LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
Data 27 de Outubro de
2013 HINOS SUGERIDOS
20, 47, 247.
TEXTO AUREO
“Compra
a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência” (Pv
23.23).
VERDADE PRATICA
Quando
o dinheiro não é dominado como servo, mas domina como Jp senhor, transforma-se
num grande e terrível tirano.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 11.15 Advertência contra a fiança
Terça - Pv 22.26,27 Advertência acerca do crédito
Quarta - Pv 28.8 Advertência contra a usura
Quinta - Pv 1 7.16 Advertência contra o tolo
Sexta - Pv 23.23 Buscando virtudes
Sábado - Fp 4.19 Buscando a suficiência em Cristo
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Provérbios
6.1-5
1
- Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro, se deste a tua mão ao
estranho,
2
- enredaste-te com as palavras da tua boca, prendeste-te com as palavras da tua
boca.
3
- Faze, pois, isto agora, filho meu, e livra- te, pois já caíste nas mãos do
teu companheiro: vai, humilha-te e importuna o teu companheiro;
4
- não dês sono aos teus olhos, nem repouso às tuas pálpebras;
5
- livra-te, como a gazeia, da mão do caçador e, como a ave, da mão do
passarinheiro.
OBJETIVOS
Após
a aula, o aluno deverá estar apto a:
Definir fiador, empréstimo,
usura e suborno.
Decidir usar corretamente o
dinheiro.
Buscar o equilíbrio
financeiro.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
providencie para a aula de hoje revistas antigas e jornais que tenham matérias
ou artigos a respeito de escândalos financeiros (agiotagem, corrupção, etc).
Divida
a turma em quatro grupos. Solicite aos alunos que eles façam uma pesquisa sobre
escândalos financeiros utilizando as revistas e jornais. Reúna os grupos
novamente e dê três minutos para cada grupo relatar a matéria escolhida. Em
seguida, pergunte a opinião deles sobre o caso. Ouça as respostas. Conclua a
tarefa afirmando que praticar atos ilícitos para obter dinheiro não compensa,
pois é um grave pecado contra Deus e contra o próximo!
PALAVRA-CHAVE
Dinheiro: Meio de pagamento, na forma de moedas e cédulas,
emitido e controlado pelo governo de cada país.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Guerras,
assassinatos, fomes e violência. Tanto no passado como no presente, podemos
afirmar que boa parte desses males tem como causa primária o amor ao dinheiro.
De fato, é o que as Escrituras afirmam em 1 Timóteo 6.10. Já vimos que ser rico
e possuir bens não é errado, pois “a bênção do senhor é que enriquece” (Pv
10.22).
Todavia,
amar o dinheiro significa torná-lo nosso senhor em vez de nosso servo. Isto
traz um grande mal, pois na condição de senhor o dinheiro torna-se um tirano
cruel.
Por
isso, nesta lição, aprenderemos como usar o dinheiro de forma que ele venha a
glorificar a Deus.
I - O
CUIDADO COM AS FIANÇAS E EMPRÉSTIMOS
1. O Fiador. O Dicionário Aurélio
define o fiador como “aquele que fia ou abona alguém, responsabilizando-se pelo
cumprimento de obrigações do abonado; aquele que presta fiança”. O crente deve
ter cuidado ao afiançar ou avalizar alguém, pois como diz o sábio, poderá
sofrer “severamente aquele que fica por fiador do estranho” (Pv 11.15).
Tenha
cuidado com o cartão de crédito e com o famoso “cheque emprestado”. Este último
se não houver fundos para cobri-lo, na data da apresentação, você será
cadastrado na lista de emitentes de cheques sem fundos. Siga a recomendação do
sábio, evite esse tipo de problema e esteja “seguro” (Pv 11.15).
2. Empréstimo. O Dicionário Aurélio
auxilia-nos também na definição do termo emprestar: “Confiar a alguém (certa
soma de dinheiro, ou certa coisa), gratuitamente ou não, para que faça uso
delas durante certo tempo, restituindo depois ao dono”. Sobre isso, o conselho
encontrado em Provérbios é atualíssimo: “Não estejas entre os que dão as mãos e
entre os que ficam por fiadores de dívidas. Se não tens com que pagar, por que
tirariam a tua cama de debaixo de ti?” (Pv 22.26,27).
Não
há nada de errado em emprestar, ou tomar emprestado, desde que se cumpra o
compromisso firmado. Comprou? Pague! Tomou emprestado? Devolva! Quem compra e
não paga, toma emprestado e não devolve, age desonestamente para com a pessoa
que lhe deu crédito e desonra o nome do Senhor.
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
O
cristão deve ter prudência ao decidir ser um fiador ou efetuar um empréstimo.
II-O
CUIDADO COM O LUCRO FÁCIL
1. Evitando a usura. A prática de
emprestar dinheiro a juros é bem antiga. Para Milton C. Ficher, erudito em
Antigo Testamento, a legislação de Deuteronômio 23.19,20 já proibia a prática
de se “emprestar com usura” (“juros” na ARA). Mas não apenas dinheiro, também
comida e "qualquer coisa que se empreste à usura”.
Os
termos hebraicos neshek e nashak aludem a qualquer tipo de cobrança abusiva
feita por ocasião do pagamento da dívida. O princípio de não cobrar juros aos
seus irmãos devia ser observado pela nação israelita. Sobre isso e acerca de
quem habitaria o tabernáculo do Altíssimo, Davi advertiu solenemente (SI 15.5).
A
legislação brasileira prevê que o crime de usura, ou agiotagem, ocorre quando
os juros cobrados por particulares forem maiores que os praticados pelo Mercado
Financeiro e permitido por lei. Portanto, agiotagem é crime! É pecado!
2. Evitando o
suborno.
De acordo com os léxicos, subornar é “dar dinheiro ou outros valores a, para
conseguir coisa oposta à justiça, ao dever ou à moral”. Subornar é corromper
para ganhar vantagens. A imprensa veicula constantemente exemplos de pessoas
que receberam suborno quando deveriam zelar pelo cumprimento de suas
obrigações.
A
Palavra de Deus afirma que aquele que aceita suborno secretamente perverte o
caminho da justiça (Pv 17.23). O cristão não pode aceitar suborno nem muito
menos pagá-lo, pois ele anda na luz e precisa honrar a Deus em todas as áreas
de sua vida. A prática do suborno é uma perigosa armadilha. O que se ;
apresenta como lucro hoje, amanhã se revelará numa perda irreparável. Por isso,
atentemos ao conselho de jjj Provérbios (Pv 17.23 — ARA).
I
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A
Bíblia rechaça a prática do lucro fácil que advém da usura e do suborno.
III - O
USO CORRETO DO DINHEIRO
1. Para promover
valores espirituais.
Um dos melhores conselhos sobre a promoção dos valores espirituais pode ser
encontrado em Provérbios: “Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e
a disciplina, e a prudência” (Pv 23.23). Aquilo que é eterno custa caro e, por
isso, poucos têm interesse nesse investimento.
Para
Judas foi mais fácil vender Jesus do que se desfazer de sua cobiça. O mesmo
aconteceu com os irmãos de José. Venderam-no para o Egito por um punhado de
dinheiro (Gn 37.1-36). Hoje, muitos crentes estão negociando a sua herança
espiritual e moral, trocando-a por coisas pecaminosas. Por que não investir o
dinheiro naquilo que promove a sabedoria, a instrução e o conhecimento?
Cuidado! Não desperdice o seu salário com futilidades. Adquira somente o que
glorifica a Deus e honra o Evangelho de Cristo.
2. Para promover o
bem-estar social.
Para o pobre, o dinheiro mal dá para suprir as necessidades mais elementares e
básicas. Felizmente, o dinheiro não é o único valor que realmente conta, pois
“melhor é o pobre que anda na sua sinceridade do que o de caminhos perversos,
ainda que seja rico” (Pv 28.6). Entretanto, há muitos crentes com dinheiro, e
muito dinheiro, mas que não o utilizam para honrara Deus e ajudar ao próximo.
Eles não trazem os seus dízimos à Casa do Senhor, não ofertam, não contribuem
com a obra missionária, não investem em obras sociais e nem do bem-estar da
própria família cuidam. A estes as Escrituras chamam de insensatos (Pv 17.16 -
ARA). Os tais ainda não leram o conselho do sábio: “Porque as riquezas não
duram para sempre; e duraria a coroa de geração em geração?” (Pv 27.24). Quando
morrerem, outros irão usufruir o que eles deixarem!
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
O
conselho bíblico diz que o uso do dinheiro deve promover valores espirituais e
o bem estar social.
IV -
BUSCANDO O EQUILÍBRIO FINANCEIRO
1. Buscando a
suficiência. Em
Provérbios 30.8,9, o sábio ensina o sentido de ter uma vida financeira
suficiente, isto é, nem pobreza nem riqueza. Esse ponto de equilíbrio define
bem o que é ter uma vida próspera na perspectiva bíblica. É ter a suficiência,
como ensinou o apóstolo Paulo (Fp 4.19). Essa suficiência mantém nossa vida
equilibrada. Ela não permite o muito tornar-se excesso nem o pouco virar
escassez. Atentemos ao conselho do sábio!
2. Buscando o que é
virtuoso.
Para o sábio, há coisas que superam o valor do dinheiro: “Bem- -aventurado o
homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento. Porque melhor é a
sua mercadoria do que a mercadoria de prata, e a sua renda do que o ouro mais
fino. Mais preciosa é do que os rubins; e tudo o que podes desejar não se pode
comparar a ela” (Pv 3.13-15).
A
sabedoria, como bem espiritual, em muito supera o dinheiro, pois para o sábio,
a riqueza do verdadeiro saber não se compara com a mais bela e cobiçada joia. É
incomparável o seu valor (Pv 8.11). Diz ainda Salomão: “Mais digno de ser
escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e a graça é melhor do que a
riqueza e o ouro” (Pv 22.1).
SINOPSE
DO TÓPICO (4)
Uma
vida financeiramente equilibrada se caracteriza quando o muito não se torna
excesso nem o pouco, escassez.
CONCLUSÃO
A
presente lição mostrou que, embora o dinheiro seja algo essencial à vida, não é
o mais importante. Há outros valores mais importantes do que ele. É necessário,
portanto, buscarmos um viver equilibrado como resultado da obediência aos
princípios da Palavra de Deus. Em Cristo, o centro de toda revelação bíblica, temos
toda a suficiência de que precisamos. Aleluia!
VOCABULÁRIO
Agiotagem: Empréstimo de
dinheiro a juros superiores à taxa legal; usura.
Mercado Financeiro: Segundo a Economia,
é um complexo mecanismo que organiza os processos de compras e vendas em comércio
(mercadorias, valores imobiliários, câmbio e outros bens).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
I
Subsídio
Vida Cristã
“Trata
do Crédito com Cuidado
As
intermináveis pressões de ‘mês mais comprido que o dinheiro’ é o bastante para
separar famílias. Mas, em alguns casos, ter mais dinheiro não é solução.
Devemos começar a administrar corretamente o que temos. O marido e a esposa têm
de trabalhar juntos (e haverá o tempo e o lugar para envolver os filhos). Olhe
além dos pagamentos mensais. Faça uma imagem mental de toda a dívida em
destaque. Damos graças a Deus porque uma taxa de crédito nos permitirá tomar
dinheiro emprestado, mas não nos enganemos: os juros serão altos. Cartões de
crédito têm sido a ruína de muitos lares. Melhor deixar de comprar a crédito, a
menos que tenha disciplina e limite. Abandone
o
uso de cartões de crédito, se você sabe que não haverá dinheiro para pagar.
Pague suas contas no vencimento. Quando os pagamentos não puderem ser
efetuados, comunique ao credor” (Manual
Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2005, p.146).
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO
II
Subsídio
Vida Cristã
“É
um Mundo Consumista
‘E
o que há de errado com isto?’, você pode estar se perguntado. Talvez você pense
que eu queira persuadi-lo a vender tudo o que tem e ir viver nas montanhas
feito eremita. Relaxe, eu não pretendo fazer isto! Nem estou tentando fazê-lo
sentir-se culpado por ter uma lista de ‘coisas a comprar’ guardada na gaveta de
cômoda.
Não.
Não é nada disso.
O
que estou tentando dizer é que o problema está em ser acometido pela síndrome
do ‘adquira-e-possua’ de nossa cultura, em viver para ter e ter para viver, em
ter uma casa cheia de 'coisas’ — todas estas coisas raramente satisfazem. A
batedeira que você almejava desde 1987 rapidamente perderá seu brilho. E logo
logo você estará procurando ‘mais uma coisinha’ para equipar sua cozinha. A
casa de quatro quartos com piscina e churrasqueira na qual você depositou todas
as suas economias, em algum momento perderá seu brilho também.
E
quanto mais ficamos fascinados com as coisas novas que brilham à nossa volta,
mais espaço, energia, tempo e dinheiro será necessário para manter o vício do
consumo!
Coisas
e Caos
Ilyce
Glink, uma planejadora financeira [...], faz a seguinte observação:
Quando
você compra uma casa grande para acomodar suas coisas, você paga altas taxas,
altas contas de luz, altas contas de gás e uma hipoteca maior; somando-se ainda
tudo o que estas coisas exigem de custos de manutenção!
Manter
ou expandir as coisas que você já tem toma muito dinheiro e tempo. E não estou
falando apenas de casas. Coisas simples como uma placa de memória com maior
capacidade de armazenamento para o computador do seu filho. Ou ‘coisas’ como
férias de família. Apenas visitar um parque temático já o deixa sem algumas
centenas de dólares hoje em dia. E Disneylândia? Bem, é mais fácil ganhar uma
medalha de ouro olímpica do que passar as férias lá! Agora, eu imagino que
muitos dos leitores ganham consideravelmente mais dólares do que eu e Rick.
Outros de vocês mantêm família com salário mínimo. Não é minha intenção fazer
um debale entre classes aqui. Pelo contrário, quero chamar sua atenção de
perdedor financeiro para um simples fato: muitos de nós estamos nadando em
dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada menos que uma
necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade é que o caos
em nosso casamento poderia ter fím se nós simplesmente parássemos de acumular e
começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já temos” (BARNHILL, Julie
Ann. Antes que as Dívidas nos Separem,
l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.70-1).
EXERCÍCIOS
1.
Defina o termo fiador.
R:
Aquele que fia ou abona alguém, responsabilizando-se pelo cumprimento de
obrigações do abonado; aquele que presta fiança.
2.
Por que devemos ter cuidado com o cartão de crédito e com o cheque emprestado?
R:
Porque se não houver fundos para cobrir os valores a pessoa será enquadrada na
lista de emitentes de cheques sem fundo.
3.
Em relação à cobrança abusiva de juros, qual princípio deveria ser observado
pela nação israelita?
R:
O princípio de não cobrar juros aos seus irmãos.
4.
O dinheiro é realmente o único valor que conta? Por quê?
R;
O dinheiro não é o único valor que realmente conta, pois “melhor é o pobre que
anda na sua sinceridade do que o de caminhos perversos, ainda que seja rico”
(Pv 28.6).
5.
Para o sábio, a sabedoria era um bem espiritual muito superior ao dinheiro. Por
quê?
R:
Porque, para o sábio, a riqueza do verdadeiro saber não se compara com a mais
bela e cobiçada joia.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BARNHILL,
Julie Ann. Antes que as Dívidas nos
Separem: Respostas e cura para os conflitos financeiros em seu casamento. 1.
ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
Manual Pastor
Pentecostal:
Teologia e Práticas Pastorais. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
PALMER,
Michael D. (Ed.) Panorama do Pensamento
Cristão. 1. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2001.
Revista
Ensinador Cristão CPAD, n° 56, p.38.
Lidando
de Forma Correta com o Dinheiro
Você
sabe lidar com o dinheiro de forma correta? Tem sua vida financeira
equilibrada? Não é errado o crente possuir bens materiais e ter uma conta
bancária abençoada. Deus é bom e deseja que tenhamos uma vida abundante (Jo
10.10). Porém, o que temos que temer é o amor ao dinheiro. Jesus nos adverte
para que tenhamos cautela quanto à avareza, "porque a vida de qualquer não
consiste na abundância do que possui" (Lc 12.15).
Segundo
a Bíblia de Estudo Pentecostal "a palavra traduzida por 'avareza'
(pleonexia) literalmente significa a sede de possuir mais". A ganância, o
desejo excessivo de possuir mais e mais tem levado muitos a se envolverem em
negócios ilícitos, como por exemplo, a prática da agiotagem, suborno,
corrupção. A agiotagem é uma prática perversa e bem antiga. A Palavra de Deus
proíbe tal prática desumana (Dt 23.19,20). Segundo o Código Penal Brasileiro,
agiotagem é crime.
O
amor ao dinheiro também tem levado muitos a caírem em outra prática pecaminosa:
o suborno. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe "a palavra grega shohad
significa um presente, mas no sentido corrupto". A corrupção é como um
vírus maligno, ela tem se espalhado em nossa nação trazendo dor, destruição,
falência... A corrupção e o suborno são resultados do amor ao dinheiro. Certa
vez, João Batista exortou alguns soldados para que eles se contentassem com
seus soldos (Lc 3.14). Como profeta de Deus, João estava alertando-os quanto ao
perigo da cobiça e do suborno.
Rocha
ou areia, você pode escolher
Adquirir
fortuna de modo ilícito (agiotagem, suborno) é como construir a casa sobre a
areia; cedo ou tarde ela vai ruir (Mt 7.24-27). É bom lembrar que a areia não é
o solo ideal para se estabelecer nenhum tipo de fundamento; a rocha sim é
segura, capaz de sustentar uma construção. Porém, atualmente encontramos muita
gente escolhendo o caminho mais fácil, mais curto, a areia. Estas visam apenas
os bens materiais, o lucro fácil. A ganância cega. Trabalhar duro e no final do
mês só ter dinheiro para pagar as contas, viver contando os trocados é muito
difícil. Mas, você já viu alguém cavando na rocha? Não é fácil não! Exige muito
esforço e tempo. É preciso suar a camisa. Mas vale a pena, pois o alicerce será
sólido, firme, e principalmente, abençoado por Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O Amor ao Dinheiro!
Em sua poesia: A
Escrava do Dinheiro, Patativa do Assaré, disse com acerto:
“Dinheiro transforma
tudo, Dinheiro é quem leva e traz, Eu nem quero nem dizer Tudo o que o dinheiro
faz. Apenas aqui eu conto Que ele pra tudo tá pronto, Ele é cabreiro e traidor,
E carrasco e é vingativo, Só presta pra ser cativo, Não presta pra ser senhor.”
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 43-44.
Não é vontade de Deus
que você sobreviva de forma miserável, sempre preocupado com o pagamento de
suas contas ou imaginando de que forma chegará ao próximo compromisso.
A maioria dos crentes
passa horas e horas, dia após dia, ano após ano, se preocupando com finanças,
imaginando como irão pagar contas, aluguel, etc.
Problemas financeiros
- uma significativa parte da população brasileira vive nesse jugo, endividada e
derrotada. Os demônios Devoradores de Finanças investem contra a vida das
pessoas em forma de desemprego, dívidas, falências de empresas e envolvimento
com agiotas, trazendo verdadeira pobreza e miséria.
Segundo os institutos
de pesquisas é comprovada uma elevada onda de falências e inadimplências,
principalmente em virtude do alto índice de desemprego que se instalou no país.
Temos a fama de querer
tudo usando o tradicional “jeitinho brasileiro”, de encurtar caminhos, de
corromper as pessoas, para alcançarmos os nossos objetivos financeiros com mais
rapidez e maiores facilidades. Não é assim? O povo brasileiro tem essa cultura,
mas com Deus não tem isso, pois ele é incorruptível. Quem quiser conquistar
aquilo que Ele prometeu terá de sacrificar, terá de lutar. E preciso fazer a
sua parte e não ficar esperando que outro venha fazer por você.
A Bíblia mostra que
Deus está pronto para derramar bênçãos sem medida na vida financeira de cada
pessoa, assim como para abençoar a vida espiritual. O Conceito tradicional, de
que pobreza é sinônimo de humildade, tornou-se ultrapassado diante da convicção
de que o crente tem direito às bênçãos; afinal, ele possui um Pai rico, que tem
prazer em dar todas as coisas aos seus filhos.
As bênçãos
decorrentes dos dízimos e ofertas são ilimitadas, isto é; não tem fim. O
dizimista e o ofertante fiel está sempre recebendo bênçãos não somente
financeiras, mas também físicas e espirituais.
Aqui no Brasil
existem centenas de milhares de pessoas (isto inclui milhares delas nas Igrejas
Pentecostais especialmente) que nunca experimentaram o que é ter dinheiro
sobrando, o que é ter fartura, o que é viver sem dívida; o que é ter o nome
limpo, o que é ter uma casa (não barraco; não moradia de 2 cômodos), nunca
puderam fazer compras de víveres no supermercado para o mês todo. São pessoas
que não sabem o que é pagar em dia (ou antes do dia) suas contas. Vivem na maldição
de ficar pedindo dinheiro emprestado ou comprando fiado.
Uma pesquisa mostrou
que 70% do povo vive no passado, 25% no futuro e só 5% no presente, quando
viver é concentrar toda a inteligência e toda a vontade no momento presente.
O medo de sofrer no
futuro, faz a pessoa postergar o viver presente trazendo danos irreparáveis
para a vida.
Dizem que pelo menos
50% do povo brasileiro, se não foram despejados por falta de pagamento do
aluguel, em dia, já sofreram ameaça de despejos.
Milhares de
brasileiros (muitos deles, em nossas igrejas) são a cada dia envergonhados e
humilhados pelo diabo. Choram pelos cantos de suas casas sofrendo a “dor da
falta”. Falta-lhe tudo: dinheiro, roupa, comida, casa, saúde, emprego e moral.
Sua situação financeira é uma contínua bancarrota, um problema humanamente
falado, insolúvel.
Passado
amarrado - negócios embaraçados
Presente
vazio - escravos das dívidas
Futuro
congelado - sem perspectiva
O sofrer já virou
cultura em muitas famílias. A dor da falta, as privações e as “dificuldades
financeiras” já se tornaram uma cultura em nosso país. Esta situação é tão
séria que quando uma pessoa vê a outra prosperar, bem de vida, logo pensa que
tem “algo errado”, pois se todos sofrem a dor da falta, como pode essa pessoa
viver em fartura?
Por causa desse
“estado de coisas”, os devoradores de finanças, demônios a serviço de Satanás
têm trocado o nome próprio das pessoas por apelidos malignos tais como. crente
enrolado, safado, ladrão, mau caráter, irresponsável, cretino, mau pagador e
tantos outros. Por que esses apelidos diabólicos? Porque as pessoas não
conseguem cumprir com seus compromissos na data acertada, e os credores, ao
sentirem-se lesados e enganados começam a ameaçá-los com esses nomes depravados,
e até mesmo com ameaças de morte.
Esta situação vivida
pelas pessoas é o resultado de não serem dizimistas e ofertantes fieis, na obra
de Deus.
Durante muitos anos,
Satanás o chefe do inferno, da miséria e da derrota tem comandado as legiões de
demônios chamados: cortador, migrador, devorador e destruidor, a imporem sobre
pessoas, famílias, empresas e países em todo o mundo, maldições de fracasso, de
fome, desemprego, dívidas, prejuízos, miséria e falências.
Milhares de pessoas
em nossas igrejas por todo o Brasil, reverteram esse quadro, foram libertadas
dessa “crise permanente”, dessa “falta de tudo”, dessa “falência financeira”.
Foram definitivamente libertadas da maldição dos gafanhotos do inferno.
Essa maldição de
“faltar tudo” pode ser quebrada da sua vida pelo Senhor dos Exércitos o grande
Jeová-Jiré, o Deus provedor que promete em sua palavra dizendo: “Eu
repreenderei o devorador para que não vos consuma...” (Malaquias 3:11). Como
será isso possível?
Pode acontecer comigo
também? Perguntará você. Claro que pode!
Neste livro você
conhecerá verdades profundas da palavra de Deus que se obedecidas, colocadas em
prática diária, mudarão por completo, toda sua vida financeira, familiar,
profissional, espiritual e social.
Definitivamente. Em
nome de Jesus!
Você vencerá e vai
prosperar financeiramente.
R.
E. Goldberg Como ter Vitória em suas
Finanças Bens, Riquezas e Salários. Editora
Casa do Pão. pag. 11-14.
Duas coisas
certamente têm contribuído para o enfraquecimento de muitos casamentos: sexo e
dinheiro. A falta de qualquer um deles poderá causar sérios transtornos para a
vida do casai. É provável, porém, que a falta de dinheiro venha a causar mais
males e angustia mais casais nos dias de hoje do que qualquer outro componente
da vida a dois. São poucos os casais que tem tido a capacidade para administrar
bem as crises que o dinheiro provoca.
Creio, baseado nos
princípios das Escrituras, que Deus quer dar a vitória ao marido e a mulher
nesta área para que, livres das amarras proporcionadas por uma vida financeira
difícil, possam servir a Deus com alegria em seus corações. Não é nada fácil
concentrar-se em fazer alguma coisa para o Reino de Deus quando a mente e o
coração estão constantemente preocupados com as promissórias, cheque especial,
cartão de crédito e tantos outros débitos.
A palavra
"dinheiro" é definida no Dicionário Aurélio como: "Mercadoria
(geralmente representada por cédulas e moedas) que tem curso oficial e cujo
valor é estabelecido como o equivalente que permite a troca por outra (s)
mercadoria(s), de cujo valor comparativo é a de medida". Aprendemos nesta
definição algo interessante: o dinheiro é uma mercadoria e esta mercadoria pode
ser trocada por outras que porventura estejamos em falta. Assim podemos
entender que a principal finalidade do dinheiro é suprir o que nos falta.
Impressiona ver como
a Bíblia é cuidadosa no ensino sobre o dinheiro. Muitas são as histórias que
têm como pano de fundo o bom ou o mau uso do dinheiro. Talvez a mais famosa
destas é a do próprio Cristo que foi traído por um de seus discípulos por
apenas 30 moedas de prata. Ainda que não houvesse dinheiro envolvido na
transação, Esaú vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó por um suculento
prato de lentilhas. Uma pobre viúva foi elogiada por Jesus por causa do seu
desprendimento em ofertar as únicas duas moedas que possuía. Quem não se lembra
das famosas palavras de Zaqueu quando afirma ao Mestre que restituiria quatro
vezes se porventura houvesse roubado de alguém? Como podemos ver, mesmo a vida
das pessoas registradas nas páginas das escrituras, está rodeada por valores
que podem ser simbolizados pelo dinheiro.
BARRO,
Antônio Carlos. Até Que O Dinheiro Nos
Separe. Editora Verbum.
1 Tm 6. 10 A
expressão «...amor ao dinheiro. . .» é tradução de um único vocábulo grego,
isto é, «philaguria», cuja tradução mais literal seria «simpatia pela prata»;
porém, «prata», nesse caso, representa «dinheiro», pois, naquele tempo, muitas
moedas de valor eram feitas desse metal.
«...raiz de todos os
males...» Isso traduz literalmente o grego. Alguns eruditos interpretam essa
expressão como «a raiz de todas as espécies de males», como se houvesse alguns
males que não se originassem do amor às riquezas. Naturalmente, isso expressa
uma verdade; mas esta declaração é mais enfática do que isso. Simplesmente
declara que todos os males procedem desse desejo, sem qualquer qualificação sua
visadora. Naturalmente isso exagera a realidade, mas fá-lo para efeito de
ênfase; contudo, permanece de pé a verdade que o amor ao dinheiro é uma das
mais poderosas forças destruidoras, ficando assim justificado o autor sagrado
em seu exagero; pois, após mais detido exame, fica evidente que ele não exagerou
muito. Também é verdade que não existe mal a que não possamos ser conduzidos
pelo dinheiro, ainda que não possamos, em todos os casos, ser levados a todos os
males através do dinheiro. Seja como for, o dinheiro abre caminho para bom
número de males, mergulhando os homens na ruína.
Notemos a ausência do
artigo definido antes da palavra «...raiz...» Assim sendo, a frase poderia ser
traduzida por « .. .o amor ao dinheiro é uma raiz de todos os males...»
Portanto, tal cobiça poderia ser reconhecida como uma dentre várias raízes do
mal. Mas não deveríamos pressionar demais o ponto, pois isso enfraqueceria a
declaração bíblica. A despeito da ausência do artigo definido, no original
grego, é melhor traduzirmos por «a raiz», porquanto isso preserva a força
tencionada pelo autor sagrado, em nosso idioma português.
Essa declaração é
proverbial, embora seja impossível descobrir sua fonte originária. É provável
que tenha surgido, simultaneamente, em vários lugares, de uma forma ou de
outra, sem ter havido uma única fonte. Há um provérbio grego, que alguns
atribuem a Biom e outros a Demócrito, que diz: «O amor ao dinheiro é a
cidade-mãe (ou origem) de todos os males», citado em Diog. Laert. vi.50. Sêneca
(em «de Ciem.», ii.I) diz: «...desejos estranhos, dos quais procedem todos os
males da alma». E Filo, «de Judice», cap. 3, nos adverte: «O amor ao dinheiro é
incentivo para grandes transgressões».
Policarpo (adPhil.,
cap. 4) evidentemente tem uma alusão a este versículo, o que, incidentalmente,
mostra a data relativamente antiga das «epístolas pastorais».
«Certamente que, hoje
em dia, ninguém precisa de provas para o fato que homens e mulheres cometerão
qualquer pecado ou crime por causa do dinheiro». (Robertson, in loc.).
«.. .raiz...» N o
grego é «riza», palavra usada metaforicamente para indicar
«origem», «ponto
inicial», a «motivação» do que qualquer ato se origina. (Comparar isso com Rom.
11:16-18).
« . . .cobiça. . .»
No grego é «orego», que significa «aspirar», «esforçar-se por», «estender», que
neste texto é usado no particípio presente, no grego original. Aqueles que
«vivem se esforçando » atrás das riquezas, «exercitando-se» cobiçosamente atrás
delas, desviam-se finalmente da fé e caem em uma armadilha onde muitas
projeções pontiagudas os despedaçam.
«...se desviaram da
fé...» No grego é usado o termo «apoplanao», que significa «desviar-se de». O
anelo desordenado pelas riquezas é um desejo contrário à fé. Tal anelo nos
desvia da fé e nos lança em ações anticristãs, que finalmente são prejudiciais
à alma.
« . . . f é . . . »
Primariamente, temos aqui a «fé objetiva» . Tais homens «apostatam» da «fé
cristã». Mas a fé «subjetiva» também está envolvida. Tais indivíduos perdem sua
«outorga de alma» a Cristo. (Quanto à «fé objetiva», ver I Tim. 1:2. Quanto à
«fé subjetiva», ver Heb. 11:1). A palavra «fé» também é usada, nas «epístolas
pastorais», para indicar a «virtude» da fé; mas essa virtude é apenas a
expressão da fé subjetiva na vida diária.
O viver pela fé é o
viver na virtude da confiança em Cristo, em que o crente entrega a alma a ele.
Os cobiçosos, entretanto, desviar-se-ão da «fé cristã», perdendo sua
dependência a Cristo e a sua lealdade a ele; e, dessa maneira, perderão até
mesmo a virtude da fé diária.
«...se
atormentaram...» No g rego é «peripeiro », que quer dizer «traspassar». Talvez
esteja em foco a figura simbólica de uma armadilha, em que um animal cai,
estando a mesma equipa da de projeções pontiagudas, que o traspassam e matam.
Isso está de acordo com a ideia da «cilada», apresentada no nono versículo. As
riquezas levam-nos a uma armadilha assim, e é inevitável que sejamos
traspassados. A busca pelas riquezas materiais meramente leva os homens a serem
traspassados por setas agudas, sofrendo eles a agonia de uma vida arruinada e
de uma alma perdida.
«...muitas dores...»
No grego é «odune», que significa «ais», «dores», «lamentos». Na ruína e
destruição que sofrem, tanto temporal como eterna, há dor e sofrimento, há
também lamentação e remorso, tal como um animal traspassado em uma lança sabe o
que é agonizar. A advertência dada aqui é ao mesmo tempo pitoresca e patética.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 350.
1 Tm 6.10 — O
dinheiro em si não é um problema, mas o amor do dinheiro é. O amor ao dinheiro
é a raiz dos males. O amor ao dinheiro pode levar uma pessoa a todo tipo de
males. A cobiça pode levar um cristão até a desviar-se da fé. A ganância e o materialismo
podem cegar o cristão a ponto de ele se distanciar de sua fé. Muitas dores. Uma
vida centrada em coisas materiais produz somente dor.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 601.
A fim de advertir
Timóteo - e de nos advertir - sobre os perigos da ganância, Paulo apresenta
quatro fatos:
A riqueza não traz
contentamento (v. 6).
O termo
"contentamento" significa "uma suficiência interior que nos
mantém em paz apesar das circunstâncias exteriores". Paulo usa a mesma
palavra quando diz: "Porque aprendi a viver contente em toda e qualquer
situação"
(Fp 4:11). O verdadeiro contentamento vem da piedade no coração, não do dinheiro
na mão. A pessoa que depende de bens materiais para ter paz e segurança nunca ficará
satisfeita, pois as coisas sempre acabam perdendo seu atrativo. São os ricos, não
os pobres, que consultam os psiquiatras e que se mostram mais propensos a cometer
suicídio.
A riqueza não é
duradoura (v. 7). Gosto de traduzir esse versículo com as palavras de Jó:
"Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele"
(ver Jó 1:21). Quando uma pessoa morre e o espírito deixa o corpo, não pode levar
coisa alguma consigo, pois ao vir ao mundo não trouxe coisa alguma. Todos os seus
bens vão para o governo, para seus herdeiros ou, talvez, para organizações
filantrópicas e para a igreja. A resposta à pergunta: "quanto ele
deixou?" é de conhecimento geral: tudo!
Nossas necessidades
físicas podem ser supridas com facilidade (v. 8). O alimento e a
"cobertura" (roupas e abrigo) são necessidades básicas; se as
perdemos, ficamos desprovidos da capacidade de obter outras coisas. Um avarento
sem comida pode morrer de fome contando seu dinheiro. Isso me lembra a história
de um quacre que levava uma vida muito simples observando seu vizinho novo se
mudar com todos os apetrechos e "brinquedos" que as "pessoas de sucesso"
acumulam. Por fim, o quacre foi até a casa do vizinho e disse: - Senhor, se
precisares de alguma coisa, avisa-me, e eu te direi como poderás viver sem ela.
Henry David Thoreau,
naturalista do século XIX, dizia que a riqueza de um homem é diretamente
proporcional ao número de coisas sem as quais ele é capaz de viver.
As crises que o mundo
enfrenta na economia e energia provavelmente serão usadas por Deus para
estimular as pessoas a simplificar seu modo de viver. Muita gente "sabe o
preço de tudo, mas não sabe o valor de coisa alguma". Estamos tão
saturados de luxos que nos esquecemos de como desfrutar as coisas mais
essenciais.
O desejo de riqueza
conduz ao pecado (w. 9, 10). A tradução exata é: "os que ficarão ricos"
e descreve pessoas que precisam de cada vez mais coisas para ser felizes e se sentirem
bem-sucedidas. Mas as riquezas são uma armadilha; conduzem à escravidão, não à
liberdade. Em vez de saciar, as riquezas criam outras concupiscências (desejos)
a serem satisfeitas. Paulo dá uma descrição vívida dos resultados: "muitas
concupiscências insensatas e perniciosas [...] afogam os homens na ruína e
perdição" (1 Tm 6:9). Vemos aqui a imagem de um homem se afogando!
Ele confiava em suas
riquezas e navegava tranquilamente pela vida, quando veio a tempestade e o
afundou.
É perigoso usar a
religião como fachada para obter riquezas. Por certo, o obreiro de Deus é digno
de seu salário (1 Tm 5:1 7, 18), mas sua motivação para trabalhar não é o dinheiro.
Se fosse, ele seria apenas um "mercenário", não um verdadeiro pastor
(Jo 10:11-14). Não devemos perguntar: "Quanto vou ganhar com isso?",
mas sim: "Quanto posso dar?"
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo.
N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 305-306.
I - O
CUIDADO COM AS FIANÇAS E EMPRÉSTIMOS
1. O Fiador.
O livro de Provérbios
adverte “Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser
estará seguro” (Pv 11.15).
Cuidado ao se tornar
fiador ou avalista de alguém! Já vi gente se tornar fiador de empréstimos de
terceiros e perder tudo o que tinha para as financeiras porque o avalizado não
honrou seu compromisso! A propósito, certa vez fui procurado por um amigo que
queria que eu lhe emprestasse algumas folhas de cheques. Explicou que havia
montado um negócio e precisava desses cheques para negociar com os credores.
Emprestei-lhe então algumas folhas. No mês seguinte, ele procurou-me novamente
pedindo mais folhas de cheques.
Como das outras
vezes, emprestei-lhe. O processo se repetiu por uns seis meses sem problema,
mas certo dia após conferir o meu extrato bancário observei que uns dos cheques
emprestados àquele amigo foram descontados antes do prazo previsto. O cheque
foi apresentado ao Banco e este efetuou o pagamento, mesmo antes da data
prevista: “bom para o dia...”. Liguei para ele para informar do incidente e
ouvi a explicação que isso não iria mais ocorrer. Todavia, pouco tempo depois o
processo voltou a se repetir. Desta vez informei-lhe que iria sustar os cheques
porque não dispunha de fundos para cobri-los e se outros cheques fossem
apresentados, seria posto no cadastro do SERASA. Foi o que fiz. Essa minha
decisão foi suficiente para deixá-lo furioso e romper nossa amizade.
Depois desse
incidente resolvi não emprestar mais folhas de cheques a ninguém. Não quero
perder mais os amigos!
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 44-45.
FIANÇA, FIADOR
No hebraico temos a considerar duas palavras
e, no grego, uma, a saber:
1. Arubbah, «fiança», «garantia». Esse
vocábulo ocorre apenas uma vez, em Pro. 17:18.
2. Arab, «garantia•. Palavra empregada por
vinte e uma vezes, conforme se vê, por exemplo, em Gên. 43:9; 44:32; Jó 17:3;
Sal. 119:122; Pro. 6:1; 11:15 e 20:16.
3. Égguos, «garantia», «fiança». Termo grego
usado somente por uma vez, em Heb. 7:22.
No Antigo Testamento, em todas as ocorrências
das duas palavras hebraicas envolvidas, há alusão a alguma pessoa que se toma
fiadora ou responsável por outra. De acordo com a legislação mosaica, um fiador
era a pessoa que «intervinha» (no hebraico, arab) em favor do devedor
insolvente e que assumia a responsabilidade pelo pagamento da divida. Isso o fiador
fazia conseguindo o pagamento por parte do devedor, ou desembolsando do próprio
bolso a quantia devida.
O ato de intervenção era simbolizado pelo ato
de «dar as mãos», conforme se vê, por exemplo, em Jó 17:3; Pro. 6:1, etc.,
embora a expressão nunca apareça em nossa versão portuguesa, talvez porque não
seria entendida pelo leitor comum. De acordo com as passagens envolvidas,
ninguém deveria tornar-se fiador de outrem, precipitadamente, isto é, sem antes
considerar cuidadosamente se poderia ou não assumir a responsabilidade pela
divida da outra pessoa. O livro de Provérbios por várias vezes mostra a
insensatez de quem se responsabilizava pela divida de outrem.
No Novo Testamento (Heb. 8:22), Jesus
intervém como o «garantidor» ou «fiador» das promessas de Deus que nos foram
feitas como parte integrante do novo pacto. Em virtude de sua vida, morte
expiatória, ressurreição e ascensão â glória celeste, Jesus Cristo tornou-se a
garantia divina de que a salvação que foi iniciada em nossas almas, mediante a
morte expiatória de Cristo, será necessariamente completada, até a salvação
plena, ou seja, até a redenção do corpo. Ver Rom. 8:11: «Se habita em vós o
Espirito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que
ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também os vossos corpos
mortais, por meio do seu Espírito, que em vós habita... Ver também o artigo
intitulado Divida, Devedor.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 723.
JEAN EALLEN tiveram que encarar uma situação
desconfortável quando o irmão dela e sua esposa acabaram de se mudar de Chicago
para a Flórida. Como haviam passado por dificuldades financeiras em Chicago, o banco
não lhes emprestaria dinheiro para comprarem uma casa, a não ser que houvesse
um avalista. Pediram para Allen avalizar, mas ele ficou relutante. Quando o
casal veio me pedir conselho para resolverem esse problema, pedi que lessem os versículos
bíblicos que tratavam da fiança. Ao ler as passagens, Jean reagiu dizendo, "Quem
sou eu para argumentar com Deus?
Não devemos
avalizar!" Allen ficou aliviado.
Dois anos mais tarde,
o irmão de Jean e sua esposa se divorciaram e ele foi à falência. Imagine o
estresse na vida de Jean e Allen, caso tivessem avalizado aquele documento. Não
conseguiriam sobreviver financeiramente.
Felizmente, eles
buscaram conselho. Isso constitui um grande contraste com a prática de nossa
cultura, que incita a pessoa a ser um individualista severo que toma decisões
sozinha e sem medo, capaz de aguentar a pressão financeira num silêncio
estoico.
O Rei Salomão dominou
o cenário mundial em seu tempo.
Conhecido como
"o primeiro grande rei comercial de Israel," foi um diplomata
habilidoso e dirigiu enormes construções, expedições mercantes e processos de
mineração arriscados. No entanto, na maioria das vezes, Salomão é lembrado como
o rei mais sábio da terra. De fato, ele fez da sabedoria um objeto de estudo.
Escreveu, em Provérbios, "Porque melhor é a sabedoria do que joias, e de
tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela" (8:11). As recomendações
práticas para se abraçar a sabedoria encontram-se também em Provérbios:
"Ouça conselhos e aceite instruções, e acabará sendo sábio"
(NVI)."
HOWARD
DAYTON. O Seu Dinheiro. Editora Bless
Gráfica. pag. 57-58.
Pv 11.15 Quem fica
por fiador de outrem sofrerá males. Cf. Pro. 6.1,2 quanto ao problema de ser um
fiador. Naquele texto está em foco ser fiador de alguém desconhecido, a quem a
dívida é devida. Naturalmente, um homem pode tornar- se fiador de um desconhecido,
como eu mesmo já fiz por estudantes que não conhecia de maneira alguma, ou
conhecia muito pouco. Mas sem importar se nos tornamos fiadores de um vizinho,
de um conhecido ou de uma pessoa desconhecida, a atitude do(s) autor(es)
sagrado(s) do livro de Provérbios é essencialmente contra esse tipo de negócio.
O fiador geralmente sofre males, no hebraico, ra’a, “mal”, “ruim”. Tornar-se
fiador é um mau negócio, e há prejuízos financeiros a serem sofridos. O(s)
autor(es), definitivamente, não adota(m) a atitude de generosidade de Jesus,
refletida em Mat. 5.42:
Dá a quem te pede, e
não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
Naquele texto, os
versículos sobre o amor ao próximo são dados imediatamente a seguir. Ver no
Dicionário sobre o artigo chamado Generosidade.
Quanto a outras
declarações semelhantes a este versículo, no livro de Provérbios, ver 17.18 e
22.26,27.
Antítese. O homem que
odeia ser fiador do próximo permanecerá em segurança financeira e evitará muita
dor de cabeça. O autor sacro estava sendo pragmático sobre a questão, e não
estava pensando como um cristão. Devemos lembrar que Jesus é a nossa segurança.
Ver Heb. 7.22. A medida de um homem é a sua generosidade, que é apenas outro
nome para o amor. Ver no Dicionário o verbete denominado Amor.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2593.
Se ficaste por
fiador. Os costumes referentes ao empréstimo de dinheiro entre os judeus na
antiguidade não são de todo conhecidos. Toy imagina que não havia o emprego da
fiança na vida pré-exílica "comercialmente simples". Contudo poderia
parecer que os extensos empreendimentos de Salomão, atualmente comprovados pela
arqueologia, e o desenvolvimento da vida econômica descrito por Amós e outros
deveria conceder ampla oportunidade para fazer empréstimos com fiança; embora
não tenhamos exemplos disso em outras passagens. As atitudes rabínicas são
discutidas por Greenstone, que observa que a palavra hebraica para
"fiança" nesta passagem era usada pelos comerciantes fenícios e
passou para o latim como arrabo. Ele deveria acrescentar que no grego é arrabon
(Ef. 1:14; cons. Zellig S. Harris, Grammar of the
Phoenician Language, "American Oriental Series", Vol. VIII; Glossário).
Charles
F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody.
Editora Batista
Regular. Provérbios. pag. 22.
2. Empréstimo.
LIÇÃO DO VAI-E-VEM!
Meu pai costumava
contar uma historinha engraçada sobre empréstimos. Contava que dois fazendeiros
eram muito amigos e com frequência emprestavam um ao outro suas ferramentas.
Certo dia um deles mandou o filho a casa do amigo pegar um serrote emprestado.
Naquela região essa ferramenta também era conhecida com o nome de Vai-e-Vem. O
amigo procurado, já sabendo que suas ferramentas demoravam em ser devolvidas,
resolveu mandar um recado para o amigo:
“Jovem, diga ao seu
pai que se o Vai-e-Vem fosse e viesse, o Vai-e-Vem iria. Mas como o Vai-e-Vem
vai, mas não vem, o Vai-e-Vem não vai”!
Aqui cabe uma palavra
sobre as compras a crédito, antigamente denominadas de “fiado”. O texto é bem
claro: “se não tens com que pagar porque arriscar”? (Pv 22.27) Comprou? Pague!
Tomou emprestado? Devolva! Quem compra e não paga, toma emprestado e não
devolve é caloteiro e desonesto! E simples assim.
Baseado em Romanos
13.8, lancei numa igreja pastoreada por mim, a campanha: “A ninguém fiqueis
devendo coisa alguma”. Ministrei um estudo bíblico sobre o assunto: “Cinco
grandes pecados cometidos por quem compra e não paga”. Segui o seguinte esboço:
1) Peca contra Deus —
escandalizando o evangelho (2 Co 6.3); 2) Peca contra o próximo — dando calote;
3) Peca contra si mesmo — formando um mau caráter; 4) Peca contra o Estado —
impedindo a arrecadação de impostos; 5) Peca contra a igreja — trazendo um mau
testemunho. Fiquei surpreso com a repercussão que essa campanha provocou! Vi
que a mensagem trouxe desconforto em muitos crentes. Quando a notícia saiu dos
portões da igreja, os próprios empresários que se sentiram lesados por haver
confiado vender a crédito para os crentes começaram a me procurar. Chegaram às
minhas mãos boletos vencidos, notas promissórias, etc. Alguns desses documentos
já vencidos a cerca de seis anos! Esse fato deixou-me perplexo! Eu não sabia
que a coisa ali era tão grave. Como o evangelho iria repercutir na sociedade
com um problema desses? Passei a exigir dos devedores o pagamento de suas
dívidas!
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 45-46.
EMPRESTAR, TOMAR
EMPRESTADO
Seis palavras
hebraicas sio usadas para indicar o ato de emprestar, ou tomar emprestado.
Essas palavras são: Nashah, «emprestar com usura» (Deu. 24:11; Jer, 15:10);
shaal, «pedir» (Êxo.12:36; I Sam. 1:28); lavah, «emprestar» (Êxo. 22:25; Deu.
28~12,44; Sal. 37:26, etc.): nathan, «dar» (Lev, 25:37), abato «entretecer»
(Deu. 15:6); maat; «pouco» (II Reis 4:3). No grego temos duas palavras: Daneizo,
«emprestar» ou «pedir emprestado» (Mat. 5:42; Luc, 6:34,35); e klchremi,
«negociar» (Luc, 11:5).
A prática de
emprestar e tomar emprestado era regulada pela lei mosaica. Israel podia
emprestar aos pagãos e cobrar juros (Deu. 15:6); mas outro tanto era proibido
no caso de compatriotas israelitas (Deu. 23:19,20). Aqueles que não devolviam o
que tomavam emprestado, sem importar se dinheiro ou objetos, eram considerados ímpios
(Sal. 37:21). No entanto, no êxodo, quando os israelitas pediram emprestado dos
egípcios, e não devolveram a eles o emprestado, não foram considerados errados
(Êxo, 3:22; ver também 1ui. 5:25; 8:24). Talvez fosse uma compensação pelos
muitos prejuízos e danos sofridos pelos israelitas, no Egito, naquela geração.
Mas. apesar da legislação mosaica a respeito, havia quem exigisse penhor e
oprimisse aqueles que não devolviam o empréstimo, por absoluta falta de
condições (Deu. 24:10-13,17; 15:1-6; Pro. 6:1; 22:7; Mat. 18:28).
Nos dias do Novo
Testamento já se haviam desenvolvido costumes similares àqueles que encontramos
nos nossos dias. Havia cambistas, banqueiros, e lucros comerciais cobrados
sobre os empréstimos, conforme se vê em passagens como Mat. 25:14-30; Luc.
19:11-27; João 2:13-17. Não há nenhum mandamento neotestamentário que condene a
usura, embora o Novo Testamento ensine que se deve usar de misericórdia para
com nossos devedores (Mat. 18:23-35). Ver também sobre Divida e Devedor. (DEIS
LAN)
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 360.
Pv 22.26 Não estejas
entre os que se comprometem. O vs. 26 é duplo, ou seja, uma declaração em duas
linhas. O autor era contrário a alguém tornar-se fiador, um tema muito repetido
no livro de Provérbios.
Ficam por fiadores de
dívidas. Por trás dessa tradução portuguesa há uma expressão hebraica, “bater
as mãos”, que era acompanhada por gestos como o nosso apertar as mãos moderno.
Ver Pro. 6.1 quanto a isso. O homem teve misericórdia de um amigo em dívida e
fez uma barganha em três direções, comprometendo-se com o seu dinheiro. O
credor, sendo homem de coração endurecido, era a terceira parte nesse acordo
dúbio. O livro de Provérbios apresenta uma visão pragmática, e não um ponto de
vista cristão e generoso sobre a questão. Quanto a fiadores, ver Pro. 6.1;
11.15; 17.18; 20.10; 22.26,27 e 27.13. Ver no Dicionário o artigo chamado
Fiança, Fiador. Quanto à cristianização do conceito, ver Fiador, Jesus como.
Sinônimo. O Fiador
toma a responsabilidade pelas dívidas de outrem e, quase certamente, termina
tendo de pagá-las. Aquele que assinasse a fiança teria de pagar a dívida que
não fosse paga pelo que pedira o dinheiro emprestado, embora nada tivesse que
ver com a criação da dívida, pela qual se tornara o fiador. Essas dívidas,
literalmente falando, eram cargas que o homem extremamente generoso acabaria
tendo de carregar, para sua tristeza.
Terceira Declaração
O vs. 26 constitui a
terceira declaração paralela às Instruções de Amen-em-Ope, capítulo 9, e Pro.
13.8,9. Ver a introdução ao vs. 22 quanto àquela antiga obra egípcia, onde
também dou outras referências. Ver o gráfico acompanhante, que ilustra os
paralelos.
Pv 22.27 Pois se não
tens com que pagar... Este versículo é um comentário dos hebreus sobre a
declaração do vs. 26. O pobre fiador, que assumira as dívidas de outrem, em sua
má barganha, podia perder até mesmo a cama em que dormia. Antes disso, perderá
praticamente tudo o que possuía. O autor não favorecia a generosidade em tais
casos. Ver no Dicionário o verbete intitulado Liberalidade, Generosidade,
quanto à ideia oposta. O fiador potencial deveria ser sábio o bastante para
prever o desastre em que se estava envolvendo, mediante a participação
impensada no acordo de empréstimo feito. A lei proibia que se tomasse o leito
de um homem (ver Êxo. 22.26,27), mas nas negociações comerciais os homens com frequência
ignoravam a lei, conforme continuam fazendo até hoje. Mas as cobertas e os
demais tecidos da cama podiam ser tomados! (ver II Reis 4.1; Mat. 8.25). Um
homem bom podia acabar nu e destituído, se permitisse que a sua generosidade
fugisse de seu controle.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2653.
II-O
CUIDADO COM O LUCRO FÁCIL
1. Evitando a usura.
Evitando a usura ou
agiotagem
De fato, esse termo,
na sua forma verbal, mantém no hebraico bíblico o sentido de “mordida de
arrancar um pedaço. Foi pensando nisso que Davi disse que somente habitará no
Tabernáculo do Senhor “O que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita
suborno contra o inocente” (SI 15.6). O livro de Provérbios adverte: “O que
aumenta os seus bens com juros e ganância ajunta-os para o que se compadece do
pobre” (Pv 28.8).
Infelizmente tem
muito crente lucrando por meio da usura ou agiotagem. Emprestam dinheiro a
juros exorbitantes! E o que é mais grave — alguns desses agiotas são obreiros!
Já ouvi histórias de irmãos que tiveram seus bens confiscados e espoliados por
obreiros porque não conseguiram pagar os juros estratosféricos cobrados. Alguns
perderam lojas, outros perderam veículos. É lamentável que isso possa ocorrer
no meio do povo de Deus. Mais lamentável ainda é que esses obreiros ainda
estejam no púlpito.
No site www.financeiro24horas.com,
encontramos uma excelente explanação sobre a agiotagem e como se prevenir
dela.2 Vou reproduzi-la aqui.
A primeira
justificativa para que uma pessoa que precisa de dinheiro não recorra a um agiota
é que a Constituição Federal considera crime o empréstimo de dinheiro mediante
cobrança de juros, sem autorização do Banco Central. Ou seja, o agiota não pode
nem emprestar dinheiro, quanto mais cobrar juros por isso. Diz ainda o artigo
192, parágrafo 3: “As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e
quaisquer outras remunerações direta e indiretamente referidas à concessão de
crédito, não poderão ser superiores a 12% ao ano. A cobrança deste limite será
conceituada como crime de usura (lucro abusivo)”.
Mas antes que você
pense que os bancos e financeiras podem estar cometendo crime ao cobrar taxas
de juros que podem ir de 24% a 168% ao ano, o presidente da Comissão de Defesa
do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Nelson Miyahara, explica:
“Esta lei não se aplica às instituições financeiras, mas há uma ação tramitando
no Supremo Tribunal Federal (STF) para que isso mude”.
Dicas importantes:
* Fuja dos agiotas e
dos classificados de jornais que oferecem dinheiro fácil.
* Jamais passe a escritura
de seu imóvel ou de outros bens, a título de garantia para nenhuma pessoa.
* Nunca peça dinheiro
emprestado por telefone ou Internet.
* Nunca assine notas
promissórias, cheques, duplicatas em branco ou confissões de dívidas.
* A pessoa lesada por
agiota deve registrar um B.O. (mas só se tiver provas) na delegacia. Em
seguida, é preciso ir a um órgão de defesa do consumidor para pedir uma
representação no Ministério Público.
* Nunca forneça dados
pessoais por telefone.
* Para os
consumidores que passaram os seus bens ao agiota, há recursos jurídicos que
possibilitam reavê-los; neste caso é preciso consultar um advogado.
Mas, voltando aos
agiotas: o problema é que eles sabem que praticam um crime, então dificilmente
deixam rastros contra ele, o que às vezes inviabiliza uma possível ação
judicial. Não são feitos contratos ou recibos, por exemplo, como nos bancos e
financeiras. As negociações geralmente são verbais e por telefone, cujos
números (na maioria das vezes de celular) são publicados em anúncio de jornais.
“Isso dificulta a abertura de um inquérito criminal, já que, no geral, não há
provas e, se a vítima registra um Boletim de Ocorrência contra a pessoa que
emprestou o dinheiro a juros exorbitantes, ela precisa provar; se não, ainda
corre o risco de enfrentar um processo de calúnia e difamação”, alerta Nelson
Miyahara.
A Associação Nacional
de Defesa dos Consumidores do Sistema Financeiro (Andif) lançou a ‘Cartilha do
Agiota. Nela, os agiotas são classificados como “predadores vorazes que
espreitam suas vítimas, prevalecendo-se da fragilidade psicológica e desespero
momentâneo que as acometem, aplicam seus golpes, tomando os últimos recursos de
que dispõem”. Eles só emprestam dinheiro para quem tem como garantir a dívida.
Às vezes, exigem que a vítima assine cheques ou notas promissórias em branco e
até dê um bem, como carro ou casa. Os juros variam de 14,5% a 35% ao mês, o que
pode resultar em até 420% ao ano. Segundo a Andif a partir de então eles passam
a administrar a dívida que cresce de forma descontrolada, inviabilizando a
retomada do bem pela vítima e chegando até a ameaçá-las. “Há casos em que, após
a transferência legal do imóvel, em quatro ou cinco meses a dívida aumentou
200%.”
Ainda sobre a
aquisição de dinheiro fácil, convém lembrar que os estelionatários e golpistas
sabem que muitas pessoas desejam o lucro fácil. É aí que usam toda a sua
criatividade para darem seus golpes. Os mais comuns são aqueles em que o
golpista oferece algo extremamente vantajoso, como o pagamento de um prêmio que
a vítima supostamente ganhou. Exigem como garantia do recebimento do benefício,
o pagamento de uma pequena taxa simbólica. É aí que está o golpe. Mas por que
muitos entram nessa enrascada? Por que a ganância fala mais alto do que a
razão. Pensam no lucro fácil e aí se tornam vitimas fáceis dos golpistas.
Recentemente soube de
um casal que tomou de seu pastor dinheiro emprestado a juros! Devido à
inexperiência daquele casal no novo empreendimento, o negócio não prosperou
como eles imaginaram. Começaram os problemas financeiros e com eles as
cobranças dos credores. No meio dos cobradores apareceu também o pastor daquele
casal. Segundo me contou um pessoa ligada ao casal, os juros cobrados eram
exorbitantes e fora da realidade financeira do casal. Não havendo como pagar, o
casal entregou o empreendimento ao pastor como pagamento da dívida. A última
notícia que recebi sobre esse nefasto relato é de que um dos cônjuges ficou
decepcionado e agora não frequenta mais a igreja! Se isso não é pecado, então
as palavras perderam o seu significado.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 46-49.
Resumindo, a lei
levítica proibia o empréstimo com juros a israelitas pobres (Lv. 25:35-37). O
conceito era que devia-se emprestar o dinheiro necessário ao israelita pobre
sem qualquer garantia. A Lei exigia que se um homem emprestava e tomava algo
como garantia, ele não devia entrar na casa do seu devedor para retirar a
garantia à força. E se um homem pobre entregava suas vestes como garantia, o
seu credor devia devolvê-las naquele mesmo dia (Dt. 24:1012). Essas provisões
satisfazem às nossas isenções pessoais mínimas. Era permitido fazer empréstimos
aos não israelitas e provavelmente se faziam empréstimos comerciais. O autor do
artigo "Usura", no ISBE, observa que a regulamentação do Pentateuco
não inclui empréstimos comerciais; mas talvez ele vá longe demais ao dizer que
os empréstimos comerciais eram praticamente desconhecidos. Antes é provável que
a prática dos empréstimos comerciais desse lugar às injustiças de II Reis 4:1;
Ne. 5:1-12. No ano da remissão são todas as dívidas israelitas eram cancelarias
(Dt. 15:2). O argumento é que os empréstimos comerciais eram permitidos,
enquanto outros empréstimos eram proibidos.
Os juros, se podemos
julgar segundo Ne. 5:11, eram geralmente de 1 por cento ao mês, embora sem
dúvida variassem. Cobrar juros tão altos era usura e aqueles que o faziam em
relação aos companheiros judeus eram condenados. O profeta Jeremias protesta
(Jr. 15:10) que ele não se ocupou de tais especulações, ainda que todos os
homens o odiassem – presumivelmente como odiavam os usurários. A palavra
poderia ser traduzida para extorquidores no Sl. 109:11. A própria palavra
empregada para "usura", neshek (Pv. 28:8), implica em
"morder" ou "devorar", embora palavras mais brandas também
fossem usadas. Não praticar a usura é um elemento de justiça no Sl. 15:5; Ez.
18: 8, 13, 17; 22:12. A prática do crédito está ilustrada em II Reis 4:1.
Podemos racionalmente completar os detalhes imaginando que o marido tivesse
feito um empréstimo comercial que sua viúva não tinha possibilidade de pagar;
ou talvez algum usurário emprestasse a uma viúva violando a lei de Lv.
25:35-37. A E.R.A. traduz estas palavras por juros. Seria melhor traduzir para
"usura", que aparentemente era o excesso condenado. Por causa desses
excessos, Salomão adverte contra o tornar-se fiador de "outrem". Ele
insiste a que se fuja rapidamente às possibilidades da ruína. A fiança está
recomendada em Eclesiásticos 29:14, um livro pós-bíblico. Quando se
desenvolveram ou que forma tomaram, não sabemos. É provável que no período de
Salomão os abusos eram tais que provocaram a censura aqui registrada (Veja
também Pv. 11:15; 20:16; 27:13.
Charles
F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody.
Editora Batista
Regular. Provérbios. pag. 22-24.
Dt 23. 19-20 Temos
aqui a terceira das vinte leis miscelâneas desta seção (Deu. 23.1525.19).
Ver as notas sobre a
seção no versículo 15 deste capítulo. Esta lei, como aquelas dos vss. 15,16 e
17,18, distinguia o povo de Israel das nações pagãs, pelo que não havia um
tratamento igual. Dinheiro emprestado a um concidadão hebreu, que era irmão de
fé no yahwismo, não podia ser emprestado a juros. Mas, em empréstimo a gentios,
poderia haver a cobrança de juros. Devemos entender que a maioria dos
empréstimos, em Israel, servia ao propósito de aliviar algum tipo de
necessidade, pelo que era uma obra de caridade fraternal. Não se deve cobrar
juros de um ato de caridade. Mas os empréstimos feitos a um pagão seriam
relacionados ao comércio internacional e isso já era uma questão de negócios, e
não de caridade.
“Durante a idade
Média, quando aos judeus, em alguns países, era negado o direito de possuírem
terras, essa lei permitia-lhes ingressar na atividade bancária” (G. Ernest
Wright, in loc.).
Emprestar dinheiro
sem cobrar juros era um ato de amor, um ato provocado pela promessa de bênção
feita por Yahweh. É como alguém disse: “Não se pode dar demais a Deus”. Ver no
Dicionário o artigo chamado Amor. Naturalmente, dar é melhor do que emprestar,
e o ato do empréstimo sem dúvida deve ser acompanhado pelo ato da devolução, de
acordo com a lei da colheita segundo a semeadura. Ver no Dicionário o verbete
intitulado Lei Moral da Colheita Segundo a Semeadura.
Ver as passagens
paralelas de Êxo. 22.25 e Lev. 25.35-37. Ver na Enciclopédia de Bíblia,
Teologia e Filosofia o artigo chamado Liberalidade e Generosidade, bem como
anotações nas passagens paralelas.
Mais bem-aventurado é
dar que receber. (Atos 20.35)
A coisa mais
importante em qualquer relacionamento não é aquilo que dali reiteramos, mas o
que podemos dar. (Eleanor Roosevelt)
Deus é o grande
Doador (João 3.16). De acordo com o Novo Pacto, um irmão é qualquer ser humano
(Luc. 10.25 ss.). Ver Tiago 1.17 quanto à fonte originária de todas as coisas
boas, a saber, o próprio Deus, o qual pode dar através de outras pessoas.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 843.
Os vizinhos
(23.19-25). Os procedimentos para com os vizinhos tinham de ser regidos pelo
amor prestativo e sociável (cf. 22.1-4). O texto de Êxodo 22.25 proíbe cobrar juros
(usura) de empréstimos feitos a israelitas em situações difíceis — lei que
Levítico 25.35-37 estende a estrangeiros residentes. O versículo 19 repete a
lei de Êxodo, proibindo juros de qualquer empréstimo, quer em dinheiro quer em
mercadorias ou serviços. O versículo 20 não contradiz a lei de Levítico, pois
aqui estão em vista empréstimos comerciais e não empréstimos pessoais. As taxas
de juros nos países vizinhos eram elevadas, chegando até 50%. Para os pobres,
esta cifra seria altíssima, e nenhum israelita deve causar a bancarrota do seu
irmão.
George
Herbert Livingston, B.D., Ph.D. Comentário
Bíblico Beacon Vol. 1 Gênesis a
Deuteronômio. pag. 464.
Sal 15. 5 6. Tem por
desprezível ao réprobo. O homem reto tem senso espiritual suficiente para
distinguir entre o homem bom e o mau. Ele conhece a vida do hipócrita que vem
ao templo com um rosto de piedade, e um coração imundo. Ele também reconhece
quem tem cometido crimes, grandes e pequenos, contra outras pessoas. Não
respeita o poder ou o dinheiro desse homem vil, que é uma criatura ímpia,
libertina, alguém cujas boas obras são réprobas. E, algumas vezes, esses
indivíduos são encontrados em lugares importantes (ver Sal. 12.8 e Dan. 11.21)
e grandemente apoiados e estimados pelos homens do mundo. No entanto, para
Deus, são uma abominação” (John Gill, in loc.).
Por todos os lugares
andam os perversos, quando entre os filhos dos homens a vileza é exaltada.
(Salmo 12.8)
Mas honra aos que
temem ao Senhor. Pelo lado positivo, o homem bom é qualificado para adorar no
templo, é homem conhecido por seu temor a Deus. Ver no Dicionário o artigo
chamado Temor, primeiro ponto, Temores Benéficos, quanto a detalhes sobre essa
virtude fundamental. O homem bom é, ele mesmo, alguém que teme a Deus e honra
os dotados de genuína espiritualidade.
O que jura com dano
próprio, e não se retrata. “O homem correto leva a sério seus compromissos
solenes, embora as circunstâncias se tenham alterado, desde que ele fez o
juramento, para sua desvantagem (ver Lev. 5.4)” (William B. Taylor, in loc.).
Ver no Dicionário os artigos chamados Juramentos e Votos. “Uma pessoa reta
também guarda os seus juramentos, mesmo que para isso seja prejudicada. E mesmo
que ela faça um juramento precipitado, conscientemente guardará a sua
palavra" (Allen P. Ross. in loc.). Esse texto, naturalmente, não dá margem
a juramentos pecaminosos, como aquele de Jefté, um dos juízes de Israel, que
causou a morte de sua própria filha. Ver sobre essa história em Juí. 11.29 ss.
Aquele homem teria agido corretamente se tivesse encontrado uma alternativa
para seu juramento, e até teria satisfeito sua consciência com essa
alternativa. Não obstante, continuou com uma vontade de ferro, apesar de ter
ficado muito chocado.
O que não empresta o
seu dinheiro com usura (vs. 5). Um hebreu não podia emprestar dinheiro a um
irmão hebreu e esperar juros de empréstimo. Ver Êxo. 22.25. Alguns intérpretes
garantem que era permitido praticar a usura nos empréstimos a dinheiro, em
negócios normais, mas não no caso de um homem necessitado. Aí a misericórdia
precisava ser observada, em lugar de sua ganância para enriquecer. Entretanto,
conjecturo que Allen P. Ross (in loc.) esteja correto, ao afirmar: “Cobrar
juros de um colega israelita era algo proibido como quebra da fraternidade (ver
Êxo. 22.25; Lev. 25.36)”. Sabemos, entretanto, que os hebreus podiam cobrar
juros dos povos gentílicos. Taxas de juros, na antiguidade, variavam de 20 a
50%, menos do que a taxa média que se verifica nos negócios de empréstimos de
dinheiro em São Paulo! Embora Fausset (in loc.) tenha afirmado corretamente que
tal versículo não pode aplicar-se às negociações modernas, teríamos de aplicar
a lei da moderação. Contudo, a exploração é o nome do jogo no mundo dos
negócios, visto que ali a ganância atua como deus. Cf. também o versículo com
Deu. 23.30.
Usura. A palavra
hebraica correspondente significa “mordida”. Por isso, talvez até hoje tenhamos
a expressão idiomática moderna “dar uma mordida”, para indicar cobranças
exageradas.
Quanto a detalhes,
ver no Dicionário o verbete intitulado Juros.
Nem aceita suborno
contra o inocente. Qualquer homem que se deixasse subornar tornava-se
impossibilitado de adorar no templo. Nessa questão,_por igual modo, ele
respeitava a legislação mosaica que proibia esse ato. Ver Êxo.
23.8 e Deu. 27.25.
Apesar disso, tais males eram perpetrados e a justiça era corrompida. Ver Pro.
25.18; Isa. 1.23; Eze. 22.13; Amós 2.6 e Luc. 12.57-59.
Conclusão. O homem
que fazia todas as coisas listadas nos vss. 2-5 era considerado justo e digno
de participar da adoração no templo de Jerusalém. Ele não podia ser arrastado
para fora de suas convicções interiores e de sua integridade,
e também ninguém
podia tirá-lo de seu legítimo lugar de adoração, o templo. O indivíduo capaz de
enfrentar esse teste é, realmente, um homem inabalável. Ele é abençoado com
segurança e resistirá a qualquer assalto, pois é inabalável como uma rocha (ver
Mat. 7.24,25).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2097.
15.5 - Embora a
cobrança de juros em caso de empréstimos para estrangeiros fosse permitida (Dt
23.30). Deus era contra os judeus cobrarem juros e obterem lucro por meio de
empréstimos a seus companheiros necessitados (ver Èx 22.25; Lv 25.35-37).
Os juros só eram
permitidos para fins comerciais, desde que não fossem exorbitantes (Pv 28.8).
15.5- Algumas pessoas
estão tão obcecadas pelo dinheiro, que mudam os padrões e o estilo de vida
designados por Deus. a fim de conseguir riquezas. Se o dinheiro exerce esse
fascínio sobre você. algo deve ser feito para libertá-lo, a fim de que não
sejam causados danos a outras pessoas e o seu relacionamento com Deus não seja
destruído.
BÍBLIA APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Editora CPAD. pag. 747.
2. Evitando o
suborno.
Um outro problema
ligado ao dinheiro e que deve ser evitado a todo custo é aquele relacionado ao
suborno. A palavra hebraica shohad, traduzida como “suborno”, mantém o sentido
na língua original de dar presentes, dádiva, recompensa, incentivo. O expositor
bíblico Victor P. Hamilton comentando sobre o sentido dessa palavra no Antigo
Testamento, destaca: “Pode-se começar com a observação de que proibições de
receber suborno (presumivelmente impostas aos juizes) se encontram nos trechos
legais do Pentateuco (Êx 23.8; Dt 16.19). Conquanto os dois versículos comecem
de modo semelhante, Deuteronômio 16.19 assim termina: “o suborno cega os olhos
dos sábios” [hakamim]. Cf. Isaías 1.23; 5.23; Miqueias 3.11.
Caso o preço seja
aceito, um suborno pode até mesmo produzir um assassino de aluguel, que matará
uma pessoa inocente (Dt 27.25; Ez 22.12; SI 26.10) ou no mínimo perverterá o
julgamento (Pv 17.23).
Somente aquele que
desiste de uma violação tão flagrante da lei tanto moral quanto criminal poderá
permanecer na presença de Deus (2 Cr 19.7; SI 15.5; Is 33.15). O próprio Deus
está acima de qualquer censura a respeito (Dt 10.17; cf. 1 Pe 1.17).
Dada a cobiça do
homem em todas as épocas e civilizações, é interessante que no Antigo
Testamento há menção de apenas três casos de suborno (com uso da palavra
shohad): os filhos de Eli (1 Sm 8.3);os reis Asa e Bem-Hadade (1 Rs 15.19); e
os reis Acaz e Tglate-Pileser (2 Rs 16.8).3
Hoje, na nossa
cultura, o suborno acontece de forma bem sutil. Às vezes ele bate à porta na
forma de um fiscal da fazenda pública que quer ganhar vantagens além daquela
que recebe pelo seu trabalho. Promete cancelar a multa que acabou de lavrar tão
somente se o comerciante aceitar lhe dar uma parte do valor devido em dinheiro.
Outras vezes o suborno acontece de forma mais sutil ainda. Não são poucos os
relatos de irmãos que aceitam serem subornados em cargos públicos. Geralmente a
coisa acontece quando determinado político assume um mandato público, quer seja
de vereador, deputado federal, estadual ou ainda senador. Muitos dos novos
contra tratados com as famosas verbas de gabinete aceitam receber somente uma
parte do dinheiro em troca do emprego. O resto é embolsado pelo parlamentar. A
justificativa é que eles ganham sem trabalhar! De fato muitos desses assessores
não sabem nem mesmo onde fica o gabinete do seu chefe.
Por outro lado,
muitos líderes aceitam ser incluso na folha de pagamento de algum órgão público
em troca de apoio político. Vendem suas igrejas, suas famílias, seus
ministérios.
Por isso é melhor dar
o duro mesmo, mas ter a bênção de Deus: “Os bens que facilmente se ganham,
esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento” (Pv 13.11).
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 49-50.
Pv 17.23 O perverso aceita
suborno secretamente. Ver o vs. 8, que também é contrário ao suborno, e cujas
notas expositivas também se aplicam aqui. O suborno é como uma pedra mágica
para o indivíduo subornado. É como um encantamento de boa sorte, que o faz
prosperar. Com frequência, o propósito do suborno é perverter a justiça,
conforme diz o presente versículo.
Secretamente. As
vestes antigas não contavam com bolsos, botões e zíperes. Pelo contrário,
tinham dobras. A dobra que havia à altura do peito funcionava como bolso. Portanto
vemos aqui aquele que dava o suborno meter a mão nessa dobra e tirar dali um
diamante, uma jóia de ouro, o documento de uma propriedade ou alguma outra
coisa dotada de valor, que apresentava como suborno, enquanto os olhos do
subornado faiscavam de ganância e não haveriam de rejeitar a peita. Se o
subornado fosse um juiz, isso significava que a justiça já havia sido
pervertida. Temos no Brasil uma declaração popular que diz: “É dando que se
recebe”, e grande parte das doações entre os políticos consiste em suborno. No
vs. 8 dou uma lista de referências onde o suborno é condenado. Ver também Pro. 15,27,
onde há outras ideias úteis sobre o assunto.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2626.
17.23 — Como o peso falsificado (Pv 16.11), a
justiça pervertida pode destruir uma cultura. O termo presente foi traduzido
literalmente de uma palavra que também significa suborno. No versículo 8, a
mesma palavra hebraica se traduz positivamente como presente, mas neste
versículo o sentido é negativo, porque o objetivo do presente é perverter a
justiça.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 971.
III - O
USO CORRETO DO DINHEIRO
1. Para promover
valores espirituais.
Pv 23.22,23 Ouve a
teu pai, que te gerou. Novamente temos um provérbio de dois versículos. Quanto
aos tipos de declarações desta seção (Pro. 22.17-24.34), ver Pro. 22.17, sob o
título Apresentação das Declarações. Esta declaração não tem paralelo nas
Instruções de Amen-em-Ope (ver Pro. 22.17 quanto a informações). Recebemos mais
instruções sobre a necessidade de obedecer a pai e mãe, nossos primeiros
professores. Eles prepararam o caminho para o mestre e sua escola da lei e das
declarações da sabedoria, que aperfeiçoam a espiritualidade que os pais
iniciaram.
No vs. 22 aprendemos
que o pai de um homem deve ser ouvido quando está instruindo (ver sobre o ato
de Ouvir, em Pro. 4.20). A segunda linha, que é sinônima, requer o respeito
pela mãe, no sentido de que ela não seja desprezada pelo filho, que age contra
suas boas instruções e seu treinamento. O quinto mandamento requer esse tipo de
reação da parte de um filho (ver Êxo. 20.12). Cf. Pro. 1.8; 30.17 e Efé. 6.1,2,
onde encontramos instruções similares.
No vs. 23 aprendemos
que aquilo que os pais do estudante lhe ensinam, e o mestre continua a
enfatizar, deve ser comprado pelo aprendiz e jamais vendido. Em outras
palavras, mediante esforço ele deve obter a sabedoria como possessão
permanente. A sabedoria deve ser tão preciosa que ele nunca a venderá, ou seja,
nunca a abandonará, como também jamais abandonará a vereda que ela ensina. É
usada aqui uma metáfora comercial. Um bom estudante está ocupado em um negócio
espiritual, procurando e obtendo o tesouro que fora ocultado no campo, bem como
a pérola de grande preço (ver Mat. 13.44,46).
Sinônimo. A verdade
que um homem compra é a verdade da lei, agora explicada como algo que contém os
elementos da sabedoria, da instrução e do entendimento, as descrições
padronizadas da lei e seus benefícios, no livro de Provérbios. As declarações
da sabedoria foram compostas para possibilitar a sua compra. Veros vss. 12-13
deste capítulo, e ver sobre entendimento, em Pro. 1.2-
6. Ver também Pro.
4.5,7, onde encontramos os mesmos elementos deste versículo.
Essas coisas boas são
obtidas da parte de Deus (ver Tia. 1.5), o qual dá a cada homem, liberalmente,
sem palavras duras, por causa da ignorância humana. Ver também Isa. 55.1; Apo.
3.18.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2656-2657.
Vv. 19-28. O gracioso
Salvador que adquiriu perdão e paz para o seu povo, com todo o amor de um pai
terno, aconselha-nos a ouvir e ser sábios, e está disposto a guiar os nossos
corações em seu caminho. Aqui temos um chamado fervoroso para os jovens, a fim
de que estes atendam o conselho de seus santos pais. Se o coração for guiado,
os passos serão bem acompanhados. Compra a verdade e não a vendas; prepara-te
para deixar qualquer coisa por ela. Não a deixes por prazeres, honras, riquezas
ou outra coisa deste mundo. O que o grande Deus requer é o coração. Não devemos
pensar em dividir o coração entre Deus e o mundo; Ele quer tudo ou nada.
Observe a regra da
Palavra de Deus, a conduta de sua providência, e os bons exemplos de seu povo.
São dadas precauções
especiais contra os pecados mais destrutivos da sabedoria e graça da alma. É
realmente uma vergonha fazer do estômago um deus. A embriaguez deixa os homens
atordoados, e logo tudo se arruína. A libertinagem apodera-se do coração que
deve ser entregue a Deus. Cuida-te de qualquer proximidade ao pecado; é muito difícil
afastar-se dele, pois enfeitiça os homens e os arruína.
HENRY.
Matthew. Comentário Bíblico Matthehw
Henry. Provérbios. Editora CPAD. pag. 46.
Orientações para a
Vida Piedosa (23.15-28)
Esta parte começa com
um apelo pessoal caloroso — Filho meu — tão característico da primeira grande
seção de Provérbios (caps. 1—9). O mestre se regozija com o progresso do seu
pupilo (16). O meu íntimo é literalmente: “os meus rins”, mas é melhor
traduzido como: “a minha alma” (RSV). Toy nos lembra que o povo hebreu
“considerava tanto o coração como os rins (por conta da sua importância
fisiológica) centros da vida intelectual, moral e religiosa, e nesse sentido os
dois termos são usados como sinônimos”.2 O sábio estimula o seu pupilo a não
ter inveja dos pecadores (17; veja comentário de 1.7). O fruto da vida de um
homem justo vai ser recompensador (18; veja comentário de 5.4 e 19.20).
Nos versículos 19-21,
a embriaguez e a glutonaria são citadas como práticas prejudiciais capazes de
reduzir um homem a vestes rotas (trapos; veja comentário de 20.1 e 23.29-35).
As expressões beberrões e comilões de carne (20) foram posteriormente usadas
pelos inimigos de Jesus (cf. Mt 11.19; Lc 7.34). O pupilo é encorajado a seguir
a orientação dos pais (22-25), havendo aqui uma ênfase no quinto mandamento por
parte do mestre. Depois disso, o sábio adverte contra o adultério (26-28), um
mal tratado repetidamente em Provérbios (veja comentário de 2.16-19; 5.7-14; e
7.6-23).
EARL
C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 402.
2. Para promover o
bem-estar social.
ADMINISTRANDO OS
DÍZIMOS E AS OFERTAS
Não podemos pensar
aqui em administração no sentido de exercer poder sobre os dízimos de tal forma
que podemos determinar quanto, quando e onde dizimar. Administrar está sendo
usado aqui no sentido de empregar bem os recursos do Senhor que são colocados
em nossas mãos.
Um dos conceitos
perdidos nesta nova geração de cristãos adeptos da prosperidade e escravos do
materialismo é o da mordomia cristã. Antigamente este era um assunto comum nos
ensinos da igreja, todavia, ele perdeu a sua popularidade e consequentemente
são poucas as pessoas que realmente tem noção daquilo que Deus espera de cada
uma delas com respeito aos bens materiais.
Uma das coisas que as
pessoas sempre estão questionando é a respeito do dízimo. "Ele é bíblico
mesmo?" "Se eu ganho pouco eu tenho que dar mesmo assim?"
"10% de tudo o que eu ganho é muito," dizem outros. Dízimo não é para
ser questionado, mas para ser obedecido. A fé e a razão estão ao lado daqueles
que são dizimistas fiéis, enquanto que a descrença está ao lado daqueles que
duvidam de Deus e do seu poder. Portanto, em última análise, não ser dizimista
ao Senhor é ser semelhante ao ímpio que não confia em Deus. Não temos como
negociar esta verdade. Se você crê que Deus supre, você é dizimista. Se você
não crê que Deus supre (portanto age como ímpio) você não é dizimista.
O dízimo não foi
instituído na Bíblia para a nossa chateação, ou para ficarmos irritados com a
igreja ou o pastor que prega sobre o assunto. O dízimo foi instituído para a
expansão do reino de Deus, para a edificação Ha igreja, e também para que
através dele recebêssemos as bênçãos do Senhor. Com o dízimo nós glorificamos o
nosso Deus.
As perguntas mais
ouvidas sobre o dízimo e as minhas respostas:
Eu dou, consagro,
dedico, entrego ou pago o dízimo?
Tem gente que fica
irritada quando usamos o verbo que ela não usa em relação à entrega dos
dízimos. Na verdade, tanto faz o verbo que você quer usar, o importante é que o
dízimo chegue na tesouraria da igreja. O que importa é a atitude do seu
coração. Chamar de consagração e ficar lamentando por ter entregue o dízimo é
muita incoerência e pecado.
O dízimo é sobre o
bruto ou sobre o líquido?
Depende da sua
atividade. Se você é funcionário de uma empresa, e os descontos na sua folha
pagamento são para os seus benefícios, tais como: INPS, imposto de renda, caixa
da previdência, clube, seguros, etc, então você tem que dizimar sobre o bruto.
Se você é autônomo, você dízima sobre o seu lucro. Por exemplo: você compra um
carro por R$1.000,00 e vende por R$1.200,00, então o seu dízimo é sobre os
R$200,00. Você gastou R$10.000,00 para plantar a sua safra e vendeu a mesma por
R$15.000,00, o seu dízimo é sobre R$5.000,00. Em suma: tire o investimento e dê
o dízimo sobre o lucro daquele investimento. Você ê dono de uma empresa e não
tem rendimentos fixos, então dê o dízimo sobre tudo o que você gasta para a sua
sobrevivência. Tenha certeza do seguinte: se você quer fugir de dizimar você
achará uma desculpa, assim como se você quer ser dizimista, você saberá como
fazê-lo, pois o Espírito Santo lhe orientará.
Eu posso dar o dízimo
em outra igreja?
Normalmente a minha
resposta é não, com algumas exceções. Eu creio que o dízimo deve ser dado na
igreja onde você é alimentado espiritualmente. Quem compra o material da Escola
Dominical das suas crianças? Quem paga as contas da igreja onde você louva a
Deus? Quem compra o som da igreja? Não acho que é justo que você frequente uma
igreja e dela receba seu alimento espiritual e então dê o dízimo para uma outra
Igreja. A exceção é quando você é transferido de uma cidade para outra, e já
comprometeu o seu dízimo com algum projeto da sua ex igreja como reformas e
construções e ela agora depende daquele seu dízimo. Todavia, quando este
projeto chegar ao seu fim, você deve tornar-se dizimista da sua nova Igreja.
Avise, porém, a liderança sobre o que você está fazendo.
Eu posso dar o meu
dízimo para um missionário amigo meu?
Também não! O dízimo
não é para ser administrado por você. Se você quer entregar alguma verba para
um missionário, isto é chamado de oferta voluntária ou missionária e isto está
além do dízimo. Eu acho estranho que os crentes queiram fazer o bem com o
dinheiro alheio. "Eu sustento um missionário na África," dizem
alguns, quando na verdade isto não deveria nem ser mencionado, pois está
sustentando com o dízimo. Quando alguém afirma que sustenta um missionário, eu
estou pensando que a pessoa faz isto e ainda é dizimista na sua igreja local.
Veja a possibilidade da sua Igreja ajudar aquele missionário.
Eu não dou o meu
dízimo na Igreja porque não concordo com o pastor ou a liderança!
O problema é seu que
não faz nada sobre o assunto a não ser reter o seu dízimo e falar mal da sua
liderança. Se você não concorda com a liderança, isto significa que você pode
manipular o dízimo do Senhor? De maneira alguma, pois as famílias carentes que
são ajudadas através do dízimo precisam do auxílio da igreja, a congregação
necessita construir, os obreiros no campo missionário precisam de seus
salários. Se você não concorda com a liderança, você deve conversar com ela e
não chantagear com o seu dízimo. Já vi pessoas depositando o dízimo em
caderneta de poupança para entregá-lo em outros momentos!
Eu ganho muito e não
acho certo dar 10% na Igreja!
A solução para o seu
problema é simples: ore para que Deus diminua o seu ganho até o limite em que
você julga capaz de dizimar sem nenhuma dor no coração. Eu tenho certeza que
Deus lhe ajudará a diminuir os seus recursos se estes estão atrapalhando o seu
desenvolvimento espiritual. Se você ganha muito, louvado seja Deus. Leia o
Salmo 67 e aplique aqueles ensinos no seu coração.
Não está escrito em
II Co 9:7 "Cada um contribua segundo tiver proposto no coração"?
Sim, está escrito,
mas para o seu conhecimento isto tem referência a uma oferta voluntária que
Paulo estava levantando em favor dos pobres em Jerusalém. Se é oferta, cada um
oferte o quanto o Senhor colocar no coração.
Creio que deu para
perceber que eu sou um fervoroso defensor do dízimo. Eu o sou porque eu
experimentei e tenho experimentado a grande benção que é ser fiel ao Senhor. Eu
tenho provado as verdades de Malaquias 3:10 e Deus tem sido fiel em todas as minhas
necessidades e mais ainda: ele tem provido a minha vida com coisas que eu nunca
pensei que um dia viesse a ter. Todavia, mesmo que eu nunca venha a ter nada
extra, isto jamais me levará a desistir do dízimo. Eu sou dizimista porque eu
sou obediente a Deus e não porque eu quero receber mais e mais do Senhor.
E quanto as ofertas
voluntárias? Creio que as ofertas partem sempre de um coração generoso e não
legalista. Muitos pensam que porque cumprem com o dízimo, já não tem mais
necessidade de ofertar algo extra para o reino de Deus. O dízimo, na verdade, é
somente o ponto de partida, ou seja: até o dízimo (10%) você tão somente
cumpriu com o dever bíblico. Deus agora lhe concede 90% para que você
administre para ele, e é destes 90% que você poderá realizar alguma oferta
voluntária. A oferta voluntária é sempre um ato alegre, proveniente de um
coração que ama ao Senhor com grande paixão. Você irá descobrir que muitas
agências missionárias, grupos evangelísticos serão tremendamente abençoados com
as suas ofertas.
BARRO,
Antônio Carlos. Até Que O Dinheiro Nos
Separe. Editora Verbum.
A história de "Zé Durão"
Certa vez ouvi em uma
convenção de pastores um trovador contar a história de "Zé Durão",
mas é a versão na sua forma de narrativa que reproduzirei neste capítulo. "Zé Durão" simboliza aquele tipo de
crente que ainda é muito comum em nossas igrejas: concorda com o dízimo, mas se
exime da sua prática. Vamos acompanhá-lo no decorrer do ano:
1° mês - Não
contribui com os dízimos porque faltou liquidar algumas dívidas do ano
anterior. 2° mês - Ao receber o pagamento, pagou todos os devedores, fez
compras e não sobrou dinheiro; lamentou não ter separado o dízimo em primeiro
lugar. Prometeu não agir assim no próximo mês. 3° mês - Foi impossível dar o
dízimo, pois a esposa adoeceu e teve de comprar remédios. 4° mês - Separou o
dízimo, mas foi obrigado a emprestá-lo a um irmão necessitado que não pagou até
hoje. Sabe, família é família! 5° mês — Precisou do dinheiro para pagar uma
prestação atrasada, não pôde dar o dizimo. 6° mês — Deu uma pequena oferta para
a igreja, pois a situação não estava muito boa. 7° mês — Foi convidado para uma
festa de aniversário, teve muitas despesas, não deu o dízimo. 8° mês — Precisou
reformar casa, comprou material de construção, a situação "apertou".
9° mês — O dinheiro com que poderia dar o dízimo teve de dar ao pedreiro; ficou
para o próximo mês. 10° mês - Agora, ia separar o dízimo. Neste mês, ainda não
vou dar, mas no mês seguinte darei, haja o que houver. 11° mês — Foi mandado embora
do emprego, infelizmente não poderia dar o dízimo, pois ficou desempregado. 12°
mês — Prometeu ao Senhor que, se lhe desse um bom emprego, no próximo ano seria
dizimista fiel.
A história é bem
divertida, mas o assunto que ela aborda é muito sério. Quando se trata de
dízimos e ofertas, o que se observa são posições polarizadas: uma parte
transforma o dízimo em algo extremamente meritório. A ideia, por exemplo, de
enxergar o dízimo como uma troca fica evidente nas palavras de um determinado
pregador, que assegura:
Deus promete ao
dizimista ricas bênçãos e, dentre elas, a de repreender o devorador. Certamente
Deus está se referindo a todo espírito de miséria, de pobreza e de injustiça
que rouba, mata e destrói o homem. Existem demônios atuando sob a direção de
Satanás no sentido de levarem os homens à miséria e à pobreza indignas [...] O
negócio que Deus nos propõe é simples e muito fácil: damos a Ele, por
intermédio da Sua Igreja, dez por cento do que ganhamos e, em troca, recebemos
dEle bênçãos sem medida [...] Quando damos nossas ofertas para a obra de Deus,
estamos nos associando a Ele em seus propósitos. E maravilhoso saber que Deus
deseja ser nosso sócio e que podemos ser sócios de Deus em sua missão de salvar
o mundo. Ser sócios de Deus significa que nossa vida, nossa força, nossos dons
e nosso dinheiro passam a pertencer a Deus, enquanto suas dádivas como paz,
alegria, felicidade e prosperidade passam a nos pertencer.
Um bispo de uma
famosa igreja apresenta uma visão sobre o dízimo ainda mais radical, em que a
ideia de barganha parece ficar evidente:
Comece hoje, agora
mesmo, a cobrar dele tudo aquilo que Ele tem prometido [...] O ditado popular
de "promessa é dívida" se aplica também para Deus. Tudo aquilo que
Ele promete na sua Palavra é uma dívida que tem para com você [...] Dar dízimos
é candidatar-se a receber bênçãos sem medida, de acordo com o que diz a Bíblia
[...] Quando pagamos o dízimo a Deus, Ele fica na obrigação (porque prometeu)
de cumprir a sua Palavra, repreendendo os espíritos devoradores [...] Quem é
que tem o direito de provar a Deus, de cobrar dEle aquilo que prometeu? O
dizimista! [...] Conhecemos muitos homens famosos que provaram a Deus no
respeito ao dízimo e se transformaram em grandes milionários, como o Sr.
Colgate, o Sr. Ford e o Sr. Caterpillar.
Por outro lado, outra
parte não menos significativa não vê razão nenhuma para sustentar a prática do
dízimo nos dias de hoje. Jerônimo Gasques (2008, p. 79-84) observou que essa
última parte, formada por não dizimistas, costuma apresentar oito
justificativas para se abster da prática do dízimo:
Justificativa
teológica — "Não sou dizimista porque o dízimo é da lei. E eu não estou
debaixo da lei, mas sim da graça".
Justificativa
sentimental - "Não sou dizimista porque ainda não senti ou tive vontade, e
a Bíblia diz que deve ser dado com alegria, e não com tristeza".
Justificativa
financeira — "O que eu ganho não sobra ou mal dá para o meu
sustento".
Justificativa
assistencial — "Prefiro dar meu dízimo diretamente aos pobres. Prefiro eu
mesmo administrar meu dízimo".
Justificativa
política — "Eu não entrego os meus dízimos porque eles não estão sendo bem
administrados".
Justificativa míope —
"A igreja é rica e não precisa do meu dízimo". Justificativa contábil
— "Não tenho salário fixo e não sei quanto ganho". Justificativa
eclesiológica — "Não sou membro da igreja".
Com extremos tão bem
definidos, é necessário, portanto, analisarmos com cuidado o que a Bíblia
ensina sobre a prática dos dízimos e ofertas. Essa análise visa não somente fundamentar
um correto juízo de valor sobre essa prática, mas nos fazer conhecer os seus
princípios, que ao longo da história do povo de Deus fez com que ele
prosperasse.
O vocábulo dízimo
quer dizer a décima parte, e traduz a palavra hebraica rna"aser e a grega
apodekatoo. No contexto bíblico,
refere-se àquilo que é devolvido ao Senhor, quer seja a parte de uma
determinada produção, quer seja de outra propriedade (Pv 3.9). Por outro lado,
o vocábulo oferta traduz o hebraico terumah e o grego doron, com o sentido de
contribuição ou oferta alçada. A lei mosaica não criou a prática do dízimo, mas
apenas lhe deu conteúdo e forma. Isso foi feito por meio das diversas normas ou
leis que a regulamentaram. Na verdade, a prática das ofertas já era observada
nos dias de Abel (Gn 4.4); e da mesma forma o dízimo já era praticado pelos
patriarcas Abraão e Jacó (Gn 14.20; 28.22). O profeta Malaquias associa a
prosperidade do povo de Deus à devolução dos dízimos e das ofertas (Ml 3.10,11). Esse mesmo princípio é destacado no Novo
Testamento quando Paulo diz que Deus é poderoso para tornar abundante em toda
graça aqueles que demonstram voluntariedade em contribuir para o Reino de Deus
(2 Co 9.8).
GONÇALVES. José,. A Prosperidade a Luz da Bíblia. Editora
CPAD. pag. 139-142.
Pv 17.16 De que
serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar a sabedoria... Um
insensato, se tivesse dinheiro suficiente, talvez tentasse comprar a sabedoria,
mas ela não está à venda e, na verdade, não tem preço. Os sofistas, nos tempos
de Sócrates, vendiam seu conhecimento, o que Sócrates considerava uma desgraça.
Em outras palavras, eles cobravam grandes somas de dinheiro e tinham escolas
onde os estudantes pagavam pela sabedoria. Talvez alguns rabinos andassem
fazendo a mesma coisa, e este versículo pode ser uma repreensão direta contra
eles. Ou então talvez o autor sagrado estivesse simplesmente imaginando tal
cena e visse os tolos pagando em dinheiro, na tentativa de obter a sabedoria.
Ou, por outra parte, talvez esta declaração seja apenas uma afirmação de que o
dinheiro não é o meio adequado para obter a sabedoria. Mesmo que uma escola
cobrasse uma taxa de admissão, e mesmo que os tolos pagassem por sua
escolaridade, tais indivíduos não seriam sábios, ao terminar o curso. A
insensatez deles persistiria. Os insensatos não podem ser ensinados, por terem
eles coração e mente pervertida.
Sinônimos. Um
insensato pode ter dinheiro, mas não tem mente ou, literalmente, coração capaz
de adquirir sabedoria. Isso vem através do aprendizado da lei e da prática da
lei mosaica. Uma pessoa precisa ser capaz de aprender e ser capaz de seguir. O
insensato, entretanto, não tem nem mente nem capacidade de coração. Ele é
infenso ao ensino. Se frequentar uma escola onde professores verdadeiros
ensinem, poderá adquirir uma fisionomia de sábio, mas essa sabedoria não
procederia de seu coração (ver Pro. 4.23 quanto a esse termo). Cf. Pro.
10.15,16.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2625.
17.16 — A riqueza na
mão do insensato é um ultraje moral. Mesmo que ele tenha dinheiro, não poderá
comprar aquilo que é incapaz de apreciar: a sabedoria.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 971.
Parece que o fator
dinheiro entra nesta contextura quando o texto afirma: De que serviria o
dinheiro na mão do Insensato para comprar a sabedoria? (v. 16). O insensato é
estúpido e insensível; não se comove nem com a força do bem nem com o mal; a
tudo ele assiste Indiferente. Portanto, para que dinheiro a fim de comprar
sabedoria, se não discerne o valor que ela tem? O Livro de Provérbios é o Livro
da Sabedoria, afirmamos outra vez, e todos os conceitos nele giram ao redor da
conduta.. que é sempre uma consequência do saber, seja no viver, seja no agir.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
Pv 27.24 Porque as
riquezas não duram para sempre. Por qual razão um jovem prefere permanecer em
sua fazenda, mesmo depois de ter estado em Paris? Porque as riquezas não são
tudo. Por igual modo, não duram para sempre. E as riquezas são cercadas por uma
série de problemas que a agricultura não envolve. Embora um negociante, como é
óbvio, possa obter mais dinheiro em sua cidade mundana do que um agricultor em
seu campo, o negociante também estará comprando para si mesmo algumas grandes
desvantagens.
Sinônimo. Um jovem
que fugisse para Alexandria, no Egito, poderia ter sorte e tornar-se líder de
homens, governante ou mesmo rei vassalo de algum pequeno país. Lembre-se do que
aconteceu a José, fiiho de Jacó. Ele obteve uma coroa ou outro símbolo de sua
autoridade, e sua fortuna material ficou garantida. Certamente ele ficou rico,
como acontece à maioria dos políticos. Teve uma vida agitada e enfrentou
perigos para obter glória, através das conquistas militares. É verdade que um
agricultor jamais poderia comparar-se com tudo isso. Por outra parte, há
vantagens para quem permanece em casa e continua observando as tradições de
seus antepassados. Além disso, ser um governante ou um monarca é um
empreendimento de pouco tempo. E, mesmo se alguém governa como rei por longo
tempo, as gerações que vão e vêm acabam varrendo tudo para longe.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2676.
27.23-27 Essa
passagem faz uma comparação entre o trabalho do pastor e a provisão do Deus e a
natureza efêmera c incerta das riquezas o do poder (v. 24). A cada 50 anos,
Iodas as terras eram devolvidas aos seus proprietários originais, por isso os
rebanhos eram usados como medida de riqueza. Somente o trabalho e a dedicação
garantiriam que as terras fossem perpetuadas e lucrativas. A providência de
Deus auxilia o esforço (cf. SI 65.9-13) de conseguir usar de modo apropriado as
bênçãos da terra (vs. 25-2 7).
MAC
ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade
Bíblica do Brasil. pag.828.
IV -
BUSCANDO O EQUILÍBRIO FINANCEIRO
1. Buscando a
suficiência.
Lemos em Provérbios:
“Duas coisas peço: não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a
falsidade e a mentira; não me dês nem pobreza nem a riqueza; para não suceder
que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido,
venha a furtar e profane o nome de Deus” (Pv 30.8,9).
Esta passagem bíblica
é uma das que melhor ilustra a busca por uma vida equilibrada. “Os dois
pedidos, que se convergem num só alvo”, observa Derek Kidner, “dizem respeito a
(a) o caráter (Pv 8a), e (b) as circunstâncias, que são um perigo para o
caráter (Pv 8b, c, 9). A oração confirma a humildade que foi expressada nos w.
2ss., mostrando que se trata de (a) humildade de ambição (um anseio — antes que
eu morra — pela integridade conforme a vontade de Deus, não de “grandes coisas
para si”), e (b) a humildade do autoconhecimento — pois (conforme indica Toy)
poderia ter orado, pedindo a capacidade de empregar corretamente a pobreza ou
as riquezas, mas conhece bem demais a sua própria fraqueza”.4 Por outro lado, a
obra The Expositors Bible Commentary destaca que: “Agur ora para Deus impedi-lo
de tornar-se falso (v 8a) e autossuficiente (w. 8b, 9). Ele quer ser honesto em
todas as suas relações, e ele quer uma vida de bênçãos materiais equilibrada.
Ele raciocina que, se ele tem muito, pode tornar-se independente de Deus (veja
Dt 8.11-14.), e se ele tem pouco, poderia roubar e, portanto, profanar o nome
de Deus.
Assim, reconhecendo a
sua própria ignorância, confiando na Palavra de Deus para a segurança na vida,
e orando para que Deus o guarde de cair em tentação, Agur está pronto para
oferecer suas palavras.5
Matthew Henry, ao
comentar essa passagem bíblica, destaca: “Duas coisas que ele pede a Deus são:
1. Graça para sua alma: aparta de mim a falsidade e a mentira. Para viver com
retidão é mister amar a verdade e a integridade, sem deixar-se enganar pelas
vaidades da vida.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 51.
O caminho da vitória
financeira é a obediência. Assim o primeiro passo é arrepender-se dos seus
pecados e mudar de atitude pedindo perdão a Deus, pelos meses e anos passados
que você não obedeceu, dando dízimos e ofertas ao Senhor. A Bíblia diz:
“Se o meu povo, que
se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos
seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra. (2 Crônicas 7:14).
Se você quiser mesmo,
ser abençoado por Deus em sua vida financeira, algumas decisões precisam ser
tomadas imediatamente.
1. Acerte seu
relacionamento com Deus. Arrependa-se dos seus pecados- (1 João 1:9).
2. Decida ser
dizimista fiel. Dê, confiando nas promessas de Deus - (Ml 3:10-12, Pv 3:9-10).
3. Dê ofertas com
alegria. E espere receber de Deus, o milagre da multiplicação - (Lc 6:38).
4. Tenha a atitude
correta ao dar. Semear sempre em solo fértil. (O reino de Deus) - (G1 6:6, Rm
15:25 - 27, 1 Co 9:11, 2 Co 8:1-9).
5. Seja contribuinte
responsável, honesto, com você e com Deus - (Rm 12:7, 2_Co 8:21, F14:8, 1
Pe2:12).
6. Comece a dar
graças por sua situação financeira - (lTs 5:18).
7. Seja cumpridor dos
seus deveres - (1 Co 4:1-2, 1 Tm 1:3 Rm 12:18).
8. Não pratique nem
participe de qualquer espécie de jogo - (Is 2:6, Jr 27:9, Mq5:12).
9. Quebre as
maldições de família, as maldições auto impostas e as lançadas por outras
pessoas - (Jo 8:32 - 34, Dt 23:5, Pv 26:2).
10. Seja justo com você
e com os outros-(S137:21, SI46:8, Tiago 5:1-6, lPe2:18-19, 1 Tm6:12).
11. Não faça dívidas,
não compre fiado - (Rm 13:8, Pv 22:7).
12. Não pratique o
suborno - (Ex. 23:8, Ez 22:12, Lc 3:14, Dt 16:19)
SE VOCÊ OBEDECER...
A OBEDIÊNCIA DESTRÓI
TODAS AS SUAS DÍVIDAS, PORQUE A GRANDE PROMESSA DE DEUS PARA VOCÊ É:
“Restituir-vos-ei os
anos que foram consumidos pelo gafanhoto CORTADOR, pelo MIGRADOR, pelo
DEVORADOR e pelo DESTRUIDOR... Joel 2:25
A partir do momento
que você fizer o voto de ser dizimista e ofertante fiel, e cumprir, Deus também
cumprirá em sua vida esta promessa de Joel 2:25. Deus te devolverá tudo aquilo
que Satanás roubou de você, pelos anos passados. Você vai prosperar. Haverá
grande abundância em sua vida financeira.
“Tornou Jesus: Em
verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou
mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e por amor do evangelho, que
não receba, já no presente, o cêntuplo (cem vez mais) de casas, irmãos, irmãs,
mães, filhos e campos, com perseguições e, no mundo por vir, a vida eterna” - (Marcos
10:29, 30). Você terá tudo de volta, em nome de Jesus.
Deus nos dará de
volta cem vezes mais. Veja bem. Não é para a eternidade - é nesta vida. A
questão é: “Podemos recebê-los?” Você pode crer nesta verdade? Você pode
obedecer? Pode mesmo? Se podes, você terá tudo de volta. Creia nestas palavras,
Jeová-Jiré restituirá tudo aquilo que lhe foi roubado, porém; para que tudo
isto aconteça basta uma decisão: ser dizimista, um ofertante fiel.
As promessas de prosperidade
estão espalhadas por toda a bíblia,
mas é válido lembrar:
Satanás fará o possível para que você não dê dízimos e ofertas ao Senhor. Por
que razão ele fará isto? É simples. Sempre que ajudamos a sustentar a obra de
Deus, o seu reino se expande. Satanás perde pessoas e espaço sobre a terra, e
isto ele não aprecia.
Todas as flores de
amanhã estão nas sementes plantadas hoje. Portanto, plante sementes... Deus lhe
deu na sua palavra 2 maneiras de você viver acima da pobreza deste mundo:
semear dízimos e ofertas, a lei Bíblica de Deus para se colher prosperidade, e
viver livre dos problemas financeiros. Se você tomar a decisão certa, firme; de
dar dízimos e ofertas no reino de Deus, pode ter certeza: na sua vida
financeira, vai dar tudo certo em nome de Jesus.
“Guarda pois, as
palavras desta aliança e cumpri-as, para que prosperareis em tudo quanto
fizerdes” Deuteronômio 29:9.
R. E.
Goldberg Como ter Vitória em suas
Finanças Bens, Riquezas e Salários. Editora
Casa do Pão. pag. 45-47.
Pv 30.8 Afasta de mim
a falsidade e a mentira. As provisões divinas que foram requeridas por Agur
eram:
1. Agur precisava da
providência divina para ser resguardado da mentira e da falsidade, para que
aquilo que ele sabia e expressava estivesse em acordo com a Palavra de Deus
revelada (vs. 6). Ademais, em sua vida pessoal, ele desejava a integridade e a
verdadeira espiritualidade, livre das corrupções que os homens promovem.
“Falsidade”, no hebraico, é shaw, “vazio”, mas também mentiras, destituídas da
verdade divina.
2. Ele queria ter
dinheiro suficiente para continuar a vida, mas não queria cair na armadilha que
as riquezas trazem. Ele queria estar em boa situação em meio à classe média,
nem pobre nem rico, o que promove mais prontamente a espiritualidade, sem a inconsciência
acompanhante (como se dá na pobreza) ou as tentações (como se dá na riqueza).
3. Ele precisava de
alimento adequado e do suprimento de suas necessidades básicas. Ele não queria
contender com a pobreza e sua luta absurda contra até as coisas mais necessárias.
Ele queria “o pão de sua porção”, conforme diz o hebraico, literalmente. Cf.
Mat. 6.11. Ele não via virtude alguma em ser pobre, e só enxergava armadilhas
nas riquezas.
Agur buscava o
meio-termo dourado em sua vida, a moderação sem as privações negativas da
pobreza e sem os excessos das riquezas.
Aquele que se apega
ao meio-termo dourado,
E vive contente entre
O pequeno e o grande,
Não sente as
necessidades que beliscam o pobre,
Nem as pragas que
perseguem a porta do rico,
Amargurando o seu
estado.
(Horácio, Odes II.
10)
Paulo aprendeu a
viver contente com o que possuía, na necessidade ou na abundância, conforme a
vontade de Deus ditasse para cada período de sua vida. Ver Fil. 4.12.
Pv 30.9 Para não
suceder que, estando eu farto, te negue. Continuamos aqui a desfilar os pontos
em consideração:
4. O homem abastado,
aquele que vive pleno em todas as coisas, pode terminar negando sua necessidade
de Deus, fazendo perguntas estúpidas, como: “Quem é o Senhor?”, como se fosse
independente e não precisasse da graça ou ajuda divina. Cf. Deu. 8.12-17.
Vivemos todos em estado precário. Todos somos dependentes do Ser divino até
mesmo para viver o dia-a-dia. Naturalmente, espera-se que trabalhemos e
planejemos, e não nos comportemos como idiotas que dependem de outros para
conseguir o pão diário.
5. Em contraste, um
homem realmente pobre, que não tem o suficiente para comer, pode terminar a
vida como ladrão. Essa condição extrema também foi rejeitada por Agur. Ele não
haveria de fazer um voto de pobreza.
6. Um ladrão termina
desonrando Deus, o qual requer que o homem labute e proveja para as suas
próprias necessidades, O indivíduo que faz de outros sua presa incorrerá no
desprazer e juízo divino. Deus é justo, e os homens precisam evitar as coisas
que laboram contra a santidade, como a desonestidade, que é um pecado contra os
mandamentos básicos da lei mosaica (ver Êxo, 20.15).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2686.
30.7-9 - Ter excesso
ou falta de dinheiro pode ser perigoso. Ser demasiadamente pobre pode
significar um risco para a saúde física e espiritual. Por outro lado, ser rico
não garante esses bens a uma pessoa. Corno Jesus assinalou, os que confiam nas
riquezas têm dificuldade de entrar no Reino de Deus (Mt 19.23,24). Como Paulo,
podemos aprender a viver tendo pouco ou muito (Fp 4.12), mas nossa vida poderá
ser mais bem-sucedida se não tivermos nem a pobreza nem a riqueza.
BÍBLIA APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Editora CPAD. pag. 871.
2. Buscando o que é virtuoso.
Alimentação
conveniente para seu corpo: Não me dês nem pobreza nem riqueza; concedi-me
(diariamente) ração de pão (como Mt 6.11; 1 Tm 6.8). Roga contra os dois
extremos da abundância e da miséria (v. 8b) e apresenta boas razões para isso:
não aconteça que me sacie e te negue, quer dizer, que me esqueças que dependo
de ti em tudo. A prosperidade dá lugar ao orgulho e ao esquecimento de Deus,
como se já não necessitasse dEle. E que sendo pobre (melhor, empobrecendo-me,
como em 20.13), furte. A pobreza extrema é uma tentação à desonestidade e a
profanar o nome de Deus (Ex 20.7), seja jurando falsamente ou queixando-se da
providência de Deus”.
Infelizmente tudo
isso acontece por conta de nossa cultura do ganha-ganha. Todos querem ganhar e
ninguém aceita perder. A corrida rumo ao lucro fácil é estimulada todos os
dias. E uma das formas em moda hoje em dia é aquele praticado pelas loterias.
Nessa modalidade de jogo, em que o ganho fácil é uma tentação real, o governo
fomenta a cultura do ganhar sem esforço. Não somente cria essas loterias, mas
também estimula por meio de massiva propaganda. E os crentes, o que que tem ver
com isso? Infelizmente alguns acham que o equilíbrio financeiro pode vir quando
forem um dos “sortudos” da Mega-Sena. Em seu livro As Sete Ciladas do Inimigo,
o escritor Erwin W. Lutzer, mostra como é perigoso o crente querer prosperar
por meio dos jogos de azar.
“Em tempos passados,
a igreja havia assumido uma posição contrária ao jogo. Hoje não se ouve nem uma
palavra sobre o assunto. E o fato é que, embora o quadro que vamos pintar aqui
pareça sombrio, na realidade, ele é ainda pior. Basta que perguntemos aos
filhos cujos pais se separaram por causa de perdas no jogo. Perguntemos àqueles
cuja mãe gasta cem dólares por semana em bilhetes de loteria, em vez de comprar
roupas e alimentos. Em suma, o jogo destrói as famílias.”
Respondendo à
pergunta: É pecado Jogar?, Lutzer responde:
“E verdade que não
existe um décimo primeiro mandamento que diz:
Não participarás em
jogos de azar” (...) conta-se que George Washington teria dito o seguinte: “O
jogo é filho da avareza, irmão da iniquidade e pai de todo tipo de erro”.
E eu concordo com
ele. Creio que foi mesmo o Diabo que inventou o jogo. Portanto, é pecado.
Apesar de a Bíblia não conter nenhuma orientação específica sobre o assunto,
ela apresenta algumas princípios que contribuem para essa ideia. Vejamos alguns
deles.
O jogo contraria o
princípio da ética no trabalho. O jogo zomba do trabalho como forma de
subsistência. Certa vez, vimos uma frase publicitária que dizia que existem
apenas duas maneiras de se ganhar um milhão de dólares. Uma delas era trabalhar
muito; a outra era jogar. E dizia mais:
“Quem vai trabalhar
todo dia, quando poderia ganhar um milhão de dólares na loteria, é um idiota”.
Entretanto, o
apóstolo Paulo escreveu o seguinte: “Se alguém não quiser trabalhar, também não
coma” (2 Ts 3.10).
Quem joga não está
sendo um mordomo de seus bens.
É insatisfeito com o
que Deus lhe da.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 52-53.
Pv 3.13 Feliz o homem
que acha sabedoria. Esta bem-aventurança é igual ao trecho de Pro. 1.2, onde
foi declarado o objetivo para o qual foi escrito este livro bíblico, a saber,
transmitir sabedoria e entendimento. Ver Pro. 1.2 quanto aos significados
desses conceitos. Pro. 2.2 repete as duas qualidades que o homem bom deve
buscar. Quanto aos provérbios de bem-aventurança, ver, além do presente
versículo, Pro. 3.18; 14.21; 16.20; 28.14 e 29.18. A última dessas referências
pronuncia uma bênção sobre o homem que guarda a lei mosaica, a base de toda a
felicidade nos termos do Antigo Testamento. Esse é o summum bonum do homem
espiritual do Antigo Testamento, e a sabedoria é a essência desse bem supremo.
A sabedoria traz a felicidade. Distinguir entre o bem e o mal, com a busca
resultante por Deus, é a compreensão. Essa é uma aplicação da sabedoria, que
produz o feliz estado de que o autor falava. A compreensão mantém o homem na
vereda certa, livre de pecados destruidores que produzem o caos na vida, e leva
o crente a atingir as bênçãos espirituais que tornam a vida produtiva e feliz.
O Targum diz que a compreensão de um homem deriva-se como uma fonte de água a
jorrar da terra, que Gersom pensa ser o coração do homem.
Pv 3.14 Porque melhor
é o lucro que ela dá do que o da prata. A sabedoria e a compreensão produzem um
tesouro precioso, ou seja, um ganho. Todo lucro terreno, como aquele do ouro e
da prata, dificilmente pode comparar-se ao valor daquelas qualidades
espirituais que tornam os homens espiritualmente ricos e, portanto, felizes. Os
homens engajam-se na mineração e no comércio para adquirir um ganho terreno, e
agem assim porque pensam que podem obter a felicidade. Mas o indivíduo
verdadeiramente feliz é aquele que escava a mina espiritual e faz negócios com
qualidades espirituais. O autor sagrado não tinha ambições materiais. Ele
investira todos os valores de sua vida no terreno espiritual.
Cf. este versículo
com Pro. 2.4, onde encontramos a metáfora da prata e também a metáfora dos
tesouros escondidos, que um homem bom vive buscando. As notas expositivas ali
ilustram o presente textò. Encontramos algo similar em Pro. 8.10,11,19, onde os
simbolismos são formados pelo ouro, pela prata e pelas joias. O vs. 15, a
seguir, também usa a metáfora das pérolas.
Pv 3.15 Mais preciosa
é do que pérolas. “Pérolas”, aqui, no hebraico é peninim, cuja tradução exata é
incerta. Algumas versões dizem “pérolas”; mas outras preferem a tradução
“rubis”, e outras ainda “pedras preciosas”. Lam. 4.7 subentende que a cor
dessas pedras é o vermelho, pelo que o “coral” pode estar em foco. Cf. com
outros usos da palavra, em Pro. 8.11; 20.15 e 31.10. É provável que esta
palavra hebraica fosse usada para referir-se a vários tipos de pedras, o que
talvez justifique a confusão. Não devemos esperar que os hebreus se mostrassem
mais precisos em sua terminologia sobre mineralogia do que em seu vocabulário
zoológico. A identificação da pedra ou das pedras preciosas é incerta, mas o
sentido espiritual é claro. O mestre era um caçador de tesouros e um minerador;
em sua inquirição ele entrava na terra e no mar. E o que ele buscava, achou: a
sabedoria. Várias coisas felizes que a sabedoria traz são listadas nos
versículos que se seguem.
A raiz da palavra em
questão é panah, que significa “olhar”. Uma pedra preciosa, belamente burilada,
reflete a luz de diversas maneiras, exibindo muitas cores e mostrando-se muito
agradável ao olhar humano. Apresenta muitas facetas, e outro tanto acontece com
a sabedoria e a compreensão. Os versículos que se seguem falam de algumas
dessas facetas rebrilhantes.
Sabedoria Divina
Quem pode dizer o
preço das caras mercadorias da Sabedoria?
A sabedoria é a prata
que preferimos,
E o ouro é como a
escória, comparada com eia.
Seus dias são cheios
com a duração dos dias,
As verdadeiras
riquezas são louvores imortais;
As riquezas de
Cristo, conferidas a todos,
Uma honra que desce
de Deus.
(Charles Wesley)
Cf. com o tesouro
escondido no campo (ver Mat. 13.44) e com a pérola de grande preço (ver Mat.
13.46).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2549.
Com estas
advertências, o escritor sagrado passa a outro assunto, a outro campo da
felicidade, que é o encontro com a sabedoria ou o senso do bom viver. Parece
que ao seu lado havia muitos preocupados em ajuntar riquezas, descuidando-se de
Deus. Então ele vem e promete a sabedoria celestial como algo bem superior às
riquezas da terra (vv. 13-18). Certamente, não se trata especificamente de
sabedoria livresca, mas de sabedoria que nasce da comunhão com Deus. Esta
sabedoria é mais preciosa do que o lucro que dão a prata e o ouro (v. 14). Mais
preciosa ainda do que
as pérolas e tudo que se pode desejar não é comparável a ela (v. 15). O que
possui tal sabedoria é mais feliz e seguro do que aquele que amontoa prata e
ouro, que facilmente se podem perder. O verso 14 se parece muito com uma
parábola de nosso Senhor, quando compara a salvação a uma pérola preciosa ou de
grande valor (Mat. 13:45, 46). Nós já apreciamos, noutro local, que as riquezas
produzem um bem-estar fictício, e, se puderem ajudar a viver um pouco, esta
ajuda não permanece, pois até aos que morrem deixando fortunas, estas trazem
consigo o germe de contendas entre os que vão herdá-las.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
A adversidade não destrói
a alegria duradoura do homem de Deus. O caminho da sabedoria, embora
dispendioso, é recompensador. O termo Bem-aventurado (13) é o mesmo que é usado
nas Bem-aventuranças do Sermão do Monte. E encontrado com frequência nos salmos
(1.1; 112.1; 119.1) e em Provérbios (8.34; 16.20; 20.7; 28.14). Enquanto todos
em volta estão ocupados na busca de riquezas terrenas, o homem de sabedoria
descobriu tesouros superiores ao ouro e à prata (14). Os seus tesouros são mais
preciosos do que os rubins (15) — pérolas, ou corais vermelhos (Jó 28.18; Lm
4.7). Tesouros terrenos não podem prover Aumento de dias (16) ou paz de
espírito e mental (17). A sabedoria é árvore da vida (18), que simboliza o
poder gerador de vida que vem de Deus.
EARL
C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora
CPAD. Vol. 3. pag. 366.
Pv 8.10,11 Aceitai o
meu ensino, e não a prata. As instruções devem ser vistas e recebidas como
coisas mais preciosas do que a prata e o ouro (vs. 10), e melhores do que as joias
(vs. 11). Essa figura é vista em Pro. 3.14,15, onde são mencionados os mesmos
itens preciosos. Feliz é o homem que obtém a sabedoria, e não essas coisas (ver
Pro. 3.13). Note o leitor a tríade: instrução; conhecimento; sabedoria -
diferentes formas de falar sobre a sabedoria. O autor sagrado continua variando
seus termos, que falam todos sobre a mesma coisa: a sabedoria que é encontrada
na lei de Moisés, conforme interpretada pelas declarações da sabedoria. O valor
da sabedoria excede o valor das coisas terrenas que os homens tão
diligentemente buscam. A sabedoria provê ganhos reais e duradouros. A sabedoria
trata com a alma de um homem, com o seu ser interior, enquanto a prata, o ouro
e as joias só podem melhorar seu estilo físico da vida. A figura da prata, do
ouro e das joias é usada porque os homens a seguem diariamente e anelam
ansiosamente por tais coisas. A sabedoria tenta apontar a ansiedade dos homens,
dirigindo-a para algo mais digno de atenção. Homens carnais têm problemas de
atitudes. A sabedoria, pois, tenta reorientar as atitudes dos homens.
Não acumuleis para
vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde
ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu. (Mateus
6.19,20)
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2574.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva.
Muito bom o estudo, peço que faça um estudo sobre a falta de serviço, pois as vezes as pessoas sofrem com a falta de recursos proveniente a falta de trabalho.
ResponderExcluirMas agradeço a Deus por vc meu irmão, pois vejo que és usado na obra de Deus.
Deus abençoe vc e sua familia.
Abcs.
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