há, nas igrejas, a família do ministro, do líder, é a mais observada.
O obreiro precisa ser exemplo do rebanho (1 Pe 5.3) e exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12).
1. A vida conjugal do obreiro. O ministério não dispensa o obreiro dos deveres de esposo. Como tal, ele deve agir da melhor maneira possível. Nenhuma outra atividade exige da família identificação com o trabalho do esposo como a atividade de obreiro. O obreiro pode (e deve) comportar-se como esposo exemplar para as famílias da igreja.
2. Amando a esposa (E f5.25-29). Isso exige demonstrações práticas de carinho, de afeto. (Pv 31.29; Ct 4.1; 1.16), através de palavras, gestos (cf. 1 Jo 3.18). Para muitos, as expressões “eu te amo”, “gosto de você” e outras são coisas do passado. Sem essas pequenas coisas, o casamento do obreiro torna-se azedo, sem graça, e pode abrir brecha para a ação do inimigo. O exemplo do obreiro, no amor à sua esposa é referência para os casais e famílias sob seu pastoreio.
3. Comunicando-se com a esposa. A falta de comunicação entre obreiro e sua esposa tem sido uma das principais causas eficientes para o desgaste em seu matrimônio; o corre-corre do dia, os estresses do pastorado, os excessos de atividades ministeriais, com administração, viagens, compromissos diversos, atendimento pastoral, visitas pastorais, muitas vezes, não deixam tempo para o obreiro dedicar-se à esposa. O resultado, muitas vezes, é o esfriamento do amor conjugal. Há estudos que comprovam que a falta de diálogo, de conversa a dois, de atenção um ao outro, contribui mais para o adultério do que a atração ou sedução sexual.
Assim, é indispensável o obreiro refletir sobre sua agenda, e reservar tempo para comunicar-se com sua esposa. Davi tinha várias mulheres e concubinas. Mas, com o tempo, sofreu o desgaste do relacionamento com suas esposas, e acabou caindo em adultério, de modo gratuito e perigoso. O obreiro deve alimentar o melhor relacionamento com sua esposa, para que os impulsos carnais não sejam meios para a destruição do casamento e do seu ministério. As pessoas ouvem as pregações, mas observam a vida do obreiro.
4. Zelando pela esposa (Ef 5.29). Há obreiros que só querem zelo para si; não cuidam de suas esposas, na parte espiritual, emocional e física; muitos até envergonham-se da esposa, pela sua aparência física. Esse zelo expressa-se na honra à esposa (1 Pe 3.7). Há obreiros que se envergonham de suas esposas. Às vezes, por causa das marcas do tempo em suas mulheres, quando perdem a graça da juventude, há obreiros que deixam de se interessar por suas esposas; isso é brecha para o adversário penetrar no relacionamento.
Honrar a esposa, dando-lhe o apreço e o respeito necessário, é fator decisivo para uma vida conjugal ajustada e gratificante. E exemplo para as famílias da igreja que o obreiro dirige.
5. Zelando pelo casamento. O obreiro deve ter certos cuidados, no zelo pelo seu matrimônio. Deve usar sempre sua aliança; no gabinete pastoral, ter coisas que lembrem sua esposa e filhos (fotos); evitar envolvimento com pessoas da igreja, que possa causar prejuízo ao ministério e ao casamento; no aconselhamento, ter muito cuidado para não envolver-se com mulheres que estão em dificuldade matrimonial. Sabemos de diversos casos, em que o conselheiro caiu em pecado com a pessoa aconselhada, porque não orou nem vigiou acerca dos sentimentos, e envolveu-se no pecado do adultério, perdendo a reputação, a honra e o ministério. O diabo trabalha 24 horas por dia para destruir ministérios.
Ele não se impressiona com sermões bonitos, nem com operação de milagres. Ele foge do obreiro que anda de joelhos, na unção de Deus.
6. União com a esposa (1 Co 1.10). Essa união deve ser, não só espiritual, mas amorosa, afetiva; o obreiro deve, não só amar sua esposa, mas saber demonstrar esse amor, através de: Afeto, carinho, palavras (Ct 4.1,0; Pv 31.29); investir na intimidade com a esposa; gestos, abraços, carícias (1 Jo 3.18; 1 Pe 3.8); é preciso manter o namoro no casamento; zelando e fazendo o possível em favor do cônjuge (Ef 5.25,29). O amor deve ser o elo principal no relacionamento entre o obreiro e sua esposa. Se não houver amor, tudo pode desabar. Esse amor deve ser dominado pelo amor “ágape” (cf. 1 Co 13).
7. Cuidar da parte sexual (1 Co 7.3,5). E importante para o equilíbrio espiritual, emocional e físico do obreiro e sua esposa. Quando o casal não vive bem nessa parte, o Diabo procura prejudicar o relacionamento, a fim de destruir o ministério e a família. O Diabo tem trabalhado de modo constante para levar o obreiro a pecar nessa área. Ministérios têm sido destruídos por causa da infidelidade conjugal de muitos ministros pelo mundo afora.
8. Fugir das tentações. O obreiro, por mais que se considere santo, não está imune às tentações. Jesus em tudo foi tentado, mas não pecou (Hb 4.15). Se Jesus foi tentado; Davi foi tentado (e caiu vergonhosamente); Sansão foi tentado; Salomão foi tentado. O obreiro, nos dias presentes, não pode achar que está livre de cair em tentação. Alguns conselhos práticos podem resguardar o obreiro da vergonha da queda, e da destruição de seu ministério, do seu casamento, e da sua honra.
O OBREIRO E SEUS FILHOS
1. O relacionamento do líder da igreja loca com seus filhos. Tem grande importância para as famílias cristãs. Dentre as qualificações exigidas para o bispo (pastor, presbítero), destaca-se a capacidade de governar bem a sua casa, especialmente os seus filhos (1 Tm 3.4,5).
2. Os ataques à família do pastor. As famílias dos pastores de igreja são muito atacadas pelo Inimigo. O alvo principal é o seu líder. Muitas vezes, o comportamento dúbio do pai leva ao descrédito por parte da igreja: na igreja, é um santo; em casa, neurastênico, violento, sem amor. Isso destrói o lar. Mais devastador, ainda, são os escândalos na vida do obreiro: assassina a confiança dos filhos; destrói a confiança dos crentes e de suas famílias.
3. Cuidados no relacionamento com os filhos. Devem ser os mesmos que todo pai cristão precisa ter com seus filhos. Há pastores que são tão ausentes na vida dos filhos por dedicarem-se demasiadamente às tarefas ministeriais. Para eles, colocar o Reino de Deus e sua justiça em primeiro lugar significa deixar de lado tudo, inclusive a família. E um grande equívoco. Um velho pastor, que implantou quase 100 igrejas, me disse: “Ganhei tantas pessoas para Jesus. Mas perdi quase todos os meus filhos... porque não soube dar atenção a eles. Estão quase todos desviados. Se pudesse recomeçar, faria diferente. Cuidaria da igreja, sem deixar meus filhos em último plano”. Pastores não podem deixar de ser pais de verdade. São indispensáveis, na vida dos pastores, alguns cuidados com seus filhos: afeto, cuidados espirituais, comunicação e disciplina.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 140-143.
Vida Conjugal do Pastor
Método básico de apresentar o Evangelho de Jesus Cristo ao mundo é através da vida conjugal do pastor. Paulo nos diz, em Efésios 5.32, que o casamento cristão foi projetado por Deus para revelar ao mundo o mistério do relacionamento entre Cristo e a Igreja. Nenhum relacionamento conjugal na congregação é mais importante que o do pastor em comunicar essa mensagem — não apenas aos crentes, mas aos descrentes também. Em fins de 1994, havia 31.300 ministros credenciados das Assembleias de Deus nos Estados Unidos. Desse número, 84,8 por cento eram homens, e 15,2 por cento, mulheres. Pastores veteranos e membros credenciados do corpo de assistentes da igreja eram responsáveis por 53,2 por cento das designações ministeriais. Desses ministros credenciados, 89,2 por cento eram casados, 5,9 por cento compunham-se de solteiros (sem nunca haverem casado), 4,1 por cento constituíam-se de viúvos e 0,9 por cento eram divorciados sem se casarem outra vez. Por essa época, havia 11.144 pastores e 341 pastoras veteranos.
Raymond T. Brock. Manual do Pastor pentecostal. Editora CPAD. pag. 35.
III - A FAMÍLIA NA IGREJA LOCAL
1. A comunhão da família.
A Bem-aventurança do Amor e da Unidade Fraternal (133.1-3)
Sl 133.1 Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! Estão em foco os hebreus, agora sujeitados a fatores universalizadores após o retorno do cativeiro babilônico, aprendendo os caminhos do mundo helenista. Conforme diz um cântico popular, isso ocorreu no fim da Segunda Guerra Mundial: “Como você pode mantê-los agora nas fazendas, depois que viram Paris?”. Agora que Israel se expandia para fora, enquanto seus vizinhos se expandiam internamente, seria possível conservar os hebreus dentro de seu contexto distintivo, que fora criado por serem eles o povo da lei (ver Deu. 4.4-8)? O autor desta pequena porção da literatura de sabedoria esperava que suas palavras ajudassem Israel a reter sua fraternidade especial. Naturalmente, essas palavras aplicam-se a indivíduos, e não somente a comunidades nacionais, mas podemos estar seguros de que a inspiração da paz era uma preocupação que dizia respeito a laços nacionalistas na nação restaurada de Israel.
Uma Ilustração Cristã. F. A. Iremonger era filho de um arcebispo da comunidade anglicana. Poder-se-ia esperar que ele saísse apenas um homem daqueles que diziam “somente nós, os anglicanos”. Mas se ele era um fiel denominacionalista que galgara a elevada posição de arcebispo de Canterbury, estava sempre olhando por cima das muralhas de sua denominação e espiando os acampamentos das denominações “rivais”. Ele queria saber o que de bom haveria “do outro lado” do muro e desejava compartilhar do bem que eles tinham em sua própria comunidade. Ele cultivava uma paixão pela unidade cristã que ultrapassava em muito as conveniências das organizações unificadas. Em um discurso feito na cidade de Nova Iorque, ele declarou que “não era principalmente um representante da Inglaterra, nem do ramo inglês da Igreja Católica, mas um ministro do evangelho universal e da própria Igreja Católica:, termo que usou sem o sentido “romano”.
Contraste-se isso com a posição assumida por muitos homens da igreja, que pensam ser uma virtude a crítica, a desunião e a intolerância. Tais homens nunca olharam para fora de suas muralhas denominacionais, exceto para ver como apontar seus mísseis contra os acampamentos inimigos.
Bendito seja o iaço que ata Nossos corações em amor cristão:
A comunhão de mentes aparentadas Assemelha-se à comunhão lá de cima. (John Fawcett)
A unidade e a comunhão dependem da maior virtude espiritual de todas: o amor (ver a respeito no Dicionário, quanto a ideias completas que podem ser usadas para ilustrar este versículo).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2479.
O Salmo 133 é um dos quatro Cânticos dos Degraus atribuídos a Davi (Sl 122; 124; 131).
Com ênfase sobre a unidade dos crentes, prenuncia a oração de Jesus em João 17. A estrutura do salmo é a seguinte: (1) retrato da beleza e da unidade (v. 1); (2) bênção da unidade (v. 2,3).
133.1,2 — Oh! Quão bom e quão suave pode ser reformulado para que grande deleite ou que agradável prazer. Há uma impressão de admiração serena nestas palavras, que descrevem a unidade do povo de Deus.
E como o óleo precioso. Os sacerdotes eram ungidos com azeite fragrante, como símbolo da bênção de Deus sobre seu cargo sagrado (Ex 30.22-33). O salmista imagina azeite em tal quantidade que fluísse da cabeça à barba e à veste de Arão, que representava os sacerdotes de Deus.
Quando o povo de Deus vive em união e harmonia, é abençoado por Deus.
133.3 — Como o orvalho de Hermom. Esta grande montanha ao norte de Israel recebia tanta água que parecia fornecer umidade às terras em sua base. Da mesma forma, fluem as bênçãos de Deus para o Seu povo.
A bênção. O intuito de Deus é fazer o bem para o Seu povo, nesta e na próxima vida. O povo de Israel raramente conseguia se unir e obter a bênção que o poema descreve. Em última análise, trata-se de um retrato do reino de Deus. Um dia, haverá a união espiritual do povo de Deus de que o poema trata.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 933-934.
133.1-3 - Davi declarou que a união é agradável e preciosa. Infelizmente. a união que deveria ser encontrada na igreja nem sempre o é. As pessoas discordam e causam divisões por causa de assuntos sem importância. Alguns sentem prazer em causar tensão, depreciando e desacreditando outros. Mas a união é importante porque: (1) faz da Igreja um exemplo para o mundo e ajuda a aproximar as pessoas do Senhor; (2) ajuda-nos a cooperar conforme a vontade de Deus. antecipando um pouco do gozo que teremos no céu; (3) renova e revigora o ministério, porque existe menos tensão para extrair a nossa energia. Viver em união não significa que concordaremos em tudo; haverá muitas opiniões, da mesma maneira que existem muitas notas em um acorde musical. Mas devemos concordar em nosso propósito na vida: trabalhar |untos para Deus. A união reflete a nossa concordância de propósitos.
133.2 - Um óleo caro foi usado por Moisés para ungir Arão como o primeiro sumo sacerdote de Israel (Êx 29.7) e para dedicar todos os sacerdotes ao serviço de Deus. A união fraternal, assim como o óleo da unção. indica que somos sinceramente dedicados ao serviço de Deus.
133.3 O monte Hermom é a montanha mais alta da Palestina, localizada a nordeste cio mar da Galileia.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 822.
2. Envolvendo-se com o Corpo de Cristo.
Rm 16.7 — Os quais se distinguiram entre os apóstolos.
Essa frase pode significar que eles eram bem conhecidos dos apóstolos, ou que eles eram apóstolos. E provável que eles sejam conhecidos dos apóstolos porque não há qualquer menção deles nos Evangelhos ou em Atos como apóstolos de Jesus.
Rm 16.8-10— Amplíato... Urbano... Estáquis... Apeles. Parecem nomes de escravos comuns. Esses mesmos nomes foram achados em listas de escravos que serviram na casa imperial. Aristóbulo era um nome grego bem familiar. E bem verdade que esse nome foi usado pelos descendentes de Herodes, o Grande. Alguns sugeriram que esse Aristóbulo fosse o neto de Herodes, o Grande, e o irmão de Agripa.
Rm 16.11 — Herodião, meu parente. Esse era provavelmente alguém de origem judaica, como Paulo. Sugere-se que esse homem chamado Narciso era o mesmo liberto famoso que foi condenado à morte por Agripa logo após Nero ascender ao trono de Roma.
Rm 16.12 — Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Trifena (graciosa) e Trifosa (delicada) provavelmente eram irmãs, possivelmente gémeas. Era uma prática comum nomear os gémeos com nomes advindos da mesma raiz. Ambos os nomes estão relacionados ao termo grego tryphaõ que significa viver luxuosamente, viver vida fácil, ou ainda, viver voluptuosamente.
E provável que o apóstolo tenha feito um jogo de palavras aqui, querendo dizer que essas mulheres não viviam de acordo com o significado de seus nomes. Embora esses nomes tenham origem pagã, de raiz anatólia, Paulo associa tais nomes ao labor no Senhor.
Saudai à amada Pérside. Esse nome significa mulher Persa. Diz-se que ela é amada; Paulo, porém, tem o cuidado de não chamá-la de minha amada. O nome dela surge em inscrições gregas e latinas atribuído a escravas e a mulheres livres.
Rm 16.13 — Rufo é um nome comum. O Rufo aqui citado é geralmente identificado como o de Mc 15.21.
Eleito no Senhor. Essa expressão é considerada verdadeira para todos os cristãos, podendo significar, nesse caso específico, excelente ou eminente, significados, estes, atribuídos por muitos intérpretes.
Mas é possível que, da mesma maneira que alguns cristãos demonstram o amor de Deus e outros refletem a justiça divina, Rufo tenha demonstrado de forma especial a eleição de Deus.
Rm 16.14 — Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermas, a Pátrobas, a Hermes. Pouco se sabe desses cristãos, exceto que eles formavam um grupo à parte (o que se sugere pela expressão e aos irmãos que estão com eles) e que eram todos homens.
Hermas é uma abreviação de alguns nomes como Hermógenes ou Hermodoro, sendo um nome ou abreviatura muito comum (Compare O pastor de Hermas da literatura apócrifa). Pátrobas é um apelido de Patróbio. Hermes é o nome do deus grego da sorte e tornou-se também um nome dado comumente aos escravos.
Rm 16.15 — Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas. Filólogo e Júlia talvez fossem casados. Ambos os nomes surgem várias vezes quando analisados os nomes usados com frequência pela casa imperial de Roma. Nereu, de acordo com uma tradição que remonta ao quarto século, é associado com Flávia Domitila, uma mulher cristã que foi banida para a ilha de Pandatéria por Domiciano, imperador de Roma e seu tio, por volta do ano 95 d.C. Ela foi libertada no ano seguinte à morte desse governante. Olimpas é a abreviação do nome Olimpiodoro. Esses nomes parecem ser de membros da comunidade de fé.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 404.
Rm 16.7 Andrônico e Júnias. Talvez marido e mulher, já que "Júnias" deve ser um nome de mulher, companheiros de prisão; Provavelmente uma referência, na verdade, a terem compartilhado uma mesma cela ou celas adjacentes em algum momento, notáveis entre os apóstolos. O ministério deles com Paulo, e talvez como Pedro e alguns outros apóstolos em Jerusalém antes da conversão de Paulo, era bem conhecido e apreciado pelos apóstolos.
Rm 16.8 Amplíato. Um nome comum entre os escravos da família do imperador desse tempo. Ele deve ter sido um daqueles "da casa de César" (Fp 4.22):
Rm 16.9 Estáquis. Um nome grego incomum que significa "espiga de milho". Obviamente, ele era próximo de Paulo; no entanto, os detalhes são desconhecidos.
Rm 16.10 Aristóbulo. Uma vez que Paulo não o cumprimentou pessoalmente, ele provavelmente não era um cristão, embora alguns parentes e servos da casa aparentemente o fossem. Um renomado estudioso da Bíblia acredita que ele era irmão de Herodes Agripa I e neto de Herodes, o Grande.
Rm 16.11 Herodião. Relacionado à família de Herodes e, por isso, talvez associado com a família de Aristóbulo. meu parente. Talvez um dos parentes judeus de Paulo. Narciso. Alguns estudiosos acreditam que ele secretário do Imperador Cláudio. Em caso afirmativo, duas famílias no palácio tinham cristãos (cf. Fp 4.22).
Rm 16.12 Trifena e Trifosa. Possivelmente irmãs gêmeas, cujos no mês significam "graciosa" e "delicada". Pérside. Recebeu esse nome em homenagem à Pérsia, onde havia nascido. Já que suas obras são mencionadas no passado, ela provavelmente era mais velha dos que as outras duas mulheres desse versículo.
Rm 16.13 Rufo. De maneira geral, os estudiosos da Bíblia Concordam que ele era um dos filhos de Simão Cireneu, o homem que foi obrigado a carregar a cruí de Jesus (cf. Mc 15.21) e foi salvo, provavelmente, pelo contato que teve com Cristo. Marcos escreveu o seu Evangelho em Roma, talvez após a carta, a Roma ter sido escrita e circulado; Paulo não teria mencionado Rufo seresso nome não fosse bem conhecido pela igreja de Roma. eleito no Senhor. Eleito para a salvação. Algumas traduções usam "eleito" como "escolhido", indicando que ele era muito conhecido como um cristão extraordinário por causa de seu amor e serviço, mãe para mim. Rufo não era irmão legítimo de Paulo. Antes, a mãe de Rufo, esposa de Simão Cireneu, em algum momento cuidou de Paulo durante uma de suas viagens missionárias.
Rm 16.14-15 “Irmãos", nesse contexto, provavelmente, diz respeito tanto a homens como a mulheres, indicando que esses nomes representam os líderes proeminentes de duas das congregações de Roma.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.1523-1524.
Alguns amigos para saudar (vv. 1-16).
O apóstolo começa com Febe, membro da igreja de Cencréia, que entregou a carta aos irmãos de Roma. Nunca uma mensageira levou consigo carta mais importante! Cencréia era o porto de Corinto, de modo que Febe provavelmente conheceu a Cristo durante o ano e meio em que Paulo ministrou em Corinto. No original, o termo traduzido pelo verbo "servindo" é o feminino de diácono, e alguns estudiosos acreditam que Febe era "diaconisa" da igreja. Trata-se de algo possível, uma vez que havia na Igreja primitiva mulheres que serviam visitando os enfermos, auxiliando as mulheres mais jovens e ajudando os pobres. Paulo reconhece que Febe foi uma "protetora" tanto para ele quanto para outros cristãos e estimula a igreja a cuidar dela.
Como seria bom se tivéssemos mais detalhes sobre as histórias por trás de cada um desses nomes! Vimos Priscila e Áqüila no Livro de Atos (18:1-3,18,19,26). Não sabemos, porém, como e quando arriscaram a vida por Paulo, mas sem dúvida apreciamos o que fizeram! (ver também 1 Co 16:19; 2 Tm 4:19). Na ocasião em que a carta foi escrita, Priscila e Áqüila estavam em Roma e havia uma igreja se reunindo na casa deles.
Neste capítulo, Paulo saúda várias congregações desse tipo (Rm 16:10, 11, 14, 15). O apóstolo expressa sua estima especial por quatro pessoas, usando as designações "querido" para Epêneto (Rm 16:5), "dileto" para Amplíato (Rm 16:8), "amado" para Estáquis (Rm 16:9) e "estimada" para Pérside (Rm 16:12). Paulo se lembrava particularmente de Epêneto, pois havia sido o primeiro convertido na Ásia. Ao que parece, pertencia à casa de Estéfanas, pois as pessoas de 1 Coríntios 16:15 são chamadas de "primícias da Acaia".
Andrônico e Iúnias são chamados de "parentes", o que pode indicar que eram parentes de sangue do apóstolo ou, apenas, que também eram judeus, possivelmente da tribo de Benjamim, como Paulo. Em alguma ocasião, haviam ficado presos com Paulo.
O termo "apóstolos", nesse caso, não indica que tinham a mesma posição que Paulo, mas apenas que eram "mensageiros" do Senhor. Esse termo pode ter um significado mais restrito e outro mais amplo.
É possível que o Rufo mencionado em Romanos 16:13 seja o mesmo citado em Marcos 15:21, mas não há como ter certeza.
Se esse é o caso, então a experiência de Simeão junto ao Calvário resultou em sua conversão e também na de sua família. Paulo e Rufo não eram parentes. "Igualmente a sua mãe, que também tem sido mãe para mim" significa apenas que a mãe de Rufo havia sido como uma mãe para Paulo (ver Me 10:30).
Essa lista mostra o papel que as pessoas desempenharam no ministério de Paulo e no ministério das igrejas. Febe foi "protetora" de muitos. Priscila e Áqüila foram "cooperadores" e "arriscaram a própria cabeça" por Paulo. A conversão de Epêneto levou à salvação de outros na Ásia. Maria "muito trabalhou por vós". Andrônico e Iúnias foram para a prisão com Paulo. Não resta outra coisa a fazer senão dar graças por esses cristãos dedicados que cumpriram seus ministérios para a glória de Deus. Que muitos possam seguir seu exemplo!
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 738-739.
3. Toda a família na casa de Deus.
A família, participando do corpo de Cristo, de maneira ativa e comprometida.
a) Adorando a Deus. É uma grande bênção, quando a família sente-se alegre em ir à igreja para adorar a Deus, participando ativamente do culto e não apenas como meros assistentes (SI 122.1).
b) A família servindo a Deus. Os pais devem dar o exemplo, engajando-se no serviço a Deus, estimulando seus filhos a fazerem o mesmo.
Quando os filhos participam de atividades, na igreja local, cantando, tocando, participando da evangelização; quando são alunos da ED, ao lado de seus pais, dificilmente o maligno consegue afastá-los dos caminhos do Senhor. Envolvidos na obra do Senhor, os filhos se afastam do mundo.
c) A família contribuindo. Desde cedo, a família deve ser ensinada sobre o valor da contribuição para a casa do Senhor. Os filhos precisam conscientizar-se de que entregar o dízimo, fielmente, e contribuir com ofertas voluntárias, é também forma de adoração a Deus, através dos rendimentos familiares. Sabemos de filhos que, recebendo pequena mesada de seus pais, retiram o dízimo e entregam ao tesouro da igreja. Isso é educação cristã. E é motivo para receber bênçãos da parte de Deus (Ml 3.10-12).
O que deve ser evitado na igreja
A família deve ser educada a saber comportar-se no ambiente da igreja local.
a) Mau testemunho. Quando membros da igreja dão mau testemunho, contribuem para o desgaste e o descrédito da igreja local. Conhecemos o caso de um obreiro que, na igreja, era um santo. Em casa, era um monstro. Terminou, destruindo seu casamento por causa de seu mau testemunho.
b) Referências negativas no lar. Há pais que vivem criticando a igreja local, falam mal dos pastores e líderes. Isso tem efeito muito prejudicial na família (Tg 4.11).
c) Mau comportamento nos cultos. Há pessoas que se comportam muito mal nas igrejas, conversando, sem reverência. Muitos nem esperam pelo final do culto e saem correndo, antes do apelo ou da bênção apostólica. Há crianças que se comportam como se estivessem num parque de diversão na hora do culto. Isso é falta de educação doméstica. O obreiro e sua família devem ser exemplo dos demais irmãos (Ec 5.1).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 143-144.

ELABORADO: Pb Alessandro Silva

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