Data: 30/06/2013. Hinos sugeridos: 225,
256,354.
TEXTO ÁUREO
‘Porem, se vos parece
mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais se os
deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.
VERDADE PRÁTICA
Com a graça de Deus, a família cristã vencerá os desafios da vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 7.1 A
salvação de uma família
Terça - Ef 6.4 Doutrina e conselho para filhos
Quarta - Pv 22. 6. Instituindo o filho no caminho do Senhor
Quinta - Êx 20. 12 O primeiro mandamento com
promessa
Sexta - 2 Tm 3. 14-17 A família fazendo o que é reto ao Senhor
Sábado - 2 Pedro 3. 18 Crescendo na graça e no conhecimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Josué
24.14-18,22,24
14
- Agora, pois, temei a o SENHOR, e serví-o com sinceridade e com verdade, e
deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e
servi ao SENHOR.
15
- Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a
quem sirvais se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do
rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa
serviremos ao SENHOR.
16
- Então, respondeu o povo e disse: Nunca nos aconteça que deixemos o SENHOR
para servirmos a outros deuses;
17
- porque O SENHOR é O nosso Deus, ele é o que nos fez subir, a nós e a nossos
pais, da terra do Egito, da casa da servidão, e o que tem feito estes grandes
sinais aos nossos olhos, e nos guardou por todo o caminho que andamos e entre
todos os povos pelo meio dos quais passamos.
18
- E o SENHOR expeliu de diante de nós a todas estas gentes, até ao amorreu,
morador da terra; também nós serviremos ao SENHOR, porquanto é nosso Deus.
22
- E Josué disse ao povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que vós
escolhestes o SENHOR, para o servir, disseram: Somos testemunhas.
24
E disse o povo a Josué: Serviremos ao SENHOR, nosso Deus, obedeceremos à sua
voz.
INTERAÇÃO
Caro
professor, chegamos ao fim de mais um trimestre. É o momento de pararmos e
refletirmos sobre o exercício magistério deste semestre que passou. Como foi?
Como professor, os objetivos foram cumpridos? Temos ainda mais um semestre pela
frente e pensarmos e repensarmos a nossa prática de ensino é auspicioso para corrigirmos
erros e vislumbrarmos acertos no futuro. Professor, a sua ciasse espera de você
comprometimento, seriedade e conteúdo. Por isso, esforça-te em estudar e pensar
a fé cristã. Leia, leia sempre. Pois a leitura é tremendamente libertadora -
'Conhecereis a verdade, e esta te libertará''. Reflita!
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o exemplo de Noé.
Compreender a fidelidade dos recabitas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado
professor, para introduzir a lição dessa semana sugerimos que reproduza., conforme
as suas possibilidades, o esquema da página seguinte, Este apresenta um breve
resumo dos três personagens centrais da nossa lição. Explique a classe que, sem
exceção, ambos os personagens viveram numa sociedade oposta aos princípios da sua
fé e nem por isso deixaram de se posicionar contra as imoralidades daquela época.
Afirme que é assim que devemos nos comportar diante de uma sociedade corrupta.
Boa aula?
PALAVRAS-CH
AVE Casa: Lar; Família.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste
trimestre estudamos os diversos males que têm assolado a família e vimos também
que Deus é a única resposta para os nossos dias. Por isso, devemos ter o Senhor
Jesus como o esteio e o centro de nosso lar. Se orarmos, jejuarmos, lermos a
Bíblia e fizermos o culto doméstico, teremos condições de lutar contra as forças
do mal e vencê-las em nome de Jesus. Frequentemos assiduamente a igreja e não
faltemos à Escola Dominical. A família que fielmente serve ao Senhor jamais
será destruída. Vigiemos e oremos em todo o tempo, para que a nossa casa não seja
alcançada pelas águas do dilúvio moral que encobre o presente século. Digamos,
pois, ousadamente: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor".
I - O EXEMPLO
DECISIVO E CORAJOSO DE NOÉ
1. Noé andou com
Deus.
A vida de Noé revela as qualidades indispensáveis de um servo de Deus: Varão
justo, reto em suas gerações e que andava com Deus (Gn 6.9). Por isso mesmo, o patriarca
achou graça aos olhos do Senhor (Gn 6.8). Todas essas características
revelaram-se intensa e visivelmente na vida de Noé em meio a uma sociedade,
perversa, violenta, imoral e inimiga do Santíssimo Deus. O patriarca é um
exemplo para os pais de família destes últimos dias.
2. Vivendo numa
sociedade corrompida.
A época de Noé foi marcada por uma imoralidade incontrolável e por uma ausência
completa de temor a Deus (Gn 6. 11, 12). Não poderia haver mundo pior. Quando
analisamos a chamada sociedade pós-moderna, depressa concluímos: não há diferença
entre o nosso século e o século no qual vivia o santo patriarca. Eis ai um dos mais
fortes prenúncios da iminente volta de Jesus (Mt 24.37,39).
Portanto,
que o exemplo de Noé nos inspire a confiar em Deus e a agir como Ele requer de
todos os seus filhos. É hora de lutar por nossas famílias, a fim de que Satanás
não as destrua.
3. A salvação de Noé
e sua família.
No mundo antigo, apenas Noé e a sua família escaparam do cataclismo que
devastou a Terra (Gn 7; 1), A fé de Noé estendeu-se aos seus filhos, estes creram
em Deus e foram salvos do dilúvio. Não havia nada que pudesse salvá-los, a não ser
a firme decisão de dizer "sim” ao Senhor. Somente a graça de Deus, que
alcançou o patriarca e a sua casa, pode salvar o nosso lar da destruição moral
e espiritual de nossos dias.
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
Noé
andou com Deus mesmo numa sociedade corrompida. Sua decisão e coragem é um
exemplo para nós.
II -
JOSUÉ - UMA DECISÃO EXEMPLAR
1. A firme tomada de
posição.
Josué tomou uma firme e decisiva posição, a fim de preservar a sua família da idolatria
e da lassidão moral de Canaã (Js 24. 15). É um exemplo que todo crente deve seguir.
Caso Contrário, nosso cônjuge e filhos serão destruídos pela iniquidade. Há
muitos lares que, apesar de serem conhecidos como cristãos, não mais servem a Cristo.
Os pais já abdicaram de suas responsabilidades quanto à formação espiritual,
moral e ética de seus filhos. Mão mais os educam com amor e firmeza; não lhes impõem
qualquer limite. E o que dizer da violência doméstica? Não podemos confundir disciplina
com truculência e brutalidade, pois a esse respeito a Palavra de Deus é
bastante clara: "E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos. mas
criai-os na doutrina e admoestação do Senhor" (Ef 6.4],
2. O perigo da omissão
dos pais.
A Palavra de Deus recomenda aos pais que criem os seus filhos “na doutrina e
admoestação do Senhor" (Ef 6.4b). Isso significa que não podemos nos
omitir. Veja mais uma vez o exemplo de Josué.
Ele
não se omitiu, mas levou toda a sua casa a servir somente a Deus Js 24.15). De
Igual modo, devemos educar nossos filhos. Essa decisão tem de ser prioritária
em nossa vida. Assim agiu Josué, porque ele sabia que, doutra forma, não
haveria esperança para o seu lar.
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
O
patriarca Josué não se omitiu diante da Idolatria que ameaçara as tribos
israelitas. Ele tomou uma firme decisão juntamente com a sua família; servir ao
Senhor.
III - O
EXEMPLO DOS RECABITAS
1. Uma família
exemplar.
A Bíblia de Estudo Pentecostal afirma que os recabitas eram um povo que “fazia parte
de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro, sogro de Moisés (cf.
Jz 1.16; I Cr 2. 55). Seu ancestral, Jonadabe (cf. 2 Rs 10.1 5-27), ordenara a
seus filhos, mais de duzentos anos antes, que não bebessem nenhum tipo de
vinho".
Mais
tarde, o próprio Deus tomou os recabita como exemplo, para mostrar como uma
família pode e deve comportar-se. Eles agiam com dignidade, moderação e
fidelidade ao Senhor em meio a uma sociedade corrompida e carregada de vícios
(Jr 35.1 19).
2. Um exemplo de fidelidade. Aos seus filhos, Recabe
transmitira fielmente os princípios da Lei de Deus. Passados duzentos anos, seus
descendentes continuavam a observar-lhe as ordenanças e a respeitar-lhe as
tradições. Por isso, o Senhor resolveu mostrá-los como exemplo de fidelidade
aos filhos de Judá. Instruído por Deus, Jeremias leva-os a uma das câmaras do
Santo Templo e oferece vinho àqueles homens (Jr 35.1-14). Mas eles se recusam a
beber, porque se mantinham obedientes á voz de Recabe: "Não beberemos
vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou. dizendo; Nunca
bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos; [...] Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe,
filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou [...] (Jr 35-6,8).
Em
virtude de sua obediência, os recabitas foram grandemente abençoados;
"Visto que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes
todos os seus mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos ordenou, assim
diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará varão a Jonadabe,
filho de Recabe:, que assista perante a minha face todos os dias" (Jr
35.18,19).
Quando
da destruição de Jerusalém pelos babilônios, eles foram poupados por Deus ao
passo que os judeus infiéis vieram a perecer. Se encaminharmos nossos filhos nas
Sagradas Escrituras, eles também serão preservados da tribulação que virá sobre
este mundo que jaz no maligno. Portanto, instrua sua casa na doutrina e na
admoestação do Senhor.
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
Os
recabitas são um exemplo de fidelidade aos princípios ensinados pelo seu
ancestral, Recabe.
CONCLUSÃO
Diante
de todo o Israel, Josué foi decisivo: “Eu e a minha casa serviremos ao
Senhor". Se não agirmos da mesma forma, corremos o risco de ver o nosso lar
destruído pelo Maligno. O momento requer firmeza e coragem. O que estamos
esperando? Neste momento, reúna o seu cônjuge e filhos e renove os seus votos
de fidelidade a Deus. Agindo assim, você terá o Senhor Jesus como o seu hóspede
permanente. Oremos e lutemos pela família cristã.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio
Teológico
NOÉ,
UM SEGUNDO ADÃO O pecado do homem nos dias de Noé era atroz e doloroso ao Senhor,
que se arrependeu de ter criado o homem. Ele determinou enterrar o homem sob as
águas do mar da mesma maneira que enterrara Adão sob a superfície da terra. As águas
caóticas, que se submeteram obedientemente á mão do Criador para que a terra
seca aparecesse, agora seriam soltas pelo Criador como instrumento da ira
vingativa divina. Mas mesmo assim os propósitos criativos originais não seriam frustrados
e reduzidos, porque Deus começaria novamente com outro Adão, outra imagem que
manteria o mandato da soberania. Claro que este Adão' era nada mais nada menos.
que Noé.
Noé,
embora justo e inocente, foi escolhido não por causa da sua condirão reta, mas
como objeto da graça eletiva de Deus (Gn 6.8), Essa eleição tinha óbvias
Implicações salvificas — ele foi salvo do Dilúvio —, mas, além disso, e mais fundamentalmente,
era a escolha pelo ajuste do concerto para o qual Adão fora criado. Noé tinha
de ser o começo de um novo empreendimento de compromisso do concerto, um novo
vice-regente por meio de quem os propósitos soberanos de Deus tornar-se-iam
realidade (ZUCK, Roy É (Ed.). Teologia
do Antigo Testamento. l. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009. p. 36).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio
Teológico e Homilético
A Promessa de Temer e
Obedecer a Deus
Quase
todo o relato de Josué é preenchido com a conquista e a divisão da terra pelos
israelitas. Nesse sentido, isso é o assunto de que o livro trata. No entanto,
encontramos um subtexto importante que precede essa atividade e continua ao
longo dela. O povo fez isso porque prometeu temer e obedecer a Deus.
Perguntou-me
se você notou isso ao ler Josué ou se apenas seguiu as histórias
extraordinárias de espiões e de quedas de muros. No capitulo 1. eles prometeram
obedecer a Josué, o porta voz do Senhor
(1. 16-18). No capítulo 5, eles, depois de atravessar o Jordão, mas antes de ir
para Jericó, começam de novo a praticar a circuncisão e a comemorar a Páscoa
(5. 7-10). Na época do Êxodo, quarenta anos atrás, o Senhor dera essas duas
práticas ao seu povo., todavia, desde essa época tinham negligenciado essas
práticas. O povo prometeu ter o Senhor como seu Deus ao reinstituir essas
práticas. Em certo sentido, eles voltaram a ser o povo do Senhor após o período
de quarenta anos no deserto, quando viveram em um estado de verdadeira
suspensão do entusiasmo. A seguir no capitulo 8 , o povo escuta Josué reler
toda a Lei de Moisés (8. 34, 35) após a derrota de Jerico e de Ai que marcou o
início da conquista da terra. Esse tempo incrível de ensino – é um símbolo
poderoso de que, na verdade, eles são o povo do Senhor.
No
final do livro, no registro de seus últimos atos públicos como líder deles,
Josué leva o povo a renovar sua aliança com o Senhor. No que é uma das mais
incomuns declarações da Bíblia, Josué soa como se incitasse o povo a não
escolher seguir ao Senhor. Claro que não é esse caso, ele tenta garantir que
entendam a seriedade da escolha que eles estavam para fazer.
[...]
Os anos (ou mesmo décadas) narrados nesse livro, mostra-nos que é exatamente
isso que o povo faz. Ele mantém sua promessa de servir ao Senhor como o Deus
dele. Entretanto, ao mesmo tempo em que fazem isso, eles continuam a pecar (DEVER,
Mark. A Mensagem do Antigo Testamento:
Uma Exposição Teológica e Homilética. 1. ed Rio de Janeiro; CPAD, 2008, pp.
189-190).
EXERCÍCIOS
1.
Cite as qualidades indispensáveis de servo de Deus na vida de Noé.
R:
"Varão justo", "reto em suas gerações" e que "andava com
Deus".
2.
Qual era a marca da época de Noé?
R:
Imoralidade incontrolável e uma ausência completa de temor a Deus.
3.
O que a Palavra de Deus recomenda aos pais na criação dos seus filhos?
R:
A Palavra de Deus recomenda aos pais que criem seus filhos na doutrina e
admoestação do Senhor.
4.
Quem eram os recabitas?
R:
Eram um povo que fazia parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e
com Jetro sogro de Moisés.
5,
Você tem Instruído a sua família no Palavra de Deus?
R:
Resposta pessoal.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PPEIFFER, Charles F,;
VOS, Howard F; REA, John (Eds.). Dicionário Bíblico
Wycliffe.
1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
DEVER,
Mark. A Mensagem do Antigo Testamento:
Uma Exposição Teológica e Homilética. 1. ed Rio de Janeiro; CPAD, 2008.
ZUCK,
Roy É (Ed.). Teologia do Antigo
Testamento. l. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
POSICIONAMENTOS EM TEMPOS DE CRISE NOÉ
Ele andou com Deus. Viveu numa
sociedade absolutamente corrompida. Esta era marcada por uma imoralidade incontrolável.
Ali, não havia temor a Deus. Mesmo assim Noé não hesitou em tomar a decisão de
fazer a arca e anunciar o juízo de Deus para aquela sociedade. Pela decisão de
entrarem na Arca, o Senhor livrou Noé e sua família do juízo.
JOSUÉ
Canaã andou num tempo de lassidão moral
e idolatria. Naturalmente o povo de Deus foi influenciado por este contexto de
trevas. Mas Josué não deixou de se posicionar e, categoricamente, afirmou: se
vos parecer mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a que sirvais:
[...]; porém eu e minha casa serviremos ao Senhor.
RECABITAS
A sociedade Judaica estava corrompida
e carregada de vícios. Indignidade e infidelidade era características dela. Nesse
contexto é que o profeta Jeremias apresenta os Recabitas.
Estes compunham uma tribo nômade que havia
recebido do ancestral os princípios da lei do Senhor, Passaram se duzentos anos
e os recabitas não se dobraram a indignidade daquele tempo. Eles honraram ao
Senhor e aos seus ancestrais.
Revista Ensinador Cristão CPAD.
n° 54, p.42.
A
Palavra de Deus nos mostra diversos homens que conduziram suas famílias em
comunhão com Deus. Não eram famílias perfeitas, que viviam em um ambiente sem
lutas ou adversidades, mas eram famílias que foram apresentadas a Deus e aos
Seus cuidados. Dentre essas famílias, destacamos as de Noé e Josué.
A
família de Noé viveu no período do Dilúvio. Ela presenciou a chamada de Deus a
Noé, para que construísse uma arca gigantesca, nos moldes de um verdadeiro
navio, a fim de abrigas as espécies animais de uma grande inundação que viria.
Aquela família trabalhou com Noé durante décadas para que aquela obra pudesse
ser concluída, pois entendeu que aquela construção era também a obra que
salvaria suas vidas.
Terminado
o trabalho, toda a família foi salva das águas que destruíram a humanidade
porque creram em Deus e respeitaram a liderança de seu pai. Imagine os anos de
zombaria aos quais eles se submeteram para realizar aquilo que Deus ordenara.
Ainda assim, foram recompensados tendo suas vidas preservadas daquela
catástrofe.
Outro
exemplo a analisar é o de Josué. Nascido como escravo no Egito, Josué tornou-se
ajudante de Moisés e homem escolhido por Deus para suceder o grande legislador.
Josué viu os milagres de Deus no Egito, a providência divina no deserto, a
terra prometida e desprezada pela sua geração, o preço pago por seus amigos por
não crerem nas palavras de Deus e as rebeliões de Seu povo até chegarem na
terra prometida. Josué é o exemplo de um homem que persistiu em ser fiel a Deus
e que foi recompensado por sua fé. Mas ele fez questão de reafirmar a fé em Deus
para sua família.
Ele
reuniu o povo de Israel, lembrou-lhes de tudo o que Deus fizera por eles, da
origem escrava que tiveram a da condição de pessoas livres e proprietários de
terras em que agora estavam. Eles eram livres, tinham uma terra e uma promessa
divina de bênçãos sem medida. Mas aquele povo também guardava suas idolatrias,
e que foram aprendidas com seus pais!
Josué
24.14 toca em um ponto muito delicado.
Os
filhos de Israel entraram na terra que Deus lhes dera por promessa, mas não
deixaram para trás os deuses que os seus pais serviram. E Josué os advertiu: "Porém,
se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem
sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou
os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa
serviremos ao SENHOR" (Js 24.15).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Levar a família a
servir ao Senhor, nos dias presentes, é um desafio que só se vence com a graça
e o poder de Deus. Hoje, nestes tempos trabalhosos, a que se referiu o apóstolo
Paulo, não é fácil ter uma família inteira servindo a Deus. E comum, mesmo em
famílias de cristãos sinceros, e até de pastores, haver membros da família que
não servem a Deus.
A vida pós-moderna
conspira contra a família, contra o lar e contra o casamento. Se na época de
Josué, o grande líder que substituiu Moisés na liderança do povo israelita em
direção a Canaã, era um desafio levar a família a servir ao Senhor, não é
difícil entender que essa missão é muito mais desafiadora e preocupante nos
dias presentes.
“Os tempos atuais são
tempos difíceis para a família cristã. A maioria dos pais sabe que, para criar
os filhos de acordo com os elevados princípios da Palavra de Deus, e ter seu
lar encaminhado na vontade do Senhor, é um desafio muito grande. A vida moderna
é moldada, em geral, pelos valores anticristãos, anti-Deus, e que rejeita a
autoridade da Palavra revelada como sendo verdadeira.
O lar, como
instituição divina, ao lado do casamento, e da família, tem sido atacado,
diuturnamente, por forças malignas poderosas, que ameaçam a cada dia destruir
os alicerces da família. Contudo, os cristãos têm a seu dispor todas as armas
para rechaçar os ataques do Maligno. A oração, o jejum, a Palavra de Deus, no
Nome de Jesus, o poder do sangue de Cristo, em comunhão com o Espírito Santo,
não são armas carnais, “mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das
fortalezas” (2 Co 10.4). O carcereiro de Filipos experimentou grande impacto na
sua família, quando, em meio ao que parecia o fim para sua vida, quando pensou em
suicidar-se, pôde ouvir a mensagem do evangelho poderoso de Jesus Cristo,
através de Paulo e Silas na prisão daquela cidade. Espavorido, após presenciar
os efeitos sobrenaturais do poder de Deus, abrindo as portas do cárcere,
abaladas as estruturas do terrível edifício, o homem fez a pergunta que todos
deveriam fazer: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At
16.30)
O que fazer para ser
salvo? Se a pergunta era tão instigante e significativa, a resposta dada pelos
apóstolos teve tanta significação, que o homem convidou toda a família a
aceitar a Cristo. “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”
(At 16.31). Era o que ele precisava ouvir. E o que todos os homens precisam
ouvir por parte dos que formam a Igreja de Jesus nos dias atuais. A eficácia da
mensagem foi tão poderosa que o texto nos diz que sua família, não só aceitou a
Cristo, mas logo todos foram batizados em águas, confirmando a feliz decisão. Ele
pôde dizer como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
145-146.
I - O EXEMPLO
DECISIVO E CORAJOSO DE NOÉ
Uma família de servos
de Deus.
Metusalém foi o homem
mais longevo em toda a história do ser humano na terra. Foi filho de Enoque,
que se tornou um exemplo de servo de Deus, dotado de qualidades especiais, a
ponto de não ter passado pelo aguilhão da morte, sendo arrebatado aos céus (Gn
5.22,24).
Metusalém teve um
filho, chamado Lameque, que foi pai de Noé. Este, quando tinha 500 anos, gerou
a três filhos: Sem, Cam e Jafé” (Gn 5.31), os quais marcaram a história da
humanidade, como os únicos sobreviventes da catástrofe diluviana.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
146-147.
NOÉ. A história da
vida de Noé envolve não uma, mas duas trágicas inundações. O mundo, nos dias de
Noé, estava inundado pelo mal. O número dos que se lembravam do Deus da
criação, perfeição e amor estava reduzido a um. Noé era o único que restara
dentre o povo de Deus. A resposta de Deus a esta situação crítica foram 120
longos anos de última chance, durante os quais Noé construiu um enorme barco em
terra seca para estabelecer um tempo. Para Noé, a obediência significava um
compromisso com um projeto em longo prazo. Muitos de nós enfrentamos problemas
ao realizar projetos, sejam estes dirigidos ou não por Deus. É interessante que
a duração da obediência de Noé neste projeto tenha sido maior que o período de
vida das pessoas hoje. O único projeto em longo prazo comparável a este é a
nossa própria vida. Aqui talvez esteja o grande desafio que a vida de Noé nos
oferece — viver, na aceitação da graça de Deus, uma vida inteira de obediência
e gratidão.
Pontos fortes e êxitos:
Único seguidor de
Deus que restou de sua geração.
Segundo pai da raça
humana.
Homem de paciência,
consistência e obediência.
Primeiro e mais
importante construtor de barcos.
Fraquezas e erros:
Ficou bêbado e
desconcertado diante dos filhos.
Lições de vida:
Deus é fiel para com
os que lhe obedecem.
Deus não nos protege
sempre do problema, mas cuida de nós a despeito do problema.
A obediência é um
compromisso em longo prazo.
O homem pode ser
fiel, mas sua natureza pecaminosa sempre o acompanha.
Informações essenciais:
• Local: Não sabemos
a que distância do jardim do Eden as pessoas se estabeleceram.
• Ocupações:
Fazendeiro, construtor de barcos, pregador.
• Familiares: Avô -
Metusalém; pai - Lameque; filhos - Sem. Cam e Jafé.
"Assim fez Noé;
conforme tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez” (Gn 6.22).
A história de Noé
pode ser encontrada em Gênesis 5.28—10.32. Ele também é mencionado em 1
Crônicas 1.3,4; Isaías54.9; Ezequiel 14.14.20; Mateus 24.37,38; Lucas 3.36;
17.26,27; Hebreus 11.7; 1 Pedro 3.20; 2 Pedro 2.5.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 19.
1. Noé andou com
Deus.
Noé andava com Deus
Noé tinha qualidades
importantíssimas para um servo de Deus: era “varão justo” e “reto em suas
gerações”. Além disso, ele tinha a “graça” de Deus (Gn 6.8). Com esses
predicados, ele tinha o privilégio de andar com Deus (Gn 6.9), ou seja, ter uma
vida de plena comunhão com Deus.
Um exemplo
significante para os pais de família de hoje, que vivem num mundo cujas
características morais são semelhantes às do mundo na época de Noé. Os pais
precisam andar com Deus para poderem ver sua família salva.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 147.
Andar (hb. halak) (Gn 5.24; 6.9; Dt 13.4;
S1128.1; Mq 6.8)
O sentido básico da palavra em hebraico traduzida aqui como andar é ir
ou viajar. Este termo é usado algumas vezes no Antigo Testamento para indicar o
simples ato de deslocamento (Gn 13.17; 2 Sm 11.2).
Em Génesis 6.9 e outras passagens, essa palavra possui a conotação de
um estilo de vida habitual ou de um constante relacionamento com Deus. Desta
forma, a expressão andava com Deus descreve o relacionamento próximo de ; Noé,
Enoque e de outras pessoas de fé com Deus; elas viviam em obediência às Suas
ordens. Em todo o texto das Escrituras, homens são chamados a andar com Deus
diariamente, aceitando-o completamente (Gl 5.16; 1 Jo 2.6).
Gn 6.9-13 - Noé era
varão justo e reto em suas gerações e, como Enoque, Noé andava com Deus. O termo
justo [hb. tsaddiyq, ser justificado] diz respeito a um bom relacionamento de
Noé com Deus. E o termo reto [hb. tamiym] assinala que Noé também era íntegro —
o que conduz à ideia de maturidade e completude. Já a expressão em suas
gerações assinala que Noé viveu desta maneira entre seus contemporâneos, que eram
tão perversos que Deus teve de destruí-los.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 25, 27.
Gn 6.9. Entre os seus
contemporâneos. O autor sacro provê para nós uma espécie de esboço aligeirado
do conteúdo de seu livro, com 0 termo geração, verdadeira tradução daquilo que
aqui é apenas uma interpretação. Essa palavra assinala 0 conteúdo principal do
livro. Os antigos não esboçavam seus livros nem forneciam índices, sendo essas
invenções modernas, mas alguns livros antigos continham modos crus de salientar
as seções principais. Ver as notas sobre Gên. 2.4 quanto a uma lista das onze
gerações do livro de Gênesis. Temos aqui as gerações de Noé (a quarta dessas
divisões), ou seja, um relato sobre a sua posteridade, as pessoas que
pertenciam à sua família imediata, e aqueles que nasceram de seus três filhos,
a fim de repovoar 0 globo terrestre. A genealogia (gerações) de Adão prossegue
até Noé. Mas agora vemos um novo início, tal como Adão representou um inicio. O
mundo antigo começou por Adão; o novo mundo, com Noé. As gerações incluem
eventos, como é óbvio, visto que esses eventos são as coisas que acontecem aos
homens.
Por que Noé Foi
Escolhido para Esse Novo Começo? Porque: 1. Ele era justo ou reto. 2. Ele era
perfeito (comparativamente falando) entre os seus contemporâneos. 3. Ele andava
com Deus, à semelhança de Enoque (ver a nota sobre essa questão, em Gên. 5.22).
Essa expressão encontra-se somente em Gên. 5.22,24 e 6.9, aplicada somente a
Enoque e a Noé. Noé era a pessoa certa para ser usada em um novo começo. Cada
pessoa, se for espiritualmente equipa- da, pode ser a pessoa certa para certos
começos e realizações. Mas cada uma dessas pessoas deve ser equipada conforme 0
foi Noé.
Deus dera inequívocos
sinais dos tempos, mas somente Noé teve espiritualidade e discernimento
suficiente para poder interpretar esses sinais. Consideremos a de- gradação que
tivera lugar, ao ponto em que, dentre a própria linhagem piedosa de Sete,
somente Noé demonstrou ser possuidor de uma decente qualidade espiritual.
Lembremo-nos de que Jesus comparou os dias dele com os dias finais, que supomos
ser o nosso próprio tempo. A terra está pronta para vomitar de novo os ímpios.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 60.
Andar com Deus
significa Gn 5.24
1.Ter comunhão com
Deus como Enoque (Gn 5.24).
2. Persistir na obra
de Deus como Noé (Gn 6.22; I Co 18.58).
3. Reconhecer os
caminhos e pensamentos de Deus como Moisés (51 103.7).
4. Ser corajoso e
zeloso como Fineias (Nm 25.6-15; Mq 2.6).
5. Ser destemido como
Davi (1Sm 17; Sl 23.4).
6. Manier a
tranqüilidade no Senhor como Paulo na tempestade (At 27.9-1), Mt 11.29)
7. Ter um coração
ardente como os discípulos de Emaús (Lc 24.32-34. 2Co 5.14).
Bíblia
de Estudo do Pregador. Editora Esperança, Sociedade Bíblica, do Brasil. pag. 10.
2. Vivendo numa
sociedade corrompida.
Noé viveu numa das
épocas mais terríveis, em termos morais e espirituais (Gn 6.11,12), um mundo
corrompido, como o atual, que desdenha da santidade, e valoriza a promiscuidade
pecaminosa do homem sem Deus. A corrupção, a violência, a depravação sexual e
outros males eram globais. Em toda a história, houve pecaminosidade. Mas nos
dias atuais, essa pecaminosidade tem sido aumentada em índices muito elevados que
ultrapassam o que havia no tempo do patriarca do Dilúvio.
Este é o tempo que
precede a volta de Jesus (Mt 24.37,39). Pais de família estão perplexos quando
veem seus filhos sendo levados pela onda avassaladora de imoralidade e
corrupção. O que fazer? O exemplo de Noé é marcante e inspira confiar no Deus
Todo-Poderoso.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 147.
a) Um Justo em um
Mundo Corrupto (6.9-12). Imediatamente, Noé (9) é definido como indivíduo
incomum, embora as características associadas a ele não sejam incomuns entre os
homens de Deus no Antigo e Novo Testamento. Ele era justo (tsadik), ou seja, vivia
de acordo com um padrão, marcando a vida com obediência a Deus e interesse pelo
gênero humano. Ele era reto (tamim), isto é, era indiviso em sua lealdade,
orientada em direção a uma meta definida e motivado por paixão controladora.26
Como Enoque (5.24), Noé andava com Deus, ou seja, desfrutava de comunhão
ininterrupta e íntima com Deus.
Este andar infundia
as características anteriormente mencionadas com uma ternura e profundidade de
relação interpessoal com Deus que transcende a religião formal. A condição
moral da geração de Noé não só se contrasta com a vida de Noé, mas elucida os
termos que a descrevem. A corrupção do povo se destacava como o oposto da justiça
de Noé. Noé exibia fidelidade e conformidade à vontade de Deus; o povo não. A autenticidade
de Noé, sua qualidade de vida sadia (tamim) era radicalmente diferente da
violência (11, chamas) que permeava a sociedade dos seus dias. Uma comparação dos
versículos 11 e 12 com o versículo 5 indica que esta violência era interior,
severamente contaminada com imaginações imorais e tendências corruptas.
A declaração viu Deus
(12), não significa que Ele precisou de informação, mas que a situação na terra
era de sua grande preocupação e exigia sério exame.
George
Herbert Livingston, B.D., Ph.D. Comentário
Bíblico Beacon Vol. 1 Gênesis a
Deuteronômio. pag. 48.
Gn 6.11 A terra
estava corrompida... cheia de violência. A extrema degradação da humanidade
deixava 0 autor atônito, pelo que a mencionou de novo. O vs. 12 dá continuação
à sua queixa. Ver as notas em Gên. 6.3,5,6 quanto a descrições completas. A
violência foi salientada especificamente como um fator especial da corrupção
geral. Crimes hediondos estavam sendo cometidos, e a idolatria havia
substituído a antiga adoração a Yahweh (Gên. 4.26). A justiça havia sido
distorcida mediante governos tirânicos; campeava toda forma de imoralidade; os
homens não cumpriam a palavra dada; tinham-se habituado a praticar ações
injustas; eram arrogantes e hostis; faziam ouvidos surdos aos clamores dos
necessitados. Portanto, tornara-se imperioso um novo começo, e não apenas
alguma alternativa. O paraíso fora perdido; mas agora o próprio globo terrestre
haveria de perder tudo.
Gn 6.12 Estava
corrompida. Ver as notas em Gên. 6.3,5,6 quanto a descrições completas a esse
respeito.
Todo ser vivente
havia corrompido o seu caminho. Os animais têm alguma responsabilidade moral? O
autor parece estar dizendo que até os animais podem corromper 0 seu caminho. As
pessoas costumavam rir-se diante de noções assim; mas estudos recentes com os
primatas têm mostrado que eles são bem mais inteligentes do que pensávamos.
Eles podem falar mediante 0 teclado de um computador; e têm um certo senso de
gramática e de sintaxe. E têm seus dias de mau humor, conforme sucede entre os
homens. Os primatas planejam ataques de matanças, a fim de arrebatar fêmeas,
tal como as primitivas tribos selvagens fazem até hoje, ou conforme certos
homens civilizados fazem, embora não ajam como hordas. A ideia de que os
animais só matam para comer é um mito, conforme tem sido demonstrado. Animais
inferiores aos primatas têm sido vistos a matar por mero prazer. Há uma certa
evidência em prol da existência da alma nos animais; e, se isso é verdade,
então 0 reino animal é bem maior do que 0 homem supõe. Os próprios insetos dão
mostras de serem seres que raciocinam. Na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia, há um detalhado artigo intitulado Alma dos Animais. Ver também,
naquela mesma obra, o artigo Animais, Direitos dos, e Moralidade. As palavras todo
ser vivente são interpretadas por alguns como se aludissem exclusivamente aos
seres humanos, mas isso parece estreito demais para satisfazer a acusação
universal inerente ao texto. Os homens estavam agindo como se fossem feras; e
as feras estavam agindo como homens corruptos. As palavras toda carne, que
figuram nos vs. 13,17 e 19, incluem os animais, e acredito que isso também
envolva vs. 12.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 60.
Gn 6.11 — O verbo
hebraico [shachath] traduzido como corrompido traz a ideia de algo que está
arruinado, destruído ou deteriorado. Pessoas pecadoras estavam levando à ruína
o mundo que pertencia ao Deus amado (SI 24.1).
Gn 6.12 — E viu Deus
a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu
caminho sobre a terra. Algo similar é dito no Salmo 14.2,3. A expressão toda
carne aqui se refere a toda a humanidade.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 27.
3. A salvação de Noé
e sua família.
Noé e sua família são
salvos na arca.
Em meio à humanidade
de sua época, somente Noé e sua família escaparam da catástrofe mundial, que
devastou o planeta Terra. Que exemplo extraordinário o do patriarca Noé. Um
escolhido? Um predestinado?
Ele tinha qualidades
pessoais que o fizeram digno de receber a graça e a misericórdia de Deus. Era
justo, reto e andava com Deus, a exemplo de seu bisavô, Enoque (Gn 5.24).
Se os pais de família
de hoje querem entrar com os seus na “Arca da Salvação”, que é Cristo, precisam
seguir o exemplo singular de Noé.
Não obstante “todo
mundo se corromper”, Noé soube dar exemplo à sua família, transmitindo-lhes os
ensinamentos de Deus que os havia de livrar da destruição pelo Dilúvio. Ele e
sua casa eram uma minoria insignificante, mas não se impressionou com a
maioria. Preferiu ficar ao lado de Deus. E foi vitorioso. Serviu ao Senhor com
sua casa, foi salvo e viu sua família escapar da destruição.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.
147-148.
A Arca, Imagem da Cruz de Cristo
E agora, prezado
leitor, que temos nós mais com que permanecer, no serviço de Cristo, em tempos
trabalhosos como os atuais? Nada, certamente; nem nós necessitamos de alguma
coisa mais. A Palavra de Deus e o Espírito Santo, por intermédio de Quem a
Palavra pode somente ser compreendida, empregados ou usados são tudo que
precisamos para estarmos perfeitamente equipados — preparados para "toda a
boa obra", seja qual for a classificação dessas obras (2 Tm 3:16-17). Que
descanso para o coração! Que alívio para todas as fantasias de Satanás e as
quimeras humanas! A Palavra de Deus, pura, incorruptível e eterna! Que os
nossos corações O adorem pelo tesouro inestimável! Toda a imaginação dos pensamentos
do coração do homem era só má continuamente; porém, a Palavra de Deus era o
lugar simples de descanso para o coração de Noé. "Então, disse Deus a Noé:
O fim de toda carne é vindo perante a minha face... faze para ti uma arca de madeira
de Gofer". Aqui estava a ruína do homem, e o remédio de Deus. O homem tinha
sido autorizado a prosseguir na sua carreira até ao máximo limite, até que os seus
princípios e caminhos atingiram a maturidade. O fermento tinha levedado a massa.
O mal havia atingido o seu auge. "Toda a carne" se tinha tornado tão
má que já não podia ser pior; pelo que nada restava senão Deus destruí-lo
totalmente; e, ao mesmo tempo, salvar aqueles que foram achados segundo os Seus
desígnios eternos, ligados com "o oitavo" homem — o único justo que
então existia.
Aplicação do Dilúvio ao Dia da Vinda do Senhor.
E, prezado leitor,
lembremos as palavras do Senhor Jesus Cristo, que disse: "E como foi nos
dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mt 24:37).
Alguns gostariam que acreditássemos,
que antes do Filho do homem vir nas nuvens do céu a terra será coberta, de um
polo ao outro, com um lindo manto de justiça. Dizem-nos que devemos esperar um
reino de justiça e paz, como resultado de atividades postas agora em ação;
porém a passagem que acabamos de reproduzir corta pela raiz, num momento, todas
essas especulações vãs e ilusórias. Como era nos dias de Noé? A justiça cobria
a terra, como as águas cobrem o mar? A verdade de Deus dominava? A terra estava
cheia do conhecimento do Senhor?- A Sagrada Escritura responde: "A
terra... encheu-se de violência; toda carne havia corrompido o seu caminho
sobre a terra; a terra... estava corrompida diante da face de Deus". Pois
bem, "assim será também nos dias do Filho do homem". Isto é bem claro.
"A justiça" e a "violência" não são muito parecidas uma com
a outra. Nem tão pouco existe semelhança alguma entre a maldade universal e a
paz. Apenas é preciso um coração obediente à Palavra de Deus e livre da
influência de opiniões preconcebidas para se compreender o verdadeiro caráter
dos dias que precederão imediatamente "a vinda do Filho do homem".
Que o leitor não se deixe extraviar.
Curve-se
reverentemente perante a Escritura Sagrada. Olhe para o estado do mundo
"nos dias anteriores ao dilúvio" (Mt 24:38); e não se esqueça, que
assim como era então, "assim" será no fim desta época. Isto é muito
simples — conclusivo. Não havia então nada como um estado de justiça e paz
universal, nem tão pouco haverá coisa alguma que se pareça com um tal estado no
fim. Sem dúvida, o homem mostrava bastante energia com o fim de tornar o mundo
um lugar agradável; porém isso era uma coisa muito diferente a torná-lo um
lugar conveniente para Deus. Assim é também neste tempo presente: o homem está
tão ocupado quanto pode em remover as pedras do caminho da vida humana, e torná-lo
o mais liso possível; mas isto não é "endireitar no ermo vereda a nosso Deus"
(Is 40:3); nem tão-pouco é aplainar o que é áspero para que toda a carne veja a
salvação do Senhor. A civilização prevalece; porém civilização não é justiça. A
varredura e o embelezamento continuam; mas não é com o fim de preparar a casa para
Cristo, mas sim para o anti-cristo. A sabedoria do homem é empregada com o fim
de cobrir, com as dobras da sua própria roupagem, os defeitos e manchas da humanidade;
contudo, embora cobertas, não são tiradas! Encontram-se tapadas, e em breve
aparecerão com deformidade mais repugnante do que nunca. A pintura de verniz
será em breve riscada, e a madeira lavrada de cedro destruída. As represas, por
meio das quais o homem procura cuidadosamente deter a torrente da vileza
humana, terão em breve de ceder caminho à força esmagadora que dela resulta.
Todos os esforços para limitar a degradação física, mental e moral da posteridade
de Adão dentro dos limites, que a benevolência humana tem inventado, não darão,
como sequência, resultado. O testemunho havia sido dado: "O fim de toda a
carne é vindo perante a minha face." Não era vindo perante a face do
homem; mas era vindo perante a face de Deus; e, embora a voz dos escarnecedores
possa ainda dizer, "Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os
pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da
criação" (2 Pe 3:4), o momento aproxima-se rapidamente em que receberão a
resposta. "... o dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus
passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e
as obras que nela há se queimarão" (2 Pe 3:4-10). Esta, prezado leitor, é
a resposta ao escárnio intelectual dos filhos deste mundo, mas não às afeições
espirituais e à expectativa dos filhos de Deus. Estes, graças a Deus, têm uma
perspectiva completamente diferente, a de encontrarem o Noivo nos ares, antes
do mal ter atingido o seu ponto culminante, e, portanto, antes de começar o
julgamento divino.
C.H.M..
Comentário Bíblico Gênesis a
Deuteronômio.
Mt 24.37-39 — A vinda
do Filho do Homem será como nos dias de Noé. A similaridade que Cristo está ressaltando
aqui não se refere à maldade daqueles dias (Gn 6.5), mas especialmente à
indiferença das pessoas nos dias de Noé.
Não há pecado algum
em comer; beber e dar-se em casamento. O pecado do qual Cristo está falando aqui
é viver como se o juízo não fosse acontecer. Será então que Jesus virá
novamente.
A perversidade fatal
é vista no fato de que eles não o perceberam, até que veio o dilúvio. Fico
pensando se a falta de compromisso de alguns cristãos evangélicos vai durar até
que não haja mais tempo e o fim chegue.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 74.
Mt 24. V 37-39. Nesses
versículos, nos é dada uma ideia do Dia do Juízo, que pode servir para nos
chocar e despertar, para que não durmamos, como os outros. Será um dia
surpreendente, e um dia separador.
1. Será um dia
surpreendente, como o dilúvio foi para o mundo antigo (w. 37-39). O que Ele
pretende descrever aqui é a postura do mundo com a vinda do Filho do Homem.
Além da sua primeira vinda, para salvar, Ele tem outra vinda, para julgar. Ele
disse (Jo 9.39): “Eu vim a este mundo para juízo”; e para juízo Ele virá, pois todo
julgamento foi confiado a Ele, tanto o da Palavra quanto o da espada.
Isto se aplica: (1) A
julgamentos temporais, particularmente àquele que então se precipitava sobre a
nação e o povo judeus. Embora eles tivessem recebido muitos avisos, e tivesse havido
muitos prodígios que eram presságios desse juízo, ainda assim ele os encontrou
seguros, gritando: “Paz e segurança” (1 Ts 5.3). O cerco a Jerusalém foi
realizado por Tito, quando era Páscoa e eles estavam em meio à sua felicidade.
Como os homens de Laís, eles viviam despreocupados quando a destruição os
atacou (Jz 18.7,27). A destruição da Babilônia, tanto no Antigo Testamento quanto
no Novo, surge quando ela disse: “Eu serei senhora para sempre” (Is 47.7-9; Ap
18.7). Por isso as pragas vêm em um momento, em um dia. Observe que a
incredulidade dos homens não tornará as ameaças de Deus sem efeito.
(2) Ao juízo eterno;
assim é chamado o julgamento do Grande Dia (Hb 6.2). Embora Enoque tenha dado avisos,
ainda assim, quando ele vier, será inesperado para a maioria dos homens. Os
últimos dias, que são mais próximos daquele dia, irão produzir escarnecedores que
dirão: “Onde está a promessa da sua vinda?” (2 Pe 3.3,4; Lc 18.8). Assim será
quando o mundo que existe agora for destruído pelo fogo; pois assim foi, quando
o mundo antigo, tendo sido inundado com água, pereceu (2 Pe 3.6,7). Cristo
mostra então qual era o espírito e a postura do mundo antigo, quando veio o
dilúvio.
[1] Eles eram
sensuais e mundanos; comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento. Não está
dito que eles estavam matando, roubando, prostituindo-se e blasfemando (estes
eram realmente os crimes horríveis de alguns, entre os piores; a terra estava
cheia de violência), mas eles estavam, todos eles, exceto Noé, sem esperança no
mundo, e sem considerar a Palavra de Deus; e isto os destruiu. Observe que a
negligência universal da religião é um sintoma mais perigoso, para qualquer
pessoa, do que exemplos particulares, aqui e ali, de uma ousada falta de
religiosidade. Comer e beber são coisas necessárias à preservação da vida do
homem; casar-se e dar-se em casamento são coisas necessárias à preservação da
humanidade. Mas, Licüus perimus omnes – Estas coisas lícitas nos destroem, se
forem realizadas de forma ilícita. Em primeiro lugar, eles eram irracionais, desordenados
e buscavam exclusivamente os prazeres dos sentidos, e os ganhos do mundo;
estavam completamente dominados por essas coisas, esan trogontes – eles estavam comendo; quanto a essas coisas, eles
viviam de uma forma elementar, como se não existissem para nenhuma outra
finalidade, a não ser comer e beber (Is 56.12). Em segundo lugar, eles eram
irracionais. Estavam completamente atentos ao mundo e à carne, quando a
destruição estava à porta, destruição da qual tinham tido tantos avisos.
Estavam comendo e bebendo, quando deveriam estar se arrependendo e orando.
Deus, pelo ministério de Noé, os convocou a chorarem e a se lamentarem, para
que, mais tarde, tivessem alegria e satisfação.
Isto era, para eles,
como depois o foi para Israel, um pecado imperdoável (Is 22.12,14),
especialmente porque eles o faziam desafiando aqueles avisos, pelos quais
deviam ter despertado. ‘“Comamos e bebamos, que amanhã morreremos’; se é
preciso ter uma vida curta, que seja alegre”. O apóstolo Tiago fala disso como
sendo o costume geral dos judeus ricos antes da destruição de Jerusalém. Quando
deviam estar chorando e pranteando por suas misérias, que sobre eles haveriam
de vir, eles estavam se deleitando e cevando seus corações, como num dia de
matança (Tg 5.1,5).
[2] Eles estavam
seguros e despreocupados, e não o perceberam, até que veio o dilúvio (v. 39).
Não o perceberam! Certamente, eles não podiam ter deixado de saber. Deus, por
meio de Noé, não tinha lhes dado muitos avisos disso? Ele não os tinha
convidado ao arrependimento, enquanto os aguardava em sua longanimidade? (1 Pe
3.19,20). Mas eles não o perceberam, isto é, eles - não creram; eles podiam ter
sabido, mas não quiseram saber. Observe que, quanto àquilo que nós conhecemos das
coisas que pertencem à nossa paz eterna, se não o mesclarmos com a fé, e o
aperfeiçoarmos, é como se não tivéssemos conhecido. O fato de eles não
conhecerem acompanha o fato de comerem, beberem, e se casarem; pois, em
primeiro lugar, eles eram sensuais, porque eram seguros. A razão pela qual as
pessoas são tão ansiosas na busca, e tão envolvidas nos prazeres deste mundo, é
que não conhecem, nem crêem, nem consideram a eternidade em que estão prestes a
entrar. Se nós soubéssemos, de modo adequado, que todas estas coisas em breve
serão dissolvidas, e que certamente devemos sobreviver a elas, não
concentraríamos nossos olhos e corações sobre elas, não tanto como o fazemos.
Em segundo lugar, eles eram seguros, porque eram sensuais; eles não sabiam que
o dilúvio se aproximava, porque esta vam comendo e bebendo; eles estavam tão
dominados pelas coisas visíveis e presentes, que não tinham tempo nem coragem
para se preocuparem com as coisas não vistas, embora tivessem sido avisados
delas. Assim como a segurança fortalece os homens na sua sensualidade brutal,
também a sensualidade os “embala” na sua segurança carnal. Eles não o
perceberam, até que veio o dilúvio. 1. O dilúvio veio, embora eles não o
antevissem. Observe que aqueles que não querem aprender pela fé, aprenderão
experimentando a ira de Deus, que lhes será revelada, do céu, contra a sua
impiedade e injustiça. O dia do mal nunca está tão distante que os homens não
possam afastá-lo ainda mais. 2. Eles não o perceberam, até que foi tarde demais
para evitá-lo, como poderiam ter feito se o tivessem percebido a tempo, o que
tornava tudo ainda mais lamentável. Os juízos são mais terríveis e espantosos
para aqueles que se sentem seguros, e para os que zombaram deles.
Temos a aplicação
disso, a respeito do mundo antigo, nas seguintes palavras: “Assim será também a
vinda do Filho do Homem”, isto é: (1) Nessa condição, Ele encontrará pessoas
comendo e bebendo, e não esperando por Ele. Observe que a segurança e a
sensualidade provavelmente serão as epidemias dos últimos dias. Todos tosquenejam
e adormecem, e à meia-noite o esposo vem. Todas sem vigiar, e descansadas. (2)
O Senhor virá a eles com esse poder, e com esse objetivo. Da mesma maneira como
o dilúvio levou os pecadores do mundo antigo de uma forma irresistível e
irrecuperável, também os pecadores seguros, que zombaram de Cristo e da sua
vinda, serão levados pela ira do Cordeiro, quando vier o grande dia da sua ira,
que será como a vinda do dilúvio; uma destruição da qual não se pode fugir.
2. Este será um dia
separador (w. 40,41): “Haverá dois no campo”. Isto pode ser aplicado de duas
maneiras: (1) Nós podemos aplicar essa palavra ao sucesso do Evangelho,
especialmente na sua primeira pregação. Ele dividiu o mundo; alguns creram nas
coisas que foram ditas, e foram levados até Cristo; outros não creram, e foram
abandonados para perecer na sua incredulidade.
Aqueles da mesma
idade, do mesmo lugar, capacidade, emprego e condição, no mundo, que moíam no mesmo
moinho, os da mesma família, aqueles que estavam unidos pelo mesmo laço de
casamento - um deles será chamado, e o outro será deixado na tristeza da amargura.
Essa é aquela divisão, aquele fogo de dissensão que Cristo veio trazer (Lc
12.49,51). Isso torna a graça gratuita ainda mais obrigatória do que
diferenciadora; a nós, e não ao mundo (Jo 14.22), ou melhor, a nós, não àqueles
que estão no mesmo campo, no mesmo moinho, na mesma casa. Quando a destruição
se abateu sobre Jerusalém, uma distinção foi feita pela Divina Providência, de
acordo com o que havia sido feito anteriormente pela divina graça. Pois todos
os cristãos entre eles estavam salvos de perecer naquela calamidade, por
proteção especial do Céu. Se dois deles estavam trabalhando juntos no campo, e
um deles era um cristão, ele era levado a um lugar de abrigo, e tinha a sua
vida conservada como um despojo, ao passo que os outros eram deixados para a
espada do inimigo. Se apenas duas mulheres estivessem moendo no moinho, e se
uma delas pertencesse a Cristo, embora fosse apenas uma mulher, uma pobre
mulher, uma serva, ela seria levada a um lugar de abrigo, e a outra seria
abandonada. Assim os mansos da terra estariam escondidos no dia da ira do
Senhor (Sf 2.3), fosse no céu, ou sob o céu. Observe que a preservação diferenciada,
em tempos de destruição geral, é um sinal especial do favor de Deus, e assim
deve ser reconhecida. Se nós estamos a salvo quando milhares caem à nossa
direita e à nossa esquerda, se nós não somos consumidos quando outros o são à
nossa volta, de modo que nós somos como tições arrancados do fogo, temos razão para
dizer que isso é misericórdia de Deus, e uma grande misericórdia.
(2) Nós podemos aplicar
isso à segunda vinda de Jesus Cristo, e à separação que se fará naquele dia.
Ele havia dito anteriormente (v. 31) que os escolhidos serão reunidos. Aqui Ele
nos diz que, para que isso aconteça, eles serão diferenciados daqueles que
estão mais próximos a eles neste mundo; aqueles que são chamados e escolhidos são
levados à glória; os demais são abandonados para que pereçam por toda a
eternidade. Aqueles que dormem no pó da terra, na mesma sepultura, com as
cinzas misturadas, ressuscitarão, uns para “a vida eterna e outros para vergonha
e desprezo eterno” (Dn 12.2). Esta palavra é aplicada aqui àqueles que
estiverem vivos. Cristo virá de forma inesperada, encontrará as pessoas
ocupadas com seus afazeres usuais no campo e no moinho; e então, conforme sejam
eles vasos de misericórdia preparados para a glória, ou vasos da ira preparados
para a perdição, este fato acontecerá com eles. Um será levado para encontrar o
Senhor e os seus anjos nos ares, para estar eternamente com Ele e com eles; o
outro será deixado para Satanás e os seus demônios, que, depois de Cristo ter
reunido os seus, varrerão o resíduo. Isto tornará a condenação dos pecadores
ainda mais grave, o fato de outros serem removidos do seu meio para a glória, e
eles serem deixados para trás. E isto transmite abundante consolo ao povo do Senhor.
[1] Eles são humildes e desprezados no mundo, como o servo no campo, ou a
mulher no moinho (Êx 11.5)? Ainda assim, eles não serão esquecidos, nem
negligenciados naquele dia. Os pobres no mundo, os ricos em fé, são os herdeiros
do Reino. [2] Eles estão dispersos por lugares distantes e improváveis. Onde
ninguém esperaria encontrar os herdeiros da glória? No campo, no moinho? Ainda assim,
os anjos os encontrarão (escondidos como Saul, quando devem ser entronizados),
e dali os levarão. E é justo que se diga que eles serão mudados, pois será uma
grande mudança; ir para o céu, em vez de arar e moer. [3] Eles são fracos e
incapazes de se dirigirem ao céu? Eles serão levados, ou tomados, assim com Ló
foi tirado de Sodoma por uma graciosa violência (Gn 19.16). Cristo nunca
perderá aqueles que já são dele, aqueles de quem Ele já se apossou. [4] Eles
estão misturados com outros, relacionados com eles, nas mesmas casas,
sociedades, e trabalhos materiais? Que isto não desencoraje nenhum verdadeiro
cristão. Deus sabe como separai' o precioso do vil, o ouro e o lixo no mesmo
monte, o trigo e a palha na mesma eira.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo
Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 323-324.
Mt 24. 37-39. Dias de
Noé. Assim como os dias de Noé concluíram uma dispensação com julgamento,
também acontecerá o mesmo na volta de Cristo. Numa era de grande impiedade (Gn.
6), os homens viveram suas vidas sem se perturbarem com o destino iminente
(comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento). Mas veio o dilúvio e os
levou a todos, de maneira que só os justos foram deixados para herdarem. Do
mesmo modo a vinda do Filho do homem, em seguida à Grande Tribulação (vs.
29-31) removerá os ímpios, para que o remanescente fiel que suportou a
Tribulação possa participar das bênçãos do Milênio (conf. 25:31-46; 13:30,
41-43, 49, 50).
MOODY.
Comentário Bíblico Moody. pag. 121.
II -
JOSUÉ - UMA DECISÃO EXEMPLAR
1. A firme tomada de
posição.
Josué tomou posição
ao lado de sua família. Quando exortava o povo a se definir, ante a idolatria,
ele disse: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor,
escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que
estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; p orém
eu e a minha casa servirem os ao Senhor” (Js 24.15 — grifo nosso). Muitos
cristãos não estão conseguindo ver sua família servindo ao Senhor por falta de
atitude firme e amorosa com seus filhos, desde a sua infância. E se conformam
com o que está acontecendo no mundo, diante da destruição dos valores éticos e
morais, fundados na Palavra de Deus. Para não serem considerados antiquados,
capitulam ante os ataques do Maligno à família.
A maior parte dos
ataques contra a família cristã tem sucesso porque os líderes do lar não tomam
posição desde cedo. As crianças são criadas, muitas vezes, fazendo o que bem
querem e entendem. Os adolescentes ficam entregues a si mesmos, e os jovens têm
absoluta independência. Esse é um modelo de família que não corresponde aos princípios
bíblicos. A educação tardia, quando já são adolescentes ou jovens, tende a
perder sua eficácia. A decisão de servir a Deus com a família deve ser o mais
breve possível. Famílias que aceitam a Cristo, quando os filhos já são grandes
têm mais dificuldades em levá-los aos pés do Senhor.
Josué decidiu: “eu e
minha casa serviremos ao Senhor”. Isso não é mágico, repentino, ilusório. E
necessário que uma série de atitudes e ações sejam desenvolvidas para que esse
objetivo seja alcançado. E uma decisão, um propósito. Precisa haver firmeza de
fé e de caráter nos membros da família, a começar dos pais que devem ser
exemplo para eles. Josué comportou-se à altura de um grande líder na visão de
Deus.
E foi escolhido para
substituir Moisés, na última e difícil etapa para a entrada em Canaã. Mas Deus
lhe deu orientações sábias e seguras para que não se desviasse de seus caminhos
(Js 1.7).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 148.
O Desafio de Renovar
o Concerto (24.14,15)
A luz da óbvia
grandeza e bondade de Deus, Josué faz este apelo: Agora, pois, temei ao Senhor
(14). Deus fizera uma aliança com Abraão, ao afirmar que favoreceria de maneira
especial a ele e aos seus descendentes. Este acordo foi renovado tanto com Isaque
como com Jacó. Se tudo mostrava que era preciso a geração de Josué continuar como
o povo de Deus, então eles deveriam escolher hoje a quem sirvais (15). A implicação
era que somente se eles mesmos ratificassem este concerto é que poderia haver
esperança de receber o favor de Deus.
Se não queriam servir
a Deus a alternativa seria adorar os deuses que anteriormente foram abandonados
e derrotados (15). Estes mostraram-se sem poder para ajudar.
Eles sempre exerceram
uma influência desmoralizante sobre a vida humana. Os israelitas testemunharam
que esses deuses fizeram com que o povo dissipasse sua força de alma e destruísse
as consciências e o intelecto das pessoas. Josué sabia que seu povo deveria
fazer uma escolha definitiva em relação a quem serviria. Ele insistiu para que
eles afirmassem claramente Aquele em quem colocavam todas as suas esperanças. A
quem eles seriam leais? Seria tal devoção entregue àqueles a quem já haviam
derrotado? A indecisão seria um erro fatal, uma causa certa de fracasso.
Portanto, escolhei
hoje (15).
Josué já fizera sua
escolha. Ele já havia estabelecido o tipo de exemplo que queria que os outros
seguissem. Ele exerceria toda a influência de que dispunha para ajudá-los a
fazer a escolha certa: eu e a minha casa serviremos ao Senhor (15).
Josué estava disposto
a dar a qualquer pessoa a liberdade de escolher ou rejeitar a Deus. Ele
concluiu que os méritos do Senhor eram tão bem conhecidos que nenhuma pessoa
com um mínimo de discernimento deixaria de fazer a escolha certa.
Aquelas pessoas foram
confrontadas com uma escolha que faz paralelo à proposição apresentada pelo
cristianismo. (1) A gama de motivos e razões para escolher a Cristo é a mais
razoável. (2) A escolha envolve vida e morte. (3) A escolha envolve o bem-estar
da pessoa. (4) Ela desafia nossas aspirações por uma vida boa. (5) O amor de
Deus torna-se um intenso fator motivador para se escolher o caminho divino.
Deste modo, o
cristianismo apresenta uma exibição concreta de tudo o que é bom e verdadeiro.
Ele oferece a segurança substancial de uma imortalidade bendita. Robert Hall
afirmou corretamente quando disse que “as proposições de Cristo são tão
supremas e inquestionáveis que ser neutro diante delas é o mesmo que ser hostil”.
MULDER.
Chester O. Comentário Bíblico Beacon. Vol.
2. pag. 77-78.
Js 24.15 - As pessoas
tiveram que decidir se obedeceriam ao Senhor, que provara sua probidade, ou
adorariam os deuses locais, que eram ídolos íeitos por mãos humanas. É fácil
aderir a uma silenciosa revolta — levar a vida a seu próprio modo. Mas chegará
o tempo quando você terá que escolher quem ou o que controlará a sua
existência. A escolha ó sua. Será Deus sua bússola ou outro substituto
qualquer? Após escolher ser controlado pelo Espirito de Deus. reafirme sua
decisão diariamente.
Js 24.15 - Ao ficar
ao lado do Senhor, Josué novamente exibiu sua liderança espiritual. A despeito
da decisão dos outros, por ter assumido um compromisso com Deus, ele estava
determinado a dar a exemplo e viver segundo esta decisão. O modo como vivemos
demonstra a força do nosso compromisso de servir a Deus.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag.
308.
24.14-15
Escolhei hoje a quem
sirvais. O yahwismo era a nova fé na Palestina, a fé revelada por Deus a
Israel. Tinha suas antigas bases históricas, conforme 0 autor sacro acabara de
ilustrar. Seu alicerce era o Pacto Abraâmico (ver as notas a respeito em Gên.
15.18). Mas o yahwismo seria severamente testado na Terra Prometida. Somente
uma lealdade diligente poderia fazer 0 povo de Israel continuar derrotando seus
inimigos, ao mesmo tempo que poderia evitar suas armadilhas e ardis (ver Jos.
23.13). Por outro lado, se o povo de Israel viesse a ser envolvido no paganismo
e em sua idolatria, então tudo ruiria por terra para Israel. O próprio Yahweh
ver-se-ia forçado a expulsar Israel da Terra Prometida, conforme havia
expulsado seus habitantes primitivos. Israel já estava suficientemente
informado para ser capaz de fazer uma escolha inteligente entre duas heranças,
entre dois sistemas, entre duas forças. Para Josué, a escolha era fácil e
clara:
Eu e a minha casa
serviremos ao Senhor.
Este final do
presente versículo com toda a razão tem-se tornado famoso, sobre tudo em lares
evangélicos. Incontáveis sermões têm sido pregados a respeito dessa declaração
de Josué. A vida consiste em uma contínua confrontação com escolhas a serem
feitas. Os pais e os líderes precisam apresentar uma boa orientação para que os
filhos e os liderados possam tomar decisões baseadas em boas informações.
Este versículo
enfatiza 0 dever que os pais têm de ajudar seus familiares a fazer escolhas
acertadas. Um pai deve três coisas a seus filhos: exemplo; exemplo; exemplo.
Josué deu exemplo aos seus familiares e também a todo 0 povo de Israel, que
estava debaixo de suas ordens. Josué tinha acabado de fazer a revisão dos
poderosos atos de Deus em favor do povo de Israel. Ele tinha estabelecido
razões para que os hebreus obedecessem a Yahweh. Deus se havia exibido por meio
dos aconteci- mentos históricos. Deus é que tinha brandido 0 Seu poder e tinha
feito tudo. Ver I Reis 18.21. Josué, pois, não achara a menor dificuldade em
fazer a sua escolha.
Um verdadeiro mestre
afeta a eternidade.
Jamais poderá dizer
onde cessa a sua influência.
(Henry Adams)
As crianças têm maior
necessidade de modelos do que de críticos.
(Joseph Joubert)
Um pai vale mais do
que uma centena de professores.
(George Herbert)
Ό venerado líder de
Israel garantiu-lhes que qualquer que fosse a escolha deles, a mente dele
estava resolvida; seu curso era claro... nós serviremos ao Senhor” (Donald K.
Campbell, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 985-986.
Js 24.14-28 - Após
tudo que o Senhor fez em prol de Israel, que vai de livramentos e provisões à
concessão de uma terra fértil, a melhor forma de retribuir a benevolente
conduta de Yahweh era renunciar a todos os outros deuses e seguir a Deus. O
próprio exemplo de Josué em ser fiel ao Criador ajudaria o povo a compreender
isso. A resposta do povo após ser lembrado por Josué do cumprimento das
promessas do Senhor sobre aquela nação foi a do compromisso, mesmo depois de o
líder de Israel tê-lo avisado das consequências de tal comprometimento. Os
israelitas ratificaram a aliança com Deus e foram para as suas propriedades.
Js 24.14,15 - As
palavras de Josué nestes versículos contêm um raro apelo para que Israel
escolhesse entre Deus e os muitos falsos substitutos.
Caso o povo não
optasse por Deus, escolheria entre os deuses que seus ancestrais serviram ou os
deuses dos amorreus (isto é, os cananeus). E claro que tal apelo é retórico. Da
perspectiva do Senhor havia apenas uma opção. Com suas palavras famosas, Josué
depôs, de forma clara e inequívoca, a favor de Deus. Assim, ele exibiu as perfeitas
ações de um líder, estando disposto a seguir em frente e comprometer-se com a
verdade apesar das inclinações do povo. O enfático exemplo de Josué, sem
dúvida, encorajou muitos a seguirem as afirmações dos versículos 16 a 18.
Js 24.16-18 - Em
resposta à declaração de Josué, o povo reconheceu seu débito com o Senhor por causa
de todas as benesses recebidas por Ele. Este era um ponto crucial. Somente a
partir do momento em que os israelitas se lembrassem do que Deus fizera por
eles, inclinar-se-iam a servi-lo. Moisés dissera isso muitos anos antes (Dt
8.11-17).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 399.
2. O perigo da
omissão dos pais.
Pais cristãos (Ef
6:4)
Se forem deixadas por
conta própria, as crianças tornam-se rebeldes, de modo que é necessário os pais
educarem os filhos. Anos atrás, o duque de Windsor disse: "Numa casa
norte-americana, tudo é controlado por botões, menos os filhos". A Bíblia
registra os resultados infelizes da negligência dos pais para com os filhos,
quer dando um mau exemplo, quer deixando de discipliná-los corretamente. Davi
mimou Absalão e deu
um péssimo exemplo, e
as consequências foram trágicas. Eli não disciplinou os filhos, e estes, além
de desgraçarem seu nome, trouxeram derrota sobre a nação de Israel. Em sua
velhice, Isaque mimou Esaú, e sua esposa demonstrou favoritismo por Jacó,
resultando em um lar dividido. Jacó cultivava seu favoritismo por José, quando
Deus resgatou o menino de modo providencial e o levou para o Egito, onde o
transformou em um homem de caráter. Paulo diz que o pai tem várias
responsabilidades para com os filhos.
Não deve provocá-los.
No tempo de Paulo, o pai exercia autoridade suprema sobre a família. Quando uma
criança nascia em uma família romana, por exemplo, era tirada do quarto e
colocada diante do pai. Se ele a pegasse no colo, era sinal de que a aceitava
no lar. Mas se não a pegasse, indicava que não a aceitava, e a criança deveria ser
vendida, dada ou abandonada para morrer. Sem dúvida, o verdadeiro amor paterno não
permitia tamanhas atrocidades, mas tais práticas eram legais naquela época.
Paulo diz aos pais: "Não usem sua autoridade para abusar de seus filhos;
pelo contrário: incentivem e edifiquem a criança". Para os colossenses, o
apóstolo escreveu: "Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não
fiquem desanimados"
(Cl 3:21). Assim, o oposto de "provocar" é "animar".
Eu estava dando uma
palestra a um grupo de estudantes sobre a oração e dizendo que nosso Pai
celeste está sempre disponível quando o buscamos. Para ilustrar esse fato,
contei que a recepcionista do escritório de nossa igreja tem uma lista que eu
preparei com o nome de todas as pessoas que podem falar comigo a qualquer
momento, não importa o que eu esteja fazendo. Mesmo que esteja em uma reunião
do conselho ou no meio de uma sessão de aconselhamento, se alguma dessas
pessoas telefonar, a recepcionista deve me chamar imediatamente.
Minha família está no
topo da lista.
Ainda que o assunto
pareça ser de importância secundária, quero que minha família saiba que estou
disponível. Depois dessa palestra, um dos rapazes me perguntou: - Você não quer
me adotar? Nunca consigo falar com meu pai... E preciso tanto do incentivo
dele!
Os pais provocam e
desanimam os filhos quando dizem uma coisa e fazem outra, sempre criticando e
nunca elogiando, sendo incoerentes e injustos na disciplina, mostrando favoritismo
dentro de casa, fazendo promessas e não cumprindo, deixando de levar a sério
problemas extremamente importantes para os filhos. Os pais cristãos precisam da
plenitude do Espírito para se mostrarem sensíveis às necessidades e aos
problemas dos filhos.
Deve nutri-los. O
texto diz: "criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor". O verbo
traduzido por "criar" é a mesma palavra traduzida por
"alimentar" em Efésios 5:29.
O marido cristão deve
nutrir a esposa e os filhos dando-lhes amor e ânimo no Senhor. Não basta cuidar
dos filhos fisicamente providenciando alimento, abrigo e roupas. Também deve
lhes dar alimento emocional e espiritual. O desenvolvimento do menino Jesus é
um exemplo para nós: "E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça,
diante de Deus e dos homens" (Lc 2:52). Vemos aqui um crescimento
equilibrado: intelectual, físico, espiritual e social. Em parte alguma da Bíblia,
a educação dos filhos é apresentada como responsabilidade de alguma pessoa ou
instituição fora do lar, por mais que tais elementos externos colaborem no
processo.
Deus incumbiu os pais
de ensinar aos filhos os valores mais essenciais. Deve discipliná-los. O termo
"criar" dá a ideia de aprendizado por meio da disciplina. É traduzido
por "corrigir" em Hebreus 12. Alguns psicólogos modernos opõem-se ao
conceito "antiquado" de disciplina, e muitos educadores seguem essa
filosofia. Dizem que devemos deixar as crianças se expressarem e que, se as
disciplinarmos, iremos distorcer seu caráter. No entanto, a disciplina é um
princípios fundamental da vida e uma demonstração de amor. "Porque o
Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hb 12:6).
"O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o
disciplina" (Pv 13:24).
É preciso, porém,
certificar-se de estar disciplinando os filhos da maneira correta. Em primeiro
lugar, deve-se discipliná-los em amor, não com raiva, a fim de não ferir o corpo
nem a alma da criança ou, possivelmente, os dois. Quem não é disciplinado, evidentemente,
não pode disciplinar a outros, e explosões de raiva nunca trazem benefício algum
para os filhos nem para os pais.
Além disso, a
disciplina deve ser justa e coerente.
- Meu pai é capaz de
usar um canhão para matar um pernilongo! - disse-me um adolescente. - Posso
cometer homicídio e nada acontece ou posso ser considerado culpado de
absolutamente tudo! A disciplina coerente aplicada com amor dá segurança à
criança. Ela pode não concordar conosco, mas pelo menos sabe que nos importamos
o suficiente para criar alguns muros de proteção a seu redor até ela ser capaz
de tomar conta de si mesma.
- Nunca soube quais
eram os meus limites - comentou uma moça rebelde -, pois meus pais nunca se
importaram comigo o suficiente para me disciplinar. Acabei concluindo que, se
não era importante para eles, então por que deveria ser importante para mim?
Deve instruí-los e
incentivá-los. Esse é o significado do termo "admoestação". A fim de
educar o filho, o pai e a mãe não usam apenas ações, mas também palavras. No
Livro de Provérbios, por exemplo, temos um registro inspirado de um pai compartilhando
conselhos sábios com o filho. Os filhos nem sempre apreciam nossos conselhos,
mas isso não elimina nossa obrigação de instruí-los e de incentivá-los. É
evidente que nossa instrução deve sempre estar de acordo com a Palavra de Deus
(ver 2 Tm 3:13-1 7).
Quando a Suprema
Corte deu seu veredicto contrário à obrigatoriedade de orar nas escolas
públicas, o famoso cartunista Herblock publicou uma tira no jornal Washington Post
mostrando um pai irado sacudindo um jornal para a família e gritando: - Só
faltava essa! Agora querem que a gente ouça as crianças orando em casa?
A resposta é: sim! O
lar é o lugar onde as crianças devem aprender sobre o Senhor e a vida cristã. É
hora de os pais cristãos pararem de empurrar a responsabilidade para os
professores da escola dominical e das escolas cristãs e começarem a educar seus
filhos.
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo.
N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 69-71.
Filhos e pais (Efésios
6.1-4)
A relação entre pais
e filhos, que nas gerações passadas era tão intimamente mantida, tem perdido,
em nossos dias, muito de sua solidariedade e influência. Assim sendo, essas
palavras são de máxima importância hoje em dia. O verbo (hypakouo) que se usa
aqui para «obedecer ordens», tem o sentido de «obediência literal à
autoridade», o que não figura na frase em 5.22, «sejam submissas» onde o verbo
(hypotasso), significa «arrumar em ordem».
No Senhor é uma
expressão que o escritor não amplia nem explica, mas é evidente que as ordens
divinas não podem ser cumpridas sem a graça e o poder provenientes do Espírito
do Senhor, que habita em nós. A própria lei da natureza outorga autoridade ao
pai e exige obediência da prole; e a lei de Deus, especificamente, engloba a
injunção no quinto mandamento (2), reforçando-o com a promessa de vida longa e
prosperidade para aquele que for obediente (3). A obediência perfeita,
especialmente nas crianças, depende, em grande parte, do exercício correto de
autoridade pelos pais (4). Uma disciplina áspera e inconstante pode facilmente
desanimar a criança (veja Cl 3.21).
Se o pai conhece que
seu guia e exemplo real é o Senhor, então sua doutrina e admoestação (4; ARA
«disciplina e admoestação») serão adequadas e justas. Os métodos modernos de
orientação infantil no lar, na igreja, na escola e no tribunal de justiça
juvenil podem dever muito à psicologia, mas é fácil não salientar adequadamente
o poder e a influência do Espírito do Senhor.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Efésios. pag. 40-41.
Os Deveres dos Filhos para com os Pais.
Ef. 1-9. Temos aqui mais orientações referentes aos deveresdomésticos,
em que o apóstolo é muito específico.
O dever dos filhos para com seus pais. “Vinde, meninos, ouvi-me;
eu vos ensinarei o temor do Senhor” (veja SI 34.11). O grande dever dos filhos
é obedecer aos seus pais (v. 1). Os pais são os instrumentos para a existência deles;
Deus e a natureza deram a eles autoridade para governar. Se os filhos forem
obedientes a pais piedosos estarão a caminho de se tornarem piedosos como os
pais. Essa obediência que Deus requer dos seus filhos inclui uma reverência
interior, bem como expressões e atos exteriores. Sejam obedientes no Senhor.
Alguns entendem que essa expressão apresenta uma limitação e a explicam da
seguinte forma: “Até onde estiver em acordo com o seu dever a Deus”. Não
devemos desobedecer nosso Pai celestial para obedecer aos pais terrenos; porque
nossa obrigação para com Deus é mais importante do que todas as outras. Prefiro
entender esse aspecto como uma razão: “Filhos, obedeçam aos seus pais; porque essa
é a ordem do Senhor; obedeçam-lhes por amor ao Senhor”. Ou, ela pode ser uma
especificação particular de um dever geral: “Obedeçam aos seus pais,
especialmente nas coisas que concernem ao Senhor. Seus pais ensinam boas
maneiras a vocês, e nisso devem obedecê-los. Eles ensinam aquilo que é para o
bem de vocês, e nisso vocês devem obedecê-los. Mas as principais áreas em que
devem obediência a eles são aquelas concernentes ao Senhor”. Pais devotos ao
Senhor instruem seus filhos a guardar os caminhos do Senhor (Gn 18.19). Eles os
exortam a cumprir seus deveres para com Deus e os ensinam a acautelar-se dos
pecados mais comuns para sua idade; nessas coisas eles precisam tomar um
cuidado especial para serem obedientes. O apóstolo apresenta um motivo geral:
“...porque isto é justo”; há uma equidade natural nisso, e Deus a ordenou. É
natural que os pais mandem e os filhos obedeçam. Embora isso possa parecer uma
declaração dura, essa é uma obrigação e deve ser cumprida por aqueles que
desejam agradar a Deus e ser aprovados por Ele. Para demonstrar sua instrução, o
apóstolo cita a lei do quinto mandamento, que Cristo estava bem longe de anular
ou abolir, pois veio a este mundo para confirmá-la, de acordo com Mateus 15.4ss.
“Honra a teu pai e a tua mãe” (v. 2). Essa honra envolve reverência,
obediência, ajuda e sustento, caso necessário. O apóstolo acrescenta: “...que é
o primeiro mandamento com promessa”. Aqui aparecem algumas dificuldades, que
não deveríamos deixar passar, porque alguns que advogam pela legalidade das imagens
apresentam esse aspecto como prova de que não estamos sujeitos ao segundo
mandamento. Mas não há força nesse argumento. O segundo mandamento não tem uma
promessa especial, mas somente uma declaração geral, que está relacionada a
toda a lei de Deus, ou seja, que Ele é misericordioso para milhares (veja Ex
34.7). Aqui também não se tem em mente o primeiro mandamento do decálogo que
contém uma promessa, porque não há outro depois desse que a tenha; portanto,
seria impróprio dizer que esse é o primeiro; mas o significado pode ser o seguinte:
“Este é um mandamento essencial, que contém uma promessa; é o primeiro
mandamento da segunda tábua que contém uma promessa. A promessa é: para que te
vá bem etc. (v. 3). Observe: Uma vez que a promessa nesse mandamento faz alusão
à terra de Canaã, o apóstolo, com isso, mostra que essa e outras promessas do
Antigo Testamento que se referem à terra de Canaã devem ser entendidas de
maneira mais geral. Para que não se pense que somente os judeus, a quem Deus
deu a terra de Canaã, estavam ligados ao quinto mandamento, ele aqui apresenta
um sentido mais amplo: para que te vá bem etc. A prosperidade exterior e a vida
longa são bênçãos prometidas àqueles que guardam esse mandamento. Filhos
obedientes com frequência são recompensados com prosperidade exterior. Não que
esse sempre seja o caso; há ocasiões em que os filhos enfrentam muita aflição
nesta vida. Mas geralmente a obediência é recompensada dessa maneira, e onde
esse não é o caso, ela é recompensada com algo ainda melhor. Considerando que a
promessa no mandamento se refere à terra de Canaã, o apóstolo deseja mostrar
que essa e outras promessas no Antigo Testamento relacionadas à terra de Canaã devem ser
entendidas de forma mais geral. Para não acharmos que somente os judeus, a quem
Deus deu a terra de Canaã, tinham obrigação com o quinto mandamento, ele amplia
o seu sentido: para que te vá bem etc. Prosperidade material e vida longa são
bênçãos prometidas àqueles que guardam esse mandamento. Assim tudo estará bem
conosco, e filhos obedientes são frequentemente recompensados com a
prosperidade material.
Não que sempre tenha de ser assim. Há situações em que os
filhos de Deus enfrentam muita aflição; mas, geralmente, a obediência é recompensada
dessa forma, e, onde esse não é o caso, algo melhor acontece. Observe: 1. O
evangelho tem suas promessas temporais, bem como as espirituais. 2. Embora a
autoridade de Deus seja suficiente para nos envolver em nosso dever, temos a
permissão de ter apreço pela recompensa prometida. 3. Embora contenha alguma
vantagem temporal, mesmo assim ela pode ser considerada um motivo de
encorajamento para nossa obediência.
n O dever dos pais: “E vós, pais” (v. 4): 1. “...não provoqueis
a ira a vossos filhos. Embora Deus tenha dado poder a vós, não abuseis desse
poder, lembrando que vossos filhos são, de uma maneira particular, parte de vós
mesmos, e, portanto, devem ser tratados com grande ternura e amor. Não sejais
impacientes com eles; não useis de rigor excessivo e não coloqueis imposições
rígidas sobre eles. Quando os advertirdes, aconselhardes, censurardes, fazei-o
de tal forma que não provoqueis a ira deles. Em todas essas situações, procedei
de maneira prudente e sábia com eles, buscando ajudá-los no seu julgamento e a
usar o bom senso”. 2. “...criai-os na doutrina e admoestação do Senhor, na
disciplina da correção apropriada e compassiva e no conhecimento do dever que
Deus requer deles, ajudando-os dessa forma a conhecer melhor o Senhor”. 0
grande dever dos pais é ser cuidadosos na educação dos filhos: “Não busquem
apenas criá-los, como animais irracionais, que procuram suprir e cuidar deles,
mas busquem educá-los e admoestá-los de acordo com sua natureza racional. Não,
não somente os criem como pessoas, educando-os e admoestando-os, mas como cristãos,
na admoestação do Senhor. Permitam que tenham uma educação cristã. Instruam-nos
a temer o pecado e informem-nos e animem-nos acerca do seu dever completo para
com Deus”.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 602-603.
III - O
EXEMPLO DOS RECABITAS
1. Uma família
exemplar.
RECABE, RECABITAS
No hebraico, o nome
significa carreteiro, pois deriva-se de uma raiz que significa «montar», «dirigir».
Consideremos estes pontos:
1. Um filho de Rimom,
um benjamita de Beerote. Com seu irmão, Baaná, os dois guerrilheiros assassinaram
traiçoeiramente a Isbosete, seu rei, mas foram devidamente castigados por Davi
(II Sam 4:2,5,6,9).
2. A casa de Recabe,
ou seja, os recabitas, famosos por sua regra de total abstenção de vinho,
também não edificavam casas, não semeavam e não plantavam vinhas, mas viviam em
tendas (ler. 35:6-8).
a. Relação com os
queneus, De acordo com I Crô, 2:55. certos queneus «vieram de Hamate, pai da
casa de Recabe». Para interpretarmos corretamente o texto, precisaremos
compreender «Hamate- e «pai». Antes de tudo, Hamate pode ser o nome de um
lugar, bem como um locativo: 1. nessa lista de Judá (I Crô. 2-4), os nomes dos
chefes de clãs são mencionados de tal modo que também se tornam nomes
locativos; contudo, o fraseado desse trecho é estranho. 2., A preposição «de»,
antes de Hamate, parece dar a entender que os queneus em foco vieram de um
lugar, Hamate (cí, a LXX alexandrina eks Aimàth). 3. De acordo com Ju1. 4:
11,17, o grupo de Heber, o queneu, separou-se dos queneus que descendiam de
Hobabe, armando tenda em Cades de Naftali, na mesma região geral de Hamate (cf.
Jos. 19:35-37). Em segundo lugar, o termo «pai» pode dar a entender que os recabitas
eram aparentados aos queneus, ou que Hamate havia sido o fundador dos recabitas
como uma guilda profissional. Em qualquer dos casos, o texto se reveste de
interesse porque alguns dos queneus ganhavam a vida como trabalhadores de metais
que provavelmente era a profissão dos recabitas. Ver Queneus.
b. Posição social e
religiosa de Jonadabe, fundador da disciplina dos recabitas (lI Reis 10:15,23;
Jer. 35:6,14). Os eruditos diferem em sua opinião sobre a posição social deles,
pensando alguns que eles seriam homens simples do deserto, e outros que seriam nômades
criadores de rebanhos. Mas se tem pensado até que eles eram uma guilda
socialmente importante.
Além disso, a
designação «filho de Recabe» (lI Reis 10: 15) talvez não indique uma verdadeira
relação de pai-filho, mas apenas um membro de uma guilda associada à profissão
dos carreteiros. Essa designação também poderia indicar que Jonadabe era nativo
de um lugar chamado Recabe, talvez porque ali houvesse muitos carreteiros.
Talvez por isso Jeú levou Jonadabe em seu carro, na viagem a Samaria.
Finalmente, o diálogo entre Jeú e Jonadabe serve para confirmar uma aliança
militar (cf. II Reis 10: 16 com I Reis 22:4; II Reis 3:7). Uma coisa é clara.
Por causa do lugar proeminente que o novo governante lhe deu (lI Reis 10:16,23),
sua influência não era coisa de pequena monta.
Quanto à suaposição
religiosa, ele era um defensor radical do nome de Yahweh, sob a ameaça de um crescente
baalisrno, durante o reinado da casa de Onri. A declaração de que Jonadabe «lhe
vinha ao encontro» (de Jeú) , mostra que Jonadabe tomou a iniciativa (ver II
Reis 10:15).
c. Regras de
Jonadabe. Alguns estudiosos pensam que as regras dele visavam à preservação da simplicidade
primitiva, ou seja, a manutenção do nomadismo, pois a vida civilizada,
inevitavelmente, leva à apostasia para longe de Yahweh. Essa maneira de
entender repousa sobre três pressupostos: a abstenção de bebidas alcoólicas é
própria da sociedade nômade; viver em tendas indica nomadismo; e desdenhar da
agricultura é sinal seguro de nomadismo. Contudo, outros estudiosos não aceitam
essa interpretação, tendo exposto opiniões alternativas.
d. Aprovação de
Yahweh aos recabitas, O Senhor não recomendou tanto as regras deles, mas a obediência
deles às suas regras, contrastando-os com os demais membros da nação de Israel,
que não obedeciam ao Senhor.
e. Sobrevivência dos
recabitas. O Senhor prometeu que devido à obediência dos recabitas, nunca lhes faltariam
representantes nas gerações sucessivas (Jer. 35:19). O cumprimento dessa
promessa se verifica das seguintes maneiras: 1. o titulo do Salmo 71, na LXX: «dos
filhos de Jonadabe e dos primeiros cativos»; 2. uma referência a Malquias, que
reparou a "Porta do Monturo-, quando da restauração de Jerusalém sob Neemias
(Nee. 3:14); 3. uma tradição judaica no sentido de que as filhas deles se
casaram com sacerdotes; 4. uma duvidosa afirmativa de Hegesípo de que um
sacerdote recabita protestou contra o martírio de Tiago (Eusêbio, Hist. 1I,23);
5. Uma declaração no Talmude de que os recabitas tinham um dia especial, o
sétimo do mês de Abe; 6. até hoje existiriam professos descendentes da seita,
no lraque e no Iêmen.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag. 573.
Jr 35.1-19 — O
encontro de Jeremias com os recabitas, como indicado em Jeremias 35.11, deu-se
próximo do final do reinado de Jeoaquim, que morreu em dezembro de 598 a.C.
Nabucodonosor deu ordens às tropas amonitas, moabitas, arameias (sírias) e
caldeias para atacar os rebeldes de Judá sob o comando de Jeoaquim (2 Rs 24.2).
Esses ataques revelam
o motivo de os recabitas terem deixado seu território e buscado refúgio em Jerusalém.
O relato é semelhante em forma ao relato do ato simbólico. A ligação entre o
encontro com os recabitas e o relato da decisão de Zedequias de cancelar a
libertação dos escravos (Jr 34) serve para ilustrar a fidelidade à aliança com um
exemplo concreto.
35.1 — Nos dias de
Jeoaquim. Jeoaquim reinou de 609 a 598 a.C.
35.2 — Os recabitas
eram um grupo bastante unido de descendentes dos queneus (Jz 1.16; lCr 2.55).
Esse grupo foi conhecido primeiramente a partir da história de Jonadabe, filho
de Recabe, que ajudou Jeú a expulsar os profetas de Baal de Samaria (2 Rs
10.15-28). Os recabitas viviam como nômades rejeitando todo tipo de vida
urbana ou agrária. Eles se recusavam a beber vinho ou bebida forte e não
cultivavam vinhedos. Também não faziam nenhum outro tipo de plantio.
Muitos teólogos
acreditam que eles fossem um clã de ferreiros. Os recabitas foram convidados
por Jeremias a entrar em uma das câmaras que circundavam o pátio do templo de
Deus para uma demonstração simbólica.
35.3-5 — Homem de
Deus refere-se a alguns profetas conhecidos e anônimos emissários de Deus que
transmitiam mensagens específicas (1 Sm 2.27; 1 Rs 12.22; 13.1; 2 Rs 1.9).
Aparentemente Hanã se agradou da pregação de Jeremias. No templo e na presença
dos principais administradores daquele edifício, Jeremias testou a fidelidade dos
recabitas à sua tradição colocando vinho diante deles e mandando que bebessem.
35.6-10 — Os
recabitas se recusaram a beber o vinho, com base no ensino de Jonadabe, seu antepassado.
Obedecemos. Essa
palavra expressa a fidelidade pura dos recabitas à suas tradições, em antítese ao
fracasso de Judá em guardar a aliança (Jr 3.13; 7.23,24).
35.11 — A ameaça
militar de Nabucodonosor havia trazido uma mudança. Embora estivessem contrariando
sua tradição, os recabitas procuraram proteção contra os babilónios atrás dos
muros de Jerusalém.
35.12-15 — Aceitareis
instrução, para ouvirdes as minhas palavras. Esse fraseado baseia-se nas palavras
dos recabitas (Jr 35.8) e no oráculo de Jeremias em Jeremias 7.28. Os recabitas
haviam obedecido às instruções de seu ancestral Jonadabe. No caso de Judá,
embora o próprio Deus houvesse instruído os israelitas a respeito da aliança e
apresentado a mensagem repetidas vezes através de muitos profetas, o povo não o
obedecera. Madrugando e falando ilustra a persistência dos muitos profetas na
história de Israel.
35.16,17 — Os recabitas
não descumpriram o mandamento de Jonadabe, mas os israelitas continuamente se
rebelavam contra os ensinamentos de Deus.
35 .18 ,19 — Uma
bênção é pronunciada à família fiel dos recabitas. Sua dedicação às tradições é
descrita por meio de um trio de verbos: obedecestes, guardastes, fizestes.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1176-1177.
35.1ss - O código de
conduta dos recabitas se assemelhava ao dos nazireus, que faziam um voto
especial de dedicação a Deus (Nm 6). Hã 200 anos. os recabitas obedeciam ao
voto de seus antepassados de abster-se de vinho. Enquanto o resto da nação quebrava
sua aliança com Deus. esse grupo permaneceu firme em seu compromisso. Deus
queria que todo o seu povo fosse tão comprometido em sua aliança com Ele quanto
os recabitas se mantinham fiéis a seu voto. Deus mandou Jeremias tentar os recabitas
com vinho, para demonstrar o compromisso e a dedicação deles. Deus sabia que
náo quebrariam o voto.
35.6 - Jonadabe,
filho de Recabe. uniu-se a Jeú para rernover a adoração a Baal do Reino do
Norte (2 Rs 10.15-28).
35.13-17 - Há um
vivido contraste entre os recabitas e outros israelitas.
(1) Os recabitas
mantinham seus votos a um líder humano falível; Israel quebrou sua aliança com
seu infalível Deus. (2) Jonadabe disse ã sua família, certa vez, para náo beber
vinho e ela lhe obedeceu; Deus ordenou constantemente que Israel se convertesse
de seu pecado, e a naçào nào atendeu. (3) Os recabitas obedeciam às leis que
tratavam de questões temporais; Israel se recusou a obedecer às leis de Deus.
relacionadas a questões eternas. (4) Os recabitas obedeciam a duzentos anos; Israel
desobedecia por centenas de anos. (5) Os recabitas seriam recompensados; Israel
seria castigado.
Freqüentemente,
estamos dispostos a observar determinados costumes simplesmente por causa da
tradição; no entanto.
devemos obedecer
muito mais à Palavra de Deus, porque é eterna.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag.
999-1000.
2. Um exemplo de
fidelidade.
Jz 1.16,17 — As
referências ao sul (isto é, Neguebe) nos versículos 9 e 15 ligam-se aos
descendentes do queneu — o sogro de Moisés, Jetro (Ex 3.1). Essa conexão
familiar havia estabelecido relações amistosas entre os israelitas e os
queneus, que eram os midianitas, no deserto (Nm 10.29- 32). Seu acordo
harmonioso com Judá cumpre as palavras de Moisés em Números 10.29.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 405.
Jz 1.16. Os filhos do
queneu, sogro de Moisés. Neste ponto, o sogro de Moisés é chamado de “queneu”,
por motivo de sua origem racial. O manuscrito Vaticanus diz aqui “Jetro",
em harmonia com Êxo. 3.1; e o Alexandrino diz “Hobabe”, em consonância com Núm.
10.29 e Juí. 4.11. Ver no Dicionário o artigo denominado Jetro, quanto a uma
discussão sobre essa personagem e sua variedade de nomes, bem como seu
relacionamento com o povo de Israel. Ele também é chamado de Reuel, em Êxo.
2.18 e Núm. 10.29. Ver também o Dicionário quanto a esse nome e quanto ao nome
queneu. Os queneus formavam um ramo dos amalequitas, mas, diferentemente,
viviam em bons termos de amizade com Israel, desde os dias de Moisés. Parece
claro que alguns queneus acompanharam os israelitas em sua saída do Egito,
ajudando-os na conquista da Terra Prometida. Quanto à ligação deles com os
amalequitas, ver I Sam. 15.6, e com os midianitas, ver Êxo. 18.1 (Juí. 1.16). O
sogro de Moisés tinha sido um sacerdote midianita (ver Êxo. 18.1).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1000.
2
Reis 10.15,16 — Jonadabe significa o Senhor é generoso.
Ele
entrou no carro de Jeú e partiu com este como um observador. Jonadabe foi um
filho de Recabe ascético e nómade. Os recabitas eram conhecidos por sua
fidelidade a Deus e aos austeros regulamentos previstos por Jonadabe (Jr
35.1-16).
2
Reis 10.17 — Conforme a palavra que o SENHOR dissera. O feito de Jeú foi uma
sanção profética (v. 10).
2
Reis 10.18-28 — Os últimos feitos de Jeú, o exterminador, serviram para
organizar um ataque frontal à adoração a Baal. O sincretismo religioso foi
constante no Reino do Norte desde o princípio (1 Rs 12). Jeroboão I combinara a
adoração a Yahweh com diversos elementos da adoração a Baal e a outras
divindades cananeias, o que perdurou até a ascensão de Acabe, quando a religião
de Israel alcançou o seu ponto mais baixo, com a adoração oficializada e
patrocinada pelo governo a Baal (1 Rs 16.31).
A
erradicação dos sacerdotes oficiais de Baal alavancada por Jeú, descrita nesta
seção, foi um grande passo no extermínio do mal do Reino do Norte. Entretanto,
a partir desse momento, houve o retorno do sincretismo religioso, herança do reinado
de Jeroboão I e de seus sucessores (v. 31). Portanto, o erro da adoração a Baal
em Israel continuou até mesmo após a sua extinção por Jeú, só que de forma não
tão visível quanto no reinado de Acabe.
2
Reis 10.18-20 — Finalmente, Jeú combateu a adoração a Baal. Com uma mentira,
ele reuniu todos os profetas de Baal em um único lugar, o templo de Baal em
Samaria (v. 21; 1 Rs 16.32).
Jeú
fingiu ser um defensor mais veemente desse deus do que Acabe. Ele chegou ao
ponto de decretar uma assembleia solene a Baal na nação. 2 Reis 10.21-23 — A
casa de Baal era o mesmo templo que tinha sido construído por Acabe (1 Rs16.32).
Fazendo os profetas de Baal usarem as vestimentas diferentes, Jeú os marcou
para morrerem.
Além
disso, Jeú pediu aos adoradores de Baal que inspecionassem a casa, para que
nenhum dos servos do SENHOR estivesse entre eles. 2 Reis 10.25-28 — Acabando de
fazer o holocausto. Não se pode precisar se eram os profetas de Baal ou o
próprio Jeú quem estava fazendo o holocausto. Se era Jeú, fora a maneira mais
eficaz de evitar que os sacerdotes suspeitassem de qualquer perigo. Jeú seguiu
o exemplo de Elias no monte Carmelo (1 Rs 18.40) e feriu-os. Contudo, as
execuções de Jeú foram mais duras, pois ele reuniu todos os sacerdotes e os
profetas de Baal da nação.
A expressão até ao
dia de hoje indica que, mesmo depois da queda de Samaria, até o tempo em que o
texto foi escrito, era possível ver o repugnante lugar onde se localizava o
templo de Baal.
A declaração destruiu
a Baal se refere somente às formas explícitas de adoração a Baal.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 610-611.
A Recusa dos
Recabitas
Jr 35.6 Mas eles
disseram: Não beberemos vinho. Defrontando-se com a sua falsa tentação, os
recabitas citaram as proibições de suas tradições, que, para eles, eram tão
fortes como as proibições da lei. O “pai” deles (o fundador de sua seita)
deixara claras instruções quanto às bebidas alcoólicas. Ele tinha proibido o
uso de quaisquer estimulantes artificiais. Ver no Dicionário o artigo chamado
Jonadabe, pontos 2 e 3. A proibição contra o vinho era absoluta e “perpétua”.
Os descendentes daquela gente simplesmente não bebiam nenhuma bebida alcoólica,
e isso era um item cardeal da fé deles. Uma ampla experiência tinha-lhes
mostrado que ingerir bebidas alcoólicas era uma prática negativa, que estava
por trás de muitos males. A experiência moderna ilustra a mesma tese, mas
muitas pessoas continuam usando bebidas intoxicantes. Quanto à possível
identidade de Jonadabe, ver II Reis 10.15. Ele viveu cerca de 300 anos antes
desse pequeno drama.
Jr 15.7 Não
edificareis casa, não fareis sementeiras, não plantareis nem possuireis vinha
alguma. Outras proibições da fé dos recabitas: eles não edificavam casas, pois
viviam em suas tendas, apropriadas para a vida de nomadismo. Não praticavam a
agricultura, que era o principal meio de sustento nas cidades, cuja vida
odiavam. Propositadamente eles assumiam a posição de “estrangeiros na terra”,
porquanto, para eles, as cidades corrompiam a moral das pessoas. Em outras
palavras, eram separatistas radicais e ultraconservadores, em comparação com os
quais até o profeta Jeremias deve ter parecido um “liberal”. “Eram tipos dos
filhos de Deus, peregrinos na terra, que esperavam o país celestial, tendo
pouco a perder, em razão do que tempos apertados lhes causavam bem pouco alarma
(ver Heb. 10.34; 11.9-10,13-16)” (Fausset, in loc.). Coisa alguma era capaz de
convencê-los a abandonar sua vida de peregrinos. Provavelmente orgulhavam-se em
viver de modo similar ao dos patriarcas, como Abraão, Isaque e Jacó, que eram
nômades. Talvez os essênios, de tempos bem posteriores, imitassem a dedicação e
o estilo de vida deles. Estritamente falando, eles não eram hebreus, mas
tinham-se misturado aos hebreus por casamento, e eram prosélitos do portão.
Contudo, formavam uma comunidade separada, com suas próprias distinções.
Obedecemos, pois, à
voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai.
A proibição contra a
ingestão do vinho aplicava-se a homens, mulheres ou crianças, em todos os
níveis da sociedade. Eles obedeciam à voz de Jonadabe em sentido absoluto. Não
se desviavam de suas tradições, e essa era a qualidade que se tornava a lição
objetiva para Judá, embora atos específicos não estivessem envolvidos. Em
termos evangélicos modernos, eles tinham “convicções” das-quais jamais se
afastariam. Na liberalização de nossas igrejas, hoje em dia, não há muito dessa
atitude restante. A igreja evangélica moderna mais se parece com a apóstata
nação de Judá do que com os recabitas. A história eclesiástica mostra que
poucos grupos retêm suas formas originais por mais de cem anos. Os recabitas,
em contraste, retiveram seus pontos distintivos por mais de 300 anos!
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3105.
A Promessa Feita aos Recabitas (35.18-19)
Jr 35.18. À casa dos recabitas disse
Jeremias: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel. Em violento
contraste com os filhos de Judá, os recabitas ouviam e obedeciam à voz de seu
pai, Jonadabe, filho de Recabe, e por 300 anos continuaram a observar suas
tradições sem nenhuma hesitação. Por conseguinte, o Deus de Poder,
Yahweh-Sabaote-Etohim (ver o vs. 13) tinha uma promessa para eles. Os
obedientes seriam abençoados e honrados.
Jr 35.19. Nunca faltará homem a Jonadabe, filho
de Recabe, que esteja na minha presença. O poderoso nome de Deus é repetido
novamente, quando a promessa é feita. A promessa é firme, porque o Deus de
Poder estava por trás dela, e é Ele quem controla as atividades humanas (ver
Isa. 13.6). Ver no Dicionário os artigos intitulados Soberania de Deus e
Providência de Deus.
À seita dos recabitas não haveria geração que
não tivesse alguém vivendo na presença de Yahweh. Essa frase por muitas vezes
fala de intercessão e implica uma capacidade sacerdotal (ver Jer. 15.1 e
18.20), ou pode significar a função de um profeta. Contudo, Yahweh não estava
dizendo que os recabitas seriam elevados a posições sacerdotais e proféticas.
Antes, o sentido aqui é um “serviço fiel” prestado a Deus, que Lhe seria
agradável e certamente abençoado pelo Senhor. E é com base no presente
versículo que ficamos sabendo que a seita também obedecia à legislação mosaica,
e não apenas aos mandamentos específicos e distintivos de Jonadabe. Eles eram
fanáticos e ultraconservadores, fazendo mais do lhes era requerido e também
praticando tolamente certas coisas que lhes pareciam de suprema importância (o
que é o abc dos fanáticos). Todavia, eles não negligenciavam os pontos
fundamentais da fé dos hebreus, a lei como guia (ver Deu. 6.4 ss.). Portanto,
eram objetos óbvios das bênçãos de Yahweh. Eram ascetas, porém também muito
mais que isso.
Sempre haverá um descendente de Jonadabe,
filho de Recabe, que me sitva. (NCV)
A promessa incluía a continuidade da seita
dos recabitas, a estabilidade do clã e contínua fidelidade. Eles sempre seriam
fortes. E, assim sendo, sempre seriam abençoados; sempre seriam sevos de
Yahweh, em contraste com os judeus, que se desviaram de suas tradições e se
corromperam em seus caminhos pagãos. A tentativa de identificar os recabitas
com alguma seita sacerdotal, fazendo deles nazireus ou essênios, tem
fracassado. Isso é ver no texto algo mais do que está ali. Talvez algumas das
filhas dos recabitas tenham casado com sacerdotes, mas dificilmente isso está
em pauta aqui. Então as tradições, como aquela referida por Eusébio (História
Eclesiástica 1.2, cap. 23), que dizem que os recabitas foram favoráveis ao
cristianismo, continuando com sua fidelidade à verdade, provavelmente não são
dignas de confiança.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3106.
ELABORADO:
Pb Alessandro Silva.
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