O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS
Data 3 de Novembro de 2013 HINOS SUGERIDOS 306, 285, 557.
TEXTO ÁUREO
“Favo
de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv
16.24)»
VERDADE PRATICA
As
nossas palavras revelam muito do que somos, pois a boca fala do que o coração
está cheio.
LEITURA DIARIA
Segunda - Pv 1 5.23 Falando no tempo certo
Terça - Pv 1 5.2 A língua como adorno da sabedoria
Quarta - Pv 6.17 A língua que Deus aborrece
Quinta - Pv 16.24 A língua como instrumento de
cura
Sexta - Pv 16.21 O saber pela doçura no falar
Sábado - Tg 3.8 A difícil arte de dominar a língua.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Provérbios
6.16-19; 15.1,2,23; 16.21.24
6.16-19
16
- Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina:
17
- olhos altivos, e língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente, 18 -
e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para
o mal,
19
- e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre
irmãos.
15.1,2,23
1
- A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
2
- A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a
estultícia.
23-0
homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!
16.21.24
21-0
sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o
ensino.
24
- Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos.
INTERAÇÃO
Prezado
professor, você deve conhecer as seguintes expressões: “Sou sincero!’’; “Só
falo a verdade!”; “Não levo desaforo para casa!” Mas quem disse que ser
sincero, falar a verdade e não levar desaforo para casa significa estar sempre
com a razão? Na verdade, tal postura reflete uma má educação. Vivemos numa
sociedade onde se perdeu
o
respeito mútuo. É no trânsito, na fila do caixa do mercado, na fila dos bancos,
nos departamentos das igrejas; as pessoas parecem não ter paciência para
esperar, se acalmar. Não pensam duas vezes em usar uma arma poderosa para
ofender, maltratar e magoar: a língua. O Evangelho, por outro lado, desafia-nos
a agirmos de outra maneira: pagando o mal com o bem.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer as consequências das
palavras.
Explicar os símbolos usados
por Salomão e Tiago.
Ter cuidado com o bom uso
da língua.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Para
concluir a lição desta semana, leia com a classe Tiago 3.3-5. Em seguida,
destaque as expressões “freio nas bocas dos cavalos”; “a nau dominada por um
pequeno leme” e "a língua, um pequeno membro”. Depois, explique- -as
afirmando que elas representam um pequeno elemento que é poderoso para impedir
ou permitir uma tragédia inigualável. Conclua dizendo que nossa língua, um
pequeno órgão, pode edificar vidas, mas, também, ofendê-las, magoá-las ou
destruí-las. À luz dessas metáforas, desafie os alunos a desenvolverem o
autocontrole sobre o que dizem e, consequentemente, fazem.
PALAVRA-CHAVE
Língua: Órgão muscular, situado na boca e na faringe,
responsável pelo paladar e auxilia na mastigação e na deglutição, e também na
produção de sons, fala.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Provérbios
e Tiago contêm as mais belas exposições sobre uma capacidade que apenas os
seres humanos possuem: a fala. Na lição de hoje, analisaremos o que as
Escrituras revelam sobre esse fascinante dom.
Num
primeiro momento, estudaremos como o falar é tratado pelos autores sagrados. Em
seguida, veremos os conselhos que Salomão e Tiago dão àqueles que verbalizam
pensamentos, princípios e preceitos. O objetivo é mostrar como a literatura sapiencial
bíblica toca num ponto sensível da vida humana, muitas vezes esquecido pelos
cristãos: a devida e correta utilização das palavras.
I - O
PODER DAS PALAVRAS
1. Palavras que
matam.
É evidente que, dependendo do contexto em que são faladas e por quem são
pronunciadas, podem ferir ou até mesmo matar (Pv 18.21a).
Este
exemplo pode ser observado na vida conjugal, quando uma palavra ofensiva, ou
injuriosa, dita por um cônjuge, ofende e magoa o outro. Se não houver perdão de
ambas as partes, o relacionamento poderá deteriorar-se (Pv 15.1).
2. Palavras que
vivificam.
A palavra hebraica dobar significa palavra, fala, declaração, discurso, dito,
promessa, ordem. Os temas contemplados pelo uso desses termos são, na maioria
das vezes, valores morais e éticos. Salomão tem consciência da importância das palavras
e, por isso, afirma: “O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos
lábios aumentará o ensino” (Pv 1 6.21).
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
Segundo
a Bíblia, dependendo da motivação de quem pronuncia, as palavras podem matar ou
vivificar.
El -
CUIDADOS COM A LÍNGUA
1. Evitando a
tagarelice.
Há um provérbio muito popular que diz: “Quem fala o que quer, ouve o que não
quer”. Este ditado revela a maneira imprudente de se falar, algo bem próprio do
tagarela. Este personagem está presente na tradução do hebraico batah: pessoa
que fala irrefletida e impensadamente.
Não
basta dizer: “Pronto, falei!” É preciso medir as consequências do que se fala.
E a melhor forma de fazer isso é compreender que na “multidão de palavras não
falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv 10.19).
Salomão tinha essa consciência (Pv 1 3.3).
2. Evitando a
maledicência.
O livro de Provérbios também apresenta conselhos sobre a maledicência. Ali, a
palavra aparece como sendo a sétima abominação, isto é, o ponto máximo de uma
lista de atitudes que o Senhor odeia (Pv 6.16-19). O Senhor “abomina” (do
hebraico to’ebah) a maledicência ou a contenda entre irmãos.
No
original, “abominar” significa “sentir nojo de” e pode se referir a coisas de
natureza física, ritual ou ética. Deus se enoja de intrigas entre irmãos. É a
mesma palavra usada para descrever coisas abomináveis ao Senhor, tais como a
idolatria (Dt 7.25), o homossexualismo (Lv 18.22-30) e os sacrifícios humanos
(Lv 18.21)!
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
O
conselho bíblico para cuidarmos da nossa língua começa por evitarmos a
tagarelice e a maledicência.
III - O
BOM USO DA LÍNGUA
1. Quando a língua
edifica o próximo. Como
servos de Deus, somos desafiados a usar nossas palavras como um meio para
ajudar nossos irmãos, através de exortações, bons conselhos e também através do
ensino da Palavra de Deus e de seus princípios (1 Co 14.26).
2. Nossa língua
adorando a Deus.
O melhor uso que se pode fazer da palavra é quando a empregamos para
dirigir-nos a Deus em adoração. Todo crente fiel sabe disso, ou deveria saber
(Pv 10.32). O Senhor se agrada dos sacrifícios de louvor (Hb 13.15). Esse é o
segredo para uma vida frutífera e agradável ao Senhor (Ef 5.19,20). Não nos
esqueçamos, pois, da maior vocação de nossa língua: louvar e exaltar a Deus.
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
A
língua deve ser usada para edificar o próximo com bons conselhos, exortações e
ensino da Palavra de Deus; e exaltar ao Altíssimo adorando-o em Espírito e em
Verdade.
IV - SALOMÃO
E TIAGO
1. Uma palavra ao
aluno. Abundante
no livro de Provérbios, a expressão hebraica shama Beni ocorre 21 vezes com o
sentido de “ouvi filho meu”. Não há dúvida de que o emprego de tal linguagem
revela o amor de uma pessoa mais experiente, dirigindo-se a outra ainda
imatura. É alguém sábio e experimentado na vida, passando tudo o que sabe e o
que vivenciou ao seu aprendiz (Pv 1.8,10,15; 3.1,21; 5.1,20; 7.1).
São
mais de trezentos conselhos como regra do bom viver. Segui-los significa achar
o bem, e não segui-los é encontrar-se com o mal.
2. Uma palavra aos
mestres.
Se por um lado Salomão se dirigiu ao discípulo (do hebraico: filho, aluno),
por outro lado
Tiago falou àqueles que querem ser mestres. Os que pregam e ensinam a Palavra
de Deus têm de falar somente o que convém à sã doutrina (Tt 2.1).
Em
sua epístola, Tiago utiliza símbolos extraídos do cotidiano, mas carregados de
significado: a) Freios: Assim como o freio controla o animal, deve o crente
refrear e controlar a sua língua; b) Leme: Se o leme conduz o navio ao porto
desejado, deve o crente dirigir o seu falar para enaltecer a Deus; c) Fogo: Uma
língua sem freios e fora de controle queima como fogo. Por isso, mantenhamos a
nossa língua sob o domínio do Espírito Santo; d) Mundo: A língua pode se tornar
um universo de coisas ruins. Então, o que fazer? Transformá-la num manancial de
coisas boas; e) Veneno: O perigo reside em alguém possuir uma língua grande e
ferina e, portanto, venenosa, f) Fonte: Como fonte, a língua deve jorrar coisas
próprias à edificação; g) Árvore: A boca do crente, por conseguinte, deve
produzir bons frutos. Portanto, usemos as nossas palavras para a glória de Deus
(Tg 3.1 -1 2).
SINOPSE
DO TÓPICO (4)
Ao
ensinar os provérbios, Salomão tem em mente ensinar os discípulos, enquanto
Tiago aconselha os mestres.
CONCLUSÃO
Vimos
nesta lição os conselhos dos sábios sobre o bom uso da língua. A linguagem,
como algo peculiar ao ser humano, é muito preciosa para ser usada iniquamente.
Não permitamos, pois, que a nossa língua seja instrumento de um dos pecados que
Deus mais abomina: a disseminação de contendas entre os irmãos.
À
luz da Palavra de Deus, somos encorajados a andar em união, harmonia e paz.
Portanto, com a nossa língua abençoemos o nosso semelhante, pois assim fazendo,
bendiremos também ao Senhor nosso Deus.
VOCABULÁRIO
Nau: Designação genérica
que até o século XV se aplicava a navios de grande porte.
Leme: Peça plana,
localizada na parte submersa da popa de uma embarcação, gira em um eixo e
determina a direção em que aponta a proa do navio.
Personificá-las: Expressar, tornar
viva e concreta uma ideia através de pessoas.
Ápice: Extremo superior;
ponto máximo, culminância, apogeu.
Desvelo: Ato ou efeito de
desvelar-se. Isto é, agir com diligência; zelar, cuidar, empenhar-se.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
I
Subsídio
Vida Cristã
“DISCIPLINA
DA LÍNGUA
Que
poder tem a palavra escrita ou falada! Nações se ergueram, e nações caíram pela
língua. Vidas foram enaltecidas e rebaixadas pelo falar humano. A bondade flui
como um doce rio de nossas bocas, da mesma forma, o esgoto. A pequena língua,
sem dúvida, é uma força poderosa.
[...]
Tiago, o irmão do Senhor, entendia isto tão bem, quanto qualquer homem na
história e, através do uso de analogias gráficas, ele nos deu a mais penetrante
exposição sobre a língua do que qualquer texto literário, seja secular ou
sagrado [...] (Tg 3.3-5).
[...]
A principal preocupação de Tiago é com o poder destrutivo da língua, e isto
produz uma das mais provocantes declarações: ‘Vede como uma fagulha põe em
brasa tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua
está situada entre os membros de nosso corpo e contamina o corpo inteiro e não
só contamina e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como
é posta ela mesma em chamas pelo inferno (vv.5,6)” (HUGHES, R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão. 3.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2004, pp.l 26-27).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
II
Subsídio
Teológico
“Abençoando
o Malfeitor
Fazer
o bem àqueles que nos fizeram mal envolve tanto palavras quanto atos, tanto
bênçãos quanto servir. John Stott afirma: ‘Na nova comunidade de Jesus as
maldições devem ser substituídas por bênçãos; a malícia, por oração; e a
vingança, por serviço. De fato, a oração purga o coração da malícia; os lábios
que abençoam não podem, ao mesmo tempo, amaldiçoar; e a mão ocupada com
serviços fica impedida de se ocupar com vingança’.
No
entanto, deixemos claro que na prática, conquistar o mal com o bem envolve
muitas vezes a obstinação e a dureza que vai contra nossas concepções sentimentalizadas
da bondade. A fim de verdadeiramente fazermos o bem para alguém implicará dar o
que mais precisa - não necessariamente o que ele quer. Por exemplo, fazer o bem
para um pai ameaçador e ditatorial que insiste em controlar seu filho adulto
pode significar resistir a ele e se recusar a ceder a suas exigências. Por
outro lado, no caso de uma mãe fraca e indecisa fazer o bem significa se
recusar a tomar qualquer atitude a fim de que ela seja forçada a tomar suas
decisões. Como Aílender e Longman sugerem: ‘Em muitos casos, um amor [tão]
corajoso muitas vezes enerva, fere, perturba e compele a pessoa amada a lidar
com as enfermidades interiores que estão roubando a alegria dela e dos outros’.
Esse
tipo de amor vigoroso é exemplificado na última frase da passagem de Provérbios
citada por Paulo. A frase diz que ao dar comida e bebida a nossos inimigos
amontoa-se ‘brasas de fogo sobre a [nossa] cabeça’ (Rm 1 2.20). Embora isso
possa nos parecer um ato pouco amigável, nos tempos bíblicos, essa era uma figura
de linguagem para dizer que isso traz um profundo sentimento de vergonha a seus
inimigos, não a fim de ofendê-los ou humilhá-los, mas para levá-los ao
arrependimento e à reconciliação” (SEAMANDS, Stephen. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. I. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, pp.l 66-67).
EXERCÍCIOS
1.
Dependendo do contexto em que são faladas, e por quem são pronunciadas, o que
as palavras podem fazer? Dê um exemplo.
R:
Podem matar uma pessoa. Por exemplo, na vida conjugal quando o cônjuge ofende e
magoa o outro através das palavras.
2.
Segundo a tradução do termo hebraico batah, o que significa tagarela?
R:
Pessoa que fala irrefletida e impensadamente.
3.
Qual atitude o Senhor abomina segundo o livro de Provérbios?
R:
A maledicência ou a contenda entre irmãos.
4.
Como servos de Deus, o que somos desafiados a fazer com nossas palavras?
R:
Usá-las como um meio para ajudar nossos irmãos.
5.
Se por um lado, em Provérbios, Salomão se referiu aos discípulos, a quem Tiago
se dirigiu?
R:
Aos mestres, aqueles que labutam no ensino.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HUGHES,
R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão.
3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
SEAMANDS,
Stephen. Feridas que Curam: Levando
Nossos Sofrimentos à Cruz. I. ed. Rio de Janeiro: ^CPAD, 2006.
Revista
Ensinador Cristão, CPAD, n° 56, p.38.
O
Cuidado com aquilo que Falamos
De
todos os seres criados pelo Todo-Poderoso, o homem é o único que possuiu um
aparelho fonador. Logo, podemos afirmar que a fala é um dom divino que
distingue o ser humano. É algo realmente especial que pode ser usado para o bem
como para o mal. Tiago compara a língua a um fogo devastador (Tg 3.6). Pois uma
pequena fagulha pode queimar e destruir uma floresta inteira. Ele ainda afirma
que "nenhum homem pode domar a língua" (Tg 3.8). Com a nossa língua
podemos bendizer a Deus e maldizer o próximo. Ter o controle da língua não é
fácil, mas não é impossível para o crente. Quem consegue controlar a língua,
controla todo o seu ser.
Nossa
maneira de falar nos identifica, revelando o nosso verdadeiro eu, pois a boca
fala do que o coração está cheio (Mt 12.34). É do coração, ou seja, do íntimo
do ser humano que procedem os males. Certa vez, Pedro foi identificado como
alguém que esteve com Jesus somente pelo seu linguajar (Mt 26.73). Sua fala evidencia
que você é um cristão?
Muito
se falou a respeito do poder das palavras e não faltou heresia. Sabemos que
nossas palavras não têm poder em si mesmas. Todavia, não podemos sair por aí
falando o que nos vem à cabeça, pois nossas palavras afetam o nosso próximo de
forma positiva ou negativa. Por isso, o livro de Provérbios dá uma ênfase
especial ao modo como empregamos as palavras. Jesus também ensinou que no Dia
do Juízo, todos terão que dar conta diante de Deus por suas palavras (Mt
12.36).
Quer
aprender a guardar sua língua do mal? Então leia e estude o livro de
Provérbios, pois nele podemos encontrar ensinamentos preciosos a respeito do
uso da língua. Um destes ensinos é a respeito do ser moderado no falar (Pv
21.23). Você fala demais? Então tome cuidado! Quem fala em demasia prejudica o
outro e a si próprio (Pv 13.3). Vários Provérbios tratam a respeito da língua
mentirosa e da calúnia (Pv 6.17). A difamação, em especial nos blogs e nas
redes sociais, tem feito muitas vítimas. A calunia é devastadora e consegue
separar até os amigos mais íntimos (Pv 16.28). O Diabo é o pai da mentira (Jo
8.44) e toda mentira e engano procedem dele. Muitos usam sua língua para fazer
fofoca, caluniar os outros ou distorcer a verdade. Saiba que Deus abomina a
língua mentirosa (Pv 6.17).
Aprendamos
com os conselhos dos sábios a usar nossa língua de maneira que o nome do Senhor
seja glorificado.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A máquina que fala!
Thomás Edison levado
uma vez a um evento, e ao ser apresentado por seus anfitriões que mencionaram
suas muitas invenções, entre elas "a máquina que fala". O célebre
inventor se pôs de pé, e sorrindo, respondeu: "Agradeço pelas frases
amáveis de apresentação, porém permitam-me fazer uma correção. Deus foi quem
inventou a máquina que fala, eu só inventei a primeira que se pode fazer parar
de falar: "o fonógrafo".
Deus nos deu o Dom da
fala porém nos deu também a responsabilidade de seu uso. Em Mateus 12:36 somos
avisados de que "de toda palavra ociosa que os homens falarem, dela darão
conta no dia do juízo".
A LÍNGUA DOMANDO ESTA
FERA
"O maior dos
pecados de um homem está em suas palavras". (Thomas Manton)
Três jovens foram
orar em um monte. Em determinado momento, pararam de orar e resolveram
confessar um ao outro "o seu ponto fraco". O primeiro disse: — O meu
ponto fraco, é que não posso olhar para as meninas da igreja que eu logo penso
bobagem. O segundo disse: — O meu ponto fraco é pior do que o seu, não posso
olhar para os rapazes da igreja, porque tenho tendência para o homossexualismo.
O terceiro disse: — O meu ponto fraco eu não vou contar, porque é pior do que o
de vocês. Mas de tanto insistirem, ele contou. — O meu ponto fraco está na
língua. Eu estou com uma vontade incontrolável de descer lá na igreja, e contar
para toda a comunidade o Que vocês acabaram de contar para mim. Os rapazes
então disseram: — Vamos orar primeiro por ele, caso contrário estaremos
perdidos... Não seria este o ponto mais fraco de algumas pessoas? Vamos
refletir sobre o assunto.
"...a língua
porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno
mortífero". (Tg3:8)
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
LÍNGUA
1. Órgão muscular
alongado, móvel, situado na cavidade bucal que serve para a degustação, para a
deglutição e para a articulação dos sons da voz (Lm 4.4; Jó 29.10; Jó 20.12).
"Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse
porás à parte" (Jz 7.5).
2. E também utilizada
por sinédoque para pessoa como na frase "minha língua exultou" (At
2.26; cf SI 52.2; Pv 26.28; Is 45.23; Tg 1.26). Às vezes, a expressão
"toda língua" significa "toda pessoa", independente do
idioma que fale (Is 45.23; Fp 2.11).
Ela é, também, objeto
de discurso, tanto para o bem como para o mal. Amor e bondade podem estar na
língua, isto é, no discurso (1 Jo 3.18; Pv 31.26) tanto quanto a insolência, a
falsidade, e a calúnia (Js 10.21; SI 78.36; 15.3). Ela pode ser lenta (Êx 4.10)
ou tão rápida quanto a pena de um escritor habilidoso (SI 45.1). Imperfeições
morais são atribuídas a ela, como arrogância (SI 12.3), engano (SI 52.4) e
mentira (Pv 6.17). Ela também é um instrumento de louvor (SI 51.14; 126.2; Is
35.6).
É uma palavra usada também
como sinônimo para idioma ou dialeto (Dt 28.49; At 1.19). Também é usada em
referências a animais, incluindo o cão (Êx 11.7; SI 68.23), a víbora (Jó
20.16), e o crocodilo (Jó 41.1). A palavra designa também o que, por seu
formato, lembra uma língua. Assim, "uma barra [língua] de ouro" (Js
7.21,24) e "a baía [língua] do mar" (Js 15.2,5; 18.19; cf. Is 11.15).
Alguns usos metafóricos da palavra também são importantes: A "insolência
da língua", ou "a violência da língua", significa abuso verbal
(Os 7.16), enquanto a "contenda das línguas" e o "açoite da
língua" significam amaldiçoar e irar-se (SI 31.20; Jó 5.21). "Curvar
a língua" ou "estender a língua" significa proferir falsidades
maliciosas (Jr 9.3) e, "aguçar a língua" denota uma fala cortante (SI
140.3). "Usar a língua" significa lisonjear (Jr 23.31), e "ferir
com a língua" significa caluniar (Jr 18.18). "Esconder debaixo da
língua" significa esconder-se na maldade (Jó 20.12), e a palavra de Deus
na língua é um sinal de inspiração (2 Sm 23.2). "Deitar para fora a
língua" significa zombar (Is 57.4) e, "dividir" a língua dos
ímpios é levantar dissensão entre eles (SI 55.9). "Morder a língua" é
um sinal de fúria, desespero e tormento (Ap 16.10).
A passagem bíblica
mais importante com relação ao uso certo ou errado da boca e da língua é Tiago
3.1-12. Tiago compara o poder ou a influência da língua com o leme de um navio,
com uma fagulha que coloca uma floresta em chamas e com uma serpente indomável
cheia de veneno mortífero. Veja Línguas, Confusão de; Línguas, Dom de; Línguas
de Fogo; Idiomas; Boca.
E. C. J.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 1163-1164.
I - O
PODER DAS PALAVRAS
1. Palavras que
matam.
A Grande Influência
deste Pequeno Membro
"Palavras... são
boas apenas quando são melhores do que o silêncio". (Richardn Sibbes)
Encontramos na Bíblia
várias figuras usadas pelos escritores para mostrar o poder de influência das
nossas palavras.
1. O leme do navio
"E como um leme
de navio", (Poder para governar, Tg. 3:4). O leme é um dispositivo
instalado em embarcações e aeronaves para controlar a direção. Pode ser de
madeira ou de metal e fica instalado na popa. Nas aeronaves é parte de um
aeromotor que orienta a turbina na direção do vento.
Tiago se refere ao
poder deste pequeno membro para controlar, dirigir e governar. Nenhum líder
será eficiente na sua liderança, se não souber se comunicar bem com o grupo. A
comunicação é um fator imprescindível para quem pretende dirigir, governar,
conduzir. A facilidade que Paulo tinha para articular seus pensamentos através
de palavras fez dele um dos maiores lideres espirituais que a história
conheceu.
2. Uma pequena
fagulha
"E como uma
pequena fagulha" (Poder de destruição, Tg 3:5). Uma coisa diminuta como
uma fagulha, pode ser a origem de tremenda conflagração de resultados
desastrosos. Uma faísca na parte elétrica de fábricas, edifícios e residências,
tem sido a causa de grandes incêndios que deixam prejuízos irreparáveis.
"O homem ímpio cava o mal, e nos seus lábios há como que uma
fogueira". (Pv 16:27) A língua descontrolada é posta em chamas pelo diabo
e o fogo propaga-se a todas as paixões inferiores da natureza humana.
Assim são as fofocas
que tiveram a duração de segundos, mas o suficiente para gerar crises com
perdas incontáveis, morais, espirituais, sociais e financeiras.
Prejuízo de
milhões...
Um boato causa
estragos na vida pessoal. Quando envolve uma instituição financeira, pode
acarretar prejuízo de milhões. Entre o mês de maio e junho de 1998, o quarto
maior banco privado do Brasil, passou por momentos de grande tensão.
Informações sobre problemas financeiros na instituição tomaram conta do país e
provocaram pânico entre seus correntistas. Num único dia, 2 de junho, os
clientes sacaram o valor equivalente a 59 milhões de dólares das contas
correntes, volume três vezes e meia superior ao de um dia normal. O prejuízo só
não foi maior porque o Banco Central divulgou um comunicado negando que o Banco
estivesse passando por dificuldade. O diretor-geral do banco, atribuiu a
boataria à movimentação criada em seus escritórios pela chegada de um pelotão
de auditores do Banco Central. Esse procedimento chamou a atenção das pessoas e
fez soar o alarme falso.
Os boatos e fofocas
fazem parte do jogo do mercado financeiro em todo país. Nas bolsas, eles são
responsáveis pela alta exagerada ou pela derrubada do preço de ações. Só neste
ano (1998) três bancos sofreram com mexericos. Na maioria dos casos não se
consegue identificar a fonte da boataria. Maior do que o prejuízo dos bancos e
instituições financeiras é a perda da moral, da integridade, do caráter, do bom
nome, da boa fama, etc.
Muitos boatos têm
sido os responsáveis pela desestabilização de relacionamentos conjugai, até
então sadio. As vezes nos esquecemos que, enquanto não falamos, a palavra é
nossa escrava. Depois de proferida, nós nos tornamos escravos dela. "O
hipócrita com a boca destrói o seu próximo, mas os justos se libertam pelo
conhecimento". (Pv 11:9)
3. Um membro venenoso
“É como um membro venenoso"
(Poder de contaminação e morte, Tg 3:8). Veneno é uma substância natural ou
sintética que causa danos a tecidos vivos e tem efeito nocivo ou fatal se
ingerido, inalado ou injetado através da pele. Sua ação pode ser local ou
sistêmica, classificada de acordo com sua atuação.
Alguém disse:
"Serpentes venenosas não oferecem maior perigo à vida do que tais pessoas
à paz e à reputação alheia". Tiago usa uma figura forte: "veneno
mortal" para tentar advertir-nos do poder que há em nossas palavras. Talvez
seja por esta razão que alguém escreveu:
"Senhor, torna
minhas palavras graciosas eternas, pois quem sabe amanhã eu precise engoli-las".
O que o veneno de uma
serpente pode fazer? Pode agir de forma violenta, mormente sobre o sistema
nervoso, com paralisia e perturbação visual. Uma única picada, pode em pouco
tempo contaminar todo o corpo. Davi também usou esta ilustração, quando diz:
"Aguçaram as línguas como a serpente; o veneno das víboras está debaixo
dos seus lábios". (Salmo 140:3) E simples entender o que Tiago e Davi
querem dizer.
O efeito das nossas
palavras, pode ser tão nocivo como uma picada de cobra.
Jesus disse: "O
que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é
o que contamina o homem". (Mt 15:11) "Mas, o que sai da boca, procede
do coração, e isso contamina o homem. No Verso 19 está escrito : "Porque
do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição,
furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o
homem- mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem". (Mt
15:18-20; Jó 20:16).
"A boca do justo
é fonte de vida, mas a violência cobre a boca dos perversos..." (Pv 11:11)
"A boca do justo jorra sabedoria, mas a língua da perversidade será
cortada..." (Pv 10:31)
4. Um chicote
"É como um
chicote" (Poder de tortura emocionai, psicológica, Jó 5:21). "Do
açoite da língua estarás encoberto;..." Muitas vezes, palavras doem mais
do que uma agressão física. Sem dúvida, o chicote sempre foi um instrumento
usado nas sessões de tortura, castigo, etc. Na época de Paulo, o chicote usado
pelos algozes, tinha pedaços de ossos, para que a dor fosse maior.
Palavras podem ser a
pior forma de torturar uma pessoa impiedosamente.
Gosto do que disse:
J. Sidlow Baxter: "Uma das primeiras coisas que acontece quando alguém
está realmente cheio do Espírito não é falar em línguas, mas, sim, aprender a
dominar a língua que já tem". Nunca podemos esquecer que de todos os
membros do corpo, não há nenhum tão útil a Satanás como a língua.
5. Uma pena
"E como uma
pena" (Poder para marcar no coração, SI 45:1; 57:4). "O meu coração
ferve com um nobre tema, enquanto recito os meus versos ao rei; a minha língua
é a pena de um destro escritor".
A comunicação é a
mais básica e vital de todas as necessidades, depois da sobrevivência física. O
que uma pessoa pensa, a sua conversa consigo mesma (inteligência intrapessoal)
é muito importante, mas não é o bastante para uma boa comunicação. O que
importa, para que o conhecimento não fique no fundo do oceano da mente é a
capacidade de falar, transmitir as nossas mensagens, os nossos pensamentos e
sentimentos.
Aquilo que Jesus
falou ficou marcado no coração de muitas pessoas, que depois passaram para
pergaminhos e que chegou até nós em forma de Bíblia. A língua, como uma pena,
tem este poder de marcar para sempre.
Thomas Fuller disse
que, "se eu falar o que é falso, preciso responder por aquilo; se falar a
verdade, ela responderá por mim". Que possamos marcar vidas com palavras
cheias e verdade e graça.
6. Uma navalha
"E como uma
navalha afiada" (Poder de cortar relações , amizades, etc.- Salmo 52:2-4).
"A tua língua urde planos de destruição; é qual navalha afiada, ó
praticadora de enganos! Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar
retamente. Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!”
Disse Washington
Jenkyn:
"Uma língua
afiada é a única ferramenta de corte que fica mais afiada à medida que é usada".
7. Uma espada afiada
"É como uma
espada afiada" (SL 57:4). Funciona como um instrumento de guerra a curta
distância. "A minha alma está entre leões, e eu estou entre aqueles que
estão abrasados, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e a sua
língua espada afiada'".
".. .vinde e
firamo-lo com a língua, e não atendamos a nenhuma das suas palavras". (Jr
18:18)
8. Uma flecha
"E como uma
flecha" (Arma de guerra à longa distância, Jr. 9:8). "Uma flecha
mortífera é a língua deles; fala engano; com a sua boca fala cada um de paz com
o seu próximo mas no seu coração arma-lhe ciladas". Sempre que um arqueiro
atira uma flecha, ele tem um alvo específico para atingir. Quando o mesmo não
acerta o alvo, corre-se o risco de atingir quem não tem nada a ver com o que
está acontecendo.
"O coração do
sábio instrui a sua boca, e os seus lábios promovem a instrução". (Pv
16:23)
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
O PODER DA MORTE
Um casal muito simpático, com seus
três lindos filhos, estudava em um seminário preparando-se para servir a Deus
no ministério. Todos que os viam juntos concordavam que formavam um belo casal
e, além do mais, eram muito talentosos, com personalidades carismáticas.
A esposa amava tanto o seu marido
que repetidas vezes ouviram-na dizer a seguinte frase: "Se for para perder
meu marido para outra mulher, prefiro morrer antes".
Os anos passaram, e já estavam
exercendo um ministério pastoral, em determinada cidade. Infelizmente o marido
começou a perder sua intimidade com Deus e estava se tornando frio
espiritualmente. Com esse clima, ele se abriu à tentação e começou um caso com
outra mulher.
A sua traição à esposa foi
descoberta, mas antes que ele tomasse a decisão se terminaria o casamento ou
não, foi diagnosticado nela um tumor no cérebro, e a previsão dos médicos foi
que teria pouco tempo de vida. Dito e feito! As palavras que tinha pronunciado
tantas vezes tornaram-se realidade na sua vida.
Literalmente ela não perdeu o marido
para a outra mulher, pois morreu antes disso acontecer, exatamente do jeito que
sempre tinha falado que desejaria que acontecesse. Ela descobriu, da forma
errada, o tremendo poder que nossas palavras contêm. E o triste fato é que,
quando pronunciava tais palavras de morte sobre si mesma, pensava que estava
fazendo uma mera exclamação de apego ou afeto, sem efeitos reais.
Milhões de pessoas ao redor do mundo
cometem o mesmo erro todos os dias. Algumas vezes, a ponto de trazer a sua
própria morte, como nessa história, enquanto em outras, trazem calamidade e
desgraça, porém em um grau menor. Elas desconhecem o extraordinário poder que
está nas suas próprias línguas e a força sobrenatural que liberamos pelas
nossas palavras!
Eu passei grande parte da minha vida
sem descobrir essa verdade. Recém-ingressado no ministério, e ainda bastante
jovem, comecei a fazer muitas viagens para lugares perigosos. Um dia, após o
retorno da minha última viagem, encontrei meu pai, pastor desde antes do meu
nascimento, e lhe disse: "Acho que vou morrer numa rajada de balas de
metralhadora, em uma das minhas viagens". Eu já tinha feito essa mesma
declaração a outras pessoas, pois angariava uma reação emocional que fazia com
que eu me sentisse mais valorizado.
Na minha inocência e ignorância
desse princípio bíblico, estava abrindo a porta no mundo sobrenatural para que
o inimigo me matasse exatamente assim. Tenho certeza absoluta que minha vida
foi salva pela reação do meu pai. Ele me disse: "Filho, Deus lhe revelou
isso ou você está falando da boca para fora? Se forem palavras meramente
displicentes, então precisa quebrá-las, antes que abra uma porta para que se
tornem realidade".
Ainda não entendia bem esse
princípio, mas aceitei a sua advertência, e logo quebrei o poder das minhas
palavras - graças a Deus a tempo - antes que viessem a se cumprir. Eu disse:
"Quebro o poder das minhas palavras sobre minha morte por uma rajada de
balas de metralhadora. Vou viver até Jesus voltar, ou até a velhice, cumprindo
o ministério que Deus me chamou a fazer, em nome de Jesus".
Tenho certeza que estou vivo hoje e
produzindo fruto no Reino de Deus por ter quebrado o poder das minhas palavras
de morte sobre mim mesmo. Já estive diversas vezes, nas minhas viagens, na
frente da mira de metralhadoras, e tive livramentos sobrenaturais nessas horas,
pois fechei a brecha que um dia tinha aberto contra mim mesmo com aquelas
palavras mortíferas.
PALAVRAS QUE DESTROEM
Gordon Lindsay e sua esposa Freda
(fundadores do Christ For The Nations), contam sobre um incidente que ocorreu
no início do ministério enquanto estavam pastoreando uma igreja na Costa Oeste
dos Estados Unidos. Havia uma mulher na igreja, esposa de um dos diáconos, que
começou a causar-lhes problemas por ser maldizente. Ela fofocava, ia até a casa
dos membros para criticar a liderança e dizer que a igreja iria acabar. Após
fazer isso durante algum tempo, começou a causar sérias dificuldades ao
ministério, com grande risco de a igreja ser fechada. Até o marido dela estava
esfriando na fé por causa do seu comportamento. Gordon e Freda tentaram
conversar com a mulher diversas vezes sobre a situação tensa que estava
criando, mas ela não ouvia o que diziam. Ignorando-os, continuou na sua
tentativa de destruir a igreja.
A situação chegou a um ponto
crítico. Sabendo que se não agissem com dedicação e firmeza a língua afiada
daquela senhora iria literalmente arruinar a congregação, Gordon e Freda
concordaram que era hora de colocá-la sobre a disciplina divina. Orando juntos,
entregaram-na à correção de Deus para que pudesse entender a seriedade de
atacar a obra do Senhor. Agiram semelhantemente a um caso no Novo Testamento,
onde o apóstolo Paulo dá a seguinte instrução: "Entreguem esse homem a
Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do
Senhor" (1 Co 5.5 - NVI).
O resultado dessa decisão veio
rapidamente. Dentro de alguns dias, o marido da mulher maldizente ligou para o
pastor Gordon pedindo que ele e Freda viessem à sua casa. A mulher, que dias
antes intentava destruir a igreja, agora estava prostrada na sua cama, cheia de
um terror que a imobilizava. Ela acreditava que um demônio a atacara, e que
estava prestes a ficar insana. Viram através de seu pavor que estava de fato
desolada e sem esperança.
O casal disse que estava pronto a
ajudar, que orariam por ela, mas somente se fizesse um ato importantíssimo
primeiro: o de arrepender-se. Porém, vendo que ainda estava vacilante, foram
embora.
No dia seguinte ela mandou
chamá-los, e assim que entraram em seu quarto começou a chorar. Confessou com
genuíno arrependimento o seu pecado de rebelião e fofoca. Admitiu ser a
causadora de todos os problemas que a igreja experimentava.
Durante o mês seguinte, chamou um a
um todos os membros e pediu perdão dos seus atos de insurreição. À medida que
os pedidos eram feitos foi recuperando a força física e a estabilidade mental e
emocional. Depois da visita da última pessoa, levantou-se da cama totalmente
restaurada. Daquela hora em diante tornou-se uma bênção para todos na igreja -
nunca mais usando sua boca para amaldiçoar a obra de Deus - sendo sempre
cuidadosa em falar apenas palavras de encorajamento e edificação.
Pode parecer que Gordon e Freda
foram severos demais na forma que lidaram com essa senhora, mas agiram assim
motivados por compaixão, sabendo que era a única chance dela evitar uma
tragédia pessoal ainda maior, por causa do seu pecado.
HAYNES.
Gary,. O Poder da Língua.
Pv 18.21 A morte e a
vida estão no poder da língua. As questões da vida e da morte estão na língua;
ela pode abençoar e pode amaldiçoar. Pode dar vida e pode matar. Pode curar ou
pode ser como uma serpente que pica e fere. Existem palavras que são como
espadas e palavras que são como dardos, mas também existem palavras que curam.
O falar demais envolve a transgressão (ver Pro. 10.19); o falar precipitado
causa o dano (ver Pro. 17.28); o silêncio é elogiável, especialmente o silêncio
de um homem insensato, que se torna temporariamente sábio por manter a boca
fechada (ver Pro. 17.28); o engano pode ganhar vantagens, mas acaba sendo
maléfico (ver Pro. 20.17); a maledicência é uma arma temível (ver Pro. 11.13);
uma resposta branda pode aquietar águas agitadas (ver Pro. 15.1). Ver sobre
Pro. 11.9 e 13 quanto a notas de sumário sobre o assunto, e ver também, no
Dicionário, o verbete intitulado Linguagem, Uso Apropriado da. No livro de
Provérbios há cerca de cem provérbios que tratam desse assunto.
Sinônimo. Considere o
leitor estes dois pontos:
1. Um bom discurso é
como uma fruta (vs. 20), e aqueles que o apreciam comerão com satisfação.
2. Mas essa porção do
versículo pode significar que as pessoas que falam muito amam o seu muito
falar, mas sofrerão as consequências de seu excesso de palavras. Ver Pro.
10.19; 18.2; 20.19.
Se a primeira dessas
duas interpretações é a correta, então é um paralelo à vida referida na
primeira linha métrica. Mas se a segunda é que está correta, então ela é
paralela à morte referida na primeira linha. Cf. Tia. 1.19,25; 3.6,8. Ver
também Pro. 12.13 e 4.23, onde se diz o mesmo tipo de coisa sobre o coração que
é dito sobre a língua. Pense o leitor nos oradores eloquentes, cheios de vigor,
e o bem ou o mal que eles projetam contra os homens cuja mente é conduzida por
causas boas ou más.
‘“Falar é barato’.
'Palavras, palavras, nada senão palavras’. ‘Ele é apenas um falador’. Essas
declarações ilustram uma comum depreciação da importância da fala. Porém,
haverá alguma coisa no mundo mais potente para o bem ou para o mal do que as
palavras? A fala é a faculdade que diferencia os homens dos animais. A fala é
sinal de personalidade. A autoconsciência se manifesta somente na fala. O
pensamento é impossível sem as palavras, as quais representam ideias. As ações
são precedidas por pensamentos, conforme Hence colocou a questão: ‘O pensamento
antecede as ações como os relâmpagos antecedem os trovões'. Mas o pensamento é
impelido por sugestões verbais. Toda a cooperação entre os seres humanos
depende das comunicações verbais para haver sucesso. A solidariedade cultural
de um grupo se baseia em uma linguagem comum. O caráter se revela pela
linguagem de cada indivíduo. ‘O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem,
e o mau, do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o
coração’ (Luc. 6.45). Assim sendo, Tiago (capítulo terceiro) não está
equivocado quando dá tanta ênfase à língua” (Easton, comentando sobre Tia.
3.2).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2631.
Do fruto da boca o
coração se fada o do que produzem os lábios se satisfaz (v. 20). Refere-se à
palavra boa, dita a seu tempo, do conselho sábio oferecido ao amigo. É certo
que tanto Provérbios como Tiago apresentam palavras causticantes para os lábios
e para a língua; este verso, porém, é um bálsamo na aridez da maledicência e
ignomínia. Quanta coisa boa manipulam os lábios sadios! Quantos louvores, uma
língua santificada! Graças a Deus que nem tudo é derrota de língua e de lábios.
Bem diz o verso 21: A morte o a vida estão no poder da língua; o que bem a
utiliza come do seu fruto. Quantas almas abatidas são levantadas pela língua, e
quantas são afundadas no lodo da maledicência! A língua é o instrumento que
Deus colocou no corpo humano para o louvor e bendizer. Quando desviada de sua
função, é praga, uma calamidade. Com isto vem o outro ensino muito nosso
conhecido: O que acha uma esposa, acha o bem o alcançou benevolência do Senhor
(v. 22). Não apenas uma mulher, mas uma esposa boa e verdadeira. Isso é
realmente uma benevolência do Senhor, pois uma esposa rabugenta, queixosa, é
uma goteira no quarto de dormir. A mulher foi dada ao homem para ajudá-lo; mas
quantas se apercebem dessa função? Nem sempre a mulher é culpada, digamos,
porque o homem deve levar a sua parte da culpa por ter uma esposa má. São
fenômenos da vida conjugal, difíceis de ajuizar.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
Pv 15.1 A resposta
branda desvia o furor. Mais de cem provérbios referem-se ao uso próprio e
impróprio da linguagem. Ver Pro. 4.24, cujas notas expositivas incluem
referências extraídas do livro de Salmos, onde a questão também é um tema
importante. Ver no Dicionário o verbete denominado Linguagem, Uso Apropriado
da. Em Pro. 11.9,13 apresento notas de sumário que incluem ilustrações sobre
esse assunto.
O uso apropriado da
linguagem deve, necessariamente, incluir a resposta branda, que mostra a
moderação de quem fala, e apaga as chamas da ira do seu oponente. Cf. o vs. 23
deste mesmo capítulo; e ver também Pro. 24.26 e 25.15. “Falando de modo geral,
podem-se discernir cinco orientações principais no tratamento da linguagem
correta: gentileza; cortesia na resposta; sabedoria nos princípios e instruções
orientadores; ou, conforme o caso possa exigir, o simples silêncio, que é a
melhor resposta em alguns casos; e cautela (que recebe a maior parte da
atenção)” (Oesterley, in loc., com adaptações). A resposta branda é uma
demonstração de bondade e sabedoria. E também é cautelosa.
Antítese. O homem
precipitado, que não se mostra moderado em sua fala, que não é bondoso, que não
é sábio, que não é cauteloso, despertará ira com as suas palavras, e isso
terminará em conflitos prejudiciais, lutas e até violência. Cf. Tia. 3.2 ss.
Ele falará palavras duras (no hebraico, ‘eçebh, literalmente, palavras de dor).
Onde palavras que ferem foram pronunciadas, só pode haver perdedores. Ver os
exemplos do Antigo Testamento quanto a isso, bem como a ruína que essas palavras
precipitadas trazem, em Juí. 12.1-4; I Sam. 25.10,11,21,22; I Reis 12.13,14.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2611.
Não há campo que
escape a esta observação divina. Por isso, aconselha o sábio: A resposta branda
desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira (v. 1). Em nossos contatos
individuais, se esta norma fosse seguida, teríamos evitado muitos contratempos.
A dureza de palavras nasce, muitas vezes, de uma disfunção do fígado, mas
também de mau costume ao tratar com os outros. A língua serena é árvore da vida
(v. 4). Outra vez vem a referência já estudada tantas vezes a respeito da
"árvore da vida", e aqui aparece ela como um resultado da língua
serena, tranquila e sossegada. Talvez isso, em parte pelo menos, seja um
resultado da educação doméstica, porque o verso 5 fala do (filho) insensato,
que despreza a instrução do pai, talvez para seguir a instrução da rua. Os pais
modernos são vítimas das influências da rua, pois os seus filhos são
influenciados pela má conduta de tantos filhos desviados. Isso é ainda
reforçado pelo verso 7, que diz: A língua dos sábios derrama alimento, mas o
coração do insensato não procede assim. Isso tudo junto ao fato de que na casa
do justo há fartura, mas a renda dos perversos é perturbação (v. 6). Todos
estes ensinos se entrelaçam para destacar a verdade central da moderação da
língua.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
2. Palavras que
vivificam.
A Língua sob o
Controle do Espírito Santo
"Um coração
santificado é melhor do que uma língua de prata". (Thomas Brooks)
O único que pode
transformar este pequeno membro em um "instrumento" a serviço do
reino e para glória de Deus é o Espírito Santo. O apóstolo Paulo foi muito
objetivo quando disse que a única maneira de nos submetermos à palavra de Deus
é através da ação poderosa do Espírito em nós. A inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus... (Rm 8:7). Os que
estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8:8) vós, porém, não estais na
carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós... (Rm 8:9a).
Quando nos submetemos
ao Espírito, para que Ele desenvolva em nós o caráter de Cristo, o resultado
desta obra é um viver que glorifica ao Senhor.
Se a boca fala do que
esta cheio o coração, o que pode sair de uma vida cheia do Espírito Santo? (Ef
5:18)
Depois de falar sobre
vida cheia do Espírito, Paulo contínua o texto de Efésios 5.: "Falando
entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao
Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo;"(Ef. 5:19,20)
As virtudes do
Espírito Santo se manifestando no uso disciplinado da língua.
Assim como os pecados
sociais da língua são manifestação das obras da carne, o uso disciplinado da
língua, é a manifestação do fruto do Espírito. (Gl 5:22)
Mas o fruto do
Espírito é:
1."...amor...,"
Ao escrever sobre o
"Ágape", Willian Barclay disse: "o alvo necessário de todos os
escritores sobre a ética da vida é pintar o retrato do homem bom . Em outras
palavras: a tarefa contínua do mestre da ética é expor os vários ingredientes
na receita da bondade". Esta é a intenção de Paulo, quando em (Gal. 5:22)
lista as qualidades ou virtudes do fruto do Espírito.
É impossível haver
saúde em nossas conversas, se não houver a produção do fruto do Espírito em
nossas vidas.
Como poderíamos
definir o significado do "Ágape"? Podemos definir com base na maneira
como o próprio Jesus fala dele em (Mt. 5:43-48). Aqui Jesus insiste que o amor
humano deve seguir o padrão do amor de Deus. Qual é a grande marca do amor de
Deus? Deus faz vir chuva sobre justos e injustos, e faz nascer o sol sobre maus
e bons. Logo, o significado do "ágape" é benevolência invencível, a boa
vontade que nunca é derrotada. Ágape é o espírito no coração que nunca
procurará outra coisa senão o sumo bem do seu próximo. Não se importa com o
tratamento que recebe do seu próximo, nem com a natureza dele; não se importa
com a atitude do próximo para com ele, nunca procurará outra coisa a não ser o
sumo bem do próximo, o melhor para ele.
Davi pergunta e
responde. "Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu
santo monte?" a resposta é: 'Aquele que não difama com a sua língua, nem
faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra 3 seu próximo"
(SI 15:1,3). Esta atitude nobre só pode ser quem está sob o domínio do Espírito
do "ágape". Quais são algumas das qualidades do Amor-Ágape:
a. O amor é o solo
onde são cultivadas todas as demais virtudes espirituais. É neste solo que os
dons são plantados e se desenvolvem (1 Co 13).
b. O amor é a prova
da espiritualidade, e tem seu inicio na regeneração (1 Jo 4:7,8).
c. O amor é a
principal característica da família divina. (Jo 14:21; 15:10).
d. O amor consiste em
querer para os outros aquilo que desejamos para nós.
e. O amor inspira e
vitaliza a fé (Gl. 5:6).
Se aplicarmos o que
Jesus disse sobre o amor no Sermão da Montanha, teremos alcançado o equilíbrio
necessário no uso disciplinado da língua. "Ouvistes que foi dito: Amarás o
teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos
inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai
pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai
que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a
chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que
galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes
unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também
assim?" A maior virtude do "ágape" é a capacidade de amar quem
não nos ama... isto só pode ser obra do Espírito Santo agindo soberanamente em
nós.
f. O amor é sincero
(Rm. 1:29;2 Co 6:6; 8:8; 1 Pd 2.1.22) Não tem segundas intenções ; não é
interesseiro. Não é uma gentileza superficial que serve de máscara para a
amargura interior. É o amor que ama com os olhos e coração abertos.
g. O amor é inocente
(Rm. 13:10).
h. O amor é generoso
(2 Co. 8:24).
i. O amor é prático
(Hb 6:10; 1 Jo 3:16).
j. O amor é longânimo
(Ef. 4:2).
Nas cartas paulinas,
a expressão "ágape" ocorre mais de sessenta vezes. Qual era a
compreensão de Paulo sobre o "ágape"? Podemos avaliar através das
suas cartas.
1.1 Tudo começa com o
amor de Deus, porque Deus é o Deus de Amor (2 Co 13:11). "Quanto ao mais,
irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo
parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco".
O amor de Deus é a
dinâmica transformadora da vida cristã.
O padrão para amar é
o grande amor de Deus, que é grande por três razões, segundo Paulo em (Ef.
2:4-7). a) Ele nos amou enquanto estávamos mortos em nossos içados; b)
vivificou-nos para a novidade de vida; c) ultrapassa o tempo e vai além da vida
para os lugares celestiais.
1.2. É um amor que
excede todo entendimento (Ef. 3::19). O amor é sempre um mistério.
1.3. O amor é
atmosfera da vida cristã. (Ef. 5:2) "E andai em amor, como também Cristo
vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em
cheiro suave".
1.4. O amor é motivo
universal da vida cristã. "Todas as vossas coisas sejam feitas com
amor".(l Co 16:14)
1.5. O amor é a
vestimenta da vida cristã. (Cl. 3:14) "E, sobre tudo isto, revesti-vos de
amor, que é o vínculo da perfeição".
1.6. O amor é o
segredo da unidade cristã. (Cl. 2:2) "Para que os seus corações sejam
consolados, estejam unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inteligência,
para conhecimento do mistério de Deus e Pai e de Cristo".
1.7. O amor é o
controlador da liberdade cristã. (Gl.5-.13)
"A liberdade
deve ser usada não como desculpa para a licenciosidade, mas como dever de
servirmos uns aos outros".
"Porque vós,
irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião
à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor". Se o amor é a base da
vida, a responsabilidade é a sua tônica. Este amor não é nenhuma emoção fácil e
sentimentalista. O amor tem olhos abertos.(Fl. 1:10). "Ágape" tem a
ver com a mente: não é simplesmente emoção que surge em nosso coração sem ser
convidada; é um princípio segundo o qual vivemos deliberadamente.
"Ágape" tem a ver de modo supremo com a vontade. É uma conquista, uma
vitória e uma realização.
Amar é conhecer a
Deus, porque Deus é amor. Quem ama sempre submeterá o seu falar ao controle do
Espírito Santo, para não pecar contra o próximo.
2.
"...gozo,..." (ou alegria)
No Novo Testamento o
verbo charein, que significa alegrar-se, aparece setenta e duas vezes, e a
palavra chara, que significa alegria, aparece sessenta vezes.
A saudação grega
normal, tanto na conversa quanto nas cartas, é a palavra chairein, e é
geralmente traduzida simplesmente por "saudações!" (Atos 23:6). Se
fôssemos dar a chairein sua tradução integral e literal teríamos: "A alegria
seja contigo!", e há certas ocasiões no Novo Testamento em que somente a
tradução integral é correta.
Chairein no Novo
Testamento
2.1. No Novo
Testamento a alegria é a atmosfera distintiva da vida cristã. "Alegrai-vos
no Senhor", escreve Paulo aos seus amigos filipenses, e passa a repetir a
sua ordem: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo,
alegrai-vos" (Fl. 3:1; 4:4). Uma vida cristã sem alegria, não é vida
cristã.
Esferas em que a alegria cristã deve ser
descoberta de modo especial.
A) A alegria da
comunhão cristã. (Fm 7). Esta alegria pode ser traduzida em
"fraternidade". É o encontro sadio entre irmãos e amigos, para
desfrutar desta alegria, onde não há lugar para "conversas vís".(Fp
4:10; 2 Co. 7:7,13; 2 Jo 12). No Novo Testamento não existe vestígios da
religião que isola o homem do seu próximo. O Novo Testamento mostra vividamente
a alegria de fazer amigos, conservá-los e reencontrá-los, porque a amizade e a
reconciliação que há entre um homem e outro refletem a comunhão e a reconciliação
entre o homem e Deus.
B) A alegria do Evangelho. A alegria da nova
descoberta. (Mt 2:10).
C) A alegria de crer
(Rm 15:13; Fl 1:25). E bom lembrar que no Novo Testamento a alegria e a aflição
andam lado a lado. A despeito da perseguição, os cristãos de Antioquia ficam
cheios do Espírito Santo e de gozo (Atos 13:52). "E os discípulos estavam
cheios de alegria e do Espírito Santo". O Evangelho trouxe tribulação à
Tessalônica mas também trouxe alegria.
D) A alegria da obra
e do testemunho cristão. A alegria ao ver Deus em ação. (Lc. 10:17) Os setenta
voltaram com alegria, porque os demônios foram vencidos no nome de Cristo. As
palavras de Jesus em (Jo 15:11), deixa claro que o grande propósito do
Evangelho é trazer alegria ao coração do homem. "Tenho-vos dito isto, para
que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo”. Certo vez,
alguém perguntou para Moseley se achava que Jesus sorriu alguma vez: "Não
sei," disse ele, "mas certamente consertou a minha vida de modo que
possa eu sorrir". E bem possível que, no final, a maior alegria será a
alegria nas pessoas que trouxemos para Jesus Cristo. ( Fp 4.1; lTs 2.19,20).
Se fosse possível
tirar uma radiografia das pessoas que usam a língua de forma indisciplinada,
com certeza iríamos detectar nelas muita tristeza. Os que estão com o coração
transbordando de alegria no viver, manifestarão isso no seu falar.
3.
"...paz..."
A palavra paz entrou
no Novo Testamento com uma história grandiosa. E a tradução da palavra hebraica
shalom. E como paz é traduzida na maior parte das referências em nossos
Bíblias, embora existam outras possibilidades tais como: (BV), saúde (SI 38:3)
" Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há paz em
meus ossos, por causa do meu pecado", bem-estar (Como vai ele?) (Gn.
43:27) " E ele lhes perguntou como estavam, e disse: Vosso pai, o ancião
de quem falastes, está bem? Ainda vive?", prosperidade (riquezas e fama).
Shalom realmente significa tudo quanto contribui para o bem estar do homem,
tudo que faz com que a vida seja verdadeiramente vida.
No Novo Testamento a
palavra paz "eirene", ocorre oitenta e oito vezes. O N.T é o livro da
paz. A ocorrência mais comum acha-se nas saudações. A saudação normal numa
carta do N.T é: "Graça a vós outros e paz"(Rm 1.7; 1Co. 1.3; 2 Co 1.2; Gl. 1.3; Ef. 1.12; Fl. 1.2; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.2; Fm 3; 1
Tm 1.2; 2 Tm 1.2; Tt 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Jo 3; ap 1.4). Quando examinamos a
palavra "eirene" conforme usada na LXX, concluímos que paz pode
significar:
A) Serenidade, tranquilidade,
o perfeito contentamento da vida totalmente feliz e segura. " E o efeito
da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para
sempre".(Is. 32:17; SI. 4:8). Esta palavra "paz" traz a calma e
serenidade da vida, da qual o medo e a ansiedade foram banidas para sempre.
B) Eirene é a palavra
para descrever a perfeição dos relacionamentos.
♦ É a palavra da amizade humana. É a
influência da língua para a manutenção da comunhão entre amigos. Os amigos de
um homem são literalmente, em hebraico, "os amigos da paz" (Jr.
20:10, ARA: "íntimos amigos;" Jr. 38:22, ARA: "bons
amigos").
♦ É a palavra do relacionamento certo entre
uma nação e outra, como por exemplo quando Josué faz a paz com os homens de
Gibeão (Js 9:15).
♦ É a palavra do relacionamento certo entre o
homem e Deus. Entre Deus e os seus, há uma aliança de paz, o que torna certo
que será mais fácil serem removidas as montanhas e as colinas do que a
misericórdia de Deus afastar-se dos homens (Is. 54:11).
Esta paz descreve o
novo relacionamento que deve existir dentro da igreja. Na igreja, os cristãos
devem manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4:3). Em Colossenses,
Paulo usa uma metáfora: "Seja a paz de Cristo o árbitro em vossos
corações" (Cl 3.15).
O pacificador está
sempre fazendo a obra de Deus; o provocador de contendas está fazendo a obra do
diabo. Quando a "paz" é o árbitro de todas as decisões na comunidade,
na família, nos grupos, etc, cessa a contenda e prevalece a harmonia.
4.
"...longanimidade,..."
No grego é u
makrothumia" . Makrothumia não é uma palavra do grego clássico, mas entrou
no novo vocabulário cristão com uma história grandiosa, porque é uma das
grandes palavras do A.T. grego. No A.T., movimenta-se em três esferas.
A) Significa
paciência com os eventos. Makrothumia é o espírito que não reconhece e nem
admite derrota.
B) Significa
paciência com as pessoas. Neste sentido, a paciência no AT vê a origem das
coisas mais importantes da vida.
♦ E a base do perdão (Pv 19:11) .E o espírito
que leva o homem a adiar a sua ira. Recusar a ficar irado é meio-caminho andado
para o perdão.
♦ E a base da humildade. (Ec 7.8) "...
melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito". Makrothumia
impede o homem de colocar-se no centro e de fazer dos seus sentimentos o padrão
para tudo.
♦ E o alicerce da comunhão. (Pv 15:18) "O
homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apaziguará a luta". O
homem que sempre está com o dedo no gatilho da sua ira fala sempre o que não
deve, e destrói a amizade e a comunhão.
O homem cujo gênio
está sob controle solidifica a comunhão, e não deixa surgir a contenda.
Matthew Hemry disse:
"A longanimidade é a paciência que nos permite subjulgar a ira e o senso
de contenda, tolerando as injúrias".
"Longanimidade é
constância de alma, sob a provocação à alteração... tolerância, permanência
ante o erro sofrido ou conduta exasperadora, sem nos deixarmos arrastar pela
ira e sem nos atirarmos à vindica..." (Burton)
5.
"...benignidade..."
No grego é
"chrestotes" que significa "gentileza",
"bondade". Esse termo grego também indica "excelência de
caráter", "honestidade".
Mtthew Henry define
como
"doçura de
temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude
afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos
magoa".
"Os seguidores
do evangelho não devem ser inflexíveis e amargos, mas antes, gentis, suaves,
corteses e de fala mansa , o que deveria encorajar outros a buscarem a sua
companhia. A gentileza pode disfarçar as faltas alheias e encobri-las. A
gentileza sempre se mostra alegre ao dar algo a outros. A gentileza pode dar-se
bem até mesmo com pessoas ousadas e difíceis, segundo aquela antiga declaração
paga: "precisas conhecer as maneiras de teus amigos, mas não deves
odiá-los". Nosso Salvador, Jesus Cristo, foi uma pessoa imensamente
gentil, conforme os evangelhos o retratam. Ficou registrado que Pedro chorava
sempre que se lembrava da suave gentileza de Cristo em seus contatos diários
com as pessoas". (Martinho Lutero)
Ao escrever a
epístola aos Efésios, Paulo disse: "Antes sede uns para com os outros
benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos
perdoou em Cristo". (Ef 4.32) Até mesmo as virtudes mais rigorosas perdem
seu valor se esta benignidade não estiver presente na vida (2 Co 6.6). Sendo
Jesus a expressão maior da benignidade divina, disse: "Meu jugo..."(Mt
11:30)
Gosto desta
definição: "Benignidade é tratar os outros do modo que Deus nos
tratou".
6."...
bondade..."
No grego é
"agathosune", que pode significar "retidão",
"prosperidade", "gentileza". Como diferenciar benignidade
(chrestotes) de bondade (agathosume) . Lighfoot fez a distinção entre as duas,
dizendo que há mais atividade em "agathosune. Chrestotes é uma qualidade
do coração e emoção; agathosune é uma qualidade da conduta e ação.
Ele escreve
"Chrestotes é agathosune em potencial, e agathosune é chrestotes em
ação". Nesta base pdoeríamos dizer que agathosune é chrestotes em ação.
7.
"...fé..."
A sétima virtude do
fruto do Espírito é no grego "pistis" que pode significar
"confiança" e "fidelidade". Na grande maiorias dos casos
que aparece no NT, "pistis" a fé que é confiança, entrega e
obediência total a Jesus Cristo. Mas as virtudes listadas no fruto do Espírito
não são virtudes teológicas. São virtudes éticas. Tem mais a ver com o
relacionamento com o nosso próximo do que com Deus. Pistis significa aqui
fidelidade; é a confiabilidade e a fidedignidade que torna uma pessoa
totalmente confiável e cuja palavra podemos aceitar completamente. É justamente
fidelidade que temos em português em todas as versões brasileiras em
consideração, exceto a ARC. Em inglês, C.Kingsley Williams diz honestidade.
Quando examinarmos as ocorrências de pistis com este significado no NT, frequentemente
parecerá que a melhor tradução é simplesmente lealdade. "Não defraudando,
antes mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da
doutrina de Deus, nosso Salvador". (Tito 2:10) " Além disso,
requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel (lealdade)". (1 Co
4.2) "Quem é pois, o servo fiel (leal) e prudente, que o seu senhor constituiu
sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?" (Mt 24.45) "E ele
lhe disse: Bem está, servo bom, porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades
terás autoridade". (Lc 19.17)
A fidelidade é
qualidade que os homens buscam em seu próximo, é aquilo que Jesus Cristo procura
em Seus discípulos também.
Repetidas vezes Paulo
caracteriza seus ajudantes como fiéis no Senhor. Timóteo, Tíquico, Epafras e
Onésimo são descritos assim (1 Co 4.17; Ef 6.21; Cl 1.7; 4.9); Pedro usa a
mesma palavra a respeito de Silvano (1 Pe 5.12), e João a usa a respeito de
Gaio (3 Jo 5). O patrimônio mais valioso que qualquer lider pode possuir
consiste nos homens que são fiéis e leais, homens dos quais pode-se contar
totalmente com a lealdade e o trabalho fiel. Estes jamais vão trabalhar contra,
difamando, murmurando e semeando contenda para dividir.
Pistos realmente é
uma palavra importante. Descreve o homem em cujo serviço fiel podemos confiar e
cuja palavra podemos aceitar sem reservas.
8.
"...mansidão..."
Mansidão é a tradução
do vocábulo grego "prautes" que significa "placidez",
"modéstia", "gentileza", "cortezia", como
traduções possíveis. Essa é uma qualidade exaltada na terceira bem aventurança,
uma marca no caráter daqueles que haverão de herdar a terra. (Mt 5:5). "
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;..."
Mansidão não é
sinônimo de fraqueza de caráter ou medo. Moisés é um exemplo, quando se trata
de "prautes" (mansidão). Ele era um homem que podia irar-se com
facilidade quando a ira era necessária, e também podia ser humildemente
submisso se preciso fosse. Nenhuma criatura sem caráter, sem espírito ou fraca
poderia ter conduzido os homens do modo pelo qual Moisés os conduziu. Moisés
tinha uma combinação de força e suavidade. E se esta verdade aplica-se a
Moisés, aplica-se mais em Jesus Cristo, porque nEle havia ira justa e amor que
perdoava.
Prautes é o poder
que, mediante o Espírito Santo de Deus, faz a força poderosa e explosiva da ira
ser aproveitada no serviço humano e divino. Os mansos são capazes de falar
somente o que edifica e transmitem graça aos que ouvem.
9.
"...temperança."
No grego é
"egkrateia" traduzido por "temperança", "domínio
próprio" e "auto-domínio". Na passagem de (1 Co 7:9) essa
palavra é usada em relação ao controle do impulso sexual; mas em (1 Co 9:25) refere-se
a toda a forma de autocontrole e autodisciplina que um atleta precisa exercer
para ser bem sucedido em suas tentativas de obter a coroa da vitória. Parece
que Paulo se utiliza dessa palavra, neste contexto, dando a entender o
autocontrole que obtém o domínio sobre os vícios alistados em Gaiatas 5:19-21..
No livro "O
Líder" escrevi um capítulo sobre "A conquista de si mesmo", que
trata das colunas do caráter. Vale a pena conhecer este trabalho.
Robert Burton disse:
"Domina-te a ti
mesmo. Enquanto não tiveres conseguido isso, serás apenas um escravo; porque
será quase a mesma coisa que ser sujeito ao apetite alheio, o seres sujeito às
tuas próprias paixões".
"Considero mais
corajoso aquele que domina os seus próprios desejos do que aquele que conquista
os seus inimigos; pois a vitória mais difícil é a vitória sobre o próprio
W". (Aristóteles)
Em Provérbios 16:32
está escrito: "Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, e o que
controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade".
A melhor maneira de
corrigir qualquer indisciplina da língua, é permitir que o Espírito Santo
produza em nós o seu fruto. Aqueles que vivem sob o domínio do Espírito de Deus
saberão abrir a sua boca com sabedoria, sempre.
"Não convém ao
tolo a fala excelente, quanto menos ao príncipe o lábio mentiroso". (Pv
17:7)
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
PALAVRAS QUE
TRANSFORMAM VIDAS
Um amigo me contou uma história
eletrizante sobre o poder das palavras para dar vida. E sobre a sua conversão,
Na época, vivia uma vida maluca, usava drogas, bebia demais e era mulherengo.
Estava num bar quando, de repente, um rapaz entrou, olhou diretamente para ele
e disse: "Jesus te ama, e quer te salvar". Como na época era estourado
e violento, respondeu: "Cale sua boca, não quero ouvir você".
Mas o rapaz falou novamente:
"Jesus te ama, e quer te salvar". Dessa vez, ele ameaçou o jovem,
dizendo: "Se você não parar de falar isso, vou arrebentá-lo". Quando
o rapaz repetiu pela terceira vez: "Jesus te ama, e quer te salvar",
meu amigo não agüentou, deu um soco bem no rosto do evangelista e, em seguida,
saiu do bar deixando-o caído no chão com a face coberta de sangue.
Mas aquelas palavras tinham poder!
Ele não conseguiu esquecê-las, por mais que tentasse, de todo jeito, nos dias
seguintes. Ia dormir ouvindo aquelas palavras e acordava de manhã ainda com
elas na mente. O que pensava que eram meras palavras irritantes tinham um poder
maior do que jamais tinha imaginado. No terceiro dia após o incidente não
conseguiu resistir mais. Caiu de joelhos, sozinho no seu apartamento, e aceitou
a Jesus como seu Salvador com muitas lágrimas e arrependimento sincero. Jamais
encontrou novamente aquele rapaz que pregou para ele. Mas as suas palavras
continham o poder de vida, mesmo que só descubra o que provocaram quando
estiver no céu!
PALAVRAS QUE RESSUSCITAM
Existe um poder sobrenatural para
dar vida que pode ser liberado através das nossas palavras. Jesus usou esse
poder quando Lázaro faleceu. Todos diziam que o caso não tinha mais solução.
Eles garantiram que se Jesus estivesse lá, Lázaro não teria morrido. Mas na
concepção deles, agora era tarde demais. Porém, apesar de já ter passado quatro
dias, Jesus foi ao túmulo e ordenou que o defunto ressuscitasse. Com a sua
ordem até a morte teve que ceder lugar à vida.
Outro amigo meu, Scott Hamilton, me
contou a incrível história da sua tia, quando ela ainda era criança. Ela ficou
doente e, depois de alguns dias, não resistiu e morreu. Na época, era a própria
família que preparava o cadáver para o enterro. Eles já tinham arrumado a
menina, colocado a sua melhor roupa, penteado seu cabelo e lavado seu rosto.
Quando sua avó entrou em casa e viu
a neta morta, exclamou: "Não posso aceitar isso!" Então, pegou o
corpo - já frio - de sua neta nos braços, e levou para fora, enquanto
pronunciava palavras de vida e ressurreição, clamando a Deus para que fizesse
um milagre naquele momento.
Após sentir que o milagre estava
selado, levou a neta novamente para o quarto e deitou-a sobre a cama. Assim que
o corpo tocou o leito, a menina voltou a respirar e levantou-se ressurreta! As
palavras daquela avozinha foram impregnadas de fé e trouxeram a vida de sua
neta de volta. Hoje, a tia de Scott é esposa de pastor e junto com seu marido
já fundou diversas igrejas. Palavras têm verdadeiramente o poder de vida!
Há uma promessa no livro de Salmos
que é uma das minhas favoritas: "Quem de vocês quer amar a vida e deseja
ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade"
(Sl 34.12, 13 - NVI). Davi está claramente imputando para a língua o poder de
nos trazer uma vida feliz se a usarmos da maneira correta.
Esse livro mostrou uma revelação
poderosa sobre o poder das nossas palavras. Porém, enquanto isso for apenas conhecimento,
não fará muita diferença. Agora você precisa planejar passos específicos para
colocá-lo em ação na sua realidade e ver as mudanças incomparáveis que trará.
Leia esse livro mais de uma vez,
quantas vezes forem necessárias, para que essas verdades penetrem em cada canto
do seu coração. Cada vez que você o ler, mais da luz dessas verdades irá
transformar sua forma de falar. Essas mudanças, por sua vez, trarão uma nova
unção e presença de Deus, liberando você para subir num nível mais alto das maravilhas
do Senhor.
Desafio você a colocar em prática, a
partir de agora, o que tem aprendido nesse livro. Com certeza, por meio do que
você fala, poderá evitar tragédias e calamidades e liberar o poder de Deus para
fazer milagres como jamais experimentou. Sua vida nunca mais será a mesma.
HAYNES.
Gary,. O Poder da Língua.
NA LÍNGUA ESTÁ A
CHAVE DA VITÓRIA E DA DERROTA
Jesus nos mostrou o incrível poder
investido em nossas palavras, quando falou: "Qualquer que disser a este
monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que
se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito" (Mc 11.23).
Repare a ênfase: Aquele que disser, crer no que diz; será feito o que disser.
Três vezes, num curto espaço de tempo, Jesus enfatizou o poder do que é dito.
É um princípio que muitos servos de
Deus ainda não entenderam bem. Por não colocar em prática essa verdade, muitos
desperdiçam grandes oportunidades para ver Deus fazendo milagres nas suas
vidas. Não aproveitamos de um canal de bênçãos simplesmente por não sabermos
usar as nossas palavras da forma correta. Na sua língua está a chave de vitória
ou derrota, vida ou morte, dependendo da maneira que você for usá-la.
Se você entender esse preceito, e
usar a sua língua para fazer declarações de vitória, poderá ver as
circunstâncias mudadas da ruína para o triunfo. A escolha é sua, a opção está
na sua boca nesse exato instante.
Moisés ecoou nossa escolha através
das nossas bocas, quando disse ao povo de Israel: "A palavra está bem
próxima de vocês; está em sua boca e em seu coração; por isso vocês poderão
obedecer-lhe. 'Vejam que hoje ponho diante de vocês vida e prosperidade, ou
morte e destruição" (Dt 30.14, 15 - NVI).
Ele disse essas palavras durante uma
exortação profética sobre o futuro de Israel, pouco antes da sua morte, quando
se preparava para entregar a liderança da nação a Josué. Ele colocou duas
opções diante do povo. Uma, de servir a Deus de coração reto, o que traria
prosperidade e uma vida de harmonia na terra. A outra opção, de desviarem-se de
Deus, que traria desastre e morte; e os sobreviventes seriam deportados da
terra, para viverem como escravos.
O mais fascinante é que Moisés disse
que a chave dessas duas opções estava no coração e na boca. No coração porque é
ali que sentimos e decidimos o que vamos falar, mas tudo é selado com a boca!
Jesus explicou mais sobre esse princípio, quando disse: "Pois a boca fala
do que está cheio o coração" (Mt 12.34 - NVI).
Moisés estava dizendo, de uma forma
inegável, que as suas bocas iriam fazer a diferença se tivessem vida ou morte,
prosperidade ou destruição. E o princípio que enunciou naquele dia ainda é
válido. Até hoje podemos trazer milagres e bênçãos para as nossas vidas,
dependendo das palavras que falamos. Você pode liberar a presença do Senhor
para curar, libertar e trazer soluções milagrosas aos problemas solucionáveis
ou pode selar a derrota.
DECLARAÇÕES DE FÉ MOVEM A MÃO DE
DEUS
Quando tinha 16 anos, fiz a minha
primeira viagem pela fé para pregar numa cidade distante, em Monte Azul -MG,
aproveitando minhas férias escolares. Após alguns dias de pregação nas praças e
evangelismo nas ruas da pequena cidade escolhida, eu e o amigo que me
acompanhara iniciamos a nossa viagem de volta.
Era época de chuva e tinha caído
quase um dilúvio nos dias que precederam o início da nossa viagem de retorno
para casa. Sem um fim à vista, a chuvarada continuava. Pegamos um trem até o
final da linha, em Montes Claros, e já tínhamos percorrido mais da metade do
caminho. Dali em diante o plano seria pegar um ônibus e completar a viagem.
Porém, quando fomos comprar as
passagens, descobrimos que a forte tempestade tinha feito a estrada (que era
numa região montanhosa) desabar. Literalmente um pedaço da estrada tinha caído
montanha abaixo, deixando um enorme buraco impedindo o caminho.
Nosso dinheiro era pouco, mas
tínhamos o suficiente para passar a noite em um quarto de uma pensão simples,
esperando o reparo. No dia seguinte, fomos à rodoviária com a expectativa de
ouvir que a estrada estava aberta, mas saímos de lá frustrados. Esperamos mais
um dia, nosso dinheiro foi diminuindo sem que o serviço fosse finalizado.
No terceiro dia, começamos a
experimentar dificuldades financeiras, pois não tínhamos nenhuma forma de sacar
mais dinheiro nem cartão de crédito ou talão de cheque. Durante todo aquele
dia, para pouparmos, comemos apenas farofa e bananas, e entregamos o nosso
quarto na pensão. Ao anoitecer, sem solução na estrada, tivemos que nos dirigir
para a praça pública e dormir nos bancos de concreto.
A essa altura, estávamos ficando
desanimados pois nos sobrara pouco mais do que o dinheiro das nossas passagens,
e ainda ouvia-se a conversa de que somente depois de vários dias a estrada
seria aberta novamente.
Acordei com dor na coluna, após a
noite no banco de concreto. Mas a fé cresceu no meu coração e eu disse ao meu
companheiro de viagem: "Nós vamos chegar em casa hoje ainda, e estaremos
saindo daqui a pouco". Meu amigo indagou: "Por quê? Você recebeu
alguma notícia?" De fato, minha última informação era que permaneceríamos
ali durante mais alguns dias. Mas estava fazendo uma declaração de fé, o tipo
que move a mão de Deus e traz milagres as nossas vidas cotidianas.
Pedi a meu amigo para ficar com as
malas, e fui ousado em dizer que voltaria dali a pouco com tudo resolvido!
Estava falando puramente pela fé. Fui andando a caminho da rodoviária. Vendo um
taxista, senti que devia perguntar-lhe se tinha novidades sobre a estrada. Ele
me informou que, à beira do buraco, os tratores tinham feito um caminho estreito
e iriam deixar alguns carros pequenos passarem. E acrescentou: "Moro na
próxima cidade, do outro lado do buraco da estrada, e se quiserem me
acompanhar, cobro somente o custo da gasolina". Quis dar um grito de
vitória mas me contive. Pedi a ele que guardasse dois lugares, fui correndo
chamar meu amigo e pegar as malas. Ele quase não acreditou quando voltei tão
rápido com uma solução!
Conseguimos passar, mas jamais me
esquecerei do frio na barriga que senti ao olhar para baixo, vendo aquela
cratera. Sabia do perigo que corríamos por causa do precário caminho
improvisado. A terra sobre a qual o nosso carro passou podia facilmente ter
desmoronado conosco!
Mais tarde, fiquei sabendo que pouco
depois que cruzamos a barreira não deixaram mais nenhum carro atravessar, por
julgarem que o risco era grande demais. A estrada ficou fechada durante mais
alguns dias até que conseguiram reabri-la. Se não tivéssemos ido naquela exata
hora, teríamos ficado mais algum tempo dormindo nos bancos da praça pública da
cidade, sem comida, numa situação de extremo desconforto.
O taxista nos deixou na rodoviária,
fui ao guichê e pedi duas passagens. A atendente disse que não tinha mais
assentos disponíveis até o dia seguinte. Insisti com a moça pois havia feito a
minha declaração de fé que iríamos chegar em casa naquele dia.
No mesmo instante, o
telefone tocou e, ao desligar, ela me informou: "Você está com sorte, pois
a empresa acabou de agendar um ônibus extra para daqui à uma hora, e você pode
comprar as primeiras passagens".
Eu sabia que sorte não tinha nada a
ver com a situação! Deus agiu de acordo com minha afirmação de fé.
Quando você for fazer
uma afirmação de fé, ela deve ser de acordo com as promessas e a vontade de
Deus para a sua vida. É disso que Jesus tratava quando disse: "Se vós
estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que
quiserdes, e vos será feito" (Jo 15.7).
Esse poder das nossas palavras tem
uma condição: precisamos estar nele e ter as palavras dele em nós. O que isso
quer dizer? O "estar nele" significa receber o Espírito Santo e fazer
as coisas de acordo com a vontade e os princípios de Deus. Ter "minhas
palavras em vós" quer dizer que suas declarações sempre devem alinhar-se
com os princípios e promessas da Palavra de Deus. Essas condições são cruciais
para que tudo o que pedirmos seja feito.
Se você não tem colocado em ação
essa extraordinária força sobrenatural da sua língua, está na hora de começar.
Você descobrirá uma maravilhosa chave de bênção e vida abundante. Comece desde
já a liberar através de suas palavras e de acordo com as promessas da Palavra
de Deus para sua vida, a fé que está em seu coração. Você jamais será o mesmo.
HAYNES.
Gary,. O Poder da Língua.
Pv 16.21 O sábio de
coração é chamado prudente. O homem sábio, que tem uma fé sentida no coração, é
chamado de prudente ou então homem dotado de discernimento. O professor que
pudesse entregar eficazmente os seus ensinos aos estudantes ganhava a reputação
de ser um homem de discernimento, porquanto o que ele ensinava ficava provado
como verdadeiro à vida. E então, conforme o estudante ia crescendo em sua
erudição, também obtinha a reputação de ser homem prudente.
Coração. Ver sobre
este vocábulo e seus significados variegados, em Pro. 4.23.
É chamado prudente. No
hebraico, nabon, “inteligente”, “dotado de discernimento”. Ver Pro. 1.2. Este
homem é um esperto no bom sentido.
Sinônimo. Um mestre é
ajudado em sua missão por meio de sua oratória persuasiva, sua maneira
convincente de falar, seus lábios ungidos. Ele recebeu uma unção para aquilo
que costuma fazer, e os homens sentem a presença do Espírito Santo quanto ele
fala. Sua fala agradável resulta no aprendizado por parte daqueles que o ouvem.
O saber. No hebraico
é leqah, “persuasão”. Ver sobre esta palavra em Pro.
1.5. Um bom mestre
move e persuade seus estudantes. Eles são transformados em homens como ele é,
seguindo tanto suas palavras quanto seu exemplo. As palavras doces (hebraico
literal) podem conseguir coisas que palavras duras e de reprimenda não conseguem.
Essa é uma observação que muitos mestres e pregadores deveriam aproveitar. As
palavras de um homem sábio são atraentes e agradáveis, em vez de serem
cortantes e requeimantes. Cf. Pro. 9.9.
“A capacidade de
expressar os pensamentos mediante uma linguagem graciosa aumenta muito a
capacidade de aprender” (Ellicott, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2620.
Il -
CUIDADOS COM A LÍNGUA
1. Evitando a
tagarelice.
A Gravata e a Língua
Certo dia, quando
Spurgeom saia do templo após o culto, uma senhora o parou e lhe disse:
— Pastor Spurgeon,
sua gravata está muito comprida, deixa-me cortar um pedaço, pois eu tenho uma
tesoura muito boa lá em casa. Spurgeon respondeu:
— Eu deixo, se a senhora
primeiro permitir que eu corte um pedaço da sua língua.
Esse fato, apesar de
ser irônico, está cheio de verdades. Quase sempre é mais fácil olhar para os
defeitos dos outros e esquecer dos nossos. Que lição aquela irmã aprendeu. A
falta de avanço na vida cristã pode ter como causa, a preocupação com a vida
alheia de forma negativa.
Paulo, ao escrever
para os coríntios, disse: "...examine pois o homem a si mesmo..." (1
Co 11:28) A auto avaliação é um exercício muito eficiente no processo de
disciplina da língua. Foi o que aconteceu com o profeta Isaías Ao contemplar a
visão da glória da Santidade do Senhor, era como se ele estivesse olhando num
espelho. (Isaias 6:1-7). Foi por isso que ele disse: "Ai de mim! Pois
estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um
povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos
Exércitos".(v.5)
Somente quando somos
impactados com a santidade de Deus, é que percebemos os nossos pecados e
sentimos a necessidade de purificação, limpeza e perdão. A glória da santidade
de Deus tem que estar sempre viva em nossa mente, para que não nos conformemos
com o pecado que tão de perto nos rodeia.
O perigo que corremos
hoje é termos no arraial do povo de Deus muitos profetas com a língua enferma.
Quando os pecados sociais da língua são cometidos no meio daqueles que são os
referencias para o rebanho, logo teremos um rebanho tão enfermo quanto os
líderes.
Dentre todas as
qualidades que meu pai possuía como pastor, a que eu mais admirava era o fato
de nunca ter ouvido ele falar mal de quem quer que seja. Era um homem que tinha
um autocontrole nesta área que me impressionava.
Se conhece o caráter
de um homem, por aquilo que ele fala.
Nunca fale mal da
igreja em lugar nenhum, principalmente dentro da sua casa... Muitos filhos
nunca serão discípulos de Jesus, por causa daquilo que seus pais estão dizendo
da igreja em casa!
Eu tenho três filhos,
a Letícia, o Douglas e o Pedro. A visão que eles têm da igreja depende do que
falamos da igreja dentro de casa. Se eu falo das virtudes da Noiva do Cordeiro,
eu estou investindo na vida deles.
Nossos filhos têm que
olhar para a igreja, e sentir desejo de fazer parte dela desde cedo. Isto só
acontece quando nós mostramos no dia a dia que, apesar de qualquer coisa, a
igreja ainda é o melhor lugar, a melhor comunidade e a melhor opção espiritual.
O que falamos exerce influência na formação dos nossos filhos, em todos os
sentidos.
A primeira cartilha
que os nossos filhos aprendem a ler, é a nossa vida. Se os pais influenciam
positivamente seus filhos dentro do lar, eles vão influenciar outros fora do
lar. E o ministério dos vocacionados para ser o sal da terra e a luz do mundo.
Isto tem que começar em casa.
Não é interessante
que os seus filhos ouçam isto.
Muitas conversas
entre marido e mulher não devem
ser ouvidas pelos
filhos. Conforme o teor do assunto a ser conversado, é melhor que escolham um
lugar onde a privacidade seja absoluta. Se os pais forem prudentes em procurar
não influenciar os filhos com aquilo que é negativo, com certeza teremos mais
filhos sadios espiritual, mental e emocionalmente. " E vós, pais, não
provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do
Senhor". (EF 6.4)
O que Deus disse para
os pais israelitas serve para todos nós hoje: "E estas palavras, que hoje
te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás
assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.
Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus
olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas". (Dt.
6.6-9)
Você sabia que para
uma galinha parar de destruir os próprios ovos é necessário queimar o bico
dela?
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
Pv 10.19 No muito
falar não falta transgressão. O autor volta aqui às suas declarações
antitéticas. É melhor falar pouco e pensar bem antes de dizer algo. Isso se dá
porquanto as pessoas falam muito, surgem transgressões nesse falar, tanto no
que é dito como também no resultado desse muito falar. Falar demais não é
virtude. Há muito poder nas palavras, e elas devem ser usadas
parcimoniosamente. Costumamos dizer: “Falar é barato”. E, de fato, assim é,
quando as palavras não têm alvo, mas essa afirmação pode ocultar uma grande
verdade. Todos os tipos de causas são promovidas por palavras que tocam no
coração, quer para bem, quer para mal.
Digo-vos que de toda
palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo. (Mateus
12.36)
É impossível falar
muito e dizer somente a verdade. Além disso, as pessoas que falam em demasia
caem na bisbilhotice e na calúnia, e também na conversa corrupta, que refletem
um coração pecaminoso. Outrossim, poucas pessoas estão acima desse defeito.
Antítese. Um homem
sábio e bom não vive falando incessantemente, pois no muito falar há excessos.
Pelo contrário, ele restringirá os seus lábios quando se sentir tentado a falar
demais. O homem que é sábio aprende a controlar a língua. Ver Tia. 3.2-8, que é
um extenso comentário sobre o uso correto da linguagem e o controle do
mecanismo da fala."... ele não permitirá que os seus lábios profiram coisa
alguma precipitada e sem consideração; mostra-se um utilizador moderado das
palavras e cuida daquilo que diz; pesa as suas palavras. Tal homem é sábio,
prudente e cheio de compreensão. Ver Pro. 17.27,28” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2589.
Quatro provérbios ligados
com a palavra FALA. O primeiro mostra o quanto é perigoso ocultar o ódio
hipocritamente, e mostrar tal ódio por meio de calúnias é ainda pior. O segundo
é uma advertência contra falações sem base, verdadeiras tolices. O terceiro
contrasta com os outros dois, comparando a prata escolhida à língua do justo. E
o quarto é uma súmula dos três anteriores, ensinando que os lábios do justo são
um pastoreio fértil em bênçãos, contrastando com os lábios dos tolos, que nada
sabem e nada edificam, e por isso morrem como tolos. É uma cartilha de normas
capaz de edificar uma cidade e meio mundo. A justiça, coisa tão vasqueira no
mundo o tão difícil de ser encontrada, e o bom entendimento entre os homens,
sem calúnias, sem falsas imputações, bastariam para construir uma outra
sociedade. Possivelmente seria esta a situação em Israel, ao tempo em que a
justiça de Salomão deveria imperar; entretanto, o que se vê por estes
provérbios é que multa coisa saiu frustrada. Nós mesmos temos a nossa
experiência no convívio doutrinário evangélico, quando nem sempre se prima pela
justiça, pela verdade, contra a mentira e a falsidade. A boataria é uma
constante em muitos círculos, e a demolição do caráter, com o abandono da
verdade, é um corolário. Ser justo, praticar a justiça, é um mandamento de
nosso Mestre, quando diz: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo algum entrareis no reino de Deus (Mat. 5:20). A ser assim,
então quantos terão o caminho barrado para a entrada no Reino de Deus?
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
Pv 13.3 O que guarda
a boca conserva a sua alma. Eis aqui outro versículo que versa sobre a vida e a
morte. Ver Pro. 4.23 e 12.13. O sábio, que guarda a boca, mostrando-se
cuidadoso com o que diz e não infligindo danos a terceiros, preserva a própria
vida. As palavras saídas da boca têm poder, dando instruções baseadas na lei,
que transmite vida (Deu. 4.1; 5.33; 6.2; Eze. 20.1). O mestre, uma vez mais,
manifesta-se contra a linguagem pesada. Ver Pro. 21.3; Sal. 39.1 e Tia. 3.2 ss.
Ver no Dicionário o artigo chamado Linguagem, Uso Apropriado da.
Antítese. O pecador,
que fala precipitadamente, provoca a destruição de outras pessoas e também de
si mesmo. As palavras que saem do coração produzem a realidade na vida. Quanto
a falar precipitadamente, ver Pro. 12.18, e quanto à ruína, ver Pro. 10.8 e 14.
Falar de modo nenhum é algo barato, embora ficar murmurando seja barato.
Contudo, tanto os homens maus quanto os homens bons falam com seriedade, o que
provoca acontecimentos, bons ou adversos.
O homem bom tira do
tesouro bom cousas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira cousas más. (Mateus
12.35)
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2601.
Se o pai descuida a
disciplina do filho, verá depois que andou errado, e o filho que atende à
disciplina é sábio. Só os tolos recusam a repreensão, que também é outro
aspecto da disciplina (v. 1). O filho sábio e o cínico se destacam por suas
atitudes para com a disciplina paterna. Filhos há que entendem ser a disciplina
castigo corporal, o que não é, e, sim, correção e desejo de endireitar o
caminho da vida enquanto é tempo (v .1). A linguagem impura de um homem denota
falta de disciplina doméstica, mas a linguagem limpa enobrece esta disciplina.
Do fruto da boca o homem comerá o bem, mas o desejo dos pérfidos é a violência
(v. 2). Fruto da boca quer dizer boas palavras, enquanto a língua suja é uma
provocação só admitida em meios malsãos. Há uma Intima relação entre este verso
e a conduta diante de Deus, pois o homem que guarde a boca conserva a sua alma,
mas o que muito abro os lábios a ai mesmo se arruína (v. 3). Jamais se viu um
rapaz ou uma jovem recusar a disciplina doméstica, e tirar bom partido da vida.
É o que o verso 3 nos informa. Há muitas vidas arruinadas por causa da falta de
correção, por ser dolorosa ou falha.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
2. Evitando a
maledicência.
Maledicência — a
sétima abominação
O problema se situava
na área dos relacionamentos. Havia um clima de animosidade entre os crentes
ali. A comunhão estava trincada. Era aquilo que a Bíblia denominava em
Provérbios
6.16-19 de a sétima
abominação. Era uma fuxicaria sem fim. O trabalho do Senhor simplesmente não
conseguia prosperar. O próprio líder que me antecedera naquela congregação me
contou posteriormente que havia sido afastado porque alguém dali conseguira
envolvê-lo em um fuxico. O clima era pesado. À medida que mais me envolvia com
a obra, mais consciente ficava da presença da semente de contenda espalhada
entre os irmãos. Resolvi agir pela Palavra de Deus. Durante os primeiros meses
me dediquei quase que exclusivamente a pregar sobre relacionamentos. Usei como
base o livro de Provérbios.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 63.
MORREU PORQUE DIFAMOU
Após ter ministrado
sobre este tema na cidade de Panambi-RS, o pastor Alaino da cidade de Cruz
Alta-RS, procurou-me para contar um fato impressionante ocorrido em sua igreja.
Certo dia foi chamado
para orar por unia jovem senhora que estava sentido a ânsia da morte.
Preocupado com aquela que era membro de sua igreja, atendeu o chamado com
urgência. Ao chegar na casa perguntou:
— O que se passa com a irmã? O que ela respondeu:
— Eu pedi para chamar
o pastor, porque preciso pedir perdão. Perdão do que, perguntou ele. Ela disse:
— Eu difamei o senhor
durante muito tempo. Visitei as congregações, fiz grupinhos e através de
conversas vis, sujei seu caráter, mal disse publicamente a seu respeito. Por
causa disto, Deus me disse que serei disciplinada com a morte.
Apavorado com aquilo tudo, o pastor disse:
— A irmã esta
perdoada, não morra por causa disso. O que ela respondeu:
—Não tem mais jeito
pastor, eu não vou para o inferno, mas Deus encurtou o tempo de existência
aqui, eu vou morrer.
O pastor sem entender
muito bem o que estava acontecendo, orou e foi para a sua casa. Algumas horas
depois, ele recebia um telefonema, informando-o que a jovem senhora havia
morrido.
Que lição Davi nos
ensina diante deste episódio. "Eis que este dia os teus olhos viram que o
Senhor hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que te
matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a minha mão
contra o meu senhor, pois é o ungido do Senhor. (1 Samuel 24:10)
Ainda que o ungido do
Senhor esteja fora da sua vontade, longe dos seus caminhos, quem cuida disso é
Deus. Nosso dever é fazer como Gideão, trabalhar para ver mudanças acontecer.
(Juízes 6:11). Não adianta fazer greve, não adianta fazer grupinhos, não
adianta espalhar boatos, Deus não age por estes meios. Deus não é Deus de
confusão.
Se queremos mudanças,
temos que trabalhar mais do que criticar.
As críticas devem ser
construtivas e dirigidas à pessoa certa. Só creio em críticas construtivas,
quando quem critica oferece sugestões e se apresenta para o trabalho.
Infelizmente, os que mais criticam, são os que menos fazem "O coração do
justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama coisas
más". (Pv 15:28)
Palavras são como
Penas Levadas ao Vento
Havia um irmão muito
piedoso, integro, honesto e fiel, que infelizmente foi vítima de uma calúnia.
Seu caráter e sua vida reta foram colocados em dúvida pela esposa, filhos,
igreja, etc. O poder desta difamação foi psicologicamente tão destrutivo, que o
irmão adoeceu, e logo precisou ser internado em um hospital.
Logo que o difamador
ficou sabendo sobre o estado de saúde do irmão, com a consciência pegando fogo,
resolveu visitá-lo no hospital. Ao chegar no quarto, que ficava no quinto andar
do prédio, encontrou-se com o irmão, confessou seu grave erro e pediu perdão do
que havia feito. O irmão ofendido, disse: — Eu te perdoo. Só quero que você me
faça um pequeno favor. Pegue aquele travesseiro de pena, abra-o, e jogue todas
as penas pela janela. Estava ventando muito. Sem entender, ele o fez. Todas as
penas foram levadas pelo vento. Depois que o difamador jogou todas as penas, o
irmão ofendido disse:
—Agora querido, saia
Ia fora e pegue pena por pena e coloque novamente dentro do travesseiro. O que
o outro respondeu: — Isso é impossível, não dá para fazer. Então o irmão
concluiu dizendo. — Assim são as palavras que você disse a meu respeito. Eu te
perdoo, mas as consequências das suas palavras difamadoras, continuarão
produzindo seu efeito demolidor.
Com muita propriedade
disse Calvino: "Não pode ser infligida aos homens injúria maior do que
lhes ferir a reputação".
E sempre bom, ao
final do dia, fazermos um balanço daquilo que falamos, para ver se não estamos
ferindo mais do que restaurando e edificando, através das nossas palavras.
A disciplina da
língua depende de um exercício contínuo e muito autocontrole. Vencer a tentação
de falar da vida alheia deve ser nosso objetivo sempre.
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
Pv 6.16 Seis cousas o
Senhor aborrece. A atividade do safado que acaba de ser descrito trouxe à mente
do mestre aqueles pecados comuns, mas fatais, que homens pervertidos tão
frequentemente cometem. Essas seis coisas, que logo se transformam em sete,
compõem um artifício literário que também pode ser visto no capítulo 30 do
livro de Provérbios e nos Provérbios de Ahikar e na literatura ugaritica. A
progressão de seis coisas para sete tem por intuito chamar nossa atenção, o que
realmente consegue fazer, subentendendo que o autor está provendo uma lista
completa (representativa) de coisas que Deus aborrece. Cf. Amós 1 e 2. Essa
lista enfatiza a abominação envolvida em tal iniquidade. Ver Pro. 3.32 quanto a
isso. O texto sagrado, como é óbvio, refere- se a Deus como quem vê e sabe, e
então age. Ele não se mostra indiferente para com o que os homens fazem. Ele
abençoa os bons e retalia contra os feitos dos ímpios. É um Deus teísta, e não
um Deus deísta. Em outras palavras, Deus é o Criador que não abandonou a Sua
criação, mas recompensa, castiga, intervém e aplica tanto Sua providência
negativa quanto sua providência positiva. Ver no Dicionário o artigo chamado
Teísmo. O Deísmo (ver também no Dicionário) ensina que o Poder criador
abandonou a criação aos cuidados das leis naturais.
“Ele aborrece seis
coisas, mas a sétima é pior do que todas. Essa forma numérica de provérbio,
intitulada middah, também foi empregada por escritores posteriores e pode ser
encontrada em Pro. 30.1,16,18,21,22,23,29-31; Jó 5.19; Amós 1.3-2.1;
Eclesiástico 23.16; 25.7; 26.5,38” (Ellicott, in loc.).
Pv 6.17-19 Olhos
altivos, língua mentirosa. Há sete coisas que Deus abomina. Cf. estes pontos:
1. Olhos altivos. Ver
Pro. 30.13. Note como várias partes do corpo são empregadas para produzir o
ensino. O homem mau emprega tudo quanto é e tem para praticar seus atos maus.
Quanto aos olhos altivos, que significam que o homem tem um coração altivo, ver
Pro. 8.13; 30.13; Sal. 18.27 e 101.5. Ver também I Ped. 5.5 e Mat. 5.3. “... o
olhar altivo, o desdém contra outros, considerados indignos de ser olhados,
pois o indivíduo tinha-se em alta conta, o pecado dos anjos, o pecado por trás
da queda: o orgulho, a primeira das sete coisas aborrecidas a serem listadas”
(John Gill, in loc., com algumas adaptações).
2. Língua mentirosa.
Apanhando o que acabava de ser descrito com detalhes, nos vss. 13-16. Ver no
Dicionário o artigo chamado Mentira (Mentiroso), quanto a plenas anotações
sobre a idéia. Cf. Pro. 12.19; 21.6 e 26.28. Esse é um dos pecados mais comuns
entre os homens, embora muitos o considerem uma falta leve. De fato, é referido
entre sorrisos e piadas. Mas Deus aborrece tal pecado e, para Ele, esse pecado
é abominável.
3. Mãos que derramam
sangue inocente. Os culpados são assassinos. Ver Pro. 1.11,12 quanto a uma
vívida descrição. Cf. Pro. 1.16; Isa. 1.15; Rom. 3.15.
4. Coração que trama
projetos iníquos. Está sendo descrito aqui o homem iníquo, cujo homem interior,
o coração, a alma, é corrupto, o que se torna a fonte originária de todos os
tipos de planejamento maligno, visando o benefício próprio em detrimento de
outras pessoas. Tal homem inventa inúmeras imaginações, que são planos para a
prática do mal. Ele dedica sua vida a traçar planos complicados, que produzam
confusão. O homem corrupto é corrupto de dentro para fora. Não há nele sanidade
espiritual. Ele é pútrido e espalha sua putrefação com alegria feroz. Cf. Gên.
6.5. Más imaginações resultaram no julgamento do dilúvio. Cf. o vs. 14 deste capítulo,
onde encontramos o mesmo tipo de pecado. Ver no Dicionário o verbete intitulado
Coração.
5. Pés que se
apressam a correr para o mal. Aquilo que é planejado no coração logo é posto em
prática na realidade, pelos pés, os agentes dos movimentos corpóreos e das
expressões externas. Esses pés' ruins correm, em lugar de andar. A pessoa se vê
ansiosa para praticar o mal. O homem tem uma mente criminosa. Tal homem
desfruta do mal. Ver Pro. 1.11 ss., onde vimos esse tipo de atitude e ação.
Esses homens não cedem diante das tentações após um período de luta. Antes, já
se entregaram ao mal. São escravos das concupiscências e de atos deprimentes.
Vivem para prejudicar seus semelhantes. São pecadores profissionais. Pecar é a
única razão de sua existência. Cf. Isa. 59.7; Rom. 3.15. Essa gente opera obras
de iniquidade com ganância e alegria.
Porque os seus pés
correm para o mal, e eles se apressam a derramar sangue. (Provérbios 1.16)
6. Testemunha falsa
que profere mentiras. Temos aqui o pecado de dizer mentiras em tribunal,
buscando prejudicar algum oponente. Ver Sal. 27.12; Pro. 19.5,9 e 27.12. Esse
pecado desobedece ao Décimo Mandamento. Ver Êxo. 20.16; 23.1,7 e Deu. 5.20.
7. O que semeia
contendas entre irmãos. Cf. Pro. 3.30, onde dou notas adequadas sobre a questão.
Este é o sétimo pecado da lista e, presumivelmente, o pior de todos, embora não
pareça haver uma progressão de males menores para maiores, dentro dessa
enumeração. Se semear a discórdia entre irmãos é algo terrível, e está
sucedendo com tal frequência em nossas igrejas de hoje em dia, também podemos
dizer que dificilmente é pior do que o assassinato (o terceiro pecado da lista,
vs. 17). Quanto a como é desejável que reine a harmonia entre irmãos, ver a
vívida passagem de Sal. 133. Ver o vs. 14 deste capítulo quanto ao homem mau
que semeia discórdias. Semear a discórdia “... quer em um relacionamento
natural, quer em uma sociedade civil, quer na comunidade religiosa” (John Gill,
in loc.).
A origem de todas as
guerras, a fonte de todos os males está em nós.
Píerre Lecomte Du
Nouy)
Quão incrível é que,
nesta frágil existência, nos odiemos e nos destruamos mutuamente. Existem
possibilidades suficientes em todos nós que queiram abandonar o domínio sobre
outras pessoas, para buscarmos o domínio sobre a natureza. O mundo é grande
bastante para todos buscarem a própria felicidade à própria maneira.
(Lyndon B. Johnson)
Décimo Terceiro
Discurso: o Valor da Sabedoria para Salvar da Imoralidade Sexual (6.20 - 7.27)
Este é o décimo
terceiro dentre os dezesseis discursos que compõem o primeiro livro de
Provérbios — 1.8 - 9.18. Por cinco vezes, no primeiro livro de Provérbios, o
mestre (pai espiritual) adverte os seus alunos (seus filhos espirituais) contra
os pecados sexuais. Ver Pro. 2.16-19; 5.3-34; 6.20-35; o capítulo 7 inteiro; e
9.13-18, onde a insensatez, personificada como uma mulher, sugere o assunto,
embora sem mencioná-lo especificamente. Esse tema obviamente atraía muita
atenção.
Pro. 6.20 - 7.27 é a
mais longa seção do primeiro livro dos Provérbios, e era apenas natural e até
mesmo inevitável que atacasse o ponto mais fraco do homem, o apetite sexual,
que está sujeito a toda espécie de perversão. As declarações de sabedoria falam
francamente acerca desse pecado. Os hebreus não eram um povo pudico em demasia,
e ninguém corava diante de afirmações salgadas. A sabedoria fala sobre a
desilusão do amor ilícito, e sobre como o remorso sem dúvida se seguirá, o que
pode incluir até uma morte amarga, o julgamento de Deus contra a perversão.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2567.
As sete coisas que
Deus aborrece são de Belial (6:16-19)
Estas sete coisas
naturalmente são do tal Belial; só uma pessoa igual a ele pode usar olhos,
línguas. mãos, coração e pés para o mal. Examinemos rapidamente todos estes
dons maléficos, sejam de um Belial ou de outro igual.
(1)Olhos altivos,
arrogantes, como de quem domina o tempo e as estações, e não quer dar contas a
ninguém. Há gente assim: olha para nós como se fosse senhor de tudo.
Normalmente, tais pessoas são justamente as mais carecedoras de poder e de
caráter, pois não cabe arrogância em ninguém, pelo simples fato de todos sermos
pobres criaturas de Deus, uns com mais e outros com menos capacidade, menos
dinheiro ou menos oportunidade. De modo geral a humildade é uma grande virtude
que os olhos arrogantes não possuem.
(2)Língua mentirosa
(v. 17) (Leia Tiago 3:1-12). Nós, os que lidamos com o povo, sabemos bem o que
significa uma pessoa mentirosa, de canto em canto cochichando nos ouvidos dos
incautos e inoculando veneno contra alguém. Os mentirosos são capazes de
grandes invenções malignas, de apresentar o impossível e fazê-Io passar por
algo verdadeiro. As igrejas sofrem muito com tais pessoas, maledicentes,
boateiras. Tiago tem um capítulo clássico sobre a língua, que vale a pena
examinar. Meus Irmãos... se alguém não tropeça no falar, é perfeito verão,
capaz de refrear também todo o seu corpo (Tiago 3:1, 2). Para dar as tintas
completas, Tiago compara a língua ao queixo de um cavalo, ao qual se bota
freios para o conter. É um pequeno membro capaz de incendiar o inferno; mundo
de Iniquidade, pão em chamas toda a carreira da existência humana (Tiago 3:6,
7). Tiago tem o mais completo repertório de vocabulários ferinos a respeito da
língua, o membro de tão relevante utilidade, pois com ela louvamos a Deus e com
ela amaldiçoamos o próximo. Que beleza ouvir um discurso, um bom sermão
proferido por lábios que movimentam uma língua admirável! Sem ela, o homem
perde o mais importante órgão do seu corpo. Ouçamos um declamador ou
declamadora enaltecendo as belezas do Criador ou da criação, e vejamos como
somos elevados aos píncaros da sublimidade, do louvor, do amor. Ouçamos o
mentiroso, como degrada e avilta uma pessoa, a rebaixa e até aniquila, sendo
capaz de lhe roubar a honra e a felicidade. Uma intriga que envolva a honra de
uma donzela, de uma senhora casada, a honestidade de um comerciante, seja lá o
que for, e depois verifique-se como tais pessoas rolam ladeira abaixo, até o
abismo, onde se perdem para sempre. Basta. Não há necessidade de prosseguir. A
língua é o melhor e o pior membro do corpo humano. Não é sem justo. motivo que
se conta esta fábula. Um potentado mandou o criado preparar o melhor prato que
pudesse inventar. Este então preparou uma língua. No dia seguinte, o potentado
ordenou que lhe trouxesse o pior prato que pudesse ser inventado. O criado de
novo preparou um prato com língua. O potentado então, admirado, perguntou por
quê? A resposta foi: A língua é a melhor coisa que há, e também a pior.
(3) Mãos que derramam
sangue (v. 17). Que procissão enorme poderia fazer-se dos que têm morrido às
mãos de sanguinários! Os pistoleiros, que matam de emboscada, como sói
acontecer, especialmente no norte do Brasil, e também noutros lugares, onde os
inimigos políticos peitam um sanguinário para eliminar o adversário a troco de
meia dúzia de cruzeiros. Que se pode dizer de tais indivíduos? Que são
desalmados, diabólicos e merecem igual pena. Não há pena de morte no Brasil, e
dizem os penalistas que este remédio heroico não produz os resultados
esperados, tanto assim que os países onde há pena de morte, como a forca na
Inglaterra, a cadeira elétrica ou câmara de gás na América do Norte, estão
abolindo a pena.
Sejam quais forem os
resultados de tais processos de punição, parece certo que quem mata devia
morrer, e aos poucos, para poder avaliar o quanto vale uma vida. Isto é maldade
que Deus aborrece, porque a vida foi dada por ele e ninguém tem o direito de
atentar contra ela, a não ser, como vimos, em caso de punição social.
Poderíamos encher páginas com esta forma de matar, invocando o preceito
mosaico, em todos os seus mais variados pormenores, a começar pelo verso 13 do
capítulo 20 de Êxodo, de onde promana toda a legislação mosaica a respeito da
vida. Mas os leitores destas notas estão fartos de saber o que diz a Bíblia e
de verem como a sociedade hebraica estava doutrinada a respeito. Quando
estendemos a mão para dar uma esmola, que estamos fazendo? Procurando salvar
uma vida. Quando damos um remédio, que fazemos? Pretendemos ajudar uma pessoa a
viver mais. Quando se fala em orfanatos, creches, asilos, ambulatórios,
hospitais e toda uma gama de organizações sociais, que estamos lendo, ouvindo
ou fazendo? Poupar vidas! Apenas salvar vidas. Pois então o pistoleiro, o
assassino, que por qualquer coisa tira a vida do semelhante, é algo que já
deixou os quadros humanos, para se converter num.. . Que palavra serviria aqui?
(4) Coração que trama
projetos Iníquos (v. 18). Vejamos outra vez Prov. 4:23. É do coração que provém
todo o mal. o assassino, que tira a vida de outrem, concebeu antes o crime no
coração. O que difama a mulher do próximo já arquitetou a maldade no coração.
Do coração é que provém todo o mal, na linguagem de Jesus (Mat. 15:19). A
Bíblia usa cerca de 79 vezes a palavra coração, em referência aos deveres da
vida. É talvez a palavra mais usada em todos os sentidos, quer no bom, quer no
mau. O coração que trama projetos Iníquos é um coração que Deus aborrece e
abomina. Então, cuidado com os sentimentos que se aninham em teu coração. Vigia
esse órgão admirável, policia-o e cuida a fim de ele não pulsar no planejamento
do mal, contra Deus e teu próximo.
(5) Pés que se
apressam a correr para o mal (v. 18). Quantas passadas se dão em sentido
negativo do bem-estar da vida! Quantas vezes uma perna quebrada, é ou será uma
bênção? Mesmo que nós, do grupo evangélico, não andemos à cata do mal, nem por
isso estamos livres de andar para fazer algo ruim. Multas vezes damos passos para
arruinar a nossa própria vida. Este autor ia certo dia fazer um negócio que lhe
parecia muito duvidoso quanto ao seu valor comercial. Poderia resultar em
perder o pouco que tinha. No caminho orou - "Senhor, se este negócio não
presta, que eu quebre as pernas antes de chegar ao local do mesmo." Poderá
parecer um pecado, mas foi cometido. Seria preferível ficar deitado num
hospital por uma quinzena ou mais. e não fazer um mau negócio, que o poderia
arruinar por anos. Mesmo aceitando que os pés dos crentes não correm para o
mal, ainda assim quantas passadas erradas se dá para o mal. Quando este autor
era pastor de uma igreja no norte, havia multa "trancinha", muito
"diz-que-diz-que" na igreja. Ele se via tonto. Recorreu a um diácono
dos mais ativos, para que o ajudasse. Certa noite, disse ao diácono:
"Aquela encrenca entre fulana e beltrana está morta." Ele respondeu:
"É isso que o senhor crê, mas não é o que vai acontecer." Depois
soube que, tão depressa o pastor foi embora, ele, o diácono, foi à casa onde a paz
tinha sido selada e incendiou tudo outra vez. O pastor verificou que a vida do
diácono consistia em andar de casa em casa, levantando mexericos e intrigas.
Que fazer com tal pessoa? O pastor chamou o diácono e o intimou a pedir carta
para outra igreja, senão seria eliminado. Pediu a carta e se foi, mas continuou
a sua obra diabólica na igreja. São pés que correm para o mal.
(6) Testemunha falsa
que profere mentiras (v. 19). Mentir num tribunal, onde se procura averiguar a
verdade, é o procedimento mais abominável que uma criatura pode praticar. Mas
pratica-se.
Um professor de
educandário batista foi demitido sem causa e sem motivo. Pura política. O
demitido reclamou multas vezes, mas sem resultado. Pediu a outros batistas que
o ajudassem, mas também sem resultado. Vendo-se injustiçado, apresentou a sua
reclamação a uma junta de Conciliação do Ministério do Trabalho. Essa junta
deu-lhe ganho de causa e mandou reintegrá-lo. Quando isso aconteceu, a
instituição, por sua diretoria, chamou-o e fizeram as pazes. Foi recebido de
novo na instituição. Aconteceu que o advogado da instituição, zangado com o
acordo, apelou da sentença contra a vontade da diretoria da instituição e às
escondidas prosseguiu com a causa. Um belo dia deu-se o julgamento no Tribunal
Regional do Trabalho. Como o dito professor estivesse ausente, por ignorar o
que se passava, o advogado, diácono de uma igreja batista, disse tudo que bem
entendeu; mentiu, destratou o pobre professor, e de tal modo, que o Tribunal
entendeu que o referido professor era mesmo um homem perigoso e demitiu-o,
mandando indenizá-lo de acordo com a lei. Agora pergunta-se: Como é que um
diácono batista pode proceder assim, mentindo num tribunal profano? É o que a
Bíblia condena, mentir, e especialmente num tribunal. Ao referido diácono nada
aconteceu e o seu pastor nada disse e nada fez. O pastor desse diácono era um
dos diretores da instituição. Que dizer de uma coisa destas? Ir a um tribunal
mentir contra seu irmão de crença é uma abominação. Essa testemunha é abominável
a Deus. Nunca aconteça que cheguemos a tal condição. A mentira já é coisa do
Diabo. Ninguém deve mentir, mas mentir num tribunal, onde se procura apurar a
verdade, deve ser a abominação das abominações. Será uma pessoa que mente num
tribunal uma pessoa crente? É difícil afirmar, pois a mentira é do Diabo, que é
mentiroso desde o princípio, pois foi por uma mentira que a humanidade toda se
arruinou e para sempre (Gên. 3:4). Satanás garantiu que a mulher não morreria,
quando Deus havia dito que morreria no dia em que comesse da árvore proibida.
Morreu mesmo. De lá até agora e daqui até o fim, o Diabo continuará a mentir e
a ter os seus lacaios para o ajudarem nessa obra satânica. Basta, basta. O
arsenal de fatos delituosos causados pela mentira é muito variado, e quase
todos nós o conhecemos. Portanto, BASTA!
(7) E o que semeia
contendas entro irmãos (v. 19). Seis coisas Deus aborrece e a sétima ele
abomina. O que semeia contendas entre os irmãos aparece aqui como o pior de
todos. Não é. Apenas um clímax de Provérbios, em que a escala vai aumentando.
Todavia, o que semeia contendas entre irmãos, a que desune a família hebraica
ou cristã, deve ser mesmo um abominável, porque da intriga ou contenda nasce
tudo que há de pior. Começa por separar o que deveria estar unido e junto; cria
o mal-estar onde deveria haver amor; prepara para outros desenvolvimentos, que
podem levar muito longe, ao crime até, se Deus não intervir. Quantas contendas
entre irmãos nas igrejas, por causa de um semeador de intrigas! Falem os
pastores e líderes de
igrejas. Eles sabem disso, porque já sofreram na carne os efeitos de tal
semeadura diabólica.
Este provérbio devia
ser, em Israel, uma espécie de cartilha, um manual que todo israelita saberia
de cor, transpondo para o grupo dos provérbios, como o encontramos aqui. Seria
uma espécie de trocadilho, que se proferiria ocasionalmente. Pensa-se, seria
uma forma didática para uso nas escolas, onde o mestre perguntaria ao aluno:
Quais são os sete pecados mortais? O aluno responderia na ponta da língua. Para
nós são bastante claros, pois todos temos ciência dos seus efeitos, de um modo
ou de outro.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
III - O
BOM USO DA LÍNGUA
1. Quando a língua
edifica o próximo.
Princípios Bíblicos
para um Bom Relacionamento
Abaixo estão alguns
princípios bíblicos que extrai do livro de Provérbios que nos ajudarão a nos
relacionar bem uns com os outros:
1. Saiba ouvir (Pv
18.13).
Um dos grandes
problemas em nos relacionar bem uns com os outros surge por conta da nossa
falha em ouvir. Ouvimos, mas ouvimos mal. Ou ainda: ouvimos mais do que foi
dito. Precisamos aprender a ouvir.
2. Não se apresse
para falar (Pv 17.28; 19.2).
A precipitação em
falar é outro grande problema. Jesus mesmo condenou o juízo temerário. Isto é,
falar apressadamente sem um conhecimento total dos fatos.
3. Fale pouco (Pv
10.19; 13.3; 12.18).
Aqui talvez esteja um
dos maiores fatores de desajuste nos relacionamentos. É um comentário
inoportuno que fazemos. Uma palavra a mais, que aparentemente não tem a
intenção de ofender, mas que vem sublimada.
4. Fale coisas boas
das pessoas (Pv 16.24; 16.28; 20.19).
A tendência de só
enxergar coisas ruins nos outros é uma herança da nossa velha natureza adâmica.
Dificilmente falamos de alguém para exaltar suas virtudes. Necessitamos
enxergar algo de bom no nosso semelhante se queremos nos relacionar bem.
5. Não atice
(fomente) conversas (Pv 30.33; 26.20,21).
Acredito que se não
passássemos à frente as fofocas que chegam até nós muitas intrigas seriam
evitadas.
6. Fale pouco de si
mesmo (Pv 27.2).
A atitude de falar de
si mesmo, além de revelar um complexo de inferioridade, acaba também por
arranhar os relacionamentos. Isso por uma razão simples: é difícil louvar a si
mesmo sem diminuir o outro.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria
bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 65-66.
I Cor 14.26 — Paulo,
agora, apresenta aos coríntios um exemplo de como deveria ser conduzida a reunião
de uma igreja local. Se cada um de vós trouxer para o culto a habilidade
especial que Deus vos deu e tudo for feito para edificação, a igreja como um
todo será beneficiada.
Salmo, provavelmente,
refere-se a um salmo cantado do Antigo Testamento (compare com Cl 3.16; Ef
5.19). E muito provável que o ensino consistisse de uma apresentação de alguma
verdade do Antigo Testamento ou ensinamento dos apóstolos. Embora o apóstolo
tenha procurado cortar o excesso, ele ainda reconhece que havia um lugar
apropriado para o dom de línguas (tem língua) com interpretação. Aquele que
recebe uma revelação pode ser o profeta que fala a palavra de Deus (v. 29-32).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 440.
I Cor 14.26 Esse
texto traz a descrição de um ―culto comunitário a Deus‖ em Corinto. Ele diverge
totalmente do que hoje caracteriza o encontro de culto a Deus numa igreja. A
esse respeito Schlatter destaca especialmente que ―o pregador instruído pelo
‗reitor‘ não aparece na lista dos que tornam o culto frutífero‖. Muito menos
ele é aquele que no essencial ―dirige o culto‖ sozinho. Pelo contrário, é
característica da reunião da igreja que ―todos‖ tenham algo e contribuam para a
vida da igreja. “Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz
revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação: Seja tudo feito
para edificação!” Se aqui primeiramente é citado um ―salmo, a ideia não é que
alguém recite um salmo do Antigo Testamento. O Espírito Santo sempre concede
novos cânticos que são acolhidos pela igreja e contribuem para a construção da
igreja. Também a “doutrina” não é assunto dos diversos ―ministros‖; qualquer um
pode ser presenteado com uma “doutrina” e transmiti-la à igreja. Paulo, porém,
também cita a “revelação”, a “língua” e sua “interpretação”. É isso que
acontece na igreja em Corinto. Uma riqueza tão viva de manifestações na reunião
da igreja é um presente. Contudo reside nela o perigo de que leve à desordem.
Werner
de Boor. Comentário Esperança Cartas aos I Coríntios.
Editora
Evangélica Esperança.
2. Nossa língua
adorando a Deus.
Pv 10.32 Os lábios do
justo sabem o que agrada. O autor sacro continua aqui a abordar o tema do uso
correto da língua. O homem sábio usa sua faculdade da fala de maneira correta,
pelo que emprega os lábios para dizer o que é aceitável. Sua fala beneficia a
outros, sendo instruções na lei, conforme ela é fomentada e interpretada pelas
declarações de sabedoria. Esse tipo de linguagem traz todos os benefícios que a
lei promete, incluindo vida longa, próspera e feliz (ver Pro. 4.13; 9.6,11;
10.11,17). O homem
que escuta a lei e a obedece vive melhor e por mais tempo. Os lábios do homem
justo são como árvores frutíferas saudáveis (vs. 31).
O que agrada. Agrada
a quem? A Deus e aos homens, pois se trata de uma linguagem graciosa e
benéfica, Cf. Luc. 4.22."... agradável e proveitosa" (Adam Clarke, in
ioc.).
Antítese. Esta linha
métrica repete a segunda linha métrica do vs. 31, pois ambos os trechos usam a
palavra “perversidade", que no hebraico significa algo que “sai do
caminho". Ver Pro. 2.12.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2591.
O mundo em que
habitamos é controvertido e contraditório; por um lado, prega a justiça, a
bondade e a harmonia; por outro, destrói tudo isso, como se a pregação fosse
uma simples diversão malsã, uma crueldade demoníaca. Ao simples observador
assim parece e até lhe damos razão. Todavia, em melhor verificação, logo nos
convencemos de que tudo se processa de outro modo. A justiça, por ser uma
senhora calma e prudente, não alardeia as suas atitudes. Passa despercebida
pelas ruas, enquanto a perversidade levanta a voz zombeteira, como senhora da
sociedade. Os nossos jornais se incumbem de nos dar uma visão falsa da
realidade do nosso mundo, quando destacam os crimes e ocultam as virtudes. Os
homens que se enclausuram num laboratório, pesquisando micróbios e procurando
saber como destruí-los, são os grandes ignorados, os anônimos, os sem terra. As
multidões que gastam a sua vida nos hospitais, curando ou tratando até
subversivos, assassinos e ladrões, são ignoradas, enquanto o salteador, ao
encontrar o homem que volta alta noite do seu trabalho, lhe diz: "A bolsa
ou a vida!', esse vai para as manchetes e até os vadios tomam conhecimento da
façanha. Por isso, o bem não aparece, embora exista. A verdade dos Provérbios é
uma eterna realidade que não se conhece bem. Os lábios do justo... mas a boca
do perverso (v. 32) são os contrastes da sociedade. O professor que dia a dia
vai inculcando, nas mentes plásticas dos seus alunos, as grandes verdades da
vida, não ouve o seu nome nas ruas. Entretanto, o perverso, esse sim, até os
alunos do primeiro ano acham mais bonito o que este profere. A luta atual
contra os marginais que rondam os colégios para vender um cigarro de maconha é
mais bem-vinda do que o professor que acaba de dar a sua aula e, cansado, vai
para casa. Que dizer disto e de muito mais que não cabe aqui? O mundo foi feito
errado? O homem não é capaz de entender por que vive. Talvez se pense assim.
Todavia, o mundo é bom, o tem mais coisas boas que más, mais justos que
injustos ou perversos; e ai de nós se não fosse assim. Tudo depende do caminho
que o homem toma para viver. O caminho do Senhor, que muitos
ignoram, é que
determina as aparentes contradições da vida. O que Moisés ensina em Êxodo
20:12, contrastado com o que diz o Senhor Jesus em Mateus 5:5, resolve o
problema de muita gente, que anda desgarrada da vida, justamente por causa do
seu afastamento do lar.
Antônio
Neves de Mesquita. Provérbios.
Hb 13.15 Novamente o
apóstolo volta à ideia do sacrifício, que já transpareceu nos v. 10-12. Com seu
sacrifício singular Jesus Cristo suspendeu toda a ordem sacrificial do AT.
Através dele, passa a vigorar um novo serviço de sacrifícios que se exterioriza
na vida dos filhos de Deus através da oração, do testemunho, do amor prático ao
semelhante e da obediência. O sacrifício de gratidão e louvor que foi
instituído no AT (Lv 7.12), não é suspenso no NT, apenas muda sua configuração
exterior. Trata-se de um sacrifício que deve vir do impulso mais íntimo do
coração (2Cr 29.31). No povo de Deus da antiga aliança, o sacrifício de louvor
constituía a resposta do ser humano a experiências especiais do bondade de Deus
(Sl 107.22; 116.17). No caso dos membros do novo povo de Deus, a energia para
ofertar o sacrifício de gratidão, o louvor a Deus na oração, em qualquer
situação, mesmo sob as piores dificuldades (At 16.22-25), é concedida através
do Espírito de Deus. O verdadeiro sacrifício de louvor, o “fruto dos lábios”
(cf. Os 14.2), no entanto, não somente se mostra no diálogo do orador com Deus
(Sl 141.2), mas igualmente no testemunho da salvação experimentada no nome de
Jesus.
Fritz
Laubach. Comentário Esperança Cartas aos Hebreus. Editora Evangélica
Esperança.
Hb 13.15,16 — Embora
os sacrifícios do Antigo Testamento houvessem se tornado, com Cristo, obsoletos
(Hb 8.13), os crentes poderiam e deveriam oferecer a Deus sacrifícios
espirituais, entre os quais seu louvor, seus bens, sua vida (Rm 12.1,2).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 667.
Ef 5.19 As características da dádiva do Espírito citadas por Paulo na
presente passagem referem-se inicialmente às reuniões de culto: “Falai entre
vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos
espirituais.”
Parece que a intenção de Paulo é que tanto o relacionamento recíproco
dos cristãos (“entre vós”) como a relação pessoal e íntima com o Senhor e Pai
sejam dominados pelo Espírito Santo. No lugar do desleixo e suas
exteriorizações caóticas surgem, pois, o hino de louvor, a exaltação e a
gratidão (cf. v. 20). Ainda que outros efeitos do Espírito não sejam
mencionados aqui, isto não significa de forma alguma que os frutos do Espírito
Santo citados em outras passagens sejam colocados em segundo plano (Rm 8.15s;
12.6ss; 1Co 12.4ss; etc.). Os v. 19 e 20 estão estreitamente relacionados com
Cl 3.16s: a convocação para entoar salmos, hinos e cânticos espirituais e
cantar nos corações ao Senhor, e a gratidão ao Pai são dirigidas com
formulações bastante idênticas a ambos os grupos de leitores.
Não parece ser por acaso que o enchimento pelo Espírito Santo se
explicite de três maneiras: no falar marcado por melodias espirituais (do
pneuma), no louvor ao Senhor e na gratidão a Deus, o Pai. Também aqui se
revela, portanto, um modo trinitário de falar. Ao mesmo tempo a obra do
Espírito Santo é explicada: ela consiste em glorificar o Pai e o Filho (Jo
16.14), mas não na comunicação de experiências espirituais espetaculares e
arrebatadoras.
Os hinos são devotados “ao Senhor” – até mesmo quando “falados uns aos
outros”. Logo, tratam-se de hinos para Cristo. 1Co 14.5,26 informa sobre seu
surgimento no contexto do culto na igreja. A oração e o cântico de salmos “no
Espírito” é contraposto à oração “com a razão”. Deve permanecer em aberto se o
conceito “hinos espirituais” (literalmente: hinos “pneumáticos”) de Ef 5.19
necessariamente tem o mesmo sentido de “cantar no Espírito” (to pneumati) de
1Co 14.15. Ainda que o termo psalmos possa referir-se a salmos do AT (cf., p.
ex., Lc 24.44; At 13.33), aparentemente trata-se aqui do salmo cristão, que no
entanto certamente tem por matriz os cânticos do AT (cf., p. ex., os hinos no
livro do Apocalipse: Ap 11.17s; 15.3s; 19.6s).
Além disso cabe notar que o termo traduzido por “hino” (hymnos) não
precisa se referir exclusivamente ao hino cantado, podendo designar também o
louvor e a exaltação em geral.
A combinação “cantar e dizer louvores (ao Senhor)” origina-se
igualmente dos salmos: Sl 27.6; 57.7; 105.2; 108.1, sendo que o significado
original “louvar pelo toque de cordas” provavelmente seja entendido apenas de
forma figurada.
O louvor provocado pelo Espírito Santo dirige-se “ao Senhor” e diz
respeito ao centro do ser humano, seu “coração”. Ele acontece “no coração” e ao
mesmo tempo vem “do coração”, depois que o coração foi renovado pela obra do
Espírito Santo e plenificado com o amor de Deus (Rm 5.5).
Ef 5.20 Juntamente com o louvor de Cristo aparece a gratidão ao Pai.
Essa combinação de louvor e gratidão também é familiar a partir dos salmos:
“Rendo graças ao Senhor, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do
Senhor Altíssimo” (Sl 7.17). “Entrai por suas portas com ações de graças e nos
seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome” (Sl
100.4). “Todas as tuas obras te renderão graças, Senhor; e os teus santos te
bendirão” (Sl 145.10).
O que Paulo em geral faz no começo de suas cartas – agradecer
exaustivamente a Deus pelas respectivas igrejas – também deve ser
característica marcante dos crentes: “Dai sempre graças por tudo”.
Quando Paulo agradece “por todos” os membros da igreja, até mesmo
quando alguns precisam ser corrigidos duramente no que escreve a seguir, os
cristãos devem incluir na gratidão a Deus todas as situações e todas as
vicissitudes. Nelas estão incluídos todos os tempos (“sempre”) e episódios
marcados por sofrimento, carências ou perseguição. Esse modo de ver só é
possível “em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Pelo fato de que na cruz o
juízo de Deus se abateu sobre ele, pelo fato de Deus não ter poupado seu único
Filho, por isso foi com ele “concedido tudo” ao crente (ibidem) (Rm 8.32), por
isso agora também “todas as coisas” devem “cooperar para o supremo bem dele”
(Rm 8.28). Somente por que em Jesus Cristo Deus se dedica total e abrangente mente
ao ser humano, o cristão também consegue agradecer “sempre por tudo” a esse
Deus, e esse modo de falar não se torna retórica exagerada. Visto que “no nome
de Jesus Cristo” há salvação (At 4.12), visto que invocar seu nome constitui
certeza de salvação (Rm 10.13), por isso abre-se com ele o caminho para Deus,
por isso Deus é o “Pai” (cf. Ef 2.18).
A passagem análoga de Cl 3.17 interpreta o “tudo” através de “com
palavras e ações”, remetendo para que se faça “tudo em nome do Senhor Jesus”.
Dessa forma torna-se claro que louvor e ação de graças de maneira alguma se
restringem à reunião do culto, mas que o culto precisa ser praticado “no
cotidiano do mundo”. A isso corresponde a entrega dos corpos em sacrifício vivo
como “culto racional” (Rm 12.1). Assim o preenchimento com o Espírito Santo (Ef
5.18) chega à expressão visível em uma vida pessoal e comunitária que obtém da
vontade de Deus um parâmetro compromissivo, que serve ao Senhor com alegria e
em tudo honra e agradece a Deus como o Pai.
Eberhard
Hahn. Comentário Esperança Cartas aos Filipenses.
Editora
Evangélica Esperança.
Ef 5 .19 - Cantar e
salmodiar ao Senhor é uma das práticas naturais de quem é cheio do Espírito. Alguns
estudiosos acreditam que as três formas de música mencionadas por Paulo neste
versículo se
referem às partes diferentes do livro de Salmos. A maioria, porém, crê que
essas palavras se referem a três categorias mais amplas: (1) os 150 salmos no
saltério, além de outros poemas no estilo dos salmos ao longo de toda a Escritura;
(2) hinos, composições dirigidas a Deus, como os hinos da Harpa; (3) cânticos
espirituais, canções inspiradas sobre a experiência crista.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 512-513.
IV -
SALOMÃO E TIAGO
1. Uma palavra ao aluno.
Escute Mais, Fale
Menos !
Dizia um apresentador
de programa na TV, chamado Chacrinha: "Quem não se comunica, se
complica". Mas afinal de contas, o que é "comunicação? O que ela
envolve? Por que é indispensável? De forma resumida, comunicação envolve
basicamente três pontos: Falar, ouvir e compreender.
A palavra comunicação
no latim é "communicatio" a composição de três palavras: com
(juntos); munis (presente, dádiva); actio (ação). Então comunicação é trocar
presentes e os comunicadores, juntos, fazem uma festa. Na origem no entanto,
comunicar queria dizer "troca de boas coisas".
Você sabia que
"conversar" significa versar juntos? Eu faço uma estrofe, quando
falo. Você fala e faz outra estrofe, e assim formamos uma poesia que chamamos
de "conversa".
Ministrando aos
casais, eu tenho dito insistentemente, que, renunciar a comunicação verbal ou
utiliza-la de maneira insuficiente é desprezar as incríveis possibilidades de
desfrutar as bênçãos que Deus preparou para um relacionamento harmonioso. Os
que querem fazer amigos e manter amizades, devem conservar a qualquer preço os
canais de comunicação sempre abertos. Não podem haver canais potentes de
comunicação sem que se ouça de verdade. Por que Deus nos deu dois ouvidos e uma
língua?..
"Prontos para
ouvir e tardio para falar..." Entre falar, ouvir e compreender, o mais
difícil é ouvir.
Se Deus nos deu dois
ouvidos e uma língua, é porque é melhor ouvir mais e falar menos.
Ouvir é mais do que
esperar educadamente sua vez de falar. E mais do que escutar palavras. Ouvir de
verdade é receber e aceitar à mensagem a medida que está sendo enviada,
tentando compreender o que a outra pessoa quer dizer. Quando isto acontece,
você pode ir além de dizer: "Estou ouvindo você." Pode dizer:
"Estou ouvindo o que você quer dizer."
Embora ouvir seja
normalmente considerado a parte passiva da comunicação, isso não é verdade.
Ouvir com sensibilidade é abrir-se para a outra pessoa, importando-se
ativamente com que ela diz e o que ela quer dizer.
Dwight Small, no seu
livro "Depois de ter dito sim" ressalta que ouvir não é natural para
nós, tampouco, é coisa fácil para a maioria das pessoas. Ouvir não é nossa
preferência natural. A maioria das pessoas prefere ser a pessoa que está
falando. Gostamos de expressar nossas ideias. Sentimo-nos mais confortáveis ao
identificarmos nossa posição afirmando nossas opiniões e sentimentos. Na
verdade, a maioria das pessoas não deseja ouvir tanto quanto deseja falar e ser
ouvida.
A maior reclamação
das esposas é: "Meu marido não sabe me ouvir..." esta também é a
reclamação de muitos filhos. Porém a reclamação de alguns maridos é:
"Minha mulher fala demais..."
É difícil viajar de
carro com a mulher ao lado, tentando ensinar o marido dirigir o tempo todo.
Ela diz: "O farol está vermelho... É
contra mão... Olha a lombada... Vai devagar... Para, para, para... Quer
morrer..."! Não tem marido que aguente isto.
Você sabia que nós
ouvimos apenas vinte por cento daquilo que nos falam. Por que ouvimos tão
pouco? Se ouvir é tão fundamental para uma boa comunicação, por que não ouvimos
mais?
A compreensão no
relacionamento interpessoal depende da maneira como ouvimos as pessoas. Se
houver disciplina no ouvir, jamais compreenderemos as pessoas com as quais nos
relacionamos. Para ouvir bem é necessário atentar para alguns princípios
básicos:
1) Ouvir olhando nos
olhos de quem esta falando. Quando olhamos nos olhos de quem está falando,
estamos demonstrando interesse no que está sendo dito e isto é sinal de
respeito. Não podemos nos esquecer que, respeito gera respeito.
2) Ouvir com o
coração aberto e a mente desarmada. Isto significa ouvir esforçando-se para
compreender o que a outra pessoa está dizendo. Muitas vezes há uma tendência de
ouvirmos o que não foi dito.
Nós filtramos o que
ouvimos através do nosso sentimento.
Por exemplo, a esposa
menciona que está cansada do serviço doméstico. A mensagem que o marido recebe
é a de que ela está infeliz porque ele não está podendo pagar alguém para
ajudá-la, como a mãe dela tem. Não era isto que a esposa tinha em mente, mas é
o que o marido ouviu.
Este é o grande
problema no processo de comunicação em alguns relacionamentos.
Ouvir o que não foi
dito pode ser a causa de muitos conflitos.
Quando se ouve com o
coração aberto e a mente desarmada, não acontece isto. Quando tanto quem fala
como quem ouve compreende a importância de dar ao outro toda a atenção, estão
dando grandes passadas em direção ao estabelecimento de canais potentes de
comunicação.
3) Ouvir com a boca
fechada, até que a outra pessoa termine de falar. Ouvir bem exige disciplina do
nosso temperamento. Nem sempre é fácil ouvir, sem atropelar quem está falando,
principalmente quando o nosso "ego" está sendo atingido. Quem
consegue isso, demonstra equilíbrio e maturidade para se relacionar bem com as
pessoas.
".. tardio para
falar..." Quem pensa antes de falar tem tudo para acertar...
Temos dificuldade
para ouvir e muita facilidade para falar aqui que reside o grande dilema. Se
desejamos manter os canais de comunicação sempre abertos, temos que considerar
imprescindível O CONTEÚDO, A FORMA, O LUGAR E O TEMPO no processo de
comunicação.
Conteúdo - Paulo
disse em (Ef 4:29) que não deveria sair da nossa boca nenhuma palavra torpe.
Avaliar previamente o conteúdo daquilo que vamos falar é um meio eficaz de
evitar problemas. Se o conteúdo não é edificante, construtivo e verdadeiro,
será melhor não colocar para fora, em forma de palavras.
O propósito final de
tudo o que falamos, deve ser promover a edificação beneficiando sempre os que
nos ouvem.
Forma - Não basta
falar o certo. É preciso falar da maneira correta. Se o conteúdo é construtivo,
edificante e abençoador, a "maneira, a forma" de passar isto deve ser
a melhor possível. Há muita diferença quando você diz: "Mentiroso!" e
"Você faltou com a verdade." Quando chamamos alguém de mentiroso,
estamos pré-julgando o caráter desta pessoa, e isto, muitas vezes, é uma
agressão. Quando dizemos que a pessoa faltou com a verdade, significa que houve
uma erro, um descuido e isto não significa que a pessoa tenha como hábito
mentir.
Muitos pais não
conseguem ganhar seus filhos, muitas esposas não conquistam o marido, muitos
maridos não cativam suas esposas, muitos perdem amigos, tudo porque não sabem
falar a verdade em amor. São pessoas cheias de verdade e vazias de graça.
Precisamos usar mais o tato, ser mais diplomáticos, ser prudente no falar.
Falar o certo da maneira certa.
O lugar - Não basta
falar o certo da forma certa. E imprescindível que se fale no lugar certo.
Existem assuntos que o bom senso diz, que não devem ser falados na hora da
refeição, perto das crianças ou dos filhos em geral. Comunica-se bem quem fala
o certo, da forma certa e no lugar certo.
Tempo - Em (Pv 15:23)
diz: "... a palavra dita a seu tempo quão boa é..." Discernir o tempo
certo para falar determinados assuntos pode ser a chave para desenvolver uma
comunicação construtiva e edificante. Em (Ec 3:7) o pregador disse que há tempo
para tudo, tempo de falar e tempo de silenciar para ouvir.
Os que levam em conta
estes princípios fundamentais com certeza serão beneficiados através de uma boa
comunicação. A comunicação eficaz é determinante para a saúde do relacionamento
interpessoal em qualquer dos seus níveis.
-Comunicação- Quem
sabe falar e ouvir, não tem dificuldade para compreender.
“A oração tem o poder
de transformar Nossas murmurações em louvor e ações de graça!"
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
Filho meu, ouve o
ensino do teu pai. “O treinamento no lar é uma salvaguarda moral. Protege o
jovem que sai ao mundo” (Oxford Annotated Bibie). Um pai tem a responsabilidade
de ensinar seus filhos literais, mas a expressão, neste caso, significa
“discípulo”, o aluno do mestre. Talvez o professor tivesse uma escola formal,
com certo número de alunos, ou talvez tivesse alguns poucos jovens estudantes
que com frequência se valiam de sua sabedoria superior e eram estudantes
informais. Seja como for, o mestre contava com alguns poucos homens sobre os
quais exercia autoridade espiritual. Para eles, o mestre era a fonte de
aprendizado, tanto teórico quanto prático. Para eles, o mestre dava instruções,
e essas instruções eram acerca da lei mosaica. A mãe do aprendiz era uma mulher
piedosa, que tinha o cuidado de instruir seus filhos. Ademais, o pai literal do aprendiz
também era um instrutor. Então havia o mestre, que substituiu o pai, quando
este ficou muito idoso. “De acordo com a psicologia dos hebreus, a ação era o
resultado natural do ato de ouvir, pelo que a palavra ouvir também pode ser
traduzida por obedecei (Charles Fritsch, in loc).
Ensino. Todo ensino
de natureza espiritual se derivava da lei de Moisés, o manual de conhecimentos
teóricos e práticos dos hebreus. Ver Sal. 1.2 quanto a um sumário do que a lei
de Moisés significava para Israel. Cf. Pro. 3.1. Jarchi e Qersom fazem com que
o “pai”, neste caso, seja o Pai celestial. Ele é a fonte originária de todos os
ensinamentos a filhos fiéis.
Tua mãe. O livro de
Provérbios exalta a posição da “mãe” mais do que qualquer outro livro do Antigo
Testamento. É óbvio o papel que mulheres piedosas sempre tiveram na instrução
espiritual durante todo o tempo. Em certo sentido, a mãe de uma criança é a
primeira linha de ensinamentos espirituais, pelo menos durante os anos
formativos da criança. Ver II Tim. 1.5. Lóide e Eunice foram brilhantes
exemplos disso.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2538-2539.
Pv 1.7-9 - Nessa era
da informação, o conhecimento é abundante, mas a sabedoria é escassa. A
sabedoria significa muito mais do que ter muito conhecimento. É uma atitude que
afeta todos os aspectos da vida. A base do conhecimento é temer ao Senhor; honrá-lo,
respeitá-lo, reverenciá-lo por seu grande poder e obedecer à sua Palavra. A fé
em Deus deve ser nortear a compreensão que temos do mundo, nossas atitudes e
nossas ações.
Confie em Deus; Ele o
tornará verdadeiramente sábio.
Pv 1.8- Nossas
atitudes falam mais alto do que nossas palavras. Isto é especialmente
verdadeiro no lar. As crianças aprendem valores, moral e prioridades observando
como seus pais agem e reagem todos os dias. Se os pais exibirem uma profunda
reverência e dependência de Deus. as crianças absorverão estas atitudes. Deixe
que elas vejam sua reverência a Deus. Ensine-as a viver corretamente, dando à
adoração um lugar importante em sua vida familiar; leia a Bíblia com sua família!
BÍBLIA APLICAÇÃO
PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Editora CPAD. pag. 834.
2. Uma palavra aos
mestres.
Um recado aos mestres
Tiago inicia a sua
argumentação com uma exortação direta aos mestres e àqueles que porventura
quisessem ensinar. “Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres,
sabendo que havemos de receber maior juízo” (Tg 3.1). Estas palavras de Tiago
necessitam ser analisadas dentro do contexto educacional da cultura hebraica e
seu desenvolvimento dentro da Igreja Primitiva. As palavras hebraicas para
ensinar e suas correlatas ocorrem mais de 270 vezes nas Escrituras do Antigo
Testamento. Por outro lado, a palavra grega didaskalos, traduzida por Tiago
como mestre, juntamente com aquelas de mesma raiz, ocorrem 211 vezes no texto
grego do Novo Testamento. A frequência com que esses vocábulos ocorrem nas
Escrituras Sagradas revelam que o mestre ocupava uma posição de destaque na
cultura bíblica. É de se notar que a escola de um judeu era primeiramente o seu
próprio lar onde recebia instrução de seus pais (Pv 22.6); mas a educação mais
formal ficava a cargo dos sacerdotes e profetas. As Escrituras registram, por
exemplo, que “Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e
para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos”
(Ed 7.10). Em outro estágio da cultura hebraica esse ensino mais formal ficaria
a cargo dos escribas.
No mundo do Novo
Testamento os mestres não eram estranhos. Além da herança cultural judaica, o
processo de helenização promovido por Alexandre, O Grande, solidificaria mais
ainda a estrutura educacional. Graças a universalização da língua grega e a
popularização do ensino, Paulo podia ser ouvido e entendido em todos os
lugares. “Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando, com
muitos outros, a palavra do Senhor” (At 15.35; 19.9). Os mestres, portanto,
passaram a ganhar grande visibilidade, e muitos eram tentados a se tornarem
mestres. Muitos, às vezes, não possuíam qualificação para isso, e acabavam
ensinando o que não deviam. “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos
profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão,
dissimuladamente, heresias destruidoras, até o ponto de renegarem o Soberano
Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pe
2.1). Diante de um quadro como esse, Tiago adverte aos crentes sobre a grande
responsabilidade que esse cargo exige. Não era somente ensinar, mas o que
ensinar. Não era somente falar, mas que conteúdos eram revelados nessa fala.
Ele lembra aos mestres cristãos que contas seriam pedidas do exercício desse
ofício. “Havemos de receber maior julgamento.” Tiago tem em mente o julgamento
de um tribunal, já que a palavra grega krima usada por ele mantém o sentido de
“julgamento de um juiz”. Nesse particular o tribuno seria o próprio Deus. Esse
era um cuidado que aqueles que vivem da fala deveriam sempre lembrar. Quão
grande responsabilidade pesa sobre os que ensinam.
Tirando o Veneno da
Língua
A língua necessita de
controle. Do versículo 2 até o versículo 12 Tiago passa a tratar diretamente
sobre o devido uso da língua. E uma advertência àqueles que gostam de falar ou
vivem sempre falando. A língua, mais do que qualquer outro órgão do corpo,
necessita de controle. Há toda uma linguagem metafórica usada por Tiago para
ilustrar o poder negativo da língua. São símbolos extraídos do cotidiano de
pessoas comuns, mas que em Tiago crescem em dramaticidade.
1. Freios
Tiago fala da
necessidade de se pôr freios {gr kalinós) na boca assim como são postos nos
cavalos. Há quatro ocorrências dessa palavra no Novo Testamento grego; três em
Tiago (Tg 1.26; 3.2; 3.3) e uma em Apocalipse (Ap 14.20). O sentido no original
é de um freio ou cabresto colocado na boca do animal. A lição é muito clara:
aqueles que gostam de falar muito, e por isso acabam falando o que não devem,
necessitam pôr freios na sua própria boca. Uma solução já apontada
anteriormente por Tiago seria primeiramente ouvir e somente depois falar (Tg
1.19). Não há como fugir do paralelo que surge entre o “freio” de Tiago e o
“domínio próprio” citado por Paulo em Gálatas 5.21-23. O freio deve controlar o
animal e o domínio próprio, a língua do crente.
2. Leme
A língua necessita de
freio porque ela tem um poder muito grande de traçar rumos e destinos. Assim
como o leme (gr. pedalion) tem o poder de conduzir uma embarcação a qualquer lugar
desejado, da mesma forma a língua. “Observai, igualmente, os navios que, sendo
tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos
para onde queira o impulso do timoneiro” (Tg 3.4). O leme controla o navio, a
língua, o crente.
3. Fogo
Talvez a imagem mais
dramática usada por Tiago para ilustrar o poder da língua seja a do “fogo”.
Tiago diz que “a língua é fogo” (Tg 3.6). A figura evocada pelo homem de Deus
aqui é do poder destrutivo do fogo. O fogo queima, o fogo incinera. Uma língua
sem freios e fora de controle queima como fogo! Quantas pessoas estão hoje
literalmente “queimadas” por conta de comentários maldosos que foram feitos
sobre elas. Na maioria das vezes não houve uma visão adequada dos fatos.
Devemos tomar cuidado com aquilo que falamos.
3. Mundo
Há uma disputa entre
os intérpretes sobre o real significado deste termo usado aqui por Tiago. Isso
porque a palavra kosmos (Tg 3.6) traduzida por “mundo”, aqui tem uma variedade
de significados no contexto do Novo Testamento. O sentido mais natural do texto
é que Tiago fala de “mundo” como a esfera onde as coisas acontecem. Nesse
sentido a língua é um pequeno órgão, mas que pode se tornar um grande universo
de coisas ruins. Isso explica porque a palavra “iniquidade” ou “injustiça” vem
associada a “mundo” no versículo 6 do capítulo 3.
4. Veneno
O mau uso da língua
pode desencaminhar uma vida e até mesmo matar. Há um veneno na língua que
precisa ser tirado (Tg 3.8). O veneno mortífero do qual fala Tiago reside no
poder que a língua tem de servir ao mesmo tempo para abençoar ou amaldiçoar.
“Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens,
feitos à semelhança de Deus.
De uma só boca
procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas
sejam assim” (Tg 3.9,10). Há regiões no Brasil onde se usa o termo “língua
grande” para pessoas que fofocam ou falam demais. O perigo está em alguém
possuir uma “língua grande”e, além disso, “envenenada”.
5. Fonte
A outra figura usada
nesta carta é a de uma fonte. Os orientais sabiam da importância que as fontes
de águas doces e perenes possuíam para eles. Mais do que qualquer outra coisa,
a água era um bem extremamente precioso. A ideia que Tiago sugere é o de uma
fonte jorram-te {gr. bryo, v.l 1). A analogia é simples, mas extremamente forte
— assim como das fontes jorravam águas doces, próprias para o consumo, assim
também a nossa língua deve ser. “Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o
que é doce e o que é amargoso?” (Tg 3.11,12).
6. Árvore
Tiago apela para a
peculiaridade de cada espécie. “Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir
azeitonas ou a videira, figos?” (Tg 3.12). Uma figueira produz figos, uma
videira produz uvas (Tg 3.12). A lógica é simples: Uma mangueira produz mangas
e uma laranjeira, laranja. A boca do crente não deve produzir maldição, mas
bênção, pois isso faz parte de sua nova natureza (2 Co 5.17; Ef 4.17-22).
Tiago é nosso
contemporâneo e fala hoje. As suas advertências sobre o uso da língua chegam
até nós como verdadeiras preciosidades. Em um contexto em que os
relacionamentos se fracionam e são trincados com relativa facilidade,
deveríamos atentar para as exortações que o Senhor nos faz por meio desse
escrito. Assim como o anjo tocou nos lábios de Isaías e purificou a sua boca
(Is 6.7), da mesma forma devemos permitir que o Espírito Santo faça o mesmo com
a nossa língua.
Pois bem, se por um
lado Tiago procurou tirar o veneno da língua, por outro Salomão procura
deixá-la mais curta ainda.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso
Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 57-62.
A realidade da fé
testada pelo controle da língua.
Pela linguagem
expressamos os nossos pensamentos e revelamos se o que nos domina é nossa
própria vontade ou se é a obediência à vontade de Deus. Tiago inicia o capítulo
3 de sua epístola com um aviso "Não vos apresseis em ser mestres".
Parecia haver uma ansiedade da parte de muitos para falar em público, enquanto
falhavam em reconhecer que a qualificação fundamental do mestre é saber. Pelo
tom geral deste capítulo, deveria haver na igreja judaica, muitos presunçosos,
briguentos, de mentalidade mundana, de temperamento descontrolado, que impunham
como líderes e mestres. Para estes ele diz: "Meus irmãos, muitos de vós
não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo'". (Tg 3:1).Talvez
também houvesse a tendência de confundir fluência de linguagem com erudição. Os
mestres levam sobre si grandes responsabilidades e serão julgados com especial
rigor em virtude da influência exercida sobre os outros. Note-se o versículo 2
"Todos tropeçamos em muitas coisas". O verbo é ptaio, tropeçar ou
escorregar. O perigo do pretenso mestre está no falar desenfreado, que leva à
declarações irrefletidas e demonstrações de mau gênio. Tiago não diz que todo
mundo usa deliberadamente mau a língua, mas que esta, é às vezes, mal empregada
por todas as pessoas, involuntariamente. Quem nunca é culpado de um deslize
cometido com a língua, quem nunca profere um palavra ociosa ou vã, esse é
perfeito(2), isto é, plenamente instruído, bem equilibrado e bem aparelhado
para aceitar a responsabilidade de ensinar a outros e de frear toda a
inclinação menos digna. A expressão todo o corpo, pode-se aplicar à Igreja de
Cristo, tanto quanto às paixões e apetites.
Se fizermos uma
pesquisa para sabermos qual é uma das causas dos grandes problemas de
relacionamento entre pessoas, sem dúvida a resposta da maioria será: "O
USO INDISCIPLINADO DA LÍNGUA".
Você sabia que o
maior problema da igreja de Corinto era os pecados sociais da língua ? Foi
necessário que Paulo tratasse este problema com muita firmeza. "Rogo-vos
porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma
mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um
mesmo pensamento e em um mesmo parecer". (1 Co 1:10)
Um dos sinais de que
há pessoas na comunidade com a língua precisando ser domada, é a divisão por
causa das contendas (1 Co 1:11).
Este problema também
estava comprometendo a espiritualidade das igrejas da Galácia, quando Paulo
escreveu: "As obras da carne são conhecidas as quais são: dissenções,
contendas, discórdias, facções, inimizades, porfias, ciúmes e ira que havia no
meio do povo, (Gl 5:20,21).
"Se alguém entre
vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu
coração, a religião desse é vã" . (Tg 1:26) "Porque quem quer amar a
vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal e os seus lábios não falem
engano". (1 Pe. 3:10)" Porque por tuas palavras serás justificado, e
por tuas palavras serás condenado". (Mt 12:37)
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
Tendo mostrado porque
o erro dos que se opõem à verdade deve ser exposto (1.10-16), Paulo agora passa
a indicar como “exortar na sã doutrina” (ver 1.9-2.1). Todas as injunções aqui
dadas a Tito, e as pormenorizadas exortações que este há de dar aos outros,
referem-se à conduta. O melhor antídoto para o ensino falso é o ensino positivo
e exortações morais, calculadas a promover saúde espiritual. Já foi observado
que as pessoas iludidas por ensinos errados são corrompidas primeiro no
coração, e esta corrupção se manifesta depois na vida. Por isso, os que desejam
manter, por meio de seus ensinos, o bem-estar espiritual dos outros, devem
exigir uma conduta que corresponda à pureza de coração.
No ministério público
de Tito, este é o tipo de exortação que há de pronunciar. As suas exortações
hão de ser adaptadas às necessidades dos diferentes grupos no seio da igreja,
conforme a idade. Há de exortar as senhoras idosas a ensinarem, por sua vez, as
mulheres mais jovens. O seu próprio exemplo e comportamento hão de reforçar os
seus ensinos, especialmente quando se dirigem a rapazes. A sisudez e
incensurabilidade do ministério de Tito envergonhará e silenciará qualquer
oponente. Os escravos, que têm de servir a senhores humanos, necessitam de
exortação especial, a fim de se mostrarem obedientes e fiéis, exibindo de uma maneira
atraente o valor do evangelho, que declara ser Deus o Salvador dos homens.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Tito. pag. 11.
Tt 2.1 — Normalmente,
depois das reprimendas à falsa doutrina, Paulo orienta o que o cristão deve
fazer (2 Tm 3.10,14). Sã significa saudável e é um termo frequentemente
utilizado por Paulo nas epístolas pastorais — encontrado cinco vezes em Tito (1.9,13; 2.1,2,8).
O apóstolo vê a sã doutrina como a raiz que produz os frutos da boa prática
(boas obras), tais como a fé, o amor e a paciência (v.2), assim como a boa fala
(v.8). Pensar com retidão é a matéria-prima da boa ação (SI 119.11; Pv 23.7; Rm
12.2; Tg 1.1345). Nossos atos revelam naturalmente a direção de nossos pensamentos.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O
Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 624-625.
CONCLUSÃO
Programa de
Treinamento da Língua
Como iniciar um
programa de treinamento da língua? Será que isto é possível, já que a Bíblia
diz que ela é indomável? Precisamos entender que Tiago se referia ao esforço
humano sem a cooperação do Espírito Santo.
Quando estamos
vivendo sob o controle do Espírito de Deus, com certeza é possível haver
controle da língua. Então como vencer?
Exercícios:
1) Diga não a si mesmo, diante da possibilidade
de usar palavras que irão influenciar negativamente.
2) Quando alguém
trouxer os problemas de um irmão com a intensão de difamar, pergunte: — Quanto
tempo você já orou por este irmão? Você já conversou com ele tentando ajudá-lo?
Se você estivesse no lugar dele, gostaria que alguém espalhasse seu problema?
3) Quando for tentado
a falar mal de alguém que lhe prejudicou, procure lembrar do que Jesus disse:
"Amem seus inimigos! Orem por aqueles que perseguem vocês! Dessa forma
vocês estarão agindo como verdadeiros filhos do seu Pai do Céu. Porque Ele
envia sua luz do sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e manda a chuva
para os justos e para os injustos também. Se vocês amam apenas aqueles que amam
vocês, que adianta isso? Se vocês forem amigos apenas dos seus amigos, em que
são diferentes de qualquer outro? Até mesmo os pagãos fazem isso. Mas vocês
devem ser perfeitos, tanto como seu Pai do céu é perfeito".
4) Num momento de
ira, pense bastante antes de falar, pois nessas ocasiões corremos o risco de
falar o que não devemos.
5) Textos para
memorizar:
"O homem que
sabe ficar calado e manter a calma é sábio". (Pv 17:27 - Bíblia na
Linguagem de Hoje)
"Seja, porém, o
vosso 'Sim', sim, e o vosso 'Não, não; o que passar disso vem do maligno".
(Mt 5:37)
"Guarda a tua
língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente". (SI 34:13)
"O que guarda a
sua boca preserva a sua alma, mas o que muito abre os seus lábios tem
perturbação". (Pv 13:3)
"O que guarda a
sua boca e a sua língua, guarda das angústias a sua alma". (Pv 21:23)
"Se alguém
cuidar ser religioso e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a
religião deste é vã". (Tg l:26)
"Pois quem
quiser desfrutar a vida e ter dias felizes, refrei a sua língua do mal, e os
seus lábios não falem enganos". (1 Pd3:10)
"A vossa palavra
seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como responder a
cada um". (Cl 4:6)
"Conserva o
modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em
Cristo Jesus". (2 Tml:13)
"...linguagem sã
e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que
dizer de nós". (2Tt2:8)
"Todos
tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse homem é
perfeito, e capaz de refrear todo o corpo". (Tg 3:2)
"Favo de mel são
as palavras agradáveis, doçura Para a alma e saúde para os ossos". (Pv
16:24)
"Como maçãs de
ouro em salvas de prata, assim é a Palavra dita a seu tempo". (Pv 25:11)
"Nas palavras da
boca do sábio há favor, mas os lábios do tolo o devoram". (Ec 10:12)
"As palavras do
sábio são como agulhões, e como pregos bem fixados são as palavras coligidas
dos mestres, as quais nos foram dadas pelo único Pastor". (Ec 12:11)
"O Senhor Deus
me deu língua instruída, para saber a palavra que ampara o cansado. Ele me
desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido, para que ouça como
discípulo". (Is 50:4)
Quem lê pensa, e quem
pensa nunca será escravo da ignorância!
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando
Esta Fera!.
Editora Mensagem Para Todos, 2002.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva.
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