O EXEMPLO PESSOAL NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Data 10 de Novembro de
2013 HINOS SUGERIDOS 258,
360, 409
TEXTO ÂUREO
"O
justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois
dele”{Pv 20.7).
VERDADE PRATICA
A
melhor forma de se educar um filho é através do exemplo, pois as palavras passam,
mas o exemplo permanece.
LEITURA DIARIA
Segunda - Pv 22.29 O futuro de um homem diligente
Terça - Pv 29.15 Estabelecendo limites
Quarta - Pv 7.6,7 O mau exemplo da displicência
Quinta - Pv 22.22,23 Sabedoria para agir com
equidade
Sexta - Pv 23.6-8 Sabedoria para lidar com o invejoso
Sábado - Pv 24.11,12 Agindo misericordiosa e sabiamente
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Provérbios
4.1-9
1
- Ouvi, filhos, a correção do pai e estai atentos para conhecerdes a prudência.
2
- Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei.
3
- Porque eu era filho de meu pai, tenro e único em estima diante de minha mãe.
4
- E e/e ensinava-me e dizia-me: Retenha as minhas palavras o teu coração;
guarda os meus mandamentos e vive.
5
- Adquire a sabedoria, adquire a inteligência e não te esqueças nem te apartes
das palavras da minha boca.
6
- Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te conservará.
7
- A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o
que possuis, adquire o conhecimento.
8
- Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará.
9
- Dará á tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.
INTERAÇÃO
Caro
professor, a família moderna vem sofrendo grandes transformações. Com a cristã,
não é diferente. Há trinta anos não falaríamos sobre casais de jovens e
adolescentes tornando-se pais no seio da Igreja. Mas esta é uma realidade em
muitos lares cristãos. E qual o problema? O problema está quando o casal de
jovens deveria estudar, entretanto, vê-se responsável por um filho — são
“crianças” gerando crianças. Inevitavelmente, esta educação é terceirizada para
os pais, ou seja, avós. Aqui, inicia todo o problema na educação dos filhos de
grande parte da sociedade moderna e, também, da família cristã. Os pais não
educam, os avós se responsabilizam,, mas se veem liberais com as crianças. Pais
e avós não se entendem. O que se vê é uma criança crescendo desorientada, sem
o
mínimo parâmetro de limites. Você acha que esse processo não afetará a igreja?
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a importância de se
colocar limites aos filhos.
Saber do valor do exemplo
na educação dos filhos.
Promover a educação integral
da criança.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado
professor, para concluir o tópico
II
da lição, sugerimos que você reproduza o esquema da página seguinte de acordo
com suas possibilidades. Neste esquema, demarcamos três funções básicas e
completamente opostas às características negativas apontadas na lição:
"pais ausentes” e "mãe superprotetora”. Os pais que levam a sério a
educação dos seus filhos sabem que o “amor”, a “educação” e a “proteção” são
funções inegociáveis para a difícil missão de se criar filhos. Portanto,
convide a classe a não recusar essa missão dada por Deus.
PALAVRA-CHAVE Influência:
Ação ou efeito de influir; isto é, fazer fluir, correr para dentro de.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nas
lições anteriores, vimos que a expressão “ouve filho meu” soa como um refrão no
livro de Provérbios. É o apelo de um pai amoroso, ensinando ao filho as regras
do bom viver. É a partir de um conjunto de valores, já padronizado, que o pai
assim o faz. Entretanto, sua preocupação não é despejar sobre o filho um código
de regras, mas ensinar valores que o prepararão para a vida. Para isto, ele
utilizará o exemplo, mostrando que a atitude fala muitas vezes mais alto que as
palavras!
I - A
IMPORTÂNCIA DOS LIMITES
1. Satisfazendo
necessidades, não vontades. Um princípio utilizado no treinamento de líderes, e que
tem se mostrado bastante eficaz, é a máxima de que “liderar é satisfazer
necessidades, não vontades”. No universo educacional, o princípio torna- se
ainda mais forte e verdadeiro.
Todo
pai deve saber que o filho, especialmente se ainda é criança, deseja que suas
vontades sejam imediatamente
satisfeitas.
Mas de que realmente a criança necessita? Embora queira comer só doces, ela
precisa de uma alimentação balanceada para ter um crescimento saudável. É para
isso que aponta a sabedoria de Provérbios 29.15. Portanto, estabeleçamos
limites às crianças, não apenas quanto à alimentação, mas principalmente acerca
dos valores morais e espirituais.
2. Presença versus
Agressão.
Os educadores descrevem como referências negativas, na educação da criança, a
figura do “pai ausente” e a da “mãe superprotetora”.
O
pai ausente é omisso educação de seus filhos. Evitando o diálogo, vale- se de
métodos agressivos para impor-lhes a sua autoridade. Ele fala sempre aos
gritos. O autor dos Provérbios, porém, exorta-nos a ensinar a criança no
caminho em que deve andar, mas não aos gritos, nem utilizando-se de violência
(Pv 22.6).
A
mãe superprotetora, por seu turno, temendo produzir algum trauma na formação da
criança, acaba por não corrigi-la. Não é isso o que as Escrituras ensinam: o
pai e mãe são os responsáveis pela disciplina dos filhos, e não podem fugir a
esse dever (Pv 1 3.24).
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
Os
pais devem satisfazer as necessidades dos seus filhos, não vontades; devem
educá-los, não agredi-los.
II -
ENSINANDO ATRAVÉS DO EXEMPLO (VALORES)
1. Ética da
personalidade. Hoje,
mais do que nunca, necessitamos educar nossas crianças, tomando por base os
valores morais e espirituais da Bíblia Sagrada. A ética ensinada pelas escolas
seculares e pela mídia é relativista e permissiva.
IO
que conta não é o ser e sim o ter. Com isso, nossos filhos ficam completamente
desprotegidos diante das armadilhas deste mundo, por não terem ainda a noção do
certo e do errado, conforme destaca Salomão em Provérbios 7.6,7. Nessa
passagem, deparamo-nos com a triste figura do jovem simples e desprotegido
diante da sedução do mundo.
Algumas
questões precisam ser elucidadas nesse texto. A palavra “simples”, traduzida do
hebraico pethy, refere-se a uma pessoa tola e ingênua. O termo hebraico leb
traduzido por “coração”, “ser interior” ou “juízo”, é usado para descrever o
caráter moral do indivíduo. O que faltou ao jovem de Provérbios 7 foi exatamente
a noção de valores morais bem demarcados. O resultado não poderia ser outro:
ele caiu nas garras do pecado. Não permitamos, pois, que o mesmo ocorra com os
nossos filhos. Vamos instruí-los enquanto é tempo.
2. Ética do caráter, A ética coloca os valores
no lugar onde eles devem estar. A ideia, aqui, é educar a pessoa, tomando por
base os valores ensinados na Bíblia. O mais importante não são os sentimentos,
mas o comportamento. Não é a sensibilidade, mas o compromisso com a atitude
correta a se tomar. É exatamente isso que Salomão diz ter herdado do seu pai e
o mesmo objetiva transmitir ao seu “filho” (Pv 4.3,4).
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
O
caráter cristão é formado a partir de uma educação que toma por base os valores
ensinados na Bíblia.
III -
EDUCAÇÃO INTEGRAL
1. Desenvolvimento
mental. Provérbios
mostra o quanto é importante os mais jovens serem treinados para que tenham o
discernimento adequado para a vida. Por isso, Salomão mostra os frutos desse
treinamento: sabedoria, disciplina, sensatez, justiça, direito, retidão,
habilidade, prudência, conhecimento e reflexão.
Todo
esse aprendizado valia-se de uma técnica apurada de memorização, visando
preparar integralmente o jovem à vida. Por conseguinte, inclinemos o coração ao
entendimento (Pv 2.2). Atemos a benignidade ao pescoço, escrevemo-la na tábua
do coração (Pv 3.3) e guardemos a instrução no lugar mais íntimo do ser (Pv
4.21).
2. Desenvolvimento
moral.
A preocupação do sábio com o desenvolvimento moral e espiritual do aprendiz é
claramente demonstrada em sua insistência em educá-lo, tomando por base
ajustiça, o direito e a retidão, isso pode ser visto, quando Salomão destaca a
prática da justiça (Pv 22.22,23), os bons princípios (Pv 22.28; 23.10,1 1), a
instrução e a disciplina (Pv 23.13; 14.22-25), a prudência nas relações sociais
(Pv 23.6-8) e o exercício da misericórdia (Pv 24.1 1,12).
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
A
educação cristã do jovem crente deve ser pensada numa perspectiva integral.
Isto é, desenvolvendo a vida moral e espiritual.
CONCLUSÃO
Num
momento em que os modelos educacionais experimentam uma grave crise de valores,
é urgente estudarmos o livro de Provérbios, a fim de extrairmos preciosas
lições à educação dos nossos jovens, adolescentes e crianças.
Não
podemos consentir que a cultura deste século inocule, em nossos filhos, o
veneno de um ensino permissivo e contrário aos valores da Bíblia Sagrada.
Preservemos o que os nossos pais na fé construíram e, com muito sacrifício,
deixaram-nos como legado espiritual e moral.
VOCABULÁRIO
Elucidativo: Que elucida;
explicativo.
Atroam: Ato ou efeito de
atroar; barulham, estrondam.
Inocule: Introduza, insira ou
entre.
QUAL A FUNÇÃO DOS PAIS?
AMAR. Todas as ações dos
pais para com os filhos têm como base o amor. Mas amar não significa abonar os
atos errados dos filhos. O maior ato de amor dos pais para com os filhos é
corrigir quando efes estiverem errados; adverti-los quando forem repreensíveis.
Amar não significa fechar os olhos para o erro; mas com mansidão corrigi-lo.
EDUCAR. Os pais não criam os
filhos para si. Eles os educam para o mundo. É na prática da vida que os filhos
provarão se os pais foram ou não competentes na sublime missão de educá-los.
PROTEGER. Além de amar e educar, os pais devem ser
verdadeiros protetores dos seus filhos. Por eles lutam, sacrificam-se e buscam
o meíhor para as suas vidas. Mas proteger os filhos não significa fazer a
vontade deles. Quando os pais são honestos e sinceros com os filhos, eles os
protegem para a vida.
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO
I
Subsídio
Teológico
“A
Disciplina dos Pais
Os
pais, na educação de seus filhos, devem considerar: 1. O benefício da correção
apropriada. Não somente os pais devem dizer aos seus filhos o que é bom e mau,
como I devem repreendê-los, e corrigi-los e puni-los também, se necessário for,
quando negligenciarem aquilo que é bom ou fizerem o que é mau. Se uma
repreensão servir, sem a vara, muito bem, mas a vara não deve ser usada nunca
sem uma repreensão racional e séria; e então, embora possa haver um desconforto
momentâneo para o pai e também para o filho, ainda assim dará ao filho sabedoria.
Vexatio dat intellectum -Os tormentos aguçam o intelecto, j
O
filho receberá a advertência, e desta maneira, obterá sabedoria. 2.
O
erro da indulgência indevida: um filho que não é reprimido nem repreendido, mas
é deixado à própria sorte, como Adonias, para seguir as suas próprias
inclinações, pode fazer o que desejar, mas, se decidir enveredar por maus
caminhos, ninguém o impedirá; é praticamente garantido que seja uma desgraça
para a sua família, e traga a sua mãe, que o mimou e lhe permitiu a sua
devassidão, à vergonha, à pobreza, à reprovação, e talvez ele mesmo a maltrate
e insulte” (HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1 .ed. Rio de Janeiro:
^CPAD, 2010, pp-874-75).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
II
Subsídio
Vida Cristã
“Os
Pais Relacionais
Pais
relacionais cuidam o suficiente para disciplinar os filhos. Esses pais entendem
a verdade disciplinar vital de que as regras sem o relacionamento produzem
rebelião. O amor verbalmente expresso sem dar tempo leva à raiva. Muitos filhos
são rebeldes e raivosos porque são criados por pais que não são relacionais.
Anteriormente,
consideramos pais que são autocráticos. Os pais relacionais têm autoridade sem
ser autocráticos. Lies têm o equilíbrio de ser exigentes e sensíveis. A
pesquisadora da Universidade da Califórnia Diane Baumrind descobriu que esses
pais utilizam métodos disciplinares que em primeiro lugar dão apoio, em vez de
meramente punir. Os pais relacionais que têm autoridade exercem o controle
sobre seus filhos, mas pelo fato de os entenderem, eles crescem em
flexibilidade. Eles colocam limites, mas promovem a independência. Os limites
definem o ‘campo de jogo, a ‘arena de atividade’, em vez de serem cercas que
aprisionam. Os pais relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os
motivos por que as exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o
diálogo, para que o filho seja capaz de expressar a sua opinião.
A
pessoa desenvolvida por pais assim sabe como fazer parte de um time. O filho
desenvolve a confiança em si mesmo e cresce em responsabilidade. Em vez de ser
agitado e de desenvolver quando adulto sempre uma busca por ‘pastos
verdejantes’, seja no casamento ou no trabalho, as pessoas criadas por pais
relacionais com autoridade tendem a ser pessoas satisfeitas.
Há
uma grande quantidade de pesquisas e bibliotecas de livros do tipo ‘como dizer’
sobre criar filhos. Mas se quisermos nos tornar pais que se relacionam bem com
os nossos filhos corretamente, exercer a autoridade, mas sem tirania, e
disciplinar de maneira eficiente, então precisaremos de sabedoria, inspiração e
amor sobrenaturais. O nosso relacionamento com Deus determinará a qualidade do
nosso relacionamento com nossos filhos” (YOUNC, ED. Os 10 mandamentos da Criação dos Filhos: O que Fazer e o que não Fazer
para Criar Ótimos Filhos. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp.l 22-23).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HENRY,
Matthew. Comentário Bíblico Antigo
Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
WRIGHT,
Dr. H. Norman. Tornando -se Grandes Pais:
12 Segredos para criar filhos responsáveis.
1
.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. TAYLOR, Kenneth N. Estudos Devocionais para Crianças. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2008.
EXERCÍCIOS
1.
Quais os principais limites que os pais devem estabelecer às crianças?
R:
Os valores morais e espirituais.
2.
Explique as referências negativas na educação da criança para "o pai
ausente” e a “mãe superprotetora”.
R:
O “pai ausente” é omisso na educação dos filhos. Sem diálogo, usa métodos
agressivos para impor-lhe a sua autoridade. A “mãe superprotetora”, temendo
produzir algum trauma na formação da criança, acaba por não corrigi-la.
3.
Com base em que devemos educar as nossas crianças?
R:
Nos valores ensinados pela Bíblia.
4.
O que o livro de Provérbios destaca como importante para o ensino aos jovens?
R:
Que eles sejam treinados para terem o discernimento adequado para a vida.
5.
Você tem se preocupado com a educação dos seus filhos?
R
Resposta pessoal.
Revista
Ensinador Cristão CPAD, n° 56, p.39.
O Exemplo Pessoal na
Educação dos Filhos
Deus
confiou aos pais a sublime tarefa de educar (Dt 6.1-9). Todavia, na chamada
"Modernidade", muitos pais estão terceirizando a educação dos seus
filhos. Basta olhar a nossa sociedade para ver e sentir os resultados nefastos
desta falta de compromisso com a educação das nossas crianças. Muitos se
preocupam apenas com a provisão, o sustento da família. Isso é louvável, mas a
função os pais vai além da providência. Vivemos em uma sociedade permissiva e
hedonista, que está experimentando uma grave crise de valores. Os pais devem
fazer um estudo sistemático do livro de Provérbios, pois neste livro podemos
encontrar lições preciosas que vão nos ajudar na educação de nossas crianças e
jovens.
No
livro de Provérbios, em especial no capítulo 4, podemos ver o cuidado, a
preocupação com a educação. Educar é cuidar, instruir. Educação é vida. No
Livro de Provérbios encontramos vários textos os quais nos ensinam que a
sabedoria não é inata, mas é algo a ser construído e transmitido pelos pais.
Cabe aos pais testemunharem aos filhos os feitos do Senhor (SI 78.5). A
história era passada de pai para filho. Qual era o propósito do ensino? Que as
gerações futuras pudessem conhecer o Senhor mediante seus feitos e não se
tornassem rebeldes, mas obedientes. O objetivo era ensinar às gerações futuras
a fim de que não cometessem os erros dos seus descendentes no passado (SI
78.8).
Nossos
filhos estão inseridos em uma sociedade onde faltam valores morais e éticos. Nas
escolas eles vão estar em contato com filosofias ateístas e mundanas,
contrárias e nocivas à fé cristã. Por isso, mas do que nunca, os pais devem
estar atentos ao que seus filhos ouvem, veem e praticam. Não podemos
negligenciar a educação de nossas crianças e jovens.
Já
às portas de entrar na Terra Prometida, Deus, por intermédio de Moisés, instrui
as famílias quanto à educação dos filhos. Se os israelitas quisessem uma vida
feliz e próspera, não poderiam descuidar da educação de suas crianças (Dt 6.3).
Em Deuteronômio 6.7 diz "e as intimarás a teus filhos e delas falarás
assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e
levantando-te". Fica claro que o ensino deveria ser através do exemplo. Os
filhos deveriam ver e conhecer a Deus por intermédio das atitudes dos pais é o
que chamamos de "aprendizagem pelo exemplo". O discurso dos pais deve
ser coerente com as suas ações, pois eles pais são exemplo. Não adiante ensinar
algo e fazer o contrário. Nossas palavras e ações têm o poder de influenciar as
pessoas para o bem ou para o mal.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PAIS E FILHOS
Cl 3.21 “Vós, pais,
não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.”
É obrigação solene
dos pais (gr. pateres) dar aos filhos a instrução e a disciplina condizente com
a formação cristã. Os pais devem ser exemplos de vida e conduta cristãs, e se
importar mais com a salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão,
trabalho na igreja ou posição social (cf. Sl 127.3).
(1) Segundo a palavra
de Paulo em Ef 6.4 e Cl 3.21, bem como as instruções de Deus em muitos trechos
do AT (ver Gn 18.19 nota; Dt 6.7 nota; Sl 78.5 nota; Pv 4.1-4 nota; 6.20 nota),
é responsabilidade dos pais dar aos filhos criação que os prepare para uma vida
do agrado do Senhor.
É a família, e não a
igreja ou a Escola Dominical, que tem a principal responsabilidade do ensino bíblico
e espiritual dos filhos. A igreja e a Escola Dominical apenas ajudam os pais no
ensino dos filhos.
(2) A essência da
educação cristã dos filhos consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos
filhos, a fim de levar o coração dos filhos ao coração do Salvador (ver Lc 1.17
nota).
(3) Na criação dos
filhos, os pais não devem ter favoritismo; devem ajudar, como também corrigir e
castigar somente faltas intencionais, e dedicar sua vida aos filhos, com amor
compassivo, bondade, humildade, mansidão e paciência (3.12-14, 21).
(4) Seguem-se quinze
passos que os pais devem dar para levar os filhos a uma vida devotada a Cristo:
(a) Dediquem seus
filhos a Deus no começo da vida deles (1Sm 1.28; Lc 2.22).
(b) Ensinem seus
filhos a temer o Senhor e desviar-se do mal, a amar a justiça e a odiar a iniquidade.
Incutam neles a
consciência da atitude de Deus para com o pecado e do seu julgamento contra ele
(ver Hb 1.9 nota).
(c) Ensinem seus
filhos a obedecer aos pais, mediante a disciplina bíblica com amor (Dt 8.5; Pv 3.11,12;
13.24; 23.13,14; 29.15, 17; Hb 12.7).
(d) Protejam seus
filhos da influência pecaminosa, sabendo que Satanás procurará destruí-los espiritualmente
mediante a atração ao mundo ou através de companheiros imorais (Pv 13.20; 28.7;
2.15-17).
(e) Façam saber a seus
filhos que Deus está sempre observando e avaliando aquilo que fazem, pensam e
dizem (Sl 139.1-12).
(f) Levem seus filhos
bem cedo na vida à fé pessoal em Cristo, ao arrependimento e ao batismo em água
(Mt 19.14).
(g) Habituem seus
filhos numa igreja espiritual, onde se fala a Palavra de Deus, se mantém os padrões
de retidão e o Espírito Santo se manifesta. Ensinem seus filhos a observar o
princípio:
“Companheiro sou de
todos os que te temem” (Sl 119.63; ver At 12.5 nota).
(h) Motivem seus
filhos a permanecerem separados do mundo, a testemunhar e trabalhar para Deus (2Co
6.14—7.1; Tg 4.4). Ensinem-lhes que são forasteiros e peregrinos neste mundo
(Hb 11.13-16), que seu verdadeiro lar e cidadania estão no céu com Cristo (Fp
3.20; Cl 3.1-3).
(i) Instruam-nos sobre
a importância do batismo no Espírito Santo (At 1.4,5, 8; 2.4, 39).
(j) Ensinem a seus
filhos que Deus os ama e tem um propósito específico para suas vidas (Lc 1.13-17;
Rm 8.29,30; 1Pe 1.3-9).
(l) Instruam seus
filhos diariamente nas Sagradas Escrituras, na conversação e no culto doméstico
(Dt 4.9; 6.5, 7; 1Tm 4.6; 2Tm 3.15).
(m) Mediante o
exemplo e conselhos, encorajem seus filhos a uma vida de oração (At 6.4; Rm 12.12;
Ef 6.18; Tg 5.16).
(n) Previnam seus
filhos sobre suportar perseguições por amor à justiça (Mt 5.10-12). Eles devem saber
que “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”
(2Tm 3.12).
(o) Levem seus filhos
diante de Deus em intercessão constante e fervorosa (Ef 6.18; Tg 5.16-18; ver Jo
17.1, nota sobre a oração de Jesus por seus discípulos, como modelo da oração
dos pais por seus filhos).
(p) Tenham tanto amor
e desvelo pelos filhos, que estejam dispostos a consumir suas vidas como sacrifício
ao Senhor, para que se aprofundem na fé e se cumpra nas suas vidas a vontade do
Senhor (ver Fp 2.17 nota).
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e
Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
APROFUNDE-SE
Instruir a criança
Sem dúvidas, Provérbio 22.6 é um dos
versículos deste livro citado com mais frequência. Há três questões que ainda
suscitam debates em sua interpretação: (1) o significado do verbo instruir, (2)
a intenção da expressão no caminho em que deve andar e (3) o sentido do verbo
não se desviará, na segunda metade do versículo.
Em primeiro lugar, a palavra instruir (hb.
hanak) é um termo ligado ao nome do familiar festival de Chanucá, que vem da
palavra hebraica para dedicação. A palavra hanakestá ligada a uma separação
para uso especial, uma dedicação da criança ao Senhor ou ao caminho de Deus em
sua vida. Inclui o estímulo a respostas adequadas (talvez até mesmo no ato de
criar o gosto por algo) e da orientação (inicial) para o caminho correto. Esta
é a principal tarefa reservada aos pais: receber os filhos como uma incumbência
do Senhor, que devem, posteriormente, ser encaminhados ao caminho de Deus.
Desta forma, o versículo apresenta o princípio educacional da prontidão, como
Paulo faz em 1 Coríntios 3.1-3 (Hb 5.12).
Em segundo lugar, alguns professores bíblicos
alegam que a expressão no caminho, neste provérbio, refere-se ao caminho natural
da criança, seu dom e seus interesses. A expressão em que deve andar é
reformulada por estes professores como deixá-lo seguir sua inclinação natural.
Há muito valor neste bom conselho aos pais segundo o senso comum, mas em
matéria de exegese não é muito convincente. A expressão no caminho, nos
provérbios, refere-se à moralidade correta aos olhos de Yahweh (Pv 15.10). Sem
definição prévia, a pessoa dificilmente diria que a expressão no caminhou
refere a seguir a inclinação natural da criança. o caminho, nos Provérbios, é o
caminho de Deus. Provavelmente, o caminho recomendado à criança é o caminho de
Deus e Sua Palavra.
Outra interpretação é sugerir que o caminho
da criança é sua inclinação natural à devassidão. Poderíamos reformular assim: “deixe
a criança seguir seu caminho natural, e quando ela tiver envelhecido, estará
confirmado o seu desregramento". Por esta leitura, o tom do versículo é um
tanto negativo. Esta abordagem pode ser justificada baseando-se em o caminho,
mas não se o leitor prestar atenção ao verbo hanak [instruir].
Em terceiro e mais importante lugar, a força
da expressão não se desviará é posta em questão. Muita gente lê Provérbios sem muita
noção do género que está lendo. Assim, torna o sentido deste versículo
absoluto, apresentando-o como uma espécie de promessa saída da boca de Deus. A
ideia é parafraseada assim: “Quando o pai ou a mãe fez seu trabalho direito,
Deus fica obrigado, por meio de Sua promessa, a poupar o filho deste pai ou mãe
por toda a eternidade”.
0 problema, claro, é que não se faz esta
garantia nas Escrituras — nem neste versículo, nem em nenhum outro. Estes
versículos são princípios, e não promessas. Um pai temente a Deus não tem
garantia divina de filhos cristãos. Cada geração é responsável por sua relação
com Deus. Em suma: este versículo é um provérbio; e não uma promessa. O verbo
deste versículo é imperfeito (no sentido atual). Esta forma verbal significa
que a cada momento a pessoa tem de observar o andamento do processo e ter
consciência dele.
O objetivo de Provérbio 22.6, portanto, é
apresentar o cuidado dos pais na criação de filhos como um equilíbrio divino.
Os pais fazem sua parte, e Deus faz a Sua. Não há mágica; não há garantia. Mas
há pelo menos um senso de participação, de excitação e de realização.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 980.
O QUE É EDUCAÇÃO DOS
FILHOS. Provérbios 4:23; 20:11
Educação de almas
quer dizer semear e ajudar a implantação de princípios verdadeiros no coração
dos filhos. A responsabilidade dos pais é de treinar e desenvolver estas
verdades continuamente até que sejam enraizadas no coração do filho ao ponto
que sejam visíveis no comportamento e o raciocínio das ações dos filhos.
Entrando no assunto
de educação de filhos devemos entender o que basicamente ela é. Educação de
filhos é educação de almas. O coração da criança é o alvo de educação. Se o
coração de uma criança é treinado, as ações da vida de um adulto serão influenciadas
Pelas ações de uma pessoa se conhece seu coração (Prov. 20:11). Por essa
importância dada ao coração de uma pessoa a educação de filhos deve indicar o
treinamento do coração (Prov. 4:23). Uma observação deve ser dada nesta altura.
Quando uma criança faz algo que não é aceitável pelos pais a tendência é
desculpar tal ação pelo ditado, ‘é coisa de criança’, ou ‘é coisa de jovem’.
Uma atitude dessa é nada menos de uma fuga de responsabilidade que os pais têm
em corrigir as ações dos seus filhos. Também tal ditado reflete uma falta de
crença na própria Bíblia que diz que pelas ações da criança se conhece a
criança. A verdade é: as ações tolas vem de uma criança tola. O que é
necessário neste caso é uma correção e não uma desculpa (Prov. 22:15). Tolice deve
ser cortado em crianças de qualquer idade. O que a criança faz indica o que ela
é de coração. Educação adequada transformará tal coração em prudência, auto
controle e sabedoria (Prov. 29:15). O que é necessário é educação, não uma
desculpa. Seria bom aqui já abordar o assunto do que a educação dos filhos não
é. Educando os filhos não é só o que os pais investem no filho. É muito além de
um ambiente de bem estar no lar. O desenvolvimento no lar de um lado positivo e
construtivo para o filho é importante mas não é a soma do assunto de educação
de filhos. Os pais fornecendo roupa de bom gosto, comida deliciosa, habitação
adequada, escolaridade avançada, proteção adequada e posição social não deve
ser igualada à totalidade na educação de filhos. Todas essa áreas de uma vida
podem ser cultivadas e bem estabelecidas sem ter dado uma educação propícia ao
filho. A alma do filho deve ser treinada. Ela não é neutra. Ou ela tem Deus
como o alvo de agradar ou ela tem o que não é de Deus como o alvo de agradar e
imitar. Não existe outras opções. “Do coração procedem os maus pensamento,
mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”
(Mat. 15:19). Mesmo que o atitude que um filho eventualmente terá de Deus
depende de uma decisão final do filho, os pais treinando o filho de um ponto de
vista de temor a Deus e obediência em amor da palavra de Deus produzirá no
filho os fatos necessários para ele fazer a sua própria decisão um dia. Mas até
aquele dia, os pais têm uma responsabilidade de educar a alma do filho no
caminho em que deve andar (Prov. 22:6). Quando um pai e uma mãe entendem que as
ações do filho refletem o estado do coração do seu filho e não só imaturidade
ou fases de crescimento eles têm uma base boa para enfrentar todos os desafios
que vem junto o privilégio de ter o filho.
Gardner.
Calvin G,. O Que Diz a Bíblia Sobre a
Educação dos Filhos no Lar.
I - A
IMPORTÂNCIA DOS LIMITES
1. Satisfazendo
necessidades, não vontades.
A Importância de
Impor Limites
No meio desse caldo cultural,
uma pergunta que parece bastante pertinente é: como educar em meio a tudo isso?
Vimos nesse texto que o livro de Provérbios contém dezenas de princípios para a
condução do processo educativo tomando por base os valores éticos-morais. Vale
a pena destacar o que o psiquiatra e educador Içami Tiba escreveu sobre o
desafio de educar. Ele sublinhou: “Educar não é deixar a criança fazer só o que
quer (buscar saciedade). Isso dá mais trabalho do que simplesmente cuidar,
porque equivale a incutir na criança critérios de valor.
A criança é regida
pela vontade de brincar, de fazer. A cada movimento, está descobrindo coisas,
num processo natural de aprendizagem. Junto a isso entram os valores.
Construir uma casa é
muito mais difícil do que reformá-la. Reformar, no caso de um filho, seria o
mesmo que sempre dizer não’ para algo que ele já fez muitas vezes. Melhor
ensinar aos poucos.
Quando quer fazer
alguma coisa, a criança observa a reação dos pais; se ouve um ‘não’, insiste.
Quer testar se o que dizem é mesmo para valer — até incorporar a regra. Leva
algum tempo, mas ela aprende. Então aquele critério de valor passa a fazer
parte dela.
É interessante notar
como desde tenra idade a simples repressão já não funciona. E preciso
estabelecer uma diferença ao incentivar o comportamento certo. A simples
aprovação é uma recompensa para a criança, como o silêncio é uma permissão.”
Educar, portanto,
requer a imposição de limites, mas sem se valer de métodos castradores ou
violentos. O livro de Provérbios diz: “O que retém a vara aborrece a seu filho,
mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24).
Mais uma vez, o Dr.
Içami Tiba, que sem dúvida é um dos maiores especialistas na educação de jovens
e adultos, chama a atenção em seu excelente livro para o que denomina de “lágrimas
de crocodilo”. Observando o comportamento das crianças, ele destaca que:
“Há dois tipos de
choro: o que expressa dor e o que busca poder.
Se o filho descobrir
que pode usar o choro como fonte de poder, os pais estão perdidos. Nunca mais
saberão dizer se ele chora por dor ou por poder.
(...) Esse tipo de
choro (por poder) apela para o lado coitadinho’, inspira ternura. É o domínio
pela chantagem afetiva.
É difícil neutralizar
o uso do choro como arma. Pai e mãe têm de entender que um pouco de dor não matará
a criança, assim como um pouco de poder não matará os pais. Só há um jeito de
aprender a diferenciá-los: acertando e errando.
(...) Um erro
cometido pelos pais, desde que não seja baseado na violência, em surras, socos
e pontapés não traz problema nenhum. Atos como esses descarregam a raiva, mas
não têm força educativa, pois violência só gera violência”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 74-75.
Ensinar é também
exercitar regras como SIM E NÃO, estabelecer limites aos filhos.
Explicar sempre sobre
a responsabilidade de seus atos alguém sempre pedirá contas tanto para elogiar
como para reprovar e muitas vezes não seremos nós. Pode ser os mais velhos , a
sociedade e até a polícia.
Fazer acepção de
pessoas ser paternalista, fazer distinção injusta entre um e outro gera
seque-las incuráveis.
Procure conhecer seu
filho para ama-lo e educá-lo com sabedoria.
Abençoar sempre
nossos filhos, nunca deixar de confessar e crer que eles são bênçãos e heranças
(SALMOS 127/3. Nunca amaldiçoar, nunca ofender, nunca desrespeitar à eles,
tratá-los da forma que nós gostaríamos de ser tratados, eles serão como nós
somos, pois seguirão todos nossos bons e maus exemplos.
É importante
ressaltar, que nossa vida espiritual deve ser uma vida de frutos bons, um
constante crescimento através do aprendizado da palavra de DEUS, para que haja
transformação genuína, nossa família que é a igreja em casa deve estar
edificada em JESUS em seus ensinamentos, mas para isso é necessário que
coloquemos em prática tudo aquilo que aprendemos.
Autor
desconhecido.
ALERTA AOS PAIS.
A Delegacia de
Houston, Estado do Texas, nos Estados Unidos, elaborou as seguintes regras para
formar um filho delinquente. São um alerta aos pais.
1) Desde pequeno, dê
tudo o que o filho pedir. Desta forma, ele crescerá pensando que sempre terá
tudo o que quiser. (O certo é não dá tudo o que o filho pedir).
2) Quando ele disser
palavras imorais, ria com ele. Isto fará pensar que é engraçadinho e o
encorajará a aprender frases mais "engraçadinhas" ainda, que, mais
tarde, vão lhe deixar completamente sem jeito. (O certo é repreender o filho
quando disser palavras imorais, e não achar engraçado).
3) Nunca lhe dê
treinamento espiritual algum. Espere até que ele complete 21 anos, e deixe-o
decidir por si mesmo; (O certo é dar o ensino espiritual, desde cedo, como
manda a Bíblia).
4) Evite o uso da
palavra "errado". Pode desenvolver nele um complexo de culpa. Isto
condicionará seu filho a acreditar, mais tarde, quando for preso por roubar um
carro, que a sociedade está contra ele e que está sendo perseguido; (O certo:
se precisar deve-se mostrar o erro ao
filho).
5) Apanhe tudo o que
seu filho deixar espalhado: livros, sapatos e roupas. Faça tudo por ele e,
assim, ele se acostumará a jogar todas as responsabilidades em cima dos outros.
(O certo: não fazer tudo pelo filho; ensiná-lo a ter responsabilidade, cuidando
de suas coisas, desde criança).
6) Deixe-o ler tudo
que lhe caia nas mãos. Cuide sempre que as vasilhas, pratos, talheres e copos
sejam esterilizados, mas deixe que sua mente se alimente de lixo; (O certo:
examinar o que o filho ler, não permitindo literatura imoral no lar).
7) Brigue com sua
esposa (ou com seu marido) frequentemente na presença dos filhos; deste modo,
eles não ficarão chocados mais tarde, quando o lar se desfizer; (O certo:
jamais brigar com a esposa, muito menos em frente dos filhos).
8) Dê-lhe todo o
dinheiro que quiser. Não permita que ele trabalhe para ganhar dinheiro. Porque
ele teria que adquirir as coisas com as mesmas dificuldades que você? (O certo:
se puder, dar a mesada aos filhos, orientando-lhes para o valor do dinheiro,
sem gastar além do que recebe).
9) Satisfaça qualquer
desejo de comida, bebida e conforto que ele queira. Veja que todos os seus
desejos sensuais sejam gratificados. A inibição de desejo pode dar origem a uma
perniciosa frustração; (O certo: só satisfazer aquilo que é lícito e
conveniente para os filhos)
10) Tome partido dele
contra vizinhos, professores e policiais. Todos eles estão de prevenção contra
seu filho. (O certo: se ele errar, nunca ficar de seu lado; ajudá-lo a corrigir
as falhas, com amor e compreensão)
11) E, quando ele
estiver seriamente envolvido em dificuldades, desculpe-se a si mesmo, dizendo:
"Nunca consegui fazer nada com ele"; (Procurar ajudar nas
dificuldades, visando a correção e resolução dos problemas).
12) Prepara-se para
uma vida de tristezas e sofrimentos. Você está fazendo tudo para tê-la. (O
certo: usando a Palavra de Deus, preparar a família para uma vida de amor,
obediência e dedicação a Deus).
Fonte:
www.assembleiadedeus-rn.org.br/familia/port/index.htm
A Responsabilidade dos Pais
A. Filhos São Dádivas
de Deus
A vida humana para
Deus é sagrada. A vida humana é diferente da vida animal ou orgânica (Gên.
2:7). Por ser diferente Deus cobra do homem o seu tratamento para com seu
próximo (veja os exemplos de Caim - Gên. 4:8-12 e a Lei - Êx 21:12-16) uma
coisa que Deus não faz com as outras formas de vida que Ele criou. A vida
humana tem tratamento diferenciado pois é diferente. O homem foi feito na
imagem de Deus e Deus o deu o “fôlego de vida” (Gên. 1:26,27; 2:7), uma alma.
Pelos pais Deus dá
vida humana. A parte genética de certo vem dos pais, mas Deus tem dada a
essência da vida, a alma (Gên. 2:7; Jó 33:4; Sal 127:3). Mesmo que os pais não
planejaram ter um filho ou outro, a consequência dos fatos é que têm filhos e
estes são criações e dádivas de Deus.
Deus faz tudo com
propósito. As vezes Ele revela este propósito a nós, outras vezes não (Deut
29:29). Se Deus os deu filhos, e se Deus os fez, Ele os tem dado e os tem feito
com propósitos específicos, pois Ele opera tudo “segundo o conselho da sua
vontade” (Efés 1:11).
O fato que os filhos
são dádivas de Deus aos pais indica responsabilidade dos pais para com Deus
pelos filhos recebidos. A vida dos filhos que Deus tem dado aos pais como uma
herança implica responsabilidade, pois a vida a Deus é sagrada. Abençoado o lar
que tem pais que temem a Deus e toma como algo de grande importância a
responsabilidade de treinar os filhos na maneira de agradar Deus. Abençoado
também os filhos que vivem como se tenham responsabilidade para com Deus de
viver como uma dádiva de Deus aos pais. 1. A Verdade da Responsabilidade Deut 6:6-9;
Provérbios 22:6; Efés 6:4 Há ordem no que Deus faz. Examinando mundo animal, o
corpo celeste, o corpo humano, as leis de Deus e as ações de Deus para com seu
povo (Arca de Noé, Tabernáculo, Igreja) se vê que há gloriosa ordem em tudo que
Deus tem feito. A família não é nada diferente. Há uma hierarquia de comando no
lar que garante paz e ordem no lar (I Cor 11:3; Efés 6:1-4). Os pais, depois de
Deus, são os que tenham a primeira responsabilidade no lar (Deut 6:6-9; Efés
6:4). Para entender que Deus cobra dos pais as ações dos filhos vede o exemplo
de Eli (I Samuel 2:27-29; 3:13). Só por terem a responsabilidade não quer dizer
que todos os pais sentem capazes de educar os filhos. Muitos pais já sentem
fracassados mesmo antes de começar, e outros sentem o mesmo depois de começar.
Parece que tanto mais tempo exercitados como pais menos que sente capaz. Talvez
por não terem exemplos adequados ou por sentirem ignorante da maneira certa
muitos já pensem que tem falta de capacidade. Independente dos sentimentos dos
pais, a sua experiência boa ou má ou até a falta dela, o mandamento dos pais
para com os seus filhos é o mesmo. Deus mandou, então há responsabilidade. A
posição dos pais é uma posição que Deus tem dado. Lembra-se que os filhos vem
dEle. 2. Pais Devem Ser Honrados Êx 20:12; Deut 21:18-21; 27:17; Efés 6:2 Deus
quer receber glória em tudo que Ele faz (Jer 9:23,24; Mar 12:30; Apoc 5:13).
Pais têm responsabilidade no lar, e também os filhos. Aquela posição que Deus
tem dado aos pais deve receber a honra dos filhos. Os pais têm a
responsabilidade de glorificar Deus pela instrução dado aos filhos. Os filhos
têm responsabilidade de glorificar Deus pela honra que dão aos pais. Todos no
lar têm responsabilidade de glorificar Deus (Efés 6:1-4). Mesmo que os pais não
sentem dignos de terem a honra dos filhos, Deus mande que os filhos honram os
pais do mesmo jeito. Deus tem dado esta posição aos pais e os pais devem
cumprir o melhor possível as responsabilidades da posição. Se os pais não vivem
dignamente de receberem honra, Deus cuidará deles. Os filhos não precisam
julgar os pais dignos antes que dão honra aos pais. Os filhos devem dar honra
aos pais pois é mandamento de Deus que eles a dão. Os filhos que não dão honra
aos pais, Deus também os cuidarão (Provérbios 30:17). É um favor aos filhos no
desempenhos das suas responsabilidades de honrarem os pais se os pais ensinem
os filhos de honrar eles como pais. Os pais nunca devem permitir que os filhos
desrespeitem a posição que Deus tem os dado (Mat. 15:4-6). Também facilita as
coisas se os pais vivem dignamente de receberem tal honra. Para ver o grau de
erro que os filhos que não respeitarem os pais cometem, devem considerar estas
listas de pecados grossos e verão que o pecado de desobedecer os pais esteja
bem no meio: Rom 1:28-32; II Tim 3:1-5. Pela exanimação destes referencias, não
fica consciente que os pais devem ser honrados?
B. Pais Têm
Autoridade
Se Deus fez tudo
segundo seu propósito, pode crer que Ele tem planos para desenrolar tal
propósito. Ele nos revelou pela Bíblia os planos quais são importantes para nós
sabermos. A verdade que autoridade existe no mundo não deve restar nenhuma
dúvida qualquer. Agora queremos estudar para saber o que é autoridade, ver um
exemplo convincente de autoridade em ação e entender os princípios de
autoridade. 1. O Que é Autoridade Autoridade definido é o direito ou poder de
se fazer obedecer, de dar ordens, de tomar decisões, de agir, etc. (Dicionário
Aurélio, 1a edição). Mesmo que há muitos que não usem corretamente a
autoridade que Deus tem estipulado para que os outros usassem, o princípio de
autoridade não muda. Há um que tem domínio, e os outros precisam de o obedecer.
Se for de outra maneira, autoridade seria inexistente. O exemplo supremo de
autoridade é Deus. Deus é a primeira e a última autoridade (Sal 47:2; 83:18).
Só Deus é o “SENHOR, Altíssimo”. Deus pode ser considerado a autoridade suprema
porque: a) Por Ele ser o criador de tudo já é suficiente razão para Ele ter
autoridade sobre tudo (Rom 11:36; Apoc 4:11: 5:13). b) Por Deus ser o
onipotente e sobre tudo no céu e na terra mostra que tudo e todos devem
obedecer a Sua autoridade (Dan 4:34,35). c) Por Deus ser amor e o ser perfeito
mostra que só Ele deve ter todo o respeito de autoridade (I João 4:8; Rom 2:4;
Sal 145:3,17).
d) Por exercitar
perfeitamente e com justiça tal autoridade. De Deus veio a lei e é “Deus que há
de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom,
quer seja mau.” (Ecl. 12:14; Apoc 20:7-15).
Os pais e os filhos
podem aprender muito pela consideração íntima da autoridade de Deus e como Ele
exercita Sua autoridade em todas as situações.
Deus sendo a
autoridade suprema Ele tem delegado autoridade entre vários no mundo como
aquilo que agradou Ele. As autoridades que Ele estipulou no mundo (Rom 13;1,2),
inclusive no lar (I Cor 11:3; Efés 6:1-4), devem ser vistas como uma extensão
da Sua autoridade. Isso, “porque não há potestade que não venha de Deus; e as
potestades que há foram ordenadas por Deus.. Por isso quem resiste à potestade
resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a
condenarão.” (Rom 13:1,2,7). Os princípios de autoridade são os caraterísticos
ou a natureza dela. Devemos qualificar qualquer autoridade pelos estes
princípios: a) Deus é a autoridade suprema (Êx 8:10; 9:14; Rom 11:36). b) As
instituições estabelecidas por Deus, bem como governo, casamento, família e
igreja foram instituídas para o desempenho ordenado dos propósitos de Deus (Rom
13:1; Efés 1:11; I Cor 14:40). c) Aquele que tem uma posição de autoridade em
qualquer instituição que Deus tem estabelecida só pode exercitar o seu domínio
entre os limites daquela instituição. Por exemplo: um governo entre os limites
do seu país; um pai entre os limites da sua família, etc. (Efés 6:1, “vossos
pais”; 5:24, “seus maridos”). d) Cada pessoa tem uma autoridade sobre Ele, pois
Deus é sobre todos (Jó 34:12,13; Rom 11:36; I Cor 11:3). e) Autoridade tem
limites. O governador tem autoridade entre os seus governados mas não entre os
governados por outros governos (a menos que no evento de auto defesa). O pai
tem autoridade no seu lar mas ele também tem limites. Por exemplo, o pai não
tem autoridade de pedir seu filho roubar nem controlar os filhos dos outros, a
não ser que é para proteger a sua própria família (Efés 6:1,4). Há ordem no que
Deus tem estabelecido e a capacidade de controlar tudo resta com Deus. Nenhum
homem por mais bom que seja ou por mais poderoso que seja pode controlar tão
justa e bem quanto Deus. Só Deus é onisciente, onipresente e onipotente (Êx
8:10; 9:14).
2. A Autoridade dos Pais
Agora queremos
entender como as verdades de autoridade aprendidas já podem ser aplicadas no
lar. É uma coisa saber o certo, é outra coisa fazer o certo. Não é abençoado o
homem que só olha no espelho, mas aquele que olha e não esquece os defeitos que
viu (Tiago 1:23). Só pelo fazer o que se ouve da Palavra é de edificar algo
firme, bem estabelecido e duradouro (Mat. 7:24-27).
A primeira verdade
que queremos entender neste aspecto é que os filhos têm uma obrigação obedecer
os pais. Essa ação de obedecer não é opção dos pais e nem dos filhos (Efés 6:1;
Col. 3:20). A palavra obedecer no grego significa de dar ouvidos (como um
subordinado, Col. 3:22); ouvir atentivamente; com implicação de ouvir para fazer
o que for pedido, ou para conformar à autoridade (#5219, Strong’s). É de
obedecer como os ventos e o mar obedecem a palavra de Jesus (Mat. 8:27), os
espíritos imundos obedecem a autoridade de Jesus (Mar 1:27), como Abraão
obedeceu Deus (Heb 11:8) e como Sara obedeceu Abraão (I Ped 3:6). O pecador
obedeça a chamada de Deus pela palavra nesta maneira (Heb 5:9). Negativamente,
os crentes não devem obedecer como um subordinado ou como um servo às
concupiscências da carne (Rom 6:12,16). O que os pais pedem para os filhos
fazerem, os filhos devem fazer. É isso o significado da palavra ‘obedecer’ na
relação filho - pai.
A palavra dos pais é
lei. Se é os filhos que devem obedecer aos pais então podemos entender que são
os pais que estabelecem os parâmetros no lar. Enquanto os filhos estão no lar,
obediência é necessária . De outra maneira, autoridade é inexistente. Os pais
têm a responsabilidade e a autoridade de Deus de até forçar a submissão dos
filhos fazer o que for pedido deles. Deus requer dos pais o controle dos filhos
(castigo por não controlar os filhos mesmo sendo moços - I Sam 3:13; rebeldia
como resultado de não controlar os filhos - I Reis 1:6; a instrução de
controlar os filhos - Prov. 23:13, 14). Isso não quer dizer que os pais não
podem errar nem que o pais podem ultrapassar os limites da sua autoridade. Os
princípios de autoridade já estudados continuem em efeito neste relacionamento,
e em verdade, em todos os relacionamentos que tem autoridade envolvida. Se tem
autoridade, a natureza ou os caraterísticos dela fiquem em evidência. Em
conclusão entendemos que no lar são os pais que estabelecem os limites para os
filhos e que os filhos têm a obrigação de submeterem-se à essa autoridade. Por
isso, os pais não devem procurar ser o “amigão” ou “o irmão maior” dos filhos.
Devem ser os pais - a autoridade para ser obedecida, os líderes. Se os pais são
pais verdadeiros e dão liderança, quando os filhos são mais velhos, serão
amigos dos pais.
OBS. Nenhuma outra
instituição estabelecido por Deus tem a mesma autoridade sobre os filhos. Os
filhos devem honrar (decidir dar estimação) às outras autoridades, mas não
devem obedecer com a mesma submissão (ser obrigatório, mesmo sem gostar de dar)
tanto quanto aos seus pais. É certo que devemos sujeitar nos às autoridades
civis (Rom 13:1; Tito 3:1) mas uma outra palavra grega é usada para essa
subordinação (#5293, Strong’s). Essa outra palavra grega dá o entender que a
vontade é exercitada nesse caso. Uma ação da vontade é evidente sem ter a
absoluta obrigação de fazer algo. Essa palavra é usada para os mais jovens se
sujeitarem aos mais velhos (I Ped 5:5), as esposas aos maridos (Efés 5:22; Col.
3:18), todos os crentes um ao outro (I Ped 5:5), servos aos mestres (I Ped
2:18) a igreja a Cristo (Efés 5:24) , Cristo ao Pai (I Cor 15:28) e Cristo a
José e Maria (Luc 2:51). Nestes casos vejamos a ação da vontade dirigindo tais
ações. É uma obediência escolhida, desejada em amor com respeito à posição da
pessoa que está fazendo o pedido. Mas a palavra usado para aquele relacionamento
de pai - filho (#5219) é aquela com o significado que os filhos devem obedecer
mesmo que não querem. É uma obediência absoluta, mesmo sem o exercício da
vontade nem necessariamente por amor à pessoa que está fazendo o pedido. Então
é evidente que as outras instituições (governo, escola, igreja, etc.) têm uma
autoridade sobre os filhos e os filhos têm uma responsabilidade para com as
outras instituições de obedece-las mas não é aquela mesma responsabilidade de
obedecer que os filhos devem ter para com os pais nem é a mesma autoridade que
os pais exercitem sobre os filhos.
3. A Posição do Governo no Lar
Será que podemos
achar na Bíblia a indicação da pratica tão popular no mundo hoje que se os pais
errem no seu desempenho como pais, o governo tem o direito e responsabilidade
de tomar o lugar dos pais no lar? Estudando Mat. 15:4; Êx 21:15,17; Deut 27:16;
Prov. 30:17 podemos aprender que são os pais que o governo deve apoiar. A
posição de autoridade dos pais deve ser reforçada pelas ações do governo. O governo
deve restaurar a autoridade dos pais e não substitui-la. O governo deve ver que
os filhos obedecem os pais em vez de verificar que os pais cuidam bem dos
filhos. Se o governo quer ser Bíblico, que ele apoie os pais e ajude eles na
disciplina dos filhos. De outra maneira é interferência. 4. A Benção dos Filhos
que Obedecem os Pais Quando os pais obedecem a Palavra de Deus e sejam a
autoridade devida no lar respeitando os princípios de autoridade; e quando a
autoridade do lar for respeitada pelos filhos, há grande recompensa. Essa
recompensa será nas esferas pessoais, sociais, escolares e eclesiásticas. Como
é o lar, tal é o mundo. Se o berço de costumes, hábitos, caráter, crenças e
morais de cada ser humano for estabelecido com respeito à autoridade, então a
humanidade recolhera ordem e bênçãos divinas (Efés 6:2,3; Êx 20:12; Prov.
3:1,2). Quando os pais requerem que os filhos obedecem eles e quando os filhos
obedecem com respeito aos pais, Deus os abençoa grandemente. No mundo há grande
número de influências contrárias à boa formação de caráter e virtude nos
filhos. Também existe a destruição geral no mundo por causa de pecado. Da mesma
forma pode ter a amaldiçoar particular sobre a terra, um país, cidade ou família
por causa de pecado. Mas quando há obediência na parte dos filhos, e além
disso, na parte dos filhos para com os pais, uma proteção está armada sobre
tais filhos. Funciona como um guarda-chuva resguardando os que estão embaixo
dele dos elementos diversos da natureza. Deus proteja os filhos que obedecem os
pais desta maneira dando os favor especial (Jer 35:14-19), glória particular
(João 17:4; Fil. 2:8-11), bênçãos reservadas (Prov. 3:13-18) e oportunidades
exclusivas (Êx 20:12; Efés 6:1-3). Os dias longos pode referir ao fato que tais
filhos em geral não seriam atingidos com os desastres naturais para morrerem
cedo na vida. Também refere às oportunidades para se enriquecerem pois tanto
mais dias que tem, mais oportunidades para ter êxito nos negócios). Se os pais
forem obedientes a Deus, os filhos saberão o caminho que devem andar (Deus
6:6-9) e tais filhos, andando naqueles caminhos, terão grande recompensas.
Contrariamente, os filhos que não obedecem os pais terão nada menos que a
destruição normal do pecado e mais a maldição de Deus sobre eles (Deut
21:18-21; Prov. 20:20; 30:17). Por exemplo ver os casos de Caim (Gên. 4), Cão
(Gên. 9:20-27) e de Absolão (II Sam 18:9) e considerar as listas de pecados
abomináveis de Romanos 1:29-32 e II Timóteo 3:1-5.
C. A Importância de
Autoridade
A autoridade não é só
uma verdade e boa para ser aplicada no lar. Ela também tem influencias aonde é
que ela é exercitada com o equilíbrio Bíblico. 1. É Direito Devemos lembrar que
Deus tem dado a autoridade aos pais. Os pais não inventaram o sistema, é
divina. A posição de ser pai traz junto a responsabilidade de autoridade
divina. Os pais realmente são agentes de Deus desta responsabilidade divina no
lar. O lar é administrado pelos pais e devem influenciar tudo no lar. A musica,
filmes e atividades no lar é da responsabilidade dos pais. A cabeça do lar deve
tomar as decisões no lar. Os amigos com quem anda os filhos devem passar pela
aprovação dos pais. A influência da educação escolar deve também ter o aval dos
pais. Se a educação não for em conformidade dos princípios morais dos pais uma
mudança deve ser feito pois quem é responsável em primeiro lugar são os pais,
um direito divino. Os pais que não exercitam devidamente a sua posição de
responsabilidade como agentes de Deus no lar, não podem desculpar essa falta no
pastor, a igreja, a escola ou a sociedade. Deus deu os o direito de ensinar
autoridade no lar e são eles que precisam levar qualquer culpa pela falta da
pratica de serem os representantes de Deus no lar (I Sam 3:13). 2. É Liderança
A maneira que os pais cuidam da autoridade no lar dá um exemplo para os filhos
seguirem quando terão filhos. É fato que os filhos precisam de um exemplo;
alguém que eles podem respeitar e seguir. Se não for achado no lar será achado
fora do lar. A autoridade firme no lar exercitada pelos pais em amor supre esta
necessidade dos filhos em terem este exemplo e dá lhes um modelo oficial para
servir de padrão para as suas vidas. Ai dos pais que não dão um exemplo bíblico
para os seus filhos (Luc 17:1,2; Prov. 13:13). 3. É Influência A autoridade no
lar refletirá nos atitudes dos filhos sobre autoridade em qualquer lugar: no
governo (Rom 13:1-7), trabalho (Efés 6:5-9), lar (Efés 5:22-24; 6:1-4) na
escola e igreja (Efés 1:21-23). Se os filhos veem os pais como pessoas justas
no exercício da autoridade eles terão uma confiança que as que têm autoridade
em outros lugares também serão justas. Se os pais corrigem pelos erros, vão
crer que as autoridades na escola, governo, etc., também corrigirão pelos erros
cometidos. Os pais que veem a sua posição como dada por Deus e entendem que a
sua autoridade foi dada por Deus para ser usada para a glória de Deus apontarão
repetidas vezes à pessoa de Deus como a razão das suas ações. Isso acostumaria
os filhos à ideia do direito e autoridade divina sobre as suas vidas (Prov.
22:6). Contrariamente se os pais dão um exemplo de displicência na formação
deste atitude sobre autoridade, os filhos também terão a mesma falha nas suas
personalidades e vão esperar que os outros em posições de autoridade sejam tão
preguiçosos quanto a seus pais neste respeito. Seria interessante ver quantos
reis seguiram o exemplo dos pais nos livros de I e II Reis (por exemplo: I Reis
15:3, 11, 26). Os pais que não vivem a Palavra de Deus não têm muito de Deus
para passar para os filhos. Que os pais serão testemunhas, boas ou más, é
evidente (II Cor 3:3). 4. É Simbólica A autoridade, sendo designada por Deus,
como todas as obras de Deus também mostra os aspectos do Divino na sua
autoridade, proteção, amor, sabedoria, justiça e firmeza (Rom 11:33-36). Quando
a autoridade é mostrada fielmente no lar os filhos podem até adaptar bem à
aceitação da posição da autoridade de Deus como Salvador nas suas vidas
eventualmente. A autoridade bem exercitada com prudência e justiça levará para
a glória de Deus pois autoridade é obra de Deus e mostrará a sua glória tanto
quanto qualquer outra parte da sua obra (Sal 19:1-3; Apoc 4:11).
Gardner.
Calvin G,. O Que Diz a Bíblia Sobre a
Educação dos Filhos no Lar.
Pv 29.15 A vara e a
disciplina dão sabedoria. As escolas de sabedoria recomendavam punição física
para as crianças. Ver as notas sobre isso em Pro. 13.24 e 22.15, que oferecem
detalhes e ilustrações. Se um pai sábio quisesse ter um filho sábio, não
poderia deixar de lado a disciplina. A lei era o manual da sabedoria, o que
mostra que o ensino da lei era algo necessário para lograr o sucesso na vida.
Diz aqui o hebraico, literalmente, “a vara e a correção”. Talvez isso aponte
para a vara e outros meios de correção, incluindo a repreensão verbal. Ou então
devemos pensar em: “a vara é o instrumento da correção”.
Antítese. Um filho
indisciplinado envergonharia sua mãe, a pessoa mais envolvida na educação de
uma criança, em seus primeiros anos de vida. A criança era deixada aos seus
próprios cuidados, ou seja, era-lhe permitido fazer o que bem entendesse, sem
restrição. Portanto, ela fazia o que bem queria e se desviava da vereda certa,
misturando-se a toda a espécie de vícios. Quanto a envergonhar a própria mãe,
cf. Pro. 19.26 e 28.7. O hebraico literal aqui é muito vívido: A criança foi
“enviada embora”, foi expulsa, por assim dizer, da casa e da disciplina que
deveriam ter sido providenciadas.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2682.
A vara e a disciplina
dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar sua mãe (v.
15). A lição deveria aplicar-se a Absalão e a Roboão mesmo. Absalão era um
rapaz mimado, que seu pai jamais contrariou e fez o que fez (I Reis 1:6).
Muitos filhos são bem disciplinados e se perdem, mas a verdade é que a muitos
faltou a vara. Quantas escrituras nos falam dessa verdade! Seria bom os pais
aprenderem na sua Bíblia como criar os filhos com amor e vara. O verso 16 está
conforme o nosso dia e a nossa história. Quando os perversos se multiplicam,
multiplicam-se as transgressões (v. 16). A anarquia do mundo deve a sua
situação à multiplicação dos perversos, subversivos e criminosos comuns ou
políticos. Uma verdadeira
amostra de que os
tempos estão chegando ao fim da nossa era. Não há paz nem harmonia. A
diplomacia falhou, o entendimento entre os povos já se tornou quimera. O verso
17 deve ser estudado conjuntamente com o 1 5, dando-nos a medida das
preocupações dos redatores de Provérbios, quanto à educação dos filhos. Corrige
o teu filho, o te dará descanso... (v. 17). É uma admirável promessa, que mesmo
Salomão e seu pai Davi não souberam praticar. Um cavalo não se amansa sem
trabalho; um menino não se educa sem esforço.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
2. Presença versus
Agressão.
Conforme a sociedade
moderna vem descobrindo a cada dia, não há substituto para um lar sólido e
estável. Com pais ausentes, negligentes ou abusivos, os filhos provavelmente
não aprendem a lidar com o mundo de forma saudável. Por este motivo, Provérbios
ressalta a responsabilidade dos pais em instruir as crianças e ensina-lhes a
sabedoria (Pv 4.3,4). Por terem acumulado idade, dificuldades e sofrimentos, os
pais são capazes de oferecer experiência e ideias que vão ajudar a próxima
geração a manter-se na trilha certa.
A intenção de Deus é
de que pai e mãe participem da educação dos filhos. Os pais devem assumir a
liderança como guias e orientadores, e as mães devem proporcionar princípios
dominantes com base na Palavra de Deus (Pv 1.8; 4.1; 6.20). Além disso, Provérbio
4.3,4 deixa implícito que os avós também têm sua dose de responsabilidade na
educação dos netos.
Desta forma, a
família deve instruir o menino no caminho em que deve andar (22:6). Esta é a
dádiva do lar. A criança pode não apreciar por um momento os ensinamentos
dados, mas os pais devem concedê-los de qualquer modo. Aliás, devem fazê-lo para
o seu próprio bem.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 953.
Pv 22.6 Ensina a
criança no caminho em que deve andar. Existem vários versículos sobre a criação
de crianças no livro de Provérbios, e este provavelmente é o mais conhecido.
Ver também Pro. 13.24; 19.18; 23.13,14; 29.17. Ofereço notas expositivas
completas em Pro. 13.24, as quais não repito aqui. Neste versículo temos uma
regra nova e brava, e esperamos que, de modo geral, um bom treinamento
significa uma boa criança que se tornou um bom adulto e segue a vereda da
retidão por toda a vida. A experiência mostra-nos, contudo, que as coisas nem
sempre acontecem dessa maneira, e podemos concluir que existem outros fatores
envolvidos nessa questão, e não apenas um ensino e exemplos apropriados.
Afirmamos que um pai deve três coisas a seu filho: exemplo, exemplo e exemplo,
o que repito várias vezes neste comentário. Mas nem mesmo isso é sempre o
bastante. Em Pro. 13.24 explorei os porquês dos fracassos quando um homem faz
tudo quanto pode e, ainda assim, não atinge o sucesso.
Seja como for, os
fracassos não devem anular o ensino que temos à nossa frente. Os pais têm o
dever e o privilégio de treinar a criança. Baha Ullah declarou que a pior coisa
que um homem pode fazer é conhecer os ensinos e não transmiti-los a seu filho.
Sobre bases veterotestamentárías, o manual de treinamento é a lei de Moisés.
Por meio da lei o homem obtém sabedoria e vida (ver Pro. 4.13). A lei é o guia,
segundo se vê em Deu. 6.4 ss.
Sinônimo. Um jovem
bem treinado continuará no caminho quando se tornar adulto pleno. A fé de seu
pai tornar-se-á a sua fé, e ele a seguirá até o fim. Terá uma vida longa e
próspera, tanto material quanto espiritualmente.
“Este versículo
exprime um dos prontos fortes do sábios hebreus, a saber, a insistência no
treinamento moral de uma criança por parte de seus pais. Esse treinamento deve
começar bem cedo, quando a mente da criança ainda estiver bastante
impressionável. O uso da vara é encorajado como parte do processo educacional
(ver Pro. 13.24; 19.18 e 23.13,14). A grande alegria que os pais podem ter é um
filho sábio (ver Pro. 23.15,16,24). A tristeza mais trágica é ter um filho
insensato (ver Pro. 17.21,25). Treinar (no hebraico, hanakh, que significa
“dedicar”). Cf. o nome da festividade dos hebreus, Hanukkah, que celebra a rededicação
do templo de Jerusalém, no tempo dos macabeus, em 165 A. C. (ver Pro. 4.52
ss.). Aqui a palavra significa treinar" (Charles Fritsch, in Ioc.).
Cf. este versículo
com II Tim. 1.5; 3.15; Deu. 6.7. John GUI (in Ioc.) queixa-se das exceções à
regra, mas exorta os pais a prosseguir com o bom plano, pelo que fazemos e
esperamos o melhor.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2648.
O versículo 6 mostra
a importância de se treinar as crianças nos seus anos de formação. Alguns
eruditos veem aqui uma ênfase no treinamento vocacional. A expressão no caminho
em que deve andar significa literalmente: “de acordo com o seu caminho”, isto
é, com as suas aptidões e inclinações. Mas é provável que o sábio hebreu esteja
falando principalmente de formação moral. A palavra traduzida como “ensinar” é
usada em outras passagens para “dedicar” uma casa (Dt 20.5) e o templo (1 Rs
8.63). Fritsch vê nesse versículo a expressão “de um dos pontos fortes dos
sábios hebreus, isto é, a sua insistência na formação moral que os pais dão à
criança”.52 E, até quando crescer, não se desviará dele. Estas palavras são
tremendamente reconfortantes para pais fiéis e dedicados. No entanto, não devem
ser interpretadas como garantia absoluta. O ambiente por si só não vai salvar os
nossos filhos. Igualmente necessário para a sua salvação é o exercício da livre
escolha por parte deles para que recebam a sempre disponível graça de Deus.
EARL
C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora
CPAD. Vol. 3. pag. 399.
Pv 13.24 O que retém
a vara aborrece a seu filho. Punição Capital. Entramos aqui em terreno
perigoso. A maior parte da disciplina física que é aplicada por nossos pais
baseia-se mais na impaciência ou nos desejos egoístas deles do que em um
espirito de amor e no desejo de obter boa disciplina. Além disso, há um extremo
de tratamento cruel, mediante o qual os pais ferem ou mesmo matam seus filhos.
Um bom pai ou mãe
pode encontrar outros meios disciplinares exatamente tão eficazes, ou mais
ainda, do que provocar dor física em seus filhos, mesmo que essa dor seja
administrada com moderação e amor. O perigo é que os pais evangélicos se
escondam por trás deste versículo, fazendo dele uma desculpa para ferir a seus
filhos, em nome da disciplina bíblica. Nenhuma disciplina, obviamente, não é
sinal de amor, mas pode ser até sinal de ódio, porquanto um filho
indisciplinado pode tornar-se uma pessoa muito má. Em qualquer discussão sobre
a questão, devemos lembrar a herança genética que opera a despeito do que os
pais façam. Há casos históricos que mostram a regra geral: se seus filhos se
tornarem adultos ruins, a culpa pode não ser sua, mas da herança genética. E se
seus filhos mostrarem ser boas pessoas, não aceite muito crédito por isso.
Ademais, não devemos esquecer a herança espiritual e o destino. Se um homem
está destinado, pela vontade de Deus, a ter uma missão especial, as
circunstâncias de sua vida o conduzirão a isso. Ademais, ele será mental e
espiritualmente condicionado a essa missão. E, além disso, será mental e
espiritualmente condicionado para poder desempenhar sua missão. E, por
semelhante modo, terá a unção do Espírito para isso. Portanto, o que os pais de
uma criança podem fazer talvez seja apenas uma pequena parte do quadro inteiro,
e, de fato, um indivíduo pode não sofrer grande influência de seus pais, mesmo
que eles sejam pessoas más. A lição aqui é clara: há muitos fatores em operação
sobre o crescimento de uma criança, para o bem ou para o mal, e a disciplina
paterna não é o grande fator; é apenas um dentre muitos. Não obstante, devemos
cuidar desse fator, mesmo que muitos outros estejam, igualmente, em operação.
Contudo, é ridículo que os pais tenham um ponto de vista inadequado sobre essa
questão, imaginando que, somente por ensinarem a seus filhos a Bíblia e os
disciplinarem corporalmente, eles obterão sucesso automático. A experiência da
vida diária ensina-nos que as coisas não são assim tão simples.
Ensina a criança no
caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele. (Provérbios
22.6)
Essa é uma bela
regra, não devemos negligenciá-la. Infelizmente, porém, as coisas nem sempre
funcionam dessa maneira, a despeito do amor e da disciplina que tiverem sido
aplicados. No entanto, o senso de dever e o amor requerem que prestemos atenção
ao que nos diz Pro. 13.20 e 22.6.
Um Exemplo. Um jovem
foi criado em um lar evangélico. A família tinha sido abandonada pelo pai, mas
a mãe fez um bom trabalho, e duas irmãs mais velhas ajudaram na criação dos
filhos menores. A família sempre ia à igreja. O rapazinho foi estudar em um
seminário teológico e acabou sendo missionário. Terminou sendo um bom pastor,
além de um bom pregador. Ele se ocupou por diversos anos nesse trabalho, que
era aprovado pela igreja em que servia. Mas então ele começou a sofrer
estranhas tentações. Começou a jogar e a beber, e a estar com mulheres, ao
mesmo tempo que continuava servindo bem à sua igreja. Finalmente, começou a
passar cheques sem fundo para pagar as dívidas em que estava incorrendo. Por
esse motivo, acabou preso. Quando saiu da prisão, ele continuou em sua vida
irregular, embora não tivesse ido novamente para a prisão. As investigações
demonstraram que seu pai e seu avô tinham vivido vidas similarmente
irregulares. Mas o nosso homem, o pastor, não fazia ideia de tudo isso nem fora
influenciado pelo mau exemplo dado por eles. Ele simplesmente fazia o que já
estava predeterminado para ele fazer. Nada de seu treinamento, que foi extenso
e demorado, no lar, na escola e na igreja, deteve o processo. Não existem
respostas simples para um caso como esse.
Antítese. Em
contraste com o pai negligente, o bom pai certifica-se de que uma disciplina
apropriada está sendo administrada, incluindo, ocasionalmente, a punição
corporal. “A punição corporal fazia parte necessária do treinamento das
crianças judias. Assim como Deus castiga àqueles a quem ama (ver Pro. 3.12), um
pai deve punir o seu filho, se realmente o ama e pretende ajudá-lo. O pai,
pois, deve ser diligente na disciplina que aplica ao filho” (Charles Fritsch,
in ioc.).
“Mediante a
negligência da correção na infância, os desejos (paixões) obtêm a ascendência;
o temperamento torna-se irascível, tolo e lamuriento. O orgulho é assim
nutrido, a humildade é destruída, e, através do hábito da indulgência, a mente
é incapacitada a suportar as provações com firmeza” (Holden, in Ioc). É hábito
dos evangélicos dar atenção demasiada aos primeiros anos de vida da criança,
esquecendo outros fatores. A Igreja Oriental acredita na preexistência da alma,
e isso, se verdadeiro, é o fator principal naquilo que o homem é e faz. Alguns
insuflam a reencarnação nesse quadro, e isso não deve ser rejeitado sem que se
façam muito mais investigações. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia os artigos chamados Reencarnação e Preexistência da Alma. Não nos
olvidemos, por igual modo, da herança espiritual, que pode ser muito mais
poderosa do que a herança dos primeiros anos de vida, no lar. Por outra parte,
não nos esqueçamos de nenhum fator que possa contribuir para o aprimoramento de
nossos filhos.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2604.
(13.24). Um pai que falha
em disciplinar seus filhos não está demonstrando amor. O verbo traduzido aqui
como “aborrecer” é usado em sentido comparativo. Se você realmente ama seus filhos,
não omitirá suas faltas, mas tomará medidas para corrigi-las. A frase “poupar a
vara” é eufemística e não recomenda o espancamento como forma de punição, embora
a correção corporal fosse certamente praticada nos tempos bíblicos.
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia.
Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. pag. 389.
Segue um provérbio
familiar a respeito da disciplina, o assunto deste grande capítulo. O que retém
a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina. É a vara do
pai nas costas do filho. Muitos pais "bonzinhos" permitem que seus
filhos façam o que quiserem; não os disciplinam. Isto é contrário à sabedoria e
à Bíblia. A disciplina é boa para tolos e para filhos, para que uns e outros
andem nos caminhos certos. Muitos pais descobrem tardiamente que a falta de
correção bíblica estragou o seu filho. Agora é tarde para o corrigir.
Disciplina com amor é remédio; disciplina com rancor é veneno. As coisas nos
devidos lugares. Tanto esta verdade vale, que o justo tem o bastante, mas o
estômago dos perversos passa fome (v. 25). Deve haver certa correlação entre o
estômago do justo e o do pobre, entre o que foi disciplinado e o que não o foi.
A correção pode concorrer para tornar o homem justo, enquanto a sua falta pode
determinar a sua perversidade. O menino nasce tabla rasa, Isto é, não traz nada
senão as tendências hereditárias. Estas podem e devem ser corrigidas, e ainda
ajudadas pela disciplina. A doutrina Lambrosiana (de Lambrósio, famoso
penalista italiano) diz que a pessoa já nasce feita, Isto é, já traz as
tendências que devem formar a sua carreira na vida. Isto não pode. ser certo,
porque então seria o caso de se permitir cada um fazer o que quiser e não o
responsabilizar. É a doutrina da irresponsabilidade. Nada disso. A criança
traz, é certo, tendências hereditárias; todavia, a Instrução e a disciplina
modificam esses pendores e os corrigem. Concluímos, assim, este grande capítulo
sobre a vida e disciplina ou Um Viver Disciplinado. Sem disciplina moral,
intelectual e espiritual ou religiosa, não se pode esperar uma vida correta em
qualquer setor da atividade humana.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
II -
ENSINANDO ATRAVÉS DO EXEMPLO (VALORES)
1. Ética da
personalidade.
Stephen Covey observa
que esse modelo possui dois “caminhos básicos: um deles é o das técnicas nas
relações públicas e humanas e o outro uma atitude mental positiva (AMP). Parte
desta filosofia se exprime através de máximas por vezes válidas, como ‘Sua
atitude determina sua altitude’, ‘Sorrisos conquistam mais amigos do que caras
feias’ e ‘A mente humana pode conquistar qualquer coisa que consiga conceber e
acreditar’. Outras práticas da abordagem personalista eram claramente
manipuladoras, quase enganosas, encorajando as pessoas a utilizar técnicas que
levassem os outros a gostar delas, ou a fingir interesse pelos hobbies alheios
para arrancar o que pretendiam, ou a usar o ‘poder do olhar’ ou a intimidação
para abrir caminho no mundo”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76.
ÉTICA
Introdução:
A ética é um dos seis
ramos tradicionais da filosofia, onde ocupou papel importante, desde o começo.
A ética também faz parte essencial da fé religiosa. Por essas razões,
apresentamos aqui um artigo de considerável volume, cujo intuito é dar ao leitor
uma boa ideia sobre os principais sistemas e ideias envolvidos na questão.
1. A Ética como um Sistema da Filosofia.
A Ética é um dos seis
sistemas tradicionais da Filosofia. 1. Ética: a conduta ideal do individuo 2. Política:
a conduta ideal do estado 3. Lógica: o raciocínio que guia o pensamento 4.
Gnosiologia: a teoria do conhecimento 5. Estética: a teoria das belas-artes 6.
Metafísica: teorias sobre a verdadeira natureza da existência. Existem
filosofias modernas como da ciência, da história, da indústria, do espírito, etc.
2. A Origem da Ética.
A Ética originou (provavelmente)
com o primeiro homo sapiens. As pesquisas com chimpanzés demonstram que eles
têm uma noção do que seja conduta apropriada ou inapropriada. Ilustração «Um animal
falou de si mesmo (através do teclado de um computador): .Sou um diabo
mal-humorado». Antes do inicio da filosofia ocidental, as religiões demonstraram
uma preocupação com a retidão da conduta humana. Ilustrações: as doutrinas do julgamento,
recompensa, reencarnação, etc. Os filósofos pré-socráticos se envolveram em
considerações éticas. Anaximandro compreendeu que o processo cósmico é
essencialmente um sistema que incorpora justiça, injustiça e reparação.
Heráclito até falou que fenômenos físicos «vagabundos» serão julgados, afinal,
por um tipo de reparação cósmica.
Ele falou da
imortalidade de fenômenos que ultrapassam às leis da natureza. Pitágoras estava
pesadamente envolvido na religião oriental e viu na reencarnação a operação da
justiça entre os homens.
Mas Sócrates (450
A.C.) é considerado o pai da ética como um sistema filosófico. As primeiras
escolas éticas se originaram dos discípulos dele.
3. Definição da palavra.
No grego, ethos =
costume, disposição, hábito. No latim, mos (moris) = vontade, costume, uso,
regra.
A Ética. «A teoria da
natureza do bem e como ele pode ser alcançado». (MM) «A filosofia moral é a investigação
científica e uma filosofia de julgamentos morais que declaram a conduta boa,
má, certa ou errada. Isto é, o que deve ou não deve ser feito». (E) A definição
mais simples, mas expressiva é: A ética é a conduta ideal do indivíduo.
Perguntas principais
relacionadas à ética. Existe um padrão (ou padrões) de o que é certo ou errado que
pode ser aplicado à raça humana inteira? O que seria a base de tal padrão?
Quais são as definições de bondade e maldade? O que é o dever? O que é o summum
bonum da existência humana e como é que isto pode ser alcançado? As
considerações éticas são mortais ou eternas?
4. O Porquê da Ética.
a. Uma necessidade da
sociedade. Ilustração: Aristóteles. O alvo da ética é a conduta ideal do homem,
baseada no desenvolvimento de sua virtude especial. Virtude = função dentro da
sociedade, para o bem do individuo e da sociedade.
b. Uma necessidade
metafisica, Tiquismo contra teleologia. No grego, tuche significa chance, caos;
telos significa finalidade, desígnio. As coisas acontecem por mero acaso ou
segundo algum desígnio. Kant, por exemplo, rejeitou o princípio do tiquismo para
evitar a noção de caos. Filosoficamente, devemos escolher entre caos e desígnio,
e a nossa ética será governada pela escolha. O argumento moral dele argumentava
que a alma deve existir para permitir um julgamento certo, pois neste mundo, a
justiça raramente se faz. Deus dever existir para julgar e recompensar de modo
justo, porque, neste mundo, isto raramente acontece.
c. Uma necessidade
individual. Realmente, é uma questão urgente, porque tudo que fazemos é auto e/ou
heterojulgado (avaliado). Ilustração: Platão. O problema ético é a tensão entre
o ideal e a conduta defeituosa. Segundo a definição de Aristóteles, todas as
instituições humanas, de ensino, da política, do estado, etc., são ramos da
ética porque todas tem alguma coisa a ver com a atuação do homem dentro da
sociedade. Sempre parecemos melhor do que realmente somos. Ulceras, psicoses, e
até a insanidade existem por causa do problema ético.
5. A Ética e a Gnosiologia.
É impossível separar
estes dois sistemas. O que você acha sobre como podemos saber das coisas, determinará,
em boa parte, seus conceitos éticos. Ilustrações: Racionalismo. O homem, por
natureza, é um ser que sabe, sem uma investigação empírica, Portanto, os
princípios éticos podem ser descobertos pela razão. Sócrates tinha fé nesta suposição.
O racionalismo tem a tendência de ser religioso, portanto, os principias
éticos, supostamente descobertos pela razão, serão religiosos. Misticismo: o conhecimento
é um dom de Deus. Portanto, os padrões éticos são predeterminados pela mente divina.
Empirismo: somente a experiência (tentativas de saber, erros, adaptações) pode
determinar os princípios éticos, porque não existe qualquer conhecimento sem a
experiência humana. A experiência se baseia nas percepções dos sentidos. A
ética, consequentemente, é uma questão pragmática e relativa, sendo que o
conhecimento do homem é governado pelo fluxo das vicissitudes da experiência.
Conclusão. A ética é
humana, não divina.
6. A Ética e a Metafisica:
É impossível separar
estes dois sistemas. O que você acha sobre a natureza da existência determinara,
essencialmente, como você analisa os problemas éticos. Ilustrações: Deus
existe, julga e recompensa?
Será que realmente
existem pecados mortais como a Igreja fala. A ira, a cobiça, a inveja, a
glutonaria, a lascívia, o orgulho e a preguiça realmente são ofensas sérias
como a Igreja declara? A doutrina da Igreja sobre os pecados mortais é negócio
sério. A Igreja tem autoridade para falar estas coisas?
7.Categorias principais da Ética.
a. A Ética Formal
Esta ética também se
chama rigorista ou teísta, 1. Declara que existem princípios eternos,
imutáveis, divinos (ou exigências absolutas na natureza ou da lei natural). 2.
A aplicação dos principias eternos é universal. Não existe uma ética para mim,
e outra para você. 3. É uma ética a priori, não a posteriori. Os valores da
ética são inatos, baseados num conhecimento inato. 4. Bases. A intuição, o
racionalismo, o misticismo, a sobre naturalidade, a justiça absoluta, a teleologia
e o idealismo.
b. A Ética Relativa
(da situação)
1. A conduta ideal
pode ser estabelecida somente através da experiência-humana. Ela não é imposta
por uma força exterior, não humana (se tal força existe). 2. A ética é uma
experiência ou ciência humana, não um ramo da teologia. 3. Os princípios éticos
têm aplicação aqui e agora, não antigamente e para sempre. 4. A conduta ideal
(se existe tal coisa), necessariamente varia de um individuo para o outro, dependendo
das circunstâncias (situações) pessoais e culturais envolvidas. S. A ética está
sempre em estado de fluxo. Os padrões éticos, necessariamente, se modificam com
o tempo e com as exigências diversas de culturas diferentes. 6. A ética é
relativa, isto é, sempre sujeita a mudança. Não existem padrões fixos,
imutáveis ou universais. O que funciona bem para mim é bom para mim. O que
funciona para mim, pode não funcionar para outras •pessoas. 7. Todos os
principias éticos são a posteriori. 8. Bases. O empirismo, o pragmatismo, o
positivismo, o materialismo, o humanismo, a ciência.
c. A Ética dos
Valores
Este sistema é um
meio-termo entre o apriorismo (ética formal) e o empirismo (ética relativa). 1.
Procura excluir o relativismo radical, mas ao mesmo tempo, ensina que os
valores e imperativos não são vazios, abstratos ou sem significado. Os valores
éticos devem ser comprovados na experiência humana para serem reais. 2. Os
valores éticos são constantes e duradouros, mas não eternamente fixos. 3. Eles
não são sujeitos às vicissitudes da experiência humana diária. Eles têm valor
em si mesmos; silo intrinsecamente valiosos. A consciência humana sabe,
intuitivamente (ou racionalmente) os verdadeiros valores. Ilustrações: a lei do
amor é uma constante. Todas as religiões e filosofias honram este princípio.
Até Schopenhauer, no seu pessimismo, achou um lugar para a simpatia, outro nome
do amor. Quase todos os sistemas acham que algum conceito de justiça é necessário
para qualquer função razoável de uma sociedade. 4. Os valores tomam-se deveres
que devem ser praticados como parte inerente da conduta ideal. 5. Bases: o
racionalismo. a intuição, o misticismo (para alguns estudiosos), o empirismo
(que não é considerado inerentemente contrário ao racionalismo). e aqui neste
mundo. onde venço ou sou derrotado.
8. Os bens da Ética
(Alvo da conduta ideal)
Segundo os conceitos
alistados:
a. Egoísmo, O homem,
por natureza, é radicalmente egoísta e procura somente o que é bom para ele,
como um individuo. O filantropo. o soldado, e o herói ajudam outras pessoas por
razões egoístas.
b. Altruísmo, O homem
é capaz de ações incondicionalmente altruístas, A natureza espiritual do homem
é uma garantia disto. A lei do amor é uma parte intrínseca da natureza humana.
c. Hedonismo. A única
coisa que vale, afinal, é o prazer. Os prazeres podem ser físicos, mentais ou espirituais.
Este sistema procura o máximo de prazer acompanhado com o mínimo de dor.
d. Eudemonismo: A felicidade
é o alvo da conduta ideal. Para Platão, a maior felicidade possível para o homem
seria a volta para o mundo dos Universais (que vede). Para Aristóteles, a
perfeita realização de virtude (função) do individuo, naturalmente traz uma felicidade
considerável. Para a Igreja, a felicidade maior será alcançada na visão
beatifica (que vede).
e. Sobrenaturalidade,
O homem não existe ~ nem vive diariamente, por si mesmo. Ele não é sua própria causa.
Sua existência serve para glorificar Deus. O que acontece a ele é relativamente
indiferente se Deus for glorificado. -Secundariamente, aquele que vive para
Deus, alcança (e alcançará) uma felicidade particular, afinal. Este afinal pode
ser distante, mas é seguro.
f. Naturalismo
(humanismo). O único objeto da conduta ideal é o próprio homem. Esta conduta acompanha
a evolução da raça e é determinada a posteriori,
g. Utilitarismo e
Pragmatismo. Princípios aliados ao naturalismo. O que é útil é bom; o que não é
útil é ruim. O que funciona (é prático) é bom; o que não funciona é ruim. A praticidade
de qualquer coisa deve ser comprovada através de um processo de tentativas e
erros, com os ajustamentos apropriados.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 554-555.
Pv 7.6 Porque da
janela da minha casa. Olhando da janela de sua casa, o mestre viu um jovem que
estava sendo acossado por poderosa tentação. Porventura as instruções que ele
tinha recebido haveriam de livrá-lo em crise de sua tentação? Uma armadilha
feminina fora armada para ele, do tipo mais poderoso. O mestre observava
enquanto o jovem caminhava, exatamente pela rua onde morava uma adúltera
extraordinariamente bonita. E, para dizer a verdade, ali estava ela, não
distante da esquina por onde ele dobrou, perto da casa dela. E eia era “jovem,
esguia e amorável”, e o jovem pára para contemplá-la. A mulher lança sua beleza
sobre ele e profere algumas palavras doces, fazendo ao jovem um convite que ele
não consegue recusar. Bem na esquina, ela o abraça e beija, e faia sobre a bela
cama e o dormitório perfumado, todo arranjado com belas cobertas e cortinas. O
marido dela está fora e não voltará por longo tempo. A mulher o convida a
passar a noite com ela, o que lhes dará tempo de se deliciarem de amores. A
beleza física da mulher e suas maravilhosas descrições matam toda a resistência
dele, se é que ele tinha alguma. Isso posto, ele foi direto à casa dela, na
companhia da mulher, tal como um boi vai para o matadouro. A história tem os
sinais de ser uma narrativa contada por uma testemunha ocular.
“Os vss. 6-23 descrevem
o engodo da adúltera com detalhes gráficos. ‘Grades’ é palavra que se refere a
uma típica janela oriental, sem vidros, mas protegida por uma tela elaborada”
(Charles Fritsch, in ioc.). Esse tipo de janela provia dupla vantagem: permitia
a entrada do ar fresco, mas impedia o olhar dos curiosos.
Pv 7.7 Vi entre os
simples, descobri entre os jovens. O jovem em apreço era um dos simples e
inexperientes rapazes, mero aprendiz da lei, e assim facilmente sujeito às
tentações. Diz-nos o texto sagrado que ele era “carecente de juízo". Ver
Pro. 1.4 quanto aos simples, aos quais o mestre queria levar à maturidade e à
sabedoria. Esse jovem não era, em sentido algum, um malandro cheio de vícios.
Ainda não tinha-se corrompido por esse mundo pecaminoso. Ele simplesmente
estava de cabeça vazia de juízo. O termo hebraico empregado é peti, “ingênuo”,
“fácil de ser enganado". Faltava-lhe maior entendimento (ver Pro. 6.32).
Ele tinha “sangue quente, paixões fortes, combinados com julgamento fraco e
inexperiência, o que podia tornar-se presa fácil para uma mulher esperta”
(Fausset, in Ioc.). Ele ainda não possuía sabedoria suficiente para discernir
entre um grande mal e o bem, nem tinha forças para resistir ao primeiro.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2570-2571.
A Arte Sedutora da
Tentadora (7.6-23)
Nesta passagem, o
sábio retrata em detalhes vívidos a história do jovem que era o objeto dos
planos maus de uma adúltera. Ele relata as consequências trágicas de o homem se
entregar à estratégia sedutora dessa mulher devassa.
a) O objeto de planos
destruidores (7.6-9). O autor apresenta aqui de forma realista e vívida os
detalhes da cilada da adúltera. Ele menciona a visão que se tem por meio da
grade (6; “treliça”, Berkeley) de uma casa oriental e de como dali se pode
observar o jovem que é o objeto das más intenções da mulher. Toy diz: “As
janelas de casas orientais (como as da Europa alguns séculos atrás) não são
fechadas com vidro, mas têm uma estrutura em forma de treliça feita de madeira
ou de metal, através da qual a pessoa que fica do lado de dentro pode observar
a rua sem ser vista de fora; a janela era o ponto de observação predileto”.
O objeto de
observação da adúltera era um jovem dentre os simples (7), ou dentre os “de
cabeça vazia e de coração oco” (AT Amplificado). Este jovem era falto de juízo.
A RSV o chama de “jovem sem bom senso”. Kidner o descreve como alguém “jovem,
inexperiente, desmiolado”.36 Faltava a esse jovem a compreensão dos princípios
morais, mas ele não era meramente um simplório (veja comentário de 1.4).
Este jovem estava
andando errante e sem rumo pela rua. Ele parecia não somente perdido, mas
também inconsciente dos perigos de se demorar na esquina (8) da casa da
tentadora. Assim ele se colocou numa posição que era vantajosa para ela. Ele
começou o seu passeio no crepúsculo (9), mas logo veio a noite e a escuridão.
Cook comenta: “Há um certo significado simbólico no retrato da escuridão que se
torna cada vez mais densa [...] A noite está caindo sobre a vida do homem assim
como as sombras estão se aprofundando”.
b) A estratégia da
sedutora (7.10-20). A adúltera não estava sem objetivo e rumo como o jovem. Os
seus planos estavam bem traçados. Ela era desavergonhada nas suas maquinações.
Embora tivesse marido (19-20), apresentou-se a ele com enfeites de prostituta
(10; cf. Gn 38.14-15). O homem não precisava temer a lei ao se envolver com
essa mulher, pois não havia represália do marido no caso de uma prostituta
profissional. O , coração dessa tentadora é astuto (10); ela é dura e obstinada
nos seus planos maus. Ela é alvoroçadora e contenciosa (11; “tumultuosa e
teimosa”, AT Amplificado). A sua “rebeldia é obviamente a recusa da lei de Deus
e das obrigações da moralidade”.38 Ela era uma transgressora frequente, pois
não paravam em casa os seus pés (11). Ela ficava espreitando (“prepara a sua
armadilha”, Berkeley) por todos os cantos (12).
As seduções da
adúltera vêm numa sucessão rápida. Ela foi ousada, abraçou o jovem e esforçou o
seu rosto (13); literalmente: “mostrou um rosto ousado” (cf. Jr 3.3). Toy diz:
“Esta expressão [...] não sugere que a mulher assuma uma atitude que não lhe
seja natural, mas simplesmente descreve a sua ousadia de meretriz”.
A adúltera continua a
sua sedução ao dizer ao jovem que “a sua geladeira está cheia, como nós
diríamos”.40 Sacrifícios pacíficos tenho comigo (14). A carne dos sacrifícios
de animais deveria ser comida no dia do sacrifício ou no dia seguinte. O que
não fosse consumido tinha de ser queimado no terceiro dia (Lv 7.16-18). A
tentadora diz à jovem vítima que ela ofereceu os seus sacrifícios e que há
carne em abundância na sua casa. Eles vão fazer uma festa juntos. Não é
estranho que uma pessoa que foi fiel em cumprir com as suas obrigações
religiosas em relação aos rituais sacrificais não tenha percebido a contradição
entre estas coisas e os seus planos pecaminosos (cf. Is 1.11-15)?
A tentadora agora se
volta para a bajulação. Diz ao jovem que era exatamente ele que ela queria para
essa ocasião festiva: saí ao teu encontro [...] e te achei (15). Ele é o “homem
dos sonhos dela, alto, moreno e vistoso”. Ela desce ao nível do sensual para o
apelo seguinte (16-18). Em seguida a sua vítima recebe a garantia de que o
marido saiu para uma viagem demorada e não vai voltar antes do dia marcado
(20); literalmente: “depois de muitos dias”.
c) O resultado
trágico (7.21-23). A sedução é bem-sucedida. O jovem cede ã tentação. Ele segue
a tentadora como boi que vai ao matadouro, como um criminoso acorrentado vai à
sua execução, ou como uma ave que se apressa para o laço preparado para ela
(22-23). Mas o pecado vai lhe custar a sua vida (23). Esta expressão retrata a
corrupção moral com a sua culpa e miséria como também sugere as consequências
trágicas que podem resultar quando o marido da adúltera descobrir o caso de
amor ilícito (veja comentário de 6.30-35).
EARL
C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora
CPAD. Vol. 3. pag. 374-376.
2. Ética do caráter.
De acordo com Stephen
Covey, a literatura antiga era focalizada: “No que se poderia chamar de Ética
do Caráter, considerada a base do sucesso — coisas como a integridade,
humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, diligência,
modéstia e a regra do ouro (fazer aos outros o que desejamos que nos façam). A
biografia de Benjamin Franklin é representativa desta literatura. Trata,
basicamente, do esforço de um homem para interiorizar certos princípios e
hábitos. A Ética do Caráter ensina que existem princípios básicos para uma vida
proveitosa, e que as pessoas só podem conquistar o verdadeiro sucesso e a
felicidade duradoura quando aprendem a integrar estes princípios a seu caráter
básico”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76.
A Natureza dos Filhos
O que os filhos são
por dentro é de extrema importância. Por isso educação de filhos tem por
objetivo treinar o coração do filho. Educação de filhos e treinamento de almas.
Os filhos só podem reagirem ao que são por dentro. Qualquer educação deve levar
em conta a natureza do sujeito que está sendo educado. A falta de considerar
isso trará decepção tanto para o educador quanto frustração ao que recebe a
educação. Por que uma criança precisa ser educada? O que é que dificulta a
educação dos filhos? Por que os filhos precisam autoridade dos pais? Quais são
os objetivos que os pais devem ter para educar bem os seus filhos? Cada filho é
igual? As necessidades dos filhos modificam com a idade?
A. A origem da
natureza dos filhos
1. Considere a
criação original de Deus. Quando Deus criou o mundo é evidente que Ele criou os
animais e o homem já com a vida madura. Deus criou Adão já homem, maduro. Por
isso ele foi dado as responsabilidade de lavrar e guardar o jardim do Éden
(Gên. 2:7,15). Eva foi criada em forma de mulher já crescida para ser a
ajudadora idônea para o homem (Gên. 2:18-25), de outra maneira ela não seria
tal ajudadora idônea para ele. Por Deus criar a vida adulta primeiro podemos
entender então que as crianças precisam de serem cuidados pelos adultos. Deus
criou o homem já maduro para não ser desamparado e para amparar o fruto da
relação de homem e mulher no lar. Crianças são imaturas e precisam de aprender
para poderem viver bem no mundo adulto. Jesus, como criança, submeteu-se aos
que representaram a autoridade no seu lar e precisava crescer tanto em
sabedoria quanto estatura (Luc 2:51,52; Heb 5:8).
2. O homem tem uma
natureza pecaminosa (Gên. 5:3; Rom 5:12, 18). O Adão perdeu a sua inocência e
desde então todos que nascem já nascem com a natureza pecaminosa. Por isso as
crianças já falam mentiras desde que nasceram (Sal 51:5; 58:3). As mentiras das
crianças só têm um objetivo: engrandecer a si mesmo! Os filhos nossos têm o mesmo
problema que nós temos: auto suficiência e egoísmo terrível! Satanás, que é o
pai da mentira (João 8:44), iniciou pecado com este problema de egoísmo (Ez
28:17; Isa 14:13,14) e este era o problema de Adão (Gên. 3:6) e é também o de
todos que já nasceram desde então (Rom 5:12). Quando os adultos querem
desculpar o que uma criança diz ou faz pelo ditado “É coisa de criança” eles
estão dizendo uma verdade. Educação dos filhos conforme a Palavra de Deus
determinará se tal criança continuará fazendo coisas de criança para sempre
pelo tempo da sua mocidade e até adulto ou aprenderá deixar as coisas de
criança e viver com o alvo certo na vida. Se deixar a tolice do pecado agir,
por mais engraçadinho que parece no momento, ela tentará de dobrar todo mundo
ao seu redor para lhe servirem tanto quanto Satanás designo no seu coração
fazer Deus ser seu servo (Mat. 3:9).
3. Os filhos que não
têm educação moral baseada em autoridade serão sempre controlados pela natureza
pecaminosa: ou a deles mesmo, ou a de outros. Os filhos precisam aprender auto
controle. Pecadores não querem Deus nem o seu controle. Pecadores naturalmente
não aprenderão de amar o próximo como a si mesmo. Autoridade dos pais
repreenderia esta tolice de pecado para que os filhos tenham esperança (Prov.
29:15; I Sam 3:13). Os pais qualificados melhor para ensinar os filhos de terem
auto controle são os pais que já aprenderam a submeterem se à Palavra de Deus e
viver por ela. Os pais que ensinam os filhos de controlarem a natureza
pecaminosa ensinem os filhos de não ser escravos do pecado (Rom 6:16). Não
ensinar os filhos dizer não à sua própria natureza pecaminosa é crueldade à
criança e tais pais são culpados de mal tratarem os seus filhos (I Sam 3:13; Ez
33:3-6).
GARDNER.
Calvin G,. O Que Diz a Bíblia Sobre a
Educação dos Filhos no Lar.
Pv 4.3 Quando eu era
filho em companhia de meu pai. O mestre usa a si mesmo como exemplo da
transmissão dos ensinos do pai para o filho. Ele tivera a grande vantagem de
contar com um pai fiel e piedoso, que não negligenciara o ensino a seu filho. É
conforme disse o profeta moderno, Baha Ullah: “A pior coisa que um pai pode
fazer é conhecer os ensinamentamentos, mas não transmiti-los”. O mestre havia
sido, alguns anos antes, uma terna criança, tão jovem, tão débil, tão impotente
como são as crianças. No entanto, nascera em uma boa família. Foi muito amado
por seu pai e por sua mãe, e nisso metade da batalha foi ganha. Ele era o
“único” aos olhos de sua mãe, talvez por um longo tempo, o filho único, e,
portanto, muito amado. Ele era “único", conforme diz a nossa versão
portuguesa. ‘Tenro” quer dizer “jovem em anos", com a impotência própria
da meninice. O filho amado (no hebraico, yahidh, que literalmente significa
“único”) era muito estimado e amado, e isso, por si mesmo, é uma grande lição.
O amor sempre estabelece uma grande diferença. Pode produzir, em um único
instante, o que a labuta dificilmente produz em uma era. O filho amado também
será o filho ensinado. Cf. as palavras de Davi no tocante a Salomão, que também
foi chamado de “moço e inexperiente” (I Crô. 29.1).
Encontramos aqui um
belo quadro de uma vida em família, no melhor dos lares judaicos. Embora esse
homem tenha começado sua vida como apenas uma criança, não era “mimado”. Gersom
espiritualizou este versículo e fez de Deus o Pai, de Israel os filhos, e
então, como é natural, a lei seria a fonte de todos os ensinos. Israel, povo
distinto entre as nações, era como um filho único. Ver Deu. 4.4-8 quanto ao
caráter distintivo do povo de Israel.
Então ele me ensinava
e me dizia. O pai do mestre o ensinava e assim dava exemplo sobre como ele
deveria lidar com seus filhos literais e seus filhos espirituais. Os hebreus mostravam-se
fanáticos sobre a sua lei e sobre o ensino da lei, embora existissem poucas
cópias escritas e pouquíssimas pessoas soubessem ler. Portanto, o ensino tinha
de ser ministrado pelo corpo de conhecimento existente na memória. Poucos pais,
ou mesmo mestres, tinham sua própria cópia escrita da lei, o Pentateuco. Isso
não detinha o processo do ensino. Um mestre que morasse em Jerusalém
provavelmente teria acesso a uma cópia escrita da lei, podendo usá-la como
fonte contínua de consulta, embora o próprio mestre não contasse com uma cópia
pessoal. Considere, pois, o leitor o quanto o nosso trabalho de mestres tem
sido facilitado pela boa literatura moderna, começando com as muitas versões da
Bíblia, em tantos idiomas. Além disso, dispomos de comentários, livros
devocionais, materiais técnicos, os quais são recomendáveis para os eruditos,
que podem obter assim compreensão mais profunda da Palavra e então
compartilhá-la com outras pessoas. Nossa riqueza literária teria deixado
estonteado qualquer mestre do antigo povo de Israel, e podemos ter certeza de
que logo ele estaria colecionando livros para formar sua própria biblioteca
particular. Sem dúvida, alguns poucos mestres antigos tinham (pequenas)
bibliotecas. Ver no Dicionário o artigo chamado Livro, Livros. O apóstolo Paulo
tinha uma pequena biblioteca e viajava levando consigo alguns livros.
Quando vieres, traze
a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros,
especialmente os pergaminhos.
(II Timóteo 4.13)
O Processo Ideal.
Ouvir; reter o ensino; obedecer; obter a vida prometida pela lei (Deu. 4.1;
5.32), a qual é longa e próspera. Assim, a lei seria o guia da vida dos
israelitas (ver Deu. 6.4 ss.). Ver a respeito os mandamentos em Pro. 2.1, ou
seja, o corpo do ensino sobre a sabedoria, da qual o livro de Provérbios é um
representante, sabedoria alicerçada sobre a lei de Moisés. Cf. este versículo
com I Crô. 28.9; Efé. 6.4 e Pro. 7.2.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2554.
Ouvi, filhos, a
correção do pai (1). O mestre aqui ou assume o papel de um pai ou, como pai,
lembra a sua própria herança religiosa tão valiosa. Esta última posição parece
mais provável em vista das declarações autobiográficas dos versículos 3-4.
Certamente o antigo povo de Israel cria que a religião deveria ser ensinada e
transmitida na prática. Preceitos e prática eram ambos muito importantes na
propagação da fé. Em concordância com essa herança, o cristianismo é
evidentemente uma religião de instruções.
O mestre fala de
forma carinhosa acerca do seu próprio lar hebreu. Quando ele era tenro (3;
jovem na idade biológica), ambos, pai e mãe, compartilhavam a educação dos filhos.
A devoção aos mais elevados valores na vida é transmitida por meio do impacto
pessoal de pais devotos sobre a vida dos seus filhos, e de mestres sobre as
vidas dos seus pupilos. Edgar Jones nos lembra que “o relacionamento entre o
mestre e o aprendiz é pessoal, e não superficial. Nesse relacionamento de
confiança mútua a verdadeira educação se toma possível”.
EARL
C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 367-368.
III -
EDUCAÇÃO INTEGRAL
1. Desenvolvimento
mental.
Educação Integral
Os educadores chamam
a atenção para o fato de se educar tomando por base um modelo integrado. Esse
novo paradigma na educação recebe o nome de: Teoria da Integração Relacional.
Esse novo modelo destaca que “as clássicas teorias psicológicas não têm sido
suficientes para a compreensão do atual comportamento dos alunos e o adequado
procedimento preventivo e terapêutico dos conflitos vividos em sala de aula. Há
necessidade de introduzir elementos novos, como amor, disciplina, gratidão,
religiosidade, ética e cidadania, para a avaliação da saúde relacional. Uma
pessoa integrada relacionalmente vive um equilíbrio dinâmico entre as
satisfações física, psíquica, ecossistêmica e ética nos contextos familiar,
profissional e social”.
Muito à frente de
nosso tempo, Salomão já se preocupava com a construção do homem na sua
integralidade. Possivelmente nenhum outro livro contenha tantos princípios
educativos como o livro de Provérbios. Nos Provérbios encontramos ensinos
precisos para a educação de crianças, jovens e adultos. É um manual recheado de
belos ensinamentos que favorecem o crescimento intelectual, psicológico, social
e espiritual.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76-77.
Pv 2.2 Para fazeres
atento à sabedoria o teu ouvido. Um bom aluno mostrar-se-á atento ao ensino que
receber, inclinando seu ouvido para ouvi-lo e aceitá-lo. Ele será ouvinte e
praticante dos mandamentos. Ver Tia. 1.22.
Todas as faculdades
devem ser empregadas nessa busca: o ouvido, para ouvir e compreender; o
coração, que fala sobre a mente e as sensibilidades espirituais. O homem estava
atrás do entendimento (ver Pro. 1.5). Essas figuras simbólicas apontam,
essencialmente, para as capacidades intelectuais e volitivas. A “compreensão”, conforme
entendiam os hebreus, nunca era algo meramente intelectual. Um homem precisa
viver segundo a sua compreensão, pois só assim ele realmente compreenderá. Um
aluno nunca poderia ser um mero teórico. Saber sem praticar termina em
hipocrisia.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2543.
A Urgência do Apelo
da Sabedoria (2.1-4)
A urgência do apelo
do sábio é indicada por quatro conjuntos de orações gramaticais paralelas — um
conjunto em cada um dos versículos dessa seção. No versículo 1 a Tributo à
Sabedoria Provérbios 2.1-12 condição é: se aceitares [...] e esconderes contigo
(“entesourares”, TB). Para fazeres atento [...] o teu ouvido, e [...]
inclinares o teu coração (“para que o teu coração alcance”, Berkeley) são
condições encontradas no versículo 2. As condições se clamares (“se
implorares”, Berkeley) [...] alçares a tua voz estão no versículo 3. No
versículo 4 lemos: se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a
procurares (cavares por ela). Somente essa sinceridade de coração que o mestre
defende nesses versículos vai gerar no pupilo o conhecimento da vontade santa
de Deus. A declaração de Paulo em Filipenses 3.13-14 é uma ilustração
neotestamentária dessa intensidade de propósito.
A palavra coração
(hb. leb) no versículo 2 é especialmente significativa. Tem um significado
muito mais amplo no hebraico do que em português, incluindo sensibilidades
intelectuais e morais como também emocionais. E o centro do ser humano do qual
brotam as decisões vitais. A Bíblia nunca fala do cérebro como local do
intelecto do homem. Para inclinares o teu coração (2) sugere real dedicação e
zelo. O mestre está desafiando o pupilo a buscar a sabedoria com todo o seu ser
— sua razão, suas emoções, sua vontade — para que o propósito não seja diluído.
EARL
C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 362-363.
Pv 3.3 Não te desamparem
a benignidade e a fidelidade. A benignidade e a fidelidade são dois ornamentos
especiais para quem quiser viver a vida caracterizada pela sabedoria. Esses
ornamentos devem ser pendurados ao pescoço do indivíduo por ter vencido na
corrida espiritual. São também como inscrições preciosas para o coração do
homem bom. Yahweh é quem faz tal inscrição sobre o coração do homem e assim o
identifica como pertencente a Ele. O homem bom vive em consonância com as
inscrições feitas no seu interior, em sua alma. Essas qualidades identificam o
tipo de homem que ele é. A Revised Standard Version diz aqui “lealdade” e
“fidelidade” como os ornamentos e as inscrições especiais. A primeira dessas
palavras corresponde ao hebraico hesedh, o amor constante que figura no livro
de Salmos, tão frequentemente repetido aqui. Usualmente, ali refere-se ao amor
que Yahweh dirige ao homem. E o homem bom dirige o seu amor a Yahweh. O homem
bom é aquele que anda no caminho dos mandamentos (ver Pro. 2.1 e 3.1). A
segunda dessas palavras hebraicas é ‘emeth, cuja raiz significa
“confirmar", com um segundo sentido de “confiar". Ellicott (in loc.)
fala em fidelidade, referindo-se às
promessas que Yahweh
dá a Seus santos, bem como ao fato de que essas qualidades não podem falhar. A
palavra é usada para apontar para Deus (ver Sal. 30.10) e para os homens (ver
Isa. 59.14). “Esses são dois atributos especiais mediante os quais Deus é
conhecido em Seu trato com os homens (ver Êxo. 34.6,7), e são qualidades que
devem ser imitadas pelos homens (ver Mat. 5.48)” (Ellicott, in loc.).
Ata-as ao teu
pescoço. Cf. Pro. 1.9.
Escreve-as. Cf. Pro.
6.21 e 7.3. Ver Jer. 17,1 e II Cor. 3.3 Quanto à “tábua do coração”, ver Jer,
31.33. “A alusão, em ambas as frases, é às orientações dadas quanto à
legislação mosaica (ver Deu. 6.8,9), bem como à inscrição da lei sobre as
tábuas de pedra. Era usual que os antigos escrevessem sobre tabuinhas de
madeira. Assim foram inscritas as leis de Sólon (Lacrt. Vit. Solon) e também as
tabellae et pugillares dos romanos, A cera era usada com o mesmo propósito. Ver
Hab. 1.2. Paulo, entretanto, queria que a sua lei fosse escrita nas tábuas de
carne, do coração (II Cor. 3.3)” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2547.
3.3,4 — Benignidade e
fidelidade são duas palavras de peso dentro da Bíblia, pois descrevem o caráter
de Deus (Sl 100.5) e os valores que Ele exige de Seu povo. O apóstolo João
empregou o equivalente grego destas palavras, graça e verdade, para descrever o
caráter de Jesus (João 1.14).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 952.
Acerca das palavras
Não te desamparem a benignidade e a fidelidade (3), Jones e Walls dizem:
“Misericórdia (hb. Hesedh; [aqui ‘misericórdia’]) é uma palavra difícil de
entender à parte da ideia de aliança. Significa amor da aliança, e só podemos
entender a amplitude disso com base no Grande Mandamento e no que é semelhante
a ele (Dt 6.5 e Lv 19.18). Verdade (hb. ’emeth [aqui ‘fidelidade’) significa
‘firmeza’ e daí ‘confiabilidade’, ‘estabilidade’, ‘fidelidade’ e ocasionalmente
o que a fidelidade exige — realidade e verdade”. Os termos benignidade e
fidelidade com frequência estão associados no Antigo Testamento. Eles refletem
a fidelidade de Deus às suas promessas. Quando aplicados ao homem, descrevem a
integridade no seu sentido mais amplo.
O judaísmo entendeu
literalmente as expressões ata-as e escreve-as. Os bilatérios que continham
partes das Escrituras eram carregados e usados no braço e na testa (Ex 13.9; Dt
6.8-9; 11.18). No seu sentido mais profundo, benignidade (misericórdia) e
fidelidade (verdade) são princípios em que devemos refletir e segundo os quais
devemos viver.
EARL
C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 365
Pv 4.21 Não os deixes
apartar-se dos teus olhos. Os olhos e o coração fazem parte do quadro da mente
atenta e da sensibilidade para com a mensagem espiritual, ditames e promessas
da sabedoria e da instrução. Os olhos fixam-se sobre a sabedoria; não se
desviam dela para contemplar algo de menor importância. Em seguida, o coração
(o homem interior, o homem espiritual) aceita a sabedoria. O coração, pois,
torna-se o tesouro da sabedoria. Cf. este versículo com Éxo. 13.16 e também com
os “frontais”, que aparecem nesse versículo, onde temos o mesmo tipo de
mensagem insistente no tocante à lei: "... coração, como um tesouro
escondido na câmara mais interior de uma casa (2.1; 3.3,21; Deu. 6.6)”
(Fausset, in loc.). Um bom estudante deve concentrar o coração em sua busca espiritual.
Não se trata de algo que foi adicionado à sua vida. Deve ser a sua própria
vida.
Não os deixes
apartar-se. Cf. Pro. 3,21, cujas notas expositivas também se aplicam aqui.
Quanto a “coração”, ver Pro. 2.2. A palavra “apartar-se" envolve os afetos
da pessoa. O bom estudante deve amar a lei, na qual reside a sabedoria. Nesse
caso, não amará os valores deste mundo.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2557.
"Filho
meu", é o refrão continuado, em que a Sabedoria assume o papel de pai e
exorta o filho a seguir os seus conselhos. O pai também assume o papel de um
mestre, ensinando os seus alunos. O pai em casa e o mestre na escola completam
o círculo onde se encontra a saúde e a felicidade do jovem. Desde 1:1 até aqui.
O apelo é sempre o mesmo: FILHO MEU... É uma aula dada a respeito dos perigos
que rondam o aluno jovem, ou o filho descuidado. Neste conselho ou apelo do pai
ao filho, a nota é: Atenta para as minhas palavras; aos meus mandamentos
inclina o teu ouvido (v. 20). Atenção! diria a mestra aos seus meninos.
Atenção! diz o pai ao filho. Cuida-te, e não desprezes as minhas admoestações.
O mestre pode pedir atenção porque é reto e justo e deseja que os seus alunos
sejam homens de bem na família e não se percam no meio dos perversos. São três
os órgãos do corpo humano solicitados a atender a estas ponderações: OUVIDOS -
Inclina os teus ouvidos. OLHOS - não deixes que se apartem estes mandamentos
dos teus olhos. CORAÇÃO - Guarda-os no mais íntimo do teu coração. O coração é
o centro dos afetos e das emoções. O coração que não vibra às coisas boas é
porque já está pervertido. O coração, repitamos, é o centro do ser humano (Sal.
119:11 e Luc. 2:19). Maria guardou as palavras do anjo anunciador das
boas-novas no seu coração. Esse é lugar onde se guardam os melhores fatos da
vida, onde pulsam os bons sentimentos, e a Bíblia até nos informa que. devemos
guardar as portas de nosso coração, as portas da boca (Miq. 7:5). Estes mandamentos
são vida para quem os acha e saúde para o corpo (v. 22). Vida, e vida longa,
saúde e paz são os resultados que obtém quem observa esses ensinamentos.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
2. Desenvolvimento
moral.
MORALIDADE
A base dessa palavra é
o termo mos. (moris), -costume», «vontade», «uso», A ela corresponde a palavra
ética, que vem do grego, éthos, um virtual sinônimo de mos. Naturalmente, a
moralidade difere, dependendo de cada individuo, e não segue, necessariamente,
meros costumes, hábitos ou volições pessoais, conforme a palavra indica,
literalmente. Ver o artigo geral sobre a Ética, quanto a uma completa declaração
a respeito.
1. Alguns filósofos e
teólogos consideram a moralidade como algo natural e humano, objetando às ideias
que falam sobre alguma mente divina ou cósmica que controlaria a moralidade.
Isso corresponde à ética relativa ou ética situacional. Essa é uma moralidade a
posteriori,
2. A moralidade
também poderia ser considerada a priori, isto é, dependente de regras que
antecedem à experiência, presumivelmente alicerçadas sobre fontes extra-humanas
ou sobre-humanas. Esse tipo de moralidade equivale à ética rigorosa ou formal, segundo
a qual os homens não estabelecem as regras, mas são obrigados a obedecer às
mesmas. Fichte (vide) emprestava à consciência moral um primado tal que ele
alicerçou as suas ideias metafisicas sobre a mesma. O categórico imperativo de
Kant, segundo ele, seria por demais rigoroso, e não dependente das circunstâncias.
Esse categórico imperativo apresenta uma regra geral e absoluta: «Faze somente
aquilo que gostarias que se tomasse uma lei universal».
3. Também existe a
moralidade das coisas boas.
Essas coisas, embora
não reputadas absolutas, são estáveis. Assim, a moralidade não seria algo absolutamente
fixo, mas seria estável. As coisas boas valorizadas hoje, serão as mesmas
coisas boas valorizadas amanhã. Após longos períodos de tempo, entretanto,
poderá haver alguma leve modificação.
4. Poderíamos
conceber que a moralidade é derivada do processo evolutivo, e não de poderes divinos,
uma variante da primeira possibilidade, acima. As leis morais seriam
estabelecidas mediante a experiência, a necessidade e o uso costumeiro.
5. Nietzche ensinava
que há dois tipos de moralidade: a moralidade do senhor e a moralidade do
escravo. Seriam meras conveniências sociais, e não, necessariamente frutos da
vontade de qualquer força divina.
6. Apesar de que
ética e moralidade são sinônimos, alguns filósofos, como Santayana (vide),
fazem distinção entre uma coisa e outra. Ele considerava a ética como uma
disciplina racional. Mas para ele a moralidade nada era senão costume ou
hábito, sujeito a desenvolvimento e modificações. Ele distinguia entre formas
pré-racionais e pós-racionais de moralidade.
7. Argumentos metafísicos
baseados sobre a moralidade. Ver o artigo Moralidade, Argumentos Baseados Sobre
a, bem como as referências que damos ali.
A ORIGEM DIVINA ELA MORALIDADE
1. Quase todas as
filosofias, bem como a esmagadora maioria das religiões, reconhecem a existência
do problema do pecado. A maioria delas oferece algumas sugestões sobre como
esse problema pode encontrar solução. O cristianismo, por sua parte, salienta
que qualquer moralidade autêntica e duradoura, tem de ter origem divina. A
santidade puramente humana não é grande coisa, não é muito pura, e é
extremamente vacilante.
2. O Espirito Santo,
atuante sobre o espírito humano, provê uma real santidade. O Espirito é o agente
do arrependimento e, por conseguinte, do impulso e primeiro passo da santidade.
Ele é o autor da santificação (ver I Cor. 6:11 e Rom, 15:16) e, portanto, da
santificação continua.
3. Da mesma forma que
ele é a fonte da santidade, assim também todas as qualidades morais são inspiradas
por ele. O trecho de Gil. 5:22,23, mostra-nos que as virtudes espirituais são
um cultivo do Espírito. Ele é, igualmente, a origem de todos os dons
espirituais, através dos quais expressamos as nossas excelências (ver I Cor.
12; com suas muitas referências).
4. O alvo final é
fantasticamente elevado, a saber, as perfeições morais do próprio Deus (ver
Mat. 5:48). Através disso, chegaremos a participar da própria natureza e dos
atributos de Deus (ver Efé. 3:19). Eis por que a salvação vem pela graça divina
(ver no NTI as notas em Efé. 2:8), porquanto, um alvo tão elevado jamais
poderia ser atingido pelos esforços ou pelo mérito humano.
5. É impossível
exagerar a importância da moralidade na fé cristã, porquanto é através da transformação
moral que se efetua a transformação metafisica. Ninguém poderá jamais
compartilhar da natureza de Cristo, a menos que chegue à perfeição moral.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia
e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag. 356-357.
I - EDUCANDO ATRAVÉS
DO EXEMPLO, I Tm. 4: 12
Quando a Bíblia nos
convida a sermos bons cristãos, ela estampa diante de nós o grande exemplo de
vida de Jesus. Seus ensinos foram eficazes na formação do caráter de seus
seguidores porque ele vivia aquilo que ensinava. Devido à manifestação dessas
qualidades na vida dos discípulos, em Antioquia eles foram chamados, pela
primeira vez, de cristãos, At. 11: 26.
Muitos casais
frustram-se na educação de seus filhos por causa de suas próprias incoerências.
O conflito entre o que é ensinado e o que é, de fato, praticado leva os filhos
a rejeitar, ainda que inconscientemente, suas técnicas educacionais. A falta de
exemplo no ensinamento faz com que os pais percam a autoridade sobre seus
filhos e, muitas vezes, provoca neles a ira, Ef. 6: 4.
Somente as atitudes
de pais fiéis, norteadas pelo Espírito Santo, podem ser base sólida, que
permitam educação exemplar, influenciando a conduta de seus filhos.
Autor
desconhecido.
Sua própria relação
com Deus
Além de aprender
sobre a história de Deus na Bíblia, é necessário que nossos filhos escutem
sobre nossa própria relação espiritual com Deus, ou seja, nossa história.
Pode ser que os pais
se sintam relutantes e titubeiem no momento de compartilhar seu “testemunho” com
seus filhos, porque temem soar demasiado religiosos ou simplesmente porque têm
certo pudor no que se refere a assuntos espirituais. Peça a Deus ajuda para superar
esses sentimentos.
Quando for
apropriado, devemos compartilhar com nossos filhos como temos experimentado o amor
de Deus, sua misericórdia, fidelidade e até alguma correção que recebemos dele.
Se guardarmos estas experiências só para nós, impedimos que o que Deus fez em
nossa vida surta efeito na de nossos filhos.
Ao compartilhar
nossas vivências, estamos ajudando nossos filhos a apreciar que Deus é real e
que intervém em nossa vida diária, se assim o pedimos. Disto se trata falar das
coisas de Deus “sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao
levantar-te” (Deuteronômio 6:7).
Algumas das
circunstâncias que podemos relatar a nossos filhos podem ser as que nos tenham
levado ao batismo (não é necessário entrar em detalhes se caso houve sérios erros),
como Deus tem respondido nossas orações e por que cremos nele.
As crianças se
beneficiam destas revelações e compreendem melhor como Deus está trabalhando
com seus pais. Isto faz com que Deus seja mais real para eles e os aproxima mais
a seus pais. Ademais, tudo isso faz com que vejam que todos somos parte do
mesmo chamamento, que as promessas de Deus são verdadeiras e que seu caminho de
vida funciona.
Jim
Servidio. Como transmitir nossa fé a
nossos filhos.
EDUCANDO FILHOS PARA
DEUS
A boa educação e
instrução do lar resultará no aperfeiçoamento do caráter dos filhos, no
relacionamento sadio da família, num grande benefício para a sociedade como um
todo. Mas o grande objetivo é levar a família a Deus, Js. 24: 15. Por isso, os
alvos dos pais devem ser coerentes com os alvos de Deus. Os pais que sentem
essa responsabilidade agem da seguinte maneira:
a) Levam seus filhos
à casa de Deus e os apresentam ao Senhor. Ana, preocupada com a crise
ministerial de seus dias, e pelo fato de não ter condições de gerar filhos,
orou insistentemente ao Senhor, I Sm. 1: 11. Quando seu filho, Samuel, nasceu,
foi rapidamente apresentado a Deus em cumprimento do voto feito por sua mãe, e
tornou-se um dos maiores vultos da Bíblia Sagrada, I Sm. 1: 26-28. Assim também, José e Maria fizeram com Jesus,
Lc. 2: 21-24, conforme a prescrição da Lei, Lv. 12: 6-8 e Êx. 13: 2.
b) Ensinam aos filhos
a Palavra de Deus, Dt. 6: 6-7 e 32: 46. Para que o ensino seja eficaz é
necessário que esta Palavra esteja, primeiro, no coração dos pais, v. 6. Esse
ensino deve ser contínuo, v. 7. A
Palavra deve ser ensinada dentro de casa, nas caminhadas, nas viagens, na hora
de deitar-se e de levantar-se.
c) Testemunham dos
feitos de Deus, Sl. 78: 4. Falar daquilo
que Deus tem feito é uma maneira de estimular os filhos a crer no grande poder
de Deus.
Autor
desconhecido.
Pv 22.22 Não roubes
ao pobre, porque é pobre. Roubar os pobres é cometer um ato ousado. Isso pode
ser feito por meio da fraude ou pelo roubo direto. O significado é que não nos
devemos aproveitar dos pobres, que usualmente são impotentes para defender-se.
Ver isso em Pro. 14.31. O termo hebraico dal pode significar pobre, débil,
fraco, impotente. Quanto aos aflitos, ver Pro. 14.21 e 22.4. Os pobres e
aqueles que padecem necessidades de qualquer espécie são presa fácil para
pessoas inescrupulosas que podem obter deles o pouco que possuem por meio de
ameaças, casos de tribunal, suborno, acusações falsas e até violência.
Em juízo. A porta da
cidade era o lugar onde se buscava e se fazia justiça, onde casos fraudulentos
eram julgadas perante a lei, além de ser, igualmente, o lugar onde se
comerciava e onde negócios tortuosos eram perpetrados. Os pobres seriam os
perdedores em todas essas transações desonestas.
Pv 22.23 Porque o
Senhor defenderá a causa deles. O vs. 23 completa o provérbio dos vss. 22-23,
ao ameaçar a todos quantos quisessem abusar dos pobres. Yahweh (o Senhor, o
Deus eterno) defenderá a causa deles. Eles perderiam em juízo, na porta da
cidade, mas ganhariam quando seus inimigos fossem julgados, e eles fossem
recompensados. Os pobres eram despojados de seus bens, mas aqueles que os
oprimiam seriam despojados de sua vida, ou seja, após enfrentar desastres, a
vida deles seria abreviada. Morreriam miseravelmente, de morte prematura e/ou
violenta. O vs. 23 não tem paralelo nas instruções de Amen-em- Ope, mas o vs.
22 tem. O vs. 23 é uma observação dos hebreus quanto à situação, com paralelo
em Pro. 22.16. Ver também Pro. 21.13.
O Paralelo. A
primeira declaração (vs. 22) tem paralelo nas Instruções de Amen-em-Ope, no
segundo capítulo, e em Pro. 4.4,5.
Cuida de não furtares
os pobres, ou de seres valoroso contra os aflitos.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2651.
22.22,23 — A maioria
das violações de justiça afeta o pobre e o aflito, pois são frágeis e
indefesos. Mas quem faz isso se toma inimigo de Deus, que defenderá a sua
causa.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 980.
Pv 22.28 Não removas
os marcos antigos. Temos aqui uma simples declaração dupla, sem um segundo
versículo que explique o primeiro. Os provérbios de duas linhas são comuns a
esta seção (ver Pro. 10.1-22.16). Neste caso, porém, a primeira linha é seguida
por uma segunda, sinônima. Por seis vezes, a Bíblia proíbe que se mudem as
pedras que marcavam os limites das propriedades. Ver Deu. 19.14; 27.17; Jó
24.2; Pro. 22.28; 23.10; Osé. 5.10. As terras familiares dependiam da
permanência desses limites, e cada família israelita era proprietária de
terras. Isso fazia parte do conceito de justiça e equidade entre os hebreus e
da justa ordem social. Um agricultor, entretanto, facilmente podia ampliar as
dimensões
de seu terreno
removendo as pedras que marcavam os limites. Essa era uma forma de furto que
violava o oitavo mandamento (ver Êxo. 20.15).
Sinônimo. Os
antepassados respeitados eram os que tinham estabelecido os limites dos
terrenos pertencentes às famílias, e mexer com a justiça antiga, mediante uma
perversão moderna, era, realmente, um pecado sério. Os próprios pagãos tinham
leis similares (Ovídio, Fast. livro 1, vs. 50). Era sentido que os deuses
requeriam e garantiam a preservação das linhas que determinavam os limites.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2653.
22.28 — Os antigos
israelitas consideravam o respeito pelos limites (marcos) geográficos como mais
que uma questão de propriedade privada. Para eles, era uma questão básica da
vida cívica. As pessoas devem ter um certo senso de confiança e justiça pública
para a sociedade funcionar.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 981.
Pv 23.10,11 Não
removas os marcos antigos. Encontramos aqui outro provérbio de dois versículos.
Há cerca de vinte deles na seção à nossa frente. Ver as notas expositivas no
vs. 17, sob Apresentação das Declarações.
Décima Declaração
Temos aqui um
paralelo das Instruções de Amen-em-Ope, em seu capítulo 6, e em Pro. 7.12-15.
Os limites são
sagrados e não podiam ser modificados com impunidade. Representavam a provisão
da lei em favor de todo o Israel. Em Israel não havia famílias destituídas de
terreno, e os limites garantiam a preservação das terras familiares. Ver Pro.
22.28, onde encontramos declaração similar e onde ofereço a exposição sobre o
assunto.
Sinônimo. A segunda
linha do vs. 10 reforça o mandamento contido na primeira linha, e o vs. 11
reforça a ambas. O goel, ou seja, o vingador (redentor) sairia atrás do culpado
se este tentasse fraudar as terras de uma família. Ver no Dicionário o artigo
chamado Goel (Remidor). Algum tipo de vingança seria tomado.
Note o leitor que os
vss. 10b-11 são paralelos de Pro. 22.22,23. O homem que fraudasse a questão das
terras de uma família injuriava viúvas e órfãos, que dependiam das terras para
viver (a segunda linha do vs. 10). Portanto o Defensor (o goel) viria com ira e
executaria aqueles homens indignos (vs, 11). Yahweh preocupava-se com filhos
sem pais (ver Deu. 10.18; Sal. 10.14,17,18; 68.5; 82.3 e 146.9). Portanto, o
fraudador de terras enfrentaria a ira divina. Alguns estudiosos fazem a Palavra
“Vingador” (Redentor) ser grafada com inicial maiúscula, conforme faz a nossa
versão portuguesa, para dar a entender que esse Vingador é Deus. Isso promete a
retribuição divina, mas outras traduções preferem ficar com a idéia do goel
humano. “O Poderoso Libertador (Êxo. 6.6) se vingará dos erros cometidos"
(Ellicott, in loc.).
“Nada fiques com o
que pertence a um órfão. A mais pesada maldição divina cairá sobre aquele que
fizer isso... pois, não tendo eles nenhum parente, Deus tomará a causa deles e
os vindicará” (Adam Clarke, in loc.). Cf. Jer. 39.10.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2654.
23.10,11 — A
tendência dos homens maus de todas as eras é de tirar vantagem dos indefesos. Porém,
o destruidor precisa saber que a viúva e o órfão têm um Redentor, um protetor
dos direitos da família — e Seu nome é Jesus Cristo.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 981.
Pv 23.13,14 Não
retires da criança a disciplina. Encontramos aqui outro provérbio de dois
versículos que trata da criação e da disciplina das crianças. Quanto à nota de
sumário sobre essa questão, ver Pro. 13.24, com idéias adicionais em Pro.
22.15. Um bom ensino e um bom treinamento, segundo se supunha, obtêm sucesso:
crianças sábias seguiam pais sábios, pois a sabedoria é derivada da lei de
Moisés, fomentada pelas declarações da sabedoria. Ver os tipos de provérbios na
seção de Pro. 22.17-24; e ver em Pro. 22.17 a seção intitulada Apresentação das
Declarações.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2654.
23.13-16 — O
versículo 13 alerta os pais que hesitam em disciplinar os filhos e são muito permissivos
a aplicarem o castigo adequado e implementar limites às crianças. De forma
alguma, este provérbio faz alusão à violência. A disciplina com amor não mata a
criança birrenta; mas sim, educa.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 981.
Pv 14.22 Acaso não
erram os que maquinam o mal? Uma pergunta retórica, no livro de Provérbios, é
uma raridade, mas temos aqui uma dessas perguntas. Uma pergunta retórica espera
uma resposta tão óbvia que nem é preciso responder. Nosso coração sabe qual é a
resposta. É patente que aqueles que planejam o mal são pessoas que erram, as
quais, naturalmente, devem esperar o julgamento divino contra o seu desvio.
Quanto à palavra maquinam, ver Pro. 3.29.0 coração cheio de planos perversos
pensa em todas as maneiras de promover a corrupção. O livro Sabedoria de
Salomão 3.9 contém algo similar.
Antítese. Em
contraste, aqueles que planejam coisas boas possuirão as virtudes da lealdade e
da fidelidade, as quais eles exercerão em favor do próximo, e outras pessoas
também exercerão favor em favor deles. Ver Pro. 3.3 quanto à lealdade e à
verdade (ou quanto à misericórdia e à verdade, conforme dizem outras
traduções). Nossa versão portuguesa diz aqui “amor e fidelidade". O homem
bom ganha e exerce essas qualidades espirituais, e Deus também as exerce na
direção dele. Cf. Pro. 3.3; 16.6 e 20.28.
Este versículo tem
sido cristianizado para fazer com que a penalidade do planejador do mal seja a
perdição, ao passo que a recompensa do homem bom seja a salvação. Mas não é
esse o sentido do provérbio. O autor está interessado no que acontece a um
homem nesta vida e neste mundo.
Pv 14.23 Em todo
trabalho há proveito. Pro. 6.10 ss. é uma seção que se volta contra a preguiça.
Ver no Dicionário os artigos Preguiça e Preguiçoso, cujas notas expositivas são
úteis para ilustrar o valor do trabalho árduo ou labor. Neste versículo, todo
labor (quando honesto) é louvado; e somos relembrados que há proveito no labor,
em contraste com a pobreza que resulta da preguiça. Quanto a trabalho árduo,
ver também Pro. 10.4 e 12.11,24.
Trabalho. No
hebraico, éçebh, que basicamente significa “dor” ou “ferimento”, mas é vocábulo
usado de modo geral para indicar “trabalho”. Todos sabemos que o trabalho
físico árduo pode ser doloroso, e essa palavra hebraica nos faz lembrar desse
fato. Não obstante, a injunção é que continuemos a trabalhar, porque a dor
sempre traz proveito. O trabalho fazia parte da economia do jardim do Éden (ver
Gên. 2.15) e fará parte da economia celestial (ver Apo. 22.3). A preguiça é
condenada, e o labor é elogiado. Esse tipo de mentalidade faz parte da
espiritualidade.
Antítese. O homem que
vive falando em trabalhar, mas nunca trabalha, não deve esperar proveito algum.
“Os que falam muito são trabalhadores preguiçosos” (Fausset, in loc). “Menos
conversa e mais trabalho é um de nossos antigos conselhos(ingleses) “ (Adam
Clarke, in loc.). “Barris vazios são os que fazem mais barulho” (John Gill, in
loc.).
Causas da Pobreza, no
Livro de Provérbios. 1. A mesquinhez (Pro. 11.24; 28.22). Não dê, e você nada
obterá. 2. A pressa (Pro. 21.5). Aqueles que se apressam por enriquecer, ficam
descuidados e fracassam. 3. O hedonismo (Pro. 21.17). 4. A opressão (Pro.
22.16). 5. O favoritismo (Pro. 22.16). 6. A preguiça (Pro. 14.23).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2608-2609.
14.22 — As duas
palavras de devoção mais importantes da Bíblia são beneficência e fidelidade. Juntas,
elas significam fidelidade constante ou lealdade verdadeira. No Novo
Testamento, o equivalente grego desta expressão é traduzido como graça e
verdade (Jo 1.14) e é usado para se referir ao Senhor Jesus. Quem trama o mal
nada conhece destas virtudes.
14.23 — Falar que vai
fazer não é a mesma coisa que fazê-lo. Apenas falar leva à pobreza. Só o
agir leva às vantagens tão procuradas.
14.24 — Este
versículo precisa ser balanceado por outros que aconselham mais prudência. Uma coisa
é certa: insensatez só gera mais insensatez, e esta proliferação se dá em alta
velocidade.
14.25 — Não devemos
esperar mais de uma falsa testemunha do que a falsidade (Pv 14.5), mas podemos
descobrir que a verdadeira testemunha não apenas diz a verdade, como também pode
salvar inocentes.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 965.
Pv 23.6,7 Não comas o pão do invejoso. Estes versículos formam outra
declaração em dois versículos, mas agem como unidade. Existem cerca de vinte
desses pares no livro de Provérbios. Ver as notas de introdução, no vs. 17, sob
Apresentação das Declarações.
Oitava Declaração
Os vss. 6-7 são paralelos das Instruções de Amen-em-Ope, capítulo 11, e
também Pro. 14.5-10. Ver a introdução ao vs. 22 sobre essa obra e seu paralelo
no livro de Provérbios. Ver o gráfico acompanhante como ilustração.
A obra egípcia diz como segue:
Não cobices os bens de um dependente,
E não tenhas fome de seu pão.
Quando falhares diante de teu chefe, e ficares embaraçado com suas
declarações, tuas lisonjas serão respondidas por maldições, e tuas reverências
por espancamentos.
Engoles um bocado grande demais, e deves vomitar tudo de novo.
Dessa maneira, serás esvaziado de teus bens.
É melhor não comer o pão de um homem parcimonioso. Pois ele “cobrará”
de ti de alguma maneira. Conforme diz literalmente o hebraico, ele tem um olho
mau. Assim, ele se lamentará pelo que tomaste dele e descobrirá uma maneira de
adquirir de volta o que pensa que tomaste dele. E te fará algum dano, de
qualquer maneira que puder. Cl. Pro. 28.22. Para ele, tu és um ladrão. Ele não
considera que a hospitalidade tenha algum valor. Tudo é pura perda para ele.
“Os vss. 1 -3 advertem contra comer gananciosamente no banquete do
governador. Os vss. 6-8 advertem contra comer o alimento servido por algum
homem pão-duro” (Sid S. Buzzell, in loc.). Em contraste, o homem bom tem um bom
olho (ver Pro. 22.9). Ver Pro. 28.22 quanto a outras ideias sobre o “olho mau”.
O vs. 7 deste capítulo esclarece as implicações do vs. 6. Esse homem
ganancioso diz: “Come e bebe muito”, mas o seu coração está gritando contra ti,
porquanto ele se ressente de estares ali a comer as suas “riquezas”. Para ele,
tu és um explorador, tirando vantagem de “sua boa vontade”, como se ele tivesse
alguma. Esse homem está “contando as suas perdas”, mas fazendo o papel de um
homem generoso. Portanto, é um hipócrita. É melhor guardar distância desse tipo
de pessoa e certamente jamais aceitar um convite que ele possa fazer em um
momento de fraqueza ou em um momento temporário de disposição para gastar, o
que não é típico dele.
Pv 23.8 Vomitarás o bocado que comeste. Este versículo participa do
paralelo dado acima, semelhante à obra literária egípcia, no seu capítulo 11, e
em Pro. 14.17,18. Podemos considerar participar da oitava declaração, ou formar
uma nona. Talvez somente os vss. 6 e 8 sejam realmente paralelos, enquanto o
vs. 7 é uma expansão hebraica, posta entre esses versículos.
Se fores tão insensato a ponto de aceitar o convite de jantar da parte
de um homem parcimonioso, então os acepipes que tiveres comido serão vomitados.
Em outras palavras, em algum tempo, aquele homem do olho mau requererá que lhe
pagues de volta o que ele te ofereceu em sua “generosidade” hipócrita. Tu
ficarás enojado por esse tipo de generosidade e sentirás vontade de vomitar. E
tu ficarás triste por haveres aceitado o convite daquele homem.
Sinônimo. De todas as coisas boas que tu disseste durante o jantar,
nenhuma delas terá sido dita em vão. Tu terás dilapidado tuas palavras
agradáveis. A conversa durante o jantar foi boa, mas não foi boa, afinal. Tu
louvaste o homem por sua generosidade, mas tudo não passava de uma farsa.
Não fales aos ouvidos do insensato. Encontramos aqui um duplo simples
de duas linhas, o que é comum e característico da seção de Pro. 10.1-22.17, mas
não no caso à nossa frente (ver Pro. 22.17-24.34).
Nona Declaração
O autor prossegue com suas trinta declarações, em imitação aos trinta capítulos
da obra egípcia Instruções de Amen-em-Ope. Aqui, os paralelos do capítulo 21
são Pro. 22.11,12. Veras notas expositivas sobre Pro. 22.22 quanto a
explicações, e o gráfico acompanhante quanto a detalhes. Diz o paralelo
egípcio:
Não esvazies tua alma interior diante de todos, nem estragues (dessa
maneira) a tua influência.
A tentativa de ensinar um insensato é uma tarefa impotente e sem
agradecimentos. Ele não aprende porque não quer fazê-lo. Tal pessoa não tem
respeito pela lei de Moisés, com seus mais de 600 mandamentos para não fazer
isto ou fazer aquilo. Tal pessoa não está atrás da sabedoria. Ela tem seu
próprio manual, baseado no auto-interesse, e não na espiritualidade.
Insensato. Esta palavra é tradução do termo hebraico kesil, que
significa uma pessoa embotada, de cabeça dura, teimosa, não inclinada a ouvir a
ninguém.
Sinônimo. Visto que estás te intrometendo em seu negócio desonesto e
condenando o seu estilo de vida mediante as tuas instruções, esse homem não te
ouvirá meramente, mas também desprezará a tua sabedoria baseada na lei. Esse é
um exemplo veterotestamentário de lançar pérolas aos porcos (ver Mat. 7.6). Cf.
este provérbio com Pro. 9.8.0 homem bom, em contraste, haverá de amar-te,
juntamente com o que disseres, porquanto tu o ajudarás a melhorar a sua
conduta.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2654-2655.
6. Os olhos malignos, E.R.C. Não o mau olhado dos supersticiosos. A LXX
também errou sob esse aspecto. A frase aparece em 28:22, o que não ajuda a
esclarecer, mas Greenstone, Toy e Delitzsch comparam 23:6 com 22:9, onde os
"bons olhos" se referem a um homem generoso. Aqui
a ideia correta é o avarento (o invejoso, E.R.A.) O paralelo egípcio é
apenas aproximado. Nem cobices os seus delicados manjares. Repetição de 23:3.
Poderíamos extraí-lo do versículo 3, diz Toy e Oesterley, mas não temos
justificativa para fazê-lo.
8. Perderás as tuas suaves palavras. Cons. o versículo 9. O
"insensato" desprezará a sabedoria das tuas palavras. Este paralelo
ocorre na identificação do "insensato" de 23:9 com o homem avarento
dos versículos 6, 7.
Charles
F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody.
Editora Batista
Regular Provérbios. pag. 59-60.
Pv 24.11,12 Livra os que estão sendo levados
para a morte. Temos aqui outra declaração que consiste em dois versículos. Isso
acontece por cerca de vinte vezes na seção de Pro. 22.17-24.34. Ver Pro. 22.17,
sob Apresentação das Declarações, quanto aos vários modos de arranjo das
declarações. A maioria dos provérbios com dois versículos possui versículos com
duas linhas cada, em que a segunda linha é sinônima da primeira. Muitas das
trinta declarações são paralelas das instruções de Amen-em-Ope (ver as
informações em Pro. 22.22), sendo esse o caso da presente declaração.
Vigésima Quinta Declaração
Esta declaração é paralela à obra literária
egípcia Instruções de Amen-em-Ope, em seu oitavo capítulo, e em Pro. 11.6,7.
Aqui Yahweh perscruta o coração dos homens (v. 12), o que, na obra egípcia, é
ato do deus Thoth.
Vs. 11. Os oprimidos estavam sendo levados
para serem executados, ou por seus inimigos pessoais, ou por meio de decisões
judiciais desonestas. Seriam executados por crimes que não cometeram.
Sinônimo. Nesses casos, o homem bom envida
todo o esforço para fazer cessar a injustiça e salvar os pobres homens que
estavam prestes a morrer. Ver sobre Pro. 19.17 quanto aos oprimidos. Os
profetas falavam em termos fortes contra tal opressão. Ver Amós 2.7 e Osé. 4.2.
Os oprimidos seguem tropeçando para o local de sua execução e merecem a nossa
piedade.
Vs. 12. Este versículo reforça o anterior. O
homem justo pode ter medo e conter- se, ou seja, não se envolver nos casos
descritos no vs. 11.0 homem justo pode fingir ignorância e olhar em outra
direção, acovardando-se diante dos assassinos.
Antítese. Em contraste, Yahweh tem perfeita
consciência do que está acontecendo, ao sondar o coração daqueles covardes.
Esses não podem escapar da ira divina, se deixarem de ajudar a um irmão em
aflição. Nas Instruções de Amen- em-Ope, é o deus Thoth que pesa o coração em
tais casos. Cf. Pro. 21.2. Deus conhece as motivações e os pensamentos. Ele
verá as injustiças e será severo acerca da questão. Ele se preocupa com a sorte
dos fracos e dos impotentes (ver Pro. 22.22,23; 23.10,11). Cf. a atitude lassa
dos covardes com a atitude de Caim: “Acaso sou eu tutor de meu irmão?” (Gên.
4.9).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2660.
24.12 — Não pagará
ele ao homem conforme a sua obra! As palavras de Jesus sobre as recompensas eternas
abrem e encerram o Novo Testamento (compare Mt 5.11,12 a Ap 22.12). Ainda assim,
o sacrifício de Jesus na cruz libertará de qualquer condenação aqueles que nele
crerem (Rm 5.18; G13.18; Ap 22.17).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 981.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva.
Muito Bom. DEUS continue lhe abençoando.
ResponderExcluirmeu nome é Alessandra tenho 31 anos eu gosto muito de esta na presença no
ResponderExcluircaminho do senhor e se membra da igreja vencendo com cristo eu sou lide do
grupo das crianças que eu gosto muito lida com elas nome é Alexandra,Mayara,Leticia
essas são as minhas meninas.Que deus abeçoe todas elas.E eu Alessandra.